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ERGONOMIA 2

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ERGONOMIA E 
MEDICINA DO TRABALHO
Unidade 01
Elaine Christine Pessoa Delgado, Marcos Rodolfo da Silva e 
Giselly Santos Mendes
Unidade 1| Introdução
Nesta unidade iremos compreender 
como começou a história da ergonomia, 
seus principais conceitos, valores e 
aplicações, seus tipos e classificações, e o 
custo benefício apresentado pela 
ergonomia.
Unidade 1| Objetivos
1. Enunciar o histórico e o significado social da ergonomia.
2. Identificar o conceito de ergonomia, esclarecer os princípios, descrever o papel 
do ergonomista, discutir o valor econômico e as aplicações coletivas e individuais 
da ergonomia.
3. Explicar a ergonomia física, cognitiva e organizacional.
4. Apontar a classificação e o custo benefício da ergonomia.
HISTÓRICO E SIGNIFICADO SOCIAL DA 
ERGONOMIA
Segundo Iida e Buarque (2018), a 
ergonomia possui uma data oficial de 
nascimento que é 12 de julho de 1949, 
pois foi nessa data que, pela primeira vez, 
um grupo de cientistas e pesquisadores 
se reuniram na Inglaterra com o objetivo 
de debater e formalizar a existência desse 
novo ramo de aplicação interdisciplinar 
da ciência. 
Contudo, Corrêa e Boletti (2015) afirmam que os 
preceitos que hoje em dia conduzem a ergonomia 
tiveram início nos primórdios da história da 
humanidade. 
Presume-se que na pré-história o homem tenha 
ajustado a pedra às suas necessidades, 
respeitando a anatomia da mão para que seu 
manuseio fosse mais seguro e eficaz, sendo essa 
suposição fundamentada no formato dos 
utensílios daquela época, como as ferramentas 
empregadas para caça e defesa pessoal, 
esclarecem Corrêa e Boletti (2015).
HISTÓRICO E SIGNIFICADO SOCIAL DA 
ERGONOMIA
A palavra ergonomia também foi utilizada no ano 
de 1857 no artigo “Ensaios de ergonomia ou 
ciência do trabalho, apoiada nas leis objetivas da 
ciência sobre a natureza” do polonês Wojciech 
Jastrzebowski, lembram Iida e Buarque (2018).
Ainda que o foco inicial tenha sido ambientes de 
trabalho, a importância da ergonomia foi pouco 
a pouco se tornando reconhecida em outras 
áreas, como, por exemplo, no projeto de 
produtos para consumidores como carros, 
computadores, etc. (CORRÊA & BOLETTI, 2015).
HISTÓRICO E SIGNIFICADO SOCIAL DA 
ERGONOMIA
A ergonomia se transformou em uma 
ferramenta que pode ser utilizada pelos mais 
diferentes atores sociais, como profissionais 
diretamente ligados às questões do trabalho, 
engenheiros, médicos, psicólogos, 
administradores, sociólogos, enfermeiros, 
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, entre 
outros, como também se tornou um 
instrumento para basear ações de sindicatos de 
trabalhadores, de organizações patronais de 
instituições do Estado, quando se procura 
modificar e ajustar o trabalho (ABRAHÃO et al., 
2009).
HISTÓRICO E SIGNIFICADO SOCIAL DA 
ERGONOMIA
Significado social da ergonomia
Consoante Abrahão et al. (2009), da 
mesma forma que ocorreram 
mudanças nas tecnologias e nas 
maneiras de ordenar o trabalho, 
verificou-se também uma evolução 
expressiva do conceito de saúde e da 
luta para que o mundo do trabalho 
não constitua fonte de sofrimento, 
doenças, lesões e mortes. 
Para Dul e Weerdmeester (2012), a 
ergonomia pode colaborar para resolver 
um grande número de problemas sociais 
pertinentes a saúde, segurança, conforto 
e eficiência. 
Muitos acidentes podem ser motivados 
por erros humanos, como, por exemplo, 
acidentes com aviões, carros, guindastes, 
tarefas domésticas, entre outros, e 
avaliando-os pode-se concluir que são 
provocados pelo contato indevido entre 
os operadores e suas tarefas, explicam 
Dul e Weerdmeester (2012). 
Significado social da ergonomia
Muitas situações de trabalho e da vida 
diária são lesivas à saúde, pois as doenças 
do sistema musculoesquelético (sobretudo 
dores nas costas) e aquelas psicológicas 
(como o estresse) estabelecem o mais 
importante motivo de absenteísmo e de 
incapacidade para o trabalho. Esses 
acontecimentos podem ser concedidos ao 
projeto ruim e ao uso incorreto de 
equipamentos, sistemas e tarefas. Desse 
modo, a ergonomia pode colaborar para 
diminuir esses problemas. (DUL & 
WEERDMEESTER, 2012).
Significado social da ergonomia
A colaboração da ergonomia não se 
limita às indústrias. Atualmente os 
estudos ergonômicos são muito vastos, 
podendo cooperar para aperfeiçoar as 
residências, a circulação de pedestres 
em locais públicos, auxiliar pessoas 
idosas, crianças, pessoas com deficiência 
e assim por diante, lembram Iida e 
Buarque (2018).
Significado social da ergonomia
CONCEITO E PRINCÍPIOS DA ERGONOMIA
Corrêa e Boletti (2015) explicam que 
conforme as circunstâncias em que as 
tarefas são cumpridas e o tempo em que 
o homem se mantém na mesma posição, 
desempenhando determinadas 
atividades, podem aparecer problemas 
como desconforto e fadiga. 
Iida e Buarque (2018) informam que 
existem várias definições de ergonomia e 
todas procuram ressaltar o caráter 
interdisciplinar e o seu objeto de estudo, 
que é a interação entre o ser humano e o 
trabalho, no sistema 
humano-máquina-ambiente, ou, mais 
precisamente, as interfaces desse sistema, 
onde ocorrem trocas de informações e de 
energias entre o ser humano, a máquina e o 
ambiente, resultando na realização do 
trabalho.
CONCEITO E PRINCÍPIOS DA ERGONOMIA
A ergonomia estuda vários aspectos, conforme Dul e 
Weerdmeester (2012), como:
• Postura e movimentos corporais – sentados, em pé, 
empurrando, puxando e levantando cargas.
• Fatores ambientais – ruídos, vibrações, iluminação, 
clima, agentes químicos.
• Informação – informações captadas pela visão, 
audição e pelos outros sentidos.
• Relações entre mostradores e controles, assim como 
cargos e tarefas – tarefas adequadas, interessantes.
CONCEITO E PRINCÍPIOS DA ERGONOMIA
Papel do ergonomista
Para Corrêa e Boletti (2015), os 
ergonomistas colaboram para o 
planejamento, o projeto e a 
avaliação de tarefas, os postos de 
trabalho, produtos, ambientes e 
sistemas para transformá-los, 
deixando-os compatíveis com as 
necessidades, habilidades e 
limitações das pessoas.
Muitos ergonomistas operam em empresas 
trabalhando na área de interação, de um lado, 
com projetistas, e, de outro, com operadores 
ou usuários dos sistemas de produção, 
buscando guiar projetistas, compradores, 
gerentes e trabalhadores sobre os problemas 
ergonômicos, adaptando os trabalhos 
relativos às características e limitações do ser 
humano, mencionam Dul e Weerdmeester 
(2012).
Papel do ergonomista
Dul e Weerdmeester (2012) esclarecem que a 
ergonomia deve acolher os objetivos sociais 
(bem-estar), e econômicos (desempenho). No 
nível social, a ergonomia pode colaborar para a 
diminuição dos custos, precavendo problemas 
de saúde como, por exemplo, a redução dos 
distúrbios musculoesqueléticos por causa do 
trabalho, pelo aperfeiçoamento das situações 
laborais.
Papel do ergonomista
ERGONOMIA FÍSICA, COGNITIVA E ORGANIZACIONAL
Corrêa e Boletti (2015) explicam que a ergonomia 
física versa sobre a observação das características da 
anatomia, antropometria, fisiologia e biomecânica 
humanas, relacionadas com a atividade física, 
possuindo como temas pertinentes o estudo da 
postura no ambiente de trabalho, do manuseio de 
ferramentas, de movimentos repetitivos, de 
distúrbios musculoesqueléticos que possuam 
relação com o trabalho, do projeto de postos de 
trabalho e segurança, e da saúde dos usuários.
A ergonomia física procura adaptar essas 
exigências aos limites e capacidades do corpo, 
por meio do projeto de interfaces apropriadas 
para o relacionamento físico homem-máquina: 
as interfaces de informação (displays) e as 
interfaces de acionamentos (controles). Para 
isso são imprescindíveis vários conhecimentos 
sobre o corpo e o ambiente físico onde a 
atividade se desenvolve, explica o autor 
(VIDAL, 2010).
ERGONOMIA FÍSICA, COGNITIVA E ORGANIZACIONAL
Para executar suas atividades laborais, o 
indivíduo realiza trabalho muscular, podendo 
ser estático, quando ele segura um peso como 
braço esticado; ou dinâmico, quando ele gira 
uma roda. Assim, um processo biológico 
essencial para a execução do trabalho 
muscular é o consumo de nutrientes através 
de alimentos e bebidas, para que se converta 
energia química em energia mecânica e calor, 
informam Corrêa e Boletti (2015).
ERGONOMIA FÍSICA, COGNITIVA E ORGANIZACIONAL
Com o propósito de promover uma postura 
corporal que cause o menor desgaste 
musculoesquelético possível, frequentemente se 
estuda sobre a possibilidade de se adquirir 
melhorias nas posturas mais usadas nos ambientes 
de trabalho, sendo uma das prioridades da 
ergonomia a promoção do conforto do trabalho, 
expõem Corrêa e Boletti (2015).
ERGONOMIA FÍSICA, COGNITIVA E ORGANIZACIONAL
Ergonomia cognitiva
Abrahão et al. (2009) definem a 
ergonomia cognitiva como aquela 
que se interessa pelos processos 
mentais, como percepção, memória, 
raciocínio e resposta motora, e seus 
efeitos nas interações entre seres 
humanos e outros elementos de um 
sistema. 
Os tópicos mais pertinentes se 
relacionam a estudo da carga mental 
de trabalho, tomada de decisão, 
desempenho especializado, interação 
homem-computador, confiabilidade 
humana, estresse profissional e 
formação, quando possuam relação 
com projetos que envolvam seres 
humanos e sistemas, destaca Abrahão 
(2009). 
Ergonomia cognitiva
A ergonomia cognitiva tem como 
escopo compreender a expressão da 
cognição do indivíduo no seu 
ambiente de trabalho, além de 
desenvolver estudos que possibilitem 
criar novas metodologias de análise e 
exemplos explicativos de atividade 
cognitiva em contexto laboral, 
mencionam Abrahão et al. (2009).
Ergonomia cognitiva
Abrahão et al. (2009) ainda esclarecem 
que, nesta concepção, em ergonomia 
estuda-se a cognição de forma situada 
e finalística, associando-a a um 
referencial teórico e às características 
do trabalhador, ou seja, centrada na 
atividade; com particularização de 
conhecimentos e o conhecimento 
criado pela e para a ação.
Ergonomia cognitiva
A ergonomia cognitiva possui 
interdisciplinaridade com as ciências 
cognitivas, contudo não é o mesmo caso, 
pois o centro das ciências cognitivas é o 
estudo da capacidade e dos processos de 
formação e produção de conhecimento 
em sistemas; já a ergonomia se sustenta 
de estudos de inteligência natural e 
procura trazê-los para a tecnologia de 
interfaces homem-máquina, descreve 
Vidal (2010).
Ergonomia cognitiva
A ergonomia organizacional versa, consoante 
Corrêa e Boletti (2015), sobre a otimização de 
sistemas sociais e técnicos, as políticas 
estratégicas empresariais e os processos 
industriais seguidos nas organizações, tratando 
da comunicação entre os profissionais da 
organização, dos projetos de trabalho e da 
programação do trabalho em grupo, assim 
como compreende o projeto participativo, o 
trabalho cooperativo, a cultura organizacional, 
a gestão da qualidade e as organizações em 
rede.
Ergonomia cognitiva
Corrêa e Boletti (2015) afirmam que um ponto 
principal da ergonomia organizacional é 
identificar como os trabalhadores mensuram 
seu ambiente de trabalho, pois compreender, 
tratar e avaliar as representações que os 
indivíduos fazem do seu ambiente de trabalho 
pode ser um diferencial, em certa medida uma 
condição central, para a implantação de 
mudanças que busquem propiciar o bem-estar 
no trabalho, a eficiência e a eficácia dos 
processos produtivos, assim como é uma 
forma eficaz de entender a raiz de problemas 
ergonômicos que muitas vezes possuem 
relação com a cultura organizacional.
Ergonomia cognitiva
CLASSIFICAÇÕES E CUSTO-BENEFÍCIO DA 
ERGONOMIA 
Segundo Vidal (2010), devido ao escopo da 
ergonomia ser bastante amplo, foram 
desenvolvidas várias maneiras de resolver 
os problemas que surgem na vida 
profissional. Assim, essas maneiras se 
diferenciam quanto à abordagem, ou seja, 
à forma de atacar os problemas; quanto às 
perspectivas, à forma de encaminhar 
soluções; e quanto às finalidades, que é 
forma de agir em uma realidade efetiva. 
Essa classificação ainda possui uma 
subdivisão:
• Quanto à abordagem, subdivide-se em 
ergonomia de produto e ergonomia de 
produção.
• A subdivisão quanto à perspectiva se 
baseia em ergonomia de concepção e 
ergonomia de intervenção.
CLASSIFICAÇÕES E CUSTO-BENEFÍCIO DA 
ERGONOMIA 
A ergonomia de correção, para Iida e Buarque 
(2018), é utilizada em situações reais, ou seja, 
que já existem, para solucionar problemas 
que representam em segurança, fadiga 
excessiva, doenças do trabalhador ou 
quantidade e qualidade da produção. Corrêa 
e Boletti (2015) descrevem como se dá a 
promoção de mudança no ambiente ou 
produto, de acordo com a solicitação do 
usuário, realizada a partir de uma análise do 
problema.
CLASSIFICAÇÕES E CUSTO-BENEFÍCIO DA 
ERGONOMIA 
Custo-benefício da ergonomia
Conforme Iida e Buarque (2018), a 
ergonomia, para ser 
recepcionada, deverá expressar 
que é economicamente viável, 
isto é, precisará apontar uma 
relação custo-benefício 
pertinente, tal qual as atividades 
que possuam relação com o setor 
produtivo. 
A verificação do custo-benefício demonstra, de 
um lado, o investimento ou custo, essencial para 
implementar um projeto ou uma recomendação 
ergonômica, representado pelos custos com os 
consultores, custo de elaboração do projeto, 
aquisição de máquinas, materiais e 
equipamentos, treinamento de pessoal e queda 
da produtividade durante a implantação, 
informam Iida e Buarque (2018). 
Custo-benefício da ergonomia
Do outro lado são calculados os benefícios, 
isto é, quanto vai se obter com os resultados 
do projeto, podendo ser compreendidos 
elementos como economia de material, mão 
de obra e energia, redução de acidentes, 
absenteísmo, rotatividade e custos jurídicos, 
aumento da qualidade de produtos e 
processos, e da produtividade, destacam Iida 
e Buarque (2018).
Custo-benefício da ergonomia
Iida e Buarque (2018) lembram que o 
projeto, para ser apontado como 
economicamente viável, deverá apresentar 
custos inferiores aos benefícios 
relacionados. Não obstante, geralmente os 
custos incidem a curto prazo, ao passo que 
os benefícios, isto é, o retorno do 
investimento, podem demorar bem mais. 
Custo-benefício da ergonomia
OBRIGADO!

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