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Apostila_aplicacao_de_acido_hialuronico

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APLICAÇÃO DE ÁCIDO 
HIALURÔNICO
Elaboração
Karina Moreno da Fonseca Bueno
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................ 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA ................................................................................. 6
INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................................. 8
UNIDADE I
O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA 
APLICAÇÃO............................................................................................................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
CONHECENDO A HISTÓRIA DO ÁCIDO HIALURÔNICO E SUA MOLÉCULA ................................................................................. 11
CAPÍTULO 2
PREENCHEDORES FACIAIS À BASE DE ÁCIDO HIALURÔNICO ....................................................................................................... 15
CAPÍTULO 3
REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS ENVOLVIDAS NA HARMONIZAÇÃO OROFACIAL .......................................... 23
UNIDADE II
APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA........................................................................................................................... 30
CAPÍTULO 1
PREENCHIMENTO DA PAPILA INTERDENTAL E DE ALVÉOLOS APÓS EXODONTIAS .......................................................... 30
CAPÍTULO 2
PREENCHIMENTO DE SULCOS ..................................................................................................................................................................... 36
CAPÍTULO 3
PREENCHIMENTO LABIAL E DE CÓDIGO DE BARRAS ....................................................................................................................... 39
CAPÍTULO 4
PREENCHIMENTO DE MANDÍBULA, MENTO, MALAR, OLHEIRAS E OUTRAS ÁREAS ......................................................... 45
CAPÍTULO 5
RINOMODELAÇÃO ............................................................................................................................................................................................. 58
UNIDADE III
POSSÍVEIS EFEITOS ADVERSOS E COMPLICAÇÕES DO USO DE PREENCHEDORES DE ÁCIDO HIALURÔNICO.................... 63
CAPÍTULO 1
POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES E EFEITOS ADVERSOS ......................................................................................................................... 63
CAPÍTULO 2
COMO LIDAR COM ESSES PROBLEMAS E MINIMIZAR SUAS OCORRÊNCIAS ....................................................................... 68
CAPÍTULO 3
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA NO USO DO ÁCIDO HIALURÔNICO EM ODONTOLOGIA .............................................................. 78
UNIDADE IV
COMO ANALISAR O PACIENTE QUE QUER FAZER PREENCHIMENTO/HARMONIZAÇÃO OROFACIAL ....................................... 83
CAPÍTULO 1
ANAMNESE E REGISTRO INICIAL ................................................................................................................................................................ 83
CAPÍTULO 2
ANÁLISE FACIAL/EXPECTATIVA X REALIDADE ..................................................................................................................................... 87
CAPÍTULO 3
ACOMPANHAMENTO APÓS A APLICAÇÃO DE ÁCIDO HIALURÔNICO ........................................................................................ 93
PARA (NÃO) FINALIZAR .......................................................................................................................................... 96
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................................... 98
5
APRESENTAÇÃO
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como 
pela interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia 
da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos 
conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos 
da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional 
que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-
tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO 
DE ESTUDOS E PESQUISA
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de 
textos básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam 
tornar sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta 
para aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto 
antes mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para 
o autor conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma 
pausa e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em 
seu raciocínio. É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas 
experiências e seus sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para 
a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do 
estudo, discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam 
para a síntese/conclusão do assunto abordado.
7
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/
conclusões sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando 
o entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a 
aprendizagem ou estimula ponderações complementares sobre o módulo 
estudado.
8
INTRODUÇÃO
A busca por tratamentos que venham a melhorar a estética do paciente vem 
aumentando exponencialmente nos últimos anos. Os padrões estéticos criados 
e, muitas vezes, impostos pela sociedade fizeram com que os procedimentos 
estéticos se tornassem cada vez mais comuns e rotineiros. 
No entanto, com a popularização dos procedimentos estéticos menos invasivos, 
como o preenchimento facial e a aplicação de toxina botulínica, vem-se notando 
uma queda na procura por cirurgias plásticas. Os pacientes estão preferindo 
fazer procedimentos menos invasivos, nos quais poderão continuar com sua 
vida normalmente, sem ter que passar por um pós-operatório longo e doloroso 
como acontece nos casos de cirurgias.
Com isso, ocorreu um boom no mercado de cursos nessas áreas para capacitar 
os profissionais a realizarem esses procedimentos. Contudo, o que temos que 
ter em mente é que esses procedimentos, apesar de serem tidos como pouco 
invasivos, não deixam de ter seus riscos e/ouefeitos colaterais. Por isso, 
precisamos salientar a importância do profissional se capacitar muito bem 
nessa área antes de começar a realizar tais procedimentos. 
O profissional que deseja adentrar essa área precisa ter amplo e profundo 
conhecimento da anatomia da face como um todo, das corretas técnicas de 
aplicação do produto e de como lidar com possíveis efeitos colaterais.
O ácido hialurônico é um dos materiais mais utilizados para o preenchimento 
facial e possui um tempo de atuação que gira em torno de 6 meses a 24 meses. 
Porém, não é porque ele será reabsorvido que não devemos nos preocupar em 
entregar o melhor resultado possível para o paciente. O estudo leva à segurança 
nas técnicas práticas, por isso a importância de nos especializarmos cada dia 
mais e sempre. Um profissional que sabe o que está fazendo, que domina a 
técnica e o material irá passar essa tranquilidade para o paciente, que, por 
sua vez, terá segurança e confiança no seu trabalho.
Objetivos 
 » Compreender o que é o ácido hialurônico, qual a sua importância no 
corpo humano e como ele é utilizado nas mais diversas áreas.
 » Aprender o que é preenchedor facial de ácido hialurônico e quais as 
diferenças existentes entre eles.
 » Assimilar os procedimentos realizados com as aplicações de 
preenchimentos faciais, bem como a correta técnica e quais as 
estruturas anatômicas a serem levadas em conta para isso.
 » Compreender as possíveis complicações e/ou efeitos colaterais e saiba 
lidar com elas.
 » Compreender como deve ser o protocolo clínico de atendimento para 
o preenchimento facial.
11
UNIDADE I
O QUE É O ÁCIDO 
HIALURÔNICO E 
REVISÃO ANATÔMICA 
DAS ESTRUTURAS 
FACIAIS ENVOLVIDAS 
EM SUA APLICAÇÃO
CAPÍTULO 1
Conhecendo a história do ácido 
hialurônico e sua molécula
História do ácido hialurônico
Nos dias atuais, o tratamento à base de Ácido Hialurônico (AH) vem sendo 
amplamente utilizado em consultórios médicos e odontológicos para fins de 
tratamentos estéticos e cosméticos, mas não é de hoje que o AH vem sendo 
utilizado na Medicina.
Em 1880, o cientista francês Portes observou que a mucina do corpo vítreo 
era diferente de outros mucoides da córnea e da cartilagem e a chamava de 
“hialomucina”. No entanto, somente em 1934, Karl Meyer e John Palmer 
isolaram pela primeira vez um glicosaminoglicano (GAG) do humor vítreo do 
olho bovino e o denominaram “ácido hialurônico” (derivado do hialoide [vítreo] 
e do ácido urônico). Por fim, somente em 1954, Karl Meyer e Weissmann 
desvendaram sua estrutura química.
Em 1979, Balazs produziu o primeiro AH de uso farmacêutico, por meio da 
extração e da purificação de cordões umbilicais humanos. Atualmente, o AH 
também é produzido por fermentação microbiana (Streptococcus zooepidemicus, 
Escherichia coli, Bacillus subtilis e outras), possuindo estrutura química idêntica 
tanto em vertebrados quanto em bactérias.
12
UNIDADE I | O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO
A molécula do ácido hialurônico
O AH é um dos principais componentes da matriz extracelular (MEC) e está 
normalmente presente na medula óssea de mamíferos, cartilagem articular 
e líquido sinovial. A maioria das células do corpo tem a capacidade de 
sintetizá-lo em algum ponto do ciclo celular, estando, assim, envolvido em 
vários processos biológicos fundamentais.
O HA é um composto não proteico de glicosaminoglicano não sulfatado 
(GAG) de ocorrência natural com propriedades físico-químicas distintas. É 
composto por repetições de unidades de ácido β-1,4-D-glucurônico e unidades 
de β-1,3-N-acetilglucosamina.
Figura 1. Fórmula estrutural do ácido hialurônico, um glicosaminoglicano não proteico e não sulfatado.
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-illustration/hyaluronic-acid-molecule-model-molecular-structure-390893689.
Esses dissacarídeos podem se ligar até 30.000 vezes para formar uma longa 
cadeia de peso molecular, variando de 105 a 107 Da, que se organizará em 
uma bobina de solução aquosa, ligando até 1.000 vezes o seu peso em água 
(ANDEREGG et al., 2014). 
Como características principais, o AH possui excelente viscoelasticidade, alta 
capacidade de retenção de umidade, alta biocompatibilidade e propriedades 
higroscópicas. Assim, em uma concentração tão baixa quanto 0,1%, as 
13
O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO | UNIDADE I
cadeias de AH podem fornecer alta viscosidade. Portanto, por possuir tais 
propriedades, o AH atua como lubrificante, amortecedor, estabilizador da 
estrutura articular e regulador da resistência do equilíbrio e do fluxo da 
água (LAURENT et al., 1996).
Para exemplificarmos, um indivíduo com um peso de 70kg, possui cerca de 
15g de AH, que está presente nas articulações, pele, olhos e outros órgãos 
e tecidos do corpo (como conjuntivo, epitelial e neural). Desse total de 15g 
de AH, 5g são revertidos diariamente. A maior parte está presente na pele 
(cerca da metade do total de AH), no líquido sinovial, no corpo vítreo e no 
cordão umbilical.
O AH é sintetizado pela Hialuronan Sintase (AHS), que nos vertebrados 
tem três isoenzimas (AHS-1, AHS-2 e AHS-3), produzindo cada uma delas 
diferentes tamanhos de polímeros de AH.
A metabolização do AH varia de acordo com a localização, sendo que, na 
epiderme, o AH é degradado pelas enzimas hialuronidase após endocitose, 
enquanto que, na derme, ele é degradado e drenado pelos linfáticos aferentes. 
A matriz extracelular (ECM) de tecidos enriquecidos em AH se comporta 
como um gel, permitindo, assim, que resistam a fortes pressões mecânicas 
e acomodem uma alta taxa de difusão de substâncias entre as células. Além 
disso, o AH tem propriedades não imunogênicas e não tóxicas, o que permite 
seu uso em uma variedade de aplicações médicas (JUNQUEIRA et al., 2015).
O AH atua também lubrificando e diminuindo o desgaste articular, sendo que 
suas propriedades metabólicas favorecem a nutrição das áreas avasculares 
da cartilagem e do disco condilar. Foi usado com sucesso nas articulações 
temporomandibulares traumáticas, degenerativas e inflamatórias para melhorar 
a função e reduzir a dor 
Inicialmente, o AH era utilizado na Biomedicina em diversas áreas, que incluíam 
desde a substituição do líquido sinovial das articulações no tratamento da 
osteoartrite, até a substituição do vítreo em cirurgias oftalmológicas e de 
descolamento de retina (RYDELL et al., 1971; CRAFOORD et al., 1993).
Na Figura 2, abaixo, estão alguns exemplos do uso do AH e de seus derivados: 
Odontologia, Otorrinolaringologia, terapia de câncer, tratamento de feridas, 
cirurgia oftálmica e Oftalmologia, Artrologia, Pneumologia, Urologia, 
suplementação na dieta, regeneração de tecidos, cosméticos, entre outros.
14
UNIDADE I | O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO
Figura 2. Utilizações do ácido hialurônico e de seus derivados.
Ácido hialurônico 
Gengiva Humor vítreo 
Pele 
Juntas 
Folículos pilosos 
Tecido conjuntivo 
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-vector/hyaluronic-acid-human-body-543128473.
Somente em 1994, Ghersetich e colaboradores observaram que o conteúdo 
de AH da pele diminuía com o envelhecimento, iniciando assim o uso do AH 
com a finalidade de preenchedor facial.
Os primeiros preenchimentos dérmicos à base de AH foram disponibilizados para 
uso na Europa em 1996. No entanto, nos EUA, a Food and Drug Administration 
(FDA) só aprovou o uso do primeiro preenchimento injetável cosmético em 
2003, que foi o Restylane (Q-Med, Uppsala, Suécia), seguido pelo Hylaform, 
em 2004 (Genzyme [agora Allergan], Santa Barbara, CA, EUA).
 » O AH é um dos principais componentes da matriz extracelular.
 » O HA é um composto não proteico de glicosaminoglicano não sulfatado, 
que pode se ligar até 30.000 vezes para formar uma longa cadeia.
 » o AH possui excelente viscoelasticidade, alta capacidade de retenção 
de umidade,alta biocompatibilidade e propriedades higroscópicas.
 » o AH atua como lubrificante, amortecedor, estabilizador da estrutura 
articular e regulador da resistência do equilíbrio e do fluxo da água.
15
CAPÍTULO 2
Preenchedores faciais à base de ácido 
hialurônico
Características dos preenchedores 
Desde seu surgimento, os preenchimentos injetáveis de AH vêm sendo utilizados 
para restaurar a perda de volume nos tecidos moles devido ao envelhecimento. 
O preenchimento de AH pode ser utilizado em vários locais, como nos sulcos 
nasolabiais, fossa temporal, região malar, rugas de marionetes, aumento de 
lábios e região de glabela.
Outra técnica que vem sendo muito utilizada é a chamada de skinbooster, que 
consiste em múltiplas micro injeções na derme para alcançar o rejuvenescimento 
facial da pele.
As características que tornam um preenchedor de tecidos moles ideal para 
fins cosméticos são:
 » biocompatibilidade ou baixa reatividade tecidual;
 » migração mínima;
 » facilidade de aplicabilidade;
 » bioabsorvibilidade;
 » não-teratogenicidade e não-carcinogenicidade.
Sendo assim, os preenchedores de AH cumprem todos esses requisitos, pois:
 » produzem muito pouca reação inflamatória (já que o AH é 
estruturalmente idêntico entre as espécies);
 » possuem propriedades viscoelásticas que permitem uma fácil injeção;
 » mantêm sua forma ao longo do tempo;
 » são temporários.
16
UNIDADE I | O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO
Além de serem agentes volumizantes, os preenchedores de AH têm propriedades 
adicionais interessantes, como aumentar a produção de colágeno no ambiente 
local e alterar a morfologia dos fibroblastos.
Em geral, são recomendados preenchimentos de AH de partículas maiores e 
densidade mais alta, para injeções dérmicas profundas, e preenchimentos de 
partículas menores e densidade mais baixa, para linhas finas e rugas. 
Os polímeros de AH podem ser modificados a fim de atingirem uma maior ou 
menor densidade e para que demorem mais tempo para degradar. Isso pode 
ser feito por meio de duas técnicas: a conjugação e a reticulação. Apesar de 
serem técnicas baseadas nas mesmas reações químicas, levam a diferentes 
produtos finais. A conjugação e a reticulação são geralmente realizadas para 
diferentes propósitos.
A conjugação permite a reticulação com uma variedade de moléculas, obtendo-
se, assim, um sistema de transporte com melhores propriedades de entrega 
de medicamentos com AH. Por outro lado, a reticulação normalmente visa 
melhorar as propriedades mecânicas, reológicas e intumescentes do AH e 
reduzir sua taxa de degradação, gerando, assim, derivados com maior tempo 
de permanência no local de aplicação e com maiores propriedades de liberação 
(FALLACARA et al., 2017; SHIMOJO et al., 2015; COLLINS et al., 2008). 
Uma tendência recente é conjugar e reticular as cadeias de AH usando 
moléculas bioativas para desenvolver derivados com atividades aprimoradas 
e personalizadas para uma variedade de aplicações em Medicina, Estética e 
Bioengenharia.
Atualmente, há vários preenchimentos de AH no mercado, e alguns deles 
estão resumidos a seguir na Tabela 1, abaixo.
Tabela 1. Preenchedores de AH.
Marca do 
preenchedor
Fabricação Subtipos Contém 
lidocaína
Juvederm Allergan (Irlanda) Juvederm Ultra 2
Juvederm Ultra 3
Juvederm Ultra 4
Juvederm Ultra Smile
Volbella X
17
O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO | UNIDADE I
Volift X
Volift Retouch X
Voluma X
Volite X
Volux X
Varioderm Adoderm (Alemanha) Varioderm Fine Line
Varioderm Basic
Varioderm Plus
Varioderm Subdermal
Varioderm Lips & Medium
Restylane Galderma (Suíça) Restylane Refyne
Restylane 
Restylane Volyme
Restylane Defyne
Restylane Lyft
Restylane Kysse
Teosyal Teoxane (Suíça) Teosyal RHA 1 X
Teosyal RHA2 X
Teosyal RHA 3 X
Teosyal RHA 4 X
Teosyal Deep Lines
Teosyal Global Action
Teosyal Kiss
Teosyal Meso
Teosyal Ultra Deep
Teosyal Ultimate
Teosyal Puresense Deep Lines X
Teosyal Puresense Global Action X
Teosyal Puresense Kiss X
Teosyal Puresense Ultra Deep X
Teosyal Puresense Ultimate X
Teosyal Puresense Redensity I X
Teosyal Puresense Redensity II X
Princess Croma Pharma (Áustria) Princess Rich
Princess Filler
Princess Volume
Princess Filler Lidocaine X
Perfectha Sinclair Pharma (Inglaterra) Perfectha Complement
Perfectha Fine Lines
18
UNIDADE I | O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO
Perfectha Derm
Perfectha Deep
Perfectha Subskin
Belotero Merz (Alemanha) Belotero Soft
Belotero Soft Lidocaine X
Belotero Balance
Belotero Balance Lidocaine X
Belotero Intense
Belotero Intense Lidocaine X
Belotero Volume
Belotero Volume Lidocaine X
Belotero Lips Contour X
Belotero Lips Shape X
Rennova Croma Pharma (Áustria) Rennova Fill
Rennova Fill Lido X
Rennova Deep Lido X
Rennova Ultra Deep
Rennova Ultra Deep Lido X
Rennova Lift
Rennova Lift Lido X
Rennova Skin Lido X
Fonte: elaborada pela autora.
A maioria dos preenchedores injetáveis de AH tem baixo risco de transmissão 
de doenças infecciosas ou de reação alérgica e, geralmente não requerem testes 
cutâneos pré-injeção. 
A popularidade dos preenchimentos injetáveis de AH fez com que muitos 
produtos estivessem disponíveis para uso, mas a escolha entre eles depende 
frequentemente da familiaridade e preferência do profissional por uma marca 
específica.
Um diferencial adicional entre os preenchedores de AH disponíveis 
comercialmente foi a inclusão da lidocaína como anestésico local. Embora 
isso possa tornar o produto específico mais atraente para os pacientes, ainda 
restam preocupações sobre a diluição do AH levar a um preenchimento menos 
concentrado (ROHRICH et al., 2007).
Uma vantagem importante dos preenchedores de AH está na sua durabilidade 
em comparação com outros tipos de preenchedores dérmicos. Alguns dos 
19
O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO | UNIDADE I
preenchedores de AH disponíveis comercialmente, como Restylane (Q-Med), 
Juvedérm, Hylaform e Captique, duram aproximadamente de 6 meses a 2 anos 
in vivo (KIM et al., 2015).
Ainda, outra vantagem importante dos preenchedores de AH está na possibilidade 
de reverter seus efeitos com a enzima hialuronidase, o que não ocorre com 
outros preenchedores injetáveis não degradáveis ou permanentes, na medida 
em que exigem excisão cirúrgica para sua remoção (PARK et al., 2015). 
A hialuronidase é uma enzima que visa especificamente ao AH. Algumas 
marcas comerciais que estão disponíveis são: 
 » Vitrase (Bausch & Lomb, Rochester, NY, EUA);
 » Hyelenex (Halozyme Therapeutics, San Diego, CA, EUA) e;
 » Amphadase (Amphastar Pharmaceuticals, Nanjing, China). 
Essa enzima é normalmente utilizada em casos em que o preenchimento de 
AH foi injetado de maneira incorreta ou em que houve acúmulo de forma 
anormal ou em casos de infecção ou formação de granuloma (KLEIN et al., 
2007).
Inicialmente, acreditava-se que os preenchedores de AH atuavam somente 
ocupando espaços e preenchendo lacunas. No entanto, após mais pesquisas 
a respeito, foi comprovado que o AH não é um material estático. Tais 
preenchedores possuem uma alta densidade de carga fixa que é osmoticamente 
ativa, o que faz com que atraia moléculas de água, resultando em um inchaço 
local (ANANDAGODA et al., 2012).
Quando injetados para aumento de tecidos moles, os preenchedores de 
AH absorvem água e causam um inchaço local, aumentando assim a força 
compressiva do material injetado. Esse efeito de intumescimento pode levar 
a uma pequena expansão tecidual 24 horas após a correção, dependendo do 
potencial de hidratação do preenchedor de AH escolhido. Esse efeito tem 
duração de aproximadamente 3 a 6 meses, dependendo do local da injeção (3 
a 4 meses para os lábios versus 6 meses para a região da glabela e testa).
Os preenchedorespara regiões mais profundas normalmente têm maior 
densidade, para conferir firmeza e resistência à força aplicada, e maior 
20
UNIDADE I | O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO
viscosidade, para conferir resistência à propagação do produto para áreas não 
desejadas. Por exemplo, o volumizador profundo Vycross (Voluma) possui 
maior densidade que o volumizador de nível médio (Volift), que, por sua vez, 
possui maior densidade que o volumizador superficial (Volbella).
Um certo nível de coesividade – isto é, a tendência do material de preenchimento 
a não se dissociar devido à afinidade de suas moléculas uma pelo outra – pode 
ser considerado um pré-requisito para manter a integridade do material de 
preenchimento durante e após sua implantação. 
A elasticidade, a coesividade e a capacidade de ligação à água de um preenchedor 
contribuem para esse processo multinível, sendo, portanto, um composto 
capaz de causar a expansão do tecido em camadas e a projeção tecidual quando 
aplicado em níveis mais profundos (SUNDARAM et al., 2013).
Os preenchedores e a evolução de conceitos no 
envelhecimento facial
O envelhecimento facial ocorre em todos os níveis teciduais. A epiderme, a 
derme, o subcutâneo e os ossos sofrem remodelação ao longo da vida, sendo que, 
a princípio, a degradação dos tecidos em questão é equilibrada com a geração de 
novos tecidos. Com o passar dos anos, as propriedades regenerativas diminuem, 
e o equilíbrio do processo de remodelação é interrompido, resultando em uma 
perda líquida de tecidos que é reconhecida como reabsorção.
Do ponto de vista quantitativo, a perda de volume é maior nas camadas mais 
profundas teciduais, ocorrendo juntamente com a descida dos compartimentos 
subcutâneos de gordura empobrecidos e com a perda óssea. O conteúdo total 
de colágeno da pele também diminui significativamente com o passar dos 
anos. Do ponto de vista qualitativo, há degeneração dos componentes dos 
tecidos, incluindo colágeno dérmico e elastina. 
Esses processos resultam em alterações tridimensionais na forma e contorno 
faciais, ocorrendo também frouxidão, dobras e ritides na pele. Ocorrem também 
alterações de superfície, incluindo aspereza e ressecamento.
21
O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO | UNIDADE I
Figura 3. Alterações ósseas ocasionadas pelo envelhecimento.
Fonte: elaborada pela autora.
Na Figura 3, acima, observamos as alterações ósseas relacionadas à idade, que 
ocorrem principalmente nas zonas periorbital e medial da bochecha, incluindo 
os aspectos supramedial e infralateral da órbita, as áreas infraorbital medial e 
piriforme da maxila e a área anterior da mandíbula. As setas indicam as áreas 
do esqueleto facial suscetíveis à reabsorção com o envelhecimento. O tamanho 
das setas se correlaciona com a quantidade de reabsorção.
Os fatores extrínsecos primários causadores do envelhecimento da pele foram 
denominados de os “três S” – sol (radiação ultravioleta), fumo e estresse. Os 
fatores intrínsecos causadores desse envelhecimento estão associados a uma 
diminuição progressiva da capacidade antioxidante, bem como à produção 
aumentada de espécies reativas de oxigênio, a partir do metabolismo oxidativo 
nas células da pele. Isso contribui para um aumento do estresse oxidativo 
celular (SUNDARAM et al., 2009; SCHWARTZ et al., 1993). 
Os níveis de envelhecimento extrínseco e intrínseco variam consideravelmente 
entre os indivíduos, de acordo com a exposição individual aos fatores causais 
e com a predisposição genética de cada um.
Sendo assim, o envelhecimento facial tem uma causa multifatorial, o que 
fornece a justificativa para tratamentos combinados com neuromoduladores 
(toxina botulínica) e preenchedores dérmicos. A avaliação individualizada 
22
UNIDADE I | O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO
do paciente e a compreensão funcional do significado dessas observações irá 
levar o profissional a um equilíbrio entre o uso de preenchedores de AH e 
de toxinas. 
Inicialmente, a toxina foi considerada a base do tratamento para a face superior, 
com os preenchimentos desempenhando um papel maior na face média e 
inferior. No entanto, está cada vez mais frequente o uso dos preenchimentos 
como melhoradores dos efeitos da toxina. São indicados com maior frequência, 
conforme a idade do paciente aumenta.
Quando o tratamento de um paciente for com um neuromodulador, como 
a toxina botulínica e um preenchedor injetável em sessões separadas, é 
indicado que se faça uso do neuromodulador na primeira sessão para abordar 
o componente dinâmico das rugas, e do preenchimento injetável na segunda 
sessão. 
No entanto, se os dois produtos forem utilizados na mesma sessão, é indicado 
que o material de preenchimento seja injetado primeiro para que, em seguida, 
possa massagear o local adequadamente e, somente então, fazer a aplicação 
do neuromodulador.
Os preenchedores de AH possuem as seguintes características:
 » são biocompatíveis;
 » produzem muito pouca reação inflamatória;
 » possuem propriedades viscoelásticas que permitem uma fácil injeção;
 » mantém sua forma ao longo do tempo;
 » são temporários;
 » seus efeitos podem ser revertidos pela hialuronidase;
 » possuem diferentes densidades.
23
CAPÍTULO 3
Revisão anatômica das estruturas 
envolvidas na harmonização orofacial
Anatomia dos músculos faciais
Primeiramente, vamos fazer uma breve revisão dos músculos faciais que 
apresentam maior relevância quando estamos nos referindo a preenchimentos 
faciais. Posteriormente, iremos nos atentar à vascularização e inervação de 
cada área específica, de acordo com cada subitem abaixo.
Quando falamos em preenchimento facial com AH, alguns músculos se 
destacam, devido aos locais de aplicação dos preenchedores. Dentre eles, 
temos os músculos temporal, frontal, orbicular dos olhos, prócero, corrugador, 
zigomático maior e menor, nasal, orbicular dos lábios, bucinador, masseter, 
mentoniano e platisma (Figura 4, abaixo).
Figura 4. Músculos faciais.
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/59329164/musculos.
Anatomia facial superior, periorbital e região malar
Na região facial superior e periorbital, encontramos importantes estruturas, 
dentre as quais estão as artérias supra orbitais e supratrocleares, que são os 
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UNIDADE I | O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO
ramos terminais da artéria oftálmica. A artéria oftálmica se origina da artéria 
carótida interna e da artéria temporal superficial, ramo terminal da artéria 
carótida externa (Figura 5, abaixo).
Figura 5. Irrigação da região orbital.
Fonte: http://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/10/2134/2013_245.pdf.
Com relação à inervação nessa área, observamos (Figuras 6 e 7): 
 » o nervo supratroclear, que irá inervar a testa medial e central. Esse 
nervo corre junto ao músculo corrugador e sob a fáscia frontal para 
inervar a testa medial e central;
 » o nervo supra-orbitário, que irá inervar as regiões anterolaterais da 
testa e do couro cabeludo. Esse nervo sai do forame orbital superior 
ou entalhe e corre sob a fáscia frontal.
Figura 6. Inervação da órbita e pálpebra.
Nervo infratroclear 
Nervo supratroclear Nervo supraorbital 
Nervo lacrimal 
Nervo infraorbital 
Fonte: http://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/10/2134/2013_245.pdf.
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O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO | UNIDADE I
Figura 7. Inervação sensitiva da face e pálpebra – ramo oftálmico em verde.
Fonte: http://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/10/2134/2013_245.pdf.
Na região central da face, mais especificamente na região malar (das bochechas), 
encontramos importantes estruturas anatômicas que merecem uma atenção 
especial (Figuras 8 e 9).
Figura 8. Irrigação da face.
Fonte: https://issuu.com/dilivros/docs/9788580530513/13.26
UNIDADE I | O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO
Figura 9. Inervação da face.
Fonte: https://issuu.com/dilivros/docs/9788580530513/13.
Conforme podemos observar nas Figuras 8 e 9, acima, o forame infraorbital 
se localiza cerca de 6 a 8mm inferior à borda orbital. Dele, origina-se a 
artéria infraorbital, importante estrutura anatômica a ser estudada. A artéria 
infraorbital irá atravessar o forame infraorbital e emergir na face, onde irá 
suprir a pálpebra inferior, a região lateral do nariz e o lábio superior.
Ela irá então se ramificar na artéria alveolar superior anterior, que supre os 
dentes anteriores e seios maxilares, e terminar em anastomoses com as artérias 
transversais faciais, angulares e bucais e ramos das artérias oftálmica e facial. 
Anatomia do nariz
O suprimento sanguíneo da região nasal deriva da artéria facial. Dessa artéria, 
teremos importantes ramos, que são as artérias nasais lateral e dorsal.
A artéria nasal dorsal faz anastomose com a artéria supratroclear, sendo essa 
anastomose um ponto de alto risco, que pode levar a complicações graves, 
como, por exemplo, cegueira. 
Injeções de preenchimento ou neurotoxina no nariz para a correção de 
deformidades pós-artroplastias podem gerar um alto risco de complicações. 
Essas deformidades devem ser tratadas apenas por profissionais com vasta 
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O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO | UNIDADE I
experiência ou, preferencialmente, pelo cirurgião que realizou a cirurgia 
originalmente.
Nas Figuras 10 e 11, observamos a região nasal, área delicada com diversas 
estruturas que devem ser profundamente estudadas antes da realização de 
qualquer tipo de procedimento. Podemos observar a inervação dessa área na 
Figura 9, acima.
Figura 10. Anatomia óssea nasal.
Fonte: http://www.rinoplastia.art.br/2017/03/29/anatomia-nariz-rinoplastia/.
Figura 11. Vascularização da porção central da face.
A. Supratroclear
A. Dorso
nasal
A. Nasal lateral
A. Facial
A. Angular
A. Labial superior
A. Labial inferior
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Principais-arterias-da-porcao-central-da-face-Figura-2-Disposicao-da-arteria_
fig2_280055462.
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UNIDADE I | O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO
Anatomia da área perioral e dos lábios
Os lábios superior e inferior obtém suprimento vascular das artérias labiais 
superiores e inferiores, respectivamente. Essas artérias se localizam na camada 
submucosa (parte úmida labial) e são ramos da artéria facial.
Os lábios superior e inferior são inervados sensorialmente pelo nervo 
infraorbitário e mentoniano, respectivamente. A inervação motora para essas 
áreas é fornecida pelo ramo bucal do nervo facial.
Na Figura 12, vemos, com mais detalhes, a rede vascular que supre o filtro 
onde temos: (A) artéria acessória direita do filtro (Aadf); (B) artéria lateral 
ascendente direita do filtro (Aladf); e (C) artéria central do filtro (ACF).
Figura 12. Arcada vascular do Filtro.
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Arcada-vascular-do-filltro-A-arteria-acessoria-direita-do-filtro-Aadf-B_
fig3_280055462.
Na Figura 13, observamos a disposição da artéria labial superior (ALS) e sua 
relação com o músculo orbicular da boca e o vermelhão. Os ramos cutâneos 
da mucosa e do vermelhão também podem ser observados.
Figura 13. Disposição da artéria labial superior. 
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Principais-arterias-da-porcao-central-da-face-Figura-2-Disposicao-da-arteria_
fig1_280055462.
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O QUE É O ÁCIDO HIALURÔNICO E REVISÃO ANATÔMICA DAS ESTRUTURAS FACIAIS ENVOLVIDAS EM SUA APLICAÇÃO | UNIDADE I
Na Figura 14, observamos, por uma vista frontal, as artérias responsáveis 
pela vascularização da região perioral e dos lábios.
Figura 14. Vascularização da região perioral e dos lábios.
Fonte: https://journals.lww.com/prsgo/Fulltext/2019/09000/Translucent_and_Ultrasonographic_StStudi_of_the.4.aspx.
Anatomia do queixo e da região mandibular 
O suprimento vascular do queixo é realizado pelas artérias mentoniana e 
submentoniana, que são ramos da artéria alveolar inferior e da artéria facial, 
respectivamente.
A inervação sensorial do queixo e do lábio inferior é realizada pelo nervo 
mentoniano, que emerge do forame mentoniano, abaixo do segundo pré-molar 
inferior.
Estruturas anatômicas que merecem uma atenção especial são a artéria facial 
e o ramo marginal do nervo facial inferior, pois eles cruzam superficialmente 
logo antes do músculo masseter, no sulco pós-mandibular.
Nas Figuras 8, 11 e 14, já expostas, observamos todo o suprimento sanguíneo 
descrito acima. Já nas Figuras 7 e 9, encontramos a inervação dessa área da 
face, incluindo os pontos anatômicos que foram destacados acima.
30
UNIDADE II
APLICAÇÕES DO 
ÁCIDO HIALURÔNICO 
NA ODONTOLOGIA
CAPÍTULO 1
Preenchimento da papila interdental e 
de alvéolos após exodontias
Preenchimento da papila interdental
Embora a papila interdental seja pequena sob uma perspectiva anatômica, ela 
possui um significado muito grande sob o ponto de vista estético, principalmente 
na dentição anterior, em que é quase sempre exibida durante o sorriso. 
A perda ou a diminuição das papilas interdentais gera o que chamamos de 
black space, o que resultará em uma perda significativa na estética do sorriso. 
O surgimento de black spaces pode ser atribuído a vários fatores diferentes, 
como doença periodontal, forma anatômica do dente, angulação da raiz e 
posição do ponto de contato interproximal. 
O grande significado estético das papilas interdentais incentivou estudos e 
pesquisas a fim de encontrarmos técnicas que venham evitar ou recuperar a 
perda de papila após procedimentos cirúrgicos intraorais. 
Atualmente, conseguimos fazer uso de várias técnicas para melhorar os 
problemas estéticos que a deficiência de papila interdental na região anterior 
da maxila possa causar, incluindo tratamentos cirúrgicos, ortodônticos e 
protéticos (FATIN et al., 2015).
Encontramos na literatura relatos de reconstruções bem-sucedidas da papila 
interdental perto de dentes ou implantes dentários, no entanto, os resultados 
são limitados e falham em mostrar viabilidade a longo prazo. Isso ocorre 
devido ao fato de a papila interdental ser caracteristicamente estreita, o que 
limita o suprimento de sangue ao tecido mole e também dificulta o acesso ao 
tecido em questão.
31
APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
Os tratamentos ortodônticos vem sendo utilizados para aproximar os dentes 
que apresentam essa deficiência de papila quando o espaçamento entre eles 
é largo ou as raízes são divergentes. No entanto, o método ortodôntico para 
aproximar as raízes envolve a remoção da superfície de contato dos dentes 
adjacentes, o que gera um aumento no risco de causar doenças periodontais, 
devido ao espaço estreitado entre as raízes.
Além disso, mesmo após essas medidas de tratamento, a papila interdental 
deficiente ainda poderá precisar de suplementação com próteses. Esse 
tratamento envolve estratégias como o preenchimento da região deficiente 
da papila interdental com uma prótese, para diminuir os pontos de contato 
entre os dentes, ou com o preenchimento da papila interdental, a fim de 
diminuir a distância entre o ponto de contato e a crista óssea para menos de 
5mm (MILLER et al., 1996; KIM et al., 2008).
Contudo, os métodos vistos acima são altamente invasivos e apresentam uma 
lacuna de variabilidade que ocorre devido a diferenças no tamanho e altura 
da papila interdental de cada dente e de cada indivíduo. Isso acaba por gerar 
dificuldade em atingir bons resultados, a longo prazo, com tais técnicas, além 
de ser o que impulsiona pesquisas de tratamentos diferenciados e menos 
invasivos.
Em 2010, Becker et al. realizaram o primeiro estudo sobre o tratamento de 
papilas com preenchedores de AH.Esse estudo incluía 14 locais (4 dentes e 
10 implantes), dos quais 3 tiveram 100% de melhora, e 8 tiveram 88 a 97% 
de melhora.
Lee et al., 2016, também realizaram uma pesquisa na qual relataram 10 pacientes 
com 43 locais na região anterior superior tratados com ácido hialurônico. 
Desses locais, 29 tiveram reconstrução completa da papila interdental, e 14 
tiveram melhora de 39 a 96%.
No entanto, Bertl et al., 2017, realizaram um estudo onde chegaram à conclusão 
oposta de que a injeção de ácido hialurônico não aumentou nenhum volume 
clinicamente conspícuo da papila deficiente das coroas maxilares anteriores 
ao implante.
As diferenças encontradas com relação à melhora da papila gengival diferem 
por causa de uma série de fatores, que são:
32
UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
 » variação entre os métodos de injeção utilizados;
 » variação na quantidade de sessões em que o AH foi aplicado;
 » falta de critérios de inclusão de pacientes não justificados; 
 » tempo inadequado de acompanhamento dos resultados.
Além disso, a espessura gengival é um fator muito importante a ser considerado 
no tratamento com AH. Sabemos que biotipos gengivais espessos apresentam 
mais fibroblastos gengivais e fibras de colágeno na camada do tecido conjuntivo 
do que biótipos gengivais finos. Sendo assim, o tratamento com AH irá ter 
um resultado muito mais significativo em biotipos gengivais espessos, pois o 
AH irá acelerar a proliferação de fibroblastos gengivais, promover a geração 
de fibras de colágeno e, finalmente, ocasionar um aumento de tecidos moles 
no local.
Observamos, no entanto, algumas semelhanças no método de tratamento 
utilizado. Essas semelhanças incluem:
 » dar instruções de higiene bucal a todos os participantes e, quando 
necessário, realizar a raspagem supragengival anterior ao 
procedimento;
 » anestesiar o local a ser tratado com o método mais apropriado para 
o sítio em questão;
 » aplicar o AH com a agulha em um ângulo de 45°, com o bisel voltado 
para a incisal do dente (de acordo com a Figura 8 abaixo);
 » aplicar o AH diretamente na região central da papila, 2 a 3mm 
apicalmente à sua ponta (a quantidade de AH injetada diverge entre 
os artigos, sendo que encontramos desde 0,05ml por ponto até 0,2ml 
por ponto);
 » realizar massagem suave na área, em direção à borda incisal, por 
cerca de 1 minuto;
 » passar todas as instruções pós-operatórias para que o paciente possa 
seguir. Tais instruções incluem: (a) se abster de qualquer método 
de controle de placa mecânico na área por 24 horas; (b) após esse 
33
APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
período, utilizar escova de dentes extra macia; (c) retomar a higiene 
bucal mecânica de costume somente após as duas semanas seguintes 
à aplicação.
Figura 15. Método de injeção do AH na papila interdental.
Bisel para cima 
Fonte: Won-Pyo Lee et al., 2016.
Alguns artigos ainda indicam mais dois pontos de aplicação do AH, além do 
descrito acima. O primeiro ponto seria para criar um “reservatório” de AH, 
aplicando-o na mucosa diretamente acima da junção mucogengival (cerca de 
0,1ml a 0,2ml de AH). O segundo seria na região da gengiva inserida abaixo 
da papila a ser tratada (cerca de 0,1 a 0,15ml de AH).
Encontramos grande divergência no que se diz respeito à quantidade de 
sessões a serem realizadas bem como ao intervalo de tempo entre elas. Alguns 
artigos indicam que sejam realizadas mais duas sessões de aplicação, com um 
intervalo de três e de seis semanas após a injeção inicial. Outros indicam 
somente mais uma aplicação aproximadamente quatro semanas após a injeção 
inicial, e outros indicam até cinco aplicações adicionais, com intervalos de 
três semanas entre elas, até que o black space tenha alcançado grande melhora.
Na série de figuras abaixo, podemos observar o resultado da aplicação do AH 
na papila interdental entre o incisivo lateral direito e o canino direito. As fotos 
seguem uma sequência cronológica de tempo, na qual vemos o acompanhamento 
do resultado do tratamento com o AH ao longo de 12 meses. Salienta-se que, 
para o tratamento da papila em questão, foi utilizada uma única aplicação de 
AH na região central da papila, cerca de 2 a 3mm apicalmente. Após a primeira 
sessão, foram realizadas mais duas sessões de aplicação no local com intervalo 
de três semanas e seis semanas a partir da aplicação inicial (CHEN et al., 1999; 
FRASER et al., 1997; STERN, 2004; MCCOURT, 1999).
34
UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
Figura 16. Foto inicial, anterior à primeira aplicação de AH entre os dentes 12 e 13.
Fonte: Ni, Shu, and Li. J Oral Maxillofac Surg, 2019.
Figura 17. Foto de acompanhamento, três meses após a aplicação inicial de AH. 
Fonte: Ni, Shu, and Li. J Oral Maxillofac Surg, 2019.
Figura 18. Foto de acompanhamento, seis meses após a aplicação inicial.
Fonte: Ni, Shu, and Li. J Oral Maxillofac Surg, 2019.
35
APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
Figura 19. Foto de acompanhamento, 12 meses após a aplicação inicial.
Fonte: Ni, Shu, and Li. J Oral Maxillofac Surg, 2019.
Preenchimento de alvéolos após exodontias
A extração dentária pode levar a uma perda óssea progressiva e irreversível, 
sendo que essa perda tem um impacto muito grande no suporte odontológico, na 
estética, na fonética, na capacidade mastigatória e até na osseointegração. Nesses 
casos, podem ser necessários cirurgias ósseas e/ou enxertos de biomateriais 
para alcançarmos uma correta reabilitação oral dos pacientes.
Sabemos que o AH vem sendo amplamente utilizado em muitos campos 
médicos, como Dermatologia (como preenchimento dérmico), Oftalmologia e 
Ortopedia (como agente anti-inflamatório). No entanto, as aplicações clínicas 
do AH em Odontologia ainda são pouco conhecidas.
Contudo, o uso do AH no preenchimento de alvéolos após exodontias provou 
acelerar o reparo ósseo durante os primeiros 30 dias após a cirurgia, o que leva 
a uma melhora no bem-estar do paciente, uma vez que parece reduzir sinais e 
sintomas pós-operatórios, como trismo e inchaço (KORAY et al., 2014). Além 
disso, o AH possui propriedades antibacterianas, o que é uma ação desejável 
em intervenções cirúrgicas. Porém, não foi observada diferença significativa 
em relação às alterações dimensionais entre cavidades preenchidas com o AH 
ou com coágulo sanguíneo.
36
CAPÍTULO 2
Preenchimento de sulcos
Sulcos nasolabiais
O preenchimento nos sulcos nasolabiais com um preenchedor como o Ultra 
Plus ou Volift é feito em duas áreas de cada lado. 
Os profissionais devem dar uma atenção especial à artéria e veia faciais e tomar 
cuidado durante o preenchimento dos sulcos nasolabiais proximais, devido 
ao risco de comprometimento vascular da artéria facial e dos ramos do nariz. 
Posicione a agulha e aspire antes da injeção, que deverá ser linear e retrógrada. 
Estique a pele usando dois dedos para visualizar melhor o sulco. Mantenha-se 
levemente medial ao sulco e insira a agulha inclinada para cima, paralelamente 
a ele, para aplicar uma injeção subcutânea superficial (MAURÍCIO et al., 2017).
Na Figura 20, encontram-se os pontos de aplicação do preenchedor no sulco 
nasolabial (à direita).
Figura 20. Aplicações do AH no sulco nasolabial.
Fonte: elaborada pela autora.
É indicado o preenchimento com uma injeção retrógrada linear lenta de 
movimento contínuo e baixo volume. Não injete produto demais, pois um 
volume excessivo pode levar a um preenchimento irregular. Massageie após 
37
APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
cada injeção para conseguir moldar a área e tenha cuidado para não deixar o 
produto transbordar. 
Em pacientes com perda grave de volume, é indicado o uso de preenchedores 
como o Voluma nos sulcos nasolabiais para compensar a retrusão óssea. 
Recomenda-se treinamento específico para essa área.
Para esses casos, o preenchedor é injetado profundamente na fossa canina. 
Inspecione a superfície da pelepara determinar o padrão vascular e evitar a 
artéria facial e os ramos do nariz.
Posicione a agulha perpendicular à superfície da pele, penetre até que sinta 
tocar no osso e aspire antes da injeção. Injete muito lentamente, com baixa 
pressão, fornecendo assim um pequeno bolus supraperiosteal. Massageie a 
região para moldar o preenchimento e evitar o excesso em um único local.
Na Figura 21, observamos o ponto de aplicação do preenchedor na fossa 
canina (à direita).
Figura 21. Ponto de aplicação do AH na fossa canina.
Fonte: elaborada pela autora.
Sulcos de marionete
Os sulcos de marionete dão ao rosto uma aparência triste ou dura. O 
preenchimento desses sulcos pode ser realizado com um preenchedor como 
o Ultra Plus ou Volift. 
38
UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
As injeções são feitas em dois locais de cada lado. É importante que os 
profissionais tomem cuidado para evitar as artérias e veias labiais e sublabiais 
inferiores.
No primeiro local, utilizando uma técnica de injeção linear retrógrada, 
administre uma injeção subcutânea superficial. Injete lentamente, depositando 
a maior parte do volume no terço superior do sulco, mantendo-se medial a ele. 
No segundo local, deve-se inserir a agulha inferior ao modíolo e injetar bem 
lentamente o preenchedor. O material deve ser injetado quando a agulha 
estiver sendo retirada do tecido mais profundo, através de uma técnica de 
coluna vertical e utilizando um volume menor de preenchedor. Mantenha as 
duas injeções medialmente ao sulco de marionete (MAURÍCIO et al., 2017).
Na Figura 22, observamos os locais de aplicação do AH no sulco de marionete 
(à direita).
Figura 22. Aplicação do AH no sulco de marionete.
Fonte: elaborada pela autora.
39
CAPÍTULO 3
Preenchimento labial e de código de 
barras
Borda (contorno) labial
A remodelagem da borda do lábio é realizada com preenchedores como o Ultra 
Plus, Ultra, Volift ou Volbella. É importante avaliar qualquer assimetria antes 
da injeção e respeitar as proporções entre o lábio superior e o lábio inferior. 
É importante ficar atento para evitar a artéria e a veia labial no plano submucoso 
intraoral (isto é, na parte úmida do lábio). 
A agulha deve ser posicionada na borda do vermelhão labial, perto da borda 
lateral da boca e inserida abaixo da junção mucocutânea. Injete muito lentamente 
o produto, usando uma técnica linear anterógrada, com deposição de um fio 
linear, à medida que a agulha percorre a borda do vermelhão. É importante 
evitar o deslocamento inadvertido do produto para fora da área de tratamento 
desejada.
A injeção no arco do cupido também deverá ser realizada muito lentamente, 
por ser uma região muito sensível e delicada. Administre volumes iguais de 
preenchimento em ambos os lados, a menos que uma grande assimetria exista 
no local. Evite a correção excessiva da borda labial e de uma projeção anterior 
exagerada do lábio superior (MAURÍCIO et al., 2017).
Figura 23. Locais de aplicação do AH na borda labial.
Fonte: elaborada pela autora.
40
UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
Vermelhão
O aprimoramento da forma ou do volume do vermelhão pode ser realizado 
com preenchedores como o Ultra Plus, Ultra, Volift ou Volbella. 
Duas técnicas diferentes podem ser utilizadas, conforme veremos a seguir.
 » Com a primeira técnica, o preenchimento é depositado em um local 
por quadrante do corpo labial. Os preenchedor é administrado por 
meio de rosca linear anterógrada na submucosa seca. Preste atenção 
para evitar a artéria e a veia labial no plano submucoso intraoral. A 
agulha deve ser inserida na mucosa labial em um ângulo de 30 graus 
em relação ao corpo labial. É importante injetar muito lentamente 
para evitar sangramentos nessa área delicada e propensa a contusões 
(MAURÍCIO et al., 2017).
Na Figura 24, observamos os locais de aplicação do preenchedor com a primeira 
técnica que poderá ser utilizada.
Figura 24. Primeira técnica de aplicação do AH.
Fonte: elaborada pela autora.
 » Com a segunda técnica, o preenchimento é depositado em três locais 
por quadrante do corpo labial. Para evitar dores e contusões, insira 
a agulha em cada local sempre cerca de 2mm superiores à borda 
labial superior e 2mm inferiores à borda labial inferior, colocando o 
41
APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
preenchimento dentro do vermelhão. Administre injeções de bolus 
intramusculares muito pequenas e muito lentamente. É mandatório 
realizar a massagem para evitar irregularidades e nódulos (MAURÍCIO 
et al., 2017).
As precauções recomendadas no preenchimento da borda labial também devem 
ser seguidas para o vermelhão.
Na Figura 25, observamos os locais de aplicação do preenchedor com a segunda 
técnica que poderá ser utilizada.
Figura 25. Segunda técnica de aplicação do AH.
Fonte: elaborada pela autora.
Comissuras
O preenchimento das comissuras labiais pode ser realizado com preenchedores 
como o Ultra Plus ou o Volift. Caso exista indicação de preenchimento do 
contorno labial, é indicado fazê-lo antes de preencher a região das comissuras. 
A agulha deve ser inserida superficialmente na borda lateral do ângulo da 
boca e uma injeção de bolus muito pequena deverá ser administrada por via 
intramuscular e/ou na mucosa.
É importante tomar cuidado para evitar a artéria e veia labial. Injete muito 
lentamente. Evite a correção excessiva para não criar uma área abaulada ou 
42
UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
causar o deslocamento do preenchimento durante o sorriso, o que poderia 
gerar um sorriso anormal (MAURÍCIO et al., 2017).
Na Figura 26, observamos o local de aplicação do preenchedor na comissura 
labial.
Figura 26. Aplicação do AH na comissura labial.
Fonte: elaborada pela autora.
Filtro nasal
O filtro nasal corresponde às cristas entre o nariz e os lábios e tende a achatar 
e perder seu contorno com o envelhecimento. A remodelagem do filtro pode 
ser realizada com preenchedores como o Ultra Plus, Ultra, Volift ou Volbella, 
com um local de injeção por lado (por crista) (MAURÍCIO et al., 2017).
Atenção especial para os ramos da columela da artéria labial superior, localizados 
perto do nariz. Aperte a coluna (crista) do filtro usando dois dedos e insira a 
agulha em sua base, com a agulha apontada para cima e seu chanfro para dentro. 
A injeção deve ser subcutânea superficial, usando uma técnica retrógrada linear. 
É importante preservar a forma de V invertido do filtro. Evite alargar as 
colunas (cristas) do filtro e corrigi-lo excessivamente, pois isso poderia causar 
o alongamento do lábio superior.
43
APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
Na Figura 27, observamos os locais de aplicação do preenchedor no filtro 
nasal. Precisamos ter em mente a vascularização dessa região, já mostrada 
anteriormente na Figura 12.
Figura 27. Aplicação do AH no filtro nasal.
Fonte: elaborada pela autora.
Sulcos periorais (código de barras)
A correção dos sulcos periorais pode ser obtida com Ultra ou Volbella. É 
importante estar atento à vascularização perioral, que inclui ramos da artéria 
labial superior.
44
UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
Figura 28. Aplicações do AH nos sulcos periorais.
Fonte: elaborada pela autora.
A injeção deve ser subcutânea, superficial, usando uma técnica linear. Insira 
a agulha perpendicular às rugas e injete lentamente, massageando após cada 
injeção. Não persiga linhas superficiais. Evite a injeção excessiva de material, 
pois pode causar o alongamento e o achatamento do lábio superior (MAURÍCIO 
et al., 2017).
45
CAPÍTULO 4
Preenchimento de mandíbula, mento, 
malar, olheiras e outras áreas
Volumização temporal
Com o avançar da idade, ocorre uma perda de volume na região temporal que 
pode resultar no abaulamento dessa região. As têmporas jovens são planas ou 
levemente convexas. O preenchimento da região temporal é indicado para 
têmporas que se tornaramexcessivamente côncavas (MAURÍCIO et al., 2017). 
A volumização temporal pode ser realizada com preenchedores como o Voluma, 
Volift ou Ultra Plus. É importante dar uma atenção especial à artéria e à veia 
temporais.
Para realizar o preenchimento, procure a junção da crista temporal ou da 
linha de fusão com a borda orbital e identifique a área de maior perda de 
volume. Isso feito, posicione a agulha 1cm superior à borda orbital lateral e 
1cm lateral à crista temporal. Insira a agulha perpendicularmente ao osso, 
aspire e faça o preenchimento muito lentamente, usando uma injeção em 
bolus supraperiosteal (MAURÍCIO et al., 2017).
Figura 29. Aplicação do AH na região temporal.
Fonte: elaborada pela autora.
É aconselhável realizar uma pressão moderada com o dedo indicador da mão 
livre, colocando-o superior à agulha ao longo da linha do cabelo, com o intuito 
de impedir a perda do produto pela propagação sob os cabelos. 
46
UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
A velocidade da injeção é lenta, e deve-se manter a agulha no osso durante 
todo o processo. Depois que a agulha é removida, realizar pressão no local 
da injeção por vários minutos para evitar uma contusão tardia caso uma veia 
mais profunda seja perfurada.
Uma moldagem suave da região temporal pode ser necessária após a injeção 
de volumes típicos na faixa de 0,5 a 1,0ml de preenchedor (para a maioria das 
cavidades temporais). A perda grave de volume pode exigir até 2ml por lado 
de preenchedor dividido em várias sessões de tratamento. 
Há várias áreas importantes que devemos nos atentar para realizar volumização 
temporal. Evite a artéria e veia temporal superficial que se encontram no 
tecido subcutâneo. Para isso, é importante seguir a localização supraperiosteal 
alta na fossa temporal (1cm acima da linha de fusão temporal e 1cm lateral 
e paralelo à borda supraorbital), o que irá minimizar o risco de ocorrências 
intravasculares (devido à baixa avascularidade dessa região e às fibras finas 
do músculo temporal nessa área). 
Caso ocorra perfuração de um ramo da artéria ou veia, isso resultará na 
deposição do produto mais abaixo da fáscia temporal profunda que fica sobre 
o músculo, o que irá proteger os vasos. Ressaltamos que a pressão na área 
irá evitar contusões indesejadas, uma vez que o efeito de tamponamento da 
agulha é perdido após sua retirada (MAURÍCIO et al., 2017).
É sempre aconselhável a aspiração antes da injeção do produto, embora não 
seja uma garantia de localização extravascular da agulha. 
Tomar cuidado com agulhas profundas na fossa posterior, inferior ou acima 
do arco zigomático, pois podem existir ramificações internas superiores no 
local, gerando o risco de necrose no local. 
Devemos salientar que uma injeção periosteal profunda na região alta da fossa 
pode levar à congestão temporária visível do plexo venoso temporal (24 a 48 
horas) que fica no tecido subcutâneo, ao passo que as injeções superficiais 
podem levar a irregularidades na superfície que irão necessitar de massagem 
durante os dias seguintes à aplicação (MAURÍCIO et al., 2017).
Modelagem das sobrancelhas
Os preenchimentos podem ser usados para melhorar o contorno e o volume 
das sobrancelhas e também para melhorar a elevação da cauda, nos casos em 
que a toxina botulínica não foi capaz de fornecer elevação suficiente.
47
APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
A modelagem das sobrancelhas pode ser realizada com preenchedores como 
o Ultra Plus ou o Volift. Para isso, as injeções são feitas em dois locais em 
cada lado.
 » Para a primeira injeção, insira a agulha na extremidade lateral final da 
sobrancelha. Primeiramente, aspire e, depois, injete muito lentamente 
o produto usando uma injeção de bolus supraperiosteal. Massageie 
para cima para dar forma. É importante identificar a borda orbital, 
para que não ocorra a injeção inadvertida do preenchedor na cavidade 
orbital.
O preenchimento na parte lateral das sobrancelhas destina-se a promover o 
apoio do teto das mesmas. Lembre-se de palpar a borda orbital e proteger a 
área com um dedo para evitar a migração do material de preenchimento para 
a pálpebra superior. 
 » Para a segunda injeção, proceda da mesma forma anterior, porém esta 
deverá ser feita medial à primeira injeção ao longo da sobrancelha. 
Preste atenção para evitar o forame supraorbital ao injetar (MAURÍCIO 
et al., 2017).
Na Figura 30, observamos os locais de aplicação do preenchedor para a 
realização da modelagem da sobrancelha.
Figura 30. Aplicações do AH para a modelagem da sobrancelha.
Fonte: elaborada pela autora.
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UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
Contorno da testa
As linhas dinâmicas da testa geralmente são tratadas com a toxina botulínica, 
mas os preenchimentos de ácido hialurônico podem ser usados para tratar rugas 
profundas horizontais e para criar um contorno suave na testa. O contorno 
da testa pode ser realizado com preenchedores como o Volift ou Volbella 
(MAURÍCIO et al., 2017).
Cada produto é injetado em seis locais ao longo das rugas da testa, lembrando 
sempre de aspirar antes de cada injeção.
 » Para a primeira injeção, a agulha deverá ser posicionada perto 
da extremidade lateral das rugas e pelo menos 2cm acima da 
sobrancelha. Injete muito lentamente, através de uma injeção de 
bolus supraperiosteal, e profundamente, para evitar os vasos e 
nervos temporais.
 » Movendo-se medialmente ao longo da testa, realizar a segunda e a 
terceira injeção no mesmo lado da face, pelo menos 2cm acima da 
sobrancelha. Como na primeira aplicação, injete muito lentamente, 
usando uma injeção de bolus supraperiosteal. É importante injetar 
profundamente para evitar os feixes supraorbitais e supratrocleares 
dos vasos.
 » Continuando para o outro lado da face, realize as outras três injeções 
da mesma maneira descrita acima. Tome cuidado para não arranhar 
o periósteo, reduzindo assim possíveis dores e inchaços. É muito 
importante realizar a massagem para proporcionar um contorno 
uniforme e suave da testa (MAURÍCIO et al., 2017).
Na Figura 31, observamos os pontos de aplicação do preenchedor para realizar 
o contorno da testa.
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APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
Figura 31. Aplicações do AH na testa.
Fonte: elaborada pela autora.
Região malar (bochechas)
O preenchimento de volume nas bochechas pode ser realizado com preenchedores 
como o Voluma. Existem três locais de injeção que podem ser utilizados: 
bochecha lateral, bochecha média e bochecha anterior. É importante salientar 
a importância de aspirar antes de cada injeção, bem como de massagear após 
cada injeção, a fim de distribuir o preenchedor uniformemente (MAURÍCIO 
et al., 2017).
 » Na bochecha lateral, o preenchedor deverá ser utilizado por meio de 
uma injeção supraperiosteal de pequenos bolus (número 1 da Figura 
32). Caso seja necessário um volume maior que 0,5ml de preenchedor 
por lado, é indicado dividir esse volume em duas injeções em bolus. 
Os profissionais devem ter cuidado para evitar os vasos e nervos 
faciais zigomáticos e devem usar o dedo para evitar o deslocamento 
superior e inferior do material de preenchimento para a área temporal. 
As injeções devem estar abaixo da borda orbital na bochecha anterior e medial. 
Injete lentamente e evite arranhar o periósteo. 
 » Na bochecha anterior, o preenchedor pode ser administrado por meio 
de uma injeção subcutânea profunda de pequenos bolus ou, caso haja 
50
UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
falta de projeção óssea, por meio de uma injeção supraperiosteal de 
pequenos bolus. Caso seja necessário mais de 0,3ml no local, dividir 
o produto em injeções de bolus pequenos (número 3 da Figura 32).
Os profissionais devem ter cuidado para evitar a artéria e veia infraorbitais e 
sempre realizar as injeções abaixo da borda orbital (arcus marginalis). Injetar 
o produto lentamente, usando um dedo, para evitar seu deslocamento paraa 
pálpebra inferior. É importante que a bochecha fique com um volume natural 
em repouso e com animação após aplicação. O sulco nasolabial pode ser tratado 
diretamente, portanto não sobrecarregue demais essa área a fim de apagar 
esse sulco (MAURÍCIO et al., 2017).
 » Na bochecha medial, o preenchedor pode ser injetado por uma injeção 
de bolus supraperiosteal ou subcutânea profunda supraperiosteal 
(número 2 da Figura 32). Lembre-se de marcar corretamente o forame 
infraorbital. Injetar o produto lateralmente à linha mediopupilar 
por meio de um pequeno bolo supraperiosteal em ambos os casos.
Na Figura 32, observamos os locais onde podemos aplicar o preenchedor, nas 
regiões da bochecha lateral, média e anterior.
Figura 32. Aplicações do AH na bochecha.
Fonte: elaborada pela autora.
É importante tomar cuidado com as artérias e veias angulares e infraorbitais 
e verificar se as injeções são feitas abaixo da borda orbital. Injetar muito 
lentamente, usando os dedos médio e indicador, para proteger o olho e o 
forame infraorbital. 
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APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
Caso o preenchedor seja administrado medialmente à linha mediopupilar ou 
próximo ao nariz, recomenda-se o uso de uma microcânula sem corte, de calibre 
25, ao invés de uma agulha. Vale salientar que essa é uma área de risco para 
danos vasculares graves. Portanto, o uso de uma agulha não é recomendado 
(MAURÍCIO et al., 2017).
Olheiras (sulco nasojugal) 
O preenchimento do sulco nasojugal pode ser realizado com preenchedores 
como o Volbella ou o Ultra. O produto será administrado por meio de injeções 
de bolus supraperiosteais muito pequenos em dois a três locais na região 
medial do sulco nasojugal e/ou (avaliar necessidade) em dois a três locais na 
região lateral desse sulco.
Os preenchimentos nessa região devem ser realizados apenas por profissionais 
experientes. Essa é uma área que apresenta alto risco de hematomas e de edema 
persistente das pálpebras, embolização, assimetria, nódulos e visão dupla.
Como alternativa mais segura, pode-se usar microcânulas sem corte de calibre 
25 ou 27, diminuindo assim possíveis contusões e embolização. Evite a região 
da órbita, executando as injeções ao menos 1 a 2mm abaixo da borda orbital 
(MAURÍCIO et al., 2017).
Figura 33. Aplicações do AH na região da olheira.
Fonte: elaborada pela autora.
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UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
O cuidado de sempre aspirar antes da injeção e injetar muito lentamente se 
emprega nas três aplicações. O paciente deverá estar de olhos fechados durante 
todo o procedimento, para que a órbita fique sempre protegida. Dessa maneira, 
execute a primeira injeção, verifique se está tudo bem no local, parta para 
a segunda injeção e, depois, para a terceira. Após cada uma das injeções, é 
importante massagear a área a fim de distribuir o produto uniformemente e 
evitar correções excessivas.
Os profissionais devem estar alertas para evitar o nervo, a artéria e a veia 
infraorbitais no local 1 e a artéria e veia angulares durante a injeção no local 
3. Se o preenchedor utilizado tiver maior hidrofilicidade, o ideal é corrigir 
cerca de 50% do volume necessário, para evitar o desenvolvimento de edema 
tardio após o tratamento (MAURÍCIO et al., 2017).
Área submalar 
O preenchimento de volume na área submalar pode ser realizado com 
preenchedores como o Volift, o Ultra Plus ou o Voluma. Duas técnicas 
diferentes podem ser utilizadas. Nos dois casos, os profissionais precisam 
ter cuidado, a fim de evitar a artéria e veias faciais e o ducto da parótida, e 
prestar muita atenção perto dos ramos bucais do nervo facial.
 » Com a primeira técnica, um pequeno bolus de preenchedor é 
administrado em quatro locais de cada lado, por meio de injeção 
subcutânea (Figura 34, abaixo, à esquerda). 
 » Com a segunda técnica, o material de preenchimento é administrado 
por meio de uma injeção subcutânea superficial em um único local 
medial na área submalar, usando uma técnica de ventilação (leque) 
(Figura 34, abaixo, à direita). Essa técnica compreende a inserção 
da agulha em um único ponto, articulando-a para criar uma série de 
túneis lineares de preenchimento em um padrão de leque.
53
APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
Figura 34. Duas técnicas utilizadas para aplicação do AH na área submalar.
Fonte: elaborada pela autora.
A área submalar é propensa a contusões. Portanto, aperte a pele, aspire antes 
de cada injeção e injete lentamente, diminuindo assim as chances de atingir 
vasos e nervos profundos.
Independentemente da técnica utilizada, sempre realizar uma massagem 
intraoral para distribuir o produto mais uniformemente. É importante distribuir 
o produto da maneira mais uniforme possível durante a injeção, a fim de 
evitar a formação de grumos. A agulha deve ser inserida de lateral para medial, 
sendo que o uso de microcânulas cegas é mais aconselhável nessa região, por 
questões de segurança.
Vinco mentoniano
O vinco labiomentoniano ou mentoniano é um sulco horizontal que se 
desenvolve durante o envelhecimento logo acima do queixo. Esses sulcos se 
desenvolvem devido à perda de volume dos tecidos moles, atrofia dérmica, 
elasticidade da pele reduzida, contrações hiperdinâmicas dos músculos faciais 
inferiores e reabsorção subjacente do osso mandibular. O preenchimento do 
sulco mentoniano pode ser realizado com preenchedores como o Ultra Plus 
ou o Volift. 
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UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
O preenchimento é administrado por um local de injeção por lado (Figura 
35). Os profissionais devem ter cuidado para evitar a artéria e veia sublabial. 
As injeções devem ser subcutâneas, superficiais, realizadas por meio de uma 
técnica retrógrada linear. Sempre realiza-las lentamente, massageando após cada 
injeção, e evitar a injeção excessiva de material, pois pode levar a irregularidades 
(MAURÍCIO et al., 2017).
Figura 35. Aplicação do AH no sulco labiomentoniano.
Fonte: elaborada pela autora.
Ápice do queixo
Quando falamos sobre padrões de estética, observamos que um queixo recuado 
não se encaixa no padrão ideal. Sendo assim, o seu preenchimento com AH 
irá aumentar a projeção anterior e o arredondamento do queixo.
O aumento do ápice do queixo pode ser realizado com preenchedores como 
o Ultra Plus ou o Voluma. O produto deve ser administrado em dois a três 
locais de injeção. Os profissionais devem tomar cuidado para evitar a artéria 
e veia mentuais. 
A primeira injeção deverá ser realizada na linha média da mandíbula (conforme 
Figura 37), posicionando a agulha nessa linha e aspirando sempre antes da 
injeção. Injete lentamente e administre um pequeno bolus supraperiosteal. 
Observe por uma vista cefálica se existe simetria antes e após a injeção. 
55
APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
Mantenha a injeção na linha média e evite o desvio do queixo. Use dois dedos 
para apertar o queixo para evitar o deslocamento indesejado do preenchimento.
Não injete o material de preenchimento muito baixo, a fim de evitar a formação 
de um “queixo de bruxa”, e não preencha demais. Massageie o local após a 
injeção. Administre as outras duas injeções da mesma maneira, porém em 
locais superiores e laterais à primeira, uma em cada lado do queixo (conforme 
podemos observar na Figura 36).
Figura 36. Aplicações do AH no queixo.
Fonte: elaborada pela autora.
Área pré-mandibular
A área pré-mandibular corresponde a uma área triangular que vai do forame 
mentoniano até a zona médio-lateral da mandíbula. O preenchimento da área 
pré-mandibular pode ser realizado com preenchedores como o Ultra Plus ou 
o Voluma. Os profissionais devem tomar cuidado para evitar a artéria e a veia 
mentonianos e o nervo mentoniano. 
Para a realização do preenchimento, posicione a agulha na região anterior 
da linha da mandíbula e aspire antes da injeção. Insira a agulha e faça uma 
injeção subcutânea profunda, usando uma técnica de ventilação(leque) para 
fornecer preenchedor às partes distais da área triangular pré-mandibular. É 
importante injetar lentamente, usando os dedos para controlar a colocação 
56
UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
do produto. Tome cuidado para evitar o deslocamento de preenchedor sobre 
o ligamento mandibular. A sobrecorreção lateral ao ligamento pode piorar a 
área da mandíbula (MAURÍCIO et al., 2017).
Figura 37. Aplicação do AH na área pré-mandibular.
Fonte: elaborada pela autora.
Corpo e ângulo da mandíbula 
Para criar um contorno mais definido na região do corpo e ângulo da mandíbula, 
podemos realizar preenchimentos com AH. Para esse tipo de preenchimento, 
podemos utilizar preenchedores como o Ultra Plus ou o Voluma, com aplicações 
em dois a três locais por lado. 
Os profissionais precisam tomar cuidado para palpar e evitar a artéria facial, 
veias faciais e glândula parótida. 
Para pacientes do sexo feminino, a aplicação subcutânea é a mais indicada. Para 
a injeção subcutânea, aperte a pele acima do corpo da mandíbula e posicione 
a agulha superficialmente para evitar a artéria facial. Aspire antes da injeção 
para se certificar que não atingiu nenhum vaso ou artéria. Injete o material 
lentamente, usando uma técnica retrógrada linear. Massageie o local para 
modelar a região que foi preenchida.
57
APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
Para pacientes do sexo masculino, o ideal é a aplicação supraperiosteal em um 
ou dois bolus pequenos no ângulo mandibular. Aspire antes de cada injeção, 
injete lentamente e evite arranhar o periósteo. Essa região é propensa ao 
desenvolvimento de hematomas profundos, principalmente no local das 
injeções supraperiosteais. Massageie o local após cada aplicação para distribuir 
o material de maneira uniforme (MAURÍCIO et al., 2017).
Na Figura 38, observamos os dois tipos de aplicação de preenchedor que 
vimos acima. O traço verde representa a aplicação mais indicada para o gênero 
feminino, e os pontos azuis a mais indicada para o gênero masculino.
Figura 38. Aplicação do AH na região do corpo e ângulo da mandíbula.
Fonte: elaborada pela autora.
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CAPÍTULO 5
Rinomodelação
Ângulo frontonasal
O preenchimento do ângulo frontonasal irá reduzir a concavidade do dorso 
do nariz, fazendo assim o nariz parecer menor. Esse procedimento é muito 
utilizado em pacientes cujo ângulo frontal-nasal é muito profundo.
O preenchimento do ângulo frontal-nasal pode ser realizado com preenchedores 
como o Ultra Plus ou o Voluma, usando uma única injeção supraperiosteal 
de bolus pequeno.
Os profissionais devem ter cuidado nessa região devido à presença de anastomose 
dos vasos periorbitais no plano subcutâneo. É indicado que se aperte a pele 
ao redor do local da injeção e que se mantenha os dedos no lugar durante a 
aplicação, a fim de evitar o deslocamento lateral do material de preenchimento.
Para a aplicação, insira a agulha até que toque no osso, aspire antes da injeção 
e injete profunda e muito lentamente com baixa pressão, tendo sempre o 
cuidado de manter a agulha na linha média. 
Massageie suavemente após a aplicação do material para distribuir uniformemente 
o produto. A dor não é comum com essa injeção. Portanto, se houver uma 
alteração na cor da pele ou dor intensa, pare a injeção imediatamente 
(MAURÍCIO et al., 2017).
Figura 39. Aplicação do AH no ângulo frontonasal.
Fonte: elaborada pela autora.
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APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
Dorso do nariz 
A injeção do material de preenchimento no dorso do nariz é utilizada para 
a sua remodelagem quando a ponta do nariz é adequada, mas o ângulo e o 
dorso fronto-nasal são baixos. O preenchimento do dorso ósseo e do dorso 
cartilaginoso pode ser realizado com preenchedores como o Ultra Plus ou o 
Voluma (MAURÍCIO et al., 2017).
Para o dorso ósseo, o material será injetado supraperiostealmente, por uma 
técnica retrógrada linear ou como um pequeno bolus (Figura 40). 
Figura 40. Aplicação na porção óssea do dorso do nariz.
Fonte: elaborada pela autora.
Em pacientes asiáticos (e em caucasianos com uma ponta nasal caída), é 
indicada a injeção de material preenchedor na columela e na coluna anterior 
nasal, antes de realizar o preenchimento no dorso do nariz. A aplicação e as 
precauções para administrar o material de preenchimento no dorso ósseo 
nasal são idênticas às descritas acima para o ângulo frontonasal. 
Para o dorso cartilaginoso, uma injeção única de material preenchedor é 
realizada acima da cartilagem, usando uma técnica retrógrada linear. A 
quantidade de material irá depender da gravidade do defeito. A aspiração é 
mandatória antes da injeção.
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UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
Os profissionais devem tomar cuidado para evitar as artérias nasais dorsal 
e externa, o nervo nasal externo e a artéria nasal lateral no sulco alar. 
Novamente, a aplicação e as precauções para administrar o preenchedor 
no dorso cartilaginoso nasal são as mesmas descritas acima para o ângulo 
frontonasal e o dorso ósseo. Além disso, devemos nos atentar para evitar 
deformações causadas pelo preenchimento excessivo do dorso cartilaginoso 
(MAURÍCIO et al., 2017).
Figura 41. Aplicação do AH no dorso cartilaginoso nasal.
Fonte: elaborada pela autora.
Ângulo nasolabial
O aumento do ângulo nasolabial pode ser realizado com preenchedores como 
o Ultra Plus ou Voluma, na coluna nasal anterior. A injeção é administrada 
em um único local por meio de um bolus supraperiosteal. 
Os profissionais devem tomar cuidado para evitar a injeção de preenchedor 
na cartilagem do septo anterior ou nos ramos columelares da artéria e na 
veia labial superiores. Aperte a pele ao redor do local da injeção e mantenha 
os dedos no lugar durante toda aplicação, para evitar o deslocamento lateral 
do preenchimento.
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APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA | UNIDADE II
Aspire antes da injeção e injete muito lentamente com baixa pressão, 
lembrando-se de sempre manter a agulha na linha média. Preste atenção 
ao volume de preenchedor utilizado para evitar o alongamento do lábio 
superior. Massageie suavemente após a injeção. Caso haja qualquer alteração 
na cor da pele ou dor intensa, pare a injeção imediatamente.
Figura 42. Aplicação do AH no ângulo nasolabial.
Fonte: elaborada pela autora.
Columela
Quando a columela é retraída ou as narinas são planas, podemos realizar o 
aumento da altura da columela, utilizando para isso preenchedores como o 
Ultra Plus ou o Voluma. Utilizando uma técnica retrógrada linear ou como um 
pequeno bolus, a injeção deverá ser realizada em um local no septo cartilaginoso 
anterior.
Os profissionais devem tomar cuidado para evitar a injeção direta na ponta do 
nariz e os ramos columelares dos vasos labiais superiores. Como nas outras 
injeções de preenchimento no nariz, é importante apertar a pele durante a 
injeção, aspirar antes da administração do material e injetar muito lentamente, 
com baixa pressão. 
Lembre-se de manter a agulha sempre na linha média e também profunda. 
Evite o deslocamento lateral do material e evite alargar a columela. Vale 
salientar que o preenchedor deverá ser injetado no espaço atrás da própria 
columela, mas em frente ao septo anterior. 
62
UNIDADE II | APLICAÇÕES DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA ODONTOLOGIA
Massageie suavemente após a injeção. Interrompa a aplicação imediatamente 
caso ocorra qualquer alteração da cor da pele ou dor intensa. As injeções no 
nariz devem ser realizadas apenas por profissionais experientes, devido ao 
alto risco de necrose e cegueira. 
Para asiáticos com nariz muito chato que queiram realizar grandes mudanças, 
é recomendável o uso de uma microcânula cega, bem como a realização 
do preenchimento dividido em duas sessões. No entanto, mesmo com essa 
precaução, podem ocorrer complicações como as mencionadas acima. 
Treinamento adequado e técnica suave são altamente recomendados 
(MAURÍCIO et al., 2017).
Figura 43.

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