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MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 “Quando a perfeição dos traços faciais satisfazem nossas percepções mais finas acerca do belo, em milésimos de segundos nosso cérebro o reconhece e em poucos milésimos mais, experimentamos a sensação de atratividade e encantamento que a beleza suscita em nossos mais sutis e refinados sentidos. Belezas exóticas, belezas meigas, fortes, étnicas, regionais, tribais, cul tu rais e intrigantemente individuais são a manifestação da diver si dade genética que a ciência desvendou. Mas a beleza máxima, aquela que se destaca entre os semelhantes e que reúne proporções e for ma tos perfeitamente adequados aos sentidos humanos é rara... Através dos olhos a imagem é apresentada às conexões cerebrais que elegem a forma não só pela transmissão física dos impulsos nervosos, mas também por conexões além da dimensão meramente física em que instâncias espirituais e emocionais são ativadas misteriosamente para que experimentemos a percepção deste desafiador e intrigante “belo”. Dra. Patrícia Leite Nogueira MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 3 MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 4 CÓPIA NÃO AUTORIZADA Copyright © 2019, Patrícia Leite Nogueira. Projeto gráfico, diagramação e capa Raphael Richard Freitas Lucas Leonardo Lucas MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 " Só a verdade e a beleza podem convencer o público. Charles Chaplin MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 6 Este livro foi concebido com o objetivo de trazer a experiência e o conhecimento teórico e prático para um estudo avançado de anatomia da face, técnicas de harmonização, projeção, contorno e embelezamento, através de procedimentos estéticos e análises faciais. A busca pela beleza e suas propostas terapêuticas foram os fios condutores para a construção de saberes. Foram anos de imersão na busca pelo conhecimento, experiência e aprimoramento. Edificamos, nos com pro metemos, doamos nossos esforços em prol de levar ao outro aquilo que acreditamos ser o melhor. Este material foi construído com base nas aulas integrantes dos cursos do FACE ACADEMY, para suporte didático. Você encontrará uma reunião de técnicas próprias, técnicas de outros autores já consagradas no meio acadêmico e conceitos atuais sobre inovações, segurança e padronizações técnicas. O conteúdo foi atualizado seguindo as mais modernas diretrizes do universo da estética. As informações aqui veiculadas não estão autorizadas para reprodução. Dra. Patrícia Leite Nogueira Belo Horizonte, Setembro de 2019MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 PREFÁCIO APRESENTAÇÃO ESTÉTICA MÉDICA ONDE ESTAMOS ENQUANTO ÁREA DE ATUAÇÃO? AS MÚLTIPLAS FACES DA FACE A FACE HUMANA E SUAS VARIAÇÕES ÉTNICAS E DIMÓRFICAS. A FACE FEMININA EM DIFERENTES CULTURAS CEFALOMETRIA CONCEITOS APLICADOS À ESTÉTICA FACIAL ANATOMIA FACIAL I O ESQUELETO, A MUSCULATURA E O SMAS TOXINA BOTULÍNICA TEORIA E PRÁTICA. PONTOS BÁSICOS E AVANÇADOS. COMPLICAÇÕES – COMO EVITÁ-LAS E COMO TRATÁ-LAS ANTOMIA FACIAL II ANATOMIA SENSITIVA, MOTORA E VASCULAR DA FACE ANATOMIA FACIAL III A FACE DIVIDIDA EM 16 UNIDADES ESTÉTICAS. LIMITES ANATÔMICOS, PARTICULARIDADES, RESPECTIVAS FAT PADS E VASCULARIZAÇÃO ESPECÍFICA COMPREENDENDO O ENVELHECIMENTO FACIAL REMODELAÇÃO ÓSSEA, ALTERAÇÕES NOS COXINS ADIPOSOS, MÚSCULOS, LIGAMENTOS E REVESTIMENTO CUTÂNEO ÁCIDO HIALURÔNICO ASPECTOS QUÍMICOS, MOLECULARES E REOLÓGICOS DAS DIFERENTES MARCAS DISPONÍVEIS NO MERCADO BRASILEIRO ÁCIDO HIALURÔNICO ASPECTOS PRÁTICOS MAIS RELEVANTES ÁCIDO POLI-L-LÁTICO TEORIA E APLICAÇÕES PRÁTICAS ELLANSÉ UMA NOVA PROPOSTA TERAPÊUTICA. SEU POSICIONAMENTO PERANTE OUTROS BIOESTIMULADORES E PREENCHEDORES COMPLICAÇÕES NÃO-VASCULARES DO ÁCIDO HIALURÔNICO PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO VASCULARIZAÇÃO FACIAL DE MAIOR RELEVÂNCIA ESTÉTICA COM ÊNFASE NO RISCO VASCULAR COMPLICAÇÕES VASCULARES RELACIONADAS AOS PREENCHIMENTOS FACIAIS. AVLS – ADVANCED VASCULAR LIFE SUPPORT – GUIDELINE DE PRÁTICAS PREVENTIVAS E TERAPÊUTICAS 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 PROCEDIMENTOS INVASIVOS DE SUPERFÍCIE COMO INCREMENTAR A ABORDAGEM ESTÉTICA E OTIMIZAR RESULTADOS? O PRP (PLASMA RICO EM PLAQUETAS) E SUAS APLICAÇÕES CLÍNICAS ASPECTOS TEÓRICOS FIOS FACIAIS DE PDO (POLIDIOXANONA) REVISÃO BIBLIOGRÁFICA, SISTEMATIZAÇÃO E TÉCNICAS SUTURA SILHOUETTE SOFT FACIAL TÉCNICAS, CONSENSOS E COMPLICAÇÕES MD CODES™ ASPECTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS TÉCNICAS DE PREENCHIMENTO FACIAL A FACE DIVIDIDA EM 16 UNIDADES ESTÉTICAS COM RESPECTIVAS ABORDAGENS VISANDO PADRONIZAÇÃO E SEGURANÇA. OS 6 STATEMENTS DE CADA UNIDADE TÉCNICA DE MARCAÇÃO FACIAL OVAL QAM® MARCAÇÃO DOS TRÊS PRINCIPAIS PROMONTÓRIOS FACIAIS PARA PREENCHIMENTO HOMOGÊNEO E EMBELEZAMENTO DA FACE CONCEITO “BLUE OCEAN” NA MEDICINA COMO ENXERGAR OCEANOS AZUIS NA ÁREA DA ESTÉTICA MÉDICA? A MEDICINA E O MERCADO: GESTÃO PARA CLÍNICAS MÉDICAS VISÃO DE NEGÓCIOS E OPORTUNIDADES CLÍNICA PATRÍCIA LEITE O TRAJETO DO PACIENTE DO PRIMEIRO ATENDIMENTO AO MOMENTO DA ALTA A MEDICINA E O MARKETING A IMPORTÂNCIA DAS MÍDIAS EM QUALQUER ÁREA DE MERCADO. REGRAS DE MARKETING MÉDICO QUE GERAM RELEVÂNCIA VIRTUAL E RESPEITAM O ATUAL CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA O DIREITO E A MEDICINA ÁREAS QUE SE TOCAM EM DIFERENTES ÂMBITOS. O QUE O MÉDICO DEVE SABER PARA QUE TENHA CONDUTAS E ATUAÇÕES CORRETAS DO PONTO DE VISTA JURÍDICO? O DIREITO TRABALHISTA E A MEDICINA REGRAS BÁSICAS E PRÁTICAS DE CONTRATAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS NA ÁREA DA ESTÉTICA MÉDICA. COMO AGIR CORRETAMENTE E ESTAR DISTANTE DO RISCO TRABALHISTA? DIREITO TRIBUTÁRIO O QUE O MÉDICO DEVE SABER PARA ADOTAR A MELHOR MODALIDADE CONTÁBIL PARA A SUA EMPRESA. COMO PAGAR MENOS IMPOSTOS E ESTAR DISTANTE DO RISCO FISCAL? MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 APRESENTAÇÃO O FACE ACADEMY E SUA FILOSOFIA O IAAC, Intenational Anatomy and Aesthetic Course, se consolidou como o mais abrangente curso de estética e cadáver fresco do mundo. Digo isto com toda a cer te za porque em número de participantes por curso, superamos qualquer outro evento. No quesito qualidade de conteúdo, também, e principalmente. Abordamos não só o cadáver e sua anatomia, mas também as técnicas e as tendências dos injetáveis. Não só técnicas e no vi dades do mundo da estética, mas também aspectos mer cadológicos que jamais podem ser negligenciados quando pensamos em uma carreira de sucesso, na área de atuação estética. Como amante da literatura e frequentadora assídua dos maiores congressos e simpósios pelo mundo, posso também assegurar que nós, brasileiros expoentes da medicina estética, somos os melhores inje to res do mundo. Talvez por nossa familiaridade com a beleza facial, tão evidente em nossa população mis cigenada, de comportamento livre, de costumes expan si vos, ao ar livre, com grande exposição do corpo e daface. Talvez também por um senso estético apurado, devido à nossa arte, à nossa habilidade com as mãos, ao nosso espírito tradicionalmente alegre e criativo. De fato, muitos nomes de destaque mundial na área de atuação estética, são brasileiros. Nós ousamos tentar técnicas novas, nós somos caprichosos, somos detalhistas e somos artistas natos. Todas essas habilidades, somadas a uma grande sede de conhecimento, faz com o que o Brasil adquira lugar de destaque, tanto na cirurgia plástica, como na estética. Quando penso na filosofia do FACE ACADEMY, sinto um misto de alegria e responsabilidade. Entendo que, no mundo atual, há lugar para todos, mas que os melhores lugares estão reservados para aqueles que se destacam, de alguma forma. Aos que se tornam notáveis e adquirem o privilégio de ter a atenção de seus semelhantes, em termos de conhecimento, de sucesso profissional e de realização pessoal. E nada vem sem esforço. Não há pulo do gato, não há mágica alguma. Há planejamento, dedicação, dis ci plina, esforço. O esforço com inteligência pode ser mini mi zado, mas nunca deixará de ser prérequisito básico para qualquer jornada de sucesso. Em um momento sóciopolítico em que valores tão fortes, até então, têm sido colocados em dúvida em nosso país, que passou por profundas transformações filosóficas e comportamentais nos últimos 10 anos, vejo a filosofia da FACE ACADEMY como um respiro na superfície. É confortador saber que existe uma instituição como ela neste momento, aqui e agora, em nosso país! Honramos nossos esforços, temos certeza de nossos princípios, e sabemos que eles são o caminho para um lugar privilegiado em meio a tantos. Tantas pessoas, tantas instituições, tanta concorrência. Sabemos que quando os seguimos com respeito, fatalmente chegaremos lá. São MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 normas de conduta imbatíveis e imutáveis para que hoje sejamos considerados top one. O FACE ACADEMY não é algo que posso chamar de meu. Eu conto com pessoas comprometidas, eficientes, son ha doras, eficientes, que não medem seus esforços para for ma rem os alicerces dessa instituição. Hoje formamos um master mind de ideias e sonhos. Todos os nossos projetos saem dessa equipe, que tem um ideal comum: o de proporcionar conhecimento, com qualidade. Simbolizamos possibilidades, que se transformam em ações. Somos esforços que se tornam realizações, somos realizações que se materializam no sonho alcançado. No nosso sonho e nos sonhos dos adeptos da academia. Etapa por etapa, realizamos nossos projetos de vida, que fazem nosso coração bater mais forte e os incorporamos ao nosso trabalho. De alguma forma, repre sentamos as lágrimas do nosso paciente ao se ver no espelho e se deparar com uma face mais adequada à sua personalidade, ao seu interior, repleto de anseios, de juventude, de beleza. Somos também, a esperança de médicos, que enxergam novos ca minhos através dos nossos ensinamentos e treinamentos. Sim bolizamos a autoestima e o auto amor de todas essas pessoas. Hoje somos cerca de 2000 médicos já influen cia dos pela filosofia “face academy”. Através do FACE CULTURE a beleza pôde ser mais bem com preendida e até desmistificada. Ele reúne teorias em uma tentativa obstinada de compreender o belo. Repre senta também uma ciência palpável, aplicada à nossa prá tica. E uma metodologia de ensino, direta, simplificada, prá tica e abrangente. Somos as portas abertas pelo con he ci mento, e o “sim” para muitas pessoas. Temos ideais comuns: de proporcionar beleza e segurança ao nosso paciente, de promover abundância para nossa carreira, de tornar possível uma vida pessoal satis fa tória e de dotar de sentido nossa atuação profissional. Somos a primeira instituição a abranger todas as áreas que tocam a estética médica e somos o número um em didática, ao rompermos as barreiras da reserva de con he ci mentos, e da retenção de informações. Assim, pro mo vemos e construímos “saberes”, pautados na ciência e na compreensão da face. MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 12 Além de tudo isto, somos brasileiros e compreendemos a estética como nen hum outro povo. Não só a estética, mas o ser huma no, pois estendemos nossos conceitos de beleza, consi de rando as instâncias da emoção e do sentimento, somando o intocável do “espiritual” em nossas definições. Desejamos um alto nível de desempenho. Que re mos também um mundo melhor. Queremos uma atua ção pro fissional mais digna, para nós mesmos e para nosso paciente. Hoje nós somos o IAAC Miami. Somos o treinamento “HANDS ON BEAUTY”, o “HANDS ON LINE” e o "HANDS ON THREADS", que rompem as fronteiras do conhecimento. Somos o FACEs ANALYSES, com toda a sua beleza e profundidade. E representamos “oceanos azuis”... De oportunidades, inovações e novas possibilidades no memorável BLUE SUMMIT. Grandiosamente, somos o FACE ACADEMY, mais do que uma instituição de ensino, uma filosofia de atuação e conduta profissional. Patrícia Leite Nogueira MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 13 MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 ÁCIDO POLI-L-LÁTICO TEORIA E APLICAÇÕES PRÁTICAS PATRÍCIA LEITE NOGUEIRA MÉDICA, CIRURGIÃ PLÁSTICA MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 154 Fonte: https://www.academiagalderma.com.br/ INTRODUÇÃO O ácido polillático está disponível para uso no mercado há cerca de 15 anos. É considerado um excelente bioestimulador, mas também é usado com frequência como volumizador. Vamos revisar as indicações e aplicações deste impor ta nte e versátil rejuvenescedor cutâneo, conhecido por resultados bastante evidentes no aprimoramento tridimensional esté tico da face. HISTÓRICO O ácido polilláctico foi aprovado para uso na Europa em 1999 como preenchedor, com o nome comercial de New Fill® (Biotech Industry SA)1. Em 2004, foi aprovado pelo FDA para tratamento da lipoatrofia associada ao HIV, com o nome de Sculptra® (Dermik Laboratories, Sanofi Aventis, USA). Em 20091 seu uso foi expandido para a finalidade estética em pacientes imunocompetentes2. A partir daí, outros países liberaram seu uso e co mercialização para fins estéticos, sendo hoje usado em 33 países3. No Brasil está disponível e liberado há 13 anos e vários estudos já estão disponíveis sobre seu uso, segurança e indicações4,5,6. O ENVELHECIMENTO FACIAL O 1º pilar do envelhecimento facial é o envelhecimento cutâneo. Esta é a ponta de um iceberg cujas bases mais profundas são os ossos da face e sua remodelação. No capítulo “Compreendendo o Envelhecimento Facial” estu damos todos os complexos eventos que ocorrem com o envelhecimento, em todas as suas camadas, MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 155 culminando com a face envelhecida. O ácido polillático é um agente usado para tratar a remodelação óssea, as mudanças físicas e estruturais dos compartimentosde gordura e a desintegração dérmica. Com o envelhecimento, há uma profunda transformação e afinamento da derme em virtude de mudanças físico químicas, principalmente nas moléculas de colágeno, elastina e substância fundamental amorfa7. Os seguintes tópicos ocorrem de maneira concomitante e são inevitáveis no processo do envelhecimento: • Piora da vascularização com surgimento de telan gie c ta sias. • Diminuição da hidratação. • Redução da produção e resposta glandular. • Alteração da função de barreira. • Alterações de pigmentação. • Atrofia dérmica e epidérmica. • Redução do número e função de fibroblastos e mastócitos. • Perda da elasticidade e tônus. No adulto jovem, fibras de colágeno tipo I promovem estabilidade mecânica. Há locais específicos de aderência das fibras de colágeno nos fibroblastos (receptores de superfície), que os tencionam mecanicamente. No fotodano não há aderência dos fibroblastos ao co lá geno, o que os transforma em celulas colapsadas, ou seja, sem tensão. O colágeno, especificamente, reduz em número e qualidade, em cerca de 1% ao ano, a partir dos 40 anos na mulher e dos 45 ou um pouco mais tarde, no homem. Há também uma redução e perda de qualidade da elastina e do ácido hialurônico da pele, resultado em perda de elasticidade e hidratação dérmicas8. Sob outro aspecto, a hipoderme também apresenta mudanças tridimensionais e físicoquímicas. Ocorre um afinamento, ou perda volumétrica, com o passar dos anos, com exceção dos indivíduos que apresentam ganho de peso, e um deslocamento inferior dos compartimentos isolados de gordura. Além disto, esses compartimentos não envelhecem harmonicamente. Apesar da geral perda volumétrica, alguns compartimentos de gordura perdem volume excessivamente, e outros, por outro lado, ganham volume e pesam sob uma superfície cutânea não mais tão resistente, contribuindo em muito para as alterações de contorno e relevo tão estigmatizantes do envelhecimento, de modo geral. Todos esses eventos geram um efeito dominó no envelhecimento, estando intimamente rela cio nados entre si. Apesar das rugas e vincos serem os maiores responsável pela busca pelos tratamentos es té ticos, é importante considerar tais ocorrências de modo global, pois ocorrem em cascata, no complexo processo do envelhecimento facial, desde a remodelação óssea profunda, à desestruturação dérmica da superfície1. INDICAÇÕES GERAIS O ácido polilláctico é indicado para tratar alterações decorrentes da perda volumétrica, secundária à re mo de lação óssea, alterações e atrofias dos coxins adiposos próprios do envelhecimento e da própria de te rioração da pele, decorrente dos complexos eventos do envelhecimento. As recomendações atuais para seu uso são para aplicação em diferentes planos anatômicos, uma vez que o objetivo é corrigir diversos níveis de alteração tecidual. No plano supraperiosteal é usado para tratar a remodelação óssea, no plano subcutâneo, as alterações dos coxins adiposos, e no plano subdérmico, a flacidez e a falta de suporte da pele. QUÍMICA DO PLLA Tratase de um polímero sintético biodegradável, reabsor vível e biocompatível, disponível em pó liofilizado, em frasco estéril. Contém manitol não pirogênico, que melhora a liofilização das partículas e croscarmelose, um agente emulsificante que mantém a distribuição das partí cu las após a reconstituição. O tamanho das partículas, de 40 a 63 micrômetros de diâmetro, é adequado para induzir a uma boa reação de biocompatibilidade com o tecido orgânico (tipo II)9. Elas possuem dimensões suficientes para que não sejam fagocitadas pelos macrófagos e não passem pela parede dos capilares. São também adequada para a aplicação por agulhas ou cânulas de calibre 25 G10. MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 156 MECANISMO DE AÇÃO O ácido polilláctico é essencialmente um bioestimulador de colágeno. Ocorre, primordialmente, uma resposta inflamatória controlada e desejada. Com o tempo há uma lenta degradação do material e uma concomitante neocolagênese gradativa. Tal resposta inflamatória local é chamada "subclínica", havendo então, recrutamento de monócitos, macrófagos e fibroblastos. Ocorre uma cápsula em torno de cada micro esfera, individualmente. A deposição de colágeno produzido pelo fibroblasto estimulado pelo ácido poli llático ocorre à medida que vai sendo metabolizado e de gradado. Ocorre então, um aumento da espessura da derme, bastante evidente ao longo dos dias subse quentes à aplicação. Um fato determinante para o bom resultado estético é a fibroplasia. A produção de colágeno do tipo I começa cerca de 10 dias após a aplicação e continua até 24 meses11. Podemos esquematizar seu mecanismo de ação da seguinte forma: MECANISMO DE AÇÃO Após ser injetado na derme ocorre uma resposta infla ma tó ria controlada com formação de cápsula e presença de: Monócitos, Leucócitos e Plaquetas. Tem ínicio então uma inflamação subclínica com reação macrofágica é células gigantes de corpo estranho. Em 3 a 4 semanas uma cápsula de colágeno densa e avas cular se forma ao redor do produto com um novo tecido conjuntivo de 50 a 200 µm de espessura já presente no local. A neocolagênese mais exuberante ocorre após 6 meses do tratamento. Há 30% de aumento de colágeno tipo I em 79% dos pacientes e o aumento do colágeno tipo III em 72% dos pacientes. A duração do efeito é de aproximada 25 meses. A de gra da ção ocorre por hidrólise nãoenzimática em monô me ros de ácido lático, que se transformam em CO2 e H2O, que são eliminadas pela respiração. COMPORTAMENTO TECIDUAL Após sua aplicação clínica, o efeito preenchedor per ma nece por até 3 dias, até a completa absorção do diluente: água bidestilada e anestésico. Após esses primeiros 3 dias, o ácido polillático inicia sua neocolagênese que produzirá o efeito estético gradual mente, a medida que o novo colágeno for sendo depositado. É importante frisar que a resposta biológica pode se tornar evidente em forma de “resultado” apenas após várias semanas e a orientação do paciente neste sentido aumenta, em muito, a aderência ao tratamento. As reaplicações são indicadas após um período de 30 dias no mínimo, para que não haja hipercorreção e para que o tempo de resposta tecidual seja respeitado. Outra questão importante é a resposta individual que varia de acordo com a idade, a capacidade de estímulo de colágeno, a alimentação, a prática de atividades físicas, a qualidade da pele, a saúde, e a idade, de um modo geral. O volume usado em cada face deve ser individualizado de acordo com as necessidades individuais de volume e bioestímulo. O produto é aplicado sequencialmente para que haja uma manutenção do estímulo do microambiente dérmico e assim o estímulo ao fibroblasto seja mantido por algum tempo, embora ocorra em picos que se dão no momento da aplicação. O protocolo mais conhecido do uso do ácido polil lático são 3 aplicações com intervalos de 45 dias entre elas. Apesar desta conduta comum a muitos colegas, o estímulo pode ser mantido por mais tempo e mais sessões, ou realizado a um intervalo de tempo menor. Os resultados são mantidos por 24 meses ou mais. Um estudo com ultrassonografia de pele mostrou au men to de 4 a 6 mm na derme após tratamento com ácido polillático em pacientes apresentando lipoatrofia por HIV12,13. MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 157 INDICAÇÕES O ácido polilláctico tem múltiplas e versáteis aplicações: • Flacidez cutânea decorrente do envelhecimento e de grandes emagrecimentos. • Restauração volumétricas decorrentes da remodelação óssea do envelhecimento. • Aumento de contornoque visa exclusivamente o embelezamento. • Restauração volumétrica decorrente da recolocação es pa cial tridimensional dos compartimentos de gordura que se deslocam e sofrem mudanças com o enve lhe ci mento e as perdas exageradas de peso corporal. • Correção de cicatrizes de acne. • Melhora do viço, textura e brilho da pele da face, pescoço, colo e mãos. • Tratamento de celulite e flacidez corporal. • Restauração volumétrica de depressões e alterações de contorno corporal. USO FACIAL Em virtude de sua versatilidade e múltiplas indicações, o ácido polillático possui várias formas de aplicação. Os planos anatômicos variam do justadérmico ao supra pe riosteal. As formas de aplicação variam do bolus e palitos à distribuição em leque. Podem ser usadas agu lhas ou cânulas. É importante ressaltar que os objetivos atuais do reju ve nescimento facial, mais do que a simples correção de rugas e vincos, visa a restauração físicoquímica tri di men sional das várias camadas teciduais da face. O ácido polillático aplicado supraperiosteal em bolus, com agulha, visa aumentar o efeito de volume e robustez óssea, seja por uma demanda de remodelação que ocorre no envelhecimento, seja por uma questão meramente estética. Os bolus aumentam as projeções em áreas bem delimitadas, o que leva a efeitos de definição e projeção pontuais da face. A distribuição do produto supraperiosteal em leque, rea li zada geralmente por cânulas, visa um aumento mais geral, homogêneo e espalhado das superfícies ósseas ou uma restauração volumétrica das bolsas de gordura profundas que perdem volume com o envelhecimento. É usado em faces mais emagrecidas que precisam, além do reparo dérmico, de uma completa restauração volu mé trica em todos os níveis. O uso do produto em um leito de profundidade média, seja abaixo do SMAS em regiões mais mediais da face, como em subcutâneo, em regiões laterais da face, visam tam bém o aumento volumétrico, mas também o estí mulo de colágeno e a firmeza da pele. O uso com agulhas objetiva uma deposição mais superficial e uma distribuição mais abrangente do produto. Pode ser usado em peles jovens, numa tentativa de repor o colágeno em todo o leito subcutâneo justa dérmico, ou em peles mais envelhecidas. Nessas últimas, quando há um enrugamento fino paralelo ou desordenado da pele, a aplicação pode ser em palitos paralelos, perpendiculares ao enrugamento, quando paralelo, ou em x, quando o enrugamento é anárquico. Cabe ressaltar aqui que existem várias técnicas propostas pelas próprias diretrizes da Galderma e por outros autores, não havendo um padrão único de uso. Pensando em toda essa versatilidade do produto, e em sua eficácia enquanto volumizador e bioestimulador, proponho aqui diferentes técnicas de aplicação, baseadas nas diferentes condições da face. TÉCNICA DOS PALITOS PARALELOS DE 0,01ML Essa técnica foi criada por mim para tratar peles muito envelhecidas, com enrugamento fino paralelo, que ne ces sitam primordialmente de bioestímulo nos planos super ficiais. Outros dados conseguidos pelos estudos citados são estes: • Aumento da espessura dérmica com 4 sessões • Após 12 meses: de 151% • Após 24 meses: de 196% • Isto comprova o efeito prolongado da neocol a gê nese: • 1 frasco: ganho volumétrico de 10 ml • 3 frascos: 25 a 30 ml MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 158 Site de compra: https://www.amazon.com/EasyTouchLuerLockSyringeBarrelsyringes/dp/B0743KK2DQ ENRUGAMENTO ANÁRQUICO ENRUGAMENTO PARALELO Uso também, uma manobra que realizo a cada injeção de 0,01 ml: uma leve tração no êmbolo para impedir o gotejamento residual do produto após a injeção. Assim, evito perdas de produto. Um ponto negativo é a dor, pois a técnica demanda muitas punturas. Para minimizála, tenho usado um anestésico tópico potente, o qual deixo na superfície da face por cerca de 1 hora. As pacientes têm tolerado bem o procedimento e consideram seu custo benefício excelente. Uma variação da técnica é a aplicação “em X”, que realizo para essa mesma indicação, mas quando o enrugamento é anárquico, não havendo um paralelismo entre as rugas. Empregando a técnica em minha prática clínica, ob ser vei resultados surpreendentes e expandi o uso desta “adaptação” da técnica convencional para outras indi ca ções, incluindo peles mais jovens, também. A explicação para o resultado evidente com essa técnica é a maior distribuição do produto, e a menor quantidade por ponto de aplicação deixando o ácido polillático mais “disponível “ao tecido, mais bem distribuído e em maior superfície de contato com ele. A diluição é a mesma: 8ml de ABD para 2 de lidocaína com vasoconstrictor, que acrescento no momento da injeção. Os palitos são depositados como na foto, paralelos, se pos sível desenhados perpendiculares ao maior enru ga mento, caso a paciente apresente um mesmo padrão de rugas. Uso seringas de um ml luer lock, (com rosca), para que não haja risco de perda de produto pelo escape da agulha. Uso a marca Easy Touch que adquiro nos Estados Unidos. Cada tracinho da seringa corresponde a 0,01 ml. MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 159 RESULTADOS DA TÉCNICA DOS PALITOS PARALELOS DE 0,01 ML ANTES PACIENTE SÉRIA PACIENTE SÉRIA PACIENTE SORRINDO PACIENTE SORRINDO DEPOIS MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 160 TÉCNICA PARA EMBELEZAMENTO DA FACE – OVAL QAM® A técnica OVAL QAM® foi criada por mim, para preeenchimento de faces jovens. Foi especificamente desenvolvida para realçar as três principais regiões de proeminências faciais cujo papel é determinante para a beleza da face: o queixo (Q), o ângulo da mandíbula (A) e a região malar (M). Através dessa técnica, Regiões ovais são desenhadas na face a partir de pontos cefalométricos, referências anatômicas e linhas. Os preenchedores são depositados pela técnica de preencimento linear em leque,sempre no intuito de se atingir um aumento volumétrico homogêneo e reproduzir as superfícies acolchoadas e sem extremos acidentais de relevo da face jovem. Reproduzo aqui a técnica OVAL QAM® aplicada ao uso do ácido polillático para o realce volumétrico e o embelezamento das faces jovens. É importante reforçar que essa técnica foi primariamente descrita para o uso de preenchedores de maior reologia, mas que também pode ser realizada com o PLLA. Áreas de aplicação supraperiosteal, em leque, com cânula 22 G. 1 Têmpora Superior: 0,5 ml 2 Malar lateral: 1 ml REGIÕES MARCADAS COM LÁPIS PRETO REGIÕES MARCADAS COM LÁPIS BRANCO Áreas de aplicação subcutânea, em leque, com cânula 22 G. 1 Malar medial: 0,5 ml 2 Ângulo de mandíbula: 1 ml 3 Queixo: 1 ml 4 Têmpora Inferior: 0,5 ml Área de aplicação justadérmica “em X”: 1 Sulco nasogeniano 2 Sulco láteromentual OVAL QAM®: técnica para realce volumétrico homogêneo de três regiões da face, cuja marcação é feita com regiões ovais a partir de referências anatômicas específicas. Q: QUEIXO A: ÂNGULO DA MANDIBULA M: MALAR MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 161 Nas têmporas, o ponto de entrada da cânula é na crista frontotemporal, 1 cm superior à área delimitada, a ser preenchida. É mais fácil se chegar no plano supraperiosteal com cânula, por este ponto de entrada. Para a região malar, tanto medial quanto lateral, o ponto de entrada é 1 cm lateral ao sulco nasogeniano, na linha direcional da região oval marcada parao preenchimento malar lateral. 1 2 Lin ha A MARCAÇÃO: Limite inferior da região orbital inferior. Linha que liga o Cheilio (Ch) à implantação superior da orelha. Oval M: região oval de 4 a 5 cm de comprimento em seu maior eixo, dependendo das dimensões da face, que tangencia superiormente a borda inferior da região orbital inferior, e inferiormente a linha que liga o Cheilio à implantação superior da orelha. A eminência zigomática geralmente fica no meio da região oval, mas pode se medializar ou lateralizar em relação ao centro do "oval" de acordo com características individuais e com o resultado almejado. O tamanho da região oval é variável individualmente e depende do tamanho da face, do tamanho da região que se deseja projetar, das dimensões horizontais da face e até da obliquidade da região zigomática, mas é em torno de 4 a 5 cm. a altura da região oval é de 1,5 cm ou um pouco mais , variando também com as dimensões da face. O ponto de entrada é posicionado 1 cm lateral ao sulco nasogeniano na direção do eixo da região oval e permite a aplicação do PLLA tanto na região malar lateral, quanto na região malar medial. 1 2 Oval M MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 162 Oval A: para a aplicação no ângulo da mandíbula desenho outra região oval também de 5 cm em seu maior eixo e 2 cm de altura. Marcação: • Linha mandibular (acompanha a direção do plano mandibular), tocando sua extremidade inferior. • Linha vertical inclinada do ramo mandibular acompanhando sua direção, tocando a borda cutânea da região do ramo posteriormente. • Marcase o ponto de encontro dessas 2 linhas, outro ponto ao nível da implantação do lóbulo da orelha e um terceiro ponto a 2,5 cm do ponto de encontro, anteriormente, na linha mandibular. A região oval tangencia esses três pontos em suas extremidades e em sua borda inferior. • O ponto de entrada para preenchimento da região mandibular é marcado 1 cm anterior à respectiva região oval. A marcação da região malar medial é feita desenhandose um triangulo de base invertida, que coincide com a borda inferior da região orbital inferior. Sua borda lateral margea o "Oval M" e também a SOOF. Sua borda medial margeia o compartimento de gordura nasogeniano. Oval Q: para a aplicação no queixo, faço o ponto de entrada 1 cm lateral à região oval desenhada no queixo. A região oval mede 2 cm na mulher e 3 cm no homem. Sua altura é de 1,5 cm. Quando se deseja anteriorizar o queixo em detrimento do alongamento, o Pogônio, ponto mais anterior do queixo, deve ser seu ponto central. Ao contrário, quando se deseja alongar o queixo, podese inferiorizar a região oval, deixando o Gnátio, ponto mais ânteroinferior do queixo, em seu centro. 3 3 Oval Q Oval A Linha Man dibul ar Li nh a Ve rti ca l MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 163 Somando o volume destinado à cada região descrita, obtémse 8 ml. Os 2 ml restantes são distribuídos em aplicações “em X”, justadérmicas, em região de sulco nasogeniano e sulco látero mentual, regiões que perdem suporte dérmico, mesmo mais precocemente dentro da linha do envelhecimento cronológico. São depositados 3 "X" no sulco nasogeniano e 2 "X" em sulco látero mentual de cada lado, 0,1 ml em cada braço do "X", somando 2 ml para esses locais. Com isto, totalizase os 10 ml da solução. Para faces masculinas, desenho a região oval da região malar um pouco mais horizontal do que oblíqua. E aumento o tamanho da região oval do queixo para 3 cm, deixandoa mais larga. Marcação da região oval para a face masculina: • Limite inferior da região orbital inferior. • Linha que liga o ponto da Curvatura Alar (Ac) ao Tragus (Trg). Região oval de 5 cm de comprimento em seu maior eixo, que tangencia superiormente a borda inferior da região da pálpebra inferior, e inferiormente, a linha que liga Ac a Trg. A eminência zigomática fica entre os terços medial e os dois terços laterais da região oval. Denominei essas 3 regiões ovais de OVAL QAM®. Coincidentemente são as 3 regiões que conferem maior suporte à face e quanto aumentadas em tamanho, evidenciam as linhas estéticas, aumentando o potencial de beleza facial, de um modo geral. Por outro lado, o ácido polillático tem uma densidade muito baixa, semelhante à da agua, escoando facilmente após ser aplicado. Por isto, não se presta a preenchimentos bem delimitados, para efeitos de definição e aumentos volumétricos pontuais. Voltando à conceituação de beleza facial, além da maior evidência das linhas estéticas, outro importante elemento é o adequado acolchoamento das superfícies mais projetadas. Apesar de sua baixa reologia, o ácido polillático pode ser usado também para este fim, devido ao seu potencial volumizador. MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 164 TÉCNICA PARA TRATAMENTO DA FACE ENVELHECIDA A face envelhecida possui demandas muito diferentes da face jovem. Nesses casos é necessário restaurar o volume ósseo perdido pela remodelação óssea, restabelecer o volume dos compartimentos de gordura que perdem gordura e tratar o enrugamento fino que ocorre na superfície da pele. Assim como na face jovem, o tratamento deve ser individualizado, mas proponho aqui um script que pode ser seguido e aplicado na maioria dos casos. Em geral uso 2 frascos por sessão e implemento o protocolo de, no mínimo, 2 sessões. Caso o budget do paciente alcance, faço 3 sessões, como o convencional. Assim como no tratamento da face jovem, duas regiões devem receber ácido polillático supraperiosteal pois invariavelmente sofrem remodelação óssea com o envelhecimento e não são consideradas áreas contraindicadas: 1 21 23 4 5 1 Têmpora Superior 2 Malar lateral 1 Malar medial 2 Ângulo de mandíbula 3 Queixo 4 Têmpora Inferior 5 Região préauricular Outras 5 regiões receberão ácido polillático em plano subcutâneo, pois apesar de também sofrerem remodelação óssea, a técnica justa óssea é mais arriscada por diferentes motivos e tecnicamente difícil para o alcance da cânula. MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 165 Depois de volumizar os leitos mais profundos e médios, injeto os 10 ml do segundo frasco na forma de palitos paralelos em plano justadérmico, para bioestímulo. Distribuo o produto da seguinte forma: 1 Sulco nasogeniano: 3 aplicações "em X". 2 Sulco láteromentual: 2 aplicações "em X". 3 Linha A, que liga o Cheilio (Ch) à implantação superior da orelha: 10 palitos paralelos abaixo e 10 palitos paralelos acima da linha. 4 Linha B, que liga o ponto lateral do queixo à implantação inferior da orelha: 5 palitos paralelos abaixo e 5 palitos paralelos acima da linha. Nesta linha b, os palitos são desenhados lateral ao jowl. Em cada palito, injeto 0,1 ml de ácido polil lático, somando um total de 3 ml por lado. Linha A Linha B Em síntese, para o tratamento das faces envelhecidas com 2 frascos de ácido polillático, distribuo meu primeiro frasco da seguinte forma: • Têmpora Superior: 0,5 ml por lado • Têmpora Inferior: 0,5 ml por lado • Malar medial: 1 ml por lado • Malar lateral: 0,5 ml por lado • Região préauricular: 1 ml por lado • Ângulo da mandíbula: 2 ml por lado • Queixo: 1 ml Notem que a marcação e a técnica de injeção para ângulo de mandíbula, queixo e região malar res pei tam aos principios da OVAL QAM®. Meu segundo frasco é distribuido no plano justa dérmico, 0,01 ml por palito,nos sulcos nasogeniano e láteromentual, bem como nas linhas A e B, pós jowl. Com esta técnica, faço 2 frascos por sessão e distribuo 20 ml de ácido polillático nos diferentes planos anatômicos. Esta forma de aplicação preserva o afundamento este ticamente desejável da linha do blush e acom panha as superfícies mais projetadas, recriandoas com algum volume e bioestimulando o colágeno dér mi co. Alguns médicos preconizam o uso de apenas um ponto de entrada para tratar toda a face. Em minhas mãos considero o alcance de todas as regiões a serem tratadas com essa técnica, um pouco difícil e a posição das mãos do injetor pouco efetiva. Para ao preenchimento do ângulo de mandíbula a partir deste ponto, a posição do braço e da mão do injetor também não é adequada, o que dificulta uma aplicação com técnica perfeita. Por isto prefiro usar mais pontos de entrada e aplicar o produto de maneira mais facilitada, com alcances adequados tanto ao plano supraperiosteal quanto às outras regiões. MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 166 USO CORPORAL Além de suas indicações para tratamento facial, o ácido polilláctico pode ser usado em outras regiões do corpo, como face medial dos braços, pescoço, região peitoral, abdômen e nádegas. O produto deve ser aplicado em palitos no sentido de onde se deseja algum grau de tração ou aderência. As aplicações corporais devem ser sempre subdérmicas14,15,16,17,18,19. Para a região corporal, a aplicação também pode ser com cânula dependendo do objetivo a ser alcançado. Tratamentos mais pontuais de celulite grau 3 e 4 devem ser precedidos de leve subincisão com cânula rompa ou cortante para que um tecido fibrótico mais robusto seja desfeito antes da aplicação do ácido polillático. Para as superfícies corporais mais homogêneas, visando o tratamento da flacidez ou da celulite branda, a aplicação deve ser com agulha em palitos paralelos ou em “X”. Para correções volumétricas mais pontuais e bem delimitadas, o uso da cânula encontra bom aplicação. No pescoço, têmporas, colo e mãos, como a pele é mais fina, preconizase diluições maiores, e uma maior distribuição do produto pela própria diluição maior. Pode ser aplicado em palitos paralelos, em “X”, com agulha, ou com cânula, em leque, com exceção das têmporas, que em minha opinião, deve ser injetada, invariavelmente, com cânula. BIOESTÍMULO DA REGIÃO DO COLO - TÉCNICA DOS PALITOS OBLÍQUOS MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 167 BIOESTÍMULO DA REGIÃO GLUTÉA - TÉCNICA DOS PALITOS OBLÍQUOS BIOESTÍMULO DA REGIÃO DO BRAÇO - TÉCNICA DOS PALITOS TRANSVERSOS BIOESTÍMULO DA REGIÃO DO ABDOME - TÉCNICA DOS PALITOS OBLÍQUOS SIMPLES OU DUPLOS CONSIDERAÇÕES GERAIS DO USO ÁCIDO POLI-L-LÁTICO • Individualização do tratamento: combinação de técnicas e planos de aplicação. • Peles oleosas, hipertróficas, com hiperplasia sebácea respondem melhor ao tratamento com PLLA. • Peles jovens, prémenopausa respondem melhor em relação às peles mais velhas. • Peles envelhecidas, finas, com enrugamento paralelo ou aleatório, com “estrutura” enfraquecida: injeção "em X " ou palitos paralelos (perpendiculares ao enrugamento), em plano justa dérmico, com agulha. • Cicatrizes de acne: injeção "em X", justa dérmico, com agulha. • Perda de volume, projeção e flacidez geral da face: injeção supraperiosteal (restauração volumétrica profunda) e subcutânea (restauração volumétrica localizada e superficial). MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 168 RECOMENDAÇÕES QUANTO AO NÚMERO DE FRASCOS E FREQUÊNCIA DE APLICAÇÕES A correção volumétrica obtida com a aplicação do ácido polillático é determinada pelo número de sessões e pela quantidade de produto utilizada em cada caso. Para facilitar a proposta terapêutica recomendase que se utilize um frasco para cada década. Assim, um paciente de 30 anos, deve receber indicação de 3 frascos aplicados em intervalos de 45 dias. Uma paciente de 40 anos, 4 frascos. A partir dos 50 anos, em que estaria então indicado 5 frascos, inicio meu protocolo de 2 frascos por sessão, sendo então, a terceira sessão de apenas um frasco. Aos 60 anos, 6 frascos, sendo 3 sessões utilizando se 2 frascos por sessão e daí por diante. É importante frisar que apesar das propostas técnicas deste capítulo, as técnicas variam de acordo com o efeito estético desejado pelo paciente e planejado pelo médico, variando conforme características extremamente individuais. Quanto à duração dos resultados, apesar dos 2 anos considerados, recomendase que o paciente retorne para apliacações de manutenção anualmente sobrepondose resultados, uma vez que o envelhecimento é contínuo. REGIÕES EM QUE O USO DE ÁCIDO POLI-L-LÁTICO NÃO É RECOMENDADO • Lábios e região perilabial • Glabela • Nariz • Fronte • Região periorbital cris talóides20, devendose respeitar fielmente as reco men dações de diluição e preparo. As pápulas subcutâneas são geralmente palpáveis mas não visíveis. Já os nódulos são visíveis e protrusos pela superfície da pele. Ambos ocorrem em dias ou até algumas semanas após a aplicação. Com a nova norma de reconstituição recomendada, a incidência das pápulas e nódulos caiu para 1%21. Como tratamento, recomendase massagem vigorosa, injeção intralesional de corticóides ou excisão cirurgica. Nódulos inflamatórios ou granulomas tardios podem surgir meses ou anos após a injeção. Geralmente são persistentes e aumentam ao longo do tempo. Inicialmente sua ocorrência foi atribuída a fatores imunológicos e de hipersensibilidade individuais. Porém, recentemente, alguns estudos sugerem que haja infecções crônicas associadas a este efeito adverso. Tratase de uma ocorrência rara, menos de 0,1% dos casos, e acreditase que se deva a uma resposta anômalo ou exagerada do hospedeiro a materiais preenchedores ou a infecções por bactérias específicas formadoras de biofilme. O biofilme explica a dificuldade de tratar esses casos, que por vezes são dramáticos. Ocorre uma dificuldade de o antibiótico chegar aos ambientes dessas bactérias que, em geral, se auto protegem através de suas colônias e seus mecanismos de autossustentação22. O tratamento dos nódulos inflamatórios tardios é ba sea do em corticoesteróides sistêmicos, antibióticos e anti metabólitos com o 5fluouracil que também tem ação contra bactérias gram negativas. Infecções ativas: podem ocorrer logo após a aplicação e devem ser tratadas com antibióticos sistêmicos e dre na gem cirúrgica caso haja flutuação. Tratase de uma inter corrência evitável com técnicas corretas de antissepsia. Necrose cutânea: o ácido polillático também pode levar a necrose cutânea caso o produto obstrua a circulação terminal dos tecidos. Um caso de amaurose já foi relatado devido ao uso do ácido polillático após injeção nas têmporas24. FIRM AND LIFT A Firm&Lyft Technique foi apresentado pela primeira vez no 31º Congresso de Cirurgia Dermatológica, que COMPLICAÇÕES Pápulas e nódulos nãoinflamatórios são efeitos adversos mais comuns, em geral, causados por acúmulo do ma te rial por erros de diluição, reconstituição ou preparo. Tratase de um produto composto por micropartículas MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 169 aconteceu em maio de 2019 na cidade de Goiânia. O método propõe o uso de dois agendes para tratamento global da face visando, especificamente, o tratamento da flacidez: um ácido hialurônico dealta reologia que volumiza bem pelas suas propriedades físicoquímicas, e o ácido poli l lático para bioestímulo. O ácido hialurônico usado na técnica é o Restylane® Lyft, aplicado em de ter minados pontos estratégicos para sustentação e efeito lifting, geralmente em bolus, e o ácido polillático (Sculptra) nas regiões mais laterais da face para bio es tí mu lo e também efeito lifting. O objetivo é proporcionar um resultado já imediato associado ao uso do ácido polillático que demanda maior tempo para surtir efeito estético. E além disto, usar menor volume de preeenchedor associando o bioestimulador. Associação de técnicas é o ponto chave do Firm and Lift, além da mescla do efeito imediato com o efeito a longo prazo. É importante perceber que a aplicação do ácido polil lático não se restringe ao mero tratamento de rugas e vincos, realizado diretamente neles, em uma concepção bidimensional do envelhecimento, mas visa à abordagem tridimensional da face, tratando sim, as rugas e vincos, mas também reposicionando os tecidos deslocados e realçando volumes que se perderam ou que deveriam estar presentes, mas não estão. Também é importante notar que em algumas regiões, tais como pescoço e região do colo, a redução da espessura da pele por perda de elastina e de colágeno é mais relevante do que a perda de volume observada no rosto e nas mãos. Assim, o realce cosmético dessas regiões é mais direcionado para a melhoria da qualidade da pele do que para a perda de volume. CONTRAINDICAÇÕES As regiões contraindicadas já são bem conhecidas e devem ser respeitadas por razões inerentes ao ácido polillático. Duas contraindicações clássicas do uso do ácido polil láctico são as áreas dinâmicas e esfincterianas da face, como os lábios e a região periorbital. Sabese que o movi mento repetitivo da musculatura nessas regiões pode levar ao acúmulo do produto e posterior apa re cimento de nódulos, com resolução por vezes demorada25. Outras contraindicações gerais são casos de infecção ou pro cesso inflamatório local, doenças autoimunes em ati vi dade, colagenoses, gravidez, presença de preen che dores de fi nitivos e histórico de queloides ou cicatrizes hiper tró ficas. Colagenoses que contraindicam a aplicação do ácido poli llático • Artrite reumatoide e suas variantes • Lupus • Esclerodermia • Síndrome de Sjögren • Polimiosite/dermatomiosite A seguir dois quadros com "Orientações gerais sobre diluição e preparo do produto" e com os "Pontos chave do uso do ácido polillático na face" retirados do seguinte estudo: Haddad A, Kadunc BV, Guarnieri C, Noviello JS, da Cunha MG, Parada MB. Current concepts in the use of poly Llactic acid for facial rejuvenation: literature review and practical aspects. Surg Cosmet Dermatol 2017;9(1):6071. MA TE RI AL E XC LU SI VO P AR A ME MB RO S FA C PR OI BI DO : C ÓP IA E R EP RO DU ÇÃ O Sisara Ferreira Soares - sisascaravatto@gmail.com - CPF: 031.091.777-81 170 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Goldman MP. Cosmetic use of polyLlactic acid: my technique for success and minimizing complications. Dermatol Surg. 2011;37(5):68893. 2. Bassichis B, Blick G, Conant M, Condoluci D, Echavez M, Eviatar J, et al. Injectable polyLlactic acid for human immunodeficiency virusassociated facial lipoatrophy: cumulative year 2 interim analysis of an openlabel study (FACES). Dermatol Surg. 2012;38(7 Pt 2):1193205. 3. Lam SM, Azizzadeh B, Graivier M. Injectable polyLlactic acid (Sculptra): technical considerations in softtissue contouring. Plast Reconstr Surg. 2006;118(3 Suppl):55S63S. 4. Vleggaar D. Softtissue augmentation and the role of polyLlactic acid. Plast Reconstr Surg. 2006;118(3 Suppl):46S54S. 5. Fitzgerald R, Vleggaar D. Facial volume restoration of the aging face with polyllactic acid. Dermatol Ther. 2011;24(1):227. 6. Hyun MY, Lee Y, No YA, Yoo KH, Kim MN, Hong CK, et al. Efficacy and safety of injection with poly Llactic acid compared with hyaluronic acid for correction of nasolabial fold: a randomized, evaluator blinded, comparative study. Clin Exp Dermatol. 2015;40(2):12935. 7. Coleman SR, Grover R. The anatomy of the aging face: volume loss and changes in 3dimensional topography. 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