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CURSO DE PEDAGOGIA PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – SUPESUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA ORIENTADOR EDUCACIONAL EDUCAÇÃO CONTRA O ABUSO SEXUAL MICHELY DA SILVA RODRIGUES RA: 0512443 UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP 2 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP UNIP - 2021 ANO 2021 MICHELY DA SILVA RODRIGUES RA: 0512443 O PAPEL DA ESCOLA NO COMBATE AO ABUSO INFANTIL Trabalho de intervenção pedagógica, realizado da disciplina de Projetos e Práticas de Ação Pedagógica, do Curso de Pedagogia, da Instituição Universidade Paulista – UNIP. Universidade Paulista - UNIP 2021 3 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP UNIP - 2021 Sumário 1. Tema ...................................................................................................................................... 4 2. Situação Problema ................................................................................................................. 4 3. Justificativa e Embasamento Teórico ..................................................................................... 4 4. Público-Alvo ........................................................................................................................... 8 5. Objetivos ............................................................................................................................... 8 6. Percurso Metodológico ......................................................................................................... 8 7. Recursos ................................................................................................................................ 9 8. Cronograma ........................................................................................................................... 9 9. Avaliação e Produto Final ...................................................................................................... 9 10. Referências Bibliográficas .................................................................................................... 10 4 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP UNIP - 2021 1. O papel da escola no combate ao abuso infantil 2. Situação Problema A violência sexual é o segundo tipo de violência mais comum contra crianças de zero a dez anos, respondendo por 35% do total das notificações de violência infantil no país. Portanto como a escola tem um papel fundamental na vida das crianças, o orientador educacional pode ser de grande importância na vida delas. 3. Justificativa e Embasamento Teórico A cada ano, 18 de maio é marcado pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que visa é conscientizar a sociedade e a reafirmar a responsabilidade de todos em garantir os direitos de crianças e adolescentes. Nesse cenário, a escola tem papel fundamental: na prevenção, na identificação e no combate ao abuso sexual infantil. Mas nem sempre o abuso sexual envolve contato ou violência física. Práticas de voyerismo, exibicionismo, telefonemas obscenos e produção de fotos também estão inclusos dentro desta categoria. E na identificação destes casos a escola tem um papel imprescindível, já que as crianças passam por lá boa parte do seu dia. O problema é que muitos professores ainda não estão preparados para reconhecer estes casos e auxiliar os alunos, daí a importância do orientador educacional nas escolas, para desenvolver projetos de identifique esses casos de abuso em crianças e adolescentes. Na “palestra Infância, gênero, sexualidade e educação infantil”, promovida em abril de 2018 pela Creche Fiocruz e pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Jane Felipe de Souza, psicóloga, doutora em Educação e especialista nas áreas de Sexualidade e Relações de Gênero, reforçou que é tarefa da família e da escola discutir questões relacionadas a gênero e sexualidade. 5 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP UNIP - 2021 “Por princípio, a escola é um local de produção e circulação do conhecimento. Temos que tratar de todos os assuntos, de todas as dúvidas dos alunos; olhar para o que as crianças trazem como demanda – por mais difícil que seja –, e discutir da maneira mais competente possível. É preciso ensinar as crianças que algumas condutas dos adultos não devem ser aceitas, configuram abuso; que corpos não estão disponíveis. A criança não entende o que acontece numa situação de abuso porque isso não foi explicado em casa. E ela pode até sentir prazer no abuso, porque, em geral, é algo mais sedutor do que violento. Falam: ‘Você é especial para mim; foi escolhida’, e criam pactos de silêncio de maneira perversa”, diz Jane Felipe. Como identificar sinais de que o aluno esteja passando por uma situação de violência sexual Segundo Jean Von Hohendorff, doutor em Psicologia e professor do programa de pós-graduação stricto sensu da Imed, no Rio Grande do Sul, é preciso levar em consideração que não existe uma síndrome, um conjunto de sintomas que seja específico da violência sexual, e que nem todas as vítimas apresentam os mesmos sinais. No entanto, na escola, alguns sinais comportamentais, emocionais ou cognitivos acabam ficando evidentes, o que destaca a importância de o professor estar atento a quaisquer mudanças no comportamento da criança. “Mudanças repentinas indicam que há algo errado, que pode ser violência sexual ou outra situação. A criança ou o adolescente pode ter comportamento mais isolado, dificuldade de relação com colegas, retraimento e demonstrar medo de uma figura adulta, do próprio agressor ou de pessoas que o lembrem. Nos casos de violência sexual com contato físico, também pode ter comportamento hipersexualizado”, descreve o especialista, ressaltando que a sexualidade da criança é diferente da do adulto, e gira em torno do conhecimento do próprio corpo. 6 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP UNIP - 2021 “Quando a sexualidade se apresenta ‘mais adultizada’ é um sinal de alerta. O professor não pode partir do pressuposto de que uma criança é ‘sexualizada de um modo pejorativo’. Eles devem tomar o cuidado de, no momento em que a criança apresentar comportamento hipersexualizado, não ter uma postura de julgamento moral, mas sim de entendimento”, orienta. Outra questão muito frequente nas escolas, segundo Von Hohendorff, é a queda no rendimento escolar. “Crianças que passam por situações traumáticas tendem a ter uma memória persistente dessa situação, lembrando-se do ocorrido mesmo quando não querem. Parecem, então, distraídas e desatentas, não conseguem voltar a atenção para outra situação e se concentrar no conteúdo de sala de aula”, acrescenta, dizendo que ansiedade, raiva e tristeza também podem ser sentimentos comuns. Como abordar a criança e encaminhar o caso de abuso. Segundo Von Hohendorff, o professor deve estar atento aos alunos e disposto a escutar as crianças. “Quando ela pede para falar com o professor, é preciso que ele lhe volte a atenção. Pode ser um pedido de ajuda. O processo de revelação de um trauma não tende a ser um momento em que a criança se aproxima e conta o ocorrido de forma direta. Ela chama um dia, comenta algo, divide um segredo, para ver como o professor reage. E o docente deve ter cuidado e sensibilidade”. Caso a vítima revele o que está acontecendo, Jean orienta o professor a explicar para a criança que isso não pode acontecer e a dizer que juntos irão decidir como agir. “A tendência é analisar junto com a criança se ela tem um adulto de referência para ser incluído nessa conversa e receber orientações sobre o que fazer. Se não houver ninguém, cabe à escola encaminhar o caso. O professor precisa explicar à criança os procedimentos e oporquê se deve ir ao Conselho Tutelar – daí a importância de o docente estar capacitado.” 7 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP UNIP - 2021 Jean Von Hohendorff reforça que não é preciso ter certeza para fazer uma notificação, basta um quadro de suspeita, conforme diz o artigo 13 do ECA. “O professor não pode se omitir, deixar de fazer a notificação, porque, nesse caso, a escola passa de um papel potencialmente protetivo para se tornar um fator de risco à criança. Se a escola – local que a criança mais frequenta, além da própria casa – desconfia que no ambiente familiar possa estar acontecendo algo inadequado e não faz nada, ela está trabalhando em uma lógica de se tornar agressora também. É importante buscar informação, capacitação e uma parceria com o Conselho Tutelar da região para agir em casos de suspeita.” O psicólogo destaca que os danos às vítimas não são irreparáveis; muito pelo contrário. “A criança ou o adolescente pode se recuperar e ter uma vida normal, apesar dessa vivência. E para haver recuperação, não basta que peça ajuda; ela precisa de um contexto que responda a essa ajuda, ser bem acolhida, para que as consequências não sejam exacerbadas. Deve haver uma intervenção em rede, com psicoterapia, atendimento psicossocial e médico, políticas públicas que permitam que as famílias tenham mais do que o mínimo para sobreviver (já que muitas estão em um contexto de extrema pobreza). Todos esses aspectos influenciam na recuperação da criança.” Ainda que distantes fisicamente, é importante que os professores sigam, dentro do possível, em contato com os alunos e dediquem atenção especial aos estudantes já identificados como em situação de maior vulnerabilidade. Essas são algumas das indicações que constam em Recomendação Administrativa expedida pelo Ministério Público em alguns estados para que o sistema de ensino (escolas municipais, estaduais e privadas) dê continuidade à prevenção e proteção contra possíveis violências cometidas no âmbito doméstico e que o órgão observa que têm sido subnotificadas em função do contexto atual. 8 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP UNIP - 2021 4. Público – Alvo Educadores, orientador educacional, pais, alunos de 4 a 10 anos 5. Objetivos Mostrar aos educadores como orientar as criança de forma lúdica a identificar e se protegerem do abuso sexual. No mundo atual, as crianças precisam saber que existem pessoas que querem tocá-las e ser tocadas de maneiras erradas. O objetivo proposto a esse projeto é que os educadores estejam aptos pra ensinar a essas crianças os limites do próprio corpo e como pedir ajuda em casos de um abusador em potencial. 6. Percurso Metodológico Antes de pôr em prática o começo das atividades, faremos uma reunião com os pais ou responsáveis por essas crianças para que juntos possamos entrar em acordo de como o assunto deve ser abordado, também é importante que ajudemos os pais a continuarem esse trabalho em família. Em seguida, faremos a apresentação do tema aos pedagogos com a ajuda de uma psicóloga especializada para que o processo seja feito com responsabilidade e consciência. Faremos uma espécie de seminário prático com a intenção de ajudar esses educadores a dar instrução de forma lúdica e específica, levando em conta o que cada idade é capaz de absorver. 9 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP UNIP - 2021 . 7. Recursos Profissionais (psicólogos ou psicopedagogos). Vídeos, músicas, livros, palestrantes, pais, material de apoio. Cronograma: Dia 1: Reunião com os pais para inteirá-los do assunto. Dia 2 e 3: Os profissionais psicopedagogos se reunirão com os professores e começarão a estratégia pedagógica para o treinamento. Dia 4, 5: Seminário de treinamento prático. Dia 6: Os professores apresentarão seus projetos para que sejam aprovados pela supervisão, pelos pais e pelos psicopedagogos e assim por fim, colocá- los em prática pelos meses seguintes. 8. Avaliação e Produto Final Encerramento com a presença dos pais e a exposição dos projetos propostos pelos educadores. Abrir espaço para perguntas e comentários dos pais aos profissionais da psicologia e aos educadores. Nomear uma um grupo de apoio para ser acionada pelas crianças em caso de perigo eminente de abuso físico ou psicológico. Os projetos serão avaliados inicialmente pelos profissionais com propriedade o assunto. Se aprovados, serão executados com a exigência de um relatório específico de cada educador ao fim de cada etapa para que melhorias ou adaptações seja feitas. Informação importante: Atendimento as crianças e adolescentes. Números de emergência: 100 ou 181. Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes): 190. 10 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP UNIP - 2021 Conselho Tutelar da Zona Sul de Macapá: (96) 99145-2016. Conselho Tutelar da Zona Norte de Macapá: (96) 99188-1399. Conselho Tutelar da Zona Oeste de Macapá: (96) 98802-8643. 9. Referências Bibliográficas • Livro - Abuso Sexual em Crianças: Fortalecendo Pais e Professores na Proteção a Criança Contra Abusos Sexuais e Pedofilia. proteger crianças de abusos sexuais Christiane Sanderson • https://lunetas.com.br/eu-amo-meu-corpinho-musica-criancas-protecao- contra-abusos-sexuais/Cartilha: plan.org.br/com-abordagem-ludica-cartilha- ensina-a-prevenir-o-abuso-sexual-infantil/ • http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens- artigos/reportagens/14963-o-papel-da-escola-no-combate-ao-abuso-sexual- de-crian%C3%A7as-e-adolescentes • http://especiais.ne10.uol.com.br/educacao-contra-o-abuso-sexual/ • https://catracalivre.com.br/cidadania/como-denunciar-abuso-infantil/ http://especiais.ne10.uol.com.br/educacao-contra-o-abuso-sexual/ http://especiais.ne10.uol.com.br/educacao-contra-o-abuso-sexual/ https://catracalivre.com.br/cidadania/como-denunciar-abuso-infantil/
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