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Tipos textuais - a descrição: elementos, estrutura e gêneros APRESENTAÇÃO Descrever é usar a linguagem para construir verbalmente imagens de seres (animados ou inanimados), de cenas ou processos a partir de determinado ângulo de visão. Caracterizar o mundo é uma questão de perspectiva, do modo de vê-lo e interpretá-lo. Nesta Unidade de Aprendizagem, procuraremos apoiá-lo no desenvolvimento da habilidade de descrição de pessoas, objetos, lugares e cenas. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer e construir sequências descritivas na construção de gêneros variados.• Identificar a estrutura esperada de um texto preponderantemente descritivo.• Relacionar os elementos e as estratégias na construção e leitura de textos descritivos.• DESAFIO Pensando na necessidade de desenvolvermos a habilidade da descrição, vamos fazer um exercício de descrição por perspectivas diferentes. Observe, então, a imagem de Salvador Dali e descreva o que consegue ver. INFOGRÁFICO No infográfico a seguir, você verá uma síntese sobre a descrição. CONTEÚDO DO LIVRO Para aprofundar os seus conhecimentos, leia atentamente o capítuloTipos Textuais – A Descrição: Elementos, Estrutura e Gêneros, da obra Comunicação e expressão. Boa leitura. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO Leticia Sangaletti Tipos textuais – a descrição: elementos, estrutura e gêneros Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer e construir sequências descritivas na construção de gê- neros variados. � Identificar a estrutura esperada de um texto preponderantemente descritivo. � Relacionar os elementos e as estratégias na construção e na leitura de textos descritivos. Introdução Descrever é usar a linguagem para construir verbalmente imagens de seres (animados ou inanimados), de cenas ou processos a partir de determinado ângulo de visão. Caracterizar o mundo é uma questão de perspectiva, um modo de vê-lo e interpretá-lo. Este texto irá apoiar você no desenvolvimento da habilidade de descrição de pessoas, objetos, lugares e cenas. Descrição: concepções teóricas A descrição é uma forma de apontar características de pessoas, seres, coisas, cenários, costumes e impressões. Ela se dá a partir de visão, tato, audição, olfato e paladar. O termo tem origem no latim descriptio, onis e significa figura, representação, escrever conforme o original, transcrever e copiar. De acordo com Vilela e Koch (2001, p. 549), a descrição “[...] consiste na exposição das propriedades, qualidades e características de objetos, ambientes, ações ou estados.”. A partir dela, o leitor pode visualizar mentalmente o objeto apresentado, que é concebido por meio de um processo linear de observação. Conforme Marcuschi (2003), em textos descritivos predominam as sequências de localização. Elas situam o leitor, descrevendo coisas, pessoas ou situações. O tipo textual de base temática descritiva possui como traços linguísticos uma estrutura simples com um verbo estático no presente ou imperfeito, um complemento e uma indicação circunstancial de lugar (WERLICH apud MARCUSCHI, 2003). Travaglia (2007, p. 43), por sua vez, diz que o tipo descritivo vai se ca- racterizar por trazer a localização do objeto de descrição, além de caracte- rísticas – como cores, formas, dimensões, texturas, modos de ser, etc. – e/ou componentes ou partes do “objeto” descrito. Um texto de base narrativa pode conter descrições, ou seja, o gênero textual é híbrido no que concerne à sua tipologia. Um romance literário, por exemplo, é um gênero que compreende narração e descrição. Ele conta uma história, por meio da narração, e descreve as personagens, apresentando ao leitor, com riqueza de detalhes, como elas são. Estrutura e elementos da descrição Com relação à estrutura e aos elementos da descrição, Bronckart (1999) explica que a sequência descritiva possui uma particularidade. Ela é composta de fases que não se organizam em uma ordem linear obrigatória, mas que se combinam e se encaixam em uma ordem hierárquica ou vertical. Conforme o autor, a sequência descritiva apresenta as fases de ancoragem, aspectualização e relacionamento. Observe (BRONCKART, 1999): � Ancoragem: o tema da descrição é marcado, geralmente, por uma forma nominal ou tema-título, que pode ser introduzida no início, no meio ou no final da sequência; Tipos textuais – a descrição: elementos, estrutura e gêneros132 � Aspectualização: o tema é decomposto em partes e cada uma recebe a atribuição de propriedade; além disso, são enumerados os diversos aspectos do tema-título. � Relacionamento: por meio de operações de caráter comparativo ou metafórico, os elementos descritivos são assimilados a outros. Tais fases se combinam e encaixam em uma ordem hierárquica e não em ordem linear obrigatória. Bronckart (1999) afirma que a estrutura descritiva possui orientação não agentiva, atemporal e uma estrutura não precisa. Nela, aparecem como efeitos descritivos: a listagem, a qualificação e um efeito de particularização de objeto tematizado. No que concerne aos tipos de descrição, Travaglia (2007), por sua vez, ressalta que algumas espécies se relacionam ao tipo descritivo. Elas se carac- terizam por aspectos de conteúdo, às vezes unidos a aspectos formais. Sobre isso, ele aponta que existe a descrição objetiva e a descrição subjetiva, além da descrição estática e da dinâmica, bem como das espécies comentadora e narradora. Na descrição objetiva, o produtor do texto se guia somente pelo objeto visto como algo exterior ou não ao falante. Ou seja, o conteúdo consiste na localização, nas características e nos componentes ou partes do objeto de descrição, sem interferência do estado emocional, afetivo, psicológico de quem diz. Já na descrição subjetiva se tem o tipo de informação própria do tipo descritivo, como localização, características, partes ou elementos, fundido a uma expressão de sentimentos, afetividade e estados psicológicos daquele que diz. No que tange à descrição estática, o teórico explica que seu conteúdo indica como são objetos e seres. A descrição dinâmica caracteriza movimentos, eventos, como uma dança, uma tempestade, uma festa, dizendo como são. E quanto à distinção entre a comentadora e a narradora, ele afirma que a narradora se refere sempre a um exemplar único do elemento descrito, como um acontecimento, ser, coisa, objeto, etc. Já a comentadora alude sempre a uma classe do elemento descrito. Sobre os textos descritivos, o teórico aponta que (TRAVAGLIA, 2007, p. 47): 133Tipos textuais – a descrição: elementos, estrutura e gêneros a) contrariamente ao que se tem proposto, a descrição se faz sobretudo com verbos dinâmicos. Os estáticos aparecem muito na descrição estática, mas eles não são a maioria; b) os únicos verbos gramaticais que aparecem são os de ligação, sobretudo na descrição estática, daí o alto número de frases nominais, que aparecem também sem verbo; c) aparecem verbos enunciativos ligados à visão, já que se instaura o interlo- cutor como “voyeur”: ver, perceber, notar, observar, admirar, avistar (todos em sentido sensorial); d) os textos descritivos só são possíveis com o aspecto imperfectivo, sendo que na descrição narradora aparecem os aspectos durativo e iterativo (de duração limitada) e na descrição comentadora, os aspectos indeterminado e habitual (de duração ilimitada). A descrição ainda é caracterizada pelos aspectos começado e cursivo; e) por ser um tipo de texto do conhecer, o predomínio quase total é da modali- dade epistêmica da certeza. Às vezes aparece a possibilidade (menos de 1%); f) a hipótese de Travaglia (1991, p. 261) é “[...] de que o tempo para a descrição será dado sempre pela relação entre o tempo referencial e o da enunciação: a) passado para as descrições passadas” (estáticas e dinâmicas, narradoras e comentadoras) (observou-se ocorrência de 100%);b) “onitemporal para as descrições presentes de comentário” (estáticas ou dinâmicas) (observou-se ocorrência de 100%); c) “presente para as descrições presentes de narração”; e d) “futuro para as descrições futuras”. Ao se descreverem personagens, por exemplo, a descrição pode ser de dois tipos: física ou psicológica. A primeira trata de características externas: altura, pelo, cor da pele, cabelos, olhos, idade. A segunda, por sua vez, se ocupa do comportamento, do caráter, da personalidade. A descrição física pode ser objetiva, quando o que é descrito é apresentado de forma direta, simples, concreta, como realmente é. Já a descrição subjetiva envolve os senti- mentos do descritor, e a psicológica é sempre marcada por subjetividade. Para saber mais sobre os textos descritivos, leia o texto “O Processo de Escrita de Textos Descritivos” (ALEXANDRE, 2015). Tipos textuais – a descrição: elementos, estrutura e gêneros134 Gêneros textuais com tipos descritivos Vários gêneros textuais possuem tipologia descritiva. A descrição pode apa- recer em um anúncio de revista, em manuais de instruções e em relatórios, por exemplo. Os gêneros que mais utilizam a estrutura descritiva são: laudo, relatório, ata, guia de viagem e textos literários.Veja exemplos: Texto literário: Triste fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto (2004) Ela não era feia; amorenada, com os seus traços acanhados, o narizinho mal feito, mas galante, não muito baixa nem muito magra e a sua aparência de bondade passiva, de indolência de corpo, de ideia e de sentidos — era até um bom tipo das meninas a que os namorados chamam — “bonitinhas”. O seu traço de beleza dominante, porém, eram seus cabelos: uns bastos cabelos castanhos, com tons de ouro, sedosos até ao olhar [...] Relatório descritivo: modelo de relatório descritivo do Portal Escolar (TIO ZEZÉ, 2014) É um menino muito concentrado, esperto, inteligente, amigo, carinhoso... Está sempre preocupado com o bem-estar dos seus colegas para con- seguir uma relação harmônica em sala de aula. Gosta sempre de ajudar seus colegas na resolução das atividades e isso contribui fortemente para a formação de sua personalidade. Quanto ao aspecto cognitivo, foi possível observar os seguintes aspectos: Lógico-matemático: tem muita facilidade na resolução de continhas de soma, subtração e multiplicação. E devemos continuar nessa prática. Percebo uma dificuldade de interpretação na resolução de probleminhas. Sempre procuro fazê-lo entender e conto também com a ajuda da família para o crescimento desse ponto [...]. Guia de viagem: trecho de “Descobrindo a Chapada dos Guimarães” (FÉRIAS BRASIL, c2000-2017) Impressionantes paredões de arenito vermelho-alaranjado – marcas registradas da Chapada dos Guimarães – dão as boas-vindas aos turistas que aportam na cidade, a apenas 69 km da capital Cuiabá. Porta de entrada do Parque Nacional, a cidadezinha que leva o mesmo nome da reserva oferece pousadas confortáveis, restaurantes aconchegantes e uma pracinha (onde fica a bucólica igreja de Santana) que, nos finais 135Tipos textuais – a descrição: elementos, estrutura e gêneros de semana, funciona como feirinha de artesanato durante o dia e ponto de encontro dos visitantes quando a noite cai. A 11 quilômetros do centro da vila, o parque criado em fins dos anos 80 ocupa uma área de 330 quilômetros. O cenário perfeito combina cerrado, cachoeiras e cânions, além de pinturas rupestres e formações rochosas que enchem os olhos de ecoturistas e esotéricos [...]. Os cami- nhos conduzem ainda ao cartão-postal da Chapada: a cachoeira Véu de Noiva, com 86 metros de queda, vista panorâmica e lindos sobrevoos das escandalosas araras vermelhas. Lá embaixo há um poço de águas cristalinas, mas os banhos são proibidos [...]. Fora da reserva também há muitas belezas. Uma das mais encantado- ras é a caverna Aroe Jari, uma gigantesca gruta de arenito – 10 metros de altura por 60 metros de largura – com inscrições rupestres. Seu conjunto inclui ainda a Lagoa Azul, de águas transparentes e mergulho proibido. O complexo fica a 46 km da Chapada e também só é acessível com acompanhamento de guias. Agora observe, nos exemplos a seguir, a descrição objetiva e a descrição subjetiva, além da descrição estática e da dinâmica, bem como as espécies comentadora e narradora, apontadas por Travaglia (2007). Comer, Rezar e Amar, de Elizabeth Gilbert (2008, p. 34): O xamã, como podemos ver, era um velhote baixinho, de olhos alegres, pele morena avermelhada e uma boca quase sem dentes, cuja semelhança, em todos os aspectos, com o Yoda de Guerra nas Estrelas era impressionante. Seu nome era Ketut Liyer. Ele falava um inglês irregular e muito engraçado, mas havia um tradutor disponível para quando ele empacasse em alguma palavra. Observe que, na descrição retirada do livro Comer, Rezar e Amar, o texto é guiado como algo exterior, e o conteúdo trata de localizar, dar características ou partes do que está sendo descrito, que no caso é o Xamã. Isso sem interfe- rência do estado emocional, afetivo ou psicológico de quem diz. Desse modo, há uma descrição objetiva. O Mulato, de Aluísio Azevedo (2012): O Dias, que completava o pessoal da casa de Manuel Pescada, era um tipo fechado como um ovo, um ovo choco que mal denunciava na casca a podri- dão interior. Todavia, nas cores biliosas do rosto, do desprezo do próprio corpo, na taciturnidade paciente aquela exagerada economia, adivinhava-se-lhe uma ideia fixa, um alvo para o qual caminhava. Não desdenhava quaisquer Tipos textuais – a descrição: elementos, estrutura e gêneros136 meios para chegar mais depressa aos fins; aceitava, sem examinar, qualquer caminho, desde que lhe parecesse mais curto; tudo servia, tudo era bom, contanto que o levasse mais rapidamente ao ponto desejado: enriquecer. Quanto à figura, repugnante: magro e macilento, um tanto baixo, um tanto curvado, pouca barba, testa curta e olhos fundos. O uso constante dos chinelos de trança fizera-lhe os pés monstruosos e chatos; quando ele andava, lançava-os desairosamente para os lados, como o movimento dos palmípedes nadando. Nesse trecho, você pode observar que há características, partes ou elementos da personagem Dias fundidas a uma expressão dos sentimentos, afetividade e estados psicológicos daquele que diz. Você pode verificar isso, por exemplo, quando o narrador chama a figura de “repugnante”. Além disso, o objeto é descrito da forma como ele é visto e sentido: “do desprezo do próprio corpo, na taciturnidade paciente aquela exagerada economia” e “um ovo choco que mal denunciava na casca a podridão interior”. Desse modo, não havendo preocupação com detalhes exatos do que é descrito, e sim com a transmissão da impressão que se quer causar, há aqui uma descrição subjetiva. No que concerne à descrição estática, que explica como são objetos e seres, observe o exemplo a seguir. Homens Invisíveis, de Leonencio Nossa (2007, p. 15): Quando os homens entram na aldeia, há inúmeros potes de cerâmica espalhados por todo o terreiro. Muitos deles estão cheios de uma bebida fermentada, à base de mandioca; outros contém frutos da floresta, como açaí, patauá e buriti. (...) Papumpa vê cerâmicas tão bem feitas quanto as das mulheres marubos mais habilidosas. As panelas e os potes produzidos por elas sempre foram famosos no Amazonas. Agora, leia o exemplo a seguir.101 Dias em Bagdá, de Asne Seierstad (2006, p. 223) Vamos ao centro de imprensa para saber se há alguma novidade. Quando entramos no estacionamento, vemos que todos os membros do centro de imprensa correm em direção ao Tigre. Ouvem-se disparos de me- tralhadora ao longe e nos apressamos em seguir com nossos colegas. Os disparos atingem a superfície da água e o rio engole as balas. Cinco barcos patrulham a margem, os soldados procuram entre os juncos e tentam fazer marola para dificultar que alguém se esconda na água. O alarme soa; sabe-se que um helicóptero norte-americano foi atingido e137Tipos textuais – a descrição: elementos, estrutura e gêneros que os pilotos pularam de paraquedas. A história do piloto abatido tinha se transferido da escola secundária de Al-Kindi para a margem do rio, perto do Ministério da Informação. Note que nesse trecho há uma descrição em movimento, sendo uma des- crição dinâmica. Ela caracteriza movimentos, eventos, como uma dança, uma tempestade, uma festa, dizendo como são. Nesse caso, se descreve um tiroteio. Quanto à distinção entre a comentadora e a narradora, se entende que os exemplos anteriores são de espécie narradora. Eles se referem sempre a um exem- plar único do elemento descrito, como um acontecimento, ser, coisa, objeto, etc. Observe o trecho a seguir. Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antonio de Almeida (2013): As chamadas baianas não usavam vestidos; traziam somente umas poucas saias presas à cintura, e que chegavam pouco abaixo do meio da perna, todas elas ornadas de magníficas rendas; da cintura para cima traziam uma finíssima camisa, cuja gola e manga eram também ornadas de renda; ao pescoço punham um cordão de ouro, um colar de corais, os mais pobres eram de miçangas; ornavam a cabeça com uma espécie de turbante a que davam o nome de trunfas, formado por um grande laço branco muito teso e engomado; calçavam uma chinelas de salto alto e tão pequenas que apenas continham os dedos dos pés, ficando de fora todo o calcanhar; e, além de tudo isto, envolviam-se graciosamente em uma capa de pano preto, deixando de fora os braços ornados de argolas de metal simulando pulseiras. Esse excerto trata-se de uma descrição em geral objetiva. Afinal, traz muitas descrições físicas e externas. Também é uma descrição de espécie comentadora, pois está descrevendo uma classe, que é a das baianas. Você pode aprender mais sobre o texto descritivo no cotidiano no link a seguir (PRAZERES; CAVALCANTE, 2007): https://goo.gl/LpjvEn Tipos textuais – a descrição: elementos, estrutura e gêneros138 ALEXANDRE, A. R. C. O processo de escrita de textos descritivos. Setúbal: IPS, 2015. ALMEIDA, M. A. Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Penguin Companhia das Letras, 2013. AZEVEDO, A. O mulato. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2012. Disponí- vel em: <https://issuu.com/leialiteratura/docs/o_mulato>. Acesso em: 24 out. 2017. BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Barcelona: Sol 90, 2004. BRONCKART, J. Atividades de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo. São Paulo: EDUC, 1999. FÉRIAS BRASIL. Chapada dos Guimarães. [S.l.], c2000-2017. Disponível em: <https:// www.feriasbrasil.com.br/mt/chapadadosguimaraes/>. Acesso em: 25 out. 2017. GILBERT, E. Comer, rezar, amar. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P.; MA- CHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros textuais e ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003. NOSSA, L. Homens invisíveis. Rio de Janeiro: Record, 2007. PRAZERES, J. A.; CAVALCANTE, M. C. B. Os gêneros que compões o texto descritivo no jornal. In: ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 10., 2007, João Pessoa. Anais... João Pessoa: UFPB, 2007. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/IXEnex/iniciacao/ documentos/anais/4.EDUCACAO/4CCHLADLCVMT07.pdf>. Acesso em: 25 out. 2017. SEIERSTAD, A. 101 dias em Bagdá. Rio de Janeiro: Record, 2006. TIO ZEZÉ. Relatórios descritivos desempenho avaliação do aluno alfabetização ed infantil ens fundamental. [S.l.]: Portal Escolar, 2014. Disponível em: <http://www.portalescolar. net/2014/05/relatorios-descritivos-desempenho.html>. Acesso em: 24 out. 2017. TRAVAGLIA, L. C. A caracterização de categorias de texto: tipos, gêneros e espécies. Alfa, São Paulo, v. 51, n. 1, p. 39-79, 2007. Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/ alfa/article/viewFile/1426/1127>. Acesso em: 24 out. 2017. VILELA, M.; KOCH, I. G. V. Gramática da língua portuguesa: gramática da palavra, gra- mática da frase, gramática do texto/discurso. Coimbra: Almedina, 2001. 139Tipos textuais – a descrição: elementos, estrutura e gêneros DICA DO PROFESSOR Assista ao vídeo a seguir referente à descrição: sua definição e características. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Ao descrever o Raimundo, no trecho a seguir, Machado de Assis explora: "Chamava- se Raimundo este pequeno e era mole, aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter aquilo que a outros levavam apenas trinta ou cinquenta minutos; vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. Reunia a isso um grande medo ao pai. Era uma criança fina, pálida, cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes. O mestre era mais severo com ele do que conosco." A) Somente a descrição física, para que o leitor reproduza a imagem do personagem. B) Somente a descrição subjetiva, para que o leitor tenha uma percepção clara dos aspectos psicológicos do personagem. C) Tanto a descrição física quanto a psicológica, para que o leitor construa uma ideia integral do personagem. D) Não utiliza a descrição objetiva. E) Não utiliza a descrição subjetiva. "A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada, com uma portinha pequena. Logo à entrada, um cheiro mole e salobro enojou-a. A escada, de degraus gastos, 2) subia ingrememente, apertada entre paredes onde a cal caía, e a umidade fizera nódoas. No patamar da sobreloja, uma janela com um gradeadozinho de arame, parda do pó acumulado, coberta de teias de aranha, coava a luz suja do saguão. E por trás de uma portinha, ao lado, sentia-se o ranger de um berço, o chorar doloroso de uma criança." (Eça de Queirós) Observando-se os recursos de estilo presentes na composição desse trecho do livro "O primo Basílio", é correto afirmar que: A) A ausência de adjetivos confere objetividade ao espaço descrito. B) O autor conduz o leitor pelo olhar do personagem que sai da carruagem. C) Há um monólogo no texto que propicia a identificação do espaço descrito. D) Há predominância de adjetivação subjetiva no texto, aguçando a percepção do leitor. E) O autor se abstém de explorar os detalhes, para que o leitor tenha liberdade de construir o sentido para o texto. A partir da descrição do autorretrato, assinale o sentimento que NÃO é possível ser identificado no eu-lírico do poema de Cecília Meireles. Retrato Eu não tinha esse rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, 3) tão simples, tão certa, tão fácil: - Em que espelho ficou perdida a minha face? A) Melancolia. B) Angústia. C) Amargura. D) Culpa. E) Depressão. A adjetivação foi usada como recurso na descrição do anúncio da Avon que segue. Marque o item que NÃO condiz com as finalidades do autor do texto: 4) A) Nomear o produto. B) Qualificar o produto. C) Quantificar e precificar o produto. D) Identificar o produto. E) Localizar o produto. Qual item apresenta uma opção falsa quanto às finalidades da “Social imóveis” ao utilizar a descrição no anúncio publicitário? 5) A) Promover a ação do cliente. B) Persuadir o cliente. C) Localizar o imóvel. D) Precificar o imóvel. E) Identificar o imóvel. NA PRÁTICA A partir dos conhecimentos adquiridos sobre o texto descritivo, veja uma situação onde ele se faz presente em nosso dia a dia. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Tipos de Gêneros Textuais: Quais São, Elementos e Exemplos Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! OS GÊNEROS QUE COMPÕEM O TEXTO DESCRITIVO NO JORNAL Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Leitor e leituras: considerações sobre gêneros textuais e construçãode sentidos Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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