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Líquido Céfalorraquidiano Secreção: O líquido cerebrospinal é secretado nos ventrículos e flui por todo o espaço subaracnóideo, onde acolchoa o sistema nervoso central. O plexo coroide transporta íons e nutrientes do sangue para o líquido cerebrospinal. Produzido em maior quantidade pelos ventrículos laterais e pelo quarto ventrículo. É secretado aproximadamente 150ml desse líquido, com renovação a cada 8 horas. PIC - Pressão Intra Craniana - precisa manter um equilíbrio entre a sua produção e a sua absorção/eliminação próximo a 10mmHg ou 130 mm de água (ainda, em uma pessoa normal a PIC pode variar de 65-195mmHg). Reabsorção: O líquido cerebrospinal é reabsorvido pelo sangue por projeções digitiformes da membrana aracnoide, chamadas de vilosidades O LCR, sob condições normais, é límpido, isotônico, contendo pouca quantidade de proteínas, variando entre 15 e 45%, particularmente em função da idade, demonstrando uma tendência à elevação com o decorrer das décadas, e na dependência da região de punção, sendo mais elevada na região lombar. Pequena quantidade e outras substâncias como açúcar, cálcio, potássio, sódio, clorido, nitrogênio e colesterol podem ser observadas normalmente. As células do LCR são principalmente mononucleadas, sendo linfócitos e monócitos. A composição isotônica sugere que o LCR não é um ultra-filtrado do sangue, mas sim produzido através de processos ativos pelo epitélio do plexo corióide, localizados dentro dos ventrículos cerebrais. O LCR tem como funções principais a proteção tanto mecânica, funcionando como um coxim protetor, amortecendo os impactos sofridos pelo cérebro em conseqüência de forças aplicadas na calota craniana, como bioquímica, através da remoção de metabólitos e manutenção da homeostase. Funções: Uma das principais funções do Líquido Céfalorraquidiano é proteger o cérebro no interior de sua caixa óssea. O cérebro e o líquido tem mais ou menos, a mesma gravidade específica, de forma que o cérebro flutua no líquido. Por isso, um soco na cabeça, se não for muito intenso, movimenta em conjunto o cérebro e o crânio, fazendo com que nenhuma parte do cérebro seja momentaneamente distorcida pelo soco. Clinicamente, uma amostra do LCS é considerada um indicador do ambiente químico do encéfalo. Este procedimento de amostragem, chamado de punção lombar, geralmente é feito retirando líquido do espaço subaracnóideo entre as vértebras, na extremidade inferior da medula espinal. A presença de proteínas ou células sanguíneas no LCS sugere uma infecção. O plexo corióide são ricos novelos de capilares sangüíneos cercados por epitélio cubóide ou colunar, localizados nos ventrículos laterais, III e IV, importantes para a manutenção da homeostase do sistema nervoso, sendo responsáveis pela formação do LCR, provendo um suprimento constante de ions e nutrientes necessários para função cerebral normal Plexo Corióide Os plexos corióides apresentam em sua superfície um grande número de pequenas formações, derivadas de células da pia-máter, as vilosidades corióideas, que são as unidades funcionais deste órgão. Cada vilosidade é revestida por uma camada simples do epitélio cubóide, derivada do epêndima, e apresenta em sua parte central um capilar que está envolvido por uma pequena formação de tecido frouxo. Entre as células epiteliais e a parede endotelial do capilar central há um pequeno espaço intersticial, onde se encontram fibroblastos e fibras colágenas. As microvilosidades em sua membrana apical bem como tufos de cílios e as suas membranas basal e lateral são pregueadas O plexo corióide produz cerca de 90% do LCR, em uma frequência de aproximadamente quatro milímetros por minuto, sendo necessário de três a quatro horas para renovar o volume total de LCR em adultos humanos, utilizando como principal mecanismo o transporte ativo. O LCR do sistema ventricular comunica-se com o espaço subaracnóideo ao nível do quarto ventrículo, na região da cisterna Magna, através das aberturas laterais de Luschka e mediana de Mangedie. O espaço subaracnóideo é o espaço existente entre a superfície interna da aracnóide e externa da pia-máter. Este espaço varia muito em profundidade, pois a pia-máter encontra-se intimamente aderida ao encéfalo e medula espinhal, penetrando e modelando seus sulcos e fissuras, enquanto a aracnóide acompanha o contorno do sistema nervoso central, passando sobre estes sulcos e fissuras sob forma de ponte. Ao nível dos giros cerebrais há apenas uma camada muito delgada de LCR, porém ela é maior ao nível dos sulcos e fissuras, e ainda mais ampla na base do encéfalo formando um alargamento do espaço subaracnóideo, ao qual se dá o nome de cisterna. Espaço Subaracnóideo Granulações aracnóideas são pequenas projeções da aracnóide que penetram no interior da dura-máter, presentes na região dos seios venosos, particularmente ao nível do seio venoso sagital, responsáveis pela absorção do LCR, por processos ainda não completamente conhecidos. As granulações aracnóideas foram inicialmente descritas somente em relação aos grandes seios venosos intracranianos, posteriormente sua existência foi observada também em relação às veias do plexo venoso profundo vertebral interno, ao nível do fundo de saco que a aracnóide forma no ponto de saída. Granulações Aracnóideas Terminações de veias e artérias que adentram o tecido cerebral e carregam consigo uma camada de pia-máter. Adesão frouxa entre a pia-máter e o vaso penetrante. Seguem tanto as artérias quanto veias e vai até onde as arteríolas vão. Espaços Perivasculares O cérebro flutua no líquido cerebrospinal O líquido cerebrospinal (LCS) é uma solução salina secretada continuamente pelo plexo coroide, uma região especializada nas paredes dos ventrículos. O plexo coroide é muito similar ao tecido renal e consiste em capilares e um epitélio de transporte derivado do epêndima. As células do plexo coroide bombeiam seletivamente sódio e outros solutos do plasma para dentro dos ventrículos, criando um gradiente osmótico que puxa água junto com os solutos. O líquido cerebrospinal flui dos ventrículos para dentro do espaço subaracnóideo, entre a pia-máter e a aracnoide, envolvendo todo o encéfalo e a medula espinal com o líquido. O líquido cerebrospinal flui ao redor do tecido neural e, por fim, é absorvido de volta para o sangue por vilosidades especializadas na membrana aracnoide, dentro do crânio. A taxa de fluxo do líquido cerebrospinal no SNC é suficiente para renovar todo o seu volume cerca de três vezes ao dia. O LCS serve a duas funções: proteção física e proteção química. O encéfalo e a medula espinal flutuam na delgada camada de líquido entre as membranas. A flutuabilidade do LCS reduz o peso do encéfalo em cerca de 30 vezes. Menos peso implica menos pressão sobre os vasos sanguíneos e os nervos conectados ao SNC. O líquido cerebrospinal também promove proteção por amortecimento. Quando ocorre um choque na cabeça, o LCS deve ser comprimido antes que o encéfalo bata na parte interna do crânio. Entretanto, a água é minimamente compressível, o que ajuda o LCS a acolchoar o encéfalo. Como exemplo do poder de proteção do LCS, agite um pedaço de queijo tofu (representando o encéfalo) em uma jarra vazia. Depois agite outro pedaço de tofu em uma jarra completamente cheia de água para ver como o LCS protege o encéfalo. GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed., 2017. SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017.
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