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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS - CCE DEPARTAMENTO DE QUÍMICA QUÍMICA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DETERMINAÇÃO DE UMIDADE DOS ALIMENTOS ANDRESSA MAYUMI TAKAHASHI R.A.: 80106 GEOVANA ROMANELLI BOSO R.A.: 109382 MARIA EDUARDA VIEIRA DE SOUZA R.A.: 109371 MARIA HELOÍSA MOCHI GONÇALVES R.A.: 103814 MARCOS MACIEL CANDIDO R.A.: 78570 DOCENTE: OSCAR DE O.S. JUNIOR 14 de Fevereiro de 2022 Maringá- PR 1. INTRODUÇÃO A determinação de umidade é uma das medidas mais importantes e utilizadas na análise de alimentos. A umidade de um alimento está relacionada com sua estabilidade, qualidade e composição, sendo um indicativo de sua durabilidade, uma vez que alimentos com alta umidade podem se deteriorar mais rápido que aqueles de baixa umidade. Além disso, é considerado padrão de qualidade por muitas indústrias e laboratórios de análise de alimentos. 2. OBJETIVO Determinar os teores de umidade em amostra de alimentos. 3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ● Amostra: Leite em pó ● Cadinho ● Dessecador ● Estufa ● Infravermelho ● Balança analitica ● Espátula 4. PROCEDIMENTO Inicialmente, foram divididos em três equipes para a realização do experimento, em que cada equipe escolheu um cadinho para realizar a atividade. O cadinho escolhido pela equipe deste relatório foi o cadinho de número quatro. Realizou-se então a pesagem dos cadinhos previamente calcinados em mufla a 450°C por 2 horas, seguido pela pesagem de aproximadamente 2g de amostra homogeneizada. Com a amostra pesada, transferiu-se para uma estufa a 85°C por 2 horas. O material foi então dessecado até atingir a temperatura ambiente, seguido de uma nova pesagem. Em seguida, o material retornou a estufa novamente por mais 30 minutos para que fosse verificado uma massa constante, ou seja, sem água. A análise também foi realizada a partir de um analisador de umidade por infravermelho partindo de uma amostra homogeneizada. Pesou-se aproximadamente 0,5g de amostra em balança previamente tarada, seguido dos procedimentos específicos do equipamento para realização da análise (ON, THERM, MEASURE, PRO 01, PRINT YES, WAIT, READY). 5. RESULTADO E DISCUSSÃO 5.1. Determinação da Umidade Os resultados obtidos do peso de cada amostra antes do experimento, bem como o peso das mesmas durante a realização do aquecimento infravermelho estão expressos na Tabela 1. 1. Tabela Pesagem dos Cadinhos EQUIPE CADINHO + AMOSTRA AMOSTRA AMOSTRA SECA 1 52.8479g 2.0028g 0.0732g 2 55.5498g 2.0034g 0.0732g 3 33.6496g 2.0069g 0.07190 A partir desses resultados foi possível determinar a porcentagem de umidade nas amostras para cada equipe. O cálculo da umidade é dado pela seguinte equação: % 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = [1 − ( 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜 + 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 ú𝑚𝑖𝑑𝑎) − (𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜 + 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎) (𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜 − 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 ú𝑚𝑖𝑑𝑎) − (𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜) ] × 100 Amostra Equipe 1 % 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = [1 − (54.8507𝑔) − (52.9211𝑔) (54.8507𝑔) − (52.8479) ] × 100 = 3, 65% Amostra Equipe 2 % 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = [1 − (57.5532𝑔) − (55.623𝑔) (57.5532𝑔) − (55.5498𝑔) ] × 100 = 3, 65% Amostra Equipe 3 % 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = [1 − (35.6565) − (33.7215𝑔) (35.6565) − 33.6496𝑔) ] × 100 = 3, 58% 5.3. Determinação da Umidade por Infravermelho Foram adicionados 0,502g de amostra no equipamento que atingiu temperatura de 104,84°C e apresentou um resultado de umidade de 4,61%. Na Tabela 2, está apresentado a porcentagem de umidade por infravermelho para cada equipe. 2. Porcentagem de Umidade para Equipe EQUIPE PORCENTAGEM DE UMIDADE 1 4,61 2 4,37 3 4,02 Média 4,32 É possível verificar que na média da umidade por infravermelho há um erro de aproximadamente 19% quando comparado com a média da umidade nas três equipes (média aproximada de 3,63%) na determinação padronizada pela norma estabelecido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pelo Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade (RTIQ). Essa metodologia padronizada apresenta uma vantagem por seus resultados bastante confiáveis, entretanto tem como inconveniente o tempo excessivo para obtenção desse índice físico. O processo de secagem por infravermelho apresenta diversas vantagens, como a redução do tempo de processamento e dos custos de energia, não requerer contato com o material, com a radiação infravermelha podendo ser direcionada para aumentar a intensidade do aquecimento e pode ser utilizado em combinação com secagem por convecção, condução e micro-ondas, e ainda ser associado com operações à vácuo para a remoção da água evaporada. Apesar das vantagens, o processo não é exato, como é possível observar no erro ao comparar com método padronizado, todavia é um bom parâmetro para análises rápidas. 6. CONCLUSÃO Os resultados experimentais mostram que as amostras estão dentro da faixa permitida pelas normas brasileiras, o que indica um processamento e armazenamento adequado conforme a legislação, assim como os métodos de determinação de umidade utilizados, sendo eficazes, precisos e/ou rápidos. É necessário salientar, ainda, o problema de risco à saúde do operador devido à presença de radiação infravermelha durante a operação do equipamento. 7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AMORIM, L.; CAZADINI CARLOS, M.; MEDEIROS MARCOLANO THEBAS, A. PRÁTICA MEDINDO O TEOR DE UMIDADE DE ALIMENTOS. Revista Univap, [S. l.], v. 22, n. 40, p. 635, 2017. DOI: 10.18066/revistaunivap.v22i40.1322. Disponível em: https://revista.univap.br/index.php/revistaunivap/article/view/1322. Acesso em: 13 fev. 2022. RASCHEN, MATHEUS RAFAEL ET AL. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE EM GRÃOS EMPREGANDO RADIAÇÃO MICRO-ONDAS. CIÊNCIA RURAL [online]. 2014, v. 44, n. 5 [Acessado 13 Fevereiro 2022] , pp. 925-930. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-84782014000500026>. Epub 22 Abr 2014. ISSN 1678-4596. https://doi.org/10.1590/S0103-84782014000500026.
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