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O ensino de gramática APRESENTAÇÃO Como professores e profissionais da linguagem, estamos sempre buscando entrar em contato com propostas de atividades que deram certo, não é mesmo? Uma das grandes dúvidas dos professores, inegavelmente, tem sido como trabalhar com a reflexão linguística dentro de projetos de aprendizagem. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a reformulação nas concepções de ensino de gramática na aula de Língua Portuguesa. Também será discutido como o ensino da gramática é associado ao ensino da leitura e da escrita, contribuindo na ampliação da participação dos alunos em diferentes práticas de letramento. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a importância do ensino de gramática nas aulas de língua.• Diferenciar o ensino de gramática tradicional do ensino de gramática contextualizado.• Analisar o ensino de gramática a partir de uma aula de língua centrada no texto.• DESAFIO Você começou a trabalhar em uma escola que ainda associa a aula de português com o ensino da Gramática Normativa descontextualizada da linguagem em uso. No programa da disciplina, a progressão é feita por conteúdos gramaticais: classes de palavras, tempos verbais, etc. O elemento central da aula é a palavra ou a frase, não contemplando o trabalho com gêneros do discurso. Você não se sente confortável em trabalhar com essa abordagem, pois entende que ela não ajuda os alunos a lerem e escreverem melhor, ou seja, não alarga seus repertórios de letramento. Qual trabalho você pode desenvolver para convencer seus coordenadores de que uma abordagem voltada ao ensino da leitura e escrita é mais eficaz? INFOGRÁFICO Neste infográfico, você encontra 10 passos para o ensino de gramática de forma contextualizada e significativa. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! CONTEÚDO DO LIVRO Os momentos de parada para a reflexão linguística são essenciais para que nossos alunos aumentem seu repertório na sua língua materna. Leia o capítulo O Ensino de Gramática da obra Linguística aplicada ao ensino do português para saber mais sobre o assunto. Boa leitura! LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO DO PORTUGUÊS Juliana Battisti Bibiana Cardoso da Silva Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 B336l Battisti, Juliana. Linguística aplicada ao ensino do português / Juliana Battisti, Bibiana Cardoso da Silva. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. 157 p. : il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-062-7 1. Linguística aplicada. I. Silva, Bibiana Cardoso da. II. Título. CDU 81’33 Linguistica_Aplicada_Iniciais_Impressa.indd 2 10/03/2017 13:13:36 O ensino de gramática Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: n Reconhecer a importância do ensino de gramática nas aulas de língua. n Diferenciar o ensino de gramática tradicional do ensino de gramática contextualizado. n Analisar o ensino de gramática a partir de uma aula de língua centrada no texto. Introdução Como professores e profissionais da linguagem, estamos sempre bus- cando entrar em contato com propostas de atividades que deram certo, não é mesmo? Uma das grandes dúvidas dos professores, inegavelmente, tem sido como trabalhar com a reflexão linguística dentro de projetos de aprendizagem. Neste texto, você vai estudar sobre a reformulação nas concepções de ensino de gramática na aula de Língua Portuguesa. Também vamos discutir como o ensino da gramática é associado ao ensino da leitura e da escrita, contribuindo na ampliação da participação dos alunos em diferentes práticas de letramento. A aula de gramática O que signifi ca ensinar gramática na aula de Língua Portuguesa (LP)? Qual a importância desses momentos de refl exão linguística dentro do ensino de LP? Quando falamos em aula de línguas, a aula de gramática carrega um grande estigma, ela é associada com um momento difícil, chato e que faz pouquíssimo sentido para os alunos. Lembramos logo daquelas aulas intermináveis sobre orações coordenadas e subordinadas, sobre todos aqueles nomes que nunca Linguistica_Aplicada_U4_C01.indd 127 10/03/2017 10:05:21 conseguimos memorizar e chegamos à seguinte conclusão: “como português é difícil!”. Evidentemente, o difícil não é a língua portuguesa em si, mas a encomenda, sem sentido algum, de memorizarmos tantas nomenclaturas gramaticais. Se pensarmos que o objetivo da aula de LP é formar sujeitos capazes de ler e produzir textos de gêneros do discurso variados, atuando socialmente em diferentes situações da esfera pública e privada, logo chegamos à conclusão de que as aulas de gramática focadas no ensino de nomenclaturas não são eficientes nesse sentido. Faraco (2006) refere-se a essa abordagem de ensino como “gramatiquismo”, isto é, o ensino descontextualizado da gramática e a insistência de colocarmos a gramática como centro da aula de LP, como se a língua existisse em função da gramática e não vice-versa. Esse movimento para que as aulas de LP se tornassem menos “gra- matiquentas” gerou um desconforto muito grande entre os professores da área. Afinal, estamos simplesmente tirando o objeto central da aula de LP e deixando a questão: se não é mais pra ensinar gramática, é pra ensinar o quê? A resposta a essa pergunta vem da concepção de linguagem que subjaz a nossa perspectiva de ensino de línguas: se entendemos que a língua é dialógica, ou seja, se faz na e pela interação, não faz nenhum sentido estudá- -la como se fosse um objeto estático, como se existisse apenas uma forma “correta” de usá-la. Ao tirarmos a gramática normativa do centro da nossa aula, nosso objeto central torna-se a linguagem em uso. Então temos uma nova questão: sabemos ensinar a gramática, mas como ensinar a linguagem em uso? Partindo de muitos estudos na área de Linguística Aplicada que propõem uma reflexão sobre as práticas de ensino de LP, a resposta a essa pergunta é o texto. Quando o objeto das nossas aulas deixa de limitar-se ao estudo de frases descontextualizadas com o único objetivo de classificação gramatical para olharmos para textos autênticos que circulam no mundo real, nosso olhar vira-se para a linguagem em uso. Neste contexto, quando falamos em textos autênticos estamos nos referindo a textos que não foram adaptados para o uso em sala de aula, ou seja, não passaram por um processo de “pedagogização”. Eles são textos que circulam em esferas sociais e são trazidos para sala de aula, mantendo seu formato e seu suporte, para discussão sobre a temática e o gênero do discurso. Linguística aplicada ao ensino do português128 Linguistica_Aplicada_U4_C01.indd 128 10/03/2017 10:05:22 O texto serve como ponto de partida e ponto de chegada da aula de Língua Portuguesa. Isso significa que partimos do texto para discussão sobre a temá- tica e reflexão sobre sua forma e funções sociais para chegar a uma atitude responsiva que também se apresenta através do texto – escrito ou oral. E onde entra a gramática nessa história? Ela entra no momento de reflexão linguística sobre o texto, tanto os textos motivadores trazidos para as discussões, quanto os textos produzidos pelos nossos alunos. Um de nossos objetivos como professores de português é a formação de sujeitos-autores capazes de circular em diferentes esferas de letramento e participar do mundo através da leitura e produção de textos. Assim como qualquer autor que planeja tornar seu texto público, o texto do aluno também precisa passar por etapas de reescrita. Uma dessas etapas está relacionada com a reflexão sobre os recursos linguísticos utilizados no texto. A aula de gramática é um momento de discussão das primeiras versões dos textos e um encaminhamento para a reescrita e a produção da versão final a ser publicada. Para sabermos quais recursos linguísticos são relevantes de serem tra- zidos para uma discussão em aula, é importante que tenhamos um olharmuito atento aos textos produzidos pelos nossos alunos. Se percebermos uma recorrência de problemas com o uso de conjunções, por exemplo, e isso está atrapalhando o entendimento do leitor, é interessante termos um momento em aula para falarmos sobre isso. Uma sugestão é trazer o texto dos próprios alunos (impressos ou projetá-los) para que possa ser realizada uma análise conjunta e uma sessão de sugestões para melhoria do texto. A partir dessa aula de gramática, contextualizada e significativa, os alunos trabalharão na reescrita dos seus textos, sendo avaliados também pelo uso desses recursos linguísticos estudados em aula. O trabalho com a variação linguística em sala de aula está diretamente relacionado ao ensino da gramática, entendida nesse contexto como o ensino da norma padrão. É importante que os alunos percebam que a variedade padrão é a mais adequada em certos gêneros do discurso, portanto é importante que eles saibam usá-la. As redações dos vestibulares e do ENEM, por exemplo, exigem que os alunos usem a norma padrão do português na sua composição. No contexto escolar, tanto nas tarefas de produção escrita quanto nas tarefas de produção oral, os professores cobram o uso da variedade padrão, pois a escola é um espaço no qual os alunos podem apropriar-se dessa variedade. 129O ensino de gramática Linguistica_Aplicada_U4_C01.indd 129 10/03/2017 10:05:22 Percebe-se, nessa metodologia descrita acima, um movimento diferente com relação à gramática. As unidades didáticas não são organizadas pelos recursos linguísticos, mas eles vão surgindo a serviço da língua, normalmente relacionados aos gêneros do discurso presentes naquela unidade. Dessa ma- neira, a gramática deixa de ser um bicho de sete cabeças para se tornar uma ferramenta útil no processo de tornarmos nossa interlocução mais clara e atingirmos nossos objetivos comunicativos de maneira plena. Isso significa que não vamos deixar de ensinar gramática, mas vamos repensar o espaço que ela ocupa em nossas aulas de Língua Portuguesa. A aula de LP precisa ser repensada para que possamos de fato ampliar o repertório de letramentos de nossos alunos e para que tenhamos alunos capazes de se comunicar em diferentes contextos de uso da linguagem. Para saber mais sobre essa concepção de ensino de gramática, veja como modelo a proposta de gramática do linguista Marcos Bagno (2012): Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. O ensino de gramática e as tarefas de leitura Uma etapa importante no planejamento das unidades didáticas são as tarefas de leitura, pois é através dessas tarefas que os alunos conhecem diferentes gêneros do discurso e têm a oportunidade de refl etir sobre diferentes temáticas e sobre o uso da linguagem. Se pensarmos na sequência da unidade didática, as atividades de leitura e refl exão linguística aparecem após a leitura do texto e motivam a atitude responsiva dos alunos através da produção de seus próprios textos. Veja a Figura 1. Linguística aplicada ao ensino do português130 Linguistica_Aplicada_U4_C01.indd 130 10/03/2017 10:05:22 Figura 1. Sequência da unidade didática. As atividades de leitura e ref lexão linguística envolvem questões de estudos do texto e da linguagem. Os alunos precisam analisar a função do texto, seus interlocutores, o suporte (onde você pode encontrar esse texto) e as características do gênero. Além disso, o professor pode propor atividades de reflexão linguística. Essas atividades são fundamentais no alargamento do repertório dos alunos e são uma parte importante na aula de língua portuguesa. O exemplo abaixo, retirado do Caderno do Aluno de 5º e 6º anos do EF do material Lições do Rio Grande (FILIPOUSKI; MARCHI; SIMÕES, 2009), mostra como esse trabalho com a gramática é feito a partir do texto. 131O ensino de gramática Linguistica_Aplicada_U4_C01.indd 131 10/03/2017 10:05:22 Leia o texto abaixo sobre a Magali e numere as linhas. No texto do exercício anterior, quais dos seguintes pronomes falam de Magali? a) sua – na linha 3 b) ela – na linha 4 c) seu – na linha 8 Na linha 7, está a frase: Continua sendo aquela amiga supercarinhosa que adora gatos. De quem fala essa frase? Como você sabe? Agora leia o texto abaixo, sobre o Cascão, e numere as linhas. Quais das seguintes expressões falam de Cascão? a) seus – na linha 3 b) ele – na linha 4 c) ele – na linha 5 d) dele – na linha 8 e) seu – na linha 8 No início do texto, aparece a frase: É um garoto muito descolado, que adora praticar esportes. De quem fala essa frase? Como você sabe? Note que nas frases Continua sendo aquela amiga supercarinhosa que adora gatos e É um garoto muito descolado, que adora praticar esportes, o verbo aparece no início da frase, com letra maiúscula, sem pronome nenhum. Isso acontece porque já ficou tão claro no texto de quem se está falando que não é mais preciso colocar nada! Fonte: Filipouski, Marchi e Simões (2009, p. 26-27). Linguística aplicada ao ensino do português132 Linguistica_Aplicada_U4_C01.indd 132 10/03/2017 10:05:24 Como podemos observar no exemplo acima, o trabalho com o conte- údo gramatical, uso dos pronomes, é feito a partir dos textos. Os textos são biografias de personagens da Turma da Mônica. No gênero textual biografia há uma tendência de repetirmos o nome da pessoa de quem estamos falando. Para evitar a repetição, é fundamental sabermos usar os pronomes adequadamente e também saber em que momentos podemos omiti-los. Acreditamos que a melhor maneira de fazer os alunos entenderem as funções dos pronomes é vê-los em uso, como é feito nessa atividade de reflexão linguística. O ensino de gramática e as tarefas de produção escrita Na seção anterior, apresentamos as etapas de uma unidade didática com foco no texto. Vimos que as aulas de gramática aparecem conectadas com as tarefas de leitura. Na verdade, faz pouco sentido falarmos em aula de gramática, podemos pensar em aulas de estudo do texto, que envolvem aula de interpretação, análise do texto e refl exão linguística. Olhar atentamente para o texto é uma tarefa importante na aula de Língua Portuguesa. A leitura feita na aula difere-se de uma leitura que fazemos em outras situações sociais, pois olhamos o texto com olhos atentos tanto na função do texto quanto na forma. Certamente o foco principal é no sentido e na função dialógica do texto. Contudo, a análise da forma é fundamental na formação de alunos atentos à linguagem. Como atitude responsiva à leitura dos textos, os alunos podem produzir novos textos, colocando em prática as novas aprendizagens. Por exemplo, no caso da unidade apresentada na seção anterior, após lerem as biografias dos personagens Magali e Cascão, os alunos deveriam escrever as biografias do Cebolinha e da Mônica. A encomenda dizia o seguinte (FILIPOUSKI; MARCHI; SIMÕES, 2009): Agora que você já leu as histórias da Mônica e do Cebolinha, faça uma pequena descrição de cada um dos personagens, parecida com as que você leu sobre a Magali e o Cascão. Lembre-se: você não precisa repetir o nome da Mônica e do Cebolinha o tempo todo. Substitua, na continuação de seu texto, os nomes deles por pronomes ou, se você já tiver dito várias coisas sobre eles, simplesmente diga direto o que você tem a dizer, sem precisar mais mencionar de quem você está falando. Podemos perceber, pela leitura da instrução, que os alunos devem estar atentos ao novo elemento gramatical que estudaram em aula. É importante que os 133O ensino de gramática Linguistica_Aplicada_U4_C01.indd 133 10/03/2017 10:05:24 alunos saibam que, após o estudo desse novo elemento, isso será incluído como critério na grade de avaliação de seus textos. Na grade, isso pode aparecer em itens como o texto utiliza pronomes para substituir os nomes dos personagens e os pronomes utilizados no texto são compreensíveis: é possível saber de quem se está falando. Após a escrita da primeira versão do texto, o professor pode avaliar se os alunos fizeram uso,de maneira eficiente, do novo recurso aprendido para tornar seus textos melhores. A partir da leitura dessas primeiras versões, o professor vai identificar quais são os problemas de gramática que precisam ser retomados com os alunos. Talvez seja necessário aprofundar o trabalho com os pronomes caso os alunos ainda apresentem dificuldade em usá-los. Nesse caso, podemos partir dos próprios textos dos alunos para discutir em quais situações eles poderiam usar a substituição por pronomes. Se aparecerem outras questões relevantes, o professor pode planejar novas aulas de reflexão linguística para tratar desses casos específicos. A partir dessas aulas baseadas nas produções dos alunos, eles terão a opor- tunidade de reescrever seus textos, prestando maior atenção nesses elementos que apresentavam dificuldade. O objetivo é que esses textos sejam reescritos até que se tornem publicáveis em algum suporte no qual os textos tenham reais interlocutores. Assim como em outras esferas, os textos precisam passar por revisão antes de serem publicados. Com essa discussão, procuramos mostrar como a gramática é entendida e trabalhada dentro dessa abordagem que coloca o texto como elemento central da aula de língua portuguesa. Ela está a serviço do uso da linguagem e auxilia na leitura e na produção de textos. As atividades de reflexão linguística são contextualizadas e fazem sentido dentro da discussão dos textos e dos gêneros do discurso. Linguística aplicada ao ensino do português134 Linguistica_Aplicada_U4_C01.indd 134 10/03/2017 10:05:25 BAGNO, M. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2012. FARACO, C. A. Ensinar x não ensinar gramática: ainda cabe essa questão? Calidoscópio, São Paulo, v. 4, n. 1, 2006. FILIPOUSKI, A.; MARCHI, D.; SIMÕES, L. Lições do Rio Grande: caderno do aluno - 5ª e 6ª séries Ensino Fundamental. In: RIO GRANDE DO SUL. Referenciais curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: linguagens, códigos e suas tecnologias. Porto Alegre: Secretaria de Estado da Educação, 2009. Linguística aplicada ao ensino do português135 Linguistica_Aplicada_U4_C01.indd 136 10/03/2017 10:05:25 DICA DO PROFESSOR Sabemos que o estudo da gramática deve estar associado aos usos da linguagem. Nesta videoaula, você vai entrar em contato com um projeto que focaliza a leitura e a escrita, mas que trabalha, também, de forma intensa com a prática de análise linguística. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Qual a importância da reflexão linguística na aula de Língua Portuguesa? A) Ajudar os alunos a memorizar as nomenclaturas gramaticais. B) Mostrar aos alunos a superioridade da variedade padrão da LP. C) Formar alunos que reflitam sobre os diferentes usos da linguagem. D) Ensinar os alunos a analisar as frases isoladamente do texto. E) Ensinar os alunos a formar frases corretamente. 2) O que significa ter o texto como ponto de partida e chegada na aula de LP? A) Significa que partimos da leitura de textos para produção de novos textos. B) Significa que devemos trabalhar com um único texto nas unidades didáticas. C) Significa que devemos trabalhar com textos adaptados para os conteúdos gramaticais a serem trabalhados. D) Significa que os alunos devem fazer uma análise sintática detalhada dos textos. E) Significa que devemos trabalhar os conteúdos gramaticais para que os alunos consigam realizar a leitura de um texto. 3) Sobre o ensino de gramática na aula de LP, podemos afirmar que: A) A gramática tem um papel central na aula de LP. B) A memorização da nomenclatura gramatical deve ser a base da avaliação dos alunos. C) O ensino de gramática está articulado ao ensino da leitura e da escrita. D) Devemos evitar trabalhar gramática nas aulas de LP. E) O elemento de análise da aula de gramática é a frase fora do contexto. 4) Nas tarefas de leitura, o ensino de gramática: A) Faz parte do estudo do texto, ensinando os alunos a refletir sobre a linguagem a partir de textos autênticos. B) Os alunos devem fazer a primeira leitura do texto focados em encontrar estruturas gramaticais específicas. C) Todos os textos devem ser entregues com lacunas para os alunos preencherem com itens gramaticais específicos. D) Todas as questões de estudo do texto devem ser relacionados às estruturas gramaticais. E) É importante que os textos selecionados para leitura só apresentem estruturas que os alunos já conhecem. 5) Nas tarefas de produção escrita, o ensino de gramática: A) Ocorre quando os alunos produzem textos com o objetivo de serem corrigidos pelo professor. B) Não tem relevância, afinal eles já discutiram sobre questões gramaticais nas atividades de leitura. C) Mostra aos alunos qual a variedade correta da LP. D) É um momento de reflexão sobre os textos produzidos pelos alunos que auxilia na produção da reescrita. E) Deve ocupar toda discussão sobre a reescrita dos textos. NA PRÁTICA Em uma das reuniões de professores, você reclama das opções de material didático para o ensino de língua portuguesa disponíveis no mercado editorial. Você afirma que os textos do material didático utilizado para o ensino da língua portuguesa não incentivam um ensino da língua portuguesa voltado para a aprendizagem de diferentes gêneros do discurso. O debate ficou acalorado, muitos professores opinaram a respeito até chegarem a uma conclusão. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Português do Brasil: a construção da norma culta e as práticas de ensino - Carlos Faraco. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Gramática a favor da leitura e da escrita. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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