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Fichamento - Princípios fundamentais da terapia cognitiva - Paulo Knapp

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
FICHAMENTO DE LEITURA – ICB – COGNITIVA
Knapp, P. Princípios fundamentais da Terapia Cognitiva. In: Knapp, P. Terapia Cognitivo-comportamental na prática psiquiátrica. Porto Alegre: RS. Artmed. 2004
O texto introduz os principais conceitos da Terapia Cognitiva (TC), e como esses conceitos são aplicados na prática clínica. Também busca mostrar no que a TC foca seu trabalho e suas diferentes técnicas para se chegar a um resultado satisfatório para o paciente.
A Terapia Cognitiva possui três pressupostos básicos em seu núcleo que seriam: a atividade cognitiva influencia o comportamento, ela pode ser monitorada e alterada e, o comportamento desejado pode ser influenciado mediante a mudança cognitiva. Além disso, a TC é um modelo que propõe uma interrelação entre a cognição, a emoção e o comportamento.
Um conceito importante na Terapia Cognitiva, que faz relação ao porquê o paciente procura ajuda psicoterapêutica são as Distorções Cognitivas que influenciam a forma como o sujeito irá interpretar suas experiências. Essas distorções levam a conclusões equivocadas sobre as situações. Um dos objetivos da TC é corrigir essas distorções de pensamento.
Dentre as principais estruturas que compõem a TC estão as crenças, essas crenças são subdivididas em Crenças Nucleares ou centrais, e Crenças Intermediárias. As crenças nucleares são entendidas como ideias e conceitos enraizados que o sujeito tem sobre si, os outros e o mundo. Essas crenças são fundamentais para o funcionamento do ser e se fortalecem com o tempo. Elas podem ser disfuncionais ou não. Já as crenças intermediárias são um conjunto de regras e atitudes normalmente identificadas na forma condicional se e então. Para exemplificar, essas crenças se apresentam como “se eu fizer isso, então pensarão aquilo”. São crenças que limitam o comportamento do sujeito e reforçam suas crenças nucleares.
Outro termo apresentado no texto que faz relação as crenças centrais são os Esquemas. Os esquemas são estruturas que possuem como conteúdo as crenças. Podem ser entendidos como padrões ordenadores da experiência do sujeito que o ajudam a explicar esta experiência, mediar sua percepção e assim guiar suas respostas em relação a ela.
Em uma camada mais superficial da cognição estão os Pensamentos Automáticos (PA). São pensamentos que aparecem espontaneamente, e que podem ser ativados por eventos externos ou internos. Estes pensamentos são cognições de fácil acesso e que são mais fáceis de se modificar. Os PA podem ser: distorcidos, verdadeiros mas com a conclusão distorcida, ou verdadeiros mas disfuncionais. Na Terapia Cognitiva o paciente irá aprender a identificar esses pensamentos e modificar sua forma distorcida de pensar sobre eles para que assim possam responder a esses pensamentos de forma eficaz.
Um aspecto muito importante da TC é a Conceitualização Cognitiva que pode ser entendida como a formulação do caso do paciente embasada na concepção cognitiva dos transtornos emocionais do mesmo. Tem como foco os fatores cognitivo-comportamentais que mantêm as dificuldades emocionais, crenças disfuncionais e vulnerabilidades da personalidade.
 Na TC, o psicólogo trabalha com o paciente em conjunto num tratamento pró-ativo onde ambos trabalham para desenvolver as questões do paciente, ou seja, é um modelo onde o psicólogo vai além do trabalho de escuta. É uma terapia que possui uma estrutura de sessão que é dividida em: revisão do humor do paciente e revisão da semana, ponte com a última sessão para conceitualizar melhor o que já foi trabalhado, revisão das tarefas propostas na sessão anterior, fazer a agenda da sessão onde alguns assuntos ganham mais enfoque que outros de acordo com a necessidade do paciente, trabalhar os itens da agenda, resumos periódicos sobre o trabalho que está sendo feito e um resumo final do tratamento. Outra estrutura importante são os feedbacks da sessão onde o paciente tem a liberdade de expor o que achou e pontos que podem ser melhoras na próxima sessão.
Conforme o tratamento caminha, o paciente aprende a identificar e nomear suas distorções cognitivas e pensamentos desadaptativos, e a dupla terapêutica passa a trabalhar no desenvolvimento de respostas alternativas e mais adaptativas para que assim o paciente possa ter mais qualidade de vida e se desenvolva da melhor forma possível.

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