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LÍNGUA E CULTURA GREGO-LATINA - Conteúdo Aula III

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Fase latinista
APRESENTAÇÃO
Seja bem-vindo!
Aprender uma língua não consiste apenas em decorar novas palavras. Compreender a cultura, a 
origem e a estrutura da língua é fundamental para qualquer estudante que almeje se desenvolver 
com sucesso em comunidades falantes dessa língua e é um compromisso para qualquer 
profissional que atue no ramo do ensino e da pesquisa dessa mesma língua.
Nesta Unidade de Aprendizagem você conhecerá uma importante fase da história da língua 
espanhola, a fase latinista, que o auxiliará na compreensão do sistema linguístico do castelhano.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Analisar o contexto histórico no qual floresceu o latinismo na língua espanhola.•
Listar os principais traços linguísticos característicos da fase latinista.•
Relacionar a Gramática de Nebrija com a vertente latinista.•
DESAFIO
Entender não apenas o funcionamento do sistema interno de uma língua, mas também o seu 
reflexo social, é papel de qualquer estudioso da área. Ou seja, não basta apenas reproduzir 
aquilo a que se é apresentado, pois o papel de um professor e/ou pesquisador é refletir sobre os 
porquês da evolução linguística; assim, é possível entender como se chegou até aqui e, talvez, 
qual o caminho que ainda pode ser percorrido.
A língua e a sociedade caminham de mãos dadas, pois a língua é um reflexo de sua comunidade 
linguística. Além disso, ela está viva e sofre constantes transformações, as quais podem ser 
percebidas com o passar dos anos.
Sabe-se que a língua espanhola surgiu oficialmente com a fase histórica da Reconquista. Dessa 
forma, faça uma reflexão sobre a seguinte afirmação de González (2010): “O aparecimento das 
manifestações literárias em língua castelhana, em fins do século XII e início do XIII, coincide 
exatamente com o começo do fim do domínio muçulmano na Península, isto é, com o capítulo 
decisivo de uma luta que se iniciaria no século VIII”.
A partir dessa reflexão, responda a seguinte pergunta: Como você relaciona o nascimento da 
língua espanhola com a Reconquista?
Não se preocupe em buscar todas as informações sobre as transformações linguísticas, pois o 
objetivo é apenas que você se conscientize de que essa relação social-linguística existe desde a 
origem do espanhol até os dias de hoje. 
INFOGRÁFICO
Estudar uma língua neolatina significa estudar sua etimologia, ou seja, reconstruir sua origem e 
tentar reconstruir sua ascendência. O espanhol, como sabemos, se originou do latim. Nessa 
transformação, sofreu algumas modificações fonéticas, as quais são apresentadas no infográfico 
a seguir. 
 
CONTEÚDO DO LIVRO
Acompanhe o capítulo Fase latinista, do livro Gramática histórica da língua espanhola, que 
serve de base teórica para esta Unidade de Aprendizagem. Por meio dos tópicos que tratam da 
Reconquista e a fase latinista, o estigma latinista espanhol e a herança latina na obra de Nebrija, 
você poderá compreender como essa importante fase contribuiu para a formação do sistema 
linguístico do castelhano. Boa leitura.
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB -10/2147
G745 Gramática histórica da língua espanhola / Marina Leivas
 Waquil... [et al.] ; [revisão técnica: Adriana Carina 
 Camacho Álvarez]. – Porto Alegre: SAGAH, 2018. 
 134 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-369-7
 1. Língua espanhola - Gramática. I. Waquil, Marina Leivas.
CDU 821.134.28(035)
Revisão técnica:
Adriana Carina Camacho Álvarez
Doutora e Mestra em Letras
Bacharel e Especialista em tradução Português/Espanhol
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Fase latinista
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Analisar o contexto histórico no qual floresceu o latinismo na língua
espanhola.
 � Listar os principais traços linguísticos característicos da fase latinista.
 � Relacionar a gramática de Nebrija com a vertente latinista.
Introdução
Aprender uma língua não consiste apenas em decorar novas palavras. 
Compreender a cultura, a origem e a estrutura de uma língua é fundamen-
tal para qualquer estudante que almeje se tornar proficiente na língua de 
estudo. Dessa forma, ao estudar a língua espanhola, é muito importante 
que você conheça os aspectos linguísticos históricos que ocorreram nela. 
Neste capítulo, você vai conhecer uma importante fase da história 
da língua espanhola, a fase latinista, que vai auxiliá-lo na compreensão 
do sistema linguístico castelhano.
Do latim ao espanhol atual
O espanhol é uma língua romance. Durante o processo em que o latim se 
transformou nas diferentes línguas neolatinas, foi perdendo muitas marcas 
que caracterizavam o substantivo latino, por exemplo. O latim possuía um 
sistema de três gêneros e distribuía os substantivos em cinco declinações. Hoje 
em dia, por exemplo, o espanhol possui um sistema de dois gêneros que não 
têm declinações. Sendo assim, não é possível estabelecer uma relação direta 
entre essas duas línguas. Contudo, é possível explicar qual foi o processo pelo 
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qual os três gêneros latinos acabaram se reduzindo a dois e o modo como as 
suas cinco declinações desapareceram.
Perda dos casos latinos e das declinações
O latim apresentava um sistema de declinações no qual cada substantivo 
possuía 12 flexões. Segundo Penny (2014), essas 12 flexões eram conhecidas 
como casos e se separavam exatamente em seis de singular e seis de plural. 
Dessa forma, havia seis casos, e cada um possuía duas variantes: uma para 
o singular e outra para o plural. Cada um desses casos indicava a formação
sintática que realizava um substantivo dentro da oração. Portanto, o nomi-
nativo era o caso próprio da função de sujeito léxico e atributo. Já o vocativo
desempenhava a função de apelação. O acusativo era usado para a função de
complemento direto ou alguns tipos de complemento circunstancial. O genitivo 
indicava que o substantivo se encontrava na função de complemento nominal. 
O dativo, por sua vez, era o caso usado para a função de complemento indireto. 
E, finalmente, o ablativo se realizava como os complementos circunstanciais.
Já Reinosová (2009) apresenta cinco classes de substantivos que, de acordo 
com a sua vogal temática e a sua desinência, se agrupavam em cinco declina-
ções. Na primeira declinação, por exemplo, encontravam-se substantivos com 
a vogal temática (VT) em –a e sem desinência no seu nominativo singular. 
As palavras desse grupo, de modo geral, possuíam o gênero feminino (rosa), 
mas também era possível encontrar algumas palavras de gênero masculino 
(agrícola). As outras declinações apresentavam diferentes VTs que designavam 
o gênero, as classes e os casos de cada grupo de palavras. A questão é que esse 
sistema complexo funcionava apenas no latim escrito, pois no latim falado
as dificuldades estavam sempre presentes. Em função de sua complexidade
e pelo fato de a língua estar sempre em constante reformulação, uma série
de mudanças (principalmente fonéticas e sintáticas) levou à perda do sistema
latino de casos e declinações. O mais conhecido foi a perda do –m final do
acusativo, a confusão do –u com o –o e a convergência do –i com o –e.
Em função disso, em muitas ocasiões, a dificuldade em distinguir os casos 
estava presente. Por exemplo, diante de uma palavra como rosa, não se sabia 
se se tratava de um caso nominativo, acusativo (devido à perda do –m) ou 
ablativo. Com isso, entraram as preposições, com o objetivo de desambiguar 
esses tipos de situações. Como afirma Pidal (1973), em uma frase como cum 
amicis deliberavi, a ideia de companhia não se expressa pelo ablativo, e sim 
pela preposição que está presente.
Fase latinista74
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Portanto, as preposições passaram a ser utilizadas abundantemente no 
latim, pois seu uso era um facilitador da comunicação,já que era possível 
expressar perfeitamente a intenção de um complemento circunstancial. Dessa 
forma, o ablativo foi substituído por diversas preposições (in, cum, de, ab, 
pro) que indicavam o tempo exato da relação semântica que se tentava ex-
pressar (estamo in Italia; vengo con mi hermano; procedo de Madrid; lo hice 
por correo). Por outro lado, esse uso abundante preposicional fez com que o 
ablativo desaparecesse. 
Com isso, os casos foram sendo naturalmente substituídos pelas preposições. 
O dativo, por exemplo, se tornou a preposição ad, a qual, atualmente, indica o 
complemento indireto (pagué a María). O genitivo teve como marcação a pro-
posição de, que hoje em dia possui a função sintática de complemento nominal 
(la casa de Luís). Todavia, as preposições não acabaram com o vocativo, posto 
que ele não possuía nenhuma relação sintática com os elementos da oração.
Dessa forma, da fase latinista, permaneceram apenas o nominativo e o 
acusativo. Eram casos que, em muitas situações, se confundiam. Por isso, o 
acusativo se impôs ao nominativo e muitos substantivos do espanhol atual 
evoluíram da forma acusativo.
A perda dos casos latinos resultou na perda das declinações. No latim vulgar, 
se mantiveram apenas as três primeiras declinações e, consequentemente, os 
substantivos terminados em –o, –a e –e ou em consoante. Alguns substantivos 
da quinta declinação passaram à terceira, mas, de modo geral, assumiram o 
papel da primeira declinação. Simultaneamente, os substantivos da quarta 
declinação passaram à segunda, em função das inúmeras terminações que 
tinham em comum.
À vista disso, segundo Noriega e Forascepi (2001), permaneceram os 
substantivos femininos terminados em –a (precedentes da primeira e da quinta 
declinação), os masculinos e os neutros terminados em –o (precedentes da 
segunda e da quarta declinações) e uma série de masculinos, femininos e neu-
tros terminados em –a, –o ou consoantes (precedentes da terceira declinação).
A perda do gênero neutro
Mesmo que o gênero neutro tenha se mantido em toda a história do latim, 
no espanhol, por diversas razões, ele acabou se perdendo. Houve uma redis-
tribuição dos substantivos neutros, passando alguns a assumirem o gênero 
masculino e outros o feminino.
Dois aspectos caracterizavam fundamentalmente o gênero neutro: o pri-
meiro era possuir o acusativo como o nominativo, o singular com diversas 
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terminações e o plural terminado em –a. O segundo aspecto era que ele 
representava os substantivos inanimados.
O critério para a redistribuição dos substantivos neutros, de acordo com 
Penny (2014), era o seguinte: se o substantivo latino neutro tinha uma vogal na 
sua sílaba final que assumia na sua forma de plural a terminação –a, deveria 
ser incluído no gênero feminino. Nos outros casos, o gênero neutro deveria ser 
masculino. Logo, o gênero neutro foi se perdendo no espanhol. Esse processo 
de redistribuição se manteve em muitas palavras, mas em outros casos (de ne-
ologismos, por exemplo) o gênero da palavra foi designado de forma arbitrária.
Embora o gênero neutro tenha se perdido na língua espanhola, ainda há 
marcas desse gênero no espanhol atual. O artigo neutro lo ou os demonstrativos 
esto, eso e aquello são bons exemplos.
Romanização ou latinização
A dominação dos romanos foi um acontecimento determinante para a formação do 
espanhol como você o conhece hoje. O Império Romano era muito poderoso e domi-
nou vários territórios e povos. Além de ótimos guerreiros, os romanos também eram 
muito inteligentes, introduziram o conceito de civilização e fizeram várias construções. 
Ainda hoje existem construções dessa época na Espanha.
Os romanos chegaram na península por volta do 206 a. C. e começaram um processo 
de dominação territorial. Com a dominação romana, a vida na península mudou 
drasticamente. Roma determinou que não só sua língua como também sua cultura e 
suas leis fossem estabelecidas no novo território conquistado.
O Império Romano impôs a língua latina (o latim) como forma de dominação so-
bre os outros povos (já que para eles era mais vantajoso que os povos dominados 
aprendessem o latim do que eles aprenderem os idiomas falados pelos povos que ali 
viviam). As outras línguas não resistiram à imposição do latim e, após muitos anos de 
bilinguismos, quando as línguas primitivas (geralmente usadas somente em ambiente 
familiar) conviviam com o latim (falado em público), as outras línguas foram deixando 
de serem usadas pelos habitantes e o latim passou a ser a língua predominante. 
Fonte: Santos (2016).
O estigma latinista espanhol
Durante a Idade Média, permaneceu a herança gramatical greco-latina e 
os estudos relacionados à língua eram focados nas línguas clássicas. No 
entanto, era importante fixar a nova língua vulgar castelhana com o objetivo 
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de unificar um reino, tanto que o rei Alfonso X ordenou que todos escre-
vessem em espanhol, não mais em latim. Com isso, em 1492, publicou-se a 
primeira gramática da língua castelhana, a gramática de Antonio Nebrija. 
Ela foi a primeira obra impressa e completa que se dedicou aos estudos da 
nova língua originada do latim vulgar. Além de consolidar o espanhol, foi 
também a primeira gramática das línguas românicas, servindo de modelo 
a outras posteriores. 
Ao estudar as línguas espanhola, portuguesa ou italiana, você pode perceber 
como elas são semelhantes. Como têm a mesma língua materna, podemos 
pressupor que são línguas irmãs, pois tiveram a mesma origem. Dessa forma, 
como você viu na seção anterior, o latim vulgar deu origem a novas línguas, 
as quais carregaram algumas características.
Do ponto de vista gramatical, resumidamente pode-se dizer que o latim 
vulgar, ao se distanciar do latim clássico e originar suas novas línguas, apre-
sentou as seguintes características inovadoras:
1. a substituição do acusativo com o infinitivo por construções formadas 
por conjunções e pronomes relativos;
2. a inflação no uso dos pronomes pessoais de primeira e segunda pessoas; 
3. a inflação no uso dos diminutivos; 
4. o emprego dos demonstrativos ille e ipse, às vezes com o sentido próximo 
ao de artigo definido das línguas românicas; 
5. a confusão no emprego dos casos; 
6. o aumento de frequência das preposições; 
7. a confusão nas declinações, resultando no emprego da ordem da frase 
(sujeito, verbo e complemento); 
8. as mudanças de gênero; 
9. o uso de expressões tipicamente coloquiais.
A língua latina influenciou o espanhol não apenas na construção da fala, 
mas também da gramática. Gómez Gayoso (1743), após numerar as classes 
de palavras na sua gramática, explica que quatro delas são invariáveis e que 
essa norma segue a tradição da gramática espanhola, pois ela está de acordo 
com a ideia das classes do latim, como você pode ver na afirmação do autor: 
La oracion Castellana tiene nueve partes, que son: Artículo, Nombre, Pro-
nombre, Verbo, Participio, Preposicion, Adverbio, Interjeccion, y Conjuncion. 
Las cinco primeras se declinan: y las otras cuatro son indeclinables como 
las Latinas. 
77Fase latinista
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Neste momento, você vai estudar apenas o espanhol. No entanto, caso sinta-
-se confortável, você pode fazer relações também com a sua língua materna,
o português. Por exemplo, devido à perda dos casos, a construção da sentença
passa a respeitar uma ordem. Dessa forma, as funções gramaticais e a ordem
das palavras (sujeito e objeto) passam a ter outro valor para a língua, pois se
tornam obrigatórias. Antes, na língua latina, a ordem pouco importava, pois
as declinações eram os marcadores de classe. Outro ponto importante é que
o latim vulgar agrega aos determinantes (possessivos e demonstrativos) os
artigos definido e indefinido, os quais permaneceram até a gramática atual.
Também, o pronome pessoal de terceira pessoa se fixou no espanhol em
função do latim vulgar.Alguns traços linguísticos são característicos da fase latinista, os quais 
evidenciaram a língua espanhola em função da transformação do latim vulgar. 
Esses traços permearam muitos âmbitos, como o da fonética, o da morfologia 
e o da sintaxe. A seguir, você pode ver algumas marcas do espanhol prove-
nientes do latim.
Marcas em relação à fonética
Em relação ao sistema vocálico atual, o espanhol possui características mar-
cadas pelo sistema vocálico da baixa Idade Média. Nesse período, a influência 
do latim ainda era bastante forte, pois havia cinco fonemas vocálicos, como 
ocorre no espanhol atual.
Em relação ao sistema consonantal, o fonema /f/ foi substituído pela ausência 
de som, mas na escrita sua substituição se deu para a letra h, como ocorreu 
em habla (fala) e hada (fada). Além disso, na fala, na época da Idade Média, 
a confusão entre /b/ e /v/ era tão recorrente que fez com que a pronúncia de 
ambas permanecesse praticamente a mesma.
Marcas em relação à morfologia
 � Usos do particípio presente: las tremulantes manos, las estrellas
cayentes.
 � Uso do plural como abstrato: las amistades, las virtudes, las confor-
midades, etc.
 � Formas verbais como: andude (anduve), tenedes (tenéis/tenés), entre
outras.
 � No paradigma verbal, –ades, –edes e –ides foram substituídos por
–ais, –ás, –eis e –ís.
Fase latinista78
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Marcas em relação à sintaxe
 � Supressão da conjunção que nas orações de verbos de opinião, pensa-
mento e semelhantes: non creo las rosas sean tan fermosas.
 � Uso do infinitivo como uma oração subordinada: e desde los Alpes vi
ser levantada.
 � Uso do verbo no final da oração: ¿Pues qué le aprovechó al triste... si
su amor cumpliere, e aún el universo mundo por suyo ganare, que la su 
pobre de ánima por ello después en la otra vida perdurable detrimento 
o tormento padezca?
 � Anteposição do adjetivo em relação ao substantivo: los heroicos cantares
del vaticinante poeta Omero.
 � Comparação com frases adverbiais: así como nieve, bien como riendo.
 � O não uso das preposições (somente a preposição a) com verbos de
movimento.
 � Uso do adverbio así com adjetivos e advérbios: así contento que..., así
virilmente que era maravilla, etc.
Latim
Significado em 
português
Significado em 
espanhol
A nativitate De toda a vida Desde el nacimiento
Ab initio Desde o começo De siempre
Ad absurdum Tipo de demonstração Al absurdo
Ad infinitum Até o infinito Hasta el infinito
Addenda Aquilo que se acrescenta 
a uma obra acabada
Lo que hay que añadir
Angelus Oração do meio-dia El ángel
Ars gratia artis Fazer as coisas por prazer El arte por el arte
Bona fide De boa fé De buena fe
Caveat emptor Em relação à precaução Que tenga cuidado 
el vendedor
Delirium tremens Sintoma do excesso 
de bebida alcoólica
Delirio que tiembla
Quadro 1. Expressões latinas.
(Continua)
79Fase latinista
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Latim
Significado em 
português
Significado em 
espanhol
Detritus Depósito de materiais 
por agentes naturais
Hecho trizas
Ex officio Cargo ou feito já determinado Por su cargo
Exitus Morte Muerte
Habeas corpus Lei que obrigatoriamente 
deve chegar ao juiz
Tengas cuerpo
In articulo mortis Momento da morte En el momento de la muerte
In dubio pro reo Máxima jurídica En caso de duda a favor del reo
In flagrante No momento do fato Al producirse
In saecula 
seaculorum
Para sempre Por los siglos de los siglos
In toto Totalmente En el conjunto
In vino veritas Quando o bêbado 
fala a verdade
En el vino la verdad
Inter alia Entre outras razões Entre otras cosas
Memento Lembrança Recuerda
Modus tollens Idem Procedimiento que quita
Nihil obstat Nada que objetar Nada se opone
Opus dei Obra divina Trabajo de Dios
Panem et circenses Pão e circo Pan y circo
Post coitum Após o ato sexual Después del coito
Post mortem Após a morte Después de la muerte
Post quem O término que marca o limite Después del que
Prima facie À primeira vista A primera vista
Pro rata parte Proporcionalmente En razón de la parte 
proporcional
Quadro 1. Expressões latinas.
(Continuação)
Fase latinista80
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A herança latina na obra de Nebrija: um eterno 
legado
Durante o Renascimento, foram publicadas muitas gramáticas latinas inspi-
radas na literatura greco-romana. Inclusive, cabe destacar que a gramática 
latina publicada em 1471 pelo italiano Valla foi editada inúmeras vezes por 
meio século. Para os homens da Idade Média, somente o latim e o grego eram 
considerados línguas cultas, pois carregavam uma grandeza merecedora de 
estudo e análise; no entanto, as línguas vulgares se mantinham apenas pelos 
falantes, sem necessidade de gramática, normatização ou regras. 
Foi nesse ambiente que o latinista Elio Antonio de Nebrija teve a ideia de 
aplicar o estudo de uma língua culta, o latim, em uma língua romance, que 
seria o latim vulgar, que havia se transformado no dialeto castelhano. Assim, 
o autor publicou — em 1492, ou seja, no mesmo ano do descobrimento da
América — a primeira gramática da língua castelhana. Essa publicação foi
um marco na história das gramáticas das línguas neolatinas, pois na Europa
nunca se havia publicado uma gramática de uma língua vulgar. O italiano
teve sua primeira gramática em 1529, o português, em 1536, e o francês,
em 1550. A Espanha foi a pioneira em normatizar a primeira gramática das
línguas neolatinas.
O gramático vanguardista oficialmente marcou uma revolução cultural, 
porque pela primeira vez uma língua vulgar começava a ser vista como uma 
língua culta, com uma gramática própria que se caracterizava como mais um 
fator de expansão de um império que cruzava o Atlântico.
Nebrija, ao publicar a primeira gramática da língua castelhana, tinha 
alguns objetivos: (i) uniformizar a língua de modo a criar condições para sua 
perpetuidade; (ii) fazer da língua um instrumento de auxílio na manutenção 
da unidade dos países espanhóis; (iii) criar material pedagógico para que se 
pudesse ensinar a língua nacional aos povos conquistados. O autor, ao utilizar 
a nomenclatura latina e seguir a divisão grega da gramática, apresentou sua 
obra em quatro partes: ortografia, prosódia, etimologia e sintaxe.
Embora Nebrija seja eternizado pelo seu maior feito na história da língua 
espanhola (a primeira gramática), sua primeira obra se chama Introductiones 
latinas, cujo título procura explicar que se trata de um trabalho simples, es-
colar e com a intenção de introduzir o leitor ao latim. Essa gramática serviu 
como material obrigatório na Universidade de Salamanca desde 1481, ano de 
sua publicação, até o início do século XX. Inclusive, o autor a modificou e a 
ampliou durante a sua vida. Além disso, essa publicação foi a inspiração para 
a sua Gramática de la lengua Castellana. Introductiones latinas foi uma obra 
81Fase latinista
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merecedora, inclusive, de uma tradução do latim para espanhol, publicada em 
1486 a pedido da rainha Isabel. 
Nebrija considerava que a gramática era a base de toda a ciência e acredi-
tava que ela era um manual pedagógico, além de unificadora de um povo. A 
gramática castelhana de Nebrija possuía a mesma divisão da sua gramática 
latina, pois, para o autor, o latim era uma língua superior a qualquer outra. 
Assim, quanto mais sua gramática se aproximasse do latim, mais perfeita 
seria. Contudo, a originalidade de Nebrija deu autenticidade à sua gramática, 
já que o humanista trouxe inovações sobre o gênero gramatical, por exemplo, 
e muito antes das outras línguas vulgares.
Segundo Nebrija (1492), saber latim significava saber gramática. Margherita 
Morreale (1990), no seu artigo Yo fatigo sin rumbo los confines, relembra a 
verdadeira intenção das nomenclaturas e do vocabulário gramatical introdu-
zidos na primeira gramática da língua espanhola. A autora afirma que, por 
mais interesse que Nebrija demonstrasse pelo espanhol, sua base e seu real 
interessesempre foram a língua latina, e por esse motivo sua gramática se 
baseou tanto na gramática latina publicada anteriormente. Ou seja, a intenção 
do glossário é principalmente facilitar a tradução do latim e o não esquecimento 
dele. Assim, sistematizar e organizar o espanhol serviu para categorizar de 
forma correspondente o latim.
Sobre a obra principal de Nebrija, é importante você saber alguns pontos 
relacionados à sua escrita: a letra v aparece como a letra u. Isso se explica 
porque desde o latim clássico até o nascimento da Real Academia Espanhola, 
em 1713, a distinção entre ambas era inexistente. Costumava-se usar o v para 
início de palavras e o u para o meio, pois eram consideradas a mesma letra. No 
entanto, usava-se u com valor de vogal quando estava entre uma consoante e 
uma vogal, e o u com valor de consoante quando estava entre duas vogais. As 
contrações dela, delo, delas e delos também ocorriam na primeira gramática 
da língua espanhola. Além disso, como você deve imaginar, havia outros 
detalhes que foram evoluindo com o passar do tempo.
Além das duas gramáticas, Nebrija publicou mais duas grandes obras: 
o Diccionario latino-español (1492) e o Dictionarium (1495). Eles são dois
dicionários bilíngues, nos quais Nebrija assume o modelo dos glossários
manuscritos, sendo sua principal fonte os textos clássicos. São duas obras
independentes; a primeira segue a ordem espanhol–latim e a segunda segue
a ordem latim–espanhol. Ou seja, todas as obras de Nebrija mostram uma
relação forte e clara do castelhano com a sua língua materna.
Fase latinista82
GHLE_U3_C05.indd 82 14/03/2018 15:33:57
Leia mais sobre a língua espanhola e sua relação com 
o latim no link ou código a seguir.
https://goo.gl/cfiKfZ
1. Sobre a comparação entre o 
gênero latino e suas declinações e 
a evolução da língua espanhola, é 
possível afirmar que: 
a) o latim possuía um sistema 
de três gêneros e distribuía 
os substantivos em cinco 
declinações. Hoje em dia, por 
exemplo, o espanhol possui um 
sistema de dois gêneros que 
não possuem declinações.
b) o latim possuía um sistema 
de três gêneros e distribuía 
os substantivos em três 
declinações. Hoje em dia, 
por exemplo, o espanhol 
possui um sistema de 
dois gêneros que não 
possuem declinações. 
c) o latim possuía um sistema 
de três gêneros e distribuía 
os substantivos em cinco 
declinações. Hoje em dia, por 
exemplo, o espanhol também 
possui um sistema de três 
gêneros, o qual possui inclusive 
o gênero neutro, representado 
pelo artigo neutro; contudo, 
não possui declinações.
d) o latim possuía um sistema 
de dois gêneros e distribuía 
os substantivos em cinco 
declinações; esse sistema 
inspirou a língua espanhola e 
sofreu poucas modificações.
e) o latim possuía um sistema 
de dois gêneros e distribuía 
os substantivos em cinco 
declinações. Hoje em dia, por 
exemplo, o espanhol possui um 
sistema de três gêneros com 
algumas declinações específicas.
2. Na fase latinista, as preposições 
passaram a ser utilizadas de forma 
abundante, pois seu uso era um 
facilitador da comunicação, já que 
era possível expressar perfeitamente 
a intenção de um complemento 
circunstancial. Dessa forma, é 
incorreto afirmar que: 
a) o ablativo foi substituído 
inicialmente por diversas 
preposições (in, cum, de, ab, 
pro) que indicavam o tempo 
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exato da relação semântica 
que se tentava expressar e, 
após isso, desapareceu.
b) o dativo, por exemplo, se 
tornou a preposição ad, a 
qual, atualmente, indica o
complemento indireto.
c) o genitivo teve como marcação 
a proposição de, que hoje em 
dia possui a função sintática 
de complemento nominal. 
d) o uso das preposições 
resultou na perda dos casos 
latinos e das declinações.
e) o vocativo, inicialmente, 
contou com o auxílio de 
muitas preposições, mas 
após determinado tempo foi 
substituído e desapareceu 
como ocorreu com o ablativo.
3. Do ponto de vista gramatical, 
resumidamente, pode-se dizer que
o latim vulgar, ao se distanciar do 
latim clássico e originar suas novas 
línguas, apresentou a seguinte 
característica inovadora: 
a) A substituição do acusativo 
com o infinitivo por construções 
formadas por preposições.
b) A obrigatoriedade na
ordem das orações.
c) A falta da marcação de gênero.
d) A diminuição de frequência 
das preposições.
e) A fixação do emprego dos casos.
4. Sobre a romanização ou latinização, 
é incorreto afirmar que: 
a) ocorreu em função da 
dominação do Império Romano.
b) Roma determinou que não só 
sua língua como também sua 
cultura e leis fossem estabelecidas
no novo território conquistado.
c) o Império Romano impôs a língua
latina como forma de dominação 
sobre os outros povos.
d) a língua latina nunca 
chegou a ser a língua oficial, 
pois os dialetos sempre 
foram predominantes.
e) as línguas dialetais não resistiram 
à imposição do latim e após 
muitos anos de bilinguismos 
foram deixando de serem 
usadas pelos habitantes; 
assim, o latim passou a ser 
a língua predominante.
5. Na história da língua latina, houve 
uma variante popular, conhecida 
como latim vulgar, e outra variante 
literária, conhecida como latim 
culto ou clássico. À medida 
que o latim vulgar foi sofrendo 
transformações, surgiram as 
línguas romances, mas, ao mesmo 
tempo, o latim culto perdurou 
com a literatura. Sendo assim, 
patrimonialismo significa: 
a) palavras resultantes da 
evolução do latim vulgar.
b) palavras resultantes 
do latim clássico.
c) palavras que não chegaram ao 
ponto do latim vulgar, mas que 
se distanciaram do latim clássico.
d) palavras de origem greco-latina.
e) palavras sem explicação 
etimológica.
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GÓMEZ GAYOSO, B. M. Gramática de la lengua castellana reducida a breves reglas y fácil 
método para instrucción de la juventud. Madrid: Imprenta de D. Gabriel Ramírez, 1743.
MORREALE, M. Yo fatigo sin rumbo los confines…: implicaciones verbales y lexicográ-
ficas de los latinismos semánticos y su incomprensión en la actualidad. In: EMÍLIA AN-
GLADA, M. B. El cambio lingüístico en la Romania. Estudi General de Lleida: Lleida, 1990.
NEBRIJA, E. A. de. Gramática castellana. Madrid: Fundación Antonio de Nebrija, 1492. 
NORIEGA, J; FORASCEPI, M. A. El género en español. Nadetur: Avilés, 2001.
PENNY, R. Gramática histórica del español. Barcelona: Ariel, 2014.
REINOSOVÁ, N. El género de los sustantivos: (con especial atención al género femenino). 
(Tesis doctoral indédita) - Universidad Msaryk, Brno, 2009.
SANTOS, A. História da língua española. 2016. Disponível em: <https://espanholsem-
fronteiras.com.br/historia-da-lingua-espanhola-01/>. Acesso em: 13 mar. 2018.
Leituras recomendadas
ABELLÁN GIRAL, C. La labor científica de Antonio de Nebrija. Revista Electrónica de 
Estudios Filológicos, v. 5, abr. 2003. Disponível em: <https://www.um.es/tonosdigital/
znum5/peri/peri.htm>. Acesso em: 13 mar. 2018.
BENTES, A. C.; MUSSALIM, F. Introdução à linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: 
Cortez, 2000. v. 1.
EL LÉXICO latino y su evolución: evolución fonética, morfológica y semántica. [200- ?]. 
Disponível em: <http://recursos.cnice.mec.es/latingriego/Palladium/latin/esl132ca1.
php#dc00>. Acesso em: 13 mar. 2018.
LAPESA, R. Historia de la lengua española. Madrid: Gredos, 1981. 
MEILLET, A. Esquisse d´une histoire de la langue latine. Paris: Klincksieck, 1933.
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
DICA DO PROFESSOR
O latim, língua materna do espanhol, do português, do galego e do italiano, entre outras, sofreu 
algumas transformações ao longo da história. Foi a língua oficial do Império Romano e, como 
sabemos, uma língua falada está sempre viva e sofrendo constantes mudanças.
Na história da língua latina houve uma variantepopular, conhecida como latim vulgar, e uma 
variante literária, conhecida como latim culto ou clássico. As transformações ocorridas no latim 
vulgar fizeram com que surgissem as línguas romances. Essas novas línguas agregaram 
informações tanto do latim vulgar, quanto do latim culto literário. Dessa forma, há 
características que perduram até os dias de hoje com os patrimonialismos, cultismos ou 
semicultismos.
Na Dica do Professor, confira essas transformações e o seu reflexo no idioma que estamos 
estudando: o espanhol.
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EXERCÍCIOS
1) Sobre a comparação do gênero latino e suas declinações em relação a sua evolução 
até a língua espanhola, é possível afirmar que:
A) o latim possuía um sistema de três gêneros e distribuía os substantivos em cinco 
declinações; atualmente, o espanhol possui um sistema de dois gêneros que não têm 
declinações.
B) o latim possuía um sistema de três gêneros e distribuía os substantivos em três declinações; 
atualmente, o espanhol possui um sistema de dois gêneros que não têm declinações.
o latim possuía um sistema de três gêneros e distribuía os substantivos em cinco 
declinações; atualmente, o espanhol também possui um sistema de três gêneros, o qual 
C) 
apresenta inclusive o gênero neutro, representado pelo artigo neutro; contudo, não possui 
declinações.
D) o latim possuía um sistema de dois gêneros e distribuía os substantivos em cinco 
declinações, o que inspirou a língua espanhola e poucas modificações sofreu.
E) o latim possuía um sistema de dois gêneros e distribuía os substantivos em cinco 
declinações; atualmente, o espanhol possui um sistema de três gêneros com algumas 
declinações específicas.
2) Na fase latinista, as preposições passaram a ser utilizadas de forma abundante, pois 
seu uso era um facilitador da comunicação, já que era possível expressar 
perfeitamente a intenção de um complemento circunstancial; dessa forma, é 
incorreto afirmar que:
A) o ablativo foi substituído inicialmente por diversas preposições (in, cum, de, ab, pro) que 
indicavam o tempo exato da relação semântica que se tentava expressar e, após isso, 
desapareceu.
B) o dativo, por exemplo, foi alterado para a preposição ad, que atualmente indica o 
complemento indireto.
C) o genitivo teve como marcação a preposição de, que atualmente tem a função sintática de 
complemento nominal.
D) o uso das preposições resultou na perda dos casos latinos e das declinações.
E) o vocativo, inicialmente, contou com o auxílio de muitas preposições, mas após 
determinado tempo foi substituído e desapareceu, como ocorreu com o ablativo.
Do ponto de vista gramatical, resumidamente, pode-se dizer que o latim vulgar, ao se 3) 
distanciar do latim clássico e originar suas novas línguas, apresentou a seguinte 
característica inovadora:
A) a substituição do acusativo com o infinitivo por construções formadas por preposições.
B) a obrigatoriedade na ordem das orações.
C) a falta da marcação de gênero.
D) a diminuição de frequência das preposições.
E) a fixação do emprego dos casos.
4) Sobre a romanização ou latinização, é incorreto afirmar que:
A) ocorreu em função da dominação do Império Romano.
B) Roma determinou que tanto sua língua quanto sua cultura e leis fossem estabelecidas nos 
novos territórios conquistados.
C) o Império Romano impôs a língua latina como forma de dominação sobre os outros povos.
D) a língua latina nunca chegou a ser a língua oficial, pois os dialetos sempre foram 
predominantes.
E) as línguas dialetais não resistiram à imposição do latim e, após muitos anos de 
bilinguismos, foram deixando de ser usadas; assim, o latim passou a ser a língua 
predominante.
Na história da língua latina, houve uma variante popular, conhecida como latim 5) 
vulgar, e uma variante literária, conhecida como latim culto ou clássico. À medida 
que o latim vulgar foi sofrendo transformações, surgiram as línguas romances, mas, 
ao mesmo tempo, o latim culto perdurou com a literatura. Sendo assim, 
patrimonialismo significa:
A) palavras resultantes da evolução do latim vulgar.
B) palavras resultantes do latim clássico.
C) palavras que não chegaram ao ponto do latim vulgar, mas que se distanciaram do latim 
clássico.
D) palavras de origem greco-latina.
E) palavras sem explicação etimológica.
NA PRÁTICA
Para que o estudo de uma língua seja aprofundado, é necessário que seu entendimento 
etimológico seja completo. Assim, você deve aprender o percurso da língua espanhola e o 
glossário específico para sua compreensão.
Não podemos perceber as transformações linguísticas de forma superficial, pois somos 
estudiosos desse idioma e devemos, minimamente, conhecer o glossário latino.
Portanto, acompanhe o glossário a seguir, pois, de forma resumida, poderá agregar mais 
informações ao seu conhecimento. 
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
El latín en Hispania: la romanización de la Península Ibérica. El latín vulgar. 
Particularidades del latín hispánico
O artigo de Jorge Fernández Jaén trata do processo de romanização da Península Ibérica, do 
surgimento do latim vulgar e suas características.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Un estudio sobre los cambios lingüísticos del español escrito en las charlas informales por 
internet
La comunicación por Internet ha aumentado mucho en los últimos años. Sin embargo, 
principalmente en las charlas informales (salas de chat), se constatan cambios en la ortografía de 
varias palabras.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Breve genealogia da língua latina
O artigo a seguir apresenta, de forma resumida, a história do latim.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
El léxico del Castellano. Latinismos, neologismos y formación de palabras
Assista ao vídeo a seguir, que explica sobre o léxico da língua espanhola, tratando dos 
latinismos, neologismos e formação de palavras.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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