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ANA PAULA – MED UNIMES XXII Classe Ação Mecanismo de ação Mecanismo de resistência Reações adversas Utilização clí- nica Observações Sulfonamidas Sulfametoxazol Sulfadoxina Gram +, gram -, proto- zoários e fungos Amplo espectro Interferem na sín- tese de ácido nu- cleico Bacteriostático quando isolado, bac- tericida quando asso- ciado com o Trime- tropim Agem na síntese de ác. fólico Inibe a enzima diidropteroa- tosintetase (por competi- ção), que é a enzima respon- sável pela transformação do PABA em ácido fólico. Como o ácido fólico seria, posteriormente, reduzido a ácido folínico pela enzima diidrofolatoredutase 1. Superprodução de PABA 2. Diminuição da afini- dade da enzima dii- dropteroatosintase pela sulfonamida 3. Diminuição da per- meabilidade da bac- téria ao fármaco ✓ Cristaluria ✓ Icterícia (kernicterus) ✓ Síndrome de Steven-John- son ✓ Dor nas articulações e músculos ✓ Febre ✓ Fotossensibilidade ✓ Hipersnsibilidade ✓ Anemia hemolítica ✓ Prurido Sulfametoxazol + Tri- metropim: Enterites (Salmonellas, Shigellas), infecções do trato urinário e respi- ratório e P. carinii. Sulfadoxina + Pirime- tamina (Fansidar): Toxoplasmose e malá- ria. A sulfa é excretada por filtração glomeru- lar, e a trimetropima por secreção tubular. Atravessa BHE e pla- centária. Quinolonas Ciprofloxacino, nor- floxacino 1ª geração: G- 2ª geração: G+ 3ª geração: + e -4ª ge- ração: outras Interferem na sín- tese de ácido nu- cleico Bacteriostáticos Atuam sobre a topoiso- merase e DNA girase alte- rando a replicação do DNA bacteriano. Bloqueiam a atividade da topoisomerase tipo II nos gram - e tipo IV nos gram +. 1. Mutação cromossô- mica (alterações nas enzimas-alvo, como a topoisomerase e DNA girase) 2. Redução de porinas com redução na per- meabilidade, o que dificulta a penetração do fármaco 3. Bomba de efluxo (não comprovado) ✓ TGI: náuseas, vômitos, dor de barriga, diarreia ✓ SNC: inibe os recepto- res GABA, insônia, de- pressão, fadiga, cefa- leia ✓ Fotossensibilidade ✓ Hipersensibilidade ✓ Raro: aumento das transaminases, leuco- penia, lesão renal ✓ Artralgia (suspender) 1ª escolha para ITU Em casos de intole- rância aos ß-lactâ- micos: Infecções respirató- rias por H. influen- zae ou pseudomo- nas, prostatite, go- norreia, otite, oste- omielite bacilar T1/2 Cipro = 3h e Per- floxacino=10h Tropismo por rins, próstata e pulmão pe- los fagócitos Não atravessam bar- reiras Antiácidos atrapa- lham a absorção Não pode ser consu- mido com leite β-lactâmicos: Penicilina Gram +, alguns gram -: ✓ N meningitidis ✓ N gonorrheae ✓ Clostridium ✓ Treponema Inibição da síntese da parede bacteriana Bactericida Interferem na síntese da parede celular bacteriana. Além disso, também inibe a inativação das enzimas bacterianas autolíticas, le- vando a lise bacteriana. Penicilinases (amidases e beta-lactamases) Hipersensibilidade e su- perinfecções Primeira escolha para QT bacteriana: infecções por estafi- lococos e streptoco- cos; meningite bac- teriana; endocar- dite; bronquite; otite; faringite; go- norréia; sífilis; etc. ✓ Naturais: benzil fe- noximetilpenicilase ✓ Semi-sintéticos: ampicilina, amoxici- lina ✓ Resistentes à beta- lactamase: flucloxacilina ✓ Amplo espectro: ampicilina e amoxi- cilina ✓ Espectro ampliado: carbenicilina ANA PAULA – MED UNIMES XXII β-lactâmicos: Cefalosporina (4 gerações) Amplo espectro gram + e - Inibição da síntese da parede bacteriana Bactericida Interferem na síntese da parede celular bacteriana. Além disso, também inibe a inativação das enzimas bacterianas autolíticas, le- vando a lise bacteriana. Beta-lactamases OBS: Cefepime (4ª geração) é resistente às beta-lactama- ses, utilizada para pacientes em sepse na UTI. Hipersensibilidade Antagonistas da vit K → risco de sangramento (prin- cipalmente se associado com anticoagulantes) Intolerância ao álcool (efeito dissulfiram) Sepse Pneumonia ITU Meningite Sinusite IM, EV ou VO Hidrossolúveis Estáveis em pH ácido Excreção por secre- ção tubular β-lactâmicos não clássicos: Monobactâmicos Aztreonam Gram –: ✓ Pseudomonas sp ✓ Enterobactérias re- sistentes ✓ N. gonorrhea ✓ N. meningitidis ✓ H. influenzae Inibição da síntese da parede bacteriana Bactericida Interfere na síntese da parede celular ao se li- gar com proteínas liga- doras de penicilina Alta resistência às beta- lactamases ✓ Em geral, é bem tole- rado ✓ Hipersensibilidade (baixa): pouca reativi- dade cruzada com os demais beta-lactâmicos ✓ Superinfecção por G – ✓ Convulsões ✓ Confusão mental ✓ Pseudomonas ✓ Enterobacté- rias resistentes ✓ N. gonorrhea ✓ N. meningitidis ✓ H. influenzae ✓ Alternativa aos aminoglicosí- deos e cefalos- porina de 3ª ge- ração para paci- entes renais crô- nicos. ✓ Uso restrito aos hospitais β-lactâmicos não clássicos: Carbapenêmicos Entrapeném, Imipe- ném, Meropeném Gram + e Gram - Inibição da síntese da parede bacteriana Bactericida Interfere na síntese da parede celular ao se li- gar com proteínas liga- doras de penicilina NÃO AGEM CONTRA: ✓ Enterococcus faec- tum ✓ Enterococcus faecalis ✓ S aureus meticilina resistente ✓ Enterococcus ✓ S. aureus ✓ Pseudomonas Ertrapeném: ↓espectro Imipeném: amplo es- pectro que não pode ser associado a outros ATB (associado apenas com a cilastatina para poten- cializar e proteger o rim) Meropeném: maior ati- vidade contra P. aerugi- nosa e G-. Polipeptídeos Teicoplanina e Vanco- micina Gram + e – (espectro maior em +) Inibição da síntese da parede bacteriana Bactericidas Impedem a formação da parede celular bacteriana Vancomicina: alguns ente- rococos podem apresen- tar alteração da molécula D-alanil da parede celular (não ocorre resistência cruzada). ✓ Infusão venosa rápida pode causar sd. do pes- coço vermelho ✓ Ototoxicidade ✓ Nefrotoxicidade Não pode associar com aminoglicosídeos (am- bos oto e nefrotóxicos). Associado com AINES pode aumentar o tempo de meia vida desses medicamentos. A Vancomicina é alta- mente eficaz contra S. aureus, S. epidermidis e também: ✓ Estreptococos ✓ Enterococos ✓ Clostridium Indicado para infec- ções graves resistentes a outros ATB (pneumo- nia, osteomielite, en- docardite, abscessos) Teicoplanina: ação mais longa, IV ou IM. Alterna- tiva à Vancomicina. Vancomicina: IV, infu- são lenta por 60 minu- tos. Meia vida de 6 ho- ras, ampla destruição, 30% ligada a proteínas plasmáticas. OBS: deve-se realizar a vancocinemia. ANA PAULA – MED UNIMES XXII Polimixinas B e E Gram – multirresistentes (mais restrito) Inibição da síntese da membrana celular Bactericidas Agem como detergentes ca- tiônicos, ligando-se a fosfoli- pídeos e lipopolissacarideos, deslocando íons Mg e Ca. Os íons Mg e Ca são os res- ponsáveis pela estabilidade da membrana, quando são deslocados, levam a uma ro- tura das membranas com lise celular. Resistência cruzada entre a polimixina B e E Altamente nefro e neuro- tóxicas. Bloqueio da JNM (pode pi- orar caso o paciente faça uso de cúrios e curônios). Tto de escolha para P. aeruoginosa ✓ E. coli ✓ Klebisiella sp (CPK) ✓ Enterobacter ae- orgenes Utilizada para bactere- mias, sepses, infecções resistentes, meningites. ✓ Anfipáticas ✓ Efeito antiendoxina (ligam-se as molé- culas LPS e agem como anti-inflama- tórios) ✓ A polimixina E é uma forma menos tóxica, porém, me- nos potente Tetraciclinas Tetraciclina, Oxitetra- ciclina (ação curta) Doxiciclina e Minoci- clina (ação longa) Amploespectro (bacté- rias intracelulares) Inibe síntese de pro- teínas bacterianas Bacteriostáticos, mas bactericidas em altas doses Liga-se reversivelmente ao ribossomo e inibe a síntese proteica ✓ Hiperpigmenta o dente ✓ Destruição da flora in- testinal normal:superin- fecções ✓ Não pode ser utilizada por crianças menores de 4 anos porque pode causar malformação da arcada dentária e na gestação 1ª escolha para lep- tospirose, riquétsia, micoplasma, clamí- dia, cólera. Também trata acne e partes moles (usada na odonto) VO ou parenteral, ab- sorção intestinal é irre- gular porque pode ser interferida se junto com a comida. Quelante de cálcio → não pode ser ingerido com leite. Medicamentos que ↑ pH gástrico ↓ absorção Cloranfenicol Gram +, gram -, anae- róbios e clamídia Inibe síntese de pro- teínas bacterianas Bacteriostáticos, mas bactericidas em altas doses Inibem a síntese de pro- teínas ao inibir a ativi- dade da peptidil-trans- ferase MUITOS: ✓ Aplasia medular (pancito- penia) ✓ Sd cinzenta do RN ✓ Hipersensibilidade ✓ Reação de Jarisch-Her- xheimer ✓ Superinfecção ✓ Efeitos tóxicos e irritativos Avaliar risco benefício Tentar utilizar cefa- losporina de 3ª ge- ração, quinolonas ou tetraciclina Inibem a P450, au- mentando a concen- tração plasmática de outros fármacos, como warfarina Aminoglicosídeos Estreptomicina, Genta- micina, Tobramicina, Kenamicina, Metilmi- cina, Neomicina Gram – (pseudomonas e enterococo quando associado à penicilina) Inibe síntese de pro- teínas bacterianas Bacteriostáticos, mas bactericidas em altas doses Liga-se irreversivel- mente ao ribossomo e inibe a síntese proteica ✓ ↓ Absorção do ATB ✓ Bomba de efluxo ✓ Modificação do ri- bossomo alvo ✓ Inativação enzimá- tica dos aminoglico- sídeos Ototoxicidade (0,5 a 25%): Destruição das células vestí- bulo-cocleares (causa zumbido agudo e cefaleia, náuseas, vô- mitos, labirintite) Nefrotoxicidade (8-26%): Quando acumula no córtex re- nal (7 dias após) Neomicina é a mais tóxica e Es- treptomicina a menos. Bloqueio da JNM (pode rever- ter com gluconato de cálcio) Estrepto: endocar- dite, tuberculose, tu- laremia (febre de co- elho) Genta: pneumonia, sepse, ITU, menin- gite, endocardite, queimados Troba: oftalmo Kena: TB (raro) Neo: pomada ✓ Polares (não absor- vidas pelo TGI) ✓ IM, pico em 30min ✓ Baixa distribuição ✓ Concentra-se no ouvido interno e córtex real ✓ Meia vida de 2 a 3h ✓ Excreção por filtra- ção glomerular ✓ Não se liga a albu- mina ANA PAULA – MED UNIMES XXII Macrolídeos Eritromicina, Azitromi- cina, Claritromicina Gram +, - e anaeróbios *Principal substituto dos beta-lactâmicos Inibe síntese de pro- teínas bacterianas Bacteriostáticos, mas bactericidas em altas doses Inibem a síntese de pro- teínas bacterianas por translocação do RNA OBS: também apresenta ação anti-inflamatória ✓ Bomba de efluxo ✓ Mutação do gene do sítio de ligação do ri- bossomo ✓ Inativação enzimática (estearases inativam macrolídeos) ✓ Distúrbios TGI ✓ Hipersensibilidade ✓ Distúrbios de audi- ção ✓ Icterícia colestática (obstrução) ✓ Superinfecção TB, pneumonia, infecções por Strepto, H. pylori, sífilis e tétano Eritromicina: enterobacté- rias são resistentes, ativi- dade moderada contra To- xoplasma Azitromicina e Claritromi- cina: maior espectro contra H influenzae, micobactérias atípicas e Toxoplasma Azitromicina age contra en- terobactérias Clari tem maior potência sobre G+ e G-, mas não age sobre enterobactérias ✓ VO ✓ Eritromicina é pouco estável em meio ácido (cáp- sulas de liberação intestinal) ✓ Meia vida: Eri 3h, Clari 9h, Azi 30h. ✓ Inativados no fí- gado pelo P450 (clari forma meta- bólito ativo) ✓ Excretados na urina e bile Lincosamidas Lincomicinas e Clinda- micina Gram + e anaeróbios Inibe síntese de pro- teínas bacterianas Bacteriostáticos, mas bactericidas em altas doses São macrolídeos de me- nor espectro que agem inibindo a síntese de pro- teínas bacterianas Colite pseudomembranosa Infecções graves, in- fecções por anaeró- bios, infecções gine- cológicas, abscessos pulmonares e gan- grena gasosa VO, pico em 1h, meia vida de 3 horas Pouca passagem SNC, grande pela placenta Grande ligação com proteínas plasmáticas Biotransformação he- pática Eliminação na bile e na urina
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