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GLICOPEPTIDEOS Alice Barros - FARMACOLOGIA – MEDICINA UNISL ✔ Estrutura molecular completa composta de açucares e aminoácidos ✔ Isolados a partir de 1956 do Streptomyces orientalis (VANCOMICINA) e em 1978 do Streptomyces teichomyceticus ✔ Não são absorvidos por via oral. Ele é só de uso endovenoso, ele não é absorvido. ✔ Não penetram no LCR (Meninges integras) ESPECTRO DE AÇÃO DOS GLICOPEPTIDEOS ✔ Os glicopeptideos são ativos contra grande espectro de bactérias GRAM POSITIVAS: S. aureus (Inclusive MRSA) S. epidermidis Estreptococus Bacillus spp Clsotridium ✔ Praticamente todas as espécies de bacilos GRAM NEGATIVOS e microbactérias são RESISTENTES a vancomicina. USO CLÍNICO ✔ Principalmente no tratamento de infecções estafilocócicas GRAVES (nosocomiais) resistentes a oxacilina ou em pacientes alérgicos a penicilinas ✔ Osteomelites, celulites, infecções associadas a cateter, pneumonia, meningoencefalite, sepse endocardites estafilococicas, estreptocócicas e enterococicas( em associação com aminoglicosideo). ✔ VO – como droga de segunda escolha para colite pseudomembranosa por C. Difficile (primeira escolha Metronidazol) ✔ Infecções pneumocócicas multirresistentes MECANISMO DE AÇÃO ✔ Inibem a polimerização dos peptidoglicanos da PC RESISTENCIA BACTERIANA ✔ Durante muito tempo não foi descrito desenvolvimento de resistencia entre as bacterias inicialmente sensiveis ✔ Em estafilococos, o mecanismo de resistencia a vancomicina ate hoje não foi completamente elucidade, mas postula-se que possa ser pelo espessamento da parede celular bacteriana (resistencia intermediaria) INDICAÇÕES CLINICAS DA VANCOMICINA ✔ Usada como alternativa aos beta-lactamicos em pacientes alergicos. É uma alternativa no tratamento de infecções por estafilococos resistentes a oxacilina. ✔ Infecções em próteses (valvulas cardiacas, enxertos vasculares e ‘’shunts’’ neurocirurgicos ou de hemodialise). ✔ Endocardite, meningites pórs-neurocirurgia e peritonires pós-dialise peritoneal. ✔ Tratamento da colite pseudomembranosa, causada pelo C. Difficile, a vancomicina só deve ser utilizada após falha de tratamento com o metronidazol. CARACTERISTICAS FARMACOLOGICAS DA VANCOMICINA EV Meia vida de 6 a8h Eliminação renal Não deve ser misturado no mesmo frasco que cortisona, heparina, meticilina e cloranfenicol pois é inativada. EFEITOS ADVERSOS: Alergias, neurotoxicidade,ototoxicidade, síndrome do pescoço vermelho Evitar associação com Aminoclicosideos: neuro e ototoxicidade. NÃO indicado em gestantes e nutrizes Síndrome do pescoço vermelho - Quando você faz uma admintração muito rápida de vancomicina, isso faz com que haja uma liberação de estamina e ele fica todo vermelha. Ai você deve diluir o antibiótico no soro glicosado ADMINISTRAÇÃO ✔ Uso em sepse, BCP, osteolemite, endocardite e meningoencefalites por estafilococos resistentes ✔ DOSE: 30mh/kg/dia de 12-12h – EV ✔ Diluir em 100 a 250ml de solução e infundir em 30ª 601 ✔ Vancomicina: frasco-ampola de 500mg e 1h EV TEICOPLANINA ✔ A teicoplanina é ativa contra estafilococos sensíveis e resistentes a meticilina. ✔ Possui atividade antimicrobiana e mecanismos de ação similar a Vancomicina ✔ Também são sensíveis Listeria monocytogenes, Corynebacterium spp., Clostridium spp., cocos gram-positivos anaeróbicos, estreptococos não viridans e viridans, S. pneumonia e enterococos. Algumas cepas de estafilococos, coagulase-positivas e coagulase-negativas, bem como enterococos e outros microrganismos que são intrinsecamente resistentes à vancomicina (ex: Lactobacillus spp.e Leuconostoc spp.), são resistentes à teicoplanina. ✔ Apresente menor oto e neurotoxicidade Meia vida mais longa: 70h. EV e IM NÃO PENETRA LCR MESMO EM MENINGES INFLAMADAS Eliminação renal NÃO indicado em gestantes e nutrizes USO CLÍNICO ✔ Os principais usos clínicos da teicoplanina são tratamento de infecções causadas por bactérias gram-positivas suscetíveis, incluindo bacteremia, infecções complicadas da pele e tecidos moles, infecções complicadas do trato urinário, pneumonia adquirida na comunidade e hospitalar, infecções nas articulações e nos ossos, endocardite, diarreia associada a C. difficile (via oral) e profilaxia cirúrgica. POSOLOGIA DOSE ADULTOS: 12mg/kg/dia por 12-12h por 4 dias e depois 6mg/kg/dia em dose única DOSE CRIANÇA: 10mg/kg/dia a cada 12h por 4 dias e depois 6 a 10mg/kg/dia em dose única COLITE PSEUDO-MEMBRANOSA: 200g VO 3x por dia no primeiro dia e depois 2x ao dia TARGOCID frasco-ampola de 200 e 400mg LIPOPEPTIDEOS ✔ A daptomicina é um antibiótico lipopeptídico cíclico derivado do Streptomyces roseosporus. O desenvolvimento clínico da daptomicina, descoberta há mais de 25 anos atrás, foi retomado em resposta à necessidade crescente de antibióticos bactericidas eficazes contra as bactérias gram-positivas resistentes à vancomicina. ✔ ATIVIDADE: MRSA, S. epidermidis, enterococos resistentes a vancomicina MECANISMO DE AÇÃO ✔ A daptomicina liga-se às membranas bacterianas, resultando em despolarização rápida da membrana celular, inibindo a síntese de DNA, RNA e proteínas. Possui atividade bactericida que depende da concentração. Inibição Da síntese de peptidoglicano Inibição do ácido lipoticóico da membrana citoplasmática – morte da bactéria em 60 minutos Efeito pós antibiótico em stafilococos e enterococos de 6h CARACTERISTICAS Não é absorvido VO Ligação proteica 95% , meia vida de 6h Não atravessa a barreira hematoencefálica Excretada na urina Interação surfactante pulmonar –reduzida ação em pneumonias ESPECTRO DE ATIVIDADE ✔ A daptomicina é um antibiótico bactericida seletivamente ativo contra bactérias gram- positivas aeróbicas, facultativas e anaeróbicas, que incluem estafilococos, estreptococos e enterococos. INDICAÇÕES CLÍNICAS Infecção da corrente sanguínea: tratamento da infecção da corrente sanguínea causada por Staphylococcus aureus (isolados sensíveis ou resistentes à meticilina) Infecções complicadas de pele e estruturas da pele Endocardite estafilococcica CARACTERISTICAS FARMACOLOGICAS EFEITOS ADVERSOS: Miosite de mãos, punhos e antebraços precedida por aumento de CPK sérica Nome comercial: CUBICIN DOSE: 6mg/kg/dia. Infecções cultâneas 7 a 10 dias. Caso de sepse 14 dias. Endocardites por estafilococos 3-4 semanas. ✔ TEM QUE MONITORAR A CPK DESSE PACIENTE devido a miosite, que causa destruição de musculo. AMINOGLICOSÍDEOS ✔ Em 1944 Waskman isolou a estreptomicina ✔ Isolados a partir de fungos dos gêneros Streptomyces (estreptomicina, tobramicina, neomicina), Micromonospora (gentamicina)e semi-sintéticos (amicacina). ✔ Estrutura química complexa formada por açúcares e agrupamentos amina, com características farmacodinâmicas e farmacocinéticas comuns. ✔ O grupo dos aminoglicosideos inclui a gentamicina, tobramicina, amicacina, plazomicina, estreptomicina, paromomicina, espectinomicina e neomicina. ✔ Os aminoglicosideos são inibidores bactericidas da síntese proteica. CARACTÉRISTICAS GERAIS DOS AMINOGLICOSÍDEOS ✔ Eles contem aminoácucares ligados a um anel aminociclitol por ligações glicosídicas. São poli cátions. ✔ São substâncias solúveis em água, estáveis em ph 6 a 8, e com estrutura polar de cátions, o que impede sua absorção via oral. ✔ Exerce então sua ação principalmente em meio aeróbio e ph alcalino. Portanto, em coleções purulentas sua concentração é ruim. Uma vez que eles precisam de oxigênio e energia para entrar na célula bacteriana. Assim, os aminoglicosideos só possuem atividade em bactérias aeróbias. Nas bactérias anaeróbias eles não são ativos devido a necessidade da presençade O2 para o transporte ativo da droga nas células microbianas. ✔ Não penetram no LCR. AMINOGLICOSÍDEOS EM USO NO BRASIL SISTÊMICOS TÓPICOS Estreptomicina segundo antibiótico de uso sistêmico Neomicina Gentamicina Paramomicina Tobramicina Soframicina Netilmicina Amicacina Espectinomicina ESPECTRO DE AÇÃO DOS AMINOGLICOSÍDEOS Principalmente ativos contra Gram- Ativos contra Brucella sp. e Yersinia sp. As bactérias anaeróbicas sao intrisecamenteresistentes aos aminoglicosideos. MECANISMO DE AÇÃO ✔ São transportados ativamente pela membrana celular às custas de oxigênio e energia. Dentro da célula, ligam-se à unidade 30S dos ribossomos e induzem à síntese de proteínas ‘’erradas’’. Interferindo na montagem do aparelho ribossomal funcional e/ou causando a leitura incorreta do código genético pela subunidade 30S do ribossomo completo. ✔ Ligam-se ao ribossomo e bloqueiam a ligação do RNA mensageiro, inibindo a síntese protéica. ✔ Antibióticos inibidores da formação da PC agem de froma sinérgica aos aminoglicosídeos, uma vez que facilitam sua penetração na célula. Ativo contra Staphylococcus (Gentamicina) Ativos contra Pseudomonas (exceto estreptomicina e espectinomicina) Inativos contra bactérias intracelulares Ativo contra Mycobacterium sp. Paramomicina: eficiente contra protozoários ✔ Essas proteínas “erradas” formam bactérias defeituosas. ✔ Membrana celular defeituosa que provoca a saída de Sódio, Potássio, Aminoácidos e outros constituintes essenciais da célula, resultando em morte do microorganismo. AÇÃO BATERIOSTÁTICA ✔ Podem também inibir a síntese de proteínas por interagirem com um ou mais pontos da proteína de ligação do ribossomo, interferindo na ligação do RNAm com o ribossomo, impedindo a ligação dos a.a para formar a ptn codificada. ✔ O efeito bactericida dos aminoglicosideos é concentração-dependente. Isso é, a eficácia depende da concentração máxima do fármaco acima da concentração inibitória mínima do microorganismo. ✔ Eles também efeito pós-antimicrobiano, que é supressão bacteriana continuada após a concentração do antimicrobiano cair abaixo da CIM. • Estreptomicina ✔ Os aminoglicosideos mudam a conformação da unidade 30s e isso vai levar a morte da bactérias. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA • Intrínseco: Bactérias anaeróbias • Adquiridos: origem cromossômica ou plasmidial. Comumente resulta da aquisição de plasmídeos conjugativos, contendo genes de resistência, os quais conferem resistência múltipla. Três mecanismos bioquímicos: 1- Alteração do receptor da droga (ribossomo) • Resulta da mutação cromossômica • Menos freqüente e menos importante na prática clínica • Estreptomicina • Enterococo 2- Diminuição da penetração do antibiótico no interior da bactéria • Mutações cromossômicas que afetam o transporte ativo • Resistência cruzada a todos AMG • P. aeruginosa • Enterobactérias (menor freqüência) • Estreptococos 3- Produção de enzimas que modificam e inativam o antibiótico. • É o mais freqüente e importante na prática clínica • 3 grupos: fosfotransferases, adeniltransferase(ou nucleotidiltransferase) e acetiltransferase. • Dependente da espécie e cepa bacteriana que pode ao mesmo produzir diferentes enzimas ✔ SINERGIA DOS AMINOGLICOSIDEOS COM OS BETA-LACTÂMICOS – Uma droga ajuda no efeito da outra. Os beta-lactamicos inibem a síntese da parede celular das bactérias e isso facilita a ação dos aminoglicosideos porque isso facilita a entrada destes na parede das bactérias. ✔ Os macrolideos inibem a síntese proteica da bactéria, ai ela vai ficar parada. Macrolideos e beta lactamicos não podem ser administrados juntos, são antagonistas um do outro. ASPECTOS FARMACOLÓGICOS Uso EV, IM VO Tópico Não são absorvíveis por VO: utilização para descontaminação da flora intestinal (Neomicina). Por VO, apenas 1% é absorvido Via EV direta está contraindicada pelos riscos de toxicidade aguda. Não atingem LCR e próstata Perdem ação em pH baixo Meia-Vida de 2 e 3 h (11 a 12h no ‘labirinto) No ouvido eles tem uma meia vida de 11 a 12 hrs e isso pode levar a um acumulo de antibiótico no ouvido Não sofrem metabolização Difunde-se pela linfa e entram no peri-linfático do ouvido interno, mantendo meia-vida de 11 a 12 hs no líquido do labirinto. Marcada afinidade pelo tecido renal cortical,fixando-se as células corticais e acumulando –se em concentrações 10 a 50 X maiores que no sangue . Nefrotoxicidade pelo acumulo nos rins, e ototoxicidade devido acumulo no ouvido Eliminação renal e 1% nas fezes Sinergismo com beta-lactâmicos e glicopeptídeos. • Administração deve ser separada dos beta-lactâmicos: inativação química • Aumento da nefrotoxicidade com glicopeptídeos, clindamicina, anfotericina B Streptomicina é usada em tratamento alternativo de tuberculose. INDICAÇÕES Infecções urinárias, notadamente pelonefrite e abcesso perinefrético; Infecções intra-abdominais (com metronidazol); Profilaxi cirúrgica – cirurgias contaminadas Endocardite infecciosa (com beta lactamicos ou glicopeptideos) Tuberculose(intolerância ou resistência a primeira linha) EFEITOS COLATERAIS Nefrotoxicidade + Bloqueio neuromuscular + Ototoxicidade Dor e enduração no local da injeção IM Bloqueio neuromuscular, potencializado por curarizantes. Sempre diluir em 50 a 100 mL e infundir em 30 e 60 minutos. Alergia Nefrotoxicidade, potencilizada com uso de diuréticos de alça, anti- inflamatórios não-hormonais, Anfotericina B, etc. Polineurite, inclusive óptica Ototoxicidade, pode levar surdez irreversível. Gestantes: pode causar surdez no feto CONTRAINDICADO Diarréia e colite psedo- membranosa Bloqueio canais cálcio com efeito inotrópico negativo coração – depressão miocárdica CONTRA-INDICAÇÕES Avaliar relacao de risco-beneficio Nefropatia aguda e cronica não- dialitica Surdez, vertigem, zumbido Miastenia gravis Gestação ESTREPTOMICINA ✔ Tratamento da tuberculose, endocardite (em associação com penicilinas) ✔ IM ou EV ✔ Eliminação Renal ✔ Dose Adulto: 0,5 a 1 g IM dia ✔ Dose Criança: 25 a 30 mg/kg/dose ✔ Genérico. Frasco-ampola 1 g GENTAMICINA ✔ Atividade sobre Enterobactérias e Pseudomonas ✔ Ação sinérgica com penicilinas e vancomicina e antagônica com tetraciclinas e cloranfenicol ✔ Indicado em ITU, peritonite, BCP, infecções biliares , intra-abdominais e endocardite. ✔ Colírios: infecções externas dos olhos ✔ Excretado no leite (altera microbiota intestinal- evitar). ✔ Eliminação Renal e Biliar ✔ 3 a 7 mg/kg/dia em dose única diária IM ou EV. Garamicina. Ampola de 10 a 280 mg TOBRAMICINA ✔ Ação sobre Gram -, Staphylococcus e gonococos ✔ Excreção no leite ✔ EV ou IM 3 a 5 mg/kg/dia 12/12 h ✔ Inativada pela carbenicilina e ticarcilina ✔ Sinérgica com outros beta-lactâmicos ✔ Tobramina ampolas de 75 e 150 mg AMICACINA/NETILMICINA Mais resistente dos aminoglicosídeos às enzimas bacterianas Há algumas cepas de E. coli, Pseudomonas e Klebsiella que inativam a Amicacina Eliminação renal Excreção no leite materno AMICACINA ✔ Indicada em infecções graves por Gram – e por Staphylococcus (em associação com Oxacilina): sepse, BCP, colecistite e ITU ✔ Amicacina: dose 15 mg/kg/dose em dose única diária ou 12/12 h. Novamin ampolas de 125, 250 e 500 mg ✔ Efeitos adversos: idem OUTROS AMINOGLICOSÍDEOS ✔ Espectinomicina: Trobicin frasco ampola 2 g. Uso na gonorréia e cancro mole com dose 2 a 4 g ✔ Neomicina: ação contra estreptococo, estafilococos, enterobactérias e micobactérias. Usado na “esterilização” e alça intestinal (100m/kg/dia) e de forma tópica em ferimentos. USOS CLÍNICOS ✔ O uso mais frequentedos aminoglicosideos é para TERAPIA EMPÍRICA DE INFECÇÕES GRAVES, como septicemia, infecções nosocomiais do trato respiratorio, infecções complicadas do trato urinário, infecções intra abdominais complicadas e osteomelite causada por bacilos gram negativos aeróbios. TERAPIA COMBINADA COM GENTAMICINA: Para tratamento de infecções enterocócicas invasivas como endocardite que não exibem alto nível de resistência aos aminoglicosideos. O uso profilático de aminoglicosídeos (em combinação com clindamicina ou vancomicina) geralmente é restrito para procedimentos cirúrgicos que envolvem o trato gastrointestinal, trato urinário ou trato genital feminino em pacientes com alergias que impedem o uso de beta-lactâmicos. AFENICÓIS CLORAFENICOL E TIANFENICOL ✔ Descoberto em 1947 a partir de culturas de Streptomyces venezuelae ✔ 1950- Cloranfenicol sintetizado (possui agrupamento nitroso em sua molécula) ✔ 1952 – Tianfenicol sintetizado(não possui agrupamento nitroso) ✔ Com a disseminação do uso, tomou-se evidente que o fármaco podia provocar discrasias sanguíneas graves e fatais. Por esse motivo, é reservado hoje para o tratamento de infecções potencialmente fatais (ex: meningite, infecções por riquétsias) em pacientes que não podem receber fármacos alternativos mais seguros por causa de resistência ou alergias. AFENICÓIS • Pouco solúveis em água • Sabor fortemente amargo ✔ Necessária sua conjugação com ésteres (palmitato, glicinato e hemisuccinato) para uso VO ou Parenteral. ✔ Esteres são hidrolisados no duodeno e estômago liberando a droga ativa ✔ Efeito bacteriostático por inibição síntese protéica MECANISMO DE AÇÃO ✔ Ligam-se nas sub-unidades 30 s e 50s dos ribossomos e interferem na síntese protéica, inibindo-a. ✔ Ação mais importante é ligação a fração 50S do ribossomo, inibindo ação de peptil transferases e bloqueando a união dos aminoácidos na formação do polipeptídeo. MECANISMO DE RESISTENCIA ✔ Inativação enzimática através de acetilação enzimática do antibiótico, devido presença nos germes resistentes de cloranfenicol-acetiltransferase.>>catabólitos inativos. ✔ Impermeabilidade do germe à droga. ESPECTRO DE AÇÃO Gram + e Gram – • Estreptococos viridans • Pneumococo • Hemófilos • Enterococos • Listéria • Corynebacterium difteriae • Enterobactérias (Samonella, Shighella, E.coli, Proteus, etc.) • Estafilococos • Leptospiras • Treponemas • Anaeróbios, inclusive B. fragilis • Intracelulares (Bartonella, Riquéstia, Clamídia, Micoplasma) ✔ Limitam-se às infecções para as quais o benefício ultrapassa os riscos de toxicidade potencial. Quando se dispõe de outros antimicrobianos igualmente eficazes e potencialmente menos tóxicos do que o cloranfenicol, deve-se utilizá-los. ✔ Passa a ser de uso restrito: infecções graves, como meningite, tifo e febre tifóide; febre maculosa das Montanhas Rochosas. CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS • Meia-Vida: 3 horas • Biodisponibilidade VO: 100% • Biodisponibilidade EV: 70% • Raramente usado IM (absorção errática) • Tópica: colírios • Molécula pequena e lipossolúvel: boa penetração em quase todos os tecidos, inclusive LCR em barreira íntegra. Má penetração em feto e ossos. • METABOLISMO: 90% da metabolização via hepática pela glicuroniltransferase, citocromo P450 e outras vias. • Eliminação: renal • Em hepatopatas e /ou nefropatas risco de intoxicação ✔ Tem antagonismo quando utilizado junto aos aminoglicosídeos e beta-lactâmicos ✔ Efeito Antabuse quando ingerido com álcool. ✔ Não deve ser preparado no mesmo frasco que vitamina C e B, pois é inativado. CLORANFENICOL – INDICAÇÕES CLÍNICAS E DOSES: 50MG/KG/DIA 6-6H • Febre tifóide • Abscesso cerebral • Meningite por hemófilos • Riquetsioses • Bartonelose • Bacteroides fragilis • Meningites por Pneumo e Meningococos em alérgicos aos beta-lactâmicos TIANFENICOL • Gardnerella: 2,5 g VO • Hamophilus ducrey: 5,0 g VO • Callymmatobacterium granulomatis: 500 mg 8/8h 10 a 14 dias EFEITOS ADVERSOS • Polineurites (uso prolongado) • Superinfecções • Síndrome Cinzenta (em RN e hepatopatas)-Cloranfenicol • Náusea, vômito, diarréia ANFENICÓIS ✔ O mais importante -medula óssea. ✔ Afeta o sistema hematopoiético de 2 maneiras Toxicidade Hematológica irrreversível ✔ Através de uma resposta idiossincrática manifestada por anemia aplásica que, em muitos casos, leva a uma pancitopenia fatal. 1:30.000 Toxicidade Hematológica reversível: ✔ Relacionado com a dose, consiste em uma suspensão eritróide comum e previsível (porém reversível) da medula óssea; ✔ Provavelmente causado pela ação inibitória do fármaco sobre a síntese mitocondrial de proteína comprometendo a incorporação do ferro no heme SINDROME CINZENTA • Metabolização ineficiente de cloranfenicol e/ou excesso de dose. • Mais freqüente em RN • Letargia • Hipotonia • Fezes esverdeadas + distensão abdominal • Hipotermia • Cor acinzentada da pele • Choque e morte ✔ Cloranfenicol: Quemicetina CP 250 e 500 mg e solução 250 mg/5mL ✔ Tianfenicol: Glitisol drágeas 500 mg, sacos granulados com 8g e frasco-amploa com 250 e 750 mg ✔ VO e IV TETRACICLINAS 1948 – Aureomicina a partir de Streptomyces aureofaciens 1950- Terramicina a partir de S. rimosus 1953 S. alboniger – Tetraciclina Básica (semi-sintética) Oxitetraciclina, Doxiciclina e Minociclina (sintéticas) Uso indiscriminado levou resistência e pesquisas para superar problemas de resistência Minociclina como droga base, surgiram as glicilciclinas MECANISMOS DE AÇÃO ✔ Ligam-se a sub-unidade 30 s dos ribossomos e impedem transcrição do RNAm, inibindo assim a síntese proteica levando a um efeito bacteriostático. ✔ BACTERIOSTÁTICOS MECANISMOS DE RESISTÊNCIA 1. Diminuição do influxo ou aquisição via efluxo dependente energia 2. Alteração ribossômica 3. Produção enzimas ESPECTRO E USO CLÍNICO ✔ Lipossolúvel (ação intracelular) ✔ Primeira Escolha para: – Riquétsia – Clamídia – Borrelia – Mycoplasma – Plasmodium falciparum – Mycobacterium leprae (minociclina)e M.marinum FARMACOCINÉTICA ✔ As tetraciclinas são classificadas pelo tempo de ação: AÇÃO CURTA (6-8h): Clortetraciclina, Tetraciclina, Oxitetraciclina. AÇÃO INTERMEDIÁRIA (8-12h): Metaciclina AÇÃO LONGA (16-24h): Doxiciclina, Minociclina. ✔ Diminuem a absorção das tetraciclinas: Alimentos, cátions divalentes de cálcio, magnésio, ferro e trivalentes de aluminio, lactínios, antiácidos e pH alcalino. ’ ✔ Metabolizadas pelo fígado ✔ Eliminação renal (oxi e tetraciclina 60% e 40% bile), biliar (minociclina) e intestinal (doxiciclina) ✔ Potencializa hipoglicemiantes orais ✔ Uso de neurolépticos incrementa a metabolização das tetraciclinas(inativação) ✔ Clorpropamida aumenta toxicidade ✔ Diurético +Tetraciclina = toxicidade ✔ Potencializa ação de anticoagulantes ✔ Reduz eficácia dos anticoncepcionais hormonais (agem bactérias intestinais que que hidrolisam os esteróides conjugados) ✔ Reação fostossensibilidade exposição solar direta durante tratamento INDICAÇÕES: • RIQUETSIOSE • MALÁRIA FALCIPARUM EM ASSOCIAÇÃO COM QUININO • ACNE EFEITOS ADVERSOS Alergia Diarréia Naúseas Síndrome Dispéptica Superinfecções intestinais: candida, estafilos resistentes e C. difficile Fotossensibilização Teratogênico- malformações ósseas e dentárias Hepatotóxico- degeneração gordurosa fígado mais comum em gestantes que usaram mais 2 g/ Vestibulotóxico (minociclina) CONTRAINDICADAS EM GESTANTES e menores de 8 anos ✔ Tetraciclinas Caps 250 e 500 mg Tetrex ✔ Oxitetraciclina Caps 500 mg e xarope 125 mg/5mL Terramicina ✔ DoxiciclinaCp 100 mg Vibramicina ✔ Minociclina Cp 100 mg Minomax ✔ Tetra e Oxitetra: 20 a 40 mg/kg/dia 6/6 h ✔ Doxiciclina/Minociclina: 100 mg 12/12 ou a cada 24h em crianças 2 mg/kg em dose única/dia GLICILCICLINAS TIGECICLINA • Minociclina de 2ª geração • EV, não é absorvida por via oral • G+, G-, enterobactérias, Estafilococos beta-lactamase +, Anaeróbios, bactérias intracelulares ✔ Distribuição líquidos e tecidos ✔ Pouco metabolizada ✔ Eliminada 90 % como droga ativa ( 60% bile e fezes e 33% urina Efeitos adversos: • Náusea, vômito, tontura, alergia • Elevação TGO TGP Fosfatase alcalina • Anemia Indicações Infecção de tecidos moles Infecções intra-abdominais Tygacil - frasco amp 50 mg 100mg dose inicial e depois 50 mg 12/12 h diluído em SF gotejamento lento 1h . MACROLÍDEOS ✔ Um dos antibióticos mais antigos. ✔ A Eritromicina, obtida do fungo Streptomyces erythreus, é a droga mãe e a partir dela temos os derivados Azalideos e Cetolideos. ✔ Tem principalmente ação contra cocos Gram+, cocos Gram – e bactérias atípicas. ✔ Essas bactérias agem sobre bactérias atípicas, aquelas que não tem parede celular. Essas geralmente causam pneumonias. ✔ As principais drogas relacionadas a esta classe são a Eritromicina, Claritromicina, Azitromicina e Espiramicina. ✔ Os macrolideos podem ser subdivididos em dois grupos: 1. ORIGEM NATURAL 2. ORIGEM SEMI SINTÉTICA: Subdividido em 3 subgrupos, de acordo com a modificação quimica realizada no nucleo da eritromicina. Propriedade antimicrobiana, farmacocinéticas e quimicas diferentes da droga mãe. 1º SUBGRUPO: Roxitromicina e Claritromicina 2º SUBGRUPO: Azalídeos: Azitromicina 3º SUBGRUPO: Cetolídeos: Telitromicina ✔ Os novos macrolideos são mais estáveis em meio ácido, o que melhora a absorção oral, a tolerancia e propriedades farmacocineticas. Com essas modificações eles ficaram com maior espectro de ação. ERITROMICINA ✔ Descoberta em 1952, Streptomyces erythreus – estreptomiceto de cor avermelhada. Foi isolado de amostras de solo da ilha Panay nas Filipinas. ✔ É formada por 3 componentes: Eritromicina A, B e C. Sendo a eritromicina A a predominante e mais ativa. ✔ A eritromicina é um fungo que faz colonia vermelha, por isso o nome ✔ Os ésteres propionato, estolato e estearato facilitam a absorção e tolerabilidade da administração oral da droga, já que reduzem seu sabor amargo. Mesmo assim, a absorção dos compostos com ésteres é prejudicada na presença de alimentos, da mesma forma como ocorre com a eritromicina base. MECANISMO DE AÇÃO: Eles se ligam irreversivelmente a sub-unidade 50s dos ribossomos e impedem a transferência de aminoácidos pelo RNA transportador para formar proteínas, ou seja, bloqueiam a síntese proteica. RESISTÊNCIA Bacilos Gram – são naturalmente resistentes, pois são impermeáveis ao antibiótico. É exibido por Enterobacteriaceae, Pseudomonas spp, Acinetobacter spp devido a diminuição da permeabilidade do envelope celular externo. Bomba de efluxo Mudança do sitio de ação Diminuição da entrada do antibiótico: Pseudomonas sp, Acinetobacter sp, S. pneumoniae Mutação dos neges do sitio de ligação na subunidade 5-S do ribossomo: S.pneumoniae, S. aureus, E. coli, Mycoplasma pneumoniae, S.pyogenes, H. pylori, M. avium. Inativação enzimática e efluxo FARMACOCINÉTICA DA ERITROMICINA ✔ É um ácido lábil, comprimido com revestimento entérico. ✔ Absorção incompleta e a presença de alimentos retarda a absorção. ✔ Se for com estomago vazio ela vai ser degradada, se for com estomago cheio essa presença vai retardar a absorção. Deve ser administrado longe das refeições para melhor absorção. A formulação com estolato minimiza este efeito. ✔ A critromicina e as suas pró drogas são absorvidas pela mucosa intestinal de modo satisfatório ✔ Inativação no meio ácido (envoltório dissolução entérica). ✔ Difunde-se facilmente nos tecidos e líquidos orgânicos ✔ Não atinge concentração terapêutica no liquido amniótico ✔ 75% ligação proteica ✔ Não atravessa a barreira hematoencefálica, mesmo inflamada ✔ Metabolizada no fígado (80%) ✔ Excreção principalmente por via biliar ✔ Não usa em meningite ✔ A pro droga passa pelo estomago, no duodeno ela vai ser liberada e vai ser absorvida. O que não for liberado no intestino delgado ela é absorvida. Se ela for dada sem envoltório ela vai ser inativada em meio ácido, então ela vem geralmente envolvida pra não ser inativada no estomago. ✔ Então eles fizeram o uso de ESTERES para melhorar a absorção. Essa substancia não tem efeito farmacológico, ela apenas ajuda a melhorar a absorção. ESTERES DA ERITROMICINA Não possuem ação antimicrobiana e funcionam como pró-drogas com melhor absorção via oral. Lactobionato e Gluceotato: Administração intravenosa Estearato e Estolato: Melhor absorção por via oral Etilsuccinato, Dietilcarbamato e Glutarato: Administração intramuscular No Brasil só se tem macrolideos via oral. ✔ Meia vida: 1,5h – Adm EV, IM, VO tópico. USO CLÍNICO DA ERITROMICINA ✔ Não indicado em gestantes quando presente o estolato (hepatotoxico) ✔ Usado em substituição as penicilinas (alergia) – faringoamigdalites, impetigo, erisipela, escarlatina em alérgicos a penicilinas. ✔ Usado como droga de escolha para tratar: Difteria, Micoplasmas, Legionella, Chlamidia e Ureaplasma sp. Gardnerella vaginalis, Campylobacter. ✔ Uso tópico na Acne (propionibacterium acnes) ✔ Profilaxia de comunicantes de difteria e coqueluche ✔ VO dose de 30 a 40 mg/kg/dia de 6-6h ✔ CP de 250 e 500mg e suspensão de 125 e 250 mg/5mL. ✔ Ilosone, Pantomicina, Eritrex INDICAÇÕES CLÍNICAS: Coqueluche, difteria, legioneloses, pneumonias intersticiais pelo Mycoplasma pneumoniae, infecções genitárias e pélvicas por C. tracomatis e U. urealiticum Legioneloses: doença dos legionários. Causada por bactérias atípicas HIPERSENSIBILIDADE ÁS PENICILINAS: Profilaxia de febre reumática, infecções estreptocócicas de faringe e pele, sífilis em gestantes. Em pessoas com hipersensibilidade as penicilinas pode-se substituir pela eritromicina. INDICAÇÕES MEDICAMENTOSAS ✔ Efeito antagônico: Cloranfenicol, Lincosamidas, Cotrimoxazol, Penicilinas e Cefalosporinas. Vão competir pelos mesmo sitio de ação. ✔ Sofre metabolização acelerada na presença de Fenobarbital. ✔ Inativação na presença de vitaminas do complexo B e vitamina C. ✔ Se eu estou dando dois medicamentos sendo que ambos são metabolizados pela mesma via metabólica, e se um deles inibir as enzimas de metabolização isso causa prejuízo pois vai haver uma não metabolização, aumentando a meia vida e causando hepatoxicidade. Da mesma forma se o fármaco aumentar a atividade dessas enzimas, eu vou diminuir a meia vida dos medicamentos e isso pode reduzir seu efeito terapêutico. ✔ O fenorbarbital vai induzir a ação das enzimas do citocromo p450 e com isso a eritromicina vai ser metabolizada mais rápida e perde ação. ✔ Diminui o metabolismo por indução de isoenzimas do citocromo P450: Glicocorticoides, anticoncepcionais orais, teofilina, carbamazepina, ciclosporina, warfarin, digoxina. ✔ Uma serie de medicamentos vão ter seu metabolismo diminuído e isso faz com que haja um aumento de meia vida de medicamentos. Importante isso das azitromicinas: vai cair na prova. Esse negócio de enzima e interação com o medicamento. EFEITOS ADVERSOS DAS ERITROMICINAS Intolerancia digestiva: estimula contratilidade do intestino delgado. Causa náuseas e vômitos, dor abdominal, flatulência e diarreia. Pode causar perda auditiva reversível em altas doses. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE: Prurido, erupção maculopapular, febre, eosinoflia. Ictericia colestática. ESPIRAMICINA ✔ 1954 a partir de S. ambofaciens. ✔ Meiavida de 4 a 5h VO. ✔ Difunde-se facilmente nos tecidos e líquidos orgânicos. ✔ Atinge concentração terapêutica no líquido amniótico. ✔ Não atravessa a barreira hematoencefálica. ✔ Usada na toxoplasmose na gravidez quando a mãe está contaminada e não o feto pois ela não entra na barreira amniótica. ✔ Metabolização hepática e eliminação biliar e urinária (10%). Não é hepatotoxico. ✔ Não penetra LCR nem tecido cerebral fetal. ✔ Mesmo espectro de ação da Eritromicina e mais eficiente para Toxoplasma gondii. INDICAÇÕES CLÍNICAS Alternativa terapêutica para infecções por germes gram positivos Infecções bucodentárias e gengivite Toxoplasmose adquirida e da gestante Infecções genitais e pélvicas – C. tracomatis e U.urealticum Hipersensibilidade as penicilinas: Profilaxia de febre reumática, infecções estreptocócicas de faringe e sífilis. Substituto das penicilinas e no tratamento da gestante com toxoplasmose. 50 a 100mg/kg/dia de 6-6h ou 8-8h Rovamicina caps 500mg CLARITROMICINA ✔ Formulado em 1984 a partir da Eritromicina ✔ Mesmo espectro de ação que a eritromicina, sendo mais eficiente contra as bactérias intracelulares: Chlamydia, Mycoplasma pneumoniae e Legionella. ✔ Ao contrário da eritromicina, atua contra haemophilus. ✔ Ativo contra Mycobacterium leprae, M. avium-intracellulare, H pylori e T. gondii ✔ Meia vida de 5 a 7 h VO ✔ Metabolização hepática e eliminação renal ✔ Amoxilina + clavulanato + claritromicina para H.pylory ✔ Boa absorção via oral com niveis sericos mais prolongados ✔ Estavel em meio acido e boa difusao em liquidos e tecidos organicos ✔ Metabolização hepatica ✔ Eliminação por via renal INDICAÇÕES Sinusites, amigdalites, otites, BCP, furunculose, impetigo Droga de escolha nas pneumonias por Clamydia, Mycoplasma e Legionella. Droga de escolha no tratamento de Mycobacterium fortuitumchelonae e Mycobacterium avium-intracellulare (emasociação) Toxoplasmose cerebral em pacientes com AIDS. Só troca pela penicilina quando a pessoa tem alergia ou quando se desconfia de uma bactéria atípica sem parede celular. ✔ A claritromicina interfere com as enzimas do citocromo P450 por inibição. Metabolismo de benzodiazepínicos, neurolépticos, digoxina, warfarina, lovastatina etc. EFEITOS ADVERSOS Náuseas, vomito, desconforto abdominal, alteração do paladar, diarreia, dispepsia, hepatite colestatica. Colite pseudomembranosa POSOLOGIA ✔ Klaricid: cps 250 e 500mg ✔ Solucao oral: 125mg/5ml e 250mg/5ml ✔ Frasco ampola de 500mg ✔ 250 a 500mg de 12/12h ✔ Crianças 15mg/dia de 12-12h AZITROMICINA ✔ Formulada em 1986, tem espectro mais amplo que eritromicina (ativo contra gram -), melhor farmacocinética e melhor tolerância ✔ Ativo contra: Streptococcus, Staphylococcus, Listeria, Corynebacterium, Gram -: Haemophilus, Neisseria, Moraxella, Brucella, Pasteurella, Legionella, Campylobacter, Salmonella, Shigella, Yersinia. ✔ Ativa contra: Cryptosporidium, Toxoplasma, Babesia, Entamoeba hystolitica FARMACOCINÉTICA Alimentos e hidroxido de aluminio ou magnesio inibem a absorcao da droga Boa absorcao VO Boa difusão nos tecidos e baixa concentração no sangue Meia vida de 14 a 20h VO sérica e nos tecidos 60h Pouco metabolizada – eliminada 72% em forma ativa Eliminação: fezes – intestino- e urina Prescreve 3 dias de antibiótico porque a meia vida dela é bem alta Por isso azitromicina é dada em dose única diária ou em menos doses ZITROMAX CP 250 e 500mg e susp 200mg/5ml INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ✔ Não inibe as enzimas do citocromo P450 ✔ Ergotamina ✔ Digitálicos – risco de intoxicação digitálica PRINCIPAIS INDICAÇÕES Infecções de pele e trato respiratório por strepto e estafilococos Infecções respiratórias por Haemophilus e Bordetella Toxoplasmose cerebral AIDS Uretrite por clamídia e Ureoplasma Mycobacterium avium-intracellulare Pode ser usado em gestantes EFEITOS ADVERSOS ✔ Bem tolerada ✔ Nauseas, diarreia, desconforto abdominal cefaleia leve, tontura, Rash cutâneo – raro-, perda auditiva em altas doses. TELITROMICINA ✔ Derivado da eritromicina, cetolideo ✔ Mecanismo de ação semelhante a eritromicina ATIVO CONTRA: Estreptococos, pneumococos, estafilococos, corinebactérias, moraxela, bordetela, neisseria, micoplasma, clamideia, legionela. INDICAÇÃO CLINICA: Infecções respiratórias comunitárias. E exacerbações DPOC. ✔ Efeito pós antibiótico media de 4hs ✔ Absorção VO, meia vida 9h ✔ Metabolização hepática e interfere em enzimas do citocromo P450 ✔ Boa tolerabilidade mínimos efeitos adversos ✔ Ketek – 400mg – dose diária 800mg – dose unica LINCOSAMIDAS ✔ Espectro de ação e mecanismo de ação semelhante ao dos macrolideos, sendo seus substitutos naturais e por consequência possíveis substitutos de penicilinas ✔ Antibiótico natural: Lincomicina ✔ Antibiotico semi sintético: Clindamicina ✔ Eles tem apresentação injetável. O principal representante é a lincomicina MECANISMO DE AÇÃO Inibem a síntese proteica por ligação da unidade 50S dos ribossomos das bactérias sensíveis Bacteriostáticos FARMACOCINÉTICA ✔ Antagonico aos macrolideos, pois ligam-se ao mesmo sitio ✔ VO, EV e IM ✔ VO absorção incompleta e sofre interferência de alimentos – lincomicina ✔ Lincomicina e Clindamicina: metabolizada no fígado e eliminada pelas fezes, bile e urina. ✔ Meia vida de 6 a 12h. ✔ Não penetra no LCR. As lincomicinas não penetram de jeito nenhum no LCR ESPECTRO DE AÇÃO ✔ Lincomicinas: difteria, estafilococos, estreptococos, substitui as penicilinas. ✔ Trata igual as penicilinas naturais. Pfalciparum, anaeróbios, difteria, abcessos, fasceite necrosante, sepse por anaetobios, abortamento infectado. Ativos contra cepas ca-MRSA ✔ Já a clindamicina já abrange mais coisas ✔ Aquele caso do paciente com celulite poderia dar a clindamicina. Ela tem acao contra anaeróbios ✔ É ativo contra MARSA de comunidade e anaeróbios CLINDAMICINA INDICAÇÕES CLÍNICAS: Infecções intra-abdominais, infecções pélvicas – incluindo abortamento séptico- e infecções pulmonares – abcesso pulmonar, pneumonia aspirativa, empiema- causadas por anaeróbios gram-positivos e anaeróbios gram-negativos. ✔ Não atinge concentração no liquor, mesmo com meninges inflamadas ✔ Usa onde a gente tenha anaeróbios envolvidos seja eles gram positivos ou gram negativos INDICAÇÕES: Infecções odontogenicas, sinusites, otite crônica, osteomelite – causadas por estafilococos sensíveis a oxacilina ou anaeróbios- e infecções de pele por streptococos ou estafilococos. Eripsela e infecções de partes moles É alternativa terapêutica para corioretinite ou encefalite por Toxoplasma gondii – em doses elevadas – e malária P. falciparum Trata celulites também EFEITOS ADVERSOS ✔ Diarreia – 8% dos pacientes (10% colite pseudomembranosa por C. dificille) ✔ Exantema em 10% dos pacientes ✔ Febre, reação anafilactoide são raras ✔ Flebites ✔ A clindamicina é um dos antibióticos que mais induzem a colite pseudo membranosa por c. difficile. Por seu espectro de acao ser para gram + e - anaerobios e isso elimina toda nossa flora, assim pode gerar uma infecção. Por isso temos diarreia e colite pseudomembranosa. ✔ Pra tratar colite pseudomembranosa é o metronidazol ou vancomicina oral. POSOLOGIA Clindamicina: Dalacin C EV: 15-40mg/kg a cada 8hrs Infecções pequena-média gravidade: 300mg a cada 8hrs Infecções graves: 450 a 600mg a cada 8hrs B. fragilis: 900mg a cada 8hrs Uso diluída no soro glicosado 5% ou fisiológico – correr em 30 a 60 minutos.
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