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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais DFQ - Departamento de Física e Química Curso de Graduação em Engenharia Mecânica Experimento de Coeficiente de Restituição Autor: Arthur Ferreira da Silva Prof. Natalia Mattar Cantagalli Contagem 26/10/2019 Introdução: Quando dois corpos colidem, estes sofrem deformações e então tendem a retomar a sua forma original, fazendo com que os corpos voltem a se afastar entre si. Para estudar as colisões entre os corpos há uma grandeza física útil, o coeficiente de restituição, representado pela letra grega ε (épsilon), que nos diz que caso a energia cinética se conserve, a colisão é elástica, logo, ɛ=1 e não há perda de energia cinética; caso contrário, ela é inelástica, logo, ɛ<1 e há dissipação de parte da energia cinética. Além disso, quando os dois corpos permanecem unidos após o choque, esta é completamente inelástica. Objetivo: Determinar o coeficiente de restituição na colisão de um planador deslizante sobre um trilho de ar com uma goma elástica e utilizar os conhecimentos adquiridos, equacionando e resolvendo problemas relativos à conservação de energia. Materiais utilizados: Trilho de ar Planador Goma elástica Régua Trena Caneta Base de apoio para o trilho Método: Figura 1: Ilustração do procedimento realizado Inicialmente, posicionamos uma base de apoio para o trilho, em seguida medimos a distância inicial (R0), que será a distância inicial do planador até a goma elástica, ligamos o ar do trilho e abandonamos o planador. Uma vez que o trilho estava levemente inclinado com um ângulo α, o planador ao descer, colidiu com a goma elástica, provocando assim um impulso de retorno em direção à posição inicial. Em seguida marcamos e medimos o alcance Rn, visualmente, com uma caneta, construindo a tabela 1, sendo que Rn é a distância que o objeto percorre após a enésima colisão com a gominha. Nesse experimento foram tomadas as distâncias com base em 10 colisões, portanto, n=10. Para responder as questões propostas pela professora e pelo texto da atividade, utilizamos as seguintes equações: 1. , sendo Va a velocidade adquirida pelo planador durante a descida até colidir com a goma elástica no final do percurso, e Vd a velocidade com que o planador sobe a superfície inclinada após a colisão. Disso, temos que . Além disso, como , temos que . Portanto, convém dizer que . 2. . Como precisamos linearizar essa equação, temos que Resultados e análises: A partir do experimento obtivemos os seguintes resultados: Tabela 1: Alcance Rn após 10 colisões do planador com a goma elástica Tabela 2: Valores Rn transformados em ln (Rn) após 10 colisões do planador com a goma elástica Após coletar os valores de Rn e converter os valores de Rn em ln (Rn), partimos para a construção dos gráficos através do programa Scidavis. Inicialmente, fizemos o gráfico Rn versus n para verificar o formato de um gráfico exponencial. Gráfico 1 - Dados da 1ª tabela: A partir do gráfico Rn (m) versus n (Quantidade de colisões), concluímos que há uma curva, portanto, o gráfico não é linear. Em seguida partimos para a análise do coeficiente de restituição, que pode ser obtido com os dos dados da tabela 2. Gráfico 2 - Dados da 2ª tabela: ln (Rn) = ln(R0) + 2n*ln(ɛ) A partir do gráfico ln (Rn) versus n (Quantidade de colisões), podemos concluir que se trata de uma função linear na forma Y=AX+B. Logo, ao trocar os valores, temos que A = 2ln(ɛ) = -0,118, enquanto B = ln(R0) = 0,55. Para descobrirmos o coeficiente de restituição basta desenvolver a equação de A, ou seja, . Assim, podemos dizer que , logo, . Com isso, temos que ɛ = 0,94. Esse resultado nos indica que a colisão é inelástica e sugere que o deslocamento seguinte será sempre menor que o anterior uma vez que o objeto perde, sucessivamente, parte de sua energia cinética. Conclusão: De acordo com o experimento, vimos que as colisões envolvem troca de energia e conseguimos determinar o coeficiente de restituição. Entretanto, através da análise dos gráficos 1 e 2 concluímos que no experimento ocorreram erros já que ao fazer a regressão linear, tivemos pontos fora da curva/linha. Esses erros podem ter sido causados por falha humana, visto que a marcação da posição foi feita visualmente, e por causa da base de apoio para o trilho, visto que esse objeto se deformava a cada colisão, gerando uma leve mudança na inclinação do trilho, e, consequentemente, variação na posição seguinte. Referências bibliográficas: [1] Caderno de Atividades de Laboratório de Física Geral 1. n 01,846 11,576 21,391 31,176 41,026 50,921 60,824 70,743 80,671 90,616 100,566 Rn (m) nln (Rn) 01,8460,613021136 11,5760,454889991 21,3910,330022913 31,1760,162118849 41,0260,025667747 50,921-0,082295243 60,824-0,193584749 70,743-0,297059234 80,671-0,398986142 90,616-0,484508315 100,566-0,569161201 Rn (m)
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