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Farmacoterapia endocrina

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FARMACOTERAPIA 
ENDÓCRINA
Prof. Aline F. Bonetti
2021
➢Diabetes mellitus
➢Hipotireoidismo e hipertireoidismo
➢Contracepção hormonal
Conteúdos abordados
Cuidado farmacêutico no DM
• Por quê?
• Problemas comuns:
– Paciente não entende a necessidade do medicamento, ou sua condição
clínica
– O paciente desenvolve um evento adverso e entende que o
medicamento está fazendo mais mal do que bem
– O paciente resolve não tomar os medicamentos (“tira férias”)
Não Adesão aos ADO → Até 64%
Não adesão à insulina DM2 → Até 40%
Maria, 60 anos
HMP: Diabetes do tipo 2 e dislipidemia 
Dificuldades para controlar a glicemia → paciente relata que a glicemia 
capilar sempre está alta
Metformina 850 mg 3x ao dia 
Sinvastatina 40mg 1x ao dia (à noite)
HbA1c: 8,6%
Glicemia de jejum: 158mg/dL
Glicemia capilar no momento da consulta farmacêutica (14h): 290mg/dL
CASO CLÍNICO
Entendendo a condiçãoEPIDEMIOLOGIA
Fonte: www.int/diabetes/facts/world_figures/en/
EPIDEMIOLOGIA
Fonte: IDF, 2017 (International Diabetes Foundation)
- Mais de 425 milhões de pessoas com 
diabetes
- A cada 6 segundos 1 pessoa morre 
devido ao diabetes
- Estima-se que 175 milhões de pessoas 
possuem diabetes e não sabem
Hiperglicemia persistente, resultante de insuficiência relativa ou 
absoluta da secreção de insulina e/ou vários graus de resistência 
periférica à ação da insulina
Entendendo a condição
Célula 
β
Célula 
α
Célula 
Delta
Célula 
PP
Polipeptíde
o 
Pancreático
Somatostatina
Glucago
n
Insulin
a
DEFINIÇÃO
•Redução na captação da glicose pelo músculo, fígado e tecido adiposo.
•Aumento da produção hepática de glicose.
•Hiperglicemia, no jejum e no pós-prandial.
•Aumento na produção de ácidos graxos livres a partir da lipólise.
•Depleção de proteínas e aumento de aminoácidos plasmáticos.
Entendendo a condiçãoE se a insulina falta ou não funciona?
Se o DM está descompensado os valores de triglicerídeos do paciente 
permanecem elevados
10
CLASSIFICAÇÃO
>99% DOS CASOS
11
CLASSIFICAÇÃO
Diabetes tipo 1
O pâncreas perde a capacidade de produzir insulina 
(rápida ou lentamente – LADA (diabetes autoimune 
latente do adulto))
• Destruição das células β pancreáticas – autoimune
• Deficiência absoluta de insulina
• O paciente precisará invariavelmente de insulina
Diabetes tipo 2
Graus variáveis de resistência e deficiência insulínica
• Causada por uma interação de fatores genéticos e 
ambientais
• Inicialmente ocorre aumento da quantidade de insulina
• Em longo prazo pode ocorrer disfunção das células β
pancreáticas
• O paciente PODE precisar de insulina
Pâncreas Normal
DM1
DM2
Insulina
Glicose
12
COMO ACONTECE NO DM2?
1. Resistência a insulina tecidos periféricos + hiperinsulinemia compensatória
2. ilhotas de Langerhans perdem gradualmente sua habilidade de responder 
às flutuações na glicemia 
3. Liberação basal de insulina é afetada
4. Falência
13
FATORES DE RISCO
•DM1
•Genética
•História familiar
•DM2
•Estilo de vida
•Obesidade (100 x com IMC > 35kg/m2)
•Síndrome metabólica
•História familiar
•Uso de medicamentos hiperglicemiantes
14
FATORES DE RISCO
A síndrome metabólica ocorre quando pelo menos 3 critérios são observados simultaneamente
15
• Glicemia casual ≥200 mg/dl + sintomas (sede, poliúria, perda de peso, 
visão embaçada)
DIAGNÓSTICO
Glicemia 
jejum ≥126
TOTG 
≥200
HbA1c 
≥6,5%OU OU
Um resultado anormal deve ser 
confirmado
16
Glicemia 
jejum
100 - 125
TOTG
140 - 199
HbA1c 
5,7 – 6,4%
OU OU
PRÉ-DIABETES
17
COMPLICAÇÕES AGUDAS
• Infecções
• Condições críticas
• Medicamentos 
(*corticoides)
• Privação de tratamento
18
COMPLICAÇÕES AGUDAS
Hiperglicemia: o que fazer?
- Se acompanhada de cetose, vômitos, alteração do nível de consciência ou 
desidratação, há necessidade de encaminhamento à unidade de 
emergência. Nestes casos a introdução da insulina é mandatória.
- Caso contrário → diário glicêmico para avaliação de necessidade ou 
ajuste da insulinoterapia.
19
COMPLICAÇÕES AGUDAS
Hipoglicemia: o que fazer?
- Nível 1 (Glicemia ≥ 54 mg/dL e < 70 mg/dL) → administrar 15 g de 
carboidrato de rápida absorção: 150 mL de suco comum/refrigerante 
comum, ou 1 colher de sopa de açúcar ou 1 sachê de mel (a elevação da 
glicemia após 15 minutos é esperada).
- Nível 2 (Glicemia < 54 mg/dL) → se o paciente estiver consciente, 30 g 
de carboidratos devem ser oferecidos. 
- Nível 3: Evento grave caracterizado por alteração física ou mental →
encaminhamento para emergência.
20
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS
21
RISCO CARDIOVASCULAR
22
RISCO CARDIOVASCULAR
ESTRATIFICADORES DE RISCO
- > 49 homens 
- >56 mulheres
- Duração do diabetes >10 anos
- História familiar de DAC prematura
- Síndrome metabólica
- Hipertensão 
- LDL ≥190 mg/dL
- Tabagismo
- Albuminúria > 30mg/g
- TFG < 60 ml/min/1,73m²
AAS E 
ESTATINA*
ALTO RISCO 
CARDIOVACULAR
META LDL<70mg/dL
23
RISCO CARDIOVASCULAR
Paciente com doença 
aterosclerótica:
- IAM prévio
- Subclínico (obstrução >50% de 
alguma artéria)
AAS* E 
ESTATINA*
RISCO CARDIOVACULAR 
MUITO ALTO
META LDL<50mg/dL
24
DIRETRIZ
GLICEMIA PRÉ-PRANDIAL 
(incluindo jejum) – mg/dl
GLICEMIA PÓS 
PRANDIAL – mg/dl
HbA1C (%)
ADA 80-130 <160mg/dl <7
IDF <115 <160 <7
AAEC <110 <140 <6,5
SBD <100 <160 <7
Posicionamento da 
SBD 2019
<130 mg/dl* <180mg/dl*
<7%, porém em 
idosos: entre 8- 8,5%
METAS TERAPÊUTICAS
• Níveis toleráveis. 
• ADA: Associação Americana de Diabetes; IDF: Federação Internacional de Diabetes; AACE: Associação Americana de 
Endocrinologistas Clínicos; SBD: Sociedade Brasileira de Diabetes;
• OBSERVAÇÃO: Jejum definido como 8 horas sem ingestão calórica; pré-prandial definido como imediatamente antes 
de uma refeição; pós-prandial definido como 1-2 após o horário do início de uma refeição 
25
MONITORAMENTO GLICÊMICO
• Indicado para
pacientes com a
glicemia fora das
metas, em especial
aqueles que estão em
uso de insulina.
• 6 medidas por dia por
3 dias consecutivos.
26
GLICEMIA MÉDIA SEMANAL
• O paciente dosa a glicemia capilar de seis a sete vezes ao dia (antes e
após as três principais refeições e na madrugada), durante três dias.
• Calculamos a média e o ideal é que a GMS esteja abaixo de 150mg/dL,
com um DP< 50.
• *GMS= 150 mg/dL é equivalente a A1C= 6,9%.
27
TRATAMENTO
Gestão da doença 
por equipe 
multiprofissional
Farmacoterapia 
Educação do paciente 
para autocuidado e 
monitoramento
Mudança de estilo de 
vida
28
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
Prática de 
atividade 
física
Dieta (CHO*)
Cessação do 
tabagismo
Controle do 
peso
Orientação nutricional
Reduzir consumo de carboidratos 30 a 45 gramas de carboidratos nas
refeições e 15 a 20 gramas de carboidratos para lanches, com o
objetivo de não menos de 130 gramas de carboidratos/dia.
Entendendo a condição
Preferir alimentos com menor índice 
glicêmico (impacto relativo de alimentos 
contendo carboidratos na glicose 
sanguínea)
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
Atividades físicas
- Exercícios aeróbios, que devem ser complementados pelos
resistidos, tem impacto bastante significativo tanto na melhora do
controle glicêmico quanto na melhora de comorbidades
(obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia, ansiedade e
depressão).
- A prática combinada de atividades aeróbicas e resistidas deve
ser incentivada, com no mínimo 150 minutos por semana.
Entendendo a condição
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
Princípios gerais, conforme o tipo de DM
- DM1 - Insulina
- DM2 - Agentes antidiabéticos orais, injetáveis e/ou insulina
- Diabetes Gestacional - Insulina
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
33
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO - DM2
Medicamentos que aumentam a secreção de insulina: HIPOGLICEMIANTES
Medicamentos que não aumentam a secreção de insulina:
ANTI-HIPERGLICEMIANTES
Medicamentos que aumentam a secreção de insulina de forma dependente 
da glicose
Medicamentos que aumentam a glicosúria34
Medicamentos que não aumentam a secreção 
de insulina
ANTI-HIPERGLICEMIANTES:
Acarbose
Biguanidas (metformina)
Glitazonas
35
▪ Inibidor da alfa-glucosidase.
▪ Retarda a absorção de carboidratos no intestino delgado (atua na 
glicemia pós-prandial).
▪ Redução de 15-30 mg/dl na glicemia PP e 0,5-1,0% de HbA1c.
▪ Dose: 25mg 1-2x ao dia → 100mg 3x ao dia (máximo).
▪ RAM: desconforto abdominal (11%-21%); diarreia (28%-33%); 
flatulência (41%-77%).
ACARBOSE
36
METFORMINA
▪Diminui a produção hepática de glicose.
▪Aumenta a utilização de glicose mediada por insulina em tecidos 
periféricos.
▪Promove redução de peso.
▪Redução de HbA1c: 1,5-2%.
▪Redução de mortalidade cardiovascular.
BIGUANIDAS
Primeira escolha para o tratamento oral 
da diabetes do tipo 2
37
Biodisponibilidade 
Em jejum: 50-60%
Com alimentos: 100%
Disponível no SUS
Metformina: 850mg 1x ao dia → 3 x ao dia 
Metformina 500mg XR 1x ao dia → 2g 1x ao dia (ou 
fracionado em 2 tomadas)
METFORMINA
38
Reações Adversas
1. Diarreia (53%)
2. Desconforto abdominal (15%)
3. Deficiência de vitamina B12 (7-17%)
4. Acidose Lática - raro
**Precauções em pacientes com doença renal: Não recomendado 
quando ClCr 30-45ml/min e contraindicado quando ClCr <30ml/min
METFORMINA
39
O que fazer se o paciente reclama de 
diarreia ou desconforto abdominal?
METFORMINA
40
O que fazer se o paciente reclama de 
diarreia ou desconforto abdominal?
Administrar junto das refeições OU 
substituir pela apresentação XR
METFORMINA
41
 Aumento da sensibilidade à insulina nos tecidos
periféricos
 Redução de HbA1c: 1,0-1,5%
▪Pioglitazona: 15mg 1x ao dia → 45 mg/d
▪Rosiglitazona: 4-8 mg/d → RETIRADO DO MERCADO 
EM 2010
GLITAZONAS
42
Reações Adversas
1. ICC (15%)
2. Edema em membros inferiores (15%)
3. Ganho de peso (>10%)
4. Estimula a ovulação (mulheres: usar outros métodos 
contraceptivos)
GLITAZONAS
43
Medicamentos que aumentam a secreção 
de insulina: HIPOGLICEMIANTES
- Sulfonilureias
- Glinidas
44
SULFONILUREIAS
•Aumento do Ca ++ intracelular causando a translocação de grânulos 
de secreção de insulina para a superfície celular e a exocitose 
resultante na secreção de insulina.
Promovem a secreção de insulina pelas células beta-pancreáticas →
hipoglicemia.
• Redução de HbA1c: 1,5-2%.
45
Alimentar-se após a tomada do medicamento (15 min) OU tomar 
o medicamento após a refeição e não permanecer em jejum por 
períodos prolongados
SULFONILUREIAS
46
Reações Adversas
1. Hipoglicemia (4-10%)
2. Ganho de peso (frequência não conhecida)
3. Evidências conflitantes sobre o aumento do risco 
cardiovascular 
SULFONILUREIAS
47
GLINIDAS
• Redução de HbA1c: 1,0-1,5%.
• RAM: hipoglicemia e ganho de peso.
Repaglinida 0,5-16mg/d fracionado em 3 tomadas diárias
Nateglinida 120-360mg/d fracionado em 3 tomadas diárias
48
Medicamentos que aumentam a 
secreção de insulina de forma 
dependente da glicemia:
- Inibidores da DPP-IV (gliptinas)
- Análogos do GLP-1
49
INCRETINAS
GLP-1: Peptídeo 
semelhante ao 
glucagon 1
50
Gliptinas
•Úteis para redução de glicemia pós prandial.
•Redução de HbA1c: 0,6-0,8%.
•Úteis para idosos (baixo risco de hipoglicemia).
Sitagliptina: 50-100mg 1-2x ao dia (Januvia®)
Vildagliptina 50mg 2x ao dia (Galvus®)
Alogliptina 25mg 1x ao dia (Nesina®)
Saxagliptina 2,5-5mg 1x ao dia (Onglyza®)
Linagliptina 5mg 1x ao dia (Trayenta®)
Inibidores da DPP-IV 
51
Reações Adversas
1. Dor de cabeça (1-13%)
2. Infecção do trato respiratório superior (3-13%)
3. Pancreatite aguda (raro)
Inibidores da DPP-IV 
52
MIMÉTICOS E ANÁLOGOS DE GLP-1
Mimético e análogos de GLP-1
Aumento do nível de GLP-1, com aumento da síntese da 
secreção de insulina, além da redução de glucagon. 
Retardo do esvaziamento gástrico → saciedade.
Mimético GLP-1 Exenatida
Análogos GLP-1 Liraglutida, Lixisenatida e Dulaglutida
53
•Administração subcutânea.
•Redução de HbA1c: 0,8-1,2%.
•Exenatida: 5-10mcg 1x ao dia antes 
das refeições.
MIMÉTICOS GLP-1
R$ 300-550 REAIS
54
•Administração subcutânea.
•Redução de HbA1c: 0,8-1,2%.
•Liraglutida: 0,6-1,8mg 1x ao dia qualquer horário.
ANÁLOGOS DE GLP-1
R$ 300-550 REAIS
55
•Administração subcutânea.
•Redução de HbA1c: 0,8-1,2%.
•Liraglutida: 0,6-3mg 1x ao dia qualquer horário.
*Para redução de 
peso
R$ 400-750 REAIS
ANÁLOGOS DE GLP-1
56
•Administração subcutânea.
•Redução de HbA1c: 0,8-1,2%.
•Dulaglutida: 0,75 e 1,5mg 1x por semana.
R$ 250-500/2 seringas
ANÁLOGOS DE GLP-1
57
VANTAGENS
1. Promove redução de peso (retarda o esvaziamento gástrico →
saciedade)
2. Diminuiu a ocorrência de eventos cardiovasculares e 
mortalidade
MIMÉTICOS E ANÁLOGOS DE GLP-1
Orientação farmacêutica importante
Técnica de aplicação correta
58
Reações adversas
1. Hipoglicemia (9-23%)
2. Náuseas e vômitos (até 30%)
3. Diarreia (10-20%)
4. Dor de cabeça (9-15%)
5. Pancreatite aguda (<1%)
MIMÉTICOS E ANÁLOGOS DE GLP-1
59
Medicamentos que aumentam a 
glicosúria:
- Inibidores do co-transportador
sódio/glicose (SGLT2)
60
•Impedem a reabsorção de glicose no túbulo renal e promovem 
glicosúria
•GLIFOZINAS!
INIBIDORES DO RECEPTOR SGTL2
61
Redução de 0,5-1% na HbA1c
Dapaglifozina 5-10mg 1x/d (Forxiga®)
Empaglifozina 10-25mg 1x/d (Jardiance®)
Canaglifozina 100-300mg 1x/d (Invokana®)
INIBIDORES DO RECEPTOR SGTL2
62
VANTAGENS
1. Promove redução de peso e redução da PAS (até 14mmHg)
2. Diminuiu a ocorrência de eventos cardiovasculares e 
mortalidade
3. Previne a progressão de doenças renais
INIBIDORES DO RECEPTOR SGTL2
63
Reações adversas
1. Candidíase (7-9%)
2. Infecção do trato urinário (4-6%)
INIBIDORES DO RECEPTOR SGTL2
Considerar: 
Estado geral, peso e idade do paciente.
Comorbidades presentes.
Valores das glicemias e da HbA1c.
Eficácia do medicamento.
Interações com outros medicamentos, 
reações adversas e contraindicações.
Custo do medicamento.
64
ESCOLHA DO TRATAMENTO
JUNTO AO 
PRESCRITOR
65
ESCOLHA DO TRATAMENTO
Tratamento inicial: metformina + 
mudanças de estilo de vida
Reavaliação depois de 1-
3 meses (*HbA1c)
66
E se o paciente não atingiu as metas?
O SEGREDO É A INDIVIDUALIZAÇÃO DO CUIDADO
67
E se o paciente não atingiu as metas?
1º Avaliar a adesão ao tratamento farmacológico e 
não farmacológico
O FARMACÊUTICO DEVE:
•Maria, 60 anos
•HMP: Diabética do tipo 2 e dislipidêmica.
•Dificuldades para controlar a glicemia.
Metformina 850 mg 3x ao dia – relata diarreia e por isso, não 
utiliza o medicamento conforme prescrito.
Sinvastatina 40mg 1x ao dia (à noite).
HbA1c: 8,6%
Glicemia de jejum: 158mg/dL
Glicemia capilar no momento da consulta farmacêutica 
(14h): 290mg/dL
CASO CLÍNICO
69
E se o paciente não atingiu as metas?
2º Avaliar necessidade de inclusão de alternativas terapêuticas ou 
reajuste de doses: INDIVIDUALIZAÇÃO DO CUIDADO
O FARMACÊUTICO DEVE:
Os inibidores do SGLT2 têm 
demonstrado benefícios 
cardiovasculares (ICC) e renais.
Agonistas GLP-1 têm demonstrado 
benefícios cardiovasculares (DAC). 
Maria, 60 anos
 ICC
DRC
Associação de um inibidor do SGLT2 
dapaflifozina, canaglifozina, 
empaglifozina
SUGERIR AO 
MÉDICO
CASO CLÍNICO
Maria, 60 anos
 IAM em janeiro de 2010
Associação de um análogo do GLP-
1 (dulaglutida, liraglutida, 
exenatida)
SUGERIR AO 
MÉDICO
CASO CLÍNICO
Maria, 60 anos
 IMC = 30kg/m2
Associação de um análogo de GLP-
1: exenatida, liraglutida
OU
inibidor do SGLT2: dapaflifozina, 
canaglifozina, empaglifozina
SUGERIR AO 
MÉDICO
CASO CLÍNICO
Maria, 60 anos
Glicemia pós prandial é o maior 
problema!!
Associação de um inibidor da DPP4: 
saxagliptina, alogliptina, sitagliptina, 
vildagliptina
OU 
análogo de GLP-1: exenatida, liraglutida
SUGERIR AO 
MÉDICO
CASO CLÍNICO
Maria, 60 anos
Renda mensal: 1 salário mínimo
Associação de uma 
sulfonilureia: glibenclamida ou 
gliclazida
SUGERIR AO 
MÉDICO
CASO CLÍNICO
Maria, 60 anosHbA1C = 9,7%
Associação de insulina!
SUGERIR AO 
MÉDICO
CASO CLÍNICO
ESTUDO DE CASO 1
Alberto, 77 anos, caucasiano, aposentado: HAS, DM2 e DSLP.
Foi encaminhado pelo médico para a consulta farmacêutica,
pois as metas glicêmicas e pressóricas se encontram fora do
desejado.
Prescrição (modo de uso):
Losartana 50mg 2x/dia (1-0-1)
Anlodipino 5mg 1x/dia (1-0-0)
AAS 100mg 1x/dia (1-0-0)
Atorvastatina 40mg 1x/dia (1-0-0)
Metformina 850mg 2x/dia (1-0-0)
Glibenclamida 5mg 1x ao dia (1-0-0)
ESTUDO DE CASO 1
Queixas relacionadas à farmacoterapia:
- Não gosta da metformina porque é um comprimido
muito grande.
- Alega sentir desconforto abdominal algumas vezes e
acha que é devido à metformina.
- Não entende porque precisa usar tantos
medicamentos. Queria utilizar apenas um.
- Relata que às vezes não toma a atorvastatina
porque acha que o colesterol dele é bom.
ESTUDO DE CASO 1
ESTUDO DE CASO 1
Exame físico:
- PA 152/98mmHg
- FC = 72BPM
- Glicemia capilar = 198mg/dl (pós almoço).
Exames laboratoriais (1 mês atrás):
- CT=210mg/dl; HDL: 40mg/dl; TG= 200mg/dl;
LDL=130mg/dl; HbA1C = 8,9%; Glicemia de
jejum=160mg/dl
O QUE O FARMACÊUTICO DEVE FAZER?
ESTUDO DE CASO 1
DIGITEM NO GOOGLE DO 
SEU CELULAR: kahoot.it
Insira o seu nome e o código 
do jogo
Pacientes com HbA1C >10,0%
Glicemia jejum >250 mg/dl
Glicemia casual >300 mg/dl
Cetonúria
Perda de peso
Estresse metabólico agudo 
(Pacientes críticos)
Gestante 
1
ª 
LI
N
H
A
- Pacientes em uso de 
metformina, porém com HbA1C 
entre >9-9,5%
- Pacientes em uso de 
antidiabéticos orais, porém com 
HbA1C% fora das metas 
terapêuticas.
2
ª/
3
ª 
LI
N
H
A
Insulinoterapia no DM2
Insulinoterapia 
DOSE INICIAL: Insulina basal 10UI à noite ou 0,1-0,2UI/kg/d
Pacientes hospitalizados: corrigir com insulina de ação rápida ou ultra-rápida
FONTE: Posicionamento da SBD 01/2019
Insulinoterapia 
Insulinoterapia- Ajustes
De maneira geral:
- Verifique quais glicemias estão fora da meta e identifique qual 
insulina que estaria agindo naquele momento (de acordo com o 
pico de ação) → aumentar ou diminuir a dose (em 2-3 UI na 
maioria das vezes, com anuência do prescritor*).
- O paciente precisa MANTER UMA ROTINA ALIMENTAR para evitar 
hipoglicemias ou até mesmo hiperglicemias (não atrasar a refeição 
significativamente em relação ao planejado e não permitir que o 
volume seja demasiadamente diferente entre os dias).
- O paciente pode precisar de 1UI (1,5UI) de insulina/kg (TOTAL!)
Conservação e validade das insulinas 
- As insulinas apresentam boa estabilidade e têm ação preservada, desde que 
devidamente conservadas, segundo as recomendações do fabricante.
Insulina – Transporte e armazenamento
FONTE: SBD, 2019/2020
Insulinoterapia- Aplicação 
CORRETO INCORRETO
Prega cutânea
- A prega subcutânea é feita com o objetivo de evidenciar o 
tecido subcutâneo no momento da injeção e, assim, evitar que 
se injete a insulina no músculo.
Insulinoterapia- Aplicação 
Ângulo de aplicação
- Para defini-lo, é necessário considerar faixa etária, comprimento da 
agulha e espessura do tecido subcutâneo no local escolhido para a 
aplicação.
Insulinoterapia- Aplicação 
Insulinoterapia- Aplicação 
FONTE: SBD, 2019/2020
Agulhas
Insulinoterapia- Aplicação 
Seringas
Insulinoterapia- Aplicação 
Reutilização de agulhas e seringas
- Recomendações e legislações nacionais RDC 2605 e 156, definem as 
seringas e agulhas como produtos de uso único. A Diretriz SBD não 
recomenda a reutilização.
- Caderno 36 da Atenção Básica do Ministério da Saúde, recomenda a 
reutilização:
- apesar de serem descartáveis, as seringas com agulhas acopladas podem ser 
reutilizadas pela própria pessoa, desde que a agulha e a capa protetora não tenham 
sido contaminadas; 
- o número de reutilizações é variável, de acordo com o fabricante, mas deve ser 
trocada quando a agulha começar a causar desconforto durante a aplicação 
(considera-se adequada a reutilização por até oito aplicações).
Insulinoterapia- Aplicação 
Insulinoterapia- Aplicação 
1. Injetar o ar correspondente à dose prescrita de 
insulina NPH no frasco de insulina NPH;
2. Retirar a agulha do frasco sem aspirar a insulina 
NPH;
3. Injetar o ar correspondente à dose prescrita de 
insulina R, no frasco de insulina R e retirar a dose;
4. Introduzir novamente a agulha no frasco de insulina 
NPH, no qual o ar foi previamente injetado e, puxar 
o êmbolo até a marca correspondente à soma das 
doses das duas insulinas.
*** Se a retirada foi maior que a necessária, em hipótese 
alguma o excesso deve ser devolvido ao frasco. Descartar 
as insulinas e reiniciar o procedimento.
Princípio: Por questões de 
incompatibilidade físico-químicas, 
não podemos contaminar a 
insulina regular (transparente) 
com a NPH (branquinha)
Insulina + ADO
-Associação com metformina (Once initiated, metformin should be 
continued as long as it is tolerated and not contraindicated; other agents, 
including insulin, should be added to metformin → ADA, 2020) →
benefício cardiovascular. 
-Associação com glifozinas → benefício cardiovascular e renal.
-Associação com os análogos do GLP-1 → benefício cardiovascular.
-Associação com sulfoniluréia (*insulinoterapia plena) →
IRRACIONAL.
Cuidado Farmacêutico
Medidas de glicemia capilar (rastreamento em saúde e efetividade 
do tratamento).
Educação em saúde (doença, tratamento, medidas não 
farmacológicas).
Revisão da farmacoterapia.
Solicitação de exames laboratoriais ou automonitorização de 
parâmetros.
Encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde.
Gestão da doença.
TRANSTORNOS DA TIREOIDE
TI
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O
ID
E
TI
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ID
E
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ID
E
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O
ID
E
TPO (tireoperoxidase)
DOIS DIT = T4 (tetraiodotirosina ou tiroxina)
DOIS MIT E UM DIT = T4 (tetraiodotirosina ou tiroxina)
UM DIT E UM MIT = T3 (triiodotironina) 
MIT: monoiodotirosina (tirosina + 
uma molécula de iodeto)
DIT: diiodotirosina (tirosina + 
duas moléculas de iodeto)
TI
RE
O
ID
E
EFEITOS (T3 é a forma mais ativa)
- Manutenção do metabolismo basal 
- Regulação do sono 
- Crescimento das cels neuronais e mielinização
- Motilidade G.I
- Efeito global catabólico
- Regulação da produção de glicosaminoglicanas
- Contribui para o crescimento fetal
- Reduz lipídeos séricos 
- Estimula a gliconeogênese, glicólise, secreção de insulina
- Aumenta a frequência respiratória
- Aumenta a força e a frequência do coração
HIPOTIREOIDISMO
O hipotiroidismo é 
caracterizado por uma
deficiência na produção do 
hormônio pela glândula tiroide, 
que pode ser severa ou
moderada.
H
IP
O
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O
ID
IS
M
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DIAGNÓSTICO
Primário
TSH 
alto
T3 e T4 
baixos
Central
TSH 
baixos
T3 e T4 
baixos
Subclínico 
TSH 
alto
T3 e T4 
normais
PR
EV
A
LÊ
N
CI
A
2% na população em geral
15% em pessoas com mais de 60 anos.
PRIMÁRIO → MAIS COMUM (95% dos casos).
8 Mais comum
Doença da glândula tireoide
HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO
TSH
T4 e T3
Principais causas: 
deficiência de 
iodo e doença 
autoimune
Dois tipos
HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO
SUBCLÍNICO
• TSH elevado
• T3 e T4 normais
• Reflete grande sensibilidade do 
TSH em resposta a pequenas 
reduções na secreção da tireoide
• Pacientes geralmente 
assintomáticos
MANIFESTO
• TSH elevado
• T4 livre baixo
• Sintomático
Tireoidite crônica autoimune – Tireoidite de 
Hashimoto
•Causa mais comum de hipotireoidismo em áreas iodo-suficiente 
do mundo
•Destruição de células da tireoide mediada por anticorpos
•Anticorpos Anti-TPO e Anti-Tg
HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO
IO
D
O
Deficiência: 
Causa mais comum de hipotireoidismo em todo o mundo (ingestão de 
iodo inferior a 100 mcg/dia)
Pouco comum no Brasil – sal iodado
Excesso (efeito Wolff-Chaikoff):
 Inibição da síntese hormonal
 Inibição conversão T4 a T3
M
ED
IC
A
M
EN
TO
S
MEDICAMENTO AÇÃO
Hipotireoidismo
Amiodarona • Reduz síntese de hormônios tireoidiamos
• Reduz conversão de T4em T3
Lítio • Reduz síntese de hormônios tireoidiamos
Omeprazol, pantoprazol, carbonato de 
cálcio, hidróxido de alumínio
• Reduz absorção de T4
SINAIS E SINTOMAS DO HIPOTIREOIDISMO
Mecanismo Sinais e sintomas
Desaceleração 
dos processos 
metabólicos
• Fadiga e fraqueza
• Intolerância ao frio
• Dispneia aos esforços
• Ganho de peso
• Disfunção cognitiva
• Retardo mental (início infantil)
• Constipação
• Deficiências do crescimento
• Movimentos e fala lenta
• Relaxamento atrasado dos 
reflexos tendíneos
• Bradicardia
• Unhas e cabelos fracos 
(diminuição da síntese 
proteica)
• Diminuição do apetite
SINAIS E SINTOMAS DO HIPOTIREOIDISMO
Mecanismo Sinais e sintomas
Má regulação na 
produção de 
glicosaminoglicanos
• Pele seca
• Rouquidão
• Pele grossa
• Face inchada e perda 
de sobrancelhas
• Edema periorbital
• Macroglossia (língua maior do que 
o usual)
Outros • Bócio
• Diminuição da audição
• Mialgia e parestesia
• Depressão
• Menorragia
• Derrames pleural 
• Ascite
• Galactorreia
• Artralgia
• Atraso puberal
Reposição hormonal: T4 sintético (levotiroxina)
TRATAMENTO
• T4 é um hormônio com pouca atividade intrínseca. Ele é desiodada nos 
tecidos periféricos para formar T3, o hormônio tireoidiano ativo
• Absorção de 80%
• Meia-vida longa: até 7 dias
• Concentrações plasmáticas praticamente constantes quando o nível 
estacionário é alcançado
• Troca de fabricante: novo TSH em 6 semanas
Dose: 1,6 mcg/kg no jovem
Dose: 25-50 mcg no idoso
Administrar 30 a 60 minutos antes do café da manhã
O café reduz a absorção em 20-40%
TRATAMENTO
Absorção (espaçar a adm
em 4h):
Carbonato de Cálcio
Sulfato Ferroso
Colestiramina
Orlistate
Hidróxido de alumínio
Hidróxido de magnésio
Sucralfato
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
• Metabolização:
– Fenobarbital
– Rifampicina
– Fenitoína
–Carbamazepina
Necessidade de ajuste 
de dose → Dose maior!
Metabolização T4 → T3
Amiodarona 
Betabloqueadores 
Glicocorticoides
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Necessidade de ajuste de dose → Dose maior!
PODE TOMAR COM O OMEPRAZOL?
Melhora sintomática: ~ 2 semanas.
Período estacionário: 6 semanas → momento em que 
o monitoramento deve ser realizado.
TRATAMENTO
Tratamento
Ajustes de dose mais 
agressivos podem ser 
realizados caso o TSH 
esteja acima de 30 
mUI/L
*Medicamento sujeito a prescrição médica
Caso os valores de TSH estiverem abaixo do normal, redução de 
12-25mcg/d na dose de levotiroxina deve ser feita e posterior 
reavaliação em 6-8 semanas.
TRATAMENTO
Pacientes mais velhos ou com DAC
O hormônio da tiroide aumenta a exigência de oxigênio do miocárdio, 
o qual está associado com um risco de induzir arritmias cardíacas, 
angina de peito ou infarto do miocárdio em pacientes mais idosos.
Pacientes acima de 80 anos limite superior de normalidade de TSH é 
7,5mU/L
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
Pacientes mais velhos ou com DAC
Os pacientes mais velhos (> 50 ou 60 anos) devem ser tratados 
inicialmente com 25-50 mcg/dia de levotiroxina. 
Aqueles que têm um histórico de DAC devem ser inicialmente tratadas 
com 25 mcg/dia.
Ajustes menos rígidos.
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
Gestantes 
- Gestantes com TSH >4 mU/L devem iniciar o tratamento com levotiroxina
(caso T4 livre esteja normal, deve ser iniciado levotiroxina 1mcg/kg/d, porém 
se estiver abaixo dos níveis de normalidade, utilizar uma dose de 
1,6mcg/kg/d)
- Gestantes com TSH entre 2,6 a 4mU/L, com anticorpos anti-TPO
(tireoperoxidase) positivo, iniciar o tratamento com levotiroxina (50mcg/d).
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
Gestantes 
 TSH no limite inferior do normal para o respectivo trimestre anticorpos 
anti-TPO positivo, iniciar levotiroxina 50mcg/d.
Reavaliar TSH em 4 semanas. O objetivo do tratamento é alcançar 
valores de TSH <2,5 mU/L, especialmente no 1º trimestre. Caso o TSH 
permaneça alterado, aumentar a dose de levotiroxina em 12-25mcg/d, 
com posterior reavaliação em 4 semanas.
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
Hipotireoidismo subclínico
- TSH >10 mU/L, pacientes com hipotireoidismo subclínico 
devem ser tratados com T4 para prevenir a progressão.
- Iniciar o tratamento com levotiroxina 25-50mcg/d, ou doses 
até 1,6mcg/kg/d.
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
Hipotireoidismo subclínico
Pacientes com TSH entre 7-9,9 mU/L, considerar a idade:
- <65-70 anos: tratar
- >65-70 anos: caso o paciente apresente bócio, fadiga, intolerância 
ao frio ou demais sintomas de hipotireoidismo, iniciar o tratamento. 
Caso contrário observar e reavaliar em 6 meses.
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
Hipotireoidismo subclínico
Pacientes com TSH acima dos limites de normalidade, mas inferior a 6,9 
mU/L, considerar a idade:
-<65-70 anos: caso o paciente apresente bócio, fadiga, intolerância ao frio ou 
demais sintomas de hipotireoidismo, iniciar o tratamento. Caso contrário 
observar e reavaliar em 6 meses.
->65-70 anos: observar e reavaliar em 6 meses.
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
Relacionada ao nível hormonal
Angina, irritabilidade, dor de cabeça, insônia, dispneia, 
taquicardia, intolerância ao calor, ansiedade, agitação, diarreia, 
arritmias.
REAÇÕES ADVERSAS
HIPERTIREOIDISMO
O hipertireoidismo refere-se ao 
aumento da
síntese e liberação dos 
hormônios tireoidianos
pela glândula tireoide.
M
A
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Hipotireoidismo
Hipertireoidismo
D
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G
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S
80% dos casos
Autoanticorpos - imunoglobulina estimulante da 
tireoide (TSI)
Se ligam nos receptores do TSH
Excessiva produção de Hormônios tireoidianos
Feedback negativo
Redução de TSH e TRH
Alívio de sintomas
Redução da síntese de hormônios tireoideanos
DAT: drogas antitireoidianas
TRATAMENTO
SI
N
TO
M
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Betabloqueadores devem ser iniciados na maioria 
dos pacientes (aqueles que não têm 
contraindicação)
Reduzem:
• Palpitações
• Taquicardia
• Tremores
• Ansiedade
• Intolerância ao calor
• Fadiga
• Falta de ar
Opções:
• Atenolol
• Propranolol
• Outros
TR
AT
A
M
EN
TO
Única modalidade de tratamento que possibilita a cura sem 
necessidade de intervenção cirúrgica ou exposição radioativa
Tionamidas
TR
AT
A
M
EN
TO
Tionamidas
Diminuição na produção de hormônios
 Inibem a TSI
 Inibem a conversão de T4 em T3
Remissão em 40%: mais provável em pacientes com 
hipertireoidismo leve
TR
AT
A
M
EN
TO
TIAMAZOL
• Principal medicamento para o 
tratamento do hipertireoidismo
• Menor incidência de EAM
• Dose usual 5-15mg/d
• 15-60mg/d (podendo fracionar 
em até 3 doses diárias)
PROPILTIOURACILA
• Preferido no primeiro trimestre 
da gravidez (efeitos 
teratogênicos do tiamazol)
• 100-200mg a cada 8h → 100-
200mg em doses fracionadas
• *Efeito hepatotóxico
TR
AT
A
M
EN
TO
Terapia Vantagens Desvantagens
Tionaminas
(DAT)
Possibilidade de 
remissão 
permanente
Menor custo inicial
• Reações adversas: erupções 
cutâneas, urticária, artralgias, 
granulocitopenia transitória, 
sintomas gastrointestinais, 
hipotireoidismo, hepatites
TR
AT
A
M
EN
TO
Terapia Vantagens Desvantagens
Radioiodo Resolução 
permanente do 
hipertireoidismo 
• Hipotireoidismo permanente
• O paciente deve tomar 
precauções com a radiação, vários 
dias depois, evitando o contato 
com crianças pequenas e mulheres 
grávidas
• Preocupações quanto aos efeitos 
oncogênicos da radiação à longo 
prazo
TR
AT
A
M
EN
TO
Terapia Vantagens Desvantagens
Cirurgia Cura rápida e 
permanente do 
hipertireoidismo 
• Hipotireoidismo permanente
• Riscos para hipoparatireoidismo
iatrogênico e lesão do nervo 
laríngeo 
• Riscos associados a cirurgia
• Alto custo
ESTUDO DE CASO 2
Solange, 61 anos, caucasiana, tabagista, aposentada: HAS
(há 3 anos), DM2 (há 5 anos), DSLP (há 5 anos) e
hipotireoidismo (há alguns meses – s.i.c). Relata para o
farmacêutico se tem se sentido sonolenta, fraca e
constipada nos últimos meses.
Prescrição (modo de uso):
Enalapril 10mg 2x/dia (1-0-1)
Hidroclorotiazida 25mg 1x/dia (1-0-0)
Sinvastatina 40mg 1x/dia(1-0-0)
Metformina 850mg 2x/dia (1-0-1)
Glibenclamida 5mg 1x ao dia (1-0-0)
Insulina NPH 20UI-0-10UI (20-0-10)
Insulina Regular 7-0-3UI (7-0-3)
Levotiroxina 25 mcg (1-0-0)
ESTUDO DE CASO 2
Problemas relacionados a farmacoterapia identificados
pelo farmacêutico
- Paciente não realiza o rodízio de aplicação de insulina.
- Paciente utiliza a levotiroxina 10 minutos antes do café
da manhã.
ESTUDO DE CASO 2
ESTUDO DE CASO 2
Exame físico:
- PA 142/96mmHg
- FC = 80 bpm
- Glicemia capilar = 210mg/dl (pós almoço).
- Peso = 65kg; Altura = 1,65cm
Exames laboratoriais (1 mês atrás):
- CT=230mg/dl; HDL: 40mg/dl; TG= 200mg/dl;
LDL=150mg/dl; HbA1C = 9,1%; Glicemia de
jejum=170mg/dl, TSH = 6,5mU/mL, T4 = 0,62ng/dL.
O QUE O FARMACÊUTICO DEVE FAZER?
ESTUDO DE CASO 2
DIGITEM NO GOOGLE DO 
SEU CELULAR: kahoot.it
Insira o seu nome e o código 
do jogo
CONTRACEPTIVOS 
HORMONAIS
HORMÔNIOS FEMININOS
FSH: (hormônio folículo estimulante):
• Estimula o desenvolvimento ovariano
• Estimula a produção de estrógeno
LH: hormônio luteinizante
• Estimula a ovulação e a formação do 
corpo lúteo
Estrógeno
• Aumenta a proliferação endometrial
Progesterona
• Aumenta a vascularização do
endométrio (prepara-o para receber o
óvulo)
CICLO MENSTRUAL
CONTRACEPÇÃO HORMONAL
Consiste na utilização de um progestágeno, associado ou não
à um estrógeno, com a finalidade de impedir a concepção
UPTODATE, 2020
M
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Tratamento Vantagens Desvantagens
Contraceptivos
orais combinados
Diminui fluxo; redução de menorragia,
dismenorreia
Aumento do risco de TEV; sangramento de
escape; deve ser tomado diariamente
Pílulas com
progestágeno
Útil na contraindicação ao estrogênio;
redução de menorragia, dismenorreia
Sangramento irregular; deve ser tomado
diariamente
Adesivos Semanal; redução de menorragia,
dismenorreia
Aumento do risco de TEV (↑ orais)
Anel Mensal; diminui o fluxo; redução de
menorragia, dismenorreia
Risco de TEV; dificuldade de manuseio
Injetáveis
(medroxiprogeste
rona)
Aplicação trimestral; redução de
menorragia, dismenorreia
Ganho de peso; pode diminuir a densidade
óssea
DIU de cobre Altamente efetivo; método de longa
duração (10 anos); sem exposição
hormonal
Pode levar à perfuração uterina, aumento
do risco de infecção pélvica nos primeiros
20 dias; pode aumentar o fluxo menstrual
DIU com 
levonorgestrel
Altamente efetivo; redução de
menorragia, dismenorreia, método de
longa duração (5 anos)
Pode levar à perfuração uterina, aumento
do risco de infecção pélvica nos primeiros
20 dias
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
*While the efficacy (ie, perfect use) of this new POP may approach that of traditional estrogen-progestin 
combined contraceptives, larger data sets are needed (UptoDate, 2021).
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
*By contrast, the efficacy of POPs (progestin-only pills) in highly fertile
women may be lower than that with other hormonal contraceptive methods. 
National survey data used to estimate contraceptive failure rates with 
typical use have not generally distinguished between users of estrogen-
progestin contraceptive pills (9 percent failure rate in first year of use) 
and POPs. 
*While the efficacy (ie, perfect use) of this new POP may approach that of 
traditional estrogen-progestin combined contraceptives, larger data sets 
are needed → *norestisterona and drospirenona (UptoDate, 2021).
PROGESTÁGENO
- Diminuição de LH → inibe a 
ovulação
- Torna o endométrio menos 
adequado para a implantação 
(exposição prolongada pode levar 
à atrofia tecidual)
- Altera o muco cervical, tornando-
o menos permeável à penetração 
do esperma
- Comprometimento da motilidade 
tubária
Doses capazes de inibir a ovulação
CONTRACEPTIVOS COMBINADOS
Hormônio estrogênico + progestágeno
-Supressão do GnRH, FSH e LH
-Efeito mais importante: inibição do LH → a ovulação não
ocorre
-Redução do transporte ovular nas trompas
-Alteram o endométrio e dificultam a nidação
-Espessamento do muco cervical
-Redução da foliculogênese ovariana (redução do FSH)
PROGESTÓGENOS INJETÁVEIS
Ação prolongada: intervalo de 12-13
semanas (máximo 91 dias)
Primeira injeção: nos 5 primeiros dias do
ciclo menstrual; ou nos 5 primeiros dias após
o parto (porém, se a mulher amamenta:
iniciar a partir da 6ª semana pós parto)
Pode ocorrer sangramentos irregulares no
início do tratamento → melhora até chegar
à amenorreia.
Medroxiprogesterona 
IM 150mg
PROGESTÓGENOS INJETÁVEIS
Após a interrupção do tratamento, a gestação
pode ocorrer 10 meses após (4-31 meses),
não estando relacionado ao tempo de uso
Redução da densidade mineral óssea mais
frequente com o uso prolongado (5 anos) →
recuperação total em adolescentes (1-4 anos)
e parcial em adultas após a interrupção
PROGESTÓGENOS INJETÁVEIS
FDA, 2004
Mulheres que utilizam medroxiprogesterona injetável podem
apresentar perda significante da densidade mineral óssea. 
Essa perda é aumentada com a duração de uso e pode não ser
completamente reversível. Este medicamento pode ser
utilizado por um longo período (mais de 2 anos), caso outros 
métodos contraceptivos sejam inadequados
INJETÁVEIS COMBINADOS
Os injetáveis combinados disponíveis são (a primeira 
injeção deve ser feita até o 5º dia do ciclo):
Perlutan® e Preg-Less® – Enantato de estradiol - 10
mg + acetofenido de algestona
(dihidroxiprogesterona) – 150 mg → 1x/mês
Mesigyna® e Noregyna® – Valerato de estradiol -
5 mg + enantato de noretisterona - 50 mg →
1x/mês
Ciclofemina® – Cipionato de estradiol - 5mg +
acetato de medroxiprogesterona - 25mg → 1x/mês
ADESIVOS CUTÂNEOS COM HORMÔNIOS
Os adesivos cutâneos contraceptivos (Evra®) são pequenos selos 
que contêm 750 μg de etinilestradiol e 6,0 mg de 
norelgestromina. Cada adesivo colado à pele libera diretamente 
à circulação sistêmica, por dia, 20 μg de etinilestradiol e 150 μg
de norelgestromina.
Norelgestromina: metabólito
primário do norgestimato, e é
metabolizada, no fígado a
levonorgestrel.
- Esses adesivos devem ser substituídos a cada semana, por
três semanas consecutivas, seguindo-se uma semana de pausa,
sem o adesivo.
- Portanto, o uso é por 21 dias, seguido de pausa de sete dias.
Também, havendo interesse, a pausa pode ser suprimida.
- O risco de tromboembolismo venoso existe e pode ser maior
do que contraceptivos orais.
ADESIVOS CUTÂNEOS COM HORMÔNIOS
ANEL VAGINAL
- É o contraceptivo comercializado com o nome de NuvaRing®.
- Colocado na vagina, libera diariamente, em média, 120 μg de
etonogestrel e 15 μg de etinilestradiol.
- O anel deve permanecer na vagina por três semanas, sendo
removido após.
- O número de dias sem o anel é de sete dias.
- O risco de tromboembolismo venoso existe e pode ser maior do
que contraceptivos orais.
CONTRACEPTIVOS ORAIS
Minipílula
Combinados
-Monofásico
-Bifásico
-Trifásico
-Quadrifásico
Emergência
MINIPÍLULA
- Progestágenos sintéticos.
- Úteis para mulheres que possuem contraindicações para o uso de
estrógeno (migrânea com aura, fumantes ≥35 anos, câncer de mama,
HAS, LES, menos de 3 semanas de pós-parto, hipertrigliceridemia,
DAC, ICC, doença cerobrovascular e durante a amamentação).
Entretanto não estão isentos de risco!
- Adesão: dia e horário
MINIPÍLULA
Desogestrel 75mcg → etonogestrel
Progestágeno de 3ª geração
28-84 comprimidos
Benefícios: diminuem as cólicas, os sangramentos,
melhora a anemia. Adequado para o uso na
amamentação e para mulheres que não
podem/querem utilizar estrógeno
Estudos epidemiológicos: maior incidência de TEV
Eventos adversos: sangramento irregular,
oligomenorreia ou amenorreia, acne, mastalgia,
náuseas, aumento de peso, alterações do humor e
diminuição da libido.Não temos o objetivo fazer
propaganda dos medicamentos
CASO CLÍNICO
Luana, 29 anos, utilizava 
Nuvaring®, porém não se 
adaptou e a médica lhe 
prescreveu Cerazette®. 
Quando ela deve iniciar?
MINIPÍLULA
Modo de uso:
-Iniciar no 1º dia do ciclo → administração
ininterrupta-Em casos de troca do Anticoncepcional
combinado, adesivo ou anel para o desogestrel:
-Iniciar no dia seguinte da tomada do último
comprimido ativo ou no dia da retirada do anel
ou adesivo. Caso utilizar após o período de
placebo destes métodos, utilizar outro método
contraceptivo nos sete primeiros dias do
desogestrel
MINIPÍLULA
Modo de uso:
-Em casos de troca do injetável (só progestágeno):
iniciar no dia em que deveria tomar a próxima
injeção.
-DIU: iniciar no dia da retirada
-Pós gestação: iniciar nos 21-28 dias após o parto
-Esquecimento: tomar assim que lembrar e utilizar
outro método de contracepção nos próximos 7 dias
-Vômitos em até 4 horas da administração: usar outros
métodos
CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS
ESTROGÊNIO
Natural
Sintético 
(etinilestradiol)
ETINILESTRADIOL
Angiotensinogênio
Angiotensina I e II
Aldosterona
RETENÇÃO DE SÓDIO E 
ÁGUA:
- Aumento do volume 
plasmático
- Aumento leve da PA
- Retenção hídrica
Temos progestágenos
sintéticos que inibem esta 
ação (drospirenona e 
gestodeno)
ATIVIDADE BIOLÓGICA DOS PROGESTÁGENOS
Progestágeno Efeito
Prog.
Efeito 
And.
Efeito Anti-
And.
Efeito GC Efeito Anti-
Miner.
Ciproterona + - +++ - ±
Medroxiprogesterona + ± - + -
Clormadinona + - + - -
Dienogeste + - + - -
Drospirenona + - + - +
Noretisterona + ± - - -
Levonorgestrel + + - - -
Desogestrel + ± - - -
Gestodeno + ± - - +
Legenda: Prog: progestogênico/ And: androgênico/Anti-And: antiandrogênico/GC: glicocorticóide/Anti-
Miner: antimineralocorticóide
CASO CLÍNICO
Heloísa, 22 anos, foi comprar seu
primeiro anticoncepcional
(Mercilon®). Alega não saber 
quando iniciar a administração, 
mas pretende iniciar hoje (está
no 10º dia do ciclo). Quais
seriam as suas orientações? ela 
deve iniciar?
CONTRACEPTIVOS COMBINADOS
Início do tratamento
-Recomenda-se iniciar no primeiro dia da menstruação
-Não é necessária contracepção de apoio nos primeiros 7 dias, a
não ser que o tratamento se inicie em outro dia que não o 1ª da
menstruação
-Iniciar no 21-28º dia após o parto (se posterior: utilizar outro
método de contracepção)
-Procurar manter aproximadamente o mesmo horário
CONTRACEPTIVOS COMBINADOS
Continuação do tratamento
-Pode ser utilizado até a menopausa (~55 anos) em
mulheres saudáveis e não fumantes
-Fumantes: até 35 anos
CASO CLÍNICO
Helena, 30 anos, utilizava um 
medicamento anticoncepcional
injetável (deproprovera), mas por 
conta do ganho de peso, a 
médica lhe prescreveu Tamisa
20®. Quando é deve começar a 
tomar? 
CONTRACEPTIVOS COMBINADOS
Troca de tratamento
-Mudança de um ACO combinado para outro: iniciar no dia posterior ao
término da cartela anterior, SEM FAZER A PAUSA.
-Mudança de anel, adesivo ou DIU para um anticoncepcional oral: iniciar no
dia da retirada.
-Mudança de um anticoncepcional injetável (*progestágeno) para um ACO
combinado: iniciar no dia que seria a próxima injeção.
-Mudança de uma minipílula (progestágeno) para um ACO combinado: iniciar
no dia posterior e utilizar outros métodos contraceptivos nos 7 primeiros
dias.
CASO CLÍNICO
Amanda, 30 anos, relata 
que esqueceu de tomar 
seu medicamento 
anticoncepcional ontem. 
Ela está na segunda 
semana do seu ciclo. O 
que você orientaria, 
considerando que o atraso 
é de 10 horas
CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS
Perdeu a dose!
-Tomar assim que lembrar, mesmo se houver necessidade de tomar 2
comprimidos concomitantemente.
-Eficácia “mantida” se até 12 horas de atraso (exceto para as minipílulas de
norestisterona – 3 horas).
-Período superior à 12 horas: utilizar outros métodos contraceptivos,
principalmente nos próximos 7 dias.
-Mais de duas pílulas perdidas: utilizar outro método contraceptivo.
-Vômitos e diarreia intensa em até 3-4 h da administração: usar outro método
contraceptivo.
Mulheres obesas: além de terem maiores chances de TEV apresentam eficácia diminuída com relação 
à contracepção (orientar adesão)
CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS
Decidiu parar de tomar o anticoncepcional!
-Usual: menstruação voltar 30 dias após a interrupção do medicamento.
-Algumas mulheres levam 90 dias para voltar a menstruar (*regimes
prolongados e contínuos) → encaminhar ao médico para avaliação de
amenorreia.
-Em algumas mulheres, o ciclo ovulatório natural é reestabelecido depois
de semanas ou meses (1-2 semanas, porém em até 6 meses).
CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS
O que significa anticoncepcional de baixa dosagem?
-Baseado na dose de estrogênio sintético:
-< 35mcg são pílulas de baixa dosagem.
-Preparações antigas continham 80-100mcg de etinilestradiol.
-Risco de trombose é dose-dependente.
CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS
Anticoncepcional de baixa dosagem
-Meta-análises demonstraram não haver diferença de eficácia entre
anticoncepcionais com <20mcg de etinilestradiol e com dosagens
maiores
-Associação com sangramentos irregulares e spotting
-Úteis para mulheres na perimenopausa (diminuição de sintomas
vasomotores): exceto fumantes e obesas
CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS
Intervalos
-7 dias (21 dias de pílula): menstruações mais previsíveis
-4 dias (24 dias de pílula)
-2 dias (26 dias de pílula)
CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS
Sem intervalo:
-Endometriose
-Síndrome pré-menstrual
-Hiperandrogenismo
-Fluxo menstrual intenso
* Segurança a longo prazo ainda não estabelecida
RAM DOS ANTICONCEPCIONAIS
Efeitos colaterais
Relacionados ao 
progestágeno
Estado depressivo, alteração 
do perfil lipídico e glicemia
Pele oleosa, acne, 
ganho de peso
Relacionados ao 
estrogênio
Náusea, sensibilidade mamária, 
cloasma, sangramento de 
escape, cefaleia
DOSE-
DEPENDENTE
CASO CLÍNICO
Luiza, 18 anos, pede ajuda ao
farmacêutico pois está
apresentando sangramentos
esporádicos e está
preocupada. Utiliza Femiane® 
desde o início deste ano. Quais
as orientações e condutas
farmacêuticas neste caso?
RAM DOS ANTICONCEPCIONAIS
Sangramento de “escape”
-RAM mais comum
-Não significa diminuição de eficácia
-Reflete uma adaptação do endométrio
-Mais comum com anticoncepcionais de baixa dosagem
-Frequente quando doses são perdidas
-Sangramentos de escape, independente da dose dos medicamentos,
pode acontecer nos 3 primeiros meses
-Tendem a desaparecer após 3 meses
RAM DOS ANTICONCEPCIONAIS
Amenorreia
-Desejado com regimes contínuos
-Não significa problema endócrino ou redução de
eficácia
-Recomenda-se trocar de anticoncepcional
RAM DOS ANTICONCEPCIONAIS
Doença arterial coronariana
-Risco aumentado em fumantes com 35 anos ou mais
(independente da dosagem)
-Risco baixíssimo em mulheres saudáveis (20-40mcg)
Hipertensão arterial sistêmica
-5% nas preparações com pelo menos 50mcg de estrogênio
RAM DOS ANTICONCEPCIONAIS
Acidente vascular cerebral
-Raro
-Associado mais ao estrógeno sintético (doses > 50mcg)
-Mais comum com o anel vaginal: estudos demonstraram
aumento de AVC isquêmico (~3x)
RAM DOS ANTICONCEPCIONAIS
Metabolismo de lipídeos
-Estrógeno sintético aumenta TG, HDL e diminui LDL
-Progestágeno aumenta LDL e diminui HDL, especialmente os que
apresentam efeitos androgênicos (levonorgestrel, norgestrel)
-Progestágenos mais novos, como o desogestrel, aumentam HDL e
diminuem LDL
Há pouca evidência
RAM DOS ANTICONCEPCIONAIS
Dor de cabeça
-Umas das RAM mais comuns
-Poucos estudos, porém suas conclusões: cefaleia presente mais
frequentemente no primeiro mês, com tendência de melhora;
cuidar com mulheres com histórico de enxaqueca; não há
relação entre tipo e dose de progestágeno e estrogênio
RAM DOS ANTICONCEPCIONAIS
Enxaqueca
-Ocorre geralmente na pausa do medicamento
-Acomete mais frequentemente mulheres que já apresentam
enxaqueca
-Alguns estudos mostraram maiores riscos de AVC isquêmico em
mulheres com enxaqueca (especialmente na população com aura)
RISCO DE CÂNCER
-Mama (*dados conflitantes)
-Estudos epidemiológicos não demonstraram associação (*meta-análises)
-Antes de 1975 a incidência aumentava em mulheres com histórico de
câncer de mamana família (*mãe)
Royal College of General Practitioners‘ coorte: 50.000 mulheres por 24 anos: menor 
incidência de câncer colorretal, uterino e ovariano no grupo que utilizava 
anticoncepcionais. Risco de câncer de mama foi similar nos grupos
Outros estudos demonstram diminuição da incidência de câncer endometrial e 
aumento da incidência de câncer de colo de útero em pacientes fumantes e com HPV
REDUÇÃO DA LIBIDO
- Estrógeno aumentam a síntese de globulinas de ligação aos
hormônios sexuais
- Progestágeno sintético faz supressão de LH, diminuindo também
os níveis de testosterona
- Não existem relações entre as formulações e doses
ANTICONCEPCIONAL ENGORDA?
Revisão sistemática com meta-análise de 49 ECR (2014):
-Maioria dos ECR utilizaram etinilestradiol 20-50mcg
-As evidências disponíveis não foram suficientes para estabelecer uma
relação, mas nenhum efeito considerável foi observado
RAM DOS ANTICONCEPCIONAIS
Tromboembolismo venoso
-Risco de 2-4 vezes maior em relação às mulheres não usuárias
-Ocorrência rara: <0,1%. Risco maior no primeiro ano de uso
-Preocupações maiores em relação ao estrogênio (dose-
dependente)
-Obesas apresentam 2-24 vezes mais risco que não obesas
-Injetáveis não parecem estar associados a riscos
RAM DOS ANTICONCEPCIONAIS
Tromboembolismo venoso
Recentes estudos epidemiológicos demonstraram que os progestágenos mais
recentes estão associados à maiores riscos que os de primeira geração
(ciproterona, drospirenona X levonorgestrel)
RAM DOS ANTICONCEPCIONAIS
Tromboembolismo venoso
- Os anticoncepcionais associados à menores riscos:
levonorgestrel + etinilestradiol 20mcg
FDA (2012: risco de tromboembolismo com drospirenona 3x maior 
em relação ao levonorgestrel)
Gestodeno, desogestrel, ciproterona, drospirenona (+ etinilestradiol
35mcg): 50-80% maior o risco se comparado ao levonorgestrel (De 
Bastos, 2014 – Revisão sistemática)
Porém, o risco absoluto ainda foi baixo
RISCOS TROMBÓTICOS
Modificação no metabolismo hepático
Alteração nos fatores de coagulação
↑ coagulação 
(fatores II, VII, VIII)
↓ anticoagulantes 
(proteína C, 
Antitrombina III)
RISCOS TROMBÓTICOS
- Apesar da dose de etinilestradiol ser menor nos adesivos em relação
aos anticoncepcionais orais, a preparação transdérmica esteve
associada à exposições do hormônio 60% maiores (comparando-se com
etinilestradiol 35mcg)
- FDA alertou o aumento do risco de tromboembolismo em mulheres que
utilizam adesivos
- Anel: aumento do risco de AVC
RISCOS 
TROMBÓTICOS
Risco aumenta na presença das 
seguintes condições:
-Idade
-Obesidade (>30kg/m2)
-História familiar positiva
-Tabagismo
-Hipertensão
-Valvopatia
-Fibrilação atrial
-Enxaqueca
RISCOS 
TROMBÓTICOS
Contraindicações
-Fumantes ≥ 35 anos ( ≥15 cigarros/d)
-Múltiplos fatores de risco cardiovasculares
-PAS ≥ 160 ou PAD ≥ 100mmHg
-Histórico de tromboembolismo venoso
-Histórico de AVC
-Doenças cardiovasculares isquêmicas e valvares
-Migrânea com aura*
-Lúpus eritematoso sistêmico
-Câncer de mama
-Cirrose/Adenoma hepatocelular
- Diabetes há > de 20 anos ou presença de LOA
CIPROTERONA
Ciproterona 2mg + 0,035mg de
etinilestradiol
21 drágeas/comprimidos
Ciproterona: efeito anti-androgênico
importante → usado para acne, hirsutismo,
síndrome do ovário policístico
Reservado para mulheres necessitam de tto
para condições andrógeno-dependentes
(somente por contracepção: pensar em
outros medicamentos)
CIPROTERONA
Após 4-12 meses de tratamento, os
sintomas são na maioria das vezes
solucionados. Recomenda-se trocar de
anticoncepcional
Estrógeno: associado à risco de TEV
Ciproterona : associado à maiores riscos
de TEV em relação aos progestágenos
mais antigos
AVALIAÇÕES QUANTO A SEGURANÇA
OMS (2004)
AVALIAÇÕES QUANTO A SEGURANÇA
AVALIAÇÕES QUANTO A SEGURANÇA
OMS (2004)
MONOFÁSICAS
Nome Comercial Componente Dose Apresentação
Minulet, Gynera Gestodeno +
Etinilestradiol
0,075 
mg
0,03 mg
21 comp
Nordete, Microvlar, 
Levordiol, Ciclo 21, 
Ciclon, Gestrelan
Levornogestrel + 
Etinilestradiol
0,15 mg
0,03 mg
21 comp
MONOFÁSICAS
Nome Comercial Componente Dose Apresentação
Ovoresta Linestrenol + 
Etinilestradiol
0,75 mg
0,0375 mg
22 comp
Anacyclin Linestrenol + 
Etinilestradiol
1,0 mg
0,05 mg
21 comp + 7 
placebos= 28
Anfertil, Primovlar Norgestrel + 
Etinilestradiol
0,5 mg
0,05 mg
21 comp
Nome 
Comercial
Componente Dose Apresentação
Gracial Desogestrel
Etinilestradiol
0,025 mg
0,125 mg
0,04 mg
0,03 mg
EE 0,04 mg + 
desogestrel 0,025 mg
7 comprimidos
EE 0,03 mg 
+desogestrel 0,125 mg 
15 comprimidos
Total de 22 comprimidos
BIFÁSICO
Nome 
Comercial
Componente Dose Apresentação
Triquilar, 
Trinordiol
Levonorgestrel
Etinilestradiol
0,050 mg
0,075 mg
0,125 mg
0,03 mg
0,04 mg
0,03 mg
EE 0,03 mg +LNg
0,05 mg 6 comp.
EE 0,04 mg +LNg
0,075 mg 5 comp.
EE 0,03 mg +LNg
0,125 mg 10 comp.
Total: 21 compr.
TRIFÁSICO
Nome 
Comercial
Componente Dose Apresentação
Trinovum Norestisterona
Etinilestradiol
0,50 mg
0,75 mg
0,1 mg
0,035 mg
0,035 mg
0,035 mg
EE 0,03 mg + 
Norestisterona 0,5 
mg 7 comp.
EE 0,035 mg + 
Norestisterona 0,75 
mg 7 comp.
EE 0,035 mg + 
Norestisterona 0,1 
mg 7 comp.
Total: 21 compr.
TRIFÁSICO
CASO CLÍNICO
Luana, 30 anos, foi a farmácia
comprar ciprofloxacino que o 
médico lhe prescreveu para 
infecção do trato urinário. Ela 
aproveita para perguntar se este
medicamento reduz a efetividade
do anticoncepcional (Yaz®). Qual a 
sua conduta?
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Indutores enzimáticos (CYP):
-Fenobarbital
-Fenitoína
-Rifampicina
-Carbamazepina
-Oxcarbacepina
-Hypericum perforatum
Efeito anticoncepcional 
reduzido
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Antibióticos:
-Rifampicina: diminui a concentração sérica de estrógeno e
progestágeno (oral, anel, adesivo, injeção)
-Possibilidades farmacológicas de outros antibióticos, porém
sem comprovação!
CASO CLÍNICO
Sandra, 27 anos, entra na farmácia e pede
para falar com o farmacêutico em local 
reservado. “Estou preocupada pois tomei
uma pílula do dia seguinte hoje e vomitei
depois de uns 30 minutos. Ele não fará
efeito mais? O que tenho que fazer? Não
posso ficar grávida!” Sandra explica ter
tido relações sexuais sem utilização de 
preservativo no dia anterior. Utiliza
anticoncepcional combinado (estrógeno e 
progesterona), mas tomou irregularmente
este mês.
CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
- Não há contraindicações absolutas para a contracepção
de emergência, além da gravidez.
- O sangramento uterino costuma ocorrer em 98% das 
mulheres dentro de 21 dias do uso do método. Se tal não 
acontecer, indica-se o teste de gravidez.
CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
- O método mais adequado para a anticoncepção de
emergência é o levonorgestrel isolalado
Efeitos colaterais são sensivelmente reduzidos 
Menor interação com outros medicamentos 
Confere maior efetividade
CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
Mecanismo de ação Levonorgestrel 1,5mg
- Se utilizado antes da ovulação: previne ovulação por atrasar ou
inibir a liberação do óvulo do ovário
- Se utilizado depois da ovulação: previne a fertilização por afetar a
motilidade das tubas uterinas e prevenir o encontro do
espermatozóide com o óvulo
- Além disso, modifica o muco cervical e interfere na mobilidade dos
espermatozoides
CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
-EFICÁCIA
-95% de efetividade se a primeira dose é tomada em <24 horas
-85% de efetividade se a primeira dose é tomada de 24-48 horas
-58% de efetividade se a primeira dose é tomada de 48-72 horas
Reações adversas
- Dor abdominal, dor de cabeça, tontura, fadiga e sensibilidade nos
seios.
- Náusea (≈25%), vômito (≈5%) – o que fazer em casos de vômitos
após a dose?
- Quando acontecer vômitos nas duas primeiras horas após a
administração do levonorgestrel, é recomendável que a dose seja
repetida.
- A anticoncepção hormonal de emergência com Levonorgestrel não
provoca sangramento nem altera significativamente o ciclomenstrual.
CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
ESTUDO DE CASO 3
Fernanda da Silva, 32 anos, professora de educação
infantil, residente de uma cidade do interior do Paraná
(Toledo-PR). Casada, possui uma filha de 6 anos de idade.
História clínica:
Tabagista (fuma há 15 anos, 1 maço por dia).
Hipertensão (há 2 anos).
Dislipidemia (há 1 ano).
ESTUDO DE CASO 3
QUEIXAS:
Dores de cabeça frequentes (há muitos anos, s.i.c), porém há dois
meses têm piorado. Acredita que seja por conta do estresse no
trabalho e em casa. Relata dor pulsante, na região frontal e temporal
da cabeça (bilateralmente), que piora com o barulho e com a luz,
associado a náuseas algumas vezes. Alega ter precisado de Torsilax
quase todos os dias.
DEMAIS INFORMAÇÕES:
Hábitos alimentares sem nenhuma restrição, porém diz não
tomar café da manhã (almoça duas colheres cheias de arroz,
uma concha de feijão, dois bifes fritos; lancha às 16h um pão
com mortadela; janta o que sobrou do almoço); Nega prática
de exercícios físicos e uso de bebidas alcóolicas.
ESTUDO DE CASO 3
Parâmetros:
Peso: 100 kg; Altura: 1,82 m
PA no momento da consulta = 1a medida: 145/97 mmHg, 2a
medida: 143/95mmHg, 3a medida: 144/96mmHg
Perfil lipídico (3 meses atrás) = CT: 190mg/dL, HDL: 38mg/dL,
TG: 162mg/dL, LDL: 119mg/dl
Glicose jejum (3 meses atrás): 135 mg/dl, HbA1c = 7,5%
ESTUDO DE CASO 3
ESTUDO DE CASO 3
FARMACOTERAPIA ATUAL:
- Sinvastatina 20mg/d (há 1 ano) → Utiliza 1 cp. pela manhã.
- Enalapril 10mg 2x/d (há 2 anos) - Utiliza 1 cp. pela manhã e 1cp à
noite.
- Diane 1 cp. pela manhã (prescrito pelo ginecologista há 5 anos.
Paciente relata que há dois anos não faz exame preventivo e, na última
consulta, sua médica orientou continuar com o anticoncepcional – s.i.c) –
Utiliza 1cp pela manhã.
- Torsilax 1 a 2 cp. ao dia (há 2 meses – automedicação).
O QUE O FARMACÊUTICO DEVE FAZER?
ESTUDO DE CASO 3
FARMACOTERAPIA ENDÓCRINA
alinefbonetti@gmail.com

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