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INCONTINÊNCIA URINÁRIA

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INCONTINÊNCIA 
URINÁRIA 
 Revisão da aula passada... 
Sangramento uterino anormal é muito comum na prática do dia a dia, tem como definição: Todo 
sangramento seja ele no período menstrual, fora do período menstrual, mas que esteja anormal. 
Quando pensamos em sangramento uterino anormal, devemos de forma medular lembrar da regra de 
PALM e COEIN: 
 
Temos então, os sangramentos estruturados: São pólipos, adenomiose, leiomioma, tendo algo palpável ou 
malignidade, que seria no caso o tumor. E os não estruturais são coagulopatias, disfunção ovariana, fator 
endometrial, iatrogenia e não especificado. 
 
Iniciando a aula de hoje... 
Objetivos da aprendizagem do dia: 
 Quem é afetado e quais são os motivos 
 Causas da incontinência 
 Diferenças entre os vários tipos de incontinência 
 Tratamento medicamentoso e cirúrgico 
 
 
Qual a conduta no primeiro contato: 
 A primeira coisa que temos que fazer é uma boa anamnese, devemos perguntar como é a 
incontinência: 
1 
 Ela tem a sensação que vai perder urina ou a paciente realmente perde urina? 
 A perda da urina está associada a esforço ou não? 
 Paciente faz uso de alguma medicação? 
 Paciente tem alguma patologia? 
 
Quem são os pacientes com fatores de risco: 
 Obesos, pacientes com volume abdominal em avental 
 Grandes multíparas 
 Pacientes que usam antidepressivos 
 Paciente que malham, que fazem crossfit 
 
Obs: Nem sempre a resolução com cirurgia de períneo é o tratamento adequado. 
 
Definição de incontinência urinária: 
 Perda involuntária de urina 
 Prevalência 10 a 50% das mulheres (não é tão prevalente como o sangramento uterino anormal) 
 Não ameaça a vida da paciente, porém tem grande impacto na qualidade de vida. Sendo assim, se 
torna uma urgência pessoal da paciente e não médica. 
 
Principais causas: 
1. Incontinência Urinária Esforço 
2. Hiperatividade do detrusor 
3. Incontinência urinária mista, que se associa a hiperatividade do detrusor com a incontinência 
urinária de esforço. 
4. Incontinência de urgência, paciente refere que tem vontade de ir ao banheiro e se não for rápido 
perde a urina. Sendo assim, a paciente tem a sensação de urgência de ir ao banheiro. 
 
Propedêutica: 
Anamnese HDA: Na HDA é importante perguntar como é a perda urinária, se perde de noite ou de dia, se 
está associada aos esforços. 
Anamnese HPP: 
• Doenças associadas (Parkinson, AVC, trauma raquimedular, HAS, Diabete Mellitus, DPOC) 
• Histórico ginecológico e obstétrico 
• Hábito Intestinal 
• Função Sexual (dispareunia, alguma alteração) 
• Passado cirúrgico 
• Uso de medicações (diuréticos, antidepressivos, bloqueadores alfa- adrenérgicos e anticoagulantes) 
• Caracterizar queixa do paciente 
• Incontinência aos esforços: Perda associada a tosse, ao esforço físico. 
 
Questionar a paciente sobre cirurgias prévias, pois esta pode te contar de alguma períneoplastia que não 
surtiu efeitos. E isso realmente acontece, já que a cirurgia tem finalidade de corrigir uma distopia e a 
incontinência poderia ser por algum motivo fisiológico que não seria corrigido anatomicamente 
Os antidepressivos estão ligados, pois a fisiologia da incontinência urinária está ligada com o SNC e 
receptores colinérgicos, anticolinérgicos, serotonina, gabapentina. 
 
Obs: 
 Pacientes DPOC podem ter incontinência urinária devido esforço, que gera a pressão abdominal, 
causando a incontinência. 
 
2 
3 
 Pacientes que tem histórico de constipação, podem no futuro apresentar incontinência, esse dado é 
importante como uma medicina preventiva, neste caso devemos solicitar fisioterapia pélvica para 
essa paciente como medica profilática. 
. 
A sociedade Internacional de Continência separa os sintomas referentes ao enchimento, esvaziamento e 
a sensação vesical: 
1. Urgência: Desejo imperioso de micção 
2. Incontinência por urgência: Perda após urgência 
3. Nictúria: Levantar à noite mais de uma vez para urinar 
4. Frequência diurna: Mais de sete micções durante o dia 
5. Perda de urina durante a relação sexual 
 Incontinência urinária mista: Perda involuntária associada à urgência e esforços. 
 
Sintomas: 
 Esforço para iniciar micção 
 Hesitação 
 Sensação de esvaziamento incompleto (mesma após ir ao banheiro tem a sensação que a bexiga 
ainda não está completamente vazia) 
 Jato fraco 
 Gotejamento terminal (paciente urina e depois apresenta gotejamento final) 
 
Exame físico: 
 Perda ao esforço (manobra Valsalva) 
 Avaliar Prolapsos 
 Exame neurológico: avaliar inervação periférica - Reflexo Bulbo cavernoso (estimulação do clitóris; 
reflexo cutâneo anal e sensibilidade da região perineal. Uso de cotonete para avaliar toda a 
inervação, mas não é muito comum fazer. 
Obs: 
➢ Cuidado a realizar a manobra de valsava, pois fazer o exame ginecológico 
o médico faz sentado e o paciente em posição ginecológica/litotômica, 
com isso pode acabar vazando urina no médico. Então, a primeira coisa 
ao fazer manobra de valsava é colocar a mão na frente, pois caso ocorra 
eliminação urinária não irá atingir o médico. 
➢ A manobra de valsava é feita solicitando com que o paciente tussa ou 
sopre o dorso da mão. A manobra de valsava não é o padrão ouro para 
avaliar incontinência urinária, pois a paciente pode estar com a bexiga 
vazia e a valsava só vai funcionar se a paciente estiver com bexiga cheia. E muitas das vezes as pacientes 
entram no consultório de bexiga vazia, afim de ficar mais confortável no exame. 
➢ Não necessariamente a paciente com a valsava negativa, podemos afirmar que a paciente não 
apresenta uma incontinência urinária de esforço 
 
Ẽipos de prolapso: 
Prolapso de bexiga, colo de útero, útero e avaliar se 
esse prolapso que está gerando a incontinência urinária 
Urodinâmica é o padrão ouro para avaliar 
incontinência urinária, mas antes de pedir qualquer 
exame devemos examinar a paciente, já que se for um 
caso de prolapso pode ser descoberto no exame físico. 
 
 
Quantificação do prolapso ATENÇÃO 
4 
Prolapso vaginal anterior e posterior 
 Distopia vaginal - parede anterior. 
 Sensação de desconforto pélvico. 
 Alterações miccionais 
 Incontinência urinária 
 Urina residual - infecção urinária 
 Posterior 
 Obstipação crônica 
 Manobras para evacuar 
 
➢ As distopias de parede anterior da vagina dão mais a sensação de incontinência, de urina residual, de 
sensação de hesitação e de desconforto pélvico. 
➢ As distopias de parede posteriores levam a obstipação crônica e manobras para evacuar que 
desencadeiam a incontinência urinária 
 
Diagnóstico de prolapso/distopia: 
 Exame ginecológico: Quando a paciente fica na posição ginecológica geralmente você consegue ver uma 
estrutura e precisa definir qual é: bexiga, útero, parede anterior do útero. Além disso, observar se o colo 
do útero está se exteriorizando 
 Inspecionar genitais internos: avaliada através da 
manobra de valsava 
 Identificar parede anterior de vagina e parede 
posterior de vagina 
 Observar a exteriorização do colo uterino com ou sem 
tração 
 A inspeção dinâmica pode permitir a visualização da 
perda de urina, nos casos de incontinência urinária aos 
esforços 
 Uso do histerômetro - diferencial com alongamento 
hipertrófico do colo. 
 
 Sistema de quantificação do prolapso de orgãos pélvicos (POPQ) 
 Surgiu em 1996 
 Atualmente é a classificação mais aceita 
 Realização do exame ginecológico durante o esforço na posição ortostática, de forma a obter um 
mapeamento da anatomia vaginal 
 Abolidos os termos cistocele, enterocele e retocele 
 Uso dos termos de prolapso de parede anterior e posterior 
 
Quantificação dos prolapsos – Estadiamento da ICS 
 
Vamos quantificar observando útero, colo do útero, parede 
de vagina, hímen e introito vaginal. 
 Sempre para dentro a quantificação é (-) e para parte 
externa é (+). 
 Sempre que usarmos o “a” é de parede vaginal anterior 
e “p” parede vaginal posterior 
 
 
5 
 
 
Vamos realizar essa medição comuma régua na vagina 
da paciente. 
O segundo exemplo é um prolapso quase que total. 
 
Exemplo de questão para prova: Paciente,. .. anos, 
chega ao ambulatório com queixa de incontinência 
urinária, é avaliado pelo ginecologista, realizado POPQ 
e tem-se o resultado: Aa+3 Ap+2 Qual o tipo de 
prolapso que essa paciente tem? 
Prolapso de parede anterior e posterior. 
6 
Métodos diagnósticos: 
 DIÁRIO MICCIONAL 
 Exame de urina (EAS < URINOCULTURA + TSA) 
 Estudo Urodinâmico Fisiologia da Micção PADRÃO OURO 
 Estudo do funcionamento do trato urinário baixo (bexiga e uretra) 
 Fundamental: Fluxometria, cistometria e estudo miccional 
 
Atenção: 
❖ Primeira hipótese que devemos afastar é se esta paciente tem infecção urinária, principalmente 
paciente idosa que faz bacteriúria assintomática, então a primeira coisa é pedir um EAS com 
urinocultura, sendo este para afastar ITU e também porque quando pedimos um estudo 
urodinâmico que é padrão ouro no diagnóstico do tipo de incontinência urinaria, não pode ter 
infecção urinária, pois na hora de fazer o exame faz-se uma infusão de soro fisiológico e pode 
carrear uma infecção urinaria da bexiga para os rins, fazendo uma nefrite. 
Então, o EAS é pedido devido duas situações: 
1. Descartar ITU 
2. Realizar o estudo urodinâmico com certeza que paciente não apresenta nenhuma infecção. 
 
O estudo urodinâmico é fundamental para avaliar: 
 Fluxometria: vai medir o fluxo de urina na bexiga 
 Cistometria 
 Estudo miccional 
 
Fisiologia da Micção: 
 Pessoas sem patologias Urinárias 
 Pressão uretral > pressão vesical 
 Exceto durante a micção 
 Perfeita função do trato urinário: 
 Integridade estrutural bexiga 
 Integridade estrutural uretra 
 Integridade estruturas sustentação da pelve - sob a coordenação reflexos neurológicos autônomos 
simpáticos e parassimpáticos; circuitos somáticos de controle voluntário e fibras sensoriais 
aferentes da bexiga e uretra. 
❖ O normal são pessoas sem patologias urinárias, e para isso a pressão da uretra tem que ser 
sempre maior do que a pressão da bexiga, por isso que não há perda de urina. 
 
Durante a micção é recebida uma ordem do SNC para que esse gradiente de pressão mude e seja possível 
esvaziar a bexiga, para que isso aconteça é necessário: 
 Integridade do SNC 
 Perfeito funcionamento do trato urinário 
 Integridade estrutural bexiga 
 Integridade estrutural uretra 
 Integridade de sustentação da pelve 
 
E aí, doutora? Por que a incontinência urinária é mais comum em mulheres idosas e/ou mulheres 
menopausadas? 
 Pois a incontinência urinaria está muito relacionada com a coordenação de reflexos neurológicos e 
com a estrutura de fáscia/sustentação dessa pelve. Sendo assim paciente que fazem crossfit, 
menopausadas, multíparas pois perdem a elasticidade/estrutura/sustentação da pele. 
7 
Um exemplo é a pele do nosso rosto, assim como ela enruga, fica mole quando ficamos mais velhas, nossa 
sustentação da pelve também. 
Pacientes que usam antidepressivos podem também ter alguma correlação que interfira no SNC dessas 
pacientes podem ser fator predisponente a desenvolvimento de infecção urinária 
 
Professora falou que gosta muito desse slide 
 Nervo hipogástrico: nervo que faz inervação da bexiga 
 Plexo pélvico e nervo pélvico: faz inervação de bexiga e pelve. No parto normal fazemos o bloqueio 
de nervo pélvico. 
E todos os músculos que são “mexidos” (elevador do anus, músculos perineaias) no parto normal podem 
estar associados a parte de estrutura/sustentação da pelve. 
 
Uretra: 
 ♀ 4 a 5 cm (uretra feminina mais curta, o que leva a predisposição de infecções) 
1 - Fatores intrínsecos: 
Músculo liso e estriado da parede, vasos sanguíneos, tônus e elasticidade da uretra relacionado com 
atividade dos receptores alfa- adrenérgicos do sistema nervoso simpático 
Atuações de funcionalidade: 
 Defeitos congênitos 
 Lesão neurológica 
 Deficiência estrogênica (menopausadas) 
 Fibrose por trauma (trauma de fórceps, multíparas) ou múltiplas cirurgias (de períneo que não 
resolveram). 
Quando a mulher entra na menopausa ela perde essa vascularização, perdendo a tonicidade e é inervada 
por receptores alfa adrenérgicos do sistema nervoso simpático. 
 
2- Fatores extrínsecos: 
Músculos de sustentação da pelve e fáscia endopélvica (rede de sustentação): 
 Pressão intra – uretral, precisa sempre ser maior do que a pressão intra-vesical 
 Atuações de funcionalidade 
 Deficiência do mecanismo de sustentação: perda de urina por hipermobilidade (urina vai e vem) da 
uretra ou hipermobilidade do colo vesical, pode levar a bexiga hiperativa ou incontinência urinária. 
Foi o exemplo que a professora deu da pele do rosto, conforme há o envelhecimento a pessoa vai perdendo 
a elasticidade, tonicidade. Então, toda aquela rede de sustentação vai desmoronando/derretendo. 
8 
Neurofisiologia: 
 Definição: “Micção ICS (International Continence Society) Micção é o fenômeno da eliminação da 
urina estocada na bexiga através da uretra, com base em variações no gradiente de pressão existente 
entre estas duas estruturas.” 
 Variação do gradiente de pressão: Realizado pelo antagonismo do Sistema nervoso autônomo com 
neurotransmissores centrais e periféricos e diferentes receptores: 
❖ Colinérgicos muscarínicos (alfa e Beta adrenérgicos) 
❖ Neurotransmissores: Acetilcolina, Noradrenalina, Serotonina, Dopamina, GABA, Substância P e 
peptídeo vaso ativo intestinal. 
 
Exemplo: Bexiga hiperativa (aquela que não para de contrair) devemos usar medicações anti – colinérgicas 
para que ela se estabilize e a paciente pare de perder urina. Nesse caso não é necessário realização de 
cirurgia, pois é uma hiperatividade dependente de uma estrutura, devido neurotransmissores. Então, o uso 
de anticolinérgicos resolve o problema dessa paciente. 
❖ Por isso que o uso de antidepressivos pode levar a incontinência urinaria, pois vai mexer nos 
neurotransmissores e neuroreceptores. Válido ressaltar que agora durante a pandemia o uso de 
antidepressivos aumentou, portando as queixas de incontinência urinária também podem vir a ser mais 
frequentes nos casos que os antidepressivos são mal utilizados. 
 
Desenho 1: Uretra é receptor alfa-adrenergico, lembre-se que a pressão intra-uretral é sempre maior do 
que a pressão intravesical, então ela precisa estar sempre contraída. Logo, alfa-adrenérgico sempre 
contração. 
Beta adrenérgico do sistema nervoso simpático é de bexiga, que deve estar sempre relaxada para encher 
de urina e sua pressão deve ser sempre menor do que a intrauretral; Então beta adrenérgico é receptor de 
relaxamento da bexiga. 
Do outro lado temos os receptores colinérgicos de contração controlados pelo sistema nervoso 
parassimpático 
Resumindo: 
 Alfa da uretra de contração, pois a pressão intrauretral deve ser maior do que intravesical. 
 Beta de bexiga, que é de sistema nervoso simpático de relaxamento. 
 C do sistema nervoso parassimpático de contração. 
 
Quem irá mandar a ordem é o sistema nervoso central, quem dará as ordens ao neurotransmissores são: 
Ponte e mesencéfalo, de lá saem os receptores e neurotransmissores. 
 
Sistema nervoso simpático: 
 Responsável armazenamento urina (simpático é relaxamento), inibindo o detrusor e aumentando o 
Tônus da uretra. 
9 
 
Este reflexo pode ser inibido voluntariamente mediante o lobo central: ponte e mesencéfalo 
 Receptores: Adrenérgicos - Beta adrenérgico: no detrusor (relaxamento) e o alfa adrenérgico age na 
uretra (contração), aumenta o tônus para que pressão seja maior. 
 Relaxamento 
 L - adrenérgico - uretra e colo vesical - contração e aumenta tônus. 
 Paralisação do detrusor - Bloqueio do SNA Parassimpático. Estímulo dos receptores B adrenérgicos 
 
Obs:Quando a paciente apresenta uma bexiga hipereativa como no caso da 
hipereatividade do detrusor, musculatura que fica próxima a bexiga e quando 
apresenta hiper-reatividade ou hipermobilidade do colo vesical,devemos usar 
alguma medicação que pare o receptor colinérgico que esta contraindo o 
tempo todo, então tenho usar uma medicação anticolinérgica, ou algo que 
bloqueie o meu sistema nervoso parassimpático. 
COLINÉRgICOs DE CONTRAÇÃO ALI DENTRO. 
 
 
SNA Parassimpático: 
• Fibras colinérgicas - Detrusor 
• Responsável esvaziamento da bexiga, causando contração do detrusor. 
Bexiga: 
Duas funções principais: 
1- Armazenamento Urina 
2- Micção 
• Enchimento vesical: SNA Simpático (relaxamento da bexiga, inibe o detrusor e aumenta tônus) 
 
Distensão parede vesical incômodo 
 
 
 
❖ Esse trajeto dado a cima é o fisiológico e quando não é inibido voluntariamente há algum problema e é 
necessário investigação. 
 
Lei de Laplace: 
Liberação voluntária SNC: Ponte e 
mesencefalo 
Causa Relaxamento musculatura 
estriada 
Inatividade SNA simpático Causa Relaxamento musculatura 
estriada 
Atividade SNA parassimpático 
Contração detrusor 
MICÇÃO 
10 
❖ A bexiga tem capacidade de acomodar volumes crescentes de líquido sem alterar a pressão intra vesical 
(acomodação). A bexiga explode no acidente de carro quando ela está cheia, já que sofreu um gradiente 
de pressão externa. Fisiologicamente a bexiga não estoura pois ela tem a capacidade de acomodar 
volumes sem aumentar gradiente de pressão internamente, sendo esta a lei de Laplace. Sabendo disso, 
é importante não viajar de bexiga cheia. 
❖ Hiperatividade do Detrusor: hipercontração da musculatura, que gera aumento da pressão do detrusor 
internamente, acompanhados de urgência miccional, enquanto a paciente tenta inibir a micção. 
Reparem que quando a paciente relatar que precisa urinar e tem que ir ao banheiro rápido é diferente 
da paciente que está perdendo urina e não sinto vontade, não sabe se a bexiga dela está cheia ou não, a 
paciente só segue perdendo urina. Então, quando tivermos a palavra urgência miccional devemos 
lembrar de hiper-reatividade do detrusor que aumenta a pressão intra vesical, e aí mesmo a paciente 
tentando inibir a micção ela consegue, pois manda o controle de não urinar, mas o musculo continua 
contraindo. 
 
 
Urodinâmica Cistometria (exame padrão ouro): 
Avalia-se fase armazenamento miccional: 
Parâmetros avaliados: (mais importantes) 
1. Complacência vesical (Quanto que a bexiga enche e não 
manda ordem de que está cheia e precisa esvaziar. 
2. Atividade Detrusor (Musculatura que está contraindo e tem 
uma hiper-reatividade ou é uma musculatura que está 
normal) 
3. Capacidade vesical (Quanto que a bexiga enche e não dá 
vontade de urinar) 
4. Sensibilidade vesical (A partir de quantos mL que a paciente 
começa a sentir que tem desejo de urinar) 
❖ Lembrem sempre de fazer o EAS com urinocultura antes desse 
exame para afastar possibilidade de uma infecção e/ou nefrite após a urodinâmica. 
 
Como o exame é feito: Feito pelo computador com o uso de uma cadeira urológica, paciente fica primeiro em 
posição ortostática e depois é sondada e realizada uma infusão de soro intra-uretral até bexiga. 
Teste de pressão perda de esforço: 
 Infunde 200 ml de líquido. 
 Posição Ortostática 
 Solicita - se à paciente que faça manobra Valsava 
 Registra-se a menor pressão que ocorre a perda urinária para que tenha incontinência urinaria 
 
IMPORTANTE: IUE(incontinência urinaria de esfoço) é definida como perda urinária na ausência de contração do 
detrusor durante o esforço (Valsalva) 
➢ Valores perda: < 60cm H2O Deficiência esfíncter intrínseco 
 
> 90 cm H2O Hipermobilidade do colo vesical 
 
Geralmente aqui não é de causa anatômica, mas sim de causa medicamentosa, já que tem uma hipermobilidade do 
colo, hiperatividade do detrusor) 
 
Entre o 60-90 é chamada zona cinzenta, pois não se sabe se é uma IUE ou por hipereatividade. Podemos chamar 
também de zona mista, essa paciente deve ser muito bem caracterizada para avaliar conduta: cirúrgica ou 
medicamentosa. 
11 
VALORES SUGESTIVO 
< 60cm de H2O Deficiência esfíncter intrínseco 
Entre 60-90cm de H2O Zona cinzenta ou mista. Necessita 
de avaliações. 
>90cm de H2O Hipermobilidade do colo vesical, 
sugestivo de causa medicamentosa 
 
Estudo Miccional de urodinâmica 
❖ Avalia-se o esvaziamento vesical. 
❖ Suspeita-se de obstrução infravesical, quando com uma pressão de detrusor de 60 cm H2O, e não 
ocorre micção. 
❖ Quantificamos nesse estudo: Complacência vesical, sensibilidade vesical, pressão de perda, 
esvaziamento, sendo um dos sintoma a sensação de esvaziamento incompleto, gotejamento, jato 
urinário fino. Então, o estudo miccional abrange tudo isso, até a forma de esvaziar essa bexiga. Isso é 
importante saber pois as vezes um jato fraco, um gotejamento podem ser por uma obstrução que pode 
estar sendo causada por um prolapso de útero, de bexiga, vaginal, de cúpula que podem causar uma 
obstrução gerando um gotejamento fraco, fazer jato fraco de urina e nesse caso o tratamento é 
cirúrgico. 
 
Ẽratamento da incontinência urinária 
 Incontinência Urinária Esforço: 
❖ Denominada por causa Anatômica: Tratamento cirúrgico 
❖ Alguns estudos com a aplicação de Técnicas fisioterapia demonstram taxas de cura (50 a 90%). 
❖ Tratº Fisioterápico: Reeducação do assoalho pélvico. 
❖ Contração voluntária do assoalho pélvico mediante exercícios ou por estímulo elétrico das paredes 
vaginais. 
Tratamento cirúrgico: 
1 - Cirurgias Via Vaginal - Kelly Kennedy 
Pouco utilizada atualmente (taxa de cura somente 40%) 
2 - Cirurgias Endoscópicas: 
Colocação de sutura na fáscia vaginal até aponeurose do reto abdominal através da agulha 
3 - Cirurgias Retropúbicas: Burch: Fixa-se a fáscia vaginal ao ligamento de Cooper. 
Sucesso 70 a 80% em 5 anos. 
Desvantagens: Prolapso parede posterior vagina, instabilidade detrusor, dificuldade miccional e obstrução 
uretral. 
4 - SLINGS: Colocação de fitas sintéticas ou tecidos autólogos 
suburetrais com o objetivo de sustentar e alongar a uretra. Este 
é o mais utilizado, usamos fita cirurgia, é transobturatório. 
Temos uma agulha que vem essa fita com tecido parecido com 
tela de marlex e é utilizado para levantar o prolapso que está 
acontecendo naquela região. 
TVT (Tension - free Vaginal Tape) SLING sintético.Em 2001 
(Técnica Delorme e cols) - passagem de agulha através do forame trans obturatório evitando o risco de 
lesão vesical e uretral. 
Hoje tem usado muito os pessarios que são como se fossem donuts, e é usado para pacientes idosas, 
incontinência urinária devido obstrução. 
12 
Tratamento medicamentoso: 
❖ Duloxetina (Inibidor Recaptação Seretonina e norodrenalina); realizará o estimulo contínuo e 
progressivo do esfíncter no sacro de micção durante o enchimento. É óbvio que é um tratamento 
alternativo, que não é 100% e para pacientes que não tem alternativa cirúrgica. 
❖ Mecanismo de ação: Estímulo contínuo e progressivo do esfíncter no sacro da micção durante o 
enchimento. 
 Hiperatividade do detrusor: 
❖ Patologia funcional e não anatômica. 
❖ Contração Involuntária do detrusor excedendo à pressão uretral e causando a incontinência urinária. 
❖ 90% dos casos não se encontra causa primária. 
❖ Distúrbio psicossomático? Pode estar associado 
❖ Desequilíbrio Neurotransmissores? Pode estar associado 
Tratamento 
Clínico - Medicamentos 
- Técnicas comportamentais 
Drogas: Agem bloqueando os receptores colinérgicos/muscarínicos na bexiga . Essas drogas inibem a 
contração muscular. 
 
Principais drogas: 
1 - Anticolinérgicos: Brometo de propantelina 15 a 30 mg a cada 6 horas. 
2 - Ação mista (antiespasmódica e anticolinérgica): Cloridrato de oxibutinina 2,5 a 10 mg , 3 vezes ao dia. 
3 - Bloqueadores Canais Calcio: Terodilina 12,5 a 25 mg a cada 12 hs. 
4 - Inibidores da prostaglandina: Indometacina 25mg a 50 mg, 4 vezes ao dia 
 
Técnicas Comportamentais 
❖ Retreinamento Vesical 
❖ Biofeedback 
❖ Eletroestimulação (sucesso 30 a 77%) 
❖ Psicoterapia e hipnose 
Últimas Técnicas 
❖ Toxina Botulínica - Hiperreflexia do Detrusor. Esse botox geralmente dura 6 meses e cadainjeção é 
em torno de 1000 reais 
❖ Uretrocistoscopia 
❖ 20 a 30 injeções de 10 UI de Tox. Botulínica 
❖ Tratamento cirúrgico é último recurso. Neurectomias sociais seletivas, tem o risco de ocorrer 
incontinência fecal após essa cirurgia. 
 
Cistite crônica intersticial: é um diag. diferencial de incontinência urinária 
❖ Muito comum em pacientes que fazem radioterapia e braquiterapia, comum no pós de raqui e 
braquiterapia. 
❖ A paciente sente dor ao encher a bexiga e quando ela tem dor, ela não consegue ter complascencia 
miccional. Geralmente essas pacientes já passaram por vários médicos, pois como ela tem dor acaba 
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sendo tratada como uma infecção urinária, o diagnóstico dessa paciente é dado através da 
uretrocistoscopia, o exame consiste na entrada de uma camêra intra uretral e visualizar a bexiga para 
definir a causa do problema. Na urodinâmica, essa paciente tem baixa compascência, ela tem dor e ela 
tem urgência vesical. 
❖ Etiologia desconhecida 
❖ Dor ao enchimento vesical 
❖ Urgência miccional 
❖ Frequência aumentada 
❖ Paciente submetida à radioterapia 
❖ Uretrocistoscopia: Petéquias e úlceras 
❖ Urodinâmica: Baixa complacência, urgência e baixa vesical < 350 ml 
 
Quando a causa é uma cistite crônica a paciente vai apresentar petéquias e úlceras na parede da bexiga, 
nesse caso o diagnóstico diferencial seria câncer e por isso, devemos solicitar a biopsia 
 
Biopsia: 
❖ Infiltrado Inflamatório com presença de Eosinófilos sem sinais de neoplasia. 
❖ Tratamento: Dimetilsulfato 
❖ Anti-histamínicos (Hidroxizina) 
❖ Patologia crônica 
❖ Sucesso: 70% 
 
❖ Em forma de casos clínicos: Paciente com urgência urinária, paciente com queixa de incontinência 
urinaria aos esforços...O que você faria? Qual conduta teria? 
❖ Pode pedir também um POPQ para identificarmos que tipo de prolapso é... 
❖ Qual o teste padrão ouro para incontinência urinária?

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