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Habeas Corpus para Lúcio Correa

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EXMO(A). SR(A). DR(A). DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE(A) DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
 
 
 
[NOME/ SOBRENOME DO(A) IMPETRANTE  ADVOGADO(A)], advogado(a), inscrito(a) na OAB/[ESTADO] sob o n.º___, portador da cédula de identidade RG no ___, inscrito no CPF/ MF sob o no ___, com escritório profissional sito na cidade de___/ [ESTADO], na rua ___, no ___, bairro ___, CEP ___, [endereço eletrônico], onde recebe intimações, vem respeitosamente perante esse Egrégio Tribunal, com fulcro no art. 5º, LXVIII, CF, arts. 647 e seguintes do CPP, impetrar o presente:
HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE CONCESSÃO DE LIMINAR 
 
Em benefício do paciente LÚCIO CORREA, brasileiro, solteiro, auxiliar administrativo, nascido aos 04/05/1995, portador da cédula de identidade RG no ___, inscrito no CPF/ MF sob o no ___, residente e domiciliado na cidade de São Paulo/ SP, na rua Pedro Afonso, no 12, bairro Moema, CEP ___, [endereço eletrônico], atualmente recolhido na Penitenciária [NOME], o qual vem sofrendo violenta coação em sua liberdade, por ato do Excelentíssimo Senhor Juiz a quo, pelos motivos de fato e de direito a seguir delineados:  
DOS FATOS: 
está sendo processado nos autos do processo de nº 0002627-48.2014.403.6181 (ora juntado, em cópia integral, como doc. 01), em trâmite na 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo/SP, pela suposta prática do tipo penal do art
Preso em flagrante delito, no dia 01/04/2020 como incurso nas sanções previstas no art. 33 da Lei n.º 11.343/2006 (tráfico de drogas) e no art. 16, parágrafo único, IV, da Lei n.º 10.826/2003 (estatuto do desarmamento) pelo porte de arma de fogo de uso restrito, com a numeração raspada, de acordo com o que dispõe o art. 69 do Código Penal brasileiro. 
DOS PEDIDOS: 
Portanto, com base nos arts. 5º, LXVIII da Constituição Federal, 647 e seguintes do Código de Processo Penal, requer do(a) nobre desembargador(a) a CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR para revogar a prisão preventiva, com a competente expedição do ALVARÁ DE SOLTURA, a fim de que seja o paciente posto em liberdade, ou caso seja o entendimento de V. Exa., sem prejuízo das cautelas cabíveis, ao menos substituí-la, em análise da possibilidade, da aplicação de uma das medidas cautelares alternativas, além dos demais dispositivos que regulam a matéria e instrumentalizam a cidadania para o exercício da ação constitucional, o remédio que garante a liberdade pessoal, impetra-se em favor de LÚCIO CORREA, seja confirmada esta ordem de HABEAS CORPUS, ao final.
Afinal, o art. 41 do Código de Processo Penal estabelece requisitos que a denúncia deve preencher, o art. 395 institui hipóteses nas quais a peça deve ser rejeitada, o art. 397 determina os casos em que a situação fática ensejar absolvição imediata e o art. 648, inciso I, define como ilegal a coação sem justa causa, o que nos leva a crer que a decisão de recebimento da denúncia, por ser a primeira decisão do processo, deve analisar todos esses elementos que constituem verdadeiros otimizadores dos princípios fundamentais do acusado.
III. DOS PEDIDOS
 3.a) Pedido Liminar 
A ordem pleiteada é urgente, impondo-se seja concedida liminarmente por Vossa Excelência
A plausibilidade das alegações (fummus boni juris) se verifica pelo quanto foi narrado até aqui. De fato, pelo que se percebe de leitura do ato coator, a fundamentação do recebimento da denúncia foi precária, senão inexistente, de modo que restou diretamente violado o art. 93, inciso IX, da Constituição Federal. Para que se verifique isso, não se faz necessária nenhuma dilação probatória, nem tampouco requisição de informações à autoridade coatora, uma vez que a presente impetração vem instruída com cópia integral do processo originário, bem como com a cópia da Defesa Preliminar com o despacho que consiste ato coator, uma vez que esse não foi juntado, por equívoco da secretaria da 5ª Vara Criminal Federal, aos autos desmembrados. Com base apenas na análise desses documentos, é possível a concessão da tutela liminar, mesmo porque o que se pede é o mero sobrestamento do feito até que este writ seja julgado pelo órgão colegiado, algo que em nada prejudicará o andamento do processo, tendo em vista a sabida celeridade deste Tribunal quanto a seus julgamentos.
3.B) PEDIDO PRINCIPAL 
Diante de todo o exposto, requerem os impetrantes seja a ordem de habeas corpus concedida, também em caráter definitivo, para o fim de que o despacho de recebimento da denúncia proferido pela autoridade coatora seja anulado, devendo outro, desta feita fundamentado, ser apresentado em seu lugar, recebendo ou rejeitando a inicial acusatória, cessando-se o constrangimento ilegal ao qual o sr. ESMERALDO MALHEIROS SANTOS se encontra submetido. Juntamos, ademais, para facilitar a leitura da peça, cópias físicas da denúncia e de seu recebimento no Anexo.
1. O (a) Paciente, por ordem do Dr. Delegado de Polícia local, se encontra preso (a) desde o dia _____ do corrente mês, sofrendo injusta coação na sua liberdade;
2. Que, da data da Prisão do (a) Indiciado (a), que ocorreu a ___/___/_____, até a presente data transcorreram 13 (treze) dias, tendo a autoridade coatora, por essa razão, transgredido o artigo 10 do Código de Processo Penal, que determina o prazo de 10 (dez) dias para a conclusão do Inquérito em se tratando de réu preso;
3. Além da não conclusão do referido Inquérito, até a presente data nem mesmo se concretizou a formação de culpa do (a) Indiciado (a).
Assim, requer que se faça cessar imediatamente o constrangimento ilegal, com a restituição da LIBERDADE do Indiciado, através da expedição urgente do competente ALVARÁ DE SOLTURA, com as advertências dos arts. 655 a 657 do Código Processual Penal.
Nesses termos,
Pede deferimento.
___________, ___ de __________________ de _____.
Advogado OAB nº ___________.

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