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Ciências Econômicas - HPE- Prova Presencial Digital

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Prova Presencial Digital
Curso: Ciências Econômicas
Disciplina: História do Pensamento Econômico
Série: 3º e 4º Semestre
Prof.: Matheus da Costa Gomes
1 – (1,0 ponto) Por que se diz que o advento do capitalismo favoreceu a definição de um objeto racional de estudo para a ciência econômica? O que dificultava o surgimento da Economia como ciência em sociedades anteriores ao capitalismo (Antiguidade e Idade Média)?
R: Porque as sociedades pré-capitalistas estavam sujeitas e motivadas por preceitos morais o que dificultava a análise, pois a ciência econômica estuda fenômenos econômicos numa sociedade racional. Com o advento do capitalismo, os preceitos morais não regem mais a vida econômica das pessoas, a sociedade começa a tomar atitudes movida pela racionalidade como, por exemplo a busca pela maximização da produção, diminuição dos custos.
2 - (1,5 ponto) Faça uma análise histórica da evolução da ideia de valor desde os primórdios até os dias atuais.
Obs.: Vocês provavelmente encontrarão variações para o termo “valor” (exemplo, valor justo, preço justo, valor natural, valor de mercado, valor em uso e etc.). Fiquem à vontade para montar uma linha de raciocínio própria.
R: De início o valor era aplicado apenas com o intuito de indicar eficiência ou preço de bens materiais e o orgulho ou competência das pessoas. A ideia de valor foi inserida na filosofia pelos estoicos, que chamavam de valor os acessórios de preferência moral. Com o tempo surgiu a axiologia (teoria geral dos valores). Permanecem inúmeras ideias de valor, logo cada local de estudo possui sua própria – Matemática, medicina, etimologia, economia, sociologia, filosofia, psicologia, etc. Tendo em conta cada uma dessas áreas, podemos aderir que a ideia de valor é completamente subjetiva. Entretanto, não é uma ideia usada somente em meios de aprendizado, trabalho, pesquisa, etc. A ideia de valor, é totalmente banal, muitos usam e grande parte não se preocupam com os diversificados significados, todos usam de forma natural, para expressão do valor de algo, o valor moral de alguém, entre outros. Em outras palavras, a ideia de valor se encaixa a situação inserida, porém em quais quer que seja, é sempre próxima (com exceção do valor como preço, que é um significado mais concreto). Todos compreendem quando se diz que algo tem valor pessoal para alguém, ou é apontado os valores de alguém, e assim, desde sempre, já se utilizava valor como preço, ou mencionava-se dos valores de alguém etc., com exceção das definições que surgiram ao longo. Valor é algo versátil, porém concreto. Todos utilizam em diversas situações, para expor diferentes ideias, mas sem dificuldade alguma de agregar isso ao que está sendo dito. É algo com um significado natural, de limpa compreensão e flexível. Historicamente, a evolução da ideia de valor foi uma sequência de adaptações para os ideais, as ciências, as ideias surgiram ao longo dos anos. Surge o estoicismo – novo contexto de valor; surge a economia – nova definição de valor; surge a etimologia – novo contexto de valor, e assim vai. No fim, todos nós entendemos quando alguém diz algo sobre valor, independente do contexto.
3 - (1,5 ponto) Pede-se:
a. É certo dizer que o objeto da política mercantilista era a maximização da riqueza de todos os cidadãos?
R: Não, para os mercantilistas o homem que vivia sem conforto não perdia o ímpeto pelo trabalho e se mantinha longe de vícios, assim impulsionava o desenvolvimento da nação. Dessa forma para os mercantilistas, apenas uma minoria estava moralmente preparada para a riqueza.
b. Por que as monarquias absolutas se preocupavam em acabar com a mendicância e que medidas foram tomadas nesse sentido?
R: Porque a mendicância incentivava as pessoas a se revoltarem contra o governo, contra a nobreza.
c. Que políticas eram defendidas pelos mercantilistas no sentido de garantir uma balança comercial favorável?
R: O metalismo, a intervenção do Estado na ordem econômica, a balança comercial favorável, o monopólio, o protecionismo alfandegário e o colonialismo.
d. Como a oferta de moeda poderia estimular o crescimento da riqueza na interpretação mercantilista?
R: A oferta de moeda facilitaria as trocas, aumentando o comércio e o escoamento da produção. Acreditavam que a abundância monetária diminuía as taxas de juros, o que permitia a expansão dos empréstimos bancários, estimulando o comércio e a produção.
e. Comente a tese da utilidade da pobreza.
R: A tese da utilidade da pobreza apoiava e abraçavam a ideia de que o salário dos trabalhadores deveria se manter abaixo de um nível excelente, para que a classe trabalhadora se mantivesse dedicada ao trabalho, e não se rendesse aos vícios que seriam proporcionados com a riqueza.
4 - (1,5 ponto) Pede-se:
a) Quais os argumentos utilizados por Adam Smith para demonstrar que a divisão do trabalho leva ao aumento da produtividade do trabalho?
R: O argumento utilizado indica que a separação das tarefas permite que um trabalhador que sozinho conseguiria, talvez, produzir um alfinete em um dia, produza dezenas ou centenas de cabeças de alfinete, juntamente com outros funcionários produzindo outras partes do alfinete, fabricariam centenas ou milhares de alfinetes por dia. A separação gera eficiência, especialização e um aumento significativo das forças produtivas do trabalho.
b) Em Smith, explique o mecanismo em que o crescimento econômico é desencadeado pela divisão do trabalho. Por que a divisão do trabalho fica limitada pela extensão do mercado?
R: A divisão do trabalho aumentaria a produção e o crescimento econômico, quando cada trabalhador se especializa em um processo da produção. Mas para que isso seja viável deve existir mercado para que o produtor troque sua mercadoria, e deve existir um mercado consumidor para consumir os produtos da divisão do trabalho, ou seja, a divisão do trabalho está de uma forma subordinada à extensão do mercado pois não compensa ter alta produtividade num mercado consumidor pequeno.
c) Explique os conceitos smithianos de valor de troca, valor de uso, preço natural e preço de mercado.
R: Preço Natural: Conceito desenvolvido para designar o preço de uma mercadoria que cobre seus custos de produção mais uma taxa corrente de lucro. 
Valor de troca: O valor de troca é a capacidade de obter riquezas. Smith explica que a troca das mercadorias é, na realidade, a troca do trabalho necessário para a produção dessas mercadorias. Embora o valor de troca de determinado bem seja dado pelo trabalho que nele foi designado, o que acontece é que esse valor nas mercadorias é estimado pela quantidade de moeda que o possuidor recebe em troca dele. No entanto, o valor da moeda varia como o de qualquer outro bem; quanto menos trabalho custe para produzi-la, menos trabalho pode comprar. Portanto, o valor de troca é o preço real dessa mercadoria, em contraposição a sua expressão monetária. Considerando-se uma sociedade de produtores livres e independentes, todos se reunirão no mercado para realizar a troca de suas mercadorias. Para cada um deles, a riqueza é a soma dos valores de uso que estão a sua disposição. Se o indivíduo fosse isolado, essa riqueza dependeria do trabalho por ele executado.
Valor de uso: Para Adam Smith, é a utilidade de um objeto. As coisas que têm maior valor de uso possuem, em geral, pouco ou nenhum valor de troca. A água, por exemplo, é de grande utilidade, mas dificilmente se pode comprar algo com ela. Um diamante, por sua vez, dificilmente apresenta algum valor de uso e, no entanto, pode-se obter grande quantidade de objetos com ele.
Preço de mercado: Segundo Adam Smith, o conceito de preço de mercado: “O preço efetivo ao qual uma mercadoria é vendida denomina -se seu preço de mercado.” (Smith, 1984, p. 84)
Ou seja, o preço de mercado é o verdadeiro preço da mercadoria e vem determinado pelas forças da oferta e da procura.
5 - (1,5 ponto) Pede-se: 
a) Por que a teoria da população de Malthus é considerada uma teoria naturalista? Quais as críticas que se fazem a ela?
R: Devidoao seu objeto de estudo, o crescimento da população, que diversas vezes não era visto como um fator econômico propriamente dito. Seus estudos serviriam de base para, depois, os estudos de Charles Darwin. Malthus estudou e relacionou em sua teoria, questões sobre o aproveitamento de recursos com o crescimento populacional.
As críticas dessa teoria são ditas pelo fato de Malthus ter errado algumas previsões. Ele falhou em prever os avanços na agropecuária, que permitiram um aumento da produção de alimentos, além da inserção da mulher no mercado de trabalho, que contribuiu para a diminuição da taxa de natalidade. 
b) Exponha detalhadamente a teoria da renda de Ricardo confrontando-a com a respectiva teoria de Smith.
R: Ricardo argumenta que a renda da terra não é um componente do lucro, mas sim um resíduo. Defende que, as diferenças de produtividade das terras permitem diferente lucros para o produtor, visto que o livre mercado possibilita homogeneidade de salários, lucros e preços. Sendo assim, as terras com maior produtividade apresentam um excedente monetário, que dá origem ao pagamento da renda da terra. 
Na visão de Smith, a renda da terra é um componente de fator lucro, portanto, esse excedente não existe, e o valor dos produtos cobre o valor do trabalho e pagamento a renda empregados na produção da mercadoria.
c) Qual o papel da oferta e da demanda na determinação do valor para Mill e no que sua teoria difere da de Ricardo?
R: Mill diz que o valor é dependente de duas variáveis: a utilidade do produto, que seria a capacidade de satisfazer o comprador na qual determina o valor máximo, pois as pessoas não pagariam por algo a mais que não achariam válido, e a escassez do produto, onde produtos mais escassos se tornam mais caros, à medida que seu valor de utilidade permite. Ricardo, não admite essa importância à utilidade para quantificar o valor, mas que é necessária apenas para a existência do valor de troca.
6 - (2,0 pontos) Pede-se:
a) Explique a teoria do valor-utilidade utilizada por economistas neoclássicos.
R: A teoria do valor-utilidade é uma ideia subjetiva usufruída pelos economistas neoclássicos, onde o valor das mercadorias proporciona uma satisfação aos consumidores, sendo nela um engajamento na atividade econômica. Portanto não a distinção do valor de uso e valor de troca, pois os preços são escolhidos perante uma concepção subjetiva do valor. 
b) Qual é o papel da concorrência perfeita no estudo da economia para a escola neoclássica?
R: Utilizar um mundo ideal para construir modelos, próximos a realidade, assim como solucionar problemas reais.
c) O que é o ótimo de Pareto?
R: Um ótimo de Pareto é a situação em que não há outra forma de alocar os recursos sem que um dos envolvidos saiam prejudicado, ou seja, é um determinado contexto em que os recursos de uma economia estão organizados e distribuídos de uma maneira eficiente, em que, para que indivíduos aumentem seu bem-estar, necessariamente o bem-estar de outros indivíduos precisa ser reduzido. Um dos principais fenômenos que impedem que a economia se encontre neste ponto de equilíbrio são as falhas de mercado.
d) Quais as principais ideias de John Maynard Keynes? Por que é conhecido que ele mantinha certa admiração pela escola mercantilista?
R: A doutrina de Keynes ficou conhecida como uma revisão da teoria liberal. Nela, o Estado deveria intervir na economia sempre que fosse necessário, a fim de evitar a retração econômica e garantir o pleno emprego.
7 - (1,0 ponto) A Escola Histórica (Alemã) aponta duas críticas a Escola Clássica: metodológica e ao conceito de natureza humana. Explique.
R: A escola histórica alemã reagiu de forma contundente às ideias liberais e ao avanço do pensamento marginalista. Configurou-se, então, um embate metodológico entre indutivismo e dedutivismo. Os autores da escola histórica atacam a noção de universalidade dos teoremas econômicos. Isso porque a economia é dependente dos fenômenos históricos específicos de cada povo e, portanto, deve se dedicar a um estudo rigoroso da realidade histórica e não à dedução de teoremas de acordo com a lógica. 
Há uma enorme preocupação com a realidade. Os economistas históricos abandonam a
ideia de que a natureza humana é eterna e imutável em contraposição com o ideário defendido na revolução marginalista, herança direta dos anseios por cientificidade de Mill e Ricardo. A
característica desta escola de pensamento é a preocupação com a história em vez de modelos
matemáticos autorreferenciais. Grande parte destes autores foram também Kathedersozialisten, ou seja, preocupados com a reforma social e a melhoria da qualidade de vida das massas durante os tempos da industrialização.

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