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Aula 1 - Introdução à HPE

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Pensamento Econômico: Introdução
Prof. Dr. Matheus da Costa Gomes
Ideias econômicas desde a Antiguidade
Fragmentos de ideias econômicas são encontrados nos mais antigos textos ainda preservados. 
Escritos como o Tao Te King de Lao Tzé e os Analetos de Confúcio (século VI a.C.) contém trechos em que aparecem proposições de natureza econômica. 
No Antigo Testamento da Bíblia cristã também se podem extrair passagens de significado econômico. No desenvolvimento das civilizações que se seguiu a essa era mais remota, nunca deixou de existir, em cada época, um ou outro escritor que, ao menos, tangenciasse questões dessa natureza. 
Ideias econômicas desde a Antiguidade
No apogeu das civilizações grega e romana, e em certos períodos da idade média, noções e conceitos econômicos foram propostos e discutidos. 
Então é difícil precisar uma data que teria marcado o nascimento da Economia como ciência.
No entanto, a organização desse conhecimento como corpo teórico sistemático de ideias somente se tornou perceptível em torno do ano de 1700 e no século que se iniciara.
Ideias econômicas desde a Antiguidade
W. Petty, R. Cantillon e os fisiocratas deram um tratamento analítico mais consistente e avançado a questões de política econômica que, por vezes, apareciam nas reflexões de autores escolásticos e alhures.
Marco dos mais significativos nessa evolução foi o aparecimento do livro monumental A Riqueza das Nações do escocês Adam Smith em 1776.
Sistema Econômico
Esses precursores do período clássico da Economia compartilham a visão do mundo econômico como um sistema integrado de eventos que se reforçam e se sucedem mantendo um certo ordenamento.
De fato, há algo de novo nesta ideia de “sistema econômico” que não se verificou anteriormente. O que vem reforçar a crença popular de que a Economia teria surgido nesse período e Smith seria, por assim dizer, o pai dela. 
A época de Adam Smith
A época de Smith é marcada por grandes transformações na vida econômica e social do continente europeu. 
Na economia, destaca-se a Revolução Industrial na Inglaterra; na esfera social, sublinha-se a Revolução Gloriosa na Inglaterra, que estabeleceu a monarquia constitucional, e a Revolução Francesa, que promoveu valores republicanos em substituição à antiga monarquia.
O período assiste à consolidação das modernas instituições democráticas bem como à edificação do capitalismo industrial nas nações mais desenvolvidas. 
Ciência e Racionalidade
A ciência econômica surge com o advento do capitalismo. A relação entre uma e outra vai além de mera coincidência histórica. 
A ciência busca a trama racional dos fatos. A natureza física e biológica só é passível de análise científica na hipótese da existência de um padrão lógico de ordenamento. Um mundo inteiramente caótico não poderia ser compreendido, pois, a teoria somente dá conta de uma realidade que se comporta de modo regular.
Qual o objeto de estudo da Economia?
Examinar os fenômenos sociais que dizem respeito à produção, distribuição e consumo de bens e serviços que satisfazem às necessidades humanas.
É difícil imaginar vida social sem que tais fenômenos estejam presentes. Mesmo em sociedades das mais antigas, nada impede, a princípio, que os homens nela inseridos possam pensar os fatos econômicos cotidianos e elaborar assim teorias econômicas que os justifiquem, por mais primitivas que sejam. 
Se os fenômenos que definem o objeto da economia já se faziam presentes, por que a ciência não se desenvolvera já por essa época?
Por quê?
Porque para o tratamento científico não basta existir um objeto, é preciso que ele tenha uma racionalidade intrínseca, ou seja, que haja um ordenamento dos fatos segundo uma lógica interna. 
Se pensarmos sobre o que regula a vida econômica na era moderna, chegaremos aos mercados e os mecanismos sociais que asseguram o funcionamento deles como, por exemplo, a existência de leis e existência de moeda intermediando as trocas. 
Mercados já havia na Antigüidade, mas a generalização de uma sociedade com grande número de indivíduos independentes, relacionando-se uns com os outros basicamente pelas trocas de mercado, só aparece com o advento do capitalismo. 
Sociedades pré-capitalistas
Nelas, via de regra, há uma tradição cultural que permeia a vida econômica e que condiciona fortemente a maneira como os homens se relacionam na produção e na distribuição de bens. 
Não predomina nelas uma lógica de mercado a comandar os papéis individuais e nem há a impessoalidade típica das economias capitalistas. Os indivíduos não pautam as suas ações pela busca pessoal de riqueza.
O que move as pessoas nas sociedades tradicionais pré-capitalistas é a representação de um papel já estabelecido que lhes é fornecido ao nascerem e que passa a ditar suas vidas.
Elas não estão, portanto, livres na vida econômica para alcançarem toda vantagem possível. A participação de cada qual é ditada pela tradição que ensina as pessoas como e para quem produzir. 
Economia com racionalidade própria
No período histórico em que surgiram teorias econômicas verdadeiramente abrangentes, versando sobre os principais temas ligados à produção, à troca e às políticas públicas, os fatos econômicos já se encontravam ordenados na sociedade de modo bastante independente da tradição cultural.
Isto possibilitou interpretar teoricamente o sistema econômico como uma esfera independente e movida por uma racionalidade que lhe é própria. 
Capitalismo
No período anterior ao século XVIII, com raras exceções, a vida econômica esteve submetida a preceitos éticos e religiosos. 
A partir de então, com o capitalismo, em maior grau os agentes são movidos por estratégias individuais que se combinam de modo a resultar no presumido funcionamento automático da economia a despeito das imposições da tradição cultural. 
O que é oferecido pela ciência econômica não se poderia esperar na concepção dos antigos: um modelo teórico representativo dos fatos econômicos, onde se selecionam variáveis (como preços, salários, lucros e juros) e se concebe uma estrutura de relações estáveis entre elas. 
Capitalismo
A identificação de fatos econômicos isolados e a procura por uma lógica interna para eles, pautada em critérios como busca de eficiência e maximização de resultados, não seria possível no período pré-capitalista, não significando que nenhuma reflexão de natureza econômica tenha sido feita até então. 
Antiguidade
Na Antiguidade, não se encontra uma teoria econômica, contudo, lá existia um pensamento econômico voltado a questões similares às que são tratadas na ciência econômica atual, embora num âmbito mais restrito.
Os antigos hindus, hebreus, gregos e romanos analisaram questões ligadas à propriedade dos bens, à produção e ao comércio e procuraram estabelecer a natureza delas e as normas que deveriam regulamentar tais atividades. A interpretação dos fatos econômicos era então de natureza ética e as indicações de preceitos tinham por base uma visão moral ou religiosa. 
Antiguidade
Entre os antigos, a exposição de temas econômicos aparece no bojo das reflexões filosóficas. A preocupação era com a observância de preceitos morais e religiosos nas tarefas práticas.
Na busca de se chegar às implicações da moral nos afazeres diários, são avaliados certos elementos que dizem respeito à produção e distribuição de bens e que nos interessam de perto. 
Antiguidade
Aspectos econômicos que são encontrados em obras e relatos dos antigos: as formas de apropriação dos bens, a riqueza, as necessidades humanas, a organização da produção, a escravidão, as relações familiares, as vocações individuais para o trabalho, as relações de trabalho, a distribuição da riqueza, a natureza do comércio e dos juros, a troca de mercadorias, o fundamento dos preços, o sistema fiscal e tributário e outros temas pertinentes à Economia.
O preconceito dos antigos com a economia
Nota-se nos povos antigos um certo preconceito contra a atividade econômica. 
Para eles, a vida econômicanão tinha significado em si mesma, era tão somente um conjunto necessário de procedimentos que, além de propiciarem a subsistência humana, serviam para reforçar a divisão social, as crenças religiosas e a retidão individual. 
Havia, de modo geral, uma aversão ao trabalho artesanal, enquanto que a atividade agrícola era exaltada. 
Lei e condenação à riqueza 
Condenações morais à riqueza individual apareciam invariavelmente e a atividade comercial e financeira era vista com desconfiança. 
Em alguns povos, as crenças religiosas incentivavam os governantes a estabelecerem regulamentações, na forma de lei, que diziam respeito a numerosos aspectos da vida diária, incluindo o econômico. 
A lei não era aplicada indiscriminadamente a todos, mas dependia da condição social das pessoas envolvidas (nacionalidade, casta etc.). 
Judeus
Entre os judeus, as leis mosaicas proibiam a usura, isto é, o empréstimo a juros. Entretanto, a lei não se aplicava quando o empréstimo fosse feito a estrangeiros. 
Outra exceção contemplava os casos em que empréstimos eram concedidos aos pobres para ampará-los; neste caso, os juros eram controlados e os prazos de pagamento não podiam exceder a certas datas religiosas. 
Hindus
As leis hindus condenavam os empréstimos se oferecidos pelas altas castas de brâmanes e chátrias, mas também havia exceções.
O Código dos Vedas regulava, para esses casos, as taxas de juros dependendo do tipo de empréstimo, se em ouro, em grãos etc., e da casta envolvida. 
Atividade comercial regulada
Judeus e Hindus também obedeciam a leis que procuravam regulamentar a atividade comercial: leis padronizando pesos e medidas, leis contra a adulteração da mercadoria, regulamentos condenatórios de práticas especulativas e de monopólios. 
Os rabinos proibiam a exportação de artigos considerados essenciais e, em tempos de escassez de alimentos, não se podia estocá-los. 
Pensamento chinês
O pensamento dos filósofos chineses não justificava a intervenção governamental. Pelo contrário, vivendo em tempos de guerra e forte presença do Estado na economia, entre os séculos VI e IV a.C., os sábios taoístas reagiam contra o controle estatal da vida econômica. 
É o caso dos preceitos de filosofia política em alguns dos poemas do lendário Lao Zi, que se acredita tenha vivido na China à época de Confúcio (551-479 a.C.). 
“Um grande país deve ser governado como quem frita pequenos peixes”
Pensamento chinês
A ação do governo deve observar, em qualquer momento, os seus limites, de modo a fazer-se passar desapercebida pelos cidadãos. 
“Quando um Grande Soberano governa, o povo mal sabe que ele existe”
Pensamento chinês
O controle do Estado dificulta o desenvolvimento individual e, no plano econômico, leva ao empobrecimento das massas e à proliferação de comportamentos nocivos. Em seu laissez-faire primitivo, o sábio chinês acredita que a prosperidade do povo viria com a ausência de proibições:
 “Quanto mais proibições houver no mundo, mais o povo empobrecerá... Quanto mais leis e decretos se publicarem, mais ladrões e assaltantes haverá... Se não fizermos nada, o povo evoluirá por si mesmo... Se não empreendermos nada, o povo prosperará por si mesmo.”
Chuang Zi
Na China antiga, a crença de que existiria uma ordem gerada espontaneamente na sociedade não parou em Lao Zi. Ela teve prosseguimento nas reflexões de Chuang Zi (369 a 286 a.C.) que transformou a ideia de ordem espontânea em uma concepção anarquista da sociedade. 
Chuang recusou o convite do imperador Wei para o cargo de ministro, dizendo que todas a restrições individuais que partem do governo distorcem a natureza humana. 
Mas nem todos os pensadores chineses do passado distante eram contrários à ação do governo e muitos exaltam o poder do estado e procuram ditar regras a fim de ampliar esse poder. 
Grécia Antiga
Platão e a Sociedade Ideal
 Berço da Democracia
Discussão sobre Poder, Justiça, Virtude, Política, Origem das Cidades e da Sociedade, Realidade, Filosofia.
Por que surgem as cidades? 
A “cidade” surge porque os homens buscam satisfazer melhor as suas próprias necessidades tirando proveito da especialização de tarefas. Vivendo em sociedade, eles produzem para si e para os demais e procuram tirar o máximo proveito das trocas. A cidade necessita de muitos especialistas em trabalhos diferentes. 
Sociedade aristocrática de Platão
Para Platão, as pessoas nascem diferentes umas das outras e essas diferenças se mantêm. Assim cabe à cidade atribuir direitos e obrigações particulares a cada classe de homens, pois seria uma injustiça tratar de modo igual os que são naturalmente diferentes, como se pretende na democracia que sempre se degenera em tirania. 
A sociedade ideal é sempre aristocrática, pois os melhores devem governar e os inferiores submeterem-se com resignação às suas ordens. 
Soluções para as desigualdades
A reforma das cidades é conduzida pela imposição de leis que regulam a atividade econômica: repartição da propriedade, sistema tributário que busca a igualdade, confisco de fortunas, regulamentação de heranças, controle populacional, proibição de se reter ouro e prata e de empréstimos mediante juros elevados, controle das atividades dos estrangeiros e das importações e exportações. 
Ausência de racionalidade econômica
As prescrições de natureza econômica dos antigos são apenas meios, pensados para se alcançar um ideal de justiça social (como em Platão). Não há argumentos de eficiência ou racionalidade econômica. As pessoas na cidade perfeita não procuram maximizar riquezas, mas realizarem seu papel social com perfeição de modo a se elevarem espiritualmente.

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