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Equipe Cirúrgica 
1. Metodização cirúrgica 
a. Definição: conjunto de regras e disposições que devem presidir o 
ato cirúrgico, às quais cada um deve manter-se fiel, para que se 
consiga a mais elevada eficiência técnica. Evitam-se movimentos 
inúteis e perda de tempo. Favorece rapidez e precisão 
b. Componentes 
- Técnica (padronização): depende da habilidade e do 
treinamento 
- Tática (melhor para cada paciente): depende do conhecimento 
2. Princípios gerais da cirurgia metodizada 
a. Silêncio: princípio fundamental para que não se estabeleça 
confusão e desordem e para que se poupe o psicológico do 
doente nas vezes que em a anestesia é loco-regional ou 
raquidiana. 
As palavras devem ser reduzidas ao mínimo imprescindível 
b. Autonomia: princípio básico para que cada um seja respeitado 
pelo seu trabalho e acatada sua atuação, evitando que um 
profissional interfira na ação do outro, o que poderia gerar 
desarmonia e falta de ordem. Garante os direitos de cada um, 
como retribuição as suas funções e obrigações 
c. Respeito e compreensão mútuos: princípio que preconiza que 
não existem funções subalternas, pois todos se equivalem em 
suas respectivas atribuições, nas quais são autônomos e 
respeitados 
d. Evitar movimentos sem finalidade: esses movimentos levam a 
perda de tempo e tiram a beleza do ato operatório. O movimento 
durante a cirurgia deve ser medido e exato para as funções a 
quais são destinadas e deve ocorrer de forma harmônica com 
participação de toda a equipe 
 
3. História 
a. Ephraim McDowell: “Pai da ginecologia”. Fez a primeira 
ovariectomia (extração dos ovários) inicialmente, apenas em 
casos de problemas como cistos, em 1809 - cirurgia na era 
moderna 
b. William T. G. Morton: “Pai da anestesia”. Foi um dentista 
americano responsável pela primeira demonstração pública 
com sucesso, de uma droga anestésica por inalação 
c. Billroth: “pai da cirurgia abdominal moderna” Primeira 
gastrectomia bem-sucedida ao câncer gástrico 
4. Elementos do Ato Cirúrgico 
a. Cirurgião 
- Cabe ao cirurgião escolher a equipe e coordenar o trabalho 
da mesma 
- Principal executor e responsável pela intervenção cirúrgica 
- Secciona estruturas, faz hemostasia e promove a síntese 
dos tecidos 
- Precisa ter raciocínio rápido, decisões prontas, destreza 
manual e equilíbrio emocional 
b. Anestesista 
- A este cabe a escolha do pré-anestésico e da anestesia 
mais adequada 
- Autoriza o início da cirurgia 
- Pode solicitar a suspensão ou interrupção da cirurgia, na 
vigência do risco de vida ao paciente 
- É responsável pela vigilância constante do paciente, 
aferindo e corrigindo as variações homestáticas 
- Ao término da cirurgia, é responsável por fiscalizar e 
orientar a recuperação anestésica, até que o operado tenha 
condição de manter os reflexos vitais 
c. Cirurgião Auxiliar 
- É responsável por posicionar o paciente na mesa 
operatória, preparar o campo cirúrgico, organizar a mesa 
apropriada com o seu instrumental (pinça dente de rato, 
pinça anatômica, tesoura, afastadores e válvulas para 
exposição do campo operatório) 
- Auxilia o cirurgião nas manobras de hemostasia e afasta 
estruturas de maneira adequada 
- Dependendo da complexidade da cirurgia, podem haver 
dois auxiliares, que dividem as tarefas entre si 
d. Instrumentadora 
- É responsável pela preparação mesa de instrumentação no 
início da intervenção e participa ativamente do ato cirúrgico 
- É responsável por manter o campo cirúrgico limpo e 
organizado, substituindo compressas, colocando as gazes e 
retirando fios e instrumentos deixados sobre o doente 
 
5. Posicionamento no campo cirúrgico 
- O cirurgião se posiciona de acordo com a cirurgia a ser realizada 
- Primeiro auxiliar se posiciona a frente do cirurgião 
- Se houver segundo auxiliar, este se posiciona ao lado do cirurgião 
- Instrumentador se posiciona na diagonal do cirurgião 
- Anestesista, geralmente na cabeça do paciente 
a. Cirurgia no abdome superior ou supra-umbilica: cirurgião a 
direita do paciente (destro) 
b. Cirurgia no abdome inferior; infra-umbilical; ginecológicas ou 
próstata: cirurgião a esquerda (destro) OBS: se o cirurgião for 
canhoto, a posição é ao contrário 
c. Cirurgias lateralizadas (ex: apendicectomia, esplenectomia, 
hérnias laterais...): cirurgião se posiciona do lado a ser operado 
 
6. Colocação dos campos cirúrgicos 
- Duas pessoas paramentadas, realizam o desdobramento dos 
campos estéreis e os posicionam no paciente de acordo com a 
cirurgia e prende com os Backhaus 
ORDEM: degermação -> campos cirúrgicos -> antissepsia 
 
Problemas da semana 
1. Você, como aluno do 4º ano, começa a frequentar o centro cirúrgico de 
um hospital da cidade, e empolgado leva seu smartphone e tira várias 
fotos. Discuta o fato 
- É imprudente, pois é necessário ter autorização do paciente, de todos os 
envolvidos e do hospital onde a foto foi realizada e mesmo com 
autorização, só pode ser utilizada se for com cunho científico 
2. Em outra ocasião entra no centro cirúrgico, e astuto que você é, percebe 
em uma sala que o cirurgião é todo educado e usa termos como: “Por 
favor, um Kelly; muito obrigado pelo afastador”, e em outra sala o 
cirurgião, aparentemente ríspido, diz “kelly”, “Farabeuf”. Discuta as formas 
de comunicação dos dois. 
- As palavras devem ser reduzidas ao mínimo imprescindível para os 
pedidos estritamente necessários 
- Deve-se falar somente o nome do instrumento que se deseja, omitindo-se 
as formas habituais de cortesia ou comentários inúteis. Esses termos estão 
subentendidos pela própria harmonia e colaboração do trabalho de todos 
3. Você é cirurgião, fez uma gastrectomia por tumor, e na checagem final a 
instrumentadora disse estar tudo certo (instrumentos cirúrgicos e 
compressas conferidos). Cerca de 2 anos depois recebe uma intimação a 
comparecer ao fórum. Existe um processo daquele paciente contra você 
por ele ter sido re-operado tempos depois achando compressas. Discuta as 
responsabilidades da cirurgia e o caso 
- O cirurgião é o principal responsável por manter o campo operatório 
limpo, evitando o acumulo de gazes e compressas 
- O instrumentador apenas lhe entrega as gazes e compressas que lhe 
foram requeridas - Deve-se conferir a quantidade que foi utilizada antes e 
após o término da cirurgia e avisar em caso de falta 
- A circulante conta quantas gazes já foram utilizadas 
4- Esquematize no quadro a disposição da equipe cirúrgica e do anestesista 
nas seguintes cirurgias: laparotomia exploradora, retossigmoidectomia, 
colecistectomia videolaparoscópica e craniotomia.

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