Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Depressão – O Que É e Como Tratar SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 616.89-008.454 61 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Depressão - O Que É e Como Tratar – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 1. Depressão - tratamento. 2. Saúde. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 5 Unidade 1 | A Depressão no Mundo Atual 6 1 Introdução 7 Glossário 9 Atividades 10 Referências 11 Unidade 2 | Conceituando a Depressão 13 1 Conceituando 14 Glossário 18 Atividades 19 Referências 20 Unidade 3 | Principais Causas e Sintomas da Depressão 22 1 Causas da Depressão 23 2 Sintomas 26 Glossário 32 Atividades 33 Referências 34 Unidade 4 | Tipos de Depressão 36 1 Definindo os Tipos de Depressão 38 Glossário 41 Atividades 42 Referências 43 Unidade 5 | Principais Tratamentos da Depressão 45 1 O Que É a Depressão 46 4 2 Tratamentos 47 Glossário 49 Atividades 50 Referências 51 Unidade 6 | Prevenindo a Depressão 53 1 A Pessoa Que Sofre de Depressão 54 1.1 Ajudando Quem Sofre com a Depressão 55 Glossário 56 Atividades 57 Referências 58 Gabarito 60 5 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Depressão – O Que É e Como Tratar! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. Este curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 6 unidades, conforme a tabela a seguir. Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br. Bons estudos! Unidades Carga Horária Unidade 1 | A Depressão no Mundo Atual 2h Unidade 2 | Conceituando a Depressão 3h Unidade 3 | Principais Causas e Sintomas da Depressão 3h Unidade 4 | Tipos de Depressão 4h Unidade 5 | Principais Tratamentos da Depressão 4h Unidade 6 | Prevenindo a Depressão 4h 6 UNIDADE 1 | A DEPRESSÃO NO MUNDO ATUAL 7 Unidade 1 | A Depressão no Mundo Atual Seja bem-vindo(a) à unidade 1! Nesta unidade, você vai entender de forma contextualizada a importância de aprender sobre a depressão no mundo atual. Bons estudos! 1 Introdução Você deve ter observado no seu dia a dia a frequência com que a depressão tem feito parte das rodas de conversas, sejam elas na sua casa, com sua família, na rua, no trabalho, no ônibus, no metrô, nas salas de espera de consultórios, na escola, entre outros lugares. A depressão é chamada por muitos como “o mal do século”, pois tem estado presente cada vez mais na nossa sociedade. Inclusive, você já deve ter conhecido ou ouvido falar de alguém que passa ou passou por dificuldades relacionadas à depressão. Esse tema não é uma preocupação que surgiu na sociedade atual, ele está presente em nossa sociedade desde os tempos antes de Cristo. No entanto, os estudos sobre a depressão se intensificaram no final do século XIX. E, no século XX, na década de 1990, a depressão foi identificada cientificamente como uma doença que causa transtornos de humor. Esse reconhecimento uniu a medicina/psiquiatria e a psicologia para o uso de medicamentos associados à psicoterapia no tratamento dos quadros depressivos, fortalecendo, assim, a ideia de que fatores psíquicos e físicos atuam conjuntamente na manifestação da doença. Pesquisas desenvolvidas por especialistas, como por exemplo, Orlando Coser (2003), apontam resultados alarmantes e estimam que entre 15% e 20% da população mundial passará pela depressão no mínimo uma vez na vida. Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS), em seu relatório sobre saúde em 2002, apontou que até 2020 a depressão será o segundo maior fator incapacitante para o trabalho, perdendo apenas para as doenças cardíacas. Os dados do Instituto 8 Nacional de Seguridade Social (INSS), entre 2007 e 2009, ilustram muito bem esse quadro quando divulgam que o número de afastamentos do trabalho em decorrência de distúrbios emocionais, nesse período, saltou de 3.918 para 6.403 casos, o que representa um aumento de mais de 60% no número de casos. É importante esclarecer que, antes de 2007, a depressão não era notificada como uma doença que poderia ocorrer em decorrência do ambiente de trabalho, embora fosse causadora de afastamentos das atividades laborais, podendo, ainda, ser identificada não apenas em uma pessoa da empresa, mas em várias de um mesmo grupo. Estudos, como os destacados nas referências desta unidade, também apontam que profissionais que trabalham diretamente com o contato humano, em setores da saúde, educação, segurança pública, mercado financeiro, transportes, entre outros, são muito afetados e acabam se afastando do trabalho por causa da depressão. O mesmo não é percebido em profissionais de outros segmentos que trabalham esportes, lazer e turismo, ou que tem menor contato com o público, como trabalhadores da indústria, por exemplo. Na sociedade atual, o trabalho ocupa um grande espaço na vida das pessoas, geralmente elas passam mais de 1/3 do seu tempo diário envolvidas em suas atividades profissionais. É nesse espaço que boa parte de suas relações sociais acontecem e, muitas vezes, as condições de trabalho são desencadeadoras da manifestação da depressão. Todos nós devemos estar atentos para essa realidade da presença da depressão na nossa sociedade, principalmente porque ainda existe muito preconceito com essa doença. e Infelizmente, muitas pessoas que sofrem de depressão podem ser vistas, inclusive por pessoas da família, como preguiçosas, acomodadas, com “frescuras”, que não têm o que fazer, entre outros rótulos. Essa visão só prejudica o processo de cura da doença e, para dissolver esse preconceito, é fundamental o conhecimento sobre o assunto. Outro fator importante sobre a depressão é que a preocupação com essa doença deve ser redobrada quando diz respeito às mulheres, pois estas são maioria quando o assunto é incapacitação causada pela depressão. As pesquisas realizadas por Laura Andrade (2006) revelam que as preocupações relacionadas ao trabalho, tais como 9 aquelas que envolvem a menor remuneração em relação aos homens, dupla ou até tripla jornada (obrigações com o trabalho, estudo e casa, paralelamente), perda do emprego, são fatores que se somam desencadeando o quadro depressivo. Diante dessa realidade, é muito importante que você compreenda os diversos aspectos da depressão, tais como: o que é, quais os tipos, causas, sintomas, tratamentos, e como prevenir o seu desenvolvimento. O conhecimento sobre a depressão permitirá que você contribua para a melhoria da qualidade de vida do seu ambiente familiar, do seu trabalho e do seu convívio social, bem como para a sua própria saúde, pois a falta de tratamento da depressão compromete a vida pessoal, social e profissional. Agora, considerando que você identificou a depressão como uma doença em evidência no nosso dia a dia e que ela pode atingir qualquer pessoa, vamos conhecer a Unidade 2 | Conceituando a Depressão. Glossário Contextualizar: é uma forma de explicar o conteúdo ou a informação buscando a aproximação com a realidade ou com o cotidiano para facilitar a compreensão. Transtorno: significa o ato ou efeito de transtornar, alterar, contrariar, incomodar, que causa prejuízo. 10 a 1) Julgue verdadeiro ou falso.Estudos estimam que entre 15% e 20% da população mundial passará pela depressão no mínimo uma vez na vida. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Na década de 1990, a depressão foi identificada cientificamente como uma doença que causa transtornos de humor. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 11 Referências AGNES, T. História Natural da Depressão. <http://www.redepsi.com.br/2012/03/15/ hist-ria-natural-da-depress-o/>. Acesso em 23 abr. 2016. ANDRADE, Laura Helena S. G. de; VIANA, Maria Carmen; SILVEIRA, Camila Magalhães. Epidemiologia dos transtornos psiquiátricos na mulher. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v. 33, n. 2, p. 43-54, 2006 .Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0101-60832006000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 abr. 2016. CAVALCANTE, J. Q. P.; Jorge Neto, F. F., Miranda, R. M. A. A caracterização da depressão e o contrato de trabalho. Disponível em: <http://www.lex.com.br/ doutrina_23947023_A_CARACTERIZACAO_DA_DEPRESSAO_E_O_CONTRATO_DE_ TRABALHO.aspx> Acesso em: 5 abr. 2016. CANAL FIOCRUZ. Mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo. (s.d.) sem data. Disponível em: <http://www.canal.fiocruz.br/destaque/index. php?id=722> Acesso em: 24 abr. 2016. CHRISTANTE, L. Com saída. 2010. Disponível em: <http://www.unesp.br/aci/revista/ ed13/com-saida>. Acesso em: 24 abr. 2016. COSER, Orlando. Depressão: clínica, crítica e ética. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/6gsm7/pdf/ coser-9788575412558.pdf>. Acesso em: 5 abr.2016. FILHO, E. R. A depressão na atualidade. 2001. Disponível em: <http://www.sedes.org. br/Departamentos/Formacao_Psicanalise/depressao_na_atualidade.htm>. Acesso em: 24 abr. 2016. G1. Depressão: a doença silenciosa que pode levar ao suicídio. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/clinica-sayao/ noticia/2015/06/depressao-doenca-silenciosa-que-pode-levar-ao-suicidio.html> Acesso em: 23 abr. 2016. GONÇALES, C. A. V.; Machado, L. Depressão, o mal do século: de que século?. 2007. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v15n2/v15n2a22.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2016. 12 IBC COACHING. Os sintomas mais frequentes da depressão no ambiente de trabalho. Disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/ sintomas-mais-frequentes-depressao-ambiente-trabalho/>. Acesso em: 24 abr. 2016. LUCAS, Miguel. Texto eletrônico: O que é depressão: sintomas, causas e tratamento. Disponível em: <http://www.escolapsicologia.com/compreender-depressao-sintomas- causas-tratamento/>. Acesso em: 5 abr. 2016. NHS. Depressão. Disponível em: <http://www.nhs.uk/translationportuguese/ Documents/Depression_Portuguese_FINAL.pdf> Acesso em: 24 abr. 2016. OFICINA DE PSICOLOGIA. Depressão. 2012. Disponível em: <www.oficinadepsicologia. com/PDF/Depressao.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. _______. Depressão e terapia de grupo. Disponível em: <http://oficinadepsicologia. com/depressao-e-terapia-de-grupo>. Acesso em: 23 abr. 2016. PFIZER. Depressão é doença e precisa de tratamento adequado. Disponível em: <http://www.pfizer.com.br/noticias/Depress%C3%A3o-%C3%A9-doen%C3%A7a-e- precisa-de-tratamento-adequado>. Acesso em: 24 abr. 2016. ROBERTO, J. Depressão no trabalho, um inimigo perigoso. 2011. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/depressao-no-trabalho-um- inimigo-perigoso/57491>. Acesso em: 5 abr. 2016. SALBEGO, J. 10 passos para vencer a Depressão. Joinville: Clube de Autores, 2016. SIGNIFICADOS. Significado de Depressão. Disponível em: <http://www.significados. com.br/depressao/>. Acesso em: 23 abr. 2016. TAVARES, L. A. T. A depressão como “mal-estar” contemporâneo: medicalização e (ex)-sistência do sujeito depressivo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/j42t3/pdf/tavares-9788579831003.pdf>. Acesso em: 5 abr. 2016. TEODORO, W. L. G. T. Depressão: corpo, mente e alma. 3.ed. Minas Gerais: Uberlândia, MG. 2010. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/depressaocma. pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. VENTURINI, M. Entendendo melhor a depressão. Disponível em: <http://www. michelleventurini.com.br/depressao-em-adultos/>. Acesso em: 28 abr. 2016. YOUTUBE. José. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=TTWEpp1s5Ps>. Acesso em: 24 abr. 2016. 13 UNIDADE 2 | CONCEITUANDO A DEPRESSÃO 14 Unidade 2 | Conceituando a Depressão Seja bem-vindo(a) à unidade 2! Para começar, leia a seguir o poema José, de Carlos Drummond de Andrade, e reflita sobre os pensamentos que vêm a sua mente e sobre os seus sentimentos. Bons estudos! 1 Conceituando g Neste link, você pode assistir o poema de Drummond interpretado pelo ator Sílvio Matos. Confira! https://www.youtube.com/watch?v=TTWEpp1s5Ps E agora, José? A festa acabou, A luz apagou, O povo sumiu, A noite esfriou, E agora, José? E agora, você? Você que é sem nome, Que zomba dos outros, Você que faz versos, Que ama, protesta? E agora, José? Está sem mulher, Está sem discurso, Está sem carinho, Já não pode beber, Já não pode fumar, Cuspir já não pode, A noite esfriou, O dia não veio, O bonde não veio, O riso não veio, Não veio a utopia E tudo acabou E tudo fugiu E tudo mofou, E agora, José? E agora, José? Sua doce palavra, Seu instante de febre, Sua gula e jejum, Sua biblioteca, Sua lavra de ouro, Seu terno de vidro, Sua incoerência, Seu ódio — e agora? Com a chave na mão Quer abrir a porta, Não existe porta; Quer morrer no mar, Mas o mar secou; Quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora? Se você gritasse, Se você gemesse, Se você tocasse A valsa vienense, Se você dormisse, Se você cansasse, Se você morresse... Mas você não morre, Você é duro, José! Sozinho no escuro Qual bicho-do-mato, Sem teogonia, Sem parede nua Para se encostar, Sem cavalo preto Que fuja a galope, Você marcha, José! José, para onde? Autor: Carlos Drummond de Andrade 15 Após refletir sobre o poema, podemos dizer muitas coisas sobre José: o que ele pensa, o que ele sente e como se sente. O poema pode nos levar a uma infinidade de pensamentos, sentimentos e interpretações, tais como: • Pessimismo em relação à vida; • Conflitos sem solução; • Tristeza; • Sentimento de perda; • Solidão; • Desesperança; • Frustração; e • Angústia. O “José” do poema pode representar muitos de nós em nosso dia a dia. Pode ser um conhecido ou desconhecido, um familiar ou um colega de trabalho, pode ser qualquer pessoa passando por maus momentos, que pode estar apenas triste ou com depressão. Agora, você pode estar se perguntando: - Depressão?! - É isso mesmo “depressão”! Vamos entendê-la. Ao compreendermos o que é depressão, poderemos reconhecer seus traços nos “Josés” que encontrarmos em nosso dia a dia e, então, poderemos tentar ajudar de alguma forma. Você viu na Unidade 1, que a depressão é uma doença muito estudada e comentada na atualidade. Em razão disso, encontramos inúmeros conceitos e definições. Figura 1: Estresse no trabalho é um sintoma de depressão 16 A seguir, serão apresentados alguns dos conceitos construídos a partir de pesquisas de cientistas, médicos, psicólogos e pesquisadores (entre outros profissionais) que estudam a depressão. Observe que nesse conjunto de conceitos você poderá conhecer alguns sintomas característicos dessa doença. Assim, podemos dizer que, de acordo com Johnny Salbego (2016): • 1º Conceito: a palavra “depressão” vem do latim “depressio”, de “deprimere”, que significa “apertar firmemente”, “para baixo”. Depressão é a palavra utilizada para descrever um estado de humor, um sintoma, uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas), assim como um grupo específico de transtornos. • 2º Conceito: a depressão é uma doença comum e muito séria, caracterizada por sentimento de tristeza e desinteressepela vida que duram longos períodos. Esses sentimentos são muitas vezes tão fortes e persistentes que interferem na vida das pessoas e podem durar dias, semanas, meses ou até anos. • 3º Conceito: a depressão pode ser definida como uma doença que modifica tanto o corpo quanto a mente, atingindo o humor, os pensamentos, a saúde e o comportamento. A pessoa deprimida além de sentir uma tristeza profunda, ela se vê como se estivesse em uma situação sem saída e desiste de lutar, fica paralisada frente a qualquer dificuldade ou obstáculo que surja. • 4º Conceito: a depressão é considerada na Psiquiatria e na Psicologia uma alteração afetiva classificada e denominada como um transtorno de humor ou transtorno afetivo/depressivo. É uma síndrome que deixa as pessoas com um sentimento anormal de tristeza e às vezes irritáveis. Elas têm suas atitudes controladas pela doença que modifica a percepção de si e seus comportamentos. 17 • 5º Conceito: a depressão é um transtorno mental, ocasionado por fatores orgânicos, psicológicos e ambientais que interagem entre si de forma complexa e desordenada. É uma doença caracterizada por sintomas como angústia, tristeza, rebaixamento do humor e pela perda de interesse, prazer e energia diante da vida. Os genes, os hormônios, os neurotransmissores, nutrientes celulares, substâncias químicas, sentimentos de autoestima, pensamentos, personalidade, crenças, reações emocionais, conflitos inconscientes, fatores socioculturais e ambientais entre outros fatores estão diretamente relacionados à formação do quadro depressivo. Tendo em vista esses conceitos, observamos que o sentimento de tristeza está presente em quatro deles. No entanto, precisamos compreender que tristeza não é a mesma coisa que depressão. A tristeza é um sintoma da depressão e estar somente triste não significa que a pessoa está com depressão. Veja a diferença entre tristeza e depressão. • Tristeza: tem causa e geralmente é um sentimento que apresenta períodos de melhora ao longo do dia. Ela é uma reação normal, pode aparecer em diversos momentos da vida, porém é esquecida no decorrer de um espaço de tempo. Todos nós podemos senti-la. • Depressão: não apresenta uma causa clara, quando o sentimento de tristeza está presente ele é contínuo, intenso, profundo e também vem acompanhado de outros sentimentos e mudanças de comportamentos ao mesmo tempo. A tristeza na pessoa deprimida é prolongada, interfere na sua vida, nas suas atividades diárias, na sua capacidade de cuidar de si mesma, atrapalha os relacionamentos, prejudica o trabalho, altera o sono, faz com que a pessoa se isole, etc. Figura 2: A tristeza constante é um dos sintomas da depressão 18 e A depressão não é tristeza, é uma doença crônica que precisa de tratamento. A depressão é uma doença que foi mal compreendida no passado e até hoje traz consigo interpretações preconceituosas sobre suas causas e sintomas. O preconceito e a falta de conhecimento sobre o assunto atingem as pessoas deprimidas fazendo com que não aceitem o diagnóstico da doença e muito menos busquem ajuda, pois diversos sentimentos podem acompanhar o reconhecimento da doença, tais como: medo, vergonha, inferioridade, desvalorização, etc. Além disso, o preconceito e o desconhecimento sobre a depressão, também atingem os familiares e amigos, uma vez que a maioria não sabe lidar com o problema e muito menos com a pessoa deprimida. Muitas vezes fazem julgamentos e críticas à pessoa, acusam-na de ser fraca e incapaz de lidar com os problemas da vida, preguiçosa, etc. Portanto, é muito bom que você conheça mais sobre a depressão, pois poderá ajudar a eliminar esses preconceitos. Com esse aprendizado, você aumentará as chances de reconhecer os sinais da depressão tanto em você quanto nos seus familiares, no seu trabalho, etc., podendo orientar a pessoa deprimida a buscar tratamento e até mesmo prevenir a doença. Glossário Gene: é uma parte da molécula de DNA responsável pelas características geneticamente herdadas. Neurotransmissor: substância química produzida pelo neurônio (célula do cérebro), conduz e transmite informações de um neurônio a outro. Pode ser considerado como o combustível do cérebro. Síndrome: conjunto de sinais e sintomas. Teogonia: no poema José, de Carlos Drummond de Andrade significa: sem credo, sem religião, sem deuses. 19 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. A depressão é uma doença comum e muito séria, caracterizada por sentimento de tristeza e desinteresse pela vida que duram longos períodos. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Estudamos nesta unidade que a tristeza é a mesma coisa que depressão. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 20 Referências AGNES, T. História Natural da Depressão. <http://www.redepsi.com.br/2012/03/15/ hist-ria-natural-da-depress-o/>. Acesso em 23 abr. 2016. ANDRADE, Laura Helena S. G. de; VIANA, Maria Carmen; SILVEIRA, Camila Magalhães. Epidemiologia dos transtornos psiquiátricos na mulher. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v. 33, n. 2, p. 43-54, 2006 .Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0101-60832006000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 abr. 2016. CAVALCANTE, J. Q. P.; Jorge Neto, F. F., Miranda, R. M. A. A caracterização da depressão e o contrato de trabalho. Disponível em: <http://www.lex.com.br/ doutrina_23947023_A_CARACTERIZACAO_DA_DEPRESSAO_E_O_CONTRATO_DE_ TRABALHO.aspx> Acesso em: 5 abr. 2016. CANAL FIOCRUZ. Mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo. (s.d.) sem data. Disponível em: <http://www.canal.fiocruz.br/destaque/index. php?id=722> Acesso em: 24 abr. 2016. CHRISTANTE, L. Com saída. 2010. Disponível em: <http://www.unesp.br/aci/revista/ ed13/com-saida>. Acesso em: 24 abr. 2016. COSER, Orlando. Depressão: clínica, crítica e ética. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/6gsm7/pdf/ coser-9788575412558.pdf>. Acesso em: 5 abr.2016. FILHO, E. R. A depressão na atualidade. 2001. Disponível em: <http://www.sedes.org. br/Departamentos/Formacao_Psicanalise/depressao_na_atualidade.htm>. Acesso em: 24 abr. 2016. G1. Depressão: a doença silenciosa que pode levar ao suicídio. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/clinica-sayao/ noticia/2015/06/depressao-doenca-silenciosa-que-pode-levar-ao-suicidio.html> Acesso em: 23 abr. 2016. GONÇALES, C. A. V.; Machado, L. Depressão, o mal do século: de que século?. 2007. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v15n2/v15n2a22.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2016. 21 IBC COACHING. Os sintomas mais frequentes da depressão no ambiente de trabalho. Disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/ sintomas-mais-frequentes-depressao-ambiente-trabalho/>. Acesso em: 24 abr. 2016. LUCAS, Miguel. Texto eletrônico: O que é depressão: sintomas, causas e tratamento. Disponível em: <http://www.escolapsicologia.com/compreender-depressao-sintomas- causas-tratamento/>. Acesso em: 5 abr. 2016. NHS. Depressão. Disponível em: <http://www.nhs.uk/translationportuguese/ Documents/Depression_Portuguese_FINAL.pdf> Acesso em: 24 abr. 2016. OFICINA DE PSICOLOGIA. Depressão. 2012. Disponível em: <www.oficinadepsicologia. com/PDF/Depressao.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. _______. Depressão e terapia de grupo. Disponível em: <http://oficinadepsicologia. com/depressao-e-terapia-de-grupo>. Acesso em: 23 abr. 2016. PFIZER. Depressão é doença e precisa de tratamento adequado. Disponível em: <http://www.pfizer.com.br/noticias/Depress%C3%A3o-%C3%A9-doen%C3%A7a-e- precisa-de-tratamento-adequado>. Acesso em: 24 abr. 2016. ROBERTO, J. Depressão no trabalho, um inimigo perigoso. 2011. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/depressao-no-trabalho-um- inimigo-perigoso/57491>. Acesso em: 5 abr. 2016. SALBEGO, J. 10 passospara vencer a Depressão. Joinville: Clube de Autores, 2016. SIGNIFICADOS. Significado de Depressão. Disponível em: <http://www.significados. com.br/depressao/>. Acesso em: 23 abr. 2016. TAVARES, L. A. T. A depressão como “mal-estar” contemporâneo: medicalização e (ex)-sistência do sujeito depressivo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/j42t3/pdf/tavares-9788579831003.pdf>. Acesso em: 5 abr. 2016. TEODORO, W. L. G. T. Depressão: corpo, mente e alma. 3.ed. Minas Gerais: Uberlândia, MG. 2010. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/depressaocma. pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. VENTURINI, M. Entendendo melhor a depressão. Disponível em: <http://www. michelleventurini.com.br/depressao-em-adultos/>. Acesso em: 28 abr. 2016. YOUTUBE. José. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=TTWEpp1s5Ps>. Acesso em: 24 abr. 2016. 22 UNIDADE 3 | PRINCIPAIS CAUSAS E SINTOMAS DA DEPRESSÃO 23 Unidade 3 | Principais Causas e Sintomas da Depressão Seja bem-vindo(a) à unidade 3! Como já vimos, a depressão é uma doença séria e pode ter diversas causas, o que contribui para que a ela apareça aos poucos e a formação do quadro depressivo seja imperceptível, colaborando para o agravamento. Nessa unidade, veremos as principais causas e sintomas da depressão. Bons estudos! 1 Causas da Depressão A maioria das pessoas que sofre com a depressão não sabe ao certo o que aconteceu para se sentir deprimida, pois a doença só aparece quando um conjunto de fatores acontece ao mesmo tempo. Além disso, as causas também não são percebidas pelas pessoas com quem ela convive. Isso ocorre porque estão carregadas de conteúdos inconscientes e processos psicológicos complexos. O reconhecimento da doença, suas causas e sintomas são possíveis apenas com o apoio de profissionais especializados, como médicos e psicólogos. No entanto, é importante conhecermos como a doença se manifesta, apesar de a depressão surgir de forma diferente em cada pessoa, pois podemos ter contato com alguém que esteja sofrendo com a doença e, então, poderemos ajudar essa pessoa. Também poderemos ficar alertas quando identificarmos algumas causas e sintomas em nós mesmos. Sendo assim, no quadro a seguir, apresentamos os fatores que podem desencadear a depressão: Figura 3: O bullying é uma das causas da depressão 24 Quadro 1: Fatores e riscos que podem causar a depressão • Acontecimentos Traumáticos • Perda de um ente querido; • Conflitos nos relacionamentos familiares e sociais; • Término de relacionamentos; • Alterações na vida profissional; • Dificuldades financeiras; • Diagnóstico de doenças; • Traumas de infância (abusos, ausência do pai, falecimento de um ente próximo, agressões, falta de afeto por parte dos pais, superproteção, bullying, entre outros). • Fatores Psicológicos ou Comportamentais • Pensamentos negativos; • Pessimismo; • Expectativas irreais; • Pensamentos autodestrutivos; • Baixa autoestima; • Distorção da própria imagem; • Insegurança; • Submissão; • Excesso de responsabilidade; • Preocupação com a opinião dos outros; • Estresses emocionais; • Isolamento social; • Críticas e cobranças por parte dos outros; • Depressão pós-parto; • Solidão, etc. • Fatores Orgânicos Genéticos • Doenças psiquiátricas como a síndrome do pânico, distúrbios afetivos, alcoolismo e a própria depressão podem ser hereditárias. 25 A predisposição para a depressão não está apenas relacionada aos fatores desencadeantes citados anteriormente; ela também está relacionada ao tipo de personalidade e ao estilo de vida que cada pessoa tem. A forma com que encaramos o mundo pode determinar a forma como nos sentimos com relação a ele. A depressão também tem seu espaço no mundo do trabalho. Conforme vimos na Unidade 1, em 2002, a OMS estimou em seu relatório mundial de saúde que a depressão e transtornos mentais e comportamentais serão até 2020 responsáveis pelos primeiros lugares na lista de fatores incapacitantes do trabalho no mundo, bem como pelo afastamento do trabalhador. Como passamos grande parte do nosso tempo no ambiente de trabalho, e mesmo quando vamos embora, muitas vezes ainda ficamos ligados a ele, é muito fácil esse ambiente apresentar diversas causas desencadeadoras da depressão no trabalho. Por isso, fique atento e conheça como esse ambiente pode influenciar o surgimento da depressão. Veja algumas causas da depressão no trabalho: • Condições de trabalho ruins; • Constante necessidade de sobrevivência em um mercado de trabalho competitivo; • Ameaça de demissão; • Exigência excessiva de qualificação; • Fatores Orgânicos Neurológicos, Fisiológicos e Químicos • Desequilíbrio na produção de neurotransmissores (mediadores químicos), como: noradrenalina, serotonina, dopamina, ácido gama aminobutírico (GABA) e acetilcolina, além de desencadear a depressão podem causar graves distúrbios psiquiátricos e neurológicos; • Uso de drogas, álcool e medicamentos; • Doenças neurológicas tais como: o AVC (Acidente Vascular Cerebral), Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, epilepsias e traumatismos cranianos; • Doenças crônicas como diabetes, doenças cardíacas, hipotireoidismo, AIDS, cirrose, doença inflamatória intestinal, lúpus, artrite reumatoide, fibromialgia, entre outras; • Climatério nas mulheres. 26 • Exigência do cumprimento de metas e prazos; • Exploração de mão de obra; • Falta de reconhecimento financeiro, do desempenho e das qualidades do trabalhador; • Desempenho de tarefa sem sentir-se preparado ou capaz de realizá-la, • Assédio moral; e • Assédio sexual, etc. Considerando o que vimos até o momento sobre as causas que desencadeiam a depressão, é importante esclarecer que muitas dessas se apresentam no cotidiano com frequência. No entanto, há pessoas que as superam e se recuperam normalmente, e há outras pessoas que, por diversas razões, não conseguem superá-las. Devemos estar atentos a isso, pois além das pessoas ao nosso redor, nós, também, podemos fazer parte deste grupo que não consegue superar essas dificuldades e que precisa de ajuda profissional para que o quadro não se agrave e fique crônico. 2 Sintomas Após conhecermos as causas da depressão, faz-se necessário conhecer os sintomas da doença. Ressaltamos, mais uma vez, que é o conjunto de sintomas que ocorre simultaneamente que indica a existência de um quadro depressivo, pois um único sintoma não caracteriza a depressão. Mais do que isso, é bom saber que, até para um profissional o diagnóstico da doença é complexo e necessita de muito cuidado na análise, uma vez que não existem exames que detectem a doença. Como não temos formação em Medicina sobre o assunto, não podemos “diagnosticar” a existência de depressão em ninguém. Entretanto, podemos identificar os alertas da doença, conhecendo suas causas e sintomas, e, assim, orientar a procura de ajuda especializada. 27 Os sintomas da depressão podem ser físicos, emocionais, comportamentais e até de pensamentos. De um modo geral, os sintomas são intensos e persistentes, comprometem o dia a dia da pessoa e suas relações pessoais no ambiente familiar, no convívio social e no trabalho. Conheça, a seguir, alguns desses sintomas: Quadro 2: Sintomas da depressão (Vários sintomas deverão estar presentes simultaneamente por um período prolongado, por exemplo: acima de duas semanas) FÍSICOS • Alteração de apetite (perda de peso sem dieta ou aumento de peso significativo). • Diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias. • Alterações no sono. • Inibição/lentidão de movimentos. • Agitação. • Náuseas, alterações gastrointestinais. • Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. • Irregularidades no ciclo menstrual. • Alterações de humor. • Cansaço excessivo. • Dores sem causa aparente. • Perda da libido. 28 EMOCIONAIS • Tristeza profunda eintensa. • Ansiedade. • Aborrecimento. • Preocupação. • Culpa. • Sentimento de inferioridade. • Irritabilidade. • Desesperança. • Alterações repentinas de humor. • Sensação de que nada dá prazer. • Distanciamento emocional das pessoas ao redor. • Solidão. • Insatisfação com a vida em geral. • Sensação de vazio. • Diminuição da autoestima e da autoconfiança. • Desesperança. • Desespero. • Desânimo. • Sentir-se incapaz. 29 COMPORTAMENTAIS • Crises de choro. • Isolamento. • Evitar novas atividades. • Comportamentos agressivos. • Apatia. • Descuido com a aparência física e com o asseio. • Não realização de atividades que anteriormente davam prazer. • Incapacidade de lidar com as tarefas diárias. • Diminuição da capacidade de atenção, concentração, memória e tomada de decisão. • Consumo de álcool e drogas. • Perda de interesse para as atividades. • Conversas sobre morte e suicídio. • Procrastinação. • Redução da criatividade. • Queda de produtividade. 30 Os pensamentos da pessoa deprimida são repetitivos e recorrentes. Os mais comuns são: Quadro 3: Pensamentos comuns às pessoas deprimidas Considerando os sintomas e pensamentos que acabamos de conhecer, é importante estarmos atentos para o fato de a depressão poder desencadear o fator de risco para o suicídio. O desespero, a tristeza profunda dentre outros sintomas e pensamentos presentes na depressão podem levar a pessoa a pensamentos suicidas, pois colocar fim à vida pode ser uma forma de escapar da dor. Portanto, pensamentos de morte ou suicídio é um sintoma grave de depressão. Caso a pessoa demonstre este tipo de sintoma ela deverá ser levada a sério, pois mais do que um alerta pode significar um grito de socorro. É importante estar atento para algumas características que podem ser observadas em pessoas deprimidas com risco de suicídio, tais como: não aceita ajuda, apresenta olhar vago e desvitalizado, sentimento de indiferença pela vida e frequentemente fala sobre assuntos relacionados à morte. Caso já exista histórico de tentativas de suicídio, é necessário avaliar a necessidade ou não de internar a pessoa deprimida, mesmo que seja contra a sua vontade, uma vez que somente com a internação será possível administrar a medicação e o tratamento adequados para promover a modificação do padrão psíquico e estimular a pessoa a lutar pela vida e pelo tratamento. Figura 4: A perda de um ente querido é fator que pode causar a depressão PENSAMENTOS • Sentir que sempre falha. • Autocrítica frequente e elevada. • Acredita que ninguém pode ajudar. • Pessimismo em relação ao futuro. • Pensamentos sobre a morte e ideias de suicídio. • Perda de confiança e autoimagem negativa. • Sente ódio de si mesmo. • Pensamentos distorcidos. 31 Estudos apontam que as mulheres possuem maior predisposição para tentar o suicídio, no entanto são os homens que apresentam mais sucesso em suas tentativas. É possível que isso ocorra em razão de os homens, na maioria das vezes, utilizarem métodos mais violentos, enquanto as mulheres os menos violentos (COSER, 2003). Os métodos utilizados pelas mulheres com mais frequência são a ingestão excessiva de medicamentos e cortar os pulsos; já os homens utilizam de armamento de fogo ou saltam de edifícios ou pontes. Outros dados importantes sobre o suicídio são que ele é mais frequente na faixa etária entre 15 e 44 anos, com destaque para os momentos de transição de fases: adolescência/fase adulta; meia idade/velhice. Em relação à velhice, alguns estudos revelam que os índices de suicídio devem aumentar com a idade, principalmente entre os homens (ESTEVES, 2006). A depressão tem maior probabilidade de ocorrer nas pessoas que estão entre aquelas que: • Já tiverem episódios depressivos anteriores; • Possuem familiares com histórico de depressão; • Apresentam dificuldades de relacionamento; • São vítimas de discriminação social; • São doentes; • São mulheres no intervalo de 18 meses após o parto; • São usuárias de álcool e/ou drogas; e • São portadoras de outros transtornos mentais. A depressão pode surgir em qualquer fase da vida, desde bebês até idosos. Entretanto, as estatísticas demonstram que o primeiro episódio depressivo ocorre com mais frequência entre 25 e 44 anos de idade. Estudos também demonstram que quem já teve episódios depressivos tem grandes chances de ter novamente. Essa probabilidade está representada nos índices que apontam que 35% das pessoas que tiveram depressão uma vez, podem apresentar o segundo episódio. Dessas, 65% podem apresentar o terceiro episódio e 90% podem apresentar o quarto episódio (COSER, 2003). 32 Glossário Climatério: é uma fase da vida das mulheres que ocorre em média aos 51 anos e é caracterizada por alterações fisiológicas e hormonais que afetam além do período reprodutivo, aspectos físicos e emocionais. Procrastinação: é o ato de adiar as coisas, deixar algo para fazer depois, deixar algo que pode ser feito agora para fazer mais tarde. 33 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Críticas e cobranças por parte dos outros são fatores psicológicos que podem desencadear a depressão. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. A depressão surge, exclusivamente, em adultos entre 25 e 44 anos de idade. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 34 Referências AGNES, T. História Natural da Depressão. <http://www.redepsi.com.br/2012/03/15/ hist-ria-natural-da-depress-o/>. Acesso em 23 abr. 2016. ANDRADE, Laura Helena S. G. de; VIANA, Maria Carmen; SILVEIRA, Camila Magalhães. Epidemiologia dos transtornos psiquiátricos na mulher. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v. 33, n. 2, p. 43-54, 2006 .Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0101-60832006000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 abr. 2016. CAVALCANTE, J. Q. P.; Jorge Neto, F. F., Miranda, R. M. A. A caracterização da depressão e o contrato de trabalho. Disponível em: <http://www.lex.com.br/ doutrina_23947023_A_CARACTERIZACAO_DA_DEPRESSAO_E_O_CONTRATO_DE_ TRABALHO.aspx> Acesso em: 5 abr. 2016. CANAL FIOCRUZ. Mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo. (s.d.) sem data. Disponível em: <http://www.canal.fiocruz.br/destaque/index. php?id=722> Acesso em: 24 abr. 2016. CHRISTANTE, L. Com saída. 2010. Disponível em: <http://www.unesp.br/aci/revista/ ed13/com-saida>. Acesso em: 24 abr. 2016. COSER, Orlando. Depressão: clínica, crítica e ética. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/6gsm7/pdf/ coser-9788575412558.pdf>. Acesso em: 5 abr.2016. FILHO, E. R. A depressão na atualidade. 2001. Disponível em: <http://www.sedes.org. br/Departamentos/Formacao_Psicanalise/depressao_na_atualidade.htm>. Acesso em: 24 abr. 2016. G1. Depressão: a doença silenciosa que pode levar ao suicídio. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/clinica-sayao/ noticia/2015/06/depressao-doenca-silenciosa-que-pode-levar-ao-suicidio.html> Acesso em: 23 abr. 2016. GONÇALES, C. A. V.; Machado, L. Depressão, o mal do século: de que século?. 2007. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v15n2/v15n2a22.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2016. 35 IBC COACHING. Os sintomas mais frequentes da depressão no ambiente de trabalho. Disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/ sintomas-mais-frequentes-depressao-ambiente-trabalho/>. Acesso em: 24 abr. 2016. LUCAS, Miguel. Texto eletrônico: O que é depressão: sintomas, causas e tratamento. Disponível em: <http://www.escolapsicologia.com/compreender-depressao-sintomas- causas-tratamento/>. Acesso em: 5 abr. 2016. NHS. Depressão. Disponível em: <http://www.nhs.uk/translationportuguese/ Documents/Depression_Portuguese_FINAL.pdf> Acesso em: 24 abr. 2016. OFICINA DE PSICOLOGIA. Depressão. 2012. Disponível em: <www.oficinadepsicologia. com/PDF/Depressao.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. _______.Depressão e terapia de grupo. Disponível em: <http://oficinadepsicologia. com/depressao-e-terapia-de-grupo>. Acesso em: 23 abr. 2016. PFIZER. Depressão é doença e precisa de tratamento adequado. Disponível em: <http://www.pfizer.com.br/noticias/Depress%C3%A3o-%C3%A9-doen%C3%A7a-e- precisa-de-tratamento-adequado>. Acesso em: 24 abr. 2016. ROBERTO, J. Depressão no trabalho, um inimigo perigoso. 2011. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/depressao-no-trabalho-um- inimigo-perigoso/57491>. Acesso em: 5 abr. 2016. SALBEGO, J. 10 passos para vencer a Depressão. Joinville: Clube de Autores, 2016. SIGNIFICADOS. Significado de Depressão. Disponível em: <http://www.significados. com.br/depressao/>. Acesso em: 23 abr. 2016. TAVARES, L. A. T. A depressão como “mal-estar” contemporâneo: medicalização e (ex)-sistência do sujeito depressivo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/j42t3/pdf/tavares-9788579831003.pdf>. Acesso em: 5 abr. 2016. TEODORO, W. L. G. T. Depressão: corpo, mente e alma. 3.ed. Minas Gerais: Uberlândia, MG. 2010. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/depressaocma. pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. VENTURINI, M. Entendendo melhor a depressão. Disponível em: <http://www. michelleventurini.com.br/depressao-em-adultos/>. Acesso em: 28 abr. 2016. YOUTUBE. José. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=TTWEpp1s5Ps>. Acesso em: 24 abr. 2016. 36 UNIDADE 4 | TIPOS DE DEPRESSÃO 37 Unidade 4 | Tipos de Depressão Seja bem-vindo(a) à unidade 4! Nela, você vai conhecer os tipos mais comuns de depressão. Essa doença apresenta gravidades variadas e pode ser do tipo leve, moderado ou grave. Bons estudos! Figura 5: Cada pessoa pode ter uma causa e um tipo de depressão diferente, mesmo estando no mesmo grupo social 38 1 Definindo os Tipos de Depressão Quadro 4: Tipos mais comuns de depressão Depressão Maior ou Unipolar É considerada a depressão mais séria em números e gravidade de sintomas. Apresenta combinação de cinco ou mais sintomas característicos da depressão, durante mais de duas semanas, que comprometem atividades diárias, tais como: capacidade de trabalhar, dormir, alimentar-se, etc. São episódios depressivos que incapacitam a pessoa e podem ocorrer uma única vez ou muitas vezes ao longo da vida. A pessoa com este tipo de depressão pode apresentar a combinação de pelo menos cinco dos seguintes sintomas (não associados ao uso de álcool, drogas ou outro tipo de substância): humor deprimido; perda do interesse, perda do prazer, tristeza, vazio, choro excessivo, irritabilidade, perda ou ganho de peso, diminuição ou aumento do apetite, insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, fadiga, perda de energia, sentimento de inutilidade, sentimento de culpa excessiva ou inadequada, autorrecriminação ou culpa por estar doente, baixa concentração, indecisão, pensamentos frequentes de morte, ideias de ou planos de suicídio, tentativas de suicídio. Depressão Bipolar É considerada uma depressão moderada, mas que persiste por dois anos ou mais. Caracteriza-se por mudanças constantes no humor, varia entre depressão profunda e alegria excessiva (euforia) ou mania. Essas mudanças de humor, em geral, ocorrem gradualmente, porém, às vezes, são repentinas e muito expressivas. Geralmente, a mania desenvolvida durante a doença compromete a pessoa em sua forma de pensar, de fazer julgamentos (escolhas), de se comportar socialmente ocasionando muitos problemas, constrangimentos e sofrimentos. A depressão bipolar na maioria das vezes é uma doença crônica e ocorre repetidamente. Não é tão frequente quanto outras formas de doenças depressivas. Antigamente esta doença era denominada maníaco-depressiva. 39 Para concluirmos a classificação dos tipos de depressão, apresentamos, a seguir, uma classificação de subtipos de depressão. Distimia ou Depressão Menor É considerado um tipo de depressão menos intensa e mais leve, quando comparada com a depressão maior ou unipolar. No entanto, seus sintomas são crônicos e prolongados, mas não incapacitam tanto a pessoa para a vida, pois geralmente não causam distúrbios de apetite, desejo sexual, agitação. Geralmente, a pessoa com este tipo de depressão deixa de manifestar prazer ao fazer coisas que antes gostava de realizar, passa a ter pensamentos negativos, e também pode tentar o suicídio, possivelmente em razão do tempo de duração que a doença pode ter. Essa doença pode ser caracterizada a partir de vários sintomas típicos da depressão durante mais de dois anos, sendo que o sintoma principal é a tristeza constante. Depressão Reativa É um tipo de depressão muito comum, pois está relacionada a acontecimentos estressantes causados por fatores ambientais externos ou que não dependem da vontade da pessoa, como a morte de um familiar, circunstâncias profissionais adversas, perdas, rompimentos, limitações físicas, doenças, entre outras. O sintoma mais perceptível é a tristeza e incapacidade de reagir aos acontecimentos causadores do sofrimento. 40 Quadro 5: Subtipos de depressão Na Psiquiatria, os tipos de depressão são classificados em manuais que definem as doenças internacionalmente, são eles: Manual de Classificação Internacional de Doenças (CID.10) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da American Psychiatry Association (DSM.IV). No CID.10, a depressão pertence à classificação dos transtornos afetivos, caracterizados como perturbação fundamental na alteração do humor ou afeto, com ou sem ansiedade associada, ou como uma euforia. Já no DSM.IV, a depressão pertence à classificação dos transtornos do humor, apoiando- se na classificação dos episódios depressivos que ocorrem em cada pessoa. Divide as depressões em duas categorias as típicas e atípicas. • Depressões Típicas: surgem nos episódios depressivos e podem ser do tipo leve, moderado ou grave, isto é, os episódios depressivos são classificados quanto à sua intensidade (força). Depressão Sazonal Apresenta episódios de depressão que estão relacionados às estações do ano. No outono e inverno a pessoa pode apresentar sintomas como fadiga, pode se exceder nos doces e dormir demais. Já no verão e primavera os episódios depressivos podem desaparecer e então surgir uma fase maníaca. Depressão Senil Apresenta humor depressivo e tristeza acompanhados ou não de agitação. Depressão Pós- Parto ou Psicose Puerperal A mulher pode vivenciar este episódio depressivo logo após o parto. Apresenta sintomas como tristeza, crises de choro, desesperança, medo, irritabilidade, alterações de humor, alterações de apetite, desinteresse pelas coisas da vida, rejeição ao bebê etc. Além disso, apresenta delírios e alucinações, é considerado um quadro agudo e grave que pode surgir até três meses após o parto, está relacionado com questões hormonais entre outras. Esse tipo de depressão é considerado um transtorno do humor, que começa ou é provocado pelo período do puerpério. 41 • Depressões Atípicas: se manifestam predominantemente por meio de sintomas somáticos (físicos) e sintomas ansiosos, como fobias, pânico etc. Para afirmar que uma pessoa está com depressão não é fácil. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (2006), a pessoa deprimida tem que apresentar, no mínimo, cinco dos sintomas descritos no DSM-IV-TR atuando simultaneamente, além de apresentar diariamente tais sintomas (com duração superior a duas semanas) e, ainda, passar por avaliação médica. A partir do conhecimento adquirido neste curso, agora você é capaz de identificar indícios da depressão e ajudar a pessoa orientando-a para procurar tratamento. Nas próximas unidades você conhecerá os principais tratamentos da depressão e saberá como prevenir o surgimento da doença. Glossário Autorrecriminação:é o ato de criticar a si mesmo, julgar a si mesmo, se culpar. Bipolar: é o que tem dois polos opostos, quando relativo ao indivíduo significa comportamentos contraditórios. Hipersonia: é um distúrbio do sono caracterizado por excessiva sonolência durante o dia e/ou sono prolongado a noite. Puerpério/puerperal: é a fase que a mulher passa após o parto para se se recuperar da gestação, no que diz respeito aos aspectos hormonais e corporais, tem duração média de oito semanas após o parto. Senil: é referente à velhice, aos velhos. Sazonal: relativo a uma estação do ano. Unipolar: refere-se a um único polo. 42 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Depressão bipolar é considerada uma depressão moderada, mas que persiste por dois anos ou mais. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. A depressão típica se manifesta predominantemente por meio de sintomas físicos e sintomas ansiosos. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 43 Referências AGNES, T. História Natural da Depressão. <http://www.redepsi.com.br/2012/03/15/ hist-ria-natural-da-depress-o/>. Acesso em 23 abr. 2016. ANDRADE, Laura Helena S. G. de; VIANA, Maria Carmen; SILVEIRA, Camila Magalhães. Epidemiologia dos transtornos psiquiátricos na mulher. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v. 33, n. 2, p. 43-54, 2006 .Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0101-60832006000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 abr. 2016. CAVALCANTE, J. Q. P.; Jorge Neto, F. F., Miranda, R. M. A. A caracterização da depressão e o contrato de trabalho. Disponível em: <http://www.lex.com.br/ doutrina_23947023_A_CARACTERIZACAO_DA_DEPRESSAO_E_O_CONTRATO_DE_ TRABALHO.aspx> Acesso em: 5 abr. 2016. CANAL FIOCRUZ. Mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo. (s.d.) sem data. Disponível em: <http://www.canal.fiocruz.br/destaque/index. php?id=722> Acesso em: 24 abr. 2016. CHRISTANTE, L. Com saída. 2010. Disponível em: <http://www.unesp.br/aci/revista/ ed13/com-saida>. Acesso em: 24 abr. 2016. COSER, Orlando. Depressão: clínica, crítica e ética. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/6gsm7/pdf/ coser-9788575412558.pdf>. Acesso em: 5 abr.2016. FILHO, E. R. A depressão na atualidade. 2001. Disponível em: <http://www.sedes.org. br/Departamentos/Formacao_Psicanalise/depressao_na_atualidade.htm>. Acesso em: 24 abr. 2016. G1. Depressão: a doença silenciosa que pode levar ao suicídio. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/clinica-sayao/ noticia/2015/06/depressao-doenca-silenciosa-que-pode-levar-ao-suicidio.html> Acesso em: 23 abr. 2016. GONÇALES, C. A. V.; Machado, L. Depressão, o mal do século: de que século?. 2007. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v15n2/v15n2a22.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2016. 44 IBC COACHING. Os sintomas mais frequentes da depressão no ambiente de trabalho. Disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/ sintomas-mais-frequentes-depressao-ambiente-trabalho/>. Acesso em: 24 abr. 2016. LUCAS, Miguel. Texto eletrônico: O que é depressão: sintomas, causas e tratamento. Disponível em: <http://www.escolapsicologia.com/compreender-depressao-sintomas- causas-tratamento/>. Acesso em: 5 abr. 2016. NHS. Depressão. Disponível em: <http://www.nhs.uk/translationportuguese/ Documents/Depression_Portuguese_FINAL.pdf> Acesso em: 24 abr. 2016. OFICINA DE PSICOLOGIA. Depressão. 2012. Disponível em: <www.oficinadepsicologia. com/PDF/Depressao.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. _______. Depressão e terapia de grupo. Disponível em: <http://oficinadepsicologia. com/depressao-e-terapia-de-grupo>. Acesso em: 23 abr. 2016. PFIZER. Depressão é doença e precisa de tratamento adequado. Disponível em: <http://www.pfizer.com.br/noticias/Depress%C3%A3o-%C3%A9-doen%C3%A7a-e- precisa-de-tratamento-adequado>. Acesso em: 24 abr. 2016. ROBERTO, J. Depressão no trabalho, um inimigo perigoso. 2011. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/depressao-no-trabalho-um- inimigo-perigoso/57491>. Acesso em: 5 abr. 2016. SALBEGO, J. 10 passos para vencer a Depressão. Joinville: Clube de Autores, 2016. SIGNIFICADOS. Significado de Depressão. Disponível em: <http://www.significados. com.br/depressao/>. Acesso em: 23 abr. 2016. TAVARES, L. A. T. A depressão como “mal-estar” contemporâneo: medicalização e (ex)-sistência do sujeito depressivo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/j42t3/pdf/tavares-9788579831003.pdf>. Acesso em: 5 abr. 2016. TEODORO, W. L. G. T. Depressão: corpo, mente e alma. 3.ed. Minas Gerais: Uberlândia, MG. 2010. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/depressaocma. pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. VENTURINI, M. Entendendo melhor a depressão. Disponível em: <http://www. michelleventurini.com.br/depressao-em-adultos/>. Acesso em: 28 abr. 2016. YOUTUBE. José. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=TTWEpp1s5Ps>. Acesso em: 24 abr. 2016. 45 UNIDADE 5 | PRINCIPAIS TRATAMENTOS DA DEPRESSÃO 46 Unidade 5 | Principais Tratamentos da Depressão Seja bem-vindo(a) à unidade 5! Agora que você sabe que a depressão é uma doença grave, que apresenta sintomas característicos, causados por diversos fatores, chegou a hora de aprender sobre o tratamento adequado adequado para essa doença. Para isso, vamos revisar o que é depressão, de acordo com a OMS. Bons estudos! 1 O Que É a Depressão A depressão é um transtorno mental comum, cujas características são sintomas como tristeza, falta de interesse, ausência de prazer, oscilações entre sentimento de culpa e baixa autoestima, além de alterações significativas do sono e/ou do apetite, sensação de cansaço e falta de concentração. Ela pode ser de longa duração ou ser frequente. Na sua forma mais grave, pode levar ao suicídio. Atualmente a depressão é uma das doenças médicas mais comuns e traz grandes prejuízos pessoais, ocupacionais, econômicos e sociais, além de ser a mais frequente das doenças clínicas e a que apresenta maior taxa de mortalidade, se não tratada. Sua identificação precoce e o início do tratamento adequado são fundamentais para o controle da doença. Quanto mais cedo o tratamento começar, melhores serão os resultados, pois quando o tratamento não é adequado a doença passa a ser crônica e recorrente. A maior parte das pessoas que sofre de depressão não consegue pedir ajuda, pois é comum, ao perceberem o seu estado de imobilidade para a vida que, ao invés de reagirem, se deprimam mais ainda. Muitas vezes, as pessoas deprimidas custam a identificar os sentimentos como sendo anormais. Outras vezes, acreditam que a depressão é decorrente dos maus momentos que têm passado na vida e que tudo de repente irá mudar. Figura 6: Pessoas próximas podem lhe ajudar a vencer a depressão 47 2 Tratamentos Também há muitas pessoas que resistem ao tratamento medicamentoso, mas ele é indispensável nos casos de depressão moderada e grave. A ação desses medicamentos é fundamental para o restabelecimento do equilíbrio bioquímico e da regulação do humor. Esses medicamentos são denominados antidepressivos, normalmente são bem tolerados e seguros se prescritos e acompanhados pelo médico. A psicoterapia também faz parte do tratamento e é indispensável, pois auxiliará no reconhecimento e enfrentamento dos fatores que desencadeiam a depressão para que sejam encontradas alternativas de saída e superação. A psicoterapia é um tratamento psicológico que oferece diversas ferramentas para tratar a depressão por meio de diversas abordagens e aprendizagens. Essas abordagens oferecem habilidades e conhecimentos para prevenir a recaída da depressão, também ensinam técnicas práticas para reformular os pensamentos negativos, auxiliar na compreensão das razões de tais sentimentos, etc. O tratamento é complementado com a introdução de uma alimentaçãomais saudável, que forneça substâncias que auxiliem na manutenção do equilíbrio do corpo, e a prática de atividades físicas. Também é fundamental o envolvimento dos amigos e familiares para ajudar na conscientização da doença e da necessidade de ajuda profissional, bem como participação e apoio ao processo do tratamento. e As depressões consideradas leves devem ser tratadas apenas com a psicoterapia. Já as depressões consideradas moderadas e graves, obrigatoriamente, precisam do tratamento simultâneo com a utilização de medicamentos e a psicoterapia. Você deve estar se perguntando: Por que a utilização de medicamentos para o tratamento da depressão é indispensável? De acordo com o Dr. Ricardo Moreno, em entrevista dada ao Dr. Dráuzio Varella (2011), o tratamento da depressão por meio de medicamentos é fundamental porque temos no cérebro células nervosas, denominadas neurônios, e substâncias químicas, chamadas neurotransmissores, que permitem que uma célula converse com a outra, isto é, que se comuniquem. Quando a pessoa está saudável produz essas substâncias 48 em quantidades suficientes, mas quando está deprimida não consegue produzi-las na quantidade necessária. Então, os medicamentos antidepressivos vêm em auxílio para aumentar a produção dos neurotransmissores e propiciar a volta da saúde. Além disso, é importante registrar que os estados depressivos são causados pela desorganização bioquímica do cérebro que é responsável por alterações comportamentais e psicológicas. Considerando os prós e os contras do uso de antidepressivos, os prós sempre pesam mais para o tratamento, uma vez que recuperam a pessoa deprimida, restabelecendo a saúde e a qualidade de vida, assim como diminuindo o risco de morte por suicídio ou outras doenças. Diante dessas informações e a dificuldade de quem sofre de depressão procurar tratamento, apresentamos a seguir, algumas estratégias que podem ser utilizadas por você para auxiliar a pessoa deprimida nesta busca. Segundo Teodoro (2010, p. 28), é possível adotar algumas estratégias em favor da busca de tratamento. Veja no quadro quais são elas: Quadro 6: Estratégias para favorecer a busca de tratamento Diga a pessoa deprimida que tem percebido que ela está diferente, mais triste; Procure fazer com que a pessoa se perceba, considerando aspectos como a aparência, atitudes etc.; Aponte os prejuízos pessoais ocasionados pela situação; Escute as reclamações da pessoa deprimida, evitando realizar comentários desvalorize a situação; Ofereça companhia para ir a uma consulta; Não lamente ou tenha piedade excessiva com a dor da pessoa deprimida. Caso contrário, ao invés de ajudar, reforçará a ideia de que as coisas estão ruins e que a vida vai mal. Respeite o sofrimento do outro, mas faça com que o outro sinta que você quer realmente ajudá-lo e que acredita que ele é capaz de reagir; Se for amigo da pessoa deprimida, aconselhe-a. É comum a pessoa deprimida aceitar a interferência e conselhos de amigos e rejeitar a de familiares; Seja tolerante e paciente, essas atitudes são mais favoráveis para a relação de confiança do que a pressão; Caso a pessoa deprimida não aceite ajuda, é recomendável que um familiar ou um amigo procure orientação profissional, para aprender a lidar com a situação, que cuidados tomar com a pessoa, especialmente no que diz respeito ao risco de suicídio. 49 Ao concluir a unidade, revise o conteúdo apresentado para realização das atividades e avaliações. Glossário Recorrente: que aparece com frequência, rotineiro, cotidiano, presente, usual, habitual, costumeiro, regular, comum. 50 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Os medicamentos antidepressivos são fundamentais para o restabelecimento do equilíbrio bioquímico e da regulação do humor. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. A psicoterapia é o tratamento mais indicado para todos os tipos de depressão. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 51 Referências AGNES, T. História Natural da Depressão. <http://www.redepsi.com.br/2012/03/15/ hist-ria-natural-da-depress-o/>. Acesso em 23 abr. 2016. ANDRADE, Laura Helena S. G. de; VIANA, Maria Carmen; SILVEIRA, Camila Magalhães. Epidemiologia dos transtornos psiquiátricos na mulher. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v. 33, n. 2, p. 43-54, 2006 .Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0101-60832006000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 abr. 2016. CAVALCANTE, J. Q. P.; Jorge Neto, F. F., Miranda, R. M. A. A caracterização da depressão e o contrato de trabalho. Disponível em: <http://www.lex.com.br/ doutrina_23947023_A_CARACTERIZACAO_DA_DEPRESSAO_E_O_CONTRATO_DE_ TRABALHO.aspx> Acesso em: 5 abr. 2016. CANAL FIOCRUZ. Mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo. (s.d.) sem data. Disponível em: <http://www.canal.fiocruz.br/destaque/index. php?id=722> Acesso em: 24 abr. 2016. CHRISTANTE, L. Com saída. 2010. Disponível em: <http://www.unesp.br/aci/revista/ ed13/com-saida>. Acesso em: 24 abr. 2016. COSER, Orlando. Depressão: clínica, crítica e ética. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/6gsm7/pdf/ coser-9788575412558.pdf>. Acesso em: 5 abr.2016. FILHO, E. R. A depressão na atualidade. 2001. Disponível em: <http://www.sedes.org. br/Departamentos/Formacao_Psicanalise/depressao_na_atualidade.htm>. Acesso em: 24 abr. 2016. G1. Depressão: a doença silenciosa que pode levar ao suicídio. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/clinica-sayao/ noticia/2015/06/depressao-doenca-silenciosa-que-pode-levar-ao-suicidio.html> Acesso em: 23 abr. 2016. GONÇALES, C. A. V.; Machado, L. Depressão, o mal do século: de que século?. 2007. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v15n2/v15n2a22.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2016. 52 IBC COACHING. Os sintomas mais frequentes da depressão no ambiente de trabalho. Disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/ sintomas-mais-frequentes-depressao-ambiente-trabalho/>. Acesso em: 24 abr. 2016. LUCAS, Miguel. Texto eletrônico: O que é depressão: sintomas, causas e tratamento. Disponível em: <http://www.escolapsicologia.com/compreender-depressao-sintomas- causas-tratamento/>. Acesso em: 5 abr. 2016. NHS. Depressão. Disponível em: <http://www.nhs.uk/translationportuguese/ Documents/Depression_Portuguese_FINAL.pdf> Acesso em: 24 abr. 2016. OFICINA DE PSICOLOGIA. Depressão. 2012. Disponível em: <www.oficinadepsicologia. com/PDF/Depressao.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. _______. Depressão e terapia de grupo. Disponível em: <http://oficinadepsicologia. com/depressao-e-terapia-de-grupo>. Acesso em: 23 abr. 2016. PFIZER. Depressão é doença e precisa de tratamento adequado. Disponível em: <http://www.pfizer.com.br/noticias/Depress%C3%A3o-%C3%A9-doen%C3%A7a-e- precisa-de-tratamento-adequado>. Acesso em: 24 abr. 2016. ROBERTO, J. Depressão no trabalho, um inimigo perigoso. 2011. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/depressao-no-trabalho-um- inimigo-perigoso/57491>. Acesso em: 5 abr. 2016. SALBEGO, J. 10 passos para vencer a Depressão. Joinville: Clube de Autores, 2016. SIGNIFICADOS. Significado de Depressão. Disponível em: <http://www.significados. com.br/depressao/>. Acesso em: 23 abr. 2016. TAVARES, L. A. T. A depressão como “mal-estar” contemporâneo: medicalização e (ex)-sistência do sujeito depressivo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/j42t3/pdf/tavares-9788579831003.pdf>. Acesso em: 5 abr. 2016. TEODORO, W. L. G. T. Depressão: corpo, mente e alma. 3.ed. Minas Gerais: Uberlândia, MG. 2010. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/depressaocma. pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. VENTURINI, M. Entendendo melhor a depressão. Disponível em: <http://www. michelleventurini.com.br/depressao-em-adultos/>. Acesso em: 28 abr.2016. YOUTUBE. José. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=TTWEpp1s5Ps>. Acesso em: 24 abr. 2016. 53 UNIDADE 6 | PREVENINDO A DEPRESSÃO 54 Unidade 6 | Prevenindo a Depressão Seja bem-vindo(a) à unidade 6! Nela, você vai conhecer atitudes que podem ser realizadas para prevenir a depressão no seu ambiente familiar, social e do trabalho, sendo você ou não a pessoa que sofre de depressão. Vale lembrar que quando falamos em prevenção da depressão, também estamos falando da prevenção da repetição do desenvolvimento de episódios depressivos. Estas orientações mantêm a obrigatoriedade do acompanhamento médico e psicológico para os quadros depressivos. Bons estudos! 1 A Pessoa Que Sofre de Depressão Considerando que todos nós diariamente estamos expostos a situações que nos fazem sentir tristeza, desânimo e diversos sintomas relacionados à depressão, e que, além de podermos ser a pessoa deprimida, também podemos contribuir para a superação da doença. Veja algumas estratégias em forma de dicas que devem ser desenvolvidas pela pessoa que sofre de depressão. Figura 7: Melhor que curar a depressão é evitá-la 55 Quadro 7: Dicas para superar a depressão 1.1 Ajudando Quem Sofre com a Depressão Se você é amigo ou familiar de uma pessoa que está enfrentando a depressão, poderá ajudá-la a superar a doença, alegrando-a, animando-a e reconfortando-a, com as seguintes atitudes: Quadro 8: Atitudes que ajudam a pessoa deprimida a enfrentar a depressão Você também pode conferir os livros, oficinas e artigos citados na seção de referências desta unidade. Esses dados foram elaborados por profissionais e pesquisadores das áreas da Medicina, Psiquiatria e Psicologia, com a ideia de instrumentalizar a todos na luta contra a depressão. Confira! Dica 1: Desafie pensamentos negativos. Dica 2: Cultive relações de amizade e que lhe apoiarão. Dica 3: Cuide de si. Dica 4: Faça exercício físico regularmente. Dica 5: Dieta equilibrada e rica em alimentos que favorecem o humor. Dica 6: Saiba quando deve pedir ajuda extra. Faça uma visita. Escute-a atentamente. Tenha uma postura empática, isto é, coloque-se no lugar dela. Informe-se sobre a depressão, quanto mais souber, mais eficaz será a sua ajuda. Seja disponível, isto é, dedique a ela algum tempo compartilhando atividades. Valorize-a. Mostre compaixão e seja bondoso. Telefone, envie uma mensagem ou e-mail positivo. 56 Glossário Empatia/empática: é a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se na mesma situação. 57 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Desafiar os pensamentos negativos e fazer exercícios físicos regularmente são dicas para superar a depressão. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Escutar atentamente é uma atitude que pode ajudar a pessoa deprimida a enfrentar a depressão. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 58 Referências AGNES, T. História Natural da Depressão. <http://www.redepsi.com.br/2012/03/15/ hist-ria-natural-da-depress-o/>. Acesso em 23 abr. 2016. ANDRADE, Laura Helena S. G. de; VIANA, Maria Carmen; SILVEIRA, Camila Magalhães. Epidemiologia dos transtornos psiquiátricos na mulher. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v. 33, n. 2, p. 43-54, 2006 .Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0101-60832006000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 abr. 2016. CAVALCANTE, J. Q. P.; Jorge Neto, F. F., Miranda, R. M. A. A caracterização da depressão e o contrato de trabalho. Disponível em: <http://www.lex.com.br/ doutrina_23947023_A_CARACTERIZACAO_DA_DEPRESSAO_E_O_CONTRATO_DE_ TRABALHO.aspx> Acesso em: 5 abr. 2016. CANAL FIOCRUZ. Mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo. (s.d.) sem data. Disponível em: <http://www.canal.fiocruz.br/destaque/index. php?id=722> Acesso em: 24 abr. 2016. CHRISTANTE, L. Com saída. 2010. Disponível em: <http://www.unesp.br/aci/revista/ ed13/com-saida>. Acesso em: 24 abr. 2016. COSER, Orlando. Depressão: clínica, crítica e ética. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/6gsm7/pdf/ coser-9788575412558.pdf>. Acesso em: 5 abr.2016. FILHO, E. R. A depressão na atualidade. 2001. Disponível em: <http://www.sedes.org. br/Departamentos/Formacao_Psicanalise/depressao_na_atualidade.htm>. Acesso em: 24 abr. 2016. G1. Depressão: a doença silenciosa que pode levar ao suicídio. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/clinica-sayao/ noticia/2015/06/depressao-doenca-silenciosa-que-pode-levar-ao-suicidio.html> Acesso em: 23 abr. 2016. GONÇALES, C. A. V.; Machado, L. Depressão, o mal do século: de que século?. 2007. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v15n2/v15n2a22.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2016. 59 IBC COACHING. Os sintomas mais frequentes da depressão no ambiente de trabalho. Disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/ sintomas-mais-frequentes-depressao-ambiente-trabalho/>. Acesso em: 24 abr. 2016. LUCAS, Miguel. Texto eletrônico: O que é depressão: sintomas, causas e tratamento. Disponível em: <http://www.escolapsicologia.com/compreender-depressao-sintomas- causas-tratamento/>. Acesso em: 5 abr. 2016. NHS. Depressão. Disponível em: <http://www.nhs.uk/translationportuguese/ Documents/Depression_Portuguese_FINAL.pdf> Acesso em: 24 abr. 2016. OFICINA DE PSICOLOGIA. Depressão. 2012. Disponível em: <www.oficinadepsicologia. com/PDF/Depressao.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. _______. Depressão e terapia de grupo. Disponível em: <http://oficinadepsicologia. com/depressao-e-terapia-de-grupo>. Acesso em: 23 abr. 2016. PFIZER. Depressão é doença e precisa de tratamento adequado. Disponível em: <http://www.pfizer.com.br/noticias/Depress%C3%A3o-%C3%A9-doen%C3%A7a-e- precisa-de-tratamento-adequado>. Acesso em: 24 abr. 2016. ROBERTO, J. Depressão no trabalho, um inimigo perigoso. 2011. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/depressao-no-trabalho-um- inimigo-perigoso/57491>. Acesso em: 5 abr. 2016. SALBEGO, J. 10 passos para vencer a Depressão. Joinville: Clube de Autores, 2016. SIGNIFICADOS. Significado de Depressão. Disponível em: <http://www.significados. com.br/depressao/>. Acesso em: 23 abr. 2016. TAVARES, L. A. T. A depressão como “mal-estar” contemporâneo: medicalização e (ex)-sistência do sujeito depressivo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/j42t3/pdf/tavares-9788579831003.pdf>. Acesso em: 5 abr. 2016. TEODORO, W. L. G. T. Depressão: corpo, mente e alma. 3.ed. Minas Gerais: Uberlândia, MG. 2010. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/depressaocma. pdf>. Acesso em: 4 abr. 2016. VENTURINI, M. Entendendo melhor a depressão. Disponível em: <http://www. michelleventurini.com.br/depressao-em-adultos/>. Acesso em: 28 abr. 2016. YOUTUBE. José. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=TTWEpp1s5Ps>. Acesso em: 24 abr. 2016. 60 Gabarito Questao 1 Questão 2 Unidade 1 V V Unidade 2 V F Unidade 3 V F Unidade 4 V F Unidade 5 V F Unidade 6 V V
Compartilhar