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Resumo Patologia Geral 
Adaptações celulares 
São respostas estruturais e funcionais reversíveis a estresses fisiológicos (gravidez) e estímulos patológicos que 
levam a célula a um estado novo. Quando os irreversíveis causam a morte celular. 
 
Tipos: 
1- Hiperplasia: aumento no número de células. 
• Pode ocorrer na próstata (HBP) com a formação de nódulos 
que comprimem o canal da uretra e pode gerar uma 
hipertrofia do músculo liso da bexiga além de dificultar a 
micção. Desencadeado por um estímulo hormonal. Aumento 
de PSA na circulação recomenda exame do toque retal 
• Pode ocorrer no endométrio (endometriose) através da sua 
expansão para fora do útero. Desencadeado por um estímulo 
hormonal. Anticoncepcional para evitar 
• A Displasia é uma hiperplasia atípica com a proliferação 
desordenada de células com variações em tamanho e forma; surge de processos metaplásicos ou hiperplásticos. 
 
2- Hipertrofia: aumento do tamanho da célula. 
• Pode ocorrer no ventrículo esquerdo devido a alta demanda de sangue para o corpo. Aumenta em tamanho até 
romper e causar necrose/infarto. 
o PQ? Há uma maior necessidade de força por outras células 
• A Célula cardíaca é sensível a estimular a fazer hipertrofia por: estresse mecânico, endotelina, angiotensina 2, 
hormônios adrenérgicos, fatores de crescimento. Esses fatores agem na miosina e actina, as principais proteínas 
de contração, mudando o fenótipo da fibra para uma de cadeia pesada para economizar energia. 
• Síntese do fator atrial natriurético (remédio): procura evitar a sobrecarga cardíaca diminuindo o volume do 
líquido no sangue para não forçar tanto 
• Músculo cardíaco normal: discos intercalares, proteínas de adesão, estrias transversais 
• Musculo cardíaco após infarto: Eosinofilia, Desaparece estriação Transversal, Rompimento dos discos 
Intercalares, Células sem núcleo em forma de S 
 
 
 
3- Hipotrofia / Atrofia: diminuição lenta e gradual no tamanho da célula com perda de substância diminuindo 
sua funcionalidade. 
• Fatores limitantes para o crescimento celular: baixo suprimento vascular (isquemia), baixa capacidade 
oxidativa das mitocôndrias (Hipoxia), alteração na síntese e degradação das proteínas, alteração no citoesqueleto 
• Causas: atrofia por desuso, perda da inervação (actina e miosina afetadas), isquemia (doença oclusiva arterial), 
nutrição inadequada (desnutrição severa), perda do estímulo endócrino (menopausa), envelhecimento (redução 
fisiológica) 
• Timo: célula T preparadas, mas depois não é mais utilizada, idosos sistema imune mais lento... 
 
4- Metaplasia: é a substituição de uma célula por outra através de uma irritação crônica (divisão celular). 
• Irritação crônica: Pode ocorrer no epitélio brônquico através do fumo com a substituição de células colunares 
para escamosas, reduzindo a produção de muco e causando a 
formação de pigarro. Irreversível 
• Pode ocorrer no esôfago (esôfago de barret) com o refluxo de 
ácido do estômago alterando as células escamosas para 
colunares). 
• Metaplasia fisiológica: Pode ocorrer também de forma 
fisiológica no útero com a presença da junção escamocolunar 
(JEC). 
 
5- Hipoplasia: diminuição no número de células. 
• Agenesia (ausência de um órgão), Aplasia (órgão sem desenvolvimento) e Hipoplasia (desenvolvimento 
incompleto ou parcial do órgão). 
 
Acúmulos de substâncias intracelulares (transtorno metabólico) 
Decorrem de alterações bioquímicas que resultam em acúmulo de substâncias no interior das células 
Classificações: Transitório, Permanente, Inofensivo ou Tóxico. 
 
Classificação: 
• Degeneração hidrópica – acúmulo de água e eletrólitos 
• Degeneração hialina – acúmulo de material proteico e acidófilo 
• Degeneração gordurosa – esteatose 
• Acúmulo de pigmentos 
 
Consequências possíveis: metabolismo anormal (degeneração gordurosa do fígado), alteração no DNA 
(dobramento de proteínas), erros inatos no metabolismo através do acúmulo de substrato e ausência de enzima para 
degradação, acúmulo de pigmentos (bilirrubina, hemossiderina). 
 
Pigmentos 
Após hemorragias: 
-Hemácias no tecido: coloração vermelho azulada ou negro-azulada-hemoglobina desoxigenada 
-Coloração verde-azulada a amarelada-biliverdina 
-Coloração amarelo-dourada – hemossiderina 
 
Lipídios (esteatose hepática - fígado grande e esbranquiçado). 
a. Intoxicação por tetracloreto de carbono: utilizado como solvente de gorduras que liberam radicais livres reativos 
causando danos celulares. 
 
b. Desnutrição proteica energética (Kwashiorkor): Agudo. Ausência de proteínas impede que triglicerídeos se 
transformem em lipoproteínas e ocorre o acúmulo de líquido na parte mais superficial do corpo e gordura gerando uma 
falsa gordura corporal (ascite – acumulo de liquídos) e edemas junto com a baixa imunidade (imunoglobulinas são 
derivados proteicos) e perda de cabelo. É diferente da subnutrição protéico-calórica/marasmo que é retirado qualquer fonte 
de alimento (pele e osso). 
• Desnutrição proteico-calórica (marasmo): crônico. Única fonte de energia é a retirada de energia das próprias 
vísceras 
 
c. Alcoolismo: a oxidação do etanol produz lactato (acidose metabólica com o glicerol-3-fosfato) e acetil-CoA que 
é substrato de ácidos graxos que iram formar triglicerídeos e irão acumular no fígado. A esteatose é reversível, 
porém quando as células hepáticas morrem o sistema fica irreversível dando lugar a fibrose(fibroblasto)/cirrose 
hepática. 
• Ao acumular de gordura no fígado a tríade portal (Sistema de irrigação composto pela veia porta, ducto biliar 
e artéria hepática) será comprometido, espremendo-o, acarretando no acúmulo de liquido. 
 
Substâncias do tabaco (DPOC/enfisema pulmonar): na presença de nicotina células de defesa como os neutrófilos 
são induzidos a produzir a elastase como substância de defesa para destruir as substâncias estranhas. Porém a 
elastase não consegue destruir essas substâncias pois são radicais livres (espécies reativas com o oxigênio) e como 
a alfa-1-antitripsina está inibida por esses radicais e não pode inibir a elastase, a elastase corrói as paredes do 
alvéolo diminuindo as vilosidades. Dessa forma as trocas gasosas são dificultadas bem como a expiração. Como 
agora há necessidade de muita energia para ocorrer a respiração, muito do que é ingerido é gasto rapidamente 
gerando nesses indivíduos um estado de enfisema. Antracose (acúmulo de compostos) também é comum. 
• A bronquite crônica é diferente pois há excesso de muco nos brônquios e dificuldade de inspirar, necessitando 
assim de substâncias broncodilatadoras. Identificação de pigmentos escuros e amarelados (antracose) que 
significa a destruição de células. 
 
Calcificação Patológica 
• Metastática: causado por paratormônio. Deposição de cálcio em tecido sadio 
• *Distrófica: lesão liberando cálcio formando cristais (deposição). Um exemplo é problema de canal em polpa 
necrosada que continuamente irá calcificando 
 
Consequências para uma célula que não faz adaptação 
Causas da Lesão Celular 
• Privação de Oxigênio: Hipóxia (quando a quantidade de oxigênio transportada para os tecidos do corpo é 
insuficiente, causando sintomas como dor de cabeça, sonolência, suor frio, dedos e boca arroxeados e até desmaios) 
X Isquemia (é a falta de fornecimento sanguíneo para um tecido orgânico devido a obstrução causada por um 
trombo) 
• Agentes físicos e químicos: calor, radiação, choque elétrico, venenos, NaCl, glicose 
• Agentes infecciosos 
• Reação imunes – Doenças Auto Imune 
• Anormalidades Genéticas – Distúrbios Cromossômicos e Genéticos 
• Nutricionais: excesso e falta 
 
Alterações Morfológicas 
A células pode sofrer de um estimulo e é direcionada a dois estímulos diferentes: 
• Lesão reversível: A célula não morre, apenas se adapta 
• Lesão irreversível: A célula sofre necrose, liberando os seus componentes no meio exterior, inclusive as 
enzimas necróticas que afetam osoutros tecidos. Por isso ocorre a amputação muitas vezes. 
o Necrose: sempre é patológico pois desencadeia um processo inflamatório, logo que libera enzimas com 
potencial de degradação 
 
Princípios comuns a maioria das lesões celulares 
• A resposta celular a um estímulo nocivo depende do insulto 
• As consequências a um estímulo nocivo depende da célula afetada 
• A lesão celular resulta de alterações funcionais e bioquímicas em um ou mais componentes celulares essenciais 
 
Componentes mais importantes: mitocôndrias, membrana celular, síntese e empacotamento proteico, DNA 
celular. 
• O objetivo principal é a preservação do DNA no núcleo (histonas, cromatina) 
 
Mecanismo de lesão: 
1. Isquemia e Hipóxia: ausência de oxigênio e diminuição da fosforilação oxidativa pelas mitocôndrias levando a 
 falta de ATP levando a necrose. 
• Desequilíbrio na bomba de sódio e potássio, aumenta a entrada de água inchando organelas, 
diminuindo as microvilosidades, acúmulo de lipídios/gordura. 
• Aumento da glicólise anaeróbica causando uma acidificação do meio devido a presença de ácido lático 
(citoplasma mais avermelhado) e condensação da cromatina (diminui a transcrição). 
 
Explicação: 
Diminuição do pH: 
o Como não terá oxigênio a célula irá priorizar a respiração anaeróbica através da quebra da glicose (glicólise 
anaeróbica), assim o ácido lático será liberado, diminuindo o pH do meio. 
o Com a diminuição do pH a célula procura preservar o DNA 
condensando a cromatina, além de promover uma alteração na 
atividade enzimática 
 
Transporte ativo (Bomba de Na+ e K+) prejudicado: 
o Não será formado ATP assim não terá energia para promover o 
transporte ativo 
o Começa a entrar água na célula e solutos (sódio e cálcio): célula inchada 
 
Retículo Endoplasmático comprometido 
o Com a entrada da água o RER ficará inchado e ocorrerá o destacamento 
dos ribossomos 
o Síntese proteica não ocorre 
o Não ocorrerá mais o transporte de lipídeos, acumulando-se 
 
2. Dano mitocondrial: 
• Membrana mitocondrial começa a ficar permeável e saem H+ (utilizado na geração de ATP), citocromo C 
(integridade da mitocôndria) e cálcio. 
• Aqueles agentes que afetam as membranas das mitocôndrias geram o dano mitocondrial 
Explicação 
 
Citocromo C 
• Confere a energia necessária para fazer a utilização do O2 para gerar 
ATP 
• Ele é armazenado dentro da mitocôndria 
• Quando afeta-se a membrana torna ela mais permeável permitindo a 
maior liberação de citocromo C, que se combina com moléculas pró-
apoptótica causando a apoptose 
• Quando ocorre essa grande passagem ocorre um desequilíbrio entre as 
proteínas anti-apoptose e pro-apoptose, prevalecendo as pro-apoptose. 
 
 
3. Aumento da concentração de cálcio no citoplasma e aumento da permeabilidade das membranas: 
• Liberação a partir das mitocôndrias e retículo endoplasmático, e entrada pelo meio externo a partir do não 
funcionamento da bomba de sódio e potássio. 
• Ativação de todas as enzimas em que o cálcio é cofator (ATPase que degrada ATP, fosfolipase que degrada os 
fosfolipídios da membrana celular deixando ainda mais permeavel, protease que degrada proteínas que constituem 
todo o citoesqueleto da célula, endonuclease que degrada o DNA). 
• Golpe de misericórdia 
 
 
 
4. Estresse oxidativo: 
• Formação de radicais livres (átomos ou molécula que possui número ímpar de elétrons na última camada 
eletrônica), são altamente reativos com o oxigênio e são provenientes do metabolismo do oxigênio; 
• Ácidos graxos (com oxidação, produção de peroxidases lipídicas e rompimento de membranas), Proteínas (com 
oxidação e perda atividade enzimática) e DNA (com oxidação e mutações). 
• Exemplos: radical hidroxila, radical superóxido, peróxido de hidrogênio. 
 
 
Mecanismos de remoção dos radicais livres através de enzimas (antioxidantes): 
• SOD (Superóxido dismutase) nas mitocôndrias que convertem o superóxido em peróxido de hidrogênio 
• Glutationa peroxidase nas mitocôndrias que converte hidroxila em peróxido de hidrogênio 
• Catalase nos peroxissomas que converte peróxido de hidrogênio em água e oxigênio. 
o Doenças neurológicas envolvem a destruição de radicais livres, envolvido com a falha na enzima SOD 
o Vitamina C e D colaboram para reduzir esses radicais livres 
 
O que acontece quando a Célula morre? 
 
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL 
MORFOLOGIA DA LESÃO CELULAR REVERSÍVEL 
2 Padrões observados em microscopia optica: 
• Edema celular (inchaço) 
• Degeneração gordurosa (acúmulo de lipídios por causa da falta de proteínas) 
 
LESÃO CELULAR IRREVERSÍVEL 
Culmina com a morte celular 
• Necrose (sempre será patológico) 
• Apoptose (caráter mais fisiológico - Girino) 
Necrose: 
Perda de controle de funções, inchaço e estouro celular a partir de digestão enzimática liberando conteúdo tóxico para 
células vizinhas. Sempre é um processo patológico, que vai se espalhando, por isso se amputa. 
Características: Sempre patológico, tumefação celular, coagulação, rompimento de organelas, DNA degrada 
aleatoriamente, ocorre inflamação, sem energia e não há síntese de macromoléculas 
• Necrose Coagulativa: 
o contornos mantidos 
o desnaturação proteíca 
o hipóxia das células (ph ácido). 
o Peça esbranquiçada e enrijecida 
 
Explicação: 
- Com a diminuição do pH o núcleo ficará compactado (picnose) 
- O DNA será fragmentado (endonucleases ativadas pelo cálcio) – cariorrexis 
- Dissolução completa do núcleo (cariólise) 
o Gangrena (um tipo de necrose coagulativa): Tipo de necrose das extremidades que pode ocorrer pela 
isquemia ou hipóxia 
 
• Necrose Liquefativa: perda do contorno, infecções bacterianas, massa viscosa. Ex. pus, cérebro (meningite). 
-Caracterizada por formar dejetos (produtos) 
-Polpa dentária, com os microvasos sofrendo uma resposta isquêmica gerando uma necrose liquefativa 
 
• Caseosa: típico da tuberculose, massa branca no pulmão. 
- Assemelhasse ao queijo 
 
• Gordurosa: área com bastante lipídio. Focos de material amarelo e endurecido em tecido adiposo morto 
-Ex: enzimas pancreáticas na cavidade peritoneal 
 
Apoptose: 
Características: fisiológico ou patológico, células isoladas, corpúsculos apoptóticos, ativação gênica, não há inflamação, 
compactação uniforme da cromatina formando densas massas, requer energia e síntese de macromoléculas 
Conceitos 
o É uma forma coordenada e programada internamente de eliminar células indesejáveis 
o É uma cascata dependente de energia 
o Depende da ativação sequencial de vários genes 
o Genes das Caspases: 
o C= CISTEÍNAS-PROTEASES: Clivam proteínas após resíduos de ácido Aspártico 
o Caspases são zimogênio (Zimogênios são enzimas sintetizadas na forma inativa dentro das células e para que 
um adquira propriedades de enzima é necessário que haja hidrólise em algumas ligações peptídicas deste 
zimogênio para que ocorre a remoção de alguns segmentos na cadeia de aminoácidos.) 
Mecanismos 
Recebimento de sinal intrínseco (mitocondrial) ou extrínseco (receptor de morte) que causa modificação na célula 
ativando uma enzima chamada caspase (zimogênios) que clivam proteínas (lamininas, de transcrição, replicação e reparo 
do DNA) após resíduos de ácidos aspárticos para formar corpos apoptóticos e ativam DNAases. 
 
Célula viável 
• Receptor recebe o hormônio de crescimento, internamente esse sinal faz com que a célula se mantenha viável 
• Ocorre a síntese de proteínas antiapoptóticas que se alojam nessas ‘’portas’’ (poros de transição) 
• Esses poros retem a quantidade de citocromo C na mitocôndria 
Célula em apoptose (via intrínseca) 
1. Mecanismos de lesão vão induzir o desenvolvimento de proteínas sensoras (BH3) 
2. Essas proteínas neutralizam a ação das antiapoptoticas (BC-L2) presentes na superfície dos poros 
3. Assim o citocromo C é eliminado que se combina com células pró-apoptoticas (ex proteínas BAX) 
4. Essas proteínas BAX estimulam as CASPASES adestruir o DNA 
5. A fosfatidilserina será direcionada para o meio externo, assim a célula morrerá por fagocitose (macrófagos) 
 
Célula em apoptose (p53) (via intrínseca) 
1. Ao ocorrer lesão no DNA por agentes ele é liberado induzindo a morte da célula através da via mitocondrial 
2. A fosfatidilserina será direcionada para o meio externo, assim a célula morrerá por fagocitose (macrófagos) 
 
Célula em apoptose (via extrínseca) 
1. Recebe receptores de morte (TNF e FAS) 
2. Desenvolve-se moléculas adaptadoras 
3. Que estimulam as CASPASES que forma as CASPASES EXECUTORAS 
4. Forma-se enzimas que vão degradar o DNA (Endonucleases – 200 cortes) ou destruição do citoesqueleto 
5. Forma-se corpúsculos apoptóticos: encolhimento da célula, com a membrana integra (por isso a apoptose não é 
inflamatória) 
6. A fosfatidilserina será direcionada para o meio externo, assim a célula morrerá por fagocitose (macrófagos) 
 
Células em apoptose (linfócito T citotóxico) 
1. Percebe se a célula está infectada por vírus 
2. Coloca a molécula Granzima que vai estimular a produção de CASPASES EXECUTORAS (ativação de genes 
específicos) 
3. A fosfatidilserina será direcionada para o meio externo, assim a célula morrerá por fagocitose (macrófagos) 
 
• Queda de fatores neurotróficos que promovem a sobrevivência e crescimento de células nervosas. A membrana é 
preservada nos corpos apoptóticos que são fagocitados. Pode ser fisiológica ou patológica (doenças, radiações, 
drogas, hipóxia). O excesso de apoptose pode ser verificado em situações de AIDS e falta de apoptose em casos 
de câncer e autoimunidade. 
 
Inflamação aguda (curta duração) 
Inflamação: resposta local do tecido vascularizado agredido, caracterizada por alterações do sistema vascular, dos 
componentes líquidos e celulares, bem como por adaptações do tecido conjuntivo vizinho 
Objetivo: Isolar, destruir e diluir agentes nocivos (ex. parasitas, traumas, agentes físicos ou químicos, etc). Sendo, 
portanto, uma reação de defesa e de reparação do dano tecidual. 
Envolvimento de células no tecido (saem do vaso sanguíneo para o tecido): 
• Mastócito (tipo de leucócito) que inicia o processo inflamatório (mediador: histamina), torna a parede celular mais 
permeável para a saída das outras células, principalmente, os polimorfos nucleares (neutrófilos) 
o Neutrófilos se dividem em: bastonetes e segmentados (núcleos unidos por um fiozinho) 
• Macrófagos que fagocitam corpo estranho, plaquetas (tamponamento), glóbulos proteicos (proteínas de 
coagulação - complemento), Fibras elásticas (no tecido), fibras de colágeno, fibroblastos (reparo por colágeno) 
e proteoglicanos que age como tecido de reparo (cicatrização). 
 
Envolvimento de células da corrente sanguínea: neutrófilos (polimorfonucleares, primeiros recrutadas) e monócito 
(transforma-se em macrófago ao migrar para o tecido) que realizam fagocitose, proteínas de coagulação e plaquetas 
(agregação plaquetária). 
• Essas células não ficam agregadas no tecido do vaso para não formar trombos, mas sim, aderente. Para isso ocorre 
eventos celulares para que as células fiquem nos vasos e migrem para os tecidos. 
1. Alterações vasculares: 
• Desgranulação dos mastócitos liberam histamina que aumenta a permeabilidade vascular (edema) para que seja 
possível a passagem de células para o tecido lesado junto com o fluído sanguíneo proteico (exsudato → 
Extravasamento de proteínas plasmáticas), e faz vasodilatação aumentando o fluxo sanguíneo (rubor e calor). 
• Assim, aumenta a pressão hidroestática, diminui a pressão coloidal osmótica e aumenta a pressão do interstício. 
Ocorre o extravasamento do líquido do vaso causando o edema. (EXSUDATO) 
• O líquido no vaso fica mais viscoso, o que favorece a aproximação dos leucócitos para a parede do vaso. 
• Leucócito pode promover o exsudato a partir de uma ativação (por bactéria por exemplo), que liberará seu conteúdo 
enzimático, liberando as espécies livres de Oxigênio (causando maior lesão endotelial do que a bactéria) 
o Ocorre nos capilares pulmonares (COVID) 
** Transudato: extravasamento devido ao aumento da pressão hidrostática ou queda da pressão osmótica, sem proteína 
plasmática em excesso. Relacionado a problemas cardiocirculantes 
2. Cininogênios causa ativação das vias da dor (dolor). 
 
Processo Inflamatório (extravasamento de leucócitos): 
1. Desgranulação dos mastócitos liberam mediadores inflamatórios 
(histamina). A histamina aumenta a permeabilidade vascular e 
vasodilatação fazendo um fluxo dos leucócitos para as margens da 
corrente sanguínea, que é o endotélio (MARGINAÇÃO), expondo as 
P-selectinas (que favorece a interação dos leucócitos ficando na 
superfície do endotélio), que antes eram corpos de Weibel-Palade. 
a. Com o aumento da permeabilidade torna o sangue mais viscoso, favorecendo a marginação 
 
 2- O leucócito interage com o endotélio. Esse endotélio libera substancia de adesão (moléculas de adesão VCAM e 
ICAM) inicialmente sem adesão firme (ROLAMENTO). 
 
3- Quando a ICAM-1 começa a ser expressa na superfície do endotélio devido a presença de TNF e interleucina-1 
(substâncias liberadas quando os macrófagos ficam ativos e induzem a transcrição desses compostos fazendo o endotélio 
a modificar), ocorre uma mudança estrutural nas integrinas dos leucócitos ativando-o (ATIVAÇÃO) e uma adesão firme 
devido a interação de suas integrinas com a ICAM-1 (ADESÃO). 
 
 
4- A partir disso o leucócito entra no tecido para degradar o agente agressor (DIAPEDESE) e libera colagenases que 
degrada o colágeno do tecido (COLAGENASE) e por isso a inflamação aguda deve ser rápida, pois a colagenase causa 
lesão para o tecido sadio. 
 Ao final da etapa as FIBRINAS e FIBRONECTINAS (matriz extracelular) fazem o remendo, através do colágeno 
para ir arrumando o tecido lesado pela COLAGENASE. Quem tem o papel importante nisso, são os MACRÓFAGOS que 
ativam FATORES DE CRESCIMENTO para a formação dessa fibronectinas e fazem a limpeza. 
 
** A ativação dos leucócitos é dependente de uma sinalização que 
é feito por quimiocinas. Essas são liberadas por respostas de 
defesa do próprio agente agressor, que se ligam a receptores 
específicos na superfície dos leucócitos. Assim ocorre uma série 
de modificações dentro do leucócito, promovendo a ativação das 
integrinas, deixando com maior afinidade 
• TNF e IL-1 FAZEM COM QUE O ENDOTÉLIO 
LIBERE O VCAM e o ICAM, QUE VÃO SE LIGAR 
COM AS INTEGRINAS 
Quimiotaxia: locomoção ao longo de um gradiente químico (atrai para o 
machucado) 
• Fatores endógenos C5a e Leucotrienos são produzidos pelos leucócitos 
fazendo uma retroalimentação positiva do quadro inflamatório** 
 
 
 
Eventos Celulares: Ativação leucocitária 
• O agente agressor primeiramente vai fazer o EDEMA (alteração de vaso: vaso 
dilatação, aumento da permeabilidade). 
• Mas também ativará LEUCÓCITOS, que vão sair dos vasos sanguíneos 
(EXTRAVASAMENTO) para atingir a DIAPEDESE (característica de actina 
e miosina ativas) para migrar ao tecido, assim no tecido vão aos pontos 
quimioatraentes (QUIMIOTAXIA). Isso ativara mais leucócitos ao sítio anatómico para destruir o agente agressor 
(ATIVAÇÃO) 
o Enquanto persistir o agressor, o quadro inflamatório não acaba (fica num ciclo) 
 
Ativação Leucócita, na superfície dos leucócitos há: 
• TLR (Toll-like receptor): sinaliza internamente o leucócito quando há determinado antígeno 
o Bactéria se liga diretamente a esses receptores (imunovigilância) 
o Sinais internos: Induz os leucócitos a produzir intermediários de Oxigênio (ROIs), o que ativa o leucócito e 
mata o antígeno 
• O Antígeno também pode se ligar ao receptor de Manose 
o Processo de endocitose do micróbio 
o Realiza um fagossomo, que forma fagolisossomo que destroí o antígeno 
• Proteína G 
o Quimiotaxia e diapedese (actina e miosina) 
o A proteína G (receptor) recebe os mediadores da bactéria, lipídicos ou quimiocinas das outrascélulas de defesa 
o Ao receber esses mediadores aumenta a afinidade das integrinas, favorecendo a quimiotaxia e façam a 
migração para os tecidos 
 
Fagocitose 
• No tecido ocorre então a fagocitose do agente agressor pelo neutrófilo e macrófago formando o fagossomo. 
• O fagossomo se liga a lisossomos formando o fagolisossomo. 
 
• No fagolisossomo entra oxigênio através do fagócito oxidase (oxidase citoplasmática) que é reduzido em radicais 
livres: hidroxila, nitritos e hipoclorito (surto oxidativo para destruir o agente agressor). Ocorre com o auxílio de 
NADPH que será reduzido pela oxidase 
• Esses radicais matam o agente agressor e sua persistência (ex. inativação do fagócito oxidase) gera a inflamação 
crônica. 
• Mieloperoxidase, enzima presente nos grânulos dos neutrófilos, adicionou o Cl- que virou OCl-, que é um agente 
bactericida 
• Após a destruição do agente o fluído do exsudato é drenado novamente, as células do exsudato sofrem apoptose, 
ocorre a síntese de fatores de crescimento para o reparo e a permeabilidade é normalizada. 
 
Paradoxo da ativação Leucocitária 
Combate ao agente tóxico X danos endotelial e tecidual 
 
a. Serosa: extravasamento do fluido do vaso. 
b. Supurativa/Abscesso: bactérias ou substâncias químicas com a formação de pus. 
c. Úlceras: descamação de tecido necrótico devido distúrbios circulatórios (ex. sedentarismo, trombose, diabéticos). 
Como são controlados os eventos a inflamação? 
 
1.Óxido Nítrico 
• Produzido pelas células endoteliais quando recebem um estímulo (Ca+) que ativa a enzima Oxido Nítrico 
Sintetase do Endotélio (eNOS) 
• Óxido Nítrico tem efeitos nas células de defesa, nas plaquetas e nos músculos lisos (relaxamento e vasodilatação) 
• Reduz a adesão de leucócitos e plaquetas na parede endotelial, evitando formação de placa de ateroma (protetor 
das artérias) 
• Também pode ser produzido pelo Óxido Nítrico Sintetase induzida (iNOS) no Macrófago – no quadro de 
vacúolo fagocítico 
o É induzida pq precisa ser estimulada pelo agente agressor 
 
2. Metabólitos do ácido araquidônico (AA): No processo de ativação leucocitária mediadores inflamatórios são 
ativados e dão continuidade ao processo. 
• Moléculas do sistema complemento (C5a, C3a e LTB4(leucotrieno-4) ativam proteínas G no leucócito que abrem 
canais de cálcio, a partir da ativação da rede de fosforilação (IP3) e ativação do RER. 
o O cálcio ativa a síntese de actina e miosina, 
o Modifica estruturalmente o leucócito (integrina) permitindo a interação 
o Ativa a PLA-2 (fosfolipase-A2 (inibido por corticoide) que libera ácido araquidônico para o citosol através da 
quebra de fosfolipídios. 
• O Ácido araquidônico é substrato para duas vias enzimáticas: CICLOXIGENASE e LIPOXIGENASE 
o O ácido araquidônico pode ser sintetizado pela lipoxigenases que formam leucotrienos (quimiotaxia, 
broncoespasmo, aumento da permeabilidade vascular) e lipoxina (inibe a adesão e quimiotaxia de neutrófilos; 
ao contrário do leucotrieno para regulação). 
o Ou pode ser sintetizado pela cicloxigenase 1 (plaquetas) e 2 (células endoteliais) que formam prostaglandinas 
e prostaciclinas. Nas plaquetas as prostaglandinas viram tromboxanos que agrega as plaquetas 
(protrombótico): CÉLULAS ENDOTELIAS SOMENTE 
▪ E nas células endoteliais as prostaglandinas viram prostaciclina que faz vasodilatação (antitrombótico). 
Aspirina inibe COX 1, que favorece a Prostaciclina que faz vasodilatação e inibe agregação plaquetária 
(hemorragia). 
 
o COX 2 estimula o metabolismo de PGL2 prostaciclina 
e o COX 1 o Tromboxano A2, há um equilíbrio entre os 
dois 
o Caso iniba um pode gerar consequências, como a 
trombose 
o (ASPIRINA) efeito contrário a trombose: chance de ter 
hemorragia 
 
 
 
3. Proteínas do Sistema Complemento (fígado). Tem três formas de ser ativado: A via clássica, alternativa e a via 
das lectinas. Proteínas formadas pelo fígado 
• Ação de anafilotoxina: moléculas pequenas (C3a e C5a) que vão recrutar as células de defesa 
• Todas as vias produzem a molécula C3b, que pela enzimaconversora de C3 é quebrada em duas partes (C3a e 
C3b) 
• C3b é insolúvel e se deposita em superfícies de bactérias fazendo um efeito chamado de OPSONIZAÇÃO 
(demarcação do agente agressor pela molécula C3b) e o macrófago fagocita 
• C3a por ser uma molécula pequena faz a QUIMIOATRAÇÃO, fazendo surto oxidativo (anafilotoxina) 
• Formação do complexo de ataque a membrana com outras proteínas (pelos C3, C5, C6...), atuam em cascata 
causando a LISE OSMÓTICA, injetando água e estourando o agente agressor 
o C5 e C5b também fazem* 
 
4. Proteínas de coagulação (fígado) 
• A exposição de colágeno/membrana basal durante um ataque (quando há vasodilatação), ativa o Fator XII (fase 
intrínseca) 
• O Fator XIIa participa de duas cascatas: Cascata das cininas e da coagulação 
• Na Cascata das Cininas o produto final será a Bradicinina (dor) a partir do Cininogênio de alto peso molecular 
(HMWK) + Calicreína (super reativo, que apresenta um tempo de meia vida curto, logo que esse composto 
participa de várias outras reações) 
o A Calicreína transforma o Plasminogênio em Plasmina, que estimula a CASCATA DE COMPLEMENTO 
(C3a e C3b) e também pode se converter em fibrina 
o Calicreína pelo sistema FIBRINOLÍTICO, transforma o Plasminogênio em Plasmina, que degrada fibrina 
o A plasmina estimula a Cascata de complemento 
• Na Cascata de Coagulação forma a Trombina, que modifica o endotélio muscular (junto com a Histamina) 
para formar selectinas 
o As fibrinas (rede) degradadas formam os D-dímeros (produto da degradação de fibrinas, seu valor indicativo 
é para ver quanta fibrina é degradada, se tiver alto há risco de trombose) 
 
Efeitos Sistêmicos das inflamações resposta de fase aguda 
1)Febre 
• PGE2 vem do Ácido Aracdônico 
 
2) Proteínas de Fase Aguda IL6/ IL1/ TNF 
 
3)Leucocitose 
Efeitos da inflamação: 
a. Local: edema, rubor, dor, calor. 
b. Sistêmico protetor: febre no cérebro pois a temperatura elevada consegue desnaturar o agente agressor; proteínas de 
fase aguda no fígado; produção de leucócitos (leucocitose) na medula óssea. 
c. Sistêmico patológico: débito cardíaco no coração; trombose (agregação plaquetária) com hipóxia e isquemia na 
corrente sanguínea; resistência à insulina em outros tecidos. 
COVID-19: aspiração do vírus sars-cov-2 causa angústia respiratória (inflamação aguda) gerando hipóxia. A síndrome 
da angústia respiratória (SARA) causa o aumento da permeabilidade do endotélio fazendo a entrada de líquido nos alvéolos 
gerando um dano inflamatório (incha/engrossa devido o acúmulo de células de defesa e difusão do plasma)que impede o 
acesso das trocas gasosas (dificuldade de excreção de CO2 e entrada de O2) gerando hipóxia. Focos esbranquiçados 
bilateralmente no pulmão. Nesse caso ocorre o alargamento da parede alveolar, no enfisema a destruição dessa parede e 
na tuberculose a formação do granuloma. 
 
 Resultados da inflamação aguda 
Pq a inflamação aguda deve ser rápida? Porque há modificação na parede do vaso (Exsudato), tornando-a mais 
permeável a células de defesa, principalmente os polimorfos nucleares (neutrófilos). E essas substâncias instigam 
uma resposta de destruição, tanto do agente agressor quanto do tecido sadio 
 
1- RESOLUÇÃO (quando o antígeno é eliminado e o que deseja que ocorra), ocorre: 
• Permeabilidade vascular normalizada (porque os mediadores serão diminuídos no seu efeito) 
• Todas as células que se adentraram no meio externo passaram por um 
processo de morte (principalmente os neutrófilos), sofrendo um quadro de 
apoptose 
• Os macrófagos realizarão a degradação por fagocitoses desses restos 
celulares (monócitos que estavam no sangue se transformam em 
macrófagos por maturação) 
• Drenagem linfática dos fluídos e proteínas presentes 
• Sintetização de fatores de crescimento pelos macrófagos que serão uteis 
para o desenvolvimento defibroblastos que serão importantes para a 
reconstrução do tecido, no processo de cicatrização 
 
2- INFLAMAÇÃO CRÔNICA (caso a inflamação aguda não seja 
resolvida) 
• São desencadeadas por infecções virais, crônicas, persistentes ou 
autoimunes 
• As células da inflamação crônica já são mononucleares, constituída 
principalmente por linfócitos e monócitos 
• Formação de novos vasos (angiogênese) 
• Formação de um quadro de Fibrose 
 
3- CICATRIZAÇÃO (resolução da inflamação aguda) 
• Ocorre quando o quadro de inflamação aguda foi muito intenso (dano 
grande) 
• Isso acarretará na formação de FIBROSE 
 
Inflamação Crônica 
Persistência do agente agressor 
Características: 
–Duração prolongada (meses/anos) 
–SIMULTANEAMENTE: 
•INFLAMAÇÃO ATIVA-mononucleares (linfócito e monócitos) 
•DESTRUIÇÃO TECIDUAL 
•REPARAÇÃO POR FIBROSE (destroí e repara) 
Remédios mais utilizados para a inflamação crônica: corticoides 
 
CAUSAS 
-Infecções persistentes por microrganismos de baixa toxicidade (reações de hipersensibilidade tardia) 
Ex. tuberculose (necrose caseosa) 
 
 
 
-Exposição a agentes tóxicos (endógenos ou exógenos) 
Ex. aterosclerose, silicose 
 
-Reações auto-imunes 
Ex. artrite reumatóide 
 
MONONUCLEADOS – MACRÓFAGOS: A PRINCIPAL CÉLULA DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
• Quando os macrófagos estão ativados começam a secretar CITOCINAS PRÓ INFLAMATÓRIAS (TNF e IL-
1) 
• Esses ativam e recrutam as células de defesa 
• Cada tecido tem o seu macrófago específico 
 
 
PAPEL CENTRAL DOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
Os passos de ADESÃO, MIGRAÇÃO e DIAPEDESE serão iguais a Inflamação Aguda 
• Os macrófagos recebem sinalização de células presentes 
(como de IL-4) torna os macrófagos ativos 
• Esses macrófagos ativos sintetizaram moléculas para fazer 
o REPARO (fatores de crescimento (PDGF, FGF, TGF-B) 
o Fatores de crescimento de Fibroblasto, de vasos 
(angiogene) 
o Citocinas fibrogênicas 
o Fatores Angiogênicos (FGF) 
o Colagênese removedora 
• E vão realizar a síntese de colágeno para fazer a 
manutenção daquele tecido que está sofrendo lesão 
Porém... 
• Caso um linfócito T receba sinalização de algum patógeno 
(Micróbios) começara produzir citocinas, como a citocinas 
IFN-y 
• Isso estimula o Macrófago a ficar mais agressivo, com um 
caráter fagocítico, promovendo a INFLAMAÇÃO E A 
INJÚRIA TECIDUAL 
• Assim começará a produzir espécies reativas de oxigênio 
para realizar a destruição do agente agressor, enzimas de 
degradação, mais citocinas (quimiocinas) para chegar ao 
local, fatores de coagulação e metabólitos do Ácido 
Aracdónico 
Portanto... 
• O macrófago na inflamação crônica terá a função de reparar e destruir o tecido 
Morder e Assoprar... 
• Em contato com substâncias de Antígenos: inflamação e ações microbicidas 
• Em contato com substâncias IL-4 e IL-13: Reparo tecidual, fibrose, efeitos anti-inflamatórios 
 
 
 
INTERAÇÃO LINFÓCITO T e MACRÓFAGOS 
• Por meio dos linfócitos T os macrófagos serão ativados, ele fagocitará o agente agressor 
• O macrófago uma vez ativado apresentará as moléculas HLA-II, molécula que tem a função no reconhecimento 
de antígenos 
• Ela apresenta ao linfócito T um antígeno e esse Linfócito terá um receptor (receptor do linfócito T - TCR) 
• Quando ocorre a interação do HLA-II e o TCR o linfócito T fica ativo 
• Esse linfócito T irá libera sinais que secretará mais citocinas inflamatórias (IL-17 e TNF) que vao recrutar 
leucócitos para chegar ao sítio de inflamação 
• Esse quadro sempre se repete, pois através dos linfócitos mais IFN-y será liberado, ativando mais 
macrófago e estimulando mais linfócitos T a recrutar mais linfócitos, com mais HLA-II expresso e mais 
linfócito T ativo. 
o Essa interação sustentará a inflamação crônica, visto que o macrófago apresenta o antígeno que deve ser 
fagocitado dentro dele e irá estimular mais o linfócito T, o que causa danos significativos 
 
• MHC: complexo principal de histocompatibilidade 
o Esse complexo codifica uma série de genes 
o Dentro desse complexo há as moléculas HLA (antígeno leucocitário humano – individual para cada um) – 
rejeição de órgão 
 
INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA (tipo específico de infecção crônica) 
Precisa ter células gigantes para confirmar se é um granuloma 
•Granuloma imune: 
– persistência de linfócito T e ativação crônica de macrófagos. Ex: tuberculose, sífilis... 
•Granuloma de corpo estranho: 
–Presença de corpos estranhos inertes: Ex: sutura, farpas, talco, outras fibras 
 
Formação de Granuloma Imune 
• Acúmulo de macrófagos ativados 
• Células epitelióides 
• Células gigantes: fusão de células epitelióides 
• Bordas de linfócitos e plasmócitos 
• Interação contínua HLA-II e TCR (linfócito): apresentação de antígenos e reconhecimento 
o Ativa mais linfócitos T, que ativam mais macrófagos (monócitos) para saírem dos vasos e irem aos 
tecidos 
o Uma vez saído os macrófagos eles se unem e formam as células gigantes (que se posicionam na porção 
central) 
o Assim eles continuam mostrando os antígenos aos Linfócitos T, que estão nas bordas 
 
Persistência de fatores inflamatórios geram destruição tecidual podendo gerar doenças crônicas. 
a) Tuberculose: 
• aspiração do bacilo de koch vai para as vias respiratórias onde encontra macrófagos e na maioria das 
vezes é destruído através da necrose caseosa e o granuloma imune (destruição progressiva no tecido 
lesionado), com a presença de linfócitos T junto a células gigantes (célula monocitária que fez fusão com 
várias células epitelióides – células de langerhans). 
• No entanto, em pessoas de maior suscetibilidade (HIV, uso de corticóide, ocorrência de transplantes, 
ausência de linfócitos) a bactéria pode persistir no corpo, proliferar e causar lesões (cavitações 
pulmonares). 
• A tuberculose gera lesões pulmonares inicialmente unilateralmente. 
• Essa tuberculose pulmonar persistente (secundária,cavitária) pode se espalhar pelo corpo afetando outros 
órgãos podendo causar a morte. 
• A tuberculose é prevenida com a vacina BCG. 
 
Resumidamente... 
• acúmulo de macrófagos ativados (monócitos vindos do sangue e se transformando em macrófago) 
• células epitelióides 
• células gigantes: fusão de células epitelióides 
• borda de linfócitos e plasmócitos (anel de linfócito que permite o contato com os 
macrófagos) 
 
b) Esquistossomose 
• Ao apresentar uma capsula fibrosa (quitina) difícil de se romper, forma-se um halo 
linfocitário liberando citocinas, enzimas digestivas para tentar destruir o ovo. 
• Porém não se destroí o ovo, mas sim o tecido ao seu entorno 
 
c) Arteriosclerose: 
 
 
• fatores de risco induzem uma lesão de disfunção endotelial aumentando a aderência e permeabilidade dos 
vasos sanguíneos. (endurecimento da artéria) 
o Ocorre um endurecimento, pois vai se acumular células de defesa (células inflamatórias) que vão 
reconhecer lipídios 
o Então o acúmulo de lipídios vão ser fagocitadas por células inflamatórias, que vão recrutar células 
musculares lisas e células do tecido conjuntivo 
• Ocorre o endurecimento por ocorrer na camada intima, que é mais flexível, das artérias (médio e 
grande calibre). A lesão se chama ATEROMA 
 
Assim... 
• Em situações de normalidade 
o Em certas situações fisiológicas como em Normotensão, Fluxo laminar, Fatores de crescimento 
(VEGF), Citocinas, Hipoxia, acidose que fazem com que o endotélio sofra uma ativação 
o Assim começa a liberar moléculas de adesão em sua superfície a fazer mediadores vasoativos (p. ex. 
prostaciclinas), moléculas de adesão e anticoagulantes 
 
• Em situação patológica 
o Quando oferece dano ao endotélio (com fluxo turbulento, hipertensão, citocinas, Complemento, produtos 
bacterianos, produtos lipídicos, produtos finais da glicação avançada, hipoxia, acidose, vírus, tabagismo) 
ocorre uma Disfunção endotelial 
o Assim ocorre a síntese de fatores de crescimento, quimiocinas, citocinas, proteínas pró-coagulantes, 
moléculasde adesão, mediadores vasoativos => CAUSAS PRINCIPAIS DA ATEROSCLEROSE 
 
• Quando o endotélio é agredido ele fica mais permeável, permitindo a entrada de células de defesa e recrutas 
células musculares da média para a camada íntima 
• Ocorre o espessamento da camada íntima 
• Conforme vai ocorrendo isso, vai sendo sintetizado matriz extracelular, que forma mais fibrose, tornando 
a íntima endurecida 
 
LDL 
• Com isso ocorre a indução da entrada de LDL e monócitos (que se transformam em macrófagos), 
formando as células espumosas (englobamento da gordura pelos macrófagos) 
o Cristais de colesterol formam o corpo do ateroma. 
o A célula endotelial se torna a única barreira 
entre a capsula fibrosa e o fluxo sanguíneo 
• O LDL é oxidado na presença de radicais livres e 
fagocitado pelos macrófagos que são ativados e 
realizam o recrutamento de células musculares lisas. 
• As células musculares lisas englobam o lipídio do 
meio e formam o ateroma na camada íntima da 
artéria. 
• Esse ateroma diminui a capacidade de circulação 
sanguínea (estenose), pode conter fibras que tornam 
as células mais resistentes (difícil ruptura e formação 
de aneurisma) e com mais chances de reparo. 
Tratamento 
• Angioplastia – Stent: risco de rompimento ou trombose 
• Ponte de safena 
Fatores de risco para aterosclerose: hiperlipidemia, hipertensão, tabagismo, diabete melito, 
envelhecimento, obesidade, estresse, trombose, histórico familiar, anomalias genéticas nas Apo, ingestão de 
carboidratos excessiva, sexo masculino 
 
Depende da intensidade de resposta do macrófago: ou faz mais reparo, ou mais inflamação. Ou fagocita mais 
gordura (vulnerável) ou mais síntese de fibroblasto (estável) 
 
 
d) Produtos finais de glicosilação avançadas (AGEs) 
São um grupo heterogêneo de moléculas formadas a partir de reações não enzimáticas de glicação e oxidação de: 
• Lipídios 
• Proteínas 
• Ácidos nucleicos 
• AGEs elevados no diabetes e envelhecimento 
• Forma produtos amadoris, os quais se ligam a receptores deles mesmo, que formam complexos que deixam 
menos flexível as regiões de colágeno (AGEs) 
• Se ligam as células endoteliais ou macrófagos, que vão estimular uma reação inflamatória 
o Nos macrófagos, estimula a secreção de citocinas pró inflamatórias como IL1 e TNFa. Essas modificando o 
endotélio, aumentando a permeabilidade, aumentando a agregação de plaquetas e proliferação de fibroblastos 
(endurecendo-o) 
o Nas células endoteliais, estimula a produção de radicais livres e NFkB (fator de transcrição: que faz a síntese 
de matriz) endurecendo (forma moléculas de adesão) 
▪ Aumenta a taxa de VCAM, ICAM, E-selectina.. (endotélio mais aderente, causando seu endurecimento) 
▪ Enrijecimento da pele, tornando-a sem elasticidade causando rugas 
 
 
e) Artrite reumatóide (doença autoimune): 
• sistema imune ataca a membrana sinovial (lubrifica as articulações) e ocorre a formação do pannus, com 
destruição da cartilagem e deformidades ósseas. 
• Ocorre por causa da interação do linfócito T com o macrófago, que estimulam citocinas ao sítio inflamado 
 
• Para proliferar células sinoviais e destruir o pannus (que tem várias células de defesa) 
 
 
 
Efeitos da Inflamação 
Inflamação local: Inflamação aguda deve ser rápida por causa dos Mediadores 
TNF e IL-1. Esses modificam o endotélio, permitindo a diapedese de células 
leucocitárias. 
 Moléculas como o VCAM e o ICAM são as moléculas de adesão 
 
Efeitos protetores Sistêmicos: 
• Febre: Essas substâncias (TNF, IL-1, IL-6) atuam no eixo hipotalâmico 
hipofisário provocando a febre (tentativa de promover a desnaturação dos 
antígenos) 
• Produção de proteínas da fase aguda: são produzidas durante a fase aguda, 
sendo liberadas pelo fígado, através da intermediação de citocinas 
inflamatórias (IL-1, IL-6) 
o Essas proteínas de fase aguda são: proteínas C reativas (PCR), essas 
auxiliam no reconhecimento do antígeno para que ocorra a fagocitose 
(limpeza do organismo). 
o Também inclui na fase aguda a presença do fibrinogênio 
• Aumento na produção de Leucócitos: substâncias TNF, IL-1, IL-6 atuam na 
medula óssea induzindo a produção de leucócito. 
Tempestade de citocinas: (COVID) mediadas por citocinas pró-inflamatórias: 
TNF, IL-1, IL-6 que provocam esses efeitos sistêmicos (Febre, Produção de 
proteínas da fase aguda, Aumento na produção de Leucócitos) 
• Aumento no recrutamento de Leucócitos 
 
 
 
 
Efeitos Patólogicos Sistêmicos 
Os efeitos anteriormente citados se tornam patológicos caso haja sua continuidade 
do agente agressor, e o excesso de citocinas pró-inflamatórias 
• Coração: O TNF induz um baixo débito cardíaco 
• Células endoteliais, vasos sanguíneos: Presença de TNF faz liberar 
moléculas de adesão que faz com que haja a formação de trombos. Além de 
tornar o sangue mais viscoso por causa da permeabilidade aumentada, 
gerando quadros de hipóxia e isquemia 
• Múltiplos tecidos: As citocinas TNF, IL-1 faz com que o músculo esquelético 
desenvolva uma resistência à insulina, sendo menos permeável a entrada de 
glicose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resolução da inflamação 
• Permeabilidade vascular normalizada 
• Drenagem Linfática 
• Fagocitose pelos macrófagos: restos celulares 
• Síntese de fatores de crescimento para a síntese de fibroblastos para 
promover o reparo tecidual (cicatrização) 
 
 
Reparo tecidual 
 
Regeneração do tecido ou cicatrização (lesão das células parenquimatosas causam inflamação ativando neutrófilos 
e macrófagos que removem o tecido morto, após isso ocorre a migração de fibroblastos que depositam colágeno na 
matriz extracelular e remodelam o tecido). 
 
REGENERAÇÃO X CICATRIZAÇÃO OU FIBROSE 
REGENERAÇÃO 
• Gerar de novo 
• Célula tronco tecidual recompõe células mortas 
• Não confundir com crescimento compensatório (rim) 
• Superficial 
 
CICATRIZAÇÃO – RESPOSTA TECIDUAL 
Resposta tecidual para: 
• Ferimento 
• Processos inflamatórios 
• Necrose em órgãos incapazes de regeneração 
- É uma lesão mais profunda que provoca dano de células e de matriz extracelular 
- Há a entrada de várias células de defesa (neutrófilos, linfócitos e monócitos) que tentam destruir o agente 
agressor 
- Os fatores de crescimento são liberados para fazer o reparo em forma de cicatriz (tecido não é mais o 
mesmo) 
 
 
 
CICATRIZAÇÃO 
Ocorre quando há lesão de células parenquimatosas 
• Há um remendo do tecido: fibroblastos 
• Deposição de colágeno MEC 
Ocorre em 3 etapas: 
• Inflamação AGUDA 
• Ao mesmo tempo que há a remoção do agente agressor há a FORMAÇÃO 
DE NOVO TECIDO (tecido de granulação) – tecido que ocupará o 
antigo tecido 
o Esse tecido que promove o sangramento, caso a casca saia 
• Remodelamento 
o Acúmulo de colágeno 
 
Matriz Extracelular (MEC) 
São feitas de macromoléculas extracelular que são sintetizadas localmente (proteoglicanos) 
Elas possuem a função de: 
• Sequestrar água, fornece turgência aos tecidos moles, rigidez aos tecidos esqueléticos, é reservatório de 
fatores de crescimento (controle da proliferação de tecidos - fibroblastos) 
Os elementos (macromoléculas) de matriz irão providenciar a: 
• Interação célula-célula (adesão entre as células) 
• Substrato para adesão celular 
As células da MEC irão ser produzidas todas as vezes que 
• Ocorre cicatrização de ferimentos, na síntese de processos fibróticos (inflamação crônica), Morfogênese, 
e a DEGRADAÇÃO DA MEC é importante quando há invasão tumoral e metástases 
Contém: 
•Colágeno (integridade estrutural) 
•Elastina (elasticidade) 
•Proteoglicanos (turgor tecidual) 
Ocorre em duas formas: 
•Matriz intersticial (ocorre interação entre as células e componentes da MEC (colágeno, elastina...) 
•Membrana basal 
Armazenamento de fatores de crescimento: FGF, HGF e outros...... 
 
Cicatriz 
 
• termo utilizado para feridas na pele ou para descrever substituição de células parenquimatosas por tecido 
conjuntivocomo o que ocorre no infarto do miocárdio 
• Por ser uma cicatriz afeta a função do órgão (músculo cardíaco): maior chance de infarto 
 
ETAPA 1: Inflamação Aguda 
• Lesão ----- Inflamação (dano de matriz, exposição do colágeno) 
• Ativação da cascata de Coagulação 
• Neutrófilos ---- monócitos após 24 horas chegam ao sítio anatômico 
o Esses monócitos se transformam no tecido em Macrófagos 
o Remoção de tecido morto (fagocitose) 
 
ETAPA 2: formação de novo tecido 
• Formação do tecido de granulação (24 – 72 hrs) 
• A MEC tem presente células que vão estimular a síntese de fatores de 
crescimento, entre eles vasos sanguíneos (ANGIOGÊNESE: VEGFA 
e FGF2) 
• Facilita a migração e proliferação de fibroblastos (fazer o remendo) 
• Os macrófagos que chegam ao tecido, ganham características de 
MIOFIBROBLASTOS (capacidade de se transformarem em fibras 
musculares) 
o Procurando fechar a lesão que ocorreu 
• Forma elementos da MEC (5-7 dias): colágenos, proteoglicanos, fibras 
elásticas 
 
ETAPA 3: remodelamento 
• Já saiu as cascas 
• Parte mais demorada (1 mês) 
• Células que chegaram para fazer a limpeza (células endoteliais, macrófagos, 
Miofibroblastos) sofrem APOPTOSE 
• Massa com poucas céls e grande quantidade de colágeno e proteínas da matriz extracelular (tecido fechado 
– unido) 
• Mais tarde, remodelamento da matriz com colágeno tipo I, auxílio de metaloproteinases (assentamento da 
área que sofreu lesão) 
 
 
 
o Por isso que após tudo isso, se ocorrer uma batida na região sente dor, porque ainda ocorre o 
remodelamento internamente. 
 
Cicatrização e Regeneração 
Quando recebe uma lesão, cada material vai reagir 
de forma diferente 
• Regeneração completa (tecidos renovados): 
Epiderme, epitélio do trato GI, sistema 
hematopóetico 
• Regeneração compensatória (tecidos 
estáveis): fígado e rim 
• Cicatrização (fenda – remoção de parte do 
tecido): ocorre quando há inflamação AGUDA, 
cicatrização da ferida, formação de cicatriz 
• Cicatrização (Inflamação crônica): 
FIBROSE (Cirrose hepática: persistência de 
álcool e triglicerideos) 
 
Complicações na cicatrização da ferida cutânea 
Aberrações 
1) Formação deficiente de cicatriz 
2) Formação excessiva dos componentes da reparação 
3) Formação de contratura 
 
1) Deiscência ou ruptura – após cirurgia abdominal 
a. Esforços realizados pós cirurgia 
2) Ulceração – feridas de extremidade inferior 
a. Ocorre em pessoas que tem dificuldade circulatória nas extremidades e diabéticos 
 
3) Cicatriz em excesso – hipertrófica 
a. Se for além dos limites da ferida chama-se Quelóide (excesso de colágeno que se deposita em cima do 
tecido lesionado) – Pomadas c/ colagenases 
 
4) Formação de contraturas 
a. MEC fez seu papel, porem o braço não foi deixado esticado, uniu-se as duas áreas. 
b. Tratamento: 
i. raspagem da ferida, para que a nova lesão estimule a liberação de mais fibroblastos, para diminuir 
a área de contração (área repuxada menor). 
ii. Enxerto de pele, para a agregação dos fibroblastos e unir a pele sem fazer muita contração. 
 
iii. Pele artificial, escama de peixe 
 
Quando a cicatrização ocorre? 
• Ferida aberta (maior área), forma o tecido de granulação que forma a cicatriz 
• Uma ferida aberta torna-se mais difícil realizar a contratura 
 
Cicatrização por primeira intenção 
Quando a ferida é incisional e há pouca contratura, e 
pode realizar a união fibrosa 
Cicatrização por segunda intenção 
Quando há bordas muito distantes, é mais fácil ocorrer 
a contração da ferida 
 
PULPITES 
Causados por qualquer estímulo nocivo que irá 
inflamar a polpa 
• Dano mecânico: atrição e abrasão, Lesão Térmica, 
Irritação química: erosão, Efeitos bacterianos 
 
ATRIÇÃO 
• Perda da estrutura dentária causada pelo contato 
entre os dentes antagonistas durante a oclusão e 
mastigação 
• Ex: oclusão topo a topo (bruxismo) 
ABRASÃO 
• Perda da estrutura dentária causada por um agente externo: que ‘’raspa’’ 
• Ex: escovação, cachimbo, palito, grampo de cabelo, cortar linha, roer unha... 
 
IRRITAÇÃO QUÍMICA: EROSÃO DENTÁRIA 
• Perda da estrutura dentária causada por processo químico 
 
• Fonte de ácidos: bebidas e alimentos 
• PERIMÓLISE: erosão devido à secreções gástricas, ocorre na face interna do dente 
 
AGENTES BACTERIANOS – CÁRIE 
• Mais comum 
• A bactéria irá provocar dano no esmalte do dente e na dentina 
pela formação de ácidos no interior das placas bacterianas 
• Ácido dissolve a hidroxiapatita de cálcio do esmalte – 
descalcificação 
• Cavidade no dente – bactérias= túbulos da dentina 
distendidos, desmineralização constante = liquefação da 
dentina (facilita a corrosão da bactéria presente) 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS PULPITES 
Tipo: 
Aguda: destruição total da polpa em poucos dias (polpa necrosada) 
Crônica: em mais tempo para chegar no quadro de necrose pulpar 
 
Dor: 
Localizada: indivíduo consegue localizar o dente com dor 
Generalizada: área maior que o indivíduo sente dor 
 
Agente causal 
Infectada: tem a presença da bactéria, que causou 
Estéril: quando é motivos de erosão, abrasão... 
 
Quanto ao critério de tratamento adequado (em pulpite ou necrosado) 
Reversível: estado de pulpite 
Irreversível: estado de necrose 
 
Tipos de Pulpite 
Aguda: morte da polpa em curto prazo de tempo 
• Geralmente ocorre em jovens (teor da resposta inflamatória) 
Crônica: inflamação crônica – lentidão para ocorrer a morte pulpar. 
• Comunica-se com o meio bucal e elimina os exsudatos formados, com a formação de canais 
• Geralmente ocorre em idosos (teor da resposta inflamatória) 
o Quando idoso a resposta inflamatória diminui 
 
PULPITE AGUDA 
• Apresenta infiltração de neutrófilos da polpa que ocorre em horas ou em poucos dias 
• Inicia com hiperemia pulpar. A dor é provocada pelo FRIO 
• Clinicamente, a dor é provocada pelo FRIO, POR ALIMENTOS DOCES OU SALGADOS, É 
INTENSA 
HIPEREMIA PULPAR: CALOR E RUBOR 
•Sintomas: Sensibilidade ao frio de líquidos e por vezes ao ar e menos frequentemente a líquidos quentes. 
Pequena duração sem dor espontânea (DOR INDUZIDA). A superfície da raiz por vezes visível mas é pouco 
provável. 
 
 
•Causa: Cáries, a dentina nesta fase ainda nao contem bactérias. A polpa em si ainda não está infectada por 
bactérias. 
•Tratamento: Restauração com procedimentos próprios. A infecção deve ser cuidadosamente removida. 
 
PULPITE REVERSÍVEL (DOR SÚBITA) 
Quando temperatura elevadas: 
•há dor súbita-PULPALGIA 
•Curta duração 
•Há dor no contato ao doce, refrigerante e ácidos 
•Há uma resposta ao estímulo frio (gelo, bebidas e ar frio) 
•Não há dor na ausência de estímulos e regride após retirada 
•EDEMA E HIPEREMIA 
•PODE progredir para pulpite irreversível 
 
PULPITE IRREVERSÍVEL 
• o dente parece aumentar de tamanho, sentindo-se como que um pulsar no dente. DOR PULSANTE que 
com a exposição ao calor piora pois aumenta o inchaço. (Característica da dor inflamatória aguda) 
o Polpa não tem para onde expandir, pois está presa na cavidade óssea. Podendo muitas vezes o canal 
de uma gdl salivar ser utilizada para liberar o pus 
• Os produtos infecciosos tentam sair; incha o rosto ocorrem abcessos. 
• Alívio da dor: contato com o frio-indica que a polpa está morto e infectado. 
• Tratamento: Extração ou tratamento endodôntico= canal 
• Formação de abcessos pois há formação de exsudato 
•se polpa do dente foi tão traumatizado a que o fluxo de sangue foi interrompido, o que 
leva à morte do dente. 
•Sintomas: Sensibilidade à temperatura cuja dor poderá durar alguns minutos ou mais. Por vezes surgem 
dores espontâneas. Necessário o uso de analgésicos. Poderá surgir dor na mastigação. 
•Causa: Infecção da polpa dentária como consequência da lesão da cavidade dentária. 
•A bactéria já penetrou a dentina e alojou-se na polpa 
• Durante a Noite há maior irrigação dos canais, o que torna a dor insuportável 
 
DURANTE A PULPITE 
• INÍCIO: doraguda e acentuada ao estímulo térmico 
• Dor continua após remoção do estímulo, significa que a polpa não é mais viável 
• Aumenta quando o indivíduo se deita. 
• Quando está no início o paciente consegue relaciona-se facilmente ao dente afetado 
• QUANDO HÁ RESPOSTA INFLAMATÓRIA INTENSA HÁ CONGESTÃO DAS VÊNULAS E 
NECROSE FOCAL POR PROCESSO ISQUEMICO! 
o POLPA MORTA PODE OCASIONAR UMA FIBROSE (mais comum em indivíduo jovem) 
PULPITE IRREVERSÍVEL: ESTÁGIOS 
• ESTÁGIOS AVANÇADOS: com o desconforto há difícil correlação com o dente afetado. 
• Dor aumenta em intensidade: pressão pulsátil e o calor aumenta a dor (EDEMA-RUBOR-DOR) e o 
frio alivia a dor!! 
JATO FRIO DOI: PULPITE REVERSÍVEL 
JATO FRIO ALIVIA: PULPITE IRREVERSÍVEL 
 
• Sensibilidade à percussão ausente-não está ainda na região apical (jato de água) 
 
PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA 
• Pólipo pulpar 
• Padrão único de inflamação pulpar 
• Ocorre em adultos jovens e crianças 
• Acomete molares: com ampla exposição da câmara pulpar, fazendo com que ocorra uma resposta 
proliferativa, formando uma resposta hiperplásica. (células de reparo são acionadas) 
• Apresenta tecido de granulação! 
 
DOR PULPAR 
PODE SER DECORRENTE DE: 
•Dor miofascial 
•Dor de cabeça 
•Neuralgia do trigêmeo 
 
Lesão pulmonar:Sars-Cov2 (aguda), enfisema e tuberculose (crônica) 
Enfisema 
• É recrutado células de defesa (polimorfos nucleares - neutrófilos) da corrente sanguínea para dentro dos 
alvéolos pulmonares, justamente porque esses alvéolos estão recebendo ação dos radicais livres do cigarro 
• Os radicais livres induzem o processo inflamatório, modificam o endotélio vascular (pegam os elétrons 
das membranas para se parear) 
• Os neutrófilos em processo inflamatório secreta enzimas chamadas ELASTASES, destruindo tudo pela 
frente, corroendo as paredes dos alvéolos 
• No caso do fumante, os radicais livres vão inativar uma proteína importante na proteção da parede dos 
alvéolos, a α-1 antitripsina (α1-AT). Essas proteínas atuam como controladora. 
o Deixando de existir, as elastases vão livremente destruir as paredes dos alvéolos 
• Com a destruição dos alvéolos entra-se Monócitos, que viram macrófagos, destruindo por fagocitose a 
parede do alvéolo, fazendo um processo inflamatório AGUDO 
 
• Antracose: pigmentos localizados dentro dos alvéolos pulmonares 
• Como ocorreu a destruição por radicais livres, ocorre a Lipoperoxidação e surge Pigmento lipofuseína 
(pigmentos de gordura) 
o Deposição de resíduos não fagocitáveis 
Aspecto clínico 
PAREDES DO ALVEOLO 
FINAS PARA PERMITIR A 
TROCA GASOSA 
 
• Enfisema: Aspecto arqueado, corcunda, pela força que faz para respirar. Apresenta deficiência proteica. 
Afeta os alvéolos 
o Inspira o ar, mas não consegue devolver totalmente. Diafragma super exigido. Dificulta alimentação, 
locomoção.... 
o É uma DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica): problema na saída de ar, nos alvéolos 
 
• Bronquite: problema se faz na entrada do ar, processo inflamatório, que são provocados pela liberação 
dos mediadores do Ácido Aracdônico, que acumulam muco, fazendo uma contratura da musculatura lisa 
(diminui a luz dos brônquios). 
o Não adianta tomar aspirina, pois vai agir nas cicloxigenases, deve-se agir nas lipoxigenases 
o É uma DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica): problema na entrada do ar, nos bronquiolos 
o Fatores (ácaro, polem...) promovem uma hipersensibilidade, assim mediadores modificam a parede da 
musculatura, causando contração. Usa bronquiodilatador, faz dilatação dos bronquiolos (metabólitos 
das lipoxigenases) 
o Bronquiodilatadores afetam direto a lipoxigenase, e outras agem na musculatura 
o Associado a componente genético 
 
Tuberculose 
 
• Provocado pela microbacterium tuberculosis (bacilo de Koch) 
• Tratamento demorado, a bactéria já criou estratégias de escapar da defesa 
• Dia mundial de combate a tuberculose: 24 de Março 
• Para se adquirir a doença, não basta somente adquirir a bactéria, precisa ter alteração no sistema de defesa 
• Sinais clínicos: suor noturno, febre, cansaço, perda de peso, dor no peito e tosse 
• Afeta igualmente homem, mulher e criança 
• Vacina BCG (Marca no braço) 
 
Como ocorre a infecção? 
• Indivíduo é exposto e inala a Microbactéria através dos aerossóis, mais de 50% dos casos não desenvolve 
a infecção 
o Nesse caso, as microbatérias vão ser englobadas pelos macrófagos, formando as células gigantes, 
apresentando os antígenos para os linfócitos T, destruindo o agente agressor 
• Em caso de infecção (25 a 50%), as bactérias chegam aos pulmões, ativam os macrófagos, que não dão 
conta 
o Ocorre a multiplicação no interior do macrófago, tornando-o ativo, formando granulomas (focos 
iniciais da lesão). A tuberculose é caracterizada por ser uma inflamação crônica, aonde o agente 
agressor persiste no interior do macrófago. Pode ocorrer: 
▪ O macrófago ativado recruta células de defesa ao redor dele para tentar destruí-lo, assim não 
consegue destruir, e começa a escavar o pulmão da pessoa (lesões liquefativas) 
▪ Libera-se sangue/pus pela tosse, ou pode se espalhar pelo sangue e atingir outros órgãos (ossos, 
cérebro..) 
▪ O indivíduo já está imunosuprimido 
▪ Em 95% dos casos pode ocorrer a necrose caseosa e essa se calcificar, a bactéria para de crescer 
▪ Caso ocorra uma imunossupressão (HIV) o estágio inicial é reativado (reativando a bactéria) se 
multiplicando no interior dos macrófagos , e pode seguir o caminho de liquefação da lesão 
▪ O indivíduo posteriormente ficará imunossuprimido 
 
Por que ocorre a cavitação? 
Porque forma-se granuloma 
Na tuberculose Primária, pode seguir para dois caminhos: 
• 90%: cicatrização, calcificação, microrganismos latentes 
• Mas a bactérias pode ser reativada, caso exista uma imunossupressão do paciente, ocorrendo assim a 
tuberculose secundária (cavitaria) 
• A parte central do pulmão se liquefaz e pode espalhar para todo o corpo (tuberculose MILIAR) 
Ou 
• 10%: em pacientes já imunodebilitados, eles já vão apresentar a Tuberculose Primária Progressiva, que 
rapidamente atinge a tuberculose MILIAR (só transmite aos órgãos por liquefação) 
 
Diagnóstico 
1) Baciloscopia do escarro: 
Coloração ácido-resistente - Ziehl-Neelsen 
 
2) Radiografia do tórax (diagnóstico Tuberculose X COVID) 
 
Radiografia do tórax (RAIO-X) - TUBERCULOSE 
• Infiltrado focal nos lobos superiores (TUBERCULOSE) 
• Observa-se na radiografia um lado só do pulmão e uma área maior 
• Lesões na tuberculose são maiores, pois ela faz cavitação 
X 
Tomografia computadorizada Opacidade semelhantes a vidro fosco - COVID 
• Manchas esbranquiçadas (manchas de vidro fosco - bilaterais) 
o Normalmente eram superiores (locais onde o vírus se instalava) 
o Lesões são mais micro que a doença da tuberculose, se localizam nas porções alveolares 
 
Vacina BCG 
• BCG (bacilo de Calmette & Guerin): atenuação do Mycobacterium bovis 
o Muda-se o ambiente da bactéria, deixando-a menos virulenta 
• Reação dermatólogica: conseguiu fazer uma resposta contra a presença do agente agressor 
o Significa que o sistema imune está preparado para uma resposta mais aguda 
• Relação com a Covid células de defesa ativos, menos espalhamento do covid (Alemanha) 
 
COVID - ARDS - Síndrome da Angústia respiratória aguda 
• Pulmão fosco, Não ocorre somente com a covid 
• AGUDA: ocorre dentro de 1 semana (rápida) 
• Angústia respiratória: não é explicada pela falha cardíaca 
• Outra manifestação Hipóxia: baixos níveis de oxigênio 
o Oxímetro: avaliação de troca gasosa nas extremidades 
o As vezes músculo cardíaco não está dando conta de bombear o Oxigênio 
• Opacidades bilaterais nos pulmões 
 
O que acontece na ARDS 
• Aumento da permeabilidade do endotélio que delimitam os 
capilares pulmonares, causando um aporte de células de defesa 
(leucócitos) nos alvéolos 
• Essas células começam a destruir (elastase), promovendo a 
destruição das junçõesepiteliais alveolares 
• Dano inflamatório e entrada de líquido (exsudato) 
• Isso leva a uma Hipóxia e dificuldade de excreção do dióxido 
de carbono – morte celular nos pulmões – alvéolos (necrose) 
• Dano na parede da mitocôndria 
• Não há troca gasosa na respiração – hipóxia, causando a necrose 
o Por isso não adianta colocar o indivíduo no respirador, pois as células estão morrendo 
o Dentro dos alvéolos que está ocorrendo a lesão 
O vírus 
• Apresenta suas proteínas (spykes) reconhecem o receptor ACE2 (enzima conversora de angiotensina) 
o Esse receptor é distribuído amplamente pelo corpo, por isso, as sequelas são no corpo todo 
Danos alveolares difusos 
• Todos os alvéolos começam a sofrer lesões 
• Os alvéolos começam a ficar grossos, pois começa a entrar 
células de defesa, exsudato... 
• Isso dificulta a troca gasosa 
• Parte rosa refere-se ao líquido 
 
 
COVID – Doença trombo-inflamatória (afeta o funcionamento do endotélio) 
• Excessivo processo inflamatório, ativação plaquetária (proteína S, se liga ao receptor ACE-2 fazendo 
ativação constante de plaquetas), disfunção endotelial (endotélio começa a ficar aderente, por causa do 
processo inflamatório constante, liberando grânulos) e estase (estagnação do sangue ou da linfa). 
• Fatores que levam a hipercoagulabilidade e trombose 
o Coagulação intravascular disseminada (CIVD) 
o Todos os pequenos vasos começam a formar microtrombos 
o Confirmada por D-dímeros 
o O deslocamento desses trombos forma o Embolismo pulmonar (maior que de pessoas de cirurgias 
cardiacas) 
• Células endoteliais apresentam os receptores ACE2, que se liga ao SARS-CoV-2 
• Ligando, as células endoteliais começam a liberar grânulos, que são atraentes para o sistema de 
coagulação. Ativando as plaquetas, formando trombos 
• Endotelite pelo COVID: interação proteína Spyke no ACE2, e o próprio endotélio começa a formar 
grânulos, formando os blebs (corpos apoptóticos) 
• Falha renal: formação de microtrombos na região glomerular, que impede a limpeza do sangue 
 
 
 
 
Edema (transudato) – Distúrbio Circulatório 
• Exsudato: apresenta muita proteína, no quadro inflamatório é devido a Histamina que eleva a 
permeabilidade 
• *Transudato: apresenta pouca proteína 
• Edema: acúmulo de líquido no espaço intersticial 
 
Os 3 Compartimentos por onde transitam os fluídos: 
 
Homeostase (equilíbrio) dos líquidos 
Sinalizadores permitem que o volume seja permanente: 
• Receptores de pressão intraluminal (átrios, vasos pulmonares, veia porta...): 
o RECEPTOR FATOR NATRIURÉTICO: Quando diminui a pressão nesses sítios é liberado 
esse receptor pelos Rins, para que segure ou secrete urina 
• Receptores para volume (artérias periféricas, justaglomerular) – também é pelo rim 
o RENINA: secretada pela suprarrenal e auxilia no ajuste do volume 
• Concentração de sódio no plasma (carótidas e cérebro) 
• Sistema nervoso: ingestão e excreção 
o Pessoas de idade, esse sinalizador é afetado 
Edema 
• Edema: acúmulo de líquido no espaço intersticial 
Pode ser: 
o TRANSUDATO (densidade <1,020 g/mL); 
▪ Relacionado com o aumento da pressão hidroestática ou uma diminuição da pressão osmótica 
• Caso diminua a pressão osmótica diminui a quantidade de soluto dentro do vaso 
não precisando haver muita água para dissolver o soluto. 
• Com isso a água acaba extravasando para o interstício 
▪ 1- Situações que levam a diminuição (diminuição da pressão osmótica coloidal diminuída) da 
proteína estão relacionados desde a síntese de proteínas (pouca ingestão proteíca) até perda da 
proteína pelo rim (problema em relação a excreção) 
▪ 2- Situações que levam a um aumento da pressão hidroestática (aumento do volume circulante) 
está relacionado com a insuficiência cardíaca 
 
o ou EXSUDATO (densidade >1,020 g/mL) 
▪ Exsudato caracteriza-se por apresentar alto conteúdo proteíco e ser caracterizado como inflamatório 
▪ Aumento da permeabilidade das células endoteliais 
 
Edema – aspecto clínico 
• Classificação 
o Edema sistêmico: anasarca (conforme acumula o edema): refere-se a pessoa inteira inchada 
o Edema localizado: está em alojado em cavidades pré-existentes 
▪ Hidroperitônio – Ascite: edema da cavidade abdominal, vasos formados na periferia para 
recuperar retorno venoso 
▪ Hidrotórax: água nos pulmões (derrame pleural) 
▪ Hidropericárdio 
Hidrotórax 
• Exame para remover o líquido pleural: punsão 
• Assim confere se o líquido é exsudato ou um transudato: 
o Se for Exsudato: inflamação, alta quantidade de proteína, trata com anti-inflamatório 
o Se for Transudato: afere que o que está causando o acúmulo de líquido é um distúrbio circulatório 
(provável aumento da pressão hidroestática) 
 
Origens do edema 
Exsudato: processo inflamatório 
Transudato: transtornos hemodinâmicos, obstrução linfática (exsudato), aumento da pressão hidroestática, 
diminuição da pressão osmótica plasmática 
 
Transudato 
1-Aumento da pressão hidrostática 
o Situações em que a pressão venosa (retorno) está aumentada, quando há uma obstrução venosa ou 
insuficiência cardíaca 
o Nesse caso pensa em um EFEITO LOCAL (um sítio anatómico que sofre obstrução – uma perna inchada) 
o Aumento da pressão hidroestática, pode causar: Drenagem venosa insuficiente/Trombose venosa 
profunda 
▪ Em situações de cirurgia ocorre rompimento de vasos. Esse endotélio lesionado torna-se pró-
coagulante. Algo que favorece o acúmulo de plaquetas. 
▪ Anticoncepcional: cria quadro de hipercoaguabilidade 
▪ Gestante: tende a acumular líquido 
o Ao bloquear a passar do líquido, aumentando a pressão estatica, ele extravasa para fora do vaso, 
provocando o edema (extravasando para o espaço intersticial). O endotélio continua integro 
 
Regulação da pressão arterial 
 
• Existem forças que favorecem o aumento da pressão arterial e diminuição da pressão arterial 
• O que promove o aumento da pressão arterial é: 
o o aumento do débito cardíaco 
▪ frequência cardíaca aumentada, aumento da contração, aumento do volume sanguíneo (aldosterona) 
o o aumento da Resistência periférica – constrição 
▪ Aumento da Angiotensina II, de Catecolaminas, tromboxano, endotelina e fatores neurais (a-
adrenérgicos) 
 
• O que promove a diminuição da pressão arterial é: 
o A diminuição da resistência periférica – dilatação 
▪ aumento de óxido nítrico, de prostaciclina, de cirinas, de preptídeos natriurético atrial (ANP), 
diminuição de fatores neurais (B-adrenérgicos) 
o A diminuição do débito cardíaco 
▪ diminuição do volume sanguíneo (ANP), da frequencia cardíaca e da contratilidade) 
 
Desmaio: sintomas de desmaio (palidez....) avisam que está faltando aporte sanguíneos para alguns lugares 
(cérebro). Assim é beneficiado as circulações principais (coração e cérebro) e as extremidades não 
 
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona 
• Em uma alergia uma pessoa passa por um quadro de dilatação sistêmica, fazendo com que caia a pressão 
arterial 
o Isso diminui o volume sanguíneo, porque haverá um volume maior que ficara dissipado entre os 
vasos, diminuindo o sangue que retorna para o coração 
• Assim o rim sentirá a falta desse volume circulante e secretará a RENINA 
• A renina vai estimular o Fígado a secretar o Angiotensinogênio que será transformado pela renina em 
ANGIOTENSINA I 
o O ACE2 (enzima conversora de angiotensina) vai estimular a conversão em ANGIOTENSINA II 
• Na suprarrenal será estimulado a secretar ALDOSTERONA, que faz com que o rim comece a reabsorver 
sódio, retendo água 
o Isso aumentará o volume sanguíneo, aumentando a pressão arterial. 
o Causa vasoconstrição nos vasos periféricos 
• Isso forma um equilíbrio novamente (mecanismo fisiológico). Sendo um mecanismo ruim já que ocorre 
Sobrecarga da Válvula do coração 
 
 
Edema em cacifo e ou anasarca 
• Edema generalizado (duas pernas inchadas) 
• Situações em que há insuficiência cardíaca. O baixo 
debito cardíaco faz com que o rim percebao baixo 
volume sanguíneo. Secretando assim a RENINA, que 
estimula a ANGIOTENSINA + ALDOSTERONA 
o Angiotensina fará vasoconstricção periférica 
o Aldosterona fará a retenção de sódio e água no rim 
• Isso causa um aumento do volume do sangue. O que 
aumenta a pressão hidrostática (afeta mais o coração) 
• Assim forma o Edema em cacifo e ou anasarca 
o Efeito não é localizado, mas geral 
o Consequentemente afeta o funcionamento do 
fígado e rim (aumenta a absorção de água) 
 
• Cardiomiopatia: aumento do tamanho do músculo (exige mais força), além de afetar o funcionamento 
hepático e pulmonar a partir da compressão 
o Alargamento da parede dos ventrículos (VE*) 
 
Consequências das Cardiomiopatias – edema pulmonar e 
sistêmico 
Ventrículo esquerdo: edema ocorre nos alvéolos pulmonares 
• É um transudato, líquido que se acumula no espaço pleural – 
diminuindo a oxigenação 
• Decorre da insuficiência cardíaca: = leva a um aumento da 
pressão vascular pulmonar, já que não possui força para enviar 
o sangue para o corpo 
o Isso impede a troca gasosa eficaz 
o Ocorre uma PRESSÃO RETRÓGRADA 
No ventrículo direito: edema das extremidades (edema sistêmico 
- anasarca) 
o O sangue chega do corpo, porem o ventrículo direito não 
tem força para enviar para o pulmão, causando o edema em todo o corpo 
o Aumento da pressão hidroestática nos sítios onde se originou 
 
2- Diminuição da pressão osmótica 
Casos em que ocorre: 
• Perda de proteínas na urina – proteinúria (síndrome nefrótica) 
o Diabetes, doenças renais 
• Perda de proteínas (queimaduras) 
• Problemas na síntese de proteínas plasmáticas (problemas hepáticos, desnutrição) 
o Desnutrição severa, insuficiência hepática 
A principal proteína perdida é a ALBUMINA 
 
Edema 
 
 
• Ao perder as proteínas plasmáticas (albumina e globulinas), não motivos do líquido dissolver tanta 
proteína que não existe mais 
o Assim ocorre a saída do líquido para o interstício 
• O volume plasmático dentro dos vasos diminuí, diminuindo a pressão 
• Menos sangue para ser filtrado pelos rins (diminui a perfusão renal), alertando o os sensores do rim e assim 
começa a secretar a renina (RENINA-ANGIOTENSINA (vaso constrição) -ALDOSTERONA (retenção 
de sódio atraindo a água) 
• Com a maior retenção de líquido e sal, aumenta a volemia (aumento 
de volume) 
• Porém a causa primária (perda de proteínas) não foi encerrada 
(hipoproteinemia) 
o Isso intensifica ainda mais o quadro de EDEMA 
o Plasma sanguíneo faz retornar as proteínas ao seu corpo 
 
Cirrose 
• Síntese diminuída de albumina 
• Atrapalha circulação hepática (vasos de menor calibre exercer o papel 
dos vasos maiores) 
o Veias mais protuberantes (hemorragia) 
Ascite, Anasarca (falta de proteínas) - Kwalshicor 
Insuficiência Cardíaca e Desnutrição, Diminuição da síntese hepática, Síndrome hepática 
• Ambas situações levam ao EDEMA 
• Insuficiência Cardíaca (aumento da pressão hidroestática) leva a um aumento da pressão 
hidrostática capilar, mas vai ter pouco fluxo sanguíneo renal. Assim é ativado o sistema RENINA-
ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA, com isso haverá a retenção de Na+ e H20, isso promove um 
aumento do volume sanguíneo, isso promove um EDEMA 
o Remédios diuréticos e para controlar o sistema RAA 
• Desnutrição, Diminuição da síntese hepática, Síndrome hepática (diminuição da pressão osmótica) 
haverá pouca albumina plasmática, isso diminui a pressão osmótica plasmática, levando a um edema 
 
3- Obstrução Linfática – exsudato 
• Filariose (causada por um parasita Wuchereria bancrofiti) – Elefantíase 
o Filaria se multiplica nos vasos linfáticos, levando a um quadro inflamatório e edema 
• Câncer (presença de tumor perto de um vaso linfático) 
o Leva uma obstrução e um quadro inflamatório e edema 
 
 
Como ocorre o edema? 
• As proteínas plasmáticas estão presentes no 
interstício, mas caso ocorra uma obstrução 
linfática (câncer, metástases, infecções nos 
linfonodos, cirurgias (lingadenectomia) 
• As proteínas no interstício não conseguem ser 
drenadas, aumenta-se as proteínas no espaço 
intersticial, assim a água será atraída (aumento da 
pressão coloidosmótica intersticial) para dissolver 
as proteínas, causando um edema no sítio. 
 
4- Retenção de sódio e água 
• Glomerulonefrite pós-estreptocócica (após infecção do Strepptoccus) 
• Insuficiência renal aguda 
o Doença renal grava – Edema periorbital: tecido conjuntivo frouxo retem água na região da pálpebra 
 
HIPEREMIA E CONGESTÃO 
• Hiperemia: processo ativo (tudo aquilo que promove aumento da circulação sanguínea) 
o Aumento pois: fez mais exercício físico ou porque está num quadro inflamatório 
o Usa-se os fatores inflamatórios para que o processo ocorra (por isso é chamado de processo ativo) 
 
• Congestão: processo passivo (ocorre pq algo não deu certo) 
o Exemplo: obstrução local, insuficiência cardíaca congestiva 
o Isso pode causar hipóxia - necrose, isquemia... 
o Sangue congestionado é o sangue rico em CO2 
 
Congestão pulmonar ou Edema pulmonar 
• Aumenta a pressão hidroestática nos alvéolos 
• Causas: compressão de um vaso, trombose, insuficiência cardíaca 
o Insuficiência cardíaca ESQUERDA ou Insuficiência mitral: CONGESTÃO PULMONAR 
o Insuficiência cardíaca DIREITA: CONGESTÃO SISTÊMICA 
 
Hemostasia 
• Conjunto de processos que permitem (equilíbrio): 
o Manutenção do sangue em estado fluido e livre de trombos 
o Formação do tampão hemostático rápido e no local da lesão vascular 
• Quando não há equilíbrio ocorre a Trombose 
 
Hemostasia X Trombose 
 
Trombose: ativação do sistema de coagulação de um modo excessivo 
• Trombo: massa sólida estruturada constituída por plaquetas e fibrina. Formada nos vasos. 
o Estruturada por faz aderência com as células endoteliais 
• Coágulo: massa de sangue não estruturada formada quando o sangue coagula. Formada fora dos vasos 
 
Desequilíbrio na hemostasia: hemorragia ou trombose 
• O sangue flui para fora do vaso: hemorragia 
o Tampão hemostático não funciona (o 1º e o 2º) 
o Falha do equilíbrio (tampão) 
• Quando o tampão é formado de forma exagerada, agregado nas paredes dos vasos: Trombo – trombose 
o Excesso do equilíbrio (tampão) 
• Embolia: quando o trombo se solta da parede celular 
o Pode ser líquida, gasosa, gordurosa e sólida 
 
Hemostasia 
Dividida em Hemostasia Primária e Secundária 
 
Hemostasia Primária 
• Depende de vasos, plaquetas e células endoteliais 
• Depende da aderência das plaquetas nas superfícies dos vasos 
• Quando há qualquer deficiência na agregação plaquetária, desenvolve-se a doença: púrpura (pintas 
roxas) 
 
Hemostasia Secundária 
• Depende de células endoteliais, Cascata de coagulação, Inibidores fisiológicos da coagulação, Sistema 
Fibrinolítico, Mecanismos antifibrinolíticos 
• Feitas principalmente pelas proteínas de coagulação 
• Caso ocorra deficiência na hemostasia secundária, ocorre as coagulopatias (hemofilia) 
 
Como se faz o quadro de Hemostasia Primária (tamponamento instável) 
• Inicialmente quando há o corte do dedo ocorre a Vasoconstrição Reflexa (ainda não sai o sangue) 
o Células endoteliais são rompidas, expondo colágeno da matriz abaixo do endotélio 
• Depois ocorre a liberação da endotelina, que causa vasoconstrição, das células endoteliais vizinhas 
ao local da lesão 
 
• Ao ser exposto o colágeno, ocorre a ligação das plaquetas (adesão) 
o As plaquetas não se ligam diretamente ao colágeno, mas sim ao fator circulante: vWF (Fator von 
williber) 
o Esse fator só se adere em situações em que o colágeno é exposto 
• Ao ocorrer a interação das plaquetas com o vWF, as plaquetas mudam de morfologia, ficando achatadas 
(característica de tamponamento - ativas) 
o Assim essas plaquetas começam a liberar o conteúdo do citoplasma com grânulos que tem TXA2 
(tromboxano A2 – vasoconstrição e agregação plaquetária) e ADP 
o Forma-se o tampão, com a liberação do TXA2, unindo as plaquetas (parede instável)Como ocorre a Hemostasia secundária (tamponamento estável) 
• Ativação das proteínas de coagulação que culmina na formação da Fibrina (que vem do Fibrinogênio, 
transformada pela trombina) 
o Trombina é uma proteína de coagulação 
• A fibrina (cimento) garante estabilidade ao tampão 
• Para a adesão ficar bem firme é porque é expresso o complexo fosfolipídico nas paredes das plaquetas 
• Fator tecidual é responsável pela ativação da cascata de coagulação (extrínseca) 
o Assim a trombina é ativada 
 
Controle da Hemostase secundária (eventos antitrombóticos) 
• Evita o crescimento exagerado de tampão no vaso 
• O endotélio vizinho começa a liberar t-PA (plasminogênio tecidual – fibrinólise) 
o Ele promove a lise da fibrina no tecido sadio 
• Só será depositado fibrina no sítio em que é necessário (CONTROLE) 
• Junto a isso há a atuação de outras moléculas: trombomodulina (bloqueia a ação da trombina – 
bloqueia a cascata da coagulação) 
o Quando não há trombina, não tem fibrina 
 
Quando ocorre esse tipo de alteração? 
• Inicialmente o endotélio está lesado, expondo o colágeno, liga-se ao colágeno o vWF, adere as 
plaquetas: tampão primário 
• Depois da adesão das plaquetas vem as fibrinas (transformadas pelas trombinas): tampão secundário 
 
Endotélio é Anti-trombótico 
No endotélio sadio: 
• Não ocorre agregação plaquetária, sistema fisiológico produz moléculas que impedem essa agregação 
nesse tecido 
• Para que não ocorra a deposição é necessário que o endotélio esteja intacto 
• Endotélio é intacto 
• Ele produz NO e prostaciclinas: vasodilatadores e inibidores da agregação plaquetária 
• Na superfície do endotélio há moléculas impedem agregação plaquetária: trombomodulina e molécula 
semelhante a heparina 
o Moléculas semelhantes à heparina: liga-se a Antitrombina III, inativando o fator Xa, IXa e trombina 
o Trombomodulina + Trombina 
 
Quais moléculas inibem a trombose e promovem a agregação apenas no sítio de lesão? 
1) Moléculas que inativam a trombina (que transforma o fibrinogênio em fibrina) 
• Molécula semelhante a heparina (que é um anticoagulante) 
o Essa molécula é alvo de uma molécula: antitrombina III (que quando ligada transforma a 
trombina ativa em trombina inativa) 
o Assim não transforma o fibrinogênio em fibrina, não ocorrendo o tampão secundário 
(inativação da trombina, de Xa e IXa) 
 
2) A própria trombina, com a trombomodulina 
• A trombina apresenta dois efeitos: ativando a coagulação (fibrinogênio em fibrina) ou pode inibir-se a si 
própria (inibe coagulação – 2 fatores) 
• Ela faz isso, com a trombina se ligando a uma trombomodulina (existente em células sem lesão) 
• Ao se ligar com a trombomodulina ativa a Proteína C, causando a quebra de fatores de coagulação 
(proteólise de Va e VIIIA) 
o Fatores que geram mais trombina 
 
 
3) A própria trombina, com o receptor de trombina 
• A trombina se liga ao receptor de trombina, localizado na superfície do endotélio intacto 
• Isso ativa o endotélio que libera PGI2 e NO, que fazem a vasodilatação e inibição da agregação plaquetária 
• Além de ocorrer a liberação da enzima Adenosina difosfatase, que degrada/cliva o ADP (fator pró 
coagulante) 
o ADP é liberado pelo endotélio machucado 
 
Quando o endotélio é trombótico? (Relação com a inflamação) 
• Quando há lesão: isso induz trombose (adesão plaquetária – vWF – ativação de fator VIII) 
• Citocinas pró inflamatórias (endotoxinas, IL1 e TNF) machucam o endotélio, ativando-o 
o Inflamação relacionada ao quadro de coagulação 
o Citocinas ativam endotélio, tornando-o pró- trombótico 
• Isso favorece a liberação de fator tecidual (tromboplastina) 
o Esse estimula a cascata extrínseca da coagulação (VII ------VIIa) 
 
• Via extrínseca: Assim qualquer dano tecidual libera o fator tecidual, que ativa o fator VII de 
coagulação (pela ação do Ca2+), que combinam, liberando a tromboplastina 
 
Via extrínseca e Intrínseca de coagulação 
• A trombina é objeto final da cascata de coagulação, e é ela que deve-se controlar (trombomodulina, 
receptor de trombina, moléculas semelhantes à heparina..) 
• Para ativar a cascata de coagulação existe pró-fatores, que podem ser ativados pela via extrínseca ou 
intrínseca 
• Via extrínseca: é chamada assim pois depende de qualquer machucado externo (corte), que libera 
tromboplastina (fator tecidual – III) que ativa o fator VII de coagulação, que ativa o Fator X que ativa 
a protrombina para se transformar em trombina 
• Via intrínseca: começa com fator XII (ou de fator de Ragman - inflamação), que é ativado quando há o 
colágeno exposto, que ativa o XI, que ativa o IX, que ativa o VIII e que ativa o Fator X que ativa a 
protrombina para se transformar em trombina 
o Uma vez formando a Trombina há a formação da Fibrina que gruda nas plaquetas 
o Prova de coagulação: observa se o paciente tem problema de Hemofilia (intrínseca), problema 
na formação da tromboplastina (extrínseca) 
 
Plaquetas: primeiras células que fazem o tamponamento 
• Células circulares 
• Quando são expostas ao fator vWF, muda sua conformação (plaquetas ativas) e provoca a adesão das 
plaquetas ao colágeno subendotelial (ponte entre endotélio e plaquetas) 
o Colágeno exposto vai permitir a interação com o fator vWF 
• Uma plaqueta se liga a outra por intermédio dos fosfolipídeos de membrana (braços) 
o Essas glicoproteínas permitem duas coisas: se ligar ao fator vWF (quem faz é a Gp1b) e se ligar ao 
fibrinogênio (quem faz é o complexo GpIIb-IIIa) 
▪ Caso haja deficiência na Gp1b: Síndrome de Bernard-Soulier (plaquetas não são funcionais, 
não fazendo o tampão primário: sangramento) 
▪ Caso haja deficiência de vWF: Doença de von Willebrand (plaquetas não se aderem, não 
fazendo o tampão primário: sangramento) – mais comum 
▪ Caso haja deficiência do Complexo GpIIb-IIIa (glicoproteína que o fibrinogênio se liga, para 
ser transformada em fibrina): Trombastenia de Glanzmann (plaqueta não se liga ao 
fibrinogênio, não fazendo o tampão primário: sangramento) 
 
Plaquetas Ativas 
• Plaqueta ativa tem aderência e alteração de forma 
• Assim secreta os seus grânulos, que contém Ca 2+ (cofator das proteínas de coagulação: formando 
fibrina), ADP e TXA2 (agregador plaquetário) 
• Promove o Tampão hemostático primário: ADP +TXA2 
o Aspirina: inibe o tampão hemostático primário, pois inibe a agregação plaquetária 
o Agregação plaquetária é reversível 
• Para a promoção do tampão hemostático 2º: aumento na agregação/cimento de fibrina 
o Contração plaquetária (irreversível) 
o Não se destroí com o uso de aspirina 
o Uso de substâncias fibrinolíticas para destruir fibrina e, consequentemente, o tampão 2º 
 
Coagulograma 
Exame solicitado para verificar a função de coagulação 
 
Hemostasia (equilíbrio) 
• Para a Hemostasia funcionar, depende: Parede vascular (endotélio); Plaquetas (tamponamento 
primário), Cascata de Coagulação (tamponamento secundário) 
 
Avaliação Plaquetária 
• Antes do Coagulograma, no hemograma é possível fazer a avaliação plaquetária 
• Número de plaquetas normais: 140.000 a 450.000 céls/mm3 
o Trombocitose: grande aumento do número de plaquetas 
o Trombocitopenia: pouco número de plaquetas 
▪ Patologia Purpotrombocitopenia: deficiência do número de plaquetas, manchas roxas pelo 
corpo 
DOENÇAS SEM TROMBOCITOPENIA 
Não se observa no hemograma uma 
diminuição do numero de plaquetas, 
mas caso faça o teste funcional, denota-
se problemas no tamponamento 
• Função: as vezes se tem a quantidade ideal, mas precisa verificar a funcionalidade 
o Prova: tempo de sangramento 
▪ Verificação de manchas arroxeadas, gengivorragias (sangramento de gengiva) e Epistaxes 
• Trombocitose 
o POLICITEMIA VERA: 1.000.000/microlitro 
o LMC: Tipo de Câncer das células sanguíneas 
 
Diminuição das plaquetas (doenças) 
Diminuição na produção 
• ANEMIA DE FANCONI 
o Hipoplasia medular faz com que haja uma diminuição de todas as células 
o Afetaa produção na medula óssea 
 
• SÍNDROME WISKOTT – ALDRICH 
o Hemorragia coto umbilical: problema no tamponamento primário 
 
• PROCESSOS INFECCIOSOS 
o Virais: Epstein Barr, HIV 
o Bactérias: CIVD (coagulação intravascular disseminada) 
o Parasitas: malária 
 
• DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12 E ÁCIDO FÓLICO 
o Pancitopenia (diminuição de plaquetas 
 
Aumento do consumo 
• PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA 
o Criação de microtrombos que diminuem as plaquetas, elas rasgam as células 
o Multímeros de fvW – agregação de plaquetas – microcirculação 
o Esquizócitos: são as células que sofreram processo de rasgadura 
 
Tempo de sangramento 
Teste que avalia o tempo necessário para cessar o sangramento – tempo de formação do tampão plaquetário 
• Com um esfigmomanômetro 40 ml de mercúrio é colocado acima do local uma lanceta que faz um corte 
• Um corte na superfície do antebraço com comprimento e profundidade padronizado 
• É feito por um dispositivo automático (“template”) 
• A partir do momento que faz o corte, é ativado o cronometro 
o O intervalo de Referência para o estancamento é de 2 min e 30 s a 9 min e 30 s 
o Analisa-se o tamponamento primário 
o Indicado pelo médico quando se há manchas na pele e o hemograma indicar 
contagem normal do número de plaquetas 
o Doenças como: trombastenia de Glanzmann, síndrome de Bernard-Soulier ou a 
deficiência de von Willebrand 
 
Proteínas de coagulação 
Tampão secundário é o cimento das plaquetas 
Ao ocorrer o tampão primário ocorre a ativação das proteínas de coagulação 
 
• As proteínas de coagulação são Zimogênios (presentes na corrente sanguínea de forma inativada) 
o Dependentes de vit K: II, VII, IX, X (vitamina K ativa essas proteínas de coagulação) 
o Não dependentes de vit. K: XI, XII, HMWK 
• Co-fatores: 
o Solúveis: V, VIII, FvW, HMWK 
o Insolúveis: fator tecidual (tromboplastina) 
• Proteínas estruturais: fibrinogênio 
 
Cascata de coagulação 
• Todas as vias de coagulação (intrínseca e extrínseca) culminam na via comum 
• Via comum: começa no fator X, que transforma protrombina (II) em trombina (IIa), que transforma o 
fibrinogênio em fibrina 
o Fator II (protrombina) e fator X: dependente da ativação de vitamina K 
 
• Via intrínseca (ou fase de contato): lesão do endotélio expõe o colágeno, que é um fator determinando 
para a ativação de proteínas de coagulação. Ativa o fator XII, que ativa o XI, que ativa o fator IX, que vai 
para a via comum e ativa o fator X 
 
• Via extrínseca (lesão/corte): exposição extrínseca libera o Fator tecidual (tromboplastina), que ativa a 
proteína VII, ativa o fator X, que segue para a via comum 
o Fator VII: dependente da ativação da vitamina K 
 
Coagulopatias 
Deficiência do Fator IX: Hemofilia B 
Deficiência do Fator VIII: Hemofilia A 
 
Coagulograma 
• Coleta-se o sangue a partir do citrato de sódio, pois não interfere na captura do cálcio, já que todas as 
proteínas de coagulação são dependentes de cálcio 
• EDTA é utilizado em outros exames, é um quelante de cálcio (remove o cálcio da corrente sanguínea), por 
isso não pode ser usado para fazer o teste 
• Tipos de exames de coagulação: 
o TT: tempo de trombina 
o TP: tempo de protrombina 
o KTTP: tempo de tromboplastina parcial 
TT: tempo de trombina (fator II que é transformado em IIa) 
• Avalia a presença e funcionalidade do fibrinogênio, ou seja, avalia quanto tempo demorará para a 
transformação do Fibrinogênio em fibrina 
• O tempo de referencia é de 10 – 15 segundos 
 
• Avalia a capacidade do anticoagulante coagular, ou não coagular o meio 
o Heparina 
• Avalia o sistema fibrinolítico 
o Avalia quanto de fibrina é formado e degradado 
 
TP: tempo de protrombina 
• Avalia quanto demora para que o Fator VII ative o Fator X, e o Fator X ative a Trombina, para que 
o Fibrinogênio vire Fibrina 
• Serve para avaliar a Via extrínseca 
• É adicionado ao plasma: 
o Cálcio 
o Tromboplastina Tecidual (fator tecidual) 
• Resumidamente: quanto tempo demorará para que a cascata da via extrínseca seja estimulada 
• Referência: 12 segundos 
 
Capacidade de avaliar o tamponamento feito pelos anticoagulantes 
• Faz uma razão: RNI= TP paciente/TP controle normal 
o Se estiver alto: o paciente está muito anticoagulado 
o Se estiver baixo: o paciente está pouco coagulado 
• Referencia: 0,9 – 1,3 segundos 
 
 
TTP: Tempo de Tromboplastina parcial 
• Teste avalia a via intrínseca (contato) 
• Para simular esse contato é adicionado: 
1- Adição de Cálcio 
2- Adição do fator ativador de contato: fosfolipídeo (para se assemelhar com o colágeno exposto) 
• Cefalina + ativadores de coagulação (Kaolin ou ácido elárgico) 
3- Fator XII é ativado, seguindo a via 
• Valor de Referência: CN+/- 10 segundos 
• Assim avalia os fatores XII, XI, IX, VIII, X, V, II protrombina, I fibrinogênio 
 
Caso a via intrínseca e a Extrínseca estiverem alterados 
Desconfia que o problema está na via comum 
 
Proteínas de coagulação dependentes de vit. K 
• Dependentes de vit K: II, VII, IX, X (vitamina K ativa essas proteínas de coagulação) 
• A vit. K (hidroquinona) está na forma de prozimogênio e é capaz de transformar o fatores de coagulação 
da forma inativa para a forma ativada 
• Para ocorrer essa ativação a Vit K precisa ser oxidada, que é realizada pela vit. K carboxilase (ocorre a 
conversão prozimogênio em zimogênio ativado) 
• Para a conversão da vit K na forma reduzida (hidroquinona) usa-se a NADPH-redutase 
o Existem anticoagulantes que afetam a função da vitamina K, ou seja, não volta na forma reduzida 
(hidroquinona) se tomar warfarina e dicumarol, que inibem a NADPH-redutase 
o Isso não ativa as proteínas dependentes de Vit. K (II, VII, IX, X), não ocorrendo a coagulação (já 
que ela se relaciona com todas as vias) 
 
Trombose 
• Excesso de tamponamento 
• A trombose é dependente da TRÍADE DE VIRCHOW 
o Fluxo anormal do sangue (estase ou turbulência) 
o Lesão endotelial (exposição de colágeno que ativa proteínas de coagulação) 
o Hipercoagulabilidade (maior qtd de proteínas de coagulação, favorecendo o tempão secundário 
 
Lesão no endotélio 
• Por traumatismo, o que expõe o colágeno 
o Ex: cateterismo 
• Ateromas 
• Disfunção endotelial 
o Hipóxia 
o Hipertensão 
o Tabagismo (radicais livres) 
 
Alteração de fluxo sanguíneo 
• Mudanças na velocidade 
o Estase (TVP: trombose venosa profunda) 
▪ Trombose forma um edema, a partir do aumento da pressão hidroestática 
o Turbulência 
 
Fluxo Sanguíneo 
Estase e turbulência 
• Aneurisma 
o Dilatação de vasos – artérias (dilatação promove turbulência que expõe colágeno) 
o Interação das plaquetas com o endotélio (forma o tampão secundário, que desenvolve o trombo) 
o Trombo branco e vermelho: plaquetas com hemácias 
 
▪ Veias: Trombo vermelho decorrentes de uma estase (lento), pois é mais rico em hemácias 
▪ Artérias: trombo branco, já que há pouca formação de hemácias presentes, fluxo intenso 
• Arritmias cardíacas 
 
Coagulabilidade do sangue 
o Aumento do número de plaquetas (trombocitose) 
o Aumento de Fatores de pró-coagulação 
o Situações que ocorrem isso: inflamações. Decorrentes de: 
▪ Queimaduras, Traumatismos, Cirurgias extensas 
o Outras alterações que afetam a coagulabilidade: câncer, anticoncepcionais orais 
(hipercoagulabilidade), gravidez e pós parto 
 
O que acontece após o trombo ser formado? 
o Trombo pode se embolizar, formando uma embolia 
o Trombo pode ser resolvido, por meio de agentes fibrinolíticas 
o Trombo pode se organizar permitindo a pouca passagem do sangue 
 
Embolo sólidos 
o Destino é sempre os pulmões, pois o tamanho do embolo é relativamente pequeno, permitindo a passagem 
nas veias 
1) TROMBOEMBOLIA VENOSA PULMONAR - TEP 
ORIGEM: veias íleo femorais ou veias profundas 
Consequências: depende do tamanho e número de êmbolos 
o Pode se estacionar no início do pulmão (embolo de grande tamanho – 5%) 
▪ Obstrução da artéria pulmonar▪ Sobrecarga aguda do ventrículo direito (pressão retrógada), redução do sangue que chega ao átrio 
esquerdo 
▪ Aspectos clínicos: dispnéia, tosse, dor torácica, hipotensão, morte em 30 min 
 
o Pode se estacionar nos bronquíolos (embolo médio) 
▪ Ramos pulmonares de médio calibre 
▪ Indivíduos saudáveis – assintomáticos 
▪ Indivíduos com insuficiência cardíaca (dispnéia, arritmia, hemoptise, derrame pleural) 
o Pode se estacionar nos alvéolos (embolo pequeno) 
▪ Múltiplos e disseminados 
▪ Oclusão da circulação pulmonar => hipertensão pulmonar (acúmulo de líquido) 
 
2) TROMBOEMBOLIA ARTERIAL 
ORIGEM: em artérias de grande calibre, coração (infarto, insuficiência cardíaca, aneurismas, lesão de 
válvulas), Aorta (aneurisma ou placa ateromatosa) 
DESTINO: encefálo (AVC), artérias mesentéricas – infarto intestinal, membros inferiores – necrose de 
extremidade (gangrena) 
 
Tipos de embolia 
Massa, sólida, líquida ou gasosa 
 
1-Líquida 
o Entrada de líquido amniótico na circulação materna antes ou durante o parto 
o Mortalidade 20-40% 
o Dispnéia, cianose, choque hipotensivo, convulsões, coma (microcirculação com microtrombos) 
o CIVD – devido a liberação de substâncias trombogênicas do Líquido amniótico 
o Ativa toda a cascata de coagulação 
o O CIVD ocasiona uma trombocitopenia (diminuição do numero de plaquetas) 
 
Fisiopatologia da CIVD 
o Ativação da cascata de coagulação => Trombina formada em grande quantidade => precipitados de fibrina 
na circulação 
o Microtrombos levam a isquemia 
o Sistema fibrinolítico, forma os D-dímeros (produtos da degradação de fibrina) 
▪ Isso evidencia que a fibrinólise está ativa 
o Consumos de plaquetas e fatores de coagulação levam a uma situação de hemorragia 
o É uma das complicações da COVID, já que há uma ativação constante da cascata de coagulação, pela lesão 
endotelial 
 
2- Embolia Gasosa Venosa 
o Entrada de ar na circulação, é uma situação de alto risco: 
o Punções, traumatismos e cirurgias na região da cabeça, pescoço e tórax 
o Parto ou aborto 
o Bolhas de ar em sistema de infusão 
o Sintomas clínicos: semelhantes a tromboembolia pulmonar 
 
Embolia gasosa arterial 
o Mergulhadores com retorno rápido a superfície 
o Expansão dos gases dissolvidos nosangue e tecidos 
o Formando microbolhas 
o Obstrução de capilares e ativação da cascata de coagulação 
Clinicamente: arritmia cardíaca, infarto do miocárdio, edema cerebral... 
 
3- Embolia Gordurosa 
Presença de gotículas de lipídeos na circulação 
Origem: fraturas de ossos longos, queimaduras no tecido adiposo 
Causa: obstrução de capilares, lesão endotelial, aumento de permeabilidade vascular, infarto cerebral, CIVD 
 
Choque 
• É um distúrbio circulatório 
• Definição: deficiência circulatória aguda da perfusão tecidual, grave e generalizada, resultante da 
redução do débito cardíaco, seja por diminuição da capacidade de bombeamento sanguíneo do coração 
ou por diminuição do retorno venoso. 
o Sangue para ou diminui muito a sua circulação 
o Tecidos deixam de ser irrigados de forma adequada, acometendo vários órgãos 
o Atrelados ao músculo cardíaco, todos os tipos de choques afetam o coração 
 
Classificação 
• Choque HIPOVOLÊMICO: perda de sangue, plasma ou líquidos extracelulares 
o Hemorragias intensas ou perda de líquidos 
• Choque CARDIOGÊNICO: insuficiência miocárdica 
• Choque DISTRIBUTIVO: diminuição do tônus vascular, dividido em: 
o Choque NEUROGÊNICO (diminuí o tônus vascular por causa de um erro no tecido nervoso) 
o Choque ANAFILÁTICO (diminuí o tônus vascular por causa de uma substância que causou 
alergia) 
o Choque SÉPTICO (diminuí o tônus vascular por causa de uma resposta inflamatória que faz 
uma vasodilatação sistêmica) 
 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
• Problema está relacionado a pouca quantidade de sangue que chega ao coração 
• Subtipo mais incidente, situações em que ocorre: 
 
1) Perda sanguínea secundária ou hemorragia (interna ou externa) 
• Pode ser sangramento Arterial, Venoso ou Capilar 
 
2) Perda de líquidos e eletrólitos 
• Cólera promove perda de líquido e eletrólitos (diarreia) 
 
O que acontece no CHOQUE HIPOVOLÊMICO? 
1) Com a perda de líquido e sangue ocorre a diminuição do volume sanguíneo 
2) Com isso, ocorre um retorno venoso diminuído para o coração 
3) Isso causa uma diminuição do volume sistólico, causando a diminuição do débito cardíaco 
4) Assim causa a Perfusão tecidual diminuída (menos sangue para os tecidos) 
o Com menos sangue, as células procuram se adaptar a essa nova situação 
o Porém há um limite, e essas células podem necrosar 
 
Tratamento da causa básica 
• Fazer a reposição sanguínea 
o Transfusão de sangue ou reposição hídrica 
• Uso de drogas vasoativas 
o Essas intensificam o retorno do sangue fazendo uma vasoconstrição 
 
CHOQUE CARDIOGÊNICO 
• O problema é a própria bomba cardíaca, a contratilidade cardíaca está diminuída 
• Isso causa o débito cardíaco e volume sistólico dos outros órgãos diminuídos 
o Isso pode causar a Congestão pulmonar (aumento da pressão hidroestática na cavidade pulmonar, 
causando o edema pulmonar) 
o Isso pode causar a Perfusão Tecidual sistêmica diminuída (menor sangue para o corpo) 
o Isso pode causa a Perfusão diminuída das coronárias (o próprio coração não recebe nutriente) 
▪ Essa perfusão diminuída das coronárias leva a Contratilidade cardíaca diminuída 
▪ Com a diminuição do oxigênio as células começam a utilizar o glicogênio como fonte 
energética, para gerar glicose e ATP 
▪ Porém com isso, produz o acido lático, que causa a acidose, comprometendo a contratilidade 
muscular, causando a necrose 
 
Etiologia (causas para ocorre o Choque Cardiogênico) 
• Infarto do miocárdio (IAM); 
• Arritmias 
• Eletrocussão 
• Miocardites (viral, bacteriana) 
• No Trauma: tamponamento cardíaco 
o Acidentes automobilísticos podem causar ruptura do coração no hemopericárdio (membrana 
mais próxima do coração) 
o Isso causa o tamponamento cardíaco, por causa do acumulo de sangue no coração, impedindo 
o fluxo sanguíneo para todo o corpo 
 
Associação do CHOQUE HIPOVOLÊMICO com o CHOQUE CARDIOGÊNICO 
• Choque Hipovolêmico é decorrente da perda de volume (sangue ou líquido), que pode ser 
internamente ou externamente 
• Uma vez diminuído o volume sanguíneo há pouco retorno venoso, causando um menor débito 
cardíaco 
• Isso causa uma diminuição da pressão arterial 
o Sistema Renina – Angiotensina – Aldosterona sente essa diminuição da pressão, e procura 
resgatar o volume fazendo a vasoconstrição periférica 
• Apesar do Sistema a baixa perfusão tecidual persiste, levando a Hipóxia nas células 
• A resposta das células é a glicólise anaeróbica, produzindo o ácido lático, faz com que o núcleo celular 
fique mais compactado para preservar o DNA de danos 
• Uma das células mais sensíveis a perfusão tecidual, são as células do rim, causando a Insuficiência 
Renal (falha na filtração glomerular) 
• Essa hipóxia celular também é sentida nos vasos sanguíneos, causando uma Lesão Endotelial 
o Isso faz com que ocorra a liberação de mediadores inflamatórios que aumentam a 
permeabilidade vascular 
o Isso faz com que mais fluído extravase para o espaço intersticial 
o Isso mantem em um quadro contínuo 
• Caso não ocorra o tratamento da causa da perda do volume, não recupera o paciente 
 
FASE NÃO PROGRESSIVA: 
• Fase em que o Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona tenta elevar a pressão arterial que está baixa 
• Caso o sistema fisiológico dê conta, se chama fase não progressiva 
 
FASE PROGRESSIVA 
• Caso o Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona ainda fique ativado, mas ainda ocorrer a Perfusão 
tecidual entra-se na fase Progressiva 
• Com a diminuição de nutrientes as células encaminham para a Glicólise Anaeróbica, gerando o ácido 
lático 
 
FASE IRREVERSÍVEL 
• Estado em que a célula não consegue mais sobreviver, quando já há lesão hipóxia das células, com quadros 
de glicóliseanaeróbica e Insuficiência Renal existente 
 
Tem acidose metabólica? 
Surge por causa da produção de ácido lático 
Não se esquecer de solicitar no sangue periférico dos pacientes: 
• Gasometria para avaliar a presença de LACTATO (derivado da produção de ácido lático na corrente 
sanguínea) 
• O Lactato é considerado um marcador de perfusão tecidual, quanto mais lactato existir menor a perfusão 
tecidual 
 
Condição clínica 
• Mucosas e extremidades roxas 
• O corpo procura preservar o Pulmão e coração a partir do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona 
• Assim a periferia sofre consequências 
 
CHOQUE DISTRIBUTIVO 
• Existe uma alteração na MICROCIRCULAÇÃO 
• Perifericamente há um problema, há a diminuição da resistência periférica dos vasos 
o A força de contração das paredes dos vasos está frouxa, causando uma má distribuição do 
sangue 
o Assim, chega pouco sangue para o coração 
 
Causas do Choque distributivo 
• Causa NEUROGÊNICA 
o Quando ocorre falha na contração dos vasos dos grandes músculos 
o Pode ser causado por uma lesão na medula espinhal 
• Causa ANAFILÁTICA 
o Liberação de uma grande quantidade de Histamina, que gera uma vasodilatação 
• Causa SÉPTICA 
o Atrelado à resposta inflamatória 
 
Por que choque distributivo? 
• Porque a distribuição do sangue ocorrerá de forma errônea 
• Causa situação de perda do tônus muscular (musculo não contrai), com isso ocorre o acúmulo periférico 
do sangue 
 
Como ocorre? 
• Uma picada de uma formiga, induz a um quadro de VASODILATAÇÃO, vazando o fluído para o espaço 
intersticial 
• Isso ocorre uma má distribuição do volume sanguíneo, fazendo com que pouco sangue retorne ao 
coração 
• Isso faz com que o coração distribua menos sangue, causando o volume sistólico diminuído, além de 
ocorrer a diminuição do débito cardíaco 
• Com isso, não terá possibilidade de levar o sangue para todos os sítios anatômicos, causando uma 
diminuição da perfusão tecidual 
o Causando HIPÓXIA e produção de ÁCIDO LÁTICO, levando as células a morte 
 
CHOQUE SÉPTICO 
• Provocado pela presença de bactérias, principalmente as Gram negativas, pois elas induzem a sua 
resposta via macrófagos, por com das suas lipoproteínas (LDS) 
o O choque séptico só ocorre pq há o sistema imunológico 
• Gram Positivos também podem fazer a ativação sistêmica de macrófagos 
• Há antígenos que são próprios para ativar uma resposta inflamatória 
o Excesso de peptidoglicano 
o Leucocidina de Panton-Valentine (MRSA) 
▪ Presente nas lagartas 
o Outros 
Bacteremia 
Presença de grande quantidade de bactérias na corrente sanguínea 
 
Septicemia 
Presença de bactérias na corrente sanguínea que já estão se dividindo 
 
SIRS (síndrome da resposta inflamatória sistêmica) 
Resposta inflamatória sistêmica 
 
SEPTICEMIA + SIRS = SEPSE 
Se houver disfunção cardiovascular, renal, pulmonar (sempre 2 ou mais grandes órgãos) ocorre a SEPSE 
GRAVE 
 
 
E QUANDO OCORRE O CHOQUE SÉPTICO? 
• Quando se avalia o paciente e infunde um volume de NaCl (0,9%) e se ESTABILIZA 
HEMODINAMICAMENTE a sua pressão (aumenta PA e diminui frequência cardíaca) é uma 
SEPSE GRAVE 
• Quando se avalia o paciente e infunde um volume de NaCl (0,9%) e NÃO ESTABILIZA 
HEMODINAMICAMENTE é uma situação de CHOQUE SÉPTICO 
o Está chegando pouco sangue ao coração, mesmo colocando soro fisiológico, tem que dar uma 
droga vasoativa (adrenalina, dopamina, etc) causando um VASOCONSTRIÇÃO 
 
POR QUE NO CHOQUE SÉPTICO PODE HAVER CIVD? 
• Os macrófagos são ativados sistemicamente por causa da presença das bactérias, fazendo fagocitose 
(SIRS) 
• Com sua ativação sistêmica ocorre a liberação maciça de citocinas que apresentam a capacidade de 
mudar o endotélio vascular, tornando-o mais aderente 
• Isso faz com que ocorra intenso recrutamento leucocitário para os sítios onde esta acontecendo a 
ativação de macrófagos 
• Isso provoca lesão maciça das células endoteliais 
• Sofrendo lesão as células começam a expor o colágeno de membrana, liberar fosfolipídeos de membrana, 
fator vWF começa a ser expresso 
• Ativa-se a cascata de coagulação com a TROMBOPLASTINA (Fator tecidual ou fator III) que atua 
ativando o fator VII de coagulação (via extrínseca de coagulação) 
• Ativa o Fator X (via comum) que ativa a formação de FIBRINAS de forma MACIÇA 
o Já que os macrófagos não estavam só no sítio de lesão, mas sim no sangue todo 
• Como isso está ocorrendo de forma contínua, há o consumo dos Fatores de Coagulação (todas as 
proteínas presentes na corrente sanguínea são gastas) 
o O fígado sintetizava essas proteínas, sobrecarregando o Figado (está gastando mais do que 
produzindo) 
• Com isso começa a ter hemorragias (DIÁTESES HEMORRÁGICAS) principalmente em mucosas, já 
que a capacidade tamponante se perdeu 
 
ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS ENDOTELIAIS (VIA SISTÊMICA) 
• Liberam o FATOR III (tromboplastina), PAF (fator ativador de plaquetas) e vWF 
• Ocorre a ativação plaquetária de forma sistêmica ocorrendo o consumo de plaquetas 
• Ocorre assim uma TROMBOCITOPENIA (baixo número plaquetário) 
o Ocorre a formação de trombos e a hemorragia concomitantemente 
o A trombocitopenia é considerado um marcador importante na sepse 
 
A BACTÉRIA GRAM NEGATIVA 
• Essa tem LPS (lipopolissacarídeos) na estrutura, estimula fortemente a ação fagocítica pelo macrófago 
• Libera os fatores IL-1 e TNF, que são mecanismos da inflamação 
• Isso estimula na circulação sanguínea a formação de proteínas de fase aguda, mas também atuará no 
HIPOTÁLAMO (eixo regulador da temperatura corporal) 
• Será liberado a PROSTAGLANDINA E2 (do metabolismo do ácido aracdônico), aumentando a 
temperatura corporal pelo aumento do AMP cíclico 
• CAUSANDO A FEBRE 
o Outros choques não ocorre a Febre, bom sinal pois o organismo ainda está tentando combater 
o agente agressor 
 
Manifestações clínicas 
• Fase hiperdinâmica (choque quente) 
• Fase hipodinâmica (choque frio) 
o Quando o organismo não da mais conta do agente agressor 
 
Fase Hiperdinâmica (CHOQUE QUENTE) 
• Encontrada no início do Choque Séptico 
• Quando não há transtorno na macrocirculação (coração e cérebro) 
• Há compensação pelo SNA simpático e pelo sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona 
o Resposta que o organismo ainda consegue fornecer a ponto de não afetar a macro circulação 
• Na microcirculação os SHUNTS A-V estão ABERTOS 
 
Porém isso pode piorar 
• Se a causa do choque (agente agressor) não se esgota, os mecanismos compensatórios (sistema 
renina...) se esgotam 
• Assim o paciente evolui para a forma HIPODINÂMICA 
 
Fase Hipodinâmica (CHOQUE FRIO) 
• Geralmente vem depois da fase hiperdinâmica, mas se for um choque séptico grave, pode existir desde 
o começo 
• Há duas fases 
o A FASE COMPENSADA (é possível reverter) 
▪ Usa-se medicamentos para promover a vaso constrição 
o A FASE DESCOMPENSADA (é irreversível) 
 
FASE COMPENSADA (Reversível) 
• Caem a Pressão Arterial e o Débito Cardíaco por conta da diminuição do retorno venoso 
• Há liberação de angiotensina II que faz vasoconstrição 
• Aldosterona poupa Na+ e aumenta a volemia 
• O sangue é poupado para os órgãos nobres (coração, SNC, etc) (centralização da circulação) 
o Macrocirculação ainda é controlada 
 
FASE DESCOMPENSADA (Irreversível) 
• Começa falhar a circulação sanguínea para vários pontos anatômicos 
• Altissimo metabolismo anaeróbio (hipóxia => glicólise anaeróbica) 
• Acidose lática persistente por diminuição do ATP (é um mau prognóstico) 
• O ácido lático promove a paralisia da musculatura das artérias (abrem os SHUNTs A-V – comunicação 
entre as veias e artérias) 
• Ocorre a vasodilatação da microcirculação, com perda de líquido para o interstício (faz 
Hemoconcentração) 
o Inchaço do paciente (edema) 
• O fluxo sanguíneo fica comprometido pelo aumento da viscosidade 
o Compromete o acesso ao coração, algo que já estava dificultado 
o Parada do músculo cardíaco e óbito 
 
Coagulação IntravascularDisseminada (CIVD) PASSO A PASSO 
• Ocorre destruição tecidual maciça, a Sepse (resposta inflamatória) e Lesão endotelial que provoca a 
liberação do fator tecidual (tromboplastina) que ativa a via extrínseca 
• Plaquetas são ligadas, ocorrendo a trombose microvascular disseminada 
• Ocorre o consumo de fatores de coagulação e plaquetas, ativando a cascata de coagulação 
indefinidamente, até a exaustão a ponto de provocar sangramentos 
• Esse sangramento é intensificado pois além da produção de fatores de coagulação forma-se fatores 
anticoagulantes (ativação de plasmina): o SISTEMA FIBRINÓLISE (d-dímeros) 
o A destruição chega ao ponto de inibir a trombina, da agregação plaquetária e da polimerização 
da fibrina promovendo o sangramento 
• Além disso com os trombos na microvasculatura, ocorre a oclusão vascular, ocorrendo a lesão tecidual 
isquêmica (afeta os rins) 
o Anemia hemolítica microangiopática: destruição das hemácias nos microvasos por causa da 
oclusão vascular 
 
Neoplasias 
• Significado: Divisões novas, sem controle no ciclo 
• Tumor: palavra usada para relacionar a algo sólido 
o Em célula sanguínea é diferente, chama-se leucemia 
 
Diferença entre tumor benigno e maligno 
• Os dois tipos são diferentes do tecido original 
Característica das Células: 
o Benigno: massa mais homogênea de células 
o Maligno: células com núcleo corado e cada uma bem diferente (pequenas e grandes – pleomorfismo 
celular e nuclear). Células em diferentes etapas de divisão 
Característica do crescimento: 
o Benigno: as mitoses ocorrem em menor taxa 
o Maligno: há um crescimento ou mais lento ou rápido, com inúmeras mitoses (algumas anormais) 
Característica da diferenciação: 
o Benigno: assemelha-se à célula de origem 
o Maligno: o fato de se dividirem muito rapidamente não tenham momento para se diferenciar (anaplasia). 
Começa a se replicar tão rapidamente, que não sabe qual é a célula que deu origem, entrando em um 
processo de desdiferenciação (desaprende a ser o que era). 
Metástase (formação de um embolo de células tumorais distantes da origem do câncer) 
o Benigno: ausente 
o Maligno: quase sempre presente 
Comportamento 
o Benigno: expansão que muitas vezes pode ficar em volta de uma cápsula 
o Maligno: expansão e invasão (projeções – carangueijo) 
 
Componentes básicos de um tumor 
• Parênquima: massa do tumor em si, ou seja, as células neoplásicas propriamente ditas. 
• Estroma: Tecido ao redor, tecido conjuntivo frouxo de sustentação (física e nutricional: vasos 
sanguíneos, linfáticos, tecido adiposo e MEC (com fatores de crescimento). 
 
Benigno X Maligno 
• Benigno: 
o A proporção entre o parênquima e o estroma é COMPATÍVEL com a sobrevivência das células 
neoplásicas 
o NÃO NECROSA (geralmente) 
• Maligno: 
o O Parênquima se prolifera muito mais RAPIDAMENTE (alta taxa de mitoses) que o estroma 
(estroma não prolifera no mesmo ritmo) 
o A massa tumoral sofre isquemia e entra em NECROSE COAGULATIVA (picnose, 
cromatocinese e cariólise) 
o Lembrar que esses focos necróticos podem calcificar (CALCIFICAÇÃO DESTRÓFICA) – 
nas neoplasias recebem o nome de PSAMOMA (corpos psamomatosos) 
▪ Dentro das células há alta quantidade de cálcio que são liberados pela destruição 
▪ O cálcio começa a se ligar com os ligamentos Fosfato da membrana das células 
(CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA) 
▪ Isso é chamado de PSAMOMA (característica de tumores que calcificaram) 
 
• Malignos 
o DISPLASIA: crescimento desordenado (perda de uniformidade das células e da orientação 
arquitetural) 
▪ Nas células normais: o núcleo é sempre pequeno com o citoplasma ocupando uma 
grande área 
▪ Na célula neoplásica: há uma grande atividade nuclear. Observa células maiores com 
núcleo mais evidente/corado. Além das células se depositarem em direções alteradas 
 
Lesão precursora do carcinoma intra-mucoso (Carcinoma “in situ”): 
Displasia da cérvix do útero pelo HPV16 
• Displasia: perda da arquitetura e uniformidade dos tecidos 
 
• As células normais apresentam originalmente núcleo pequeno e pouco citoplasma. Com grande 
quantidade muco para facilitar a lubrificação e proteção. (Normal) 
• O HPV se aloja na membrana basal. Promove células com núcleo maior, disposição diferente, 
citoplasma está diferente. (NIC I) 
• Situação que as células estão mais arredondadas e bem maior, coloração do núcleo indica que ele está 
mais ativo. Razão núcleo citoplasma elevada. (NIC II) 
• As células já atingiram toda a posição longitudinal. Membrana não é mais barreira para conter a 
proliferação. A infecção por vírus HPV promove essa situação. (NIC III) 
o Exame citológico (Papanicolau) 
o Caso deixe muito tempo pode acontecer a invasão, comprometendo o útero e ovário 
 
 
Anaplasia (não confundir com displasia) 
• Estado de tecido em completa desorganização (estado mais avançado que a displasia) 
• Característica dos tumores malignos, em que eles perdem a capacidade de diferenciação celular 
o As células anaplásicas são extremamente distintas das células do tecido de origem na neoplasia 
(há células muito grande ou muito pequeno) 
• Em geral tumores benignos são bem diferenciados 
• Ausência de diferenciação celular é característica de tumores malignos 
• Quanto mais anaplásico, maior é a agressividade do tumor 
o Em cirurgia (exerese) há a necessidade de retirada de grande quantidade de tecido sadio para 
retirar o câncer 
o Radioterapia e quimioterapia procura reduzir a divisão das células tumorais para facilitar a sua 
retirada 
 
Critérios de diferenciação entre tumores malignos e benignos 
• Pleomorfismo 
o Variação de tamanho e forma. Células muito grandes ou muito pequenas. Característica de 
tumores malignos. 
 
• Morfologia nuclear 
o Núcleo hipercromático, de tamanho desproporcional, AUMENTA N:C 
o Características de tumores malignos 
• Mitoses 
o Geralmente aumentado nos tumores malignos 
o Bizarras com fusos tripolares ou multipolares. 
o Dificultam a adesão das células o que facilita o desprendimento. Isso facilita o 
desenvolvimento de Metástases 
• Perda de Polaridade 
o Células anaplásicas perdem sua orientação no tecido 
 
Como surgem as neoplasias? 
• Uma célula sofre uma mutação afetando genes que controlam o ciclo celular da célula (todo câncer é uma 
alteração genética – mas nem todas são hereditárias) 
o Há genes que controlam essas mutações. O principal é o gene da proteína TP53, que produz uma 
proteína chamada P53 (guardião do genoma) 
▪ p53: leva a célula a apoptose quando há uma mutação ou efeito que inviabilize o 
funcionamento da célula 
▪ Quando há o câncer o gene Tp53 foi mutado, alterando o funcionamento da proteína p53 
• Essa célula tumoral começa a se dividir mais que as outras células vizinhas, pois está com capacidade 
replicativa (proliferação de células geneticamente instáveis) 
• Nessa divisão ela vai adquirindo características novas, variantes das células tumorais iniciais. Com 
células que conseguem se replicar sem controle, por exemplo. 
o Pode ser que essas novas variantes morram, mas ao morrer podem produzir novos tipos de células 
com características novas. 
• Vão ganhando características que vão compondo a massa tumoral com grande HETEROGENIDADE de 
células tumoral 
o Pode ser células com características não-antigênico, invasivo, metastático... 
o Mutações ocorrem nas células somáticas, portanto não há capacidade de transmissão 
• As mutações hereditárias: são aquelas que ocorrem mutação na linhagem germinativa 
o O gene BRCA mutado promove o crescimento de câncer de mama, pode receber esse gene já mutado 
(hereditário) 
 
Características adquiridas das células cancerosas 
• Capacidade de invasão tecidual e metástase 
• Potencial replicativo ilimitado 
• Angiogênese sustentada 
• Evasão à apoptose 
o Neutralizar os efeitos da proteína p53, mutando o seu gene 
• Autossuficiência nos sinais de crescimento 
• Insensibilidade aos sinais de anticrescimento• Inicialmente pensava que o tumor era um comportamento mais homogêneo (1º imagem) mas ele é 
heterogeneo (2º imagem) 
 
Fatores de Risco 
 
• Principalmente infecções de origem viral: hospedeiro intracelular obrigatório, modifica o DNA para a 
replicação 
• Comportamento sexual e reprodutivo: HPV 
 
Carcinogênese ( a geração das células cancerosas) 
• Pode ser provocada por agentes químicos, físicos e biológicos 
 
Carcinogênese química 
Etapas da carcinogênese química: 
• Ao entra em contato com o organismo, forma intermediários eletrofílicos (intermediários com 
capacidade de se ligar ao DNA) 
o O DNA apresenta uma carga que possui capacidade de se ligar a essas moléculas 
• Caso não ocorra o reparo do DNA pelo p53 o dano do DNA é permanente promovendo a mutação, 
fazendo com que ela prolifere de forma alterada 
• Forma o CLONE PRÉNEOPLÁSICO com várias características diferentes no seu crescimento 
 
Mecanismos de ação dos carcinógenos químicos 
• São eletrófilicos reativos, portanto, atacam DNA, RNA 
• Oncogenes e genes supressores de tumor (ex. RAS e p53) são alvos frequentes 
 
Para ser carcinogênico 
• Precisa ser eletrofílicos 
o Pode ser naturalmente (intrinsicamente) 
o Pode ser tornado eletrofílico no metabolismo (ex. benzopirenos) 
 
Carcinogênese física 
(Por radiação) 
• Radiação por ondas de comprimento mais curto (raio-x, raio gama e raios cósmicos), com alta 
frequência, que são capazes de quebra o DNA, fazer mutações ou translocações 
 
Tipos de lesões induzidas no DNA por radiação ionizante e UV 
• A radiação UV pode formar a ligação de dímeros de pirimidina (C com T) 
 
Carcinogênese biológica 
• Vírus oncogênicos de DNA e bactérias 
• Eles se incorporam ao DNA humano, divisão ocorre de forma descontrolada 
o Papilomavírus (HPV) 
o Epstein-Barr (EPV) 
o Hepatite B (HBV) 
o Herpes vírus do sarcoma Kaposi 
 
Papilomavírus (HPV) 
• Responsável pelo câncer de colo de útero, mas também de cabeça e pescoço (sexo oral) 
• Há mais de 100 diferentes tipos já conhecidos 
• 30 tipos sexualmente transmissíveis 
o 50 a 75% de homens e mulheres sexualmente ativas adquirem HPV em alguma fase de suas 
vidas 
o HPV de alto risco (HSIL): 16, 18, 31, 33, 34 entre outros 
o Cancro de colo de útero 
o Baixo risco (LSIL): 6, 11, 42, etc, verrugas externas (tumor benigno) 
o Atinge epitélios região genital 
• HPV de alto risco 
o RNA viral perde genes de integração e se incorpora na fita de DNA e leva junto genes 
importantes (E6 e E7) 
▪ Ou seja, E6 e E7 estão originamente no genoma viral 
o Quando esse genes (E6 e E7) são levados eles irão neutralizar o efeito das proteínas que 
regulam o ciclo celular (p53 e Rb (retimoblastoma) degradando-as 
o Quando ocorre isso todo o ciclo celular deixa de ser regulado, ocorrendo a formação do tumor 
neoplásico 
 
Helicobacter pylori 
• Primeira bactéria carcinogênica 
• Associada a adenocarcinomas (tumores de glândulas) e linfomas gástricos 
o Provocam na mucosa epitelial um lesão crônica, inflamando o tecido 
o A persistencia da bactéria acaba sendo fator que vai modificar o intestino, inicialmente num quadro 
metaplásico (modificar para resistir a lesão) 
o Depois o crescimento metáplasico vai ficar descontrolado, formando a displasia (perda da orientação) 
o Quando mais displásico o tecido, maior chance de formar o carcinoma maligno (adenocarcinoma) 
 
 
Câncer Cabeça-pescoço (CCP) 
Sítios anatômicos 
• Cavidade oral: mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua, soalho de boca 
• Faringe: orofaringe (amídalas, palato mole, base da língua) 
• Nasofaringe 
• Hipofaringe 
• Fossa nasal 
• Seios paranasais 
• Laringe 
• Glândulas 
CCP é o carcinoma da cavidade oral mais frequente 
Resultam de acúmulos de múltiplos eventos genéticos ou alterações em genes críticos (que regulam o ciclo 
celular). As células anormais: 
• Resistem à apoptose 
• Tem vantagens sobre as normais 
• Sobrevivem ao SI do hospedeiro 
 
Etapas: 
• Cada etapa vai ocorrendo alterações genéticas que vão sendo demonstradas com o passar do tempo 
1. Normal 
2. Hiperplasia (hiperqueratose): modificações podem ser nos genes 9p21 (p16) ou 3p 
3. Displasia moderada: alteração no crescimento, mancha. Células com núcleo mais evidente. Já se vê pedaços 
de deleção dos cromossomos 
4. Displasia severa: quando ocorre mutação no pedaço do cromossomo 17p13 (onde faz a proteína p53) 
5. Carcinoma de Cabeça e pescoço (SCC): células bem anômalas. Perde vários pedaços de cromossomo: 4q, 
6p, 8p, 13q, 14q, além de mutar 11q13 (ciclina D)=> gene importante no controle do ciclo (proliferação em 
demasia) 
 
Câncer de pulmão 
Pode ser visto no câncer de pulmão a mesma coisa 
Etapas: 
1. Irritação: fumaça do cigarro 
2. Metaplasia: tentativa de resistência, modificação controlada (colunas para escamoso) 
3. Displasia: caso ocorra a persistência do fator irritador (células desorganizadas). Ocorre a primeira 
mutação (iniciação) 
4. Anaplasia: mutações em vários outros sítios. Tumor maligno 
 
 
Aspectos Moleculares do Câncer 
Prováveis causas do câncer (multifatorial) atuam em conjunto, as causas são: 
• Genéticas: mutações causam um crescimento desordenado das células 
• Ambientais: vírus podem causar mutações 
• Epigenéticas: modificações que ocorrem em cima do DNA, tornando-o mais ou menos disponível aos 
fatores de regulação da replicação do DNA. Essas são herdáveis e moldáveis 
 
Principais alterações que ocorrem para a formação do Câncer: 
1) Ativação de proto-oncogenes 
• Proto-oncogenes estimulam as células a se dividirem 
2) Inativação de supressor de tumor 
• Supressor de tumor estimulam as células a não se dividirem 
 
Proto-oncogenes 
• Estimulam as células ao crescimento 
• Quando são desreguladas, tornam-se ONCOGENES 
o Oncogenes estimulam o crescimento anômano 
o Ex: ERB B-1, BCL-1, Ciclina D e família RAS e MYC (genes estão relacionados com o 
aparecimento de processos cancerosos) 
 
Genes Supressores Tumorais 
• Atuam reprimindo ou inativando a transição da célula nos do ciclo celular 
• Para a divisão ocorrer esses genes devem estar INATIVOS ou REPRIMIDOS 
 
Diferença Proto-Oncogenes X Genes Supressores Tumorais 
• Oncogenes: precisa de uma mutação de ação dominantes (mais fácil) 
o Ex: ERB B-1, BCL-1, ciclina D e família RAS e MYC 
• Supressores Tumoral: para eles pararem de funcionar é necessário uma mutação de ação recessiva 
(mais difícil: precisa ter os dois alelos mutados para ser inativado) 
o Ex: p53, WT, PRB, NF1 
 
Genes e Câncer 
• Genes supressores tumorais 
o Normalmente produzem fatores que inibem a divisão celular 
o Funcionam quando estão em situação dominante (AA ou Aa) 
o Deixam de funcionar quando estão em homozigose recessiva (aa) 
▪ Quando isso acontece ocorre uma proliferação celular excessiva 
▪ Ambos os alelos devem ser mutados para produzir proliferação celular excessiva 
• Oncogenes 
o Sempre vão funcionar quando estivem em situação recessiva (aa) 
o Apenas uma mutação pode ocasionar promover a proliferação celular excessiva, ou seja, em 
heterozigose ou homozigose dominante (Aa ou AA) 
▪ Alelos mutantes (oncogenes) tendem a ser dominantes: uma cópia do alelo mutante é 
suficiente para induzir proliferação celular excessiva 
 
GENES SUPRESSORES DE TUMOR 
Retinoblastoma - Rb (gene) 
• A mutação no gene Retinoblastoma é o tumor ocular mais comum na infância 
• A idade média de diagnóstico é de 18 meses. Acometendo antes dos 3 anos de idade em quase 90% 
dos casos 
 
Gene RB 
• Atua no ciclo celular como um supressor de tumor 
• Localizado no cromossomo 13-pRB, produz uma proteína de 928 aminoácidos 
• Presente em todos os estágios do ciclo celular 
• A proteína sofre modificações reversíveis, por isso a proteína RB consegue controlar o ciclo celular. 
 
Explicação: 
• No núcleo durante G1: pRb interage e inativa E2F (fator de transcrição) – proteína Rb é ativa quando 
hipofosforilada. 
• Quando hiperfosforilado– pRb libera E2F – transcrição de genes necessários para a progressão da 
célula no ciclo celular 
 
Explicação detalhada: 
• Durante a transição G1 para S ocorre a síntese do DNA, quando a célula recebe sinais 
• A proteína Rb (pRb) quando está na fase S está ativada, segurando o E2F (ativa pq segura o objeto) 
o E2F é um fator de transcrição para fazer com que ocorra a transcrição de fatores para a fase S 
o Quando a pRb está ligada a E2F não existe a transição de G1 para S 
• Quando a célula recebe sinalização para transitar de G1 para S chega as proteínas Ciclinas e CDK, 
que formam um complexo (ciclina/CDK) 
• Esse complexo adiciona grupamentos fosfato na Rb, entrando em um quadro de fosforilação, 
perdendo a sua atividade, desprendendo do E2F 
• Sem a ligação com a E2F a pRb está inativa, pois está hiperfosforilada 
o Se desliga o complexo ciclina/cdk, mas pode voltar (processo cíclico) 
• Quando FOSFORILADA: pRb não segura o ciclo em G1 e sim em S (proteína RB INATIVA) 
• Quando HIPOFOSFORILADA: pRb segura o E2F e não ocorre a duplicação do DNA na fase S, 
fica no G1 
o É uma modificação reversível da pRb, 
o Quem faz a hiperfosforilação (deixa a proteína Rb inativa) é o complexo Ciclina/CDK 
o Ciclinas são codificadas por genes das ciclinas que são oncogenes 
 
p53 
Gene TP53 
• Gene codifica a p53 
• Gene TP53: sensor e guardião do genoma 
o Ativa genes de reparo toda vez que encontrar erro no DNA 
• Inibe as ciclinas e ativa genes de reparo, caso ainda não funcione ativa a proteína BAX (relacionada 
com a apoptose) 
• Quando o Gene TP53 estiver mutado, ele abre espaço para que a célula progrida na sua divisão celular 
de forma descontrolada 
• A função desse gene é ausente na maioria das vezes nos tumores 
 
Como funciona 
• P53 liga-se ao DNA e estimula transcrição de vários genes que medeiam 2 efeitos principais: 
o Parada do ciclo celular na fase G1 (transcrição de p21) e reparo do DNA danificado 
o Apoptose 
• Quando a proteína p53 estiver mutada, são esses sítios que se ligam com o DNA mutado, assim a 
proteína não consegue realizar a sua função 
 
 
Quando a proteína p53 é ativada? Quando percebe-se falta de nucleotídeos na cópia do DNA, radiação UV, 
radiação ionizante, sinalização de oncogene, hipóxia, bloqueio da transcrição 
 
Quais ações o p53 realiza no DNA? Induz apoptose, bloqueio da angiogênese, Reparo do DNA, Apreensão 
do ciclo celular (senescência ou retorno à proliferação) 
 
p53 com 4 subunidades (TETRÂMEROS) 
• Caso haja uma subunidade alterada já ocorre alteração no seu funcionamento 
o Ou seja, se houver alteração em um dos sítios (R249, R248, R273, R282) que são posições do 
aminoácido que podem sofrer mutação e que se ligam ao DNA 
• Somente 1/16 de p53 funcionam. Isso se um único alelo sofre mutação 
• aa provoca efeitos deletérios na célula 
 
Mdm2 
• O p53 (fator transcricional) por ser tetramérico é capaz de ativar vários genes alvos e um gene que é o 
seu próprio regulador (mdm2) 
• O gene mdm2 será transcrito em mRNA e produz a proteína mdm2 
• Essa proteína tem capacidade de retornar ao núcleo e ligar-se as subunidades do p53 
o Isso marca o p53 que permite que vá ao citoplasma 
o Essa marca que Ubiquitinação é um indicativo para a estrutura proteossomo, onde o p53 sofre 
uma destruição 
• Isso ocorre pq o tempo de meia vida do p53 é muito rápido, porque ele ativa uma série de genes 
o Para regular ele mesmo produz uma proteína que irá destruí-lo 
• Degradação de p53 normal ocorrem 20 minutos e é mediada por mdm2 
 
Caso a subunidade do p53 esteja alterado 
• Caso a subunidade do p53 esteja alterada, isso não ocorre. Já que a ubiquitinação não irá existir 
• Portanto a p53 não será destruída, assim o ciclo celular não será controlado 
o p53 mutante é resistente a proteólise 
o Todo tumor maligno pode ter algum nível de marcação de p53 (quanto mais pior) 
o Várias moléculas de p53 indica que não ocorreu sua destruição, o que é ruim 
 
Papilomavírus (HPV) 
Capacidade carcinogênica por silenciar duas proteínas responsáveis por regular o ciclo 
• Apresenta DNA circular, que se integra no genoma humano, fazendo com que produza proteínas virais 
(E6 e E7) 
• A proteína HPV E6 é responsável por destruir a proteína p53 
o Assim o p53 não induz o gene bax, que promove a apoptose 
• A proteína HPV E7 também induz a destruição da proteína p53, mas também inibe a proteína p21, 
que era a proteína que controlava as proteínas Ciclinas/CDK 
o Isso faz com que a proteína Rb-E2F não seja mais controlada, fazendo com que ocorra um 
crescimento contínuo 
o O complexo Ciclina/CDK está ativo e fazendo um estímulo persistente de fosforilação da 
proteína Rb. Deixando livre o fator de transcrição E2F para fazer a proliferação contínua. 
▪ Se não tiver o p21 o complexo funciona 
 
HPV de baixo risco 
• Lesões verrucosas 
 
Principal problema do papiloma de alto risco 
• Há uma área ampla para fazer a expansão 
• Exame Papanicolau detecta células isoladas 
 
Presença de radiação ionizante, Carcinógenos e mutagênicos 
Célula com mutações ou perda no p53 
• Houve uma lesão do DNA e genes dependentes de p53 não foram ativados 
• O ciclo não será parado para realizar o reparo do DNA 
• Forma-se células mutantes (mutações adicionais) 
Célula normal (p53 normal) 
• A mesma exposição foi feita, lesionando o DNA ou hipóxia formada 
• Ativa o p53 que se liga ao DNA em todos os alvos localizados no DNA 
• Transcrição dependente e efeitos independentes nos alvos 
o Há a ativação do gene bax que faz a apoptose da célula que não sofreu reparo 
o Ativação do gene p21 que inibe a ativação do CDK com a proteína cinase, interrompe em G1 
e faz o reparo 
o Junto com a ação do GADD45 que também faz o reparo do DNA 
o Ou a indução da senescência da célula 
 
 
PROTO-ONCOGENES 
Função: ativação do ciclo celular 
 
Situações que demonstram alteração no proto-oncogene 
• Alteração na estrutura de um gene 
• Alteração na regulação da expressão de um gene 
o Quando ocorre isso esses proto-oncogenes tornam-se ONCOGENES 
 
Conversão de proto-oncogenes em oncogenes 
• Mutação de ponto 
o Quando muda-se um único nucleotídeo (era uma base púrica e virou pirimídica) 
o Ex: família c-ras-proteína de 189 aa faz a transdução de sinais 
▪ Mutações somáticas: aminoácidos 12, 59 e 61 há um sinal persistente de estímulo 
 
• Mutação de ponto pode fazer com que a proteína não se dobre corretamente, alterando a função da proteína 
o Fica permanentemente ativada, mandando sinalização interna 
 
Mutação de ponto na molécula RAS 
• Molécula que fica próxima a membrana da célula 
• O receptor do fator de crescimento ao se ligar com o fator de crescimento faz com que o RAS inativo 
torna-se RAS ativo 
• Isso faz com que haja ativação da via da MAP quinase, fazendo com que o RAS ativo mande sinais para 
o núcleo da célula fazendo a progressão do ciclo celular 
• Quando a molécula RAS estiver mutada a ativação do RAS torna-se permanente, sendo independente do 
fator de crescimento 
o Isso faz com que mande sinais internos permanentemente a continuação do ciclo celular, 
estimulando a célula a se dividir 
• Por isso a família RAS (HRas, KRas e NRas) estão atreladas com o desenvolvimento de câncer 
 
• Translocação 
o Troca de segmentos cromossômicos de dois cromossomos não homólogos, envolve quebra 
cromossômica 
o Ex: cromossomo Philadelphia (21 anormal) 
▪ Troca do cromossomo 22 q11.2: gene bcr – proteína que ativa fosforilação 
▪ Com o cromossomo 9 q34.1: gene c-abl-proteína quinase 
• Como isso há a formação de produzir proteínas próximas com função de fosforilar 
• Ocorre a formação de um cromossomo híbrido (bcr/c-abl), que forma um mRNA híbrido 
e uma proteína híbrida bcr/c-abl 
• Essa proteína híbrida não deveria ser formada é o sinal característico da leucemia mieloide 
crônica (formação de células brancas imaturas no sangue) 
o Por ser crônica manifesta-se em pessoasmais idosas 
 
Translocação: outros exemplos 
• T(8;14) 
• T(8;22) 
• T(2;8) 
o No cromossomo 8 há o gene c-myc que é um outro oncogene 
o Quando há translocação, leva esse gene myc a outros lugares que não é para se replicar, e isso 
acaba estimulando a replicação da célula 
o O aparecimento do gene c-myc está relacionada com a produção exagerada de leucócitos. 
▪ Estimula a produção das Imunoglobulinas, 
▪ Desenvolve as leucemias 
▪ Converte de Proto-oncogenico para Oncogenico 
Super-expressão 
• Quando adquire um novo promotor (antecede o início do gene) 
o Isso faz um aumento do RNAm, há várias cópias (estimula a replicação sem regulação) 
• Quando há a aquisição de sequências reguladores à 5’ 
o Entra um gene de vírus no início (5’), forma novas sequências reguladoras antes do gene 
• Quando há a amplificação do proto-oncogene 
o Ao invés de ter só uma cópia do c-myc, terá vários por conta da aquisição de vários reguladores 
 
 
Câncer: múltiplas etapas 
• Essas múltiplas etapas estão relacionadas à modificações genéticas, em decorrência com fatores 
ambientais e epigenético 
• Condição: múltiplas mutações, que seguem uma certa ordem de ‘’preferência’’ 
• O acúmulo de mutações é mais importante do que a ordem com que elas ocorrem 
 
Ex: câncer de cólon (modificações genéticas levam a alterações histopatológicas) 
• No início há o epitélio normal do cólon 
• Mas depois ocorre uma mutação no gene APC-cromossomo 5q: supressor tumoral (ficar aa) 
• Ocorre uma proliferação do epitélio (intensificada por uma bactéria ou fator exógeno) 
• Terá agora a proliferação do epitélio associada a um gene oncogene o gene k-ras (12q), dcc (18q-), 
p53 (17p-) 
o Mutação no k-ras: há a formação de um adenoma benigno 
o Mutação/perda do gene dcc (18q-): Transição para o adenoma intermediário 
o Mutação/perda de um alelo do gene p53 (17p-): transição para um adenoma tardio 
• A perda ou inativação do p53- há a transição para células malignas: Adenoma canceroso 
o Assim desenvolve o câncer de cólon 
 
Polipose / Adenomatosa familiar 
• Tem pessoas que tem propensão a formação de pólipos 
o Apresentam o gene apc herdado mutado (recebe o ‘’a’’) 
 
Câncer de cabeça-pescoço 
• Sítios anatômicos: cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua, soalho da boca); 
Faringe: orofaringe (amídalas, palato mole, base da língua); Nasofaringe; Hipofaringe; Fossa nasal; 
Seios paranasais; Laringe; Glândulas 
• CCP o carcinoma da cavidade oral é o mais frequente 
• Resultam de acúmulos de múltiplos eventos genéticos ou alterações em genes críticos. As células 
anormais: 
o Resistem à apoptose 
o Tem vantagens sobre as normais 
o Sobrevivem ao SI do hospedeiro 
• Tumor de assoalho de boca e de bochecha = passam despercebido – traumatismo por dentadura 
• Características acometem mais homens: 8:1 e 10:1 
o Infiltrado é local e metastizam para os linfonos do pescoço 
• CAUSAS 
o Hábitos de fumar (ode maior risco dentre todos os fatores) 
o Ingerir bebida alcoólica 
o Papiloma vírus humano 
o A predisposição genética 
o O Hábito alimentar 
o O trauma crônico 
o A ingestão do mate 
 
Papiloma de boca 
• São verrugas virais ou áreas com traumatismo crônico (causada pelo HPV) 
• Papiloma: neoplasma epitelial benigno produzindo projeções digitiforme ou verrucosas micro ou 
macroscopicamente em superfície epitelial 
o São homogêneas entre si, porém estão se proliferando (infecção pelo vírus está estimulando) 
 
Câncer oral 
• Tumor de boca mais comum: 
o Papiloma de células escamosas (benigno) 
▪ Suas células são mais homogêneas 
o Carcinoma de células escamosas (maligno) 
▪ Suas células são irregulares, heterogêneas 
▪ Ocorre principalmente em lábio ou língua (relativamente fáceis para remoção) 
▪ Lesões nodulares palpáveis com ulceração central 
 
Características do carcinoma de células escamosas 
• São leucoplásicas (acumulam leucócitos – processo inflamatório persistente) 
• São eritroplásicas (aspecto avermelhado) 
• Aspecto Endofítica (invasiva – ulcerada) 
• Exofítica (aumento de volume, verruciforme) 
 
Progressão do CCP 
• São vários fatores que vão se acumulando 
• Inicialmente há a infecção com patógenos virais 
o Isso faz uma hiperplasia, passando para uma displasia 
• À medida que vai acontecendo mutação no gene RB...TP53, junto com exposição crônica ao cigarro 
e alcool 
o Faz displasia moderada, passando para severa até o câncer oral invasivo 
 
 
Câncer de pele 
• UVA: faz o aparecimento do Carcinoma (menos maligno) 
• Melanoma (mais maligno) 
• Exame de biópsia analisa se é escamoso ou basal 
Carcinoma Escamoso 
• Ele é originado do estrato escamoso 
• Avermelhada, presente no meio externo, que não cicatriza 
 
Carcinoma basal 
• Ele é originado da parte mais inferior 
 
Melanoma 
• Derivado do melanócito 
• Está localizado na parte basal da pele 
• É mais agressivo por estar mais próximo de vasos sanguíneos e linfáticos 
 
 
• Refere-se as pintas, a denominação benigma é chamada de nevo 
o Células do melanócito, mas com crescimento controlado, tamanho homologo 
 
• O risco do melanoma é ele se expandir para baixo da epiderme, a derme 
o Apresenta crescimento exagerado e que pigmenta a pele com diferentes tonalidades 
o Áreas infiltrando o tecido 
o Chance de provocar metástase 
 
 
A, B, C e D do melanoma 
• A= Verifica a assimetria (ver se um lado é diferente do outro) 
• B= Verifica a borda (bordas irregulares ou regulares) 
• C= Verifica a coloração (ver se tem lado mais escuro) 
• D= Verifica o diâmetro (ver se aumentou de tamanho) 
Esses sinais (A, B, C e D) são importantes no controle dos NEVOS para verificar se é um nevo (benigno) ou 
um melanoma (maligno) 
• Coloração distintas= sinal de que está se aprofundando (mais risco de metástase e difícil cura)

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