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Patologia geral

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A patologia é um ramo da medicina que estuda alterações 
estruturais, bioquímicas e funcionais das células. A palavra 
“patologia” tem origem no grego: Pathos: doença e Logos: estudo. 
O estudo da patologia é dividido em duas partes: A patologia geral 
e a patologia especial ou sistêmica. 
• Patologia geral: estudo dos mecanismos básicos e gerais que 
permeiam toda doença (ex.: estudo do processo inflamatório 
ou do processo de formação dos tumores); é a base para a 
compreensão da patologia sistêmica. 
• Patologia especial ou sistêmica: estudo dos mecanismos 
básicos e gerais de doença (ex.: estudo do processo 
inflamatório ou do processo de formação dos tumores); 
Quando falamos em doença, estamos falando da quebra ou 
ruptura da homeostasia do nosso corpo. 
 
 
 
Nosso organismo sempre busca a manutenção de uma certa 
constância interna para prosseguir com seus mecanismos físico-
químicos vitais. É um processo dinâmico. 
Importante: Não confundir homeostasia com equilíbrio total do 
corpo. 
 
Etiologia: É a causa de determinadas doenças, que pode ser 
conhecida ou não. 
Patogenia: É o mecanismo de desenvolvimento das doenças, das 
primeiras manifestações até o seu desfecho. 
Manifestações clínicas: São os sintomas e sinais clínicos que essa 
doença apresenta. 
Manifestações morfológicas: alterações macroscópicas 
(observadas na necropsia, a olho nu), microscópicas (observadas 
na microscopia de luz) ou ultra-estruturais (observadas na 
microscopia eletrônica). 
Diagnóstico: processo analítico que ao utilizar um conjunto de 
dados (histórico clínico, sintomas e sinais clínicos, exames físicos e 
 
 
 
complementares etc.) permite a identificação do eventual estado 
patológico vigente. É de extrema importância pois a partir dele 
poderemos determinar o tratamento correto, a causa mortis 
desse indivíduo, uma ação de prevenção dessa determinada 
doença etc. 
Prognóstico: É a previsão de evolução dessa doença, como 
esperamos que ela vá se comportar. É definido a partir de 
pesquisas clínicas que avaliam pacientes portadores da doença. 
Terapêutica: É a forma de tratamento a ser utilizada 
(farmacológico, psicológico, fisioterapêutico, nutricional, cirúrgico 
etc.). 
Profilaxia: São os meios de prevenção de doenças. 
Epidemiologia: Estudos dos dados populacionais da doença em 
questão. Lembrando que: Existem diferentes doenças ocorrendo 
em diferentes populações. 
 
A base da lesão celular envolve: Hipóxia e Isquemia. 
• Hipóxia: É uma diminuição do aporte de oxigênio, ou seja, 
menos oferecimento de oxigênio para determinado 
tecido. Essa diminuição pode ocorrer por diversas 
causas. 
Exemplos: Oxigenação inadequada do sangue por 
insuficiência cardiorrespiratória, anemias, intoxicação 
por monóxido de carbono. 
 
 Patologia 
manutenção de condições 
mais ou menos estáveis ou 
constantes no meio interno. 
O coração por algum motivo não bombeia a 
quantidade necessária de sangue e por 
consequência, ocorre uma diminuição do volume de 
sangue circulante e por conta disso uma diminuição 
da oferta de oxigênio nos tecidos, principalmente 
os periféricos, começando o processo de hipóxia. 
 
Pode acontecer no caso de anemia pois: Os 
eritrócitos diminuem e com isso não carregam 
oxigênio, levando a uma diminuição da entrega, 
podendo causar acidose metabólica, à medida que 
falta oxigênio, o corpo compensa com a 
respiração, porém, vai inalar mais CO2, acidificando 
o sangue. 
• Isquemia: É uma perda do suprimento sanguíneo por 
redução do fluxo arterial ou da drenagem venosa de um 
tecido. 
Exemplo: Garrote no membro. 
 
Essas lesões celulares podem acontecer por meio de agentes: 
Agentes físicos: 
| Traumas mecânicos (Atropelamento, briga etc.) 
| Extremos de temperatura. 
| Alterações da pressão atmosférica. 
| Radiação. 
| Choque elétrico. 
Agentes Químicos e drogas: 
| Arsênico. 
| Cianeto. 
| Mercúrio. 
| Inseticidas e herbicidas. 
| Álcool e narcóticos. 
| Monóxido de carbono. 
Agentes infecciosos: 
| Bactérias. 
| Fungos. 
| Vírus. 
| Riquétsias. 
| Parasitas. 
Reações imunológicas: 
| Doenças autoimunes (Lúpus, artrite reumatoide). 
Anormalidades genéticas: 
| Malformações genéticas 
| Anemia falciforme. 
Desequilíbrios nutricionais: 
| Deficiências (Dietas inadequadas, anorexia.). 
| Excessos (Excessos de lipídios.). 
 
 
 
 
A base da alteração celular começa na hipóxia (privação de 
oxigênio da célula). 
Com menor recebimento de oxigênio, a célula vai diminuir a 
produção de energia, pois o O2 é muito importante para o 
funcionamento mitocondrial (fosforilação oxidativa → ATP). 
Por consequência da diminuição da síntese de ATP, ocorre uma 
desregulação das funções vitais dependentes dele. 
Por usar muito ATP para funcionar, ocorre um comprometimento 
da bomba de sódio e potássio, aumentando o influxo de sódio e 
cálcio para dentro da célula e o efluxo de potássio para fora da 
célula. 
O sódio atrai água, fazendo com que essa célula fique túrgida ou 
tumefeita (inchada). 
O cálcio vai se depositando, principalmente na mitocôndria, 
calcificando ou “empedrando” a célula, desregulando totalmente o 
funcionamento dela. Após isso, ela não consegue se adaptar mais, 
deixando o processo de doença estabelecido. 
 
Essa tumefação celular oriunda da diminuição de oxigênio vai fazer 
com que, além de vários processos adaptativos e físicos da célula 
(a própria pressão da água vai alterar a célula), faz com que tenha 
o aumento do hidrogênio. 
Como já mencionado anteriormente, na falta de oxigênio o corpo 
começa a compensar na respiração, com isso acabamos 
produzindo mais hidrogênio no nosso organismo, e começamos a 
acidificar (acidose metabólica→ célula trabalhando em um pH 
diferente, ácido). 
O metabolismo energético alterado contribuirá para a diminuição da 
produção de ATP e o aumento da glicólise anaeróbica e diminuição 
das reservas de glicogênio, aumentando o ácido lático e fosfatos 
inorgânicos. 
Esse aumento de produção ácida causa diminuição do pH, 
prejudicando a atividade de muitas enzimas celulares. É a 
deficiência na bomba de cálcio, devido à falta de energia, que leva 
Conforme o tempo for passando e o garrote 
continuar no membro, ele vai começar a ficar 
roxo, por conta da diminuição do aporte sanguíneo 
adequado naquela área. 
 Hipóxia 
 ↓ 
 prejuízo na fosforilação oxidativa (↓ síntese de ATP) 
 ↓ 
 desregulação das funções celulares vitais dependentes de ATP 
 ↓ 
 aumentos do influxo de sódio e cálcio e do efluxo de potássio 
 ↓ 
 atração de água por osmose 
 ↓ 
 tumefação celular 
ao aumento intracelular dessa substância, conforme o descrito. 
Assim, a diminuição da síntese proteica resulta em danos às 
membranas mitocondriais e lisossomais, as rompendo. 
 
É chamado de “ponto de não retorno” e pode ser relacionado a 
alguns fatores: 
• A lesão e possível ruptura de membrana, que 
potencializaria o influxo de íons em maior concentração 
no meio extracelular (como sódio e cálcio). 
• A desestabilização da membrana dos lisossomos pela 
acidose, com consequente liberação de suas enzimas 
lisossômicas e início do processo de autodigestão 
(autólise). 
• O influxo de cálcio com ativação de enzimas 
intracelulares e comprometimento da função 
mitocondrial. 
 
A lesão reversível é até onde a célula consegue ir se adaptando e 
lesão reversível é onde ela será encaminhada para a morte celular. 
No exemplo acima: Uma isquemia (diminuição do suprimento 
sanguíneo), que consequentemente vai levar a uma diminuição de 
oxigênio, chegando menos oxigênio a mitocôndria passa a não 
funcionar direito, produzindo menos ATP (fosforilação oxidativa ), 
que desregula uma série de coisas, como por exemplo: 
• A bomba desódio e potássio, fazendo com que entre 
mais sódio e cálcio, levando consigo mais água, 
ocorrendo uma tumefação celular, levando a uma 
danificação da membrana. 
• A diminuição da síntese proteica, favorecendo o acúmulo 
de lipídios na célula. 
• Com menos oxigênio a célula vai tentar se adaptar e 
fazer glicólise anaeróbica (metabolismo alterado), 
gerando uma maior produção de ácido lático e 
consequentemente uma acidificação da célula (pH ), a 
membrana dos lisossomas não irá responder bem a isso 
e irá se romper, liberando as enzimas digestivas que 
irão fazer autólise→ morte celular. 
Inicialmente é o processo de autólise, a partir do momento em que 
essas enzimas digerirem tudo, se elas não forem degradadas, iram 
digerir a membrana fosfolipídica, saindo da célula e começando a 
agir nas células vizinhas. 
Lembrando que essa não é a única forma, essa célula também 
pode morrer por trauma mecânico, com a tumefação, não dando 
tempo de as enzimas agirem. 
 
A técnica de coloração por hematoxilina-eosina, cora as estruturas 
celulares por afinidade a corantes ácidos e básicos. 
As estruturas que se coram por afinidade a corantes ácidos 
(acidofílicas), são as estruturas citoplasmáticas. Se coram de rosa 
pela eosina. 
Já as estruturas com pH básico que se coram com corantes 
básicos (basofílicas), são as estruturas nucleares. Se coram de 
roxo pela hematoxilina. 
 ↓ oxigênio 
 ↓ 
 glicólise anaeróbica 
 ↓ 
 formação de ácido láctico 
 ↓ 
 acidose intracelular, liberação de enzimas lisossômicas e 
 alterações nucleares 
 ↓ 
 morte celular 
 ♦ Eosina: Corante ácido – Rosa. 
 ♦ Hematoxilina: Corante básico – Roxo. 
 
 
No processo de morte celular o núcleo sofre alterações, sendo 
elas: 
• Picnose nuclear: 
Intensa retração (encolhimento) e condensação da 
cromatina, tornando o núcleo intensamente basofílico 
(roxo intenso), de aspecto homogêneo e bem menor do 
que o normal. 
• Cariorrexe: 
Processo de fragmentação e dispersão do núcleo no 
citoplasma.
• Cariólise: 
Digestão da cromatina, desaparecimento da afinidade 
tintorial do núcleo a ponto de não ser mais possível 
identificá-lo em colorações de rotina (ausência dos 
núcleos nas células). 
 
 
Há uma mudança na afinidade pelos corantes, por conta da 
diferença ocorrida no pH da célula. 
 
São lesões secundárias a alterações bioquímicas que resultam em 
acúmulos de substâncias no meio intracelular, que podem ser elas: 
Degeneração hidrópica: A mais comum de lesão não letal e 
caracterizada pelo acúmulo de água e eletrólitos no interior da 
célula, resultando na tumefação celular. 
 
Degeneração hialina: Acúmulo de material proteico e acidófilo na 
célula. 
Degeneração mucoide: acúmulo de glicoproteínas (mucina). 
Degeneração gordurosa ou Esteatose: Acúmulo de lipídios sob 
forma de monoglicerídios, diglicerídios ou triglicerídios no citoplasma 
de células que normalmente não os armazenam. 
 
É um acúmulo de água e alguns eletrólitos dentro da célula, que vão 
resultar na tumefação celular. Os aspectos morfológicos podem 
variar de acordo com a intensidade da lesão. 
• Macroscopia: 
O órgão aumenta de tamanho e peso, possuindo uma 
coloração pálida. 
• Microscopia: 
Células tumefeitas (“inchadas”), com vacúolos de água 
distribuídos no citoplasma, núcleo na periferia 
 
 
Acúmulo de lipídios sob forma de monoglicerídios, diglicerídios ou 
triglicerídios no citoplasma de células que normalmente não os 
armazenam. 
Vai ocorrer quando um agente interferir no metabolismo dos 
ácidos graxos na célula, fazendo com que aumente a sua captação 
ou síntese, ou até mesmo prejudicando sua utilização e liberação. 
É algo muito comum no fígado, por ser o principal metabolizador de 
ácidos graxos. 
• Macroscopia: 
O órgão também vai estar aumentado de volume, 
abaulamento dos bordos hepáticos, coloração amarelada. 
• Microscopia: 
Vacuolização, células tumefeitas e núcleos periféricos. 
A microscopia é parecida com a degeneração hidrópica, mas pode 
ser feito uma técnica de coloração específica para gordura. 
 
 
A necrose vai ser resultado da ação das enzimas digestivas 
lisossomais. Essas enzimas possuem um tempo de desnaturação, 
agindo e depois sendo inativada. 
O processo de necrose ocorre de maneiras diferentes 
dependendo do local da lesão, ocorre de uma forma em órgãos 
parenquimatosos e de outra forma nos outros tecidos, 
principalmente no encéfalo. 
 
 
As enzimas liberadas pelos lisossomos desnaturam antes de terem 
completado sua atividade lítica sobre a célula. 
É a forma de necrose onde a arquitetura básica dos tecidos 
mortos é preservada por pelo menos alguns dias (contorno 
celular), pois as proteínas do citoesqueleto não são totalmente 
digeridas, porém apresentam-se tumefeitas, acidófilas 
(eosinofílicas) e com alterações nucleares. 
Comum em tecidos com textura firme, como rins e coração. 
Uma área localizada de necrose de coagulação é chamada de 
infarto. 
 
 
 
 
 
As enzimas tendem a completar sua atividade lítica antes de 
desnaturarem. 
Ao contrário da necrose de coagulação, é caracterizada pela 
digestão de células mortas, transformando o tecido em uma 
massa viscosa e liquida. 
Ocorre em tecidos de fácil digestão, como no sistema nervoso 
central (encéfalo e medula espinhal). 
As células se liquefazem e o tecido passa a apresentar cavidades 
císticas repletas de líquidos e restos celulares. 
Além dos tecidos moles, é também observada em infecções 
bacterianas focais ou em infecções fúngicas, pois micróbios 
estimulam o acúmulo de leucócitos e a liberação de enzimas dessas 
células. 
 
 
 
É encontrada mais frequentemente em focos de infecção 
tuberculosa (lesão por Mycobacterium tuberculosis). 
Células não se apresentam preservadas e nem liquefeitas, com 
destruição completa da arquitetura tecidual e gerando um material 
amorfo acidofílico, com halo inflamatório típico e possibilidade de 
calcificação distrófica (cálcio vai se depositando). 
O termo caseoso se dá pela aparência esbranquiçada e 
semelhante a queijo. 
 
 
 
 
 
Ocorre em áreas nas quais existe ação de lipases, digerindo 
triglicerídeos em ácidos graxos livres e glicerol, em células com 
acúmulo grande de lipídios. 
Aparece quando há, por exemplo, liberação de lipases 
pancreáticas sobre o tecido adiposo ao redor do pâncreas e na 
própria cavidade peritoneal. Essas enzimas digerem o próprio 
órgão. 
Pode ocorrer um processo de saponificação: Os ácidos graxos 
liberados combinam-se com o cálcio ocorrendo a saponificação da 
gordura, formando áreas esbranquiçadas 
 
 
 
 
A apoptose é também um processo de morte celular, porém, com 
mecanismos e eventos desencadeantes completamente 
diferentes da necrose. 
É a morte celular programada de uma célula. Podemos dizer que 
toda célula ao nascer, possui uma “data para morrer”. 
A célula começa a se retrair e inicia uma condensação da 
cromatina (compactação) para que haja a morte nuclear. 
Dessa forma, ocorre a fragmentação por um processo 
determinado pelas caspases, que são enzimas que fazem a 
degradação da célula. 
Vão se formar os corpos apoptóticos, que são fragmentos da 
célula (não há extravasamento de conteúdo). 
Esses corpos apoptóticos serão fagocitados, digeridas por 
macrófagos. 
Não gera uma reação inflamatória como na necrose. 
 
Componente de vários processos biológicos importantes, incluindo: 
• A destruição programada de células na embriogênese; 
• A involução tecidual dependente de hormônios. Ex.: 
involução da glândula mamária induzida pela queda da 
prolactina; 
• A morte celular induzida pela respostaimunológica, como 
nas rejeições imunológicas mediada por linfócitos T; 
• A morte celular induzida por certos vírus, como o da 
imunodeficiência humana (HIV) sobre linfócitos ou o da 
hepatite B (HBV) sobre hepatócitos, ou ainda por 
estímulos nocivos, como radiação, agentes tóxicos etc. 
Independentemente da causa, a apoptose deriva sempre da 
ativação sequencial de proteases, sobretudo caspases, que 
realizam a ativação de endonucleases responsáveis pela 
fragmentação do DNA. 
 
 Características Necrose Apoptose 
 Estímulo 
 desencadeante 
 Patológico Fisiológico ou 
 patológico 
 Ocorrência Grupo de células Células individuais 
Alteração do volume 
 celular 
 Tumefação Encolhimento 
 
 
 Mecanismos 
 envolvidos 
 Depleção de ATP, 
lesão de membrana, 
extravasamento de 
enzimas lisossômicas, 
 com autólise. 
 Ativação de 
 caspases e 
 fragmentação 
 nuclear e celular, 
 sem autólise e 
 consome ATP. 
Indução de resposta 
 inflamatória 
 Sim Não 
 
 
 Núcleo 
 Picnose 
  
 Cariorrexe 
  
 Cariólise 
 Fragmentação em 
 fragmentos do 
 tamanho de 
 nucleossomas 
 Membrana 
 plasmática 
 Rompida Intacta; estrutura 
 alterada, 
 especialmente a 
 orientação dos 
 lipídios. 
 
 
 
 
 Retração celular 
  
 Condensação da cromatina 
  
 Fragmentação celular 
  
 Geração de corpos apoptóticos (que serão fagocitados) 
 Ativação das caspases 
  
 Ativação de endonucleases 
  
 Fragmentação do DNA 
 
 
• Atrofia: 
É a redução do tamanho de um órgão ou tecido que 
resulta da diminuição do tamanho das células. 
• Hipertrofia 
É um aumento do tamanho das células que resulta em 
um aumento do tamanho do órgão em que o processo 
está se desenvolvendo. O órgão aumentado não possui 
novas células, apenas células maiores. 
• Hiperplasia: 
É um aumento no número de células de um órgão ou 
tecido, resultando geralmente em aumento da massa. 
• Metaplasia: 
É a substituição de um tipo celular adulto (epitelial ou 
mesenquimal) por outro, em geral mais capacitado para 
suportar estímulos adversos. 
 
 
Inflamação é uma reação complexa em tecidos que consiste 
principalmente nas respostas dos vasos sanguíneos e leucócitos, 
resposta tecidual fisiológica a uma agressão (de origem infecciosa ou 
não). 
Objetivo final da resposta inflamatória é o reparo do tecido agredido 
por regeneração e/ou por cicatrização. 
A persistência patológica da resposta inflamatória pode levar ao 
comprometimento do estado de homeostasia corporal, podendo 
evoluir à disfunção orgânica e à morte do paciente. 
 
- Agentes infecciosos (bactérias, vírus, protozoários etc.); 
- Físicos (radiações, traumas mecânicos, queimaduras etc.); 
- Químicos (toxinas, substâncias cáusticas etc.); 
- Reações imunológicas; 
- Enzimas lisossômicas liberadas de tecido necrótico. 
 
A inflamação é dividida em dois grandes grupos: Inflamação aguda 
e inflamação crônica. 
Aguda Crônica 
- Curta duração 
- Edema inflamatório 
(exsudato) 
- Migração de leucócitos 
(neutrófilos e monócitos) ao 
sítio inflamatório 
- Maior duração 
-Presença de linfócitos e 
macrófagos 
-Proliferação de fibroblastos 
(fibrose) e de vasos 
sanguíneos (angiogênese) 
 
Apesar de ser dividido em grupos de uma forma didática, não há 
regra de duração ou limite da inflamação aguda ou crônica. Não 
existe como saber quando termina uma e começa a outra. 
Exsudato: Exsudatos são líquidos, células ou outras substâncias 
celulares eliminadas vagarosamente dos vasos sanguíneos 
(geralmente em tecidos inflamados). 
Transudato: Transudatos são líquidos que passam para o espaço 
extracelular dos tecidos através de uma membrana ou sob 
pressão de tecidos. Os transudatos são ralos e diluídos, contendo 
poucas células ou proteínas. 
Um espinho entrou na sua mão, vai gerar uma resposta 
inflamatória aguda curta, o organismo vai mandar neutrófilos e 
monócitos para o sítio de inflamação, vai tentar fagocitar o 
agente, tentar montar uma resposta inflamatória. Caso ele não 
consiga, vai encapsular esse espinho ou formar uma reação de 
corpo estranho para expelir, isso é um processo que leva dias, 
com o tempo o processo vai cronificando, e é aí que temos a 
resposta inflamatória crônica de maior duração, predominando 
linfócitos e macrófagos, muitas vezes pode haver proliferação de 
fibroblastos (cicatrização) e de vasos sanguíneos (angiogênese). 
Portanto a inflamação crônica é um processo proliferativo. 
 
 Inflamação e reparo 
 
 
No reparo por regeneração, o tecido lesionado vai ser substituído 
por células do mesmo tipo e reestabelecer a arquitetura tecidual 
original. 
Cortes superficiais, apenas na derme, se regeneram. Geralmente 
ocorre com células lábeis, que possuem boa capacidade de 
proliferação e regeneração. 
Para que a regeneração aconteça, é importante a integridade da 
membrana basal. Caso a lesão tenha sido tão profunda a ponto de 
comprometer a membrana basal, esse tecido não consegue mais se 
regenerar e vai precisar cicatrizar. 
 
 
No processo de cicatrização, as células que foram lesionadas vão 
ser substituídas pela proliferação de fibroblastos. Vai ter o 
desenvolvimento de um tecido conjuntivo para poder sustentar esse 
processo todo. 
Ocorre principalmente em células pós-mitóticas, que não possuem 
boa capacidade de regeneração e de proliferação, mas também 
pode ocorrer com células lábeis caso haja a perda da integridade da 
membrana basal. 
 
- Como a inflamação vai acontecer? 
- Quais são os principais eventos hemodinâmicos que estão 
presentes no processo inflamatório? 
Primeiro vai ocorrer a lesão  
1- Vasoconstrição transitória das arteríolas. 
2- Vasodilatação das arteríolas, com enchimento de sangue na 
rede capilar do tecido (hiperemia). 
 Sangue nos capilares sanguíneos →  Pressão hidrostática do 
plasma → formação de um edema incipiente do tipo transudato. 
3- Aumento da permeabilidade vascular pela contração das células 
endoteliais – abertura de espaços interendoteliais. 
4- Extravasamento de proteínas plasmáticas, como albumina, para 
o espaço intersticial. 
 Pressão coloidosmótica do plasma 
 Pressão coloidosmótica do líquido intersticial. 
5- Formação do exsudato. 
 
 
Todo esse evento descrevido acima está sendo feito para 
recrutar células do sangue para o local da lesão 
 
Existe um “sinal” no local lesionado. Acontece um processo 
chamado de quimiotaxia, liberação de substâncias químicas 
(quimiocinas) na região inflamada, e essas quimiocinas vão informar 
para o vaso sanguíneo o destino das células. 
Ocorre uma diminuição do fluxo sanguíneo por conta da 
vasodilatação, e esses leucócitos circulantes vão para mais perto 
da parede do vaso (marginação leucocitária). 
 
 
E por meio da sinalização química eles vão conseguir sair do vaso. 
Quando encosta, acontece uma ligação chave-fechadura entre as 
E-selectinas que estão na parede do vaso com as E-selectinas que 
estão na parede do endotélio. 
Acaba ficando mais permeável e então consegue transmigrar, 
mudando sua conformação com pseudópodes se “agarrando” para 
conseguir sair. 
 
O tipo predominante de leucócito dependerá do tipo de agressão 
ao tecido e do(s) mediador(es) químico(s) presente(s). 
Inflamação aguda – os neutrófilos tendem a predominar nas 
primeiras 6 a 24 horas de lesão, sendo então substituídos por 
monócitos nas próximas 24-48 horas. 
Infecções virais e reações imunomediadas – predomínio de 
infiltradolinfocitário 
Reações alérgicas e infecções parasitárias – predomínio de 
eosinófilos 
 
Ação pró inflamatória Principais mediadores 
químicos envolvidos: 
Vasodilatação - Histamina e serotonina 
- Bradicinina 
- Prostaglandinas (PGE2, 
PGI2, PGD2.). 
- Fator de ativação 
plaquetária (FAP). 
Aumento da 
permeabilidade vascular 
- Histamina e serotonina 
- C3a e C5a 
(anafilotoxinas) 
- Bradicinina 
- Fibrinopeptídeos 
- Leucotrienos 
- FAP. 
Quimiotaxia - C5a 
- Fibrinopeptídeos 
- Leucotrienos B4 
- FAP 
- Enzimas lisossômicas 
- Endotoxinas bacterianas. 
Destruição tissular - Espécies reativas de 
oxigênio 
- Enzimas lisossômicas. 
 
 
• Resolução completa, com regeneração das células danificadas e 
restauro da arquitetura tecidual original; 
• Reparo por cicatrização, com substituição do tecido danificado 
por tecido conjuntivo fibroso (fibrose); 
• Formação de um abscesso (coleção purulenta ou de pus), quando 
há presença ou infiltração de microrganismos piogênicos 
(formadores de pus), como Staphylococcus aureus; 
• Inflamação de longa duração (inflamação crônica). 
 
A inflamação crônica ocorre em situações de: 
1) persistência de agentes infecciosos (como Mycobacterium 
tuberculosis na tuberculose, Mycobacterium leprae na hanseníase, 
Treponema pallidum na sífilis e Candida albicans na candidíase, 
dentre muitíssimos outros); 
2) exposição prolongada a agentes tóxicos exógenos ou endógenos, 
como partículas de carbono na antracose e gotículas lipídicas numa 
placa de ateroma; 
3) autoimunidade, como ocorre em doenças inflamatórias, como 
artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico. 
 
Presença de infiltrados de células mononucleares - macrófagos, 
linfócitos e plasmócitos (linfócitos B que invadem o tecido 
conjuntivo e se diferenciam em plasmócitos, sintetizando 
imunoglobulinas ou anticorpos), com destruição tecidual e reparo 
por fibrose e angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É uma doença multifatorial, associada a alterações genéticas e 
epigenéticas que culminam em um fenótipo. 
Câncer - palavra grega carcinoma (de karkinos = crustáceo, 
caranguejo) - atualmente, designa todos os tumores malignos. 
Oncologia (do grego oncos = tumor e logus = estudo) - estudo dos 
tumores ou neoplasias. 
 
“Uma massa anormal de tecido, cujo crescimento excede aquele 
dos tecidos normais e não está coordenado com ele, persistindo da 
mesma maneira excessiva após o término do estímulo que induziu 
a alteração”. Rupert Willis (1898-1980) 
“Neo” – Novo 
“Plasia” – Crescimento 
É considerado um crescimento descoordenado de tecido com taxa 
de crescimento superior à do tecido normal. 
 
É muito importante entendermos a diferenciação celular para 
compreendermos a agressividade dos tumores. 
Todas as células nascem indiferenciadas, e então vão se 
diferenciando e especializando de acordo com seu DNA, como uma 
“programação”. 
 
 
Pode haver alterações na programação dessa célula, porém, caso 
haja muitas, ela não consegue sequer caminhar para se 
especializar e se tornar uma célula epitelial, por exemplo. 
Tumores com muitas alterações, são tumores indiferenciados e 
tendem a ter um comportamento mais agressivo. Com essa 
indiferenciação fica ainda mais difícil identificar o tipo do tumor. 
 É feito uma imuno-histoquímica, que é uma técnica diagnóstica que 
vai identificar a expressão de determinadas proteínas na 
superfície da célula e a partir da inspeção dessas proteínas 
classificar se o tumor é de origem mesenquimal, endotelial etc. E 
assim identificar o tipo do tumor que estamos lidando. 
Porém, existem tumores tão agressivos que sequer expressam 
essas proteínas. 
 
 
É qualquer tipo de neoplasia (novo crescimento) que não apresente 
capacidade de fazer metástase. São mais diferenciados. 
- Apresenta um comportamento menos agressivo (pois muitas 
vezes apresenta um crescimento encapsulado). 
No entanto, dependendo da localização desse tumor benigno, pode 
causar problemas. 
Como por exemplo um tumor benigno no córtex, acaba 
comprimindo o parenquima, levando a destruição tecidual por 
compressão, levando a falhas no funcionamento do sistema 
nervoso. 
 Neoplasias 
Portanto, uma célula indiferenciada é uma célula pouco 
especializada. 
 
Diferenciação = especialização 
Célula indiferenciada = célula pouco especializada 
Anaplasia = as células perdem suas características de 
especialização, assumindo características semelhantes às das 
células embrionárias. 
 
 
Qualquer neoplasia que apresenta capacidade de causar 
metástase. 
- Apresenta comportamento biológico agressivo. 
- Pode invadir diferentes órgãos. 
- Apresenta prognóstico desfavorável. 
 
 
 
 
Tumores benignos de origem mesenquimal são designados pelo 
sufixo oma precedido pelo nome da célula de origem do tumor. 
Exemplos: 
- Tumor benigno de fibroblastos = fibroma 
- Tumor benigno de condrócitos do tecido cartilaginoso = condroma 
- Tumor benigno de osteócitos = osteomas 
- Tumor benigno de adipócitos = lipomas 
- Tumor benigno de fibras musculares estriadas = rabdomiomas 
- Tumor benigno de fibras musculares lisas = leiomiomas 
Exceções: linfoma, melanoma e mieloma são tumores malignos que 
levam este sufixo. 
 
Tumores malignos de origem mesenquimal - sarcomas (do grego 
sar = carnoso). 
Exemplos: 
- Tumor maligno de fibroblastos = fibrossarcomas tumor maligno 
de tecido ósseo = osteossarcomas 
- Tumor maligno de cartilagem = condrossarcomas 
- Tumor maligno de adipócitos = lipossarcomas 
- Tumor maligno de fibras musculares estriadas = 
rabdomiossarcomas 
- Tumor maligno de fibras musculares lisas = leiomiossarcomas 
Tumores malignos originados de células epiteliais (qualquer uma das 
três camadas germinativas - ectoderme, mesoderme e 
endoderme) - carcinomas. 
 
 
 
Microambiente tumoral: 
Tecido complexo composto por múltiplos tipos celulares distintos 
que participam de interações heterotípicas entre si, criando um 
ambiente propício para o desenvolvimento tumoral. 
 
 
As células tumorais estão acostumadas a crescer e se multiplicar 
em ambiente inóspito, portanto mesmo na presença de oxigênio, 
ainda metabolizam glicoe pela glicólise anaeróbia. 
Isso é chamado de efeito Warbug. 
As células tumorais malignas são ávidas por glicose, entretanto, o 
sítio de crescimento tumoral pode apresentar um pobre 
suprimento sanguíneo e, consequentemente, nutricional. 
Ao alterar o metabolismo celular para a glicólise anaeróbica, as 
células tumorais passam a adquirir capacidade de sobreviver em 
um meio acidificado, devido ao excesso de ácido láctico gerado. 
A baixa tensão de oxigênio também ajuda na angiogênese, o que 
ajuda o tumor a crescer ainda mais. 
Proto-oncogenes são genes normais que todos nós possuímos, o 
problema é quando eles sofrem uma mutação, deixando de ser um 
proto-oncogene para se tornar um oncogene produzindo produtos 
alterados→ oncoproteínas. 
Se tornam oncogenes devido a uma mutação ou devido ao aumento 
de expressão gênica. 
Existem alguns genes que são os “guias” ou “drivers” da 
diferenciação celular como por exemplo o gene TP53, essencial 
para o processo de multiplicação celular, onde pelo menos dois 
“checkpoints” passam por ele e caso ele identifique alguma 
mudança no DNA da célula ele a encaminha para apoptose. 
Caso haja uma mutação nesse gene, ele não vai ser capaz de 
mandar uma célula defeituosa para a apoptose, e essa célula logo 
vai começar a se multiplicar rapidamente. 
O gene TP53 produz a proteína P53: 
 
Proteína p53 - responsável pela regulação do ciclo celular (ação 
supressora tumoral) - parada do ciclo celular para que os sistemas 
de reparo do DNA tenham tempo de corrigir defeitos, impedindo 
sua propagação nas próximas gerações de células. Caso tais 
defeitos não possam ser reparados, a p53 induzirá a célula a 
entrar em apoptose. 
E existem genes que não são “tão essenciais” como os genes 
drivers,são os chamados genes passengers. 
Uma mutação no p53 muitas vezes já é suficiente para que se 
inicie um processo de cancer. 
Já para que um cancer se inicie com genes passengers, é 
necessário acumular mais mutações. 
 
As células tumorais precisam de nutrientes e de oxigênio para 
sobreviverem. 
Portanto, emitem sinalizadores químicos (que geralmente são a 
baixa tensão de oxigênio e a acidificação do meio ou VEGF) que 
agirão sobre o endotélio vascular do “vaso-mãe”, iniciando o 
brotamento de novos vasos sanguíneos. 
 
O vaso sanguíneo que cresce em volta do tumor, não é formado 
corretamente da forma como deveria ser, com todas as suas 
camadas, portanto é mais fácil de ser penetrado pela célula 
tumoral, facilitando o processo de metastase. 
–
Mutações no gene TP53 estão presentes em cerca de 50% 
dos cânceres em humanos, principalmente em tumores 
colorretais, pulmonares e de mama. 
Por isso mutações no p53 costumam aparecer cedo, ou tem 
uma herança genética. 
 
Em pacientes idosos que desenvolvem cancer, geralmente são 
mutações em genes passengers, pois precisou acumular 
mutações ao longo da vida para conseuir desenvolver o 
processo tumoral. 
 
Processo fundamental para o desenvolvimento tumoral e sua 
evolução metastática. 
O grau de perivascularização tumoral está diretamente 
relacionado ao prognóstico pela sua malignidade. 
 
O fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) desempenha 
papel chave na angiogênese tumoral, estimulando a 
proliferação, migração e sobrevivência das células endoteliais. 
 
 
 
• Pode favorecer indução da coagulação 
• Ruptura 
Não se formam apenas vasos sanguíneos, se formam também 
vasos linfáticos. 
 
O processo de metastase é muito complexo e ocorre em várias 
etapas, ou seja, não acontece do dia para a noite. 
A célula da metastase é mais especializada do que a célula do 
tumor primário, ela adquiriu mais caracteristicas de malignidade. 
Etapas da metástase: 
1) desprendimento das células neoplásicas da massa tumoral 
primária; 
2) deslocamento das mesmas através da matriz extracelular; 
3) invasão dos vasos linfáticos ou sanguíneos; 
4) sobrevivência das células cancerosas na circulação; 
5) adesão ao endotélio vascular do órgão a ser colonizado; 
6) migração para o espaço extravascular (diapedese) no órgão-
alvo; 
7) proliferação celular no novo sítio; 
8) indução da angiogênese para o suprimento sanguíneo da nova 
colônia. 
 
 
 
 
 
A transição epitélio-mesenquimal (EMT) é o processo pelo qual as 
células cancerosas a partir de tumores primários passam por uma 
conversão fenotípica para invadir e migrar, gerar metástases em 
tecidos ou órgãos distantes. 
• Fenótipo de transição 
• Associado às células epiteliais 
• Silenciamento dos genes epiteliais 
• Aumento de expressão de genes mesenquimais 
 
 
A apoptose é uma barreira natural para o desenvolvimento do 
cancer, células tumorais encontram mecanismos para escapar da 
apoptose e continuar sua proliferação patológica malignidade de 
alto grau e resistência terapêutica. 
Necrose central - rápido crescimento tumoral e angiogênese não 
ocorre na mesma velocidade com que o tumor se expande, 
portanto o centro do tumor fica necrótico pois entra em hipóxia 
por falta de suprimento sanguíneo. 
 
1 célula tem o tamanho de 10 micrometros. Para termos 1 
micrograma de peso de células tumorais essa célula precisa ter 10 
duplicações. 
Até 20 duplicações é clinicamente indetectável. 
 
 
 
 
Mutações somáticas inibem o p53 (o gene está normal mas 
fica silenciado) 
 
 
É a capacidade que as células tumorais possuem de preparar o 
local que vai receber a metastase. 
As células aprendem o que o tumor precisa e passam a 
informação adiante para o local. 
 
 
Células anaplásicas ou indiferenciadas (morfologicamente e 
funcionalmente distintas das células foliculares normais) 
Células com formatos e tamanhos distintos, núcleos grandes e 
hipercromáticos, variação na proporção citoplasma / núcleo 
 
 
 
É a principal forma de disseminação dos carcinomas (sarcomas 
também podem fazer uso dessa via). 
Quando um paciente tiver um carcinoma é importante fazer a 
avaliação do linfonodo sentinela e do linfonodo regional. 
Linfonodo sentinela- responsável pela drenagem local do tumor 
(primeiro sítio de metástase). 
O linfonodo contendo células neoplásicas pode estar com aumento 
de volume (linfadenomegalia), podendo evoluir para a formação de 
uma massa tumoral. 
Nem toda linfadenomegalia pode ser considerada uma metástase; 
muitas vezes, os linfonodos que drenam o sítio neoplásico podem 
estar reagindo a substâncias antigênicas liberadas pelo tumor. 
Linfonodos com dimensões normais podem conter 
micrometástases. 
 
 
É a principal via de disseminação dos sarcomas (carcinomas 
também podem utilizar essa via). 
Por conta da espessura das paredes, as artérias são mais dificeis 
de penetrar do que as veias. 
 
Usamos todas essas informações para tentar entender como 
esse tumor vai se comportar. 
Gradação tumoral: baseada no grau de diferenciação das células 
neoplásicas e no número de mitoses que o tumor apresenta, a fim 
de predizer a agressividade da lesão. 
A presença de células tumorais circulantes na corrente 
sanguínea não necessariamente indica a formação de 
metástases. 
Importante componente do processo metastático - 
capacidade de sobrevivência das células tumorais na circulação 
sanguínea. 
 
- Os tumores são classificados quanto ao grau de anaplasia, de 
forma crescente, de I a IV 
Quanto mais diferenciado, menor será a sua gradação, supondo se 
que o tumor em questão terá também um comportamento menos 
agressivo. 
Estadiamento tumoral- se baseia no tamanho do tumor primário, 
na extensão da sua disseminação para os linfonodos regionais e na 
presença ou não de metástases à distância. 
Na prática, o estadiamento tumoral provou ter maior valor clínico 
do que a gradação. 
Sistema TNM: 
T- para designar o tumor primário 
N- refere-se ao comprometimento de linfonodos regionais 
M- presença ou não de metástases 
 
 
Acúmulo de líquidos no intertício ou no nterior de cavidades 
corporais. 
Dependendo do local onde esse líquido se acumula, ele vai receber 
um nome diferente. 
• Ascite- acúmulo de líquido na cavidade abdominal. 
• Hidrotórax- acúmulo de líquido na cavidade torácica. 
• Anasarca- acúmulo generalizado de líquido no tecido subcutâneo. 
 
4 coisas regem a dinamica capilar (troca de fluidos entre o plasma 
sanguíneo e o líquido intersticial). 
São as chamadas forças de Starling: 
• Pressão hidrostática do plasma (pressão capilar - Pc) 
 - A força que o plasma exerce na parede é o que vai 
determinar a PC. 
• Pressão coloidosmótica ou oncótica do plasma (πp) 
 - Gerada pelas proteínas presentes no sangue, albumina, 
globulinas etc. 
• Pressão coloidosmótica ou oncótica do líquido intersticial (πli) 
 - Gerada pelas proteínas do interstício. 
 
 
• Pressão do líquido intersticial (Pli) 
 - Pressão negativa gerada pela drenagem linfática. 
 
Comprometimento do retorno venoso. 
• Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) 
• Bombeamento venoso insuficiente (por insuficiência das valvas 
venosas nas veias varicosas ou varizes; por imobilização ou 
paralisias musculares; por obstrução venosa, como na trombose; 
por compressão externa das veias, como ocorre no final da 
gestação etc.). 
Retenção excessiva de sal 
• Doença de Conn ou hiperaldosteronismo (excesso de aldosterona, 
levando à reabsorção excessiva de sódio nos túbulos renais); 
• Insuficiência renal (diminuição da natriurese). 
• Hipernatremia (aumento das concentrações plasmáticas de sódio) 
→ retenção hídrica → elevação da pressão sanguínea. 
Redução da resistência das arteríolas 
• Uso de substâncias vasodilatadoras; 
• Diminuição do tônus vasoconstritor simpático; 
• Aumentos de fluxo sanguíneo por vasodilatação arteriolar → ↑ 
pressão nos capilares. 
 
Hipoproteinemia (hipoalbuminemia)- Desnutrição proteica; 
- Doenças hepáticas (hepatopatias); 
- Doenças renais (glomerulonefropatias), que permitam a perda 
urinária de proteínas (proteinúria). 
 
• Falha na retirada do excesso de líquido extravasado para o 
interstício. 
• Ex.: retirada de linfonodos durante cirurgias de ressecção de 
tecido canceroso; linfadenopatias; obstruções linfáticas. 
• Compressão. 
 
 
Distúrbios 
Hemodinâmicos 
 
π
 
 
- Liberação de mediadores químicos que são vasodilatadoras, 
aumentando o fluxo de sangue dentro desse vaso, 
consequentemente aumentando a pressão lá dentro e 
favorecendo a saída de líquido. 
- Geralmente essa vasodilatação ocorre em regiões de arteríolas e 
pequenos vasos. 
 
É o acúmulo de sangue num tecido ou local por distúrbio na 
drenagem venosa; 
• aumento da pressão hidrostática do plasma (Pc); 
• edema do tipo transudato. 
Cianose: acúmulo de sangue com hemoglobina desoxigenada, 
resultado da baixa concentração de oxigênio nos tecidos. É uma 
consequência da hipóxia. 
 
 
Aumento do fluxo arterial LOCAL com abertura de capilares 
inativos. 
-Processo sempre localizado 
-Processo ativo (in vivo) 
-Fluxo de sangue arterial 
Não se encontra hiperemia como um processo post-mortem. 
Principais causas: 
- Mecanismos neurogênicos (Ex.: rubor); 
- Liberação de substâncias vasodilatadoras (Ex. inflamação); 
- Hiperemia ativa de pele: dissipar o excesso de calor (Ex.: exercício 
físico e estado febril). 
 
 
Hiperemia: fluxo maior se sangue arterial. 
Congestão: fluxo maior de sangue venoso (processo muitas vezes 
obstrutivo). 
- Os dois geram aumento da pressão hidrostatica do plasma, 
 
A hemorragia é a perda de sangue do sistema circulatório para o 
meio extern, para cavidades ou espaço intersticial. 
Esse sangue sai do vaso (parte líquida e parte sólida), por uma 
ruptura de um vaso. 
Petéquias: puntiformes, formam-se “pontinhos”. Muito comum ver 
petéquias em pacientes com trombocitopenia. 
 
Sufusões: Contornos irregulares, 
Exemplo: Animal atropelado com o abdome “roxo”, aquilo é sangue 
acumulado que desoxigenou e ficou na cavidade. 
 
 
Equimoses: Contornos definidos. 
Hematomas: Restrito a uma cavidade neoformada. Hematocistos. 
 
Uma vez que eu tenho um processo de hemorragia, o organismo 
vai tentar conter esse sangramento. 
Vai usar eventos celulares, químicos, físicos. 
- Vasoconstrição transitória do vaso lesionado – para que chegue 
menos sangue naquela região e assim diminuir a perda. 
- Recrutamento das plaquetas para formação do tampão 
plaquetário (tampão hemostático primário)> 
- Coagulação do sangue - formação de uma rede de fibrina ou 
tampão hemostático secundário. 
 
 
Via extrínseca: 
É gerada quando ocorre um trauma tecidual e a liberação da 
tromboplastia. Uma vez ativada a tromboplastia, vai dar inicio a 
cascata, ativar o fator VII, que ativa o fator X, consome Ca e ativa 
o fator V. 
O fator V vai dar inicio ao fator ativador da protrombina. Da 
origem a trombina que na presença de Ca forma os monomeros 
de fibrina. E então a rede de fibrina. 
É conhecida como a Via comum. 
 
 
 
Via intrínseca: 
A via intrínseca ocorre quano há um trauma sanguíneo ou contato 
com colágeno, que vai dar origem a calicreína (Nem sempre 
precisa ter a perfuração do tecido para ter o contato com o 
colágeno subendotelial). É uma via mais lenta, pois não é de 
emergencia, justamente pelo sangue não precisar sair do vaso 
para ela iniciar. 
 
Nessa via existe um problema pois a fibrina está sendo formada 
dentro do vaso e isso muitas vezes pode ser incompatível com a 
vida. 
 
Essa rede de fibrina não pode ficar lá para sempre, precisa ser 
degradada lentamente. 
Ativador do plasminogenio tissular (TPA), produz o plasminogenio 
que é convertido em plasmina que possui a capacidade de fazer a 
digestão enzimática da fibrina. 
 
 
Um individuo que não possui hábitos saudáveis é um indivíduo pró-
inflamado. Ocorre um acumulo de gordura sanguínea, o sangue não 
consegue passar direito pelos vasos, portanto ocorre também 
uma diminuição do fluxo sanguíneo. 
Os constituintes do sangue começam a se aproximar do endotélio, 
com a ativação endotelial eles começam a se ligar a parede junto 
das gotículas de gordura. 
 
A tríade de Virchow é a base de como vamos ter a formação do 
trombo. 
1°- Lesão endotelial, pois os constituintes do sangue estão 
esbarrando na parede, gotículas de gordura se acumulando e 
gerando inflamação. 
2°- Alterações do fluxo sanguíneo, o volume sanguíneo passava em 
um tempo no vaso, agora o mesmo vlume começa a passar em um 
tempo reduzido. 
3°- Alterações no próprio sangue que predisponham à 
hipercoagulabilidade. Pois umas das formas de ativar a coagulação 
é por trauma sanguíneo (via intrínseca). 
 
 
Êmbolo: massa sólida, líquida ou gasosa que se desloca pelo sistema 
circulatório para além de seu ponto de formação ou introdução. 
Como 99% dos êmbolos são originários de trombos que se 
desprenderam da parede vascular e passaram a se deslocar, é 
comumente utilizado o termo tromboembolismo ou tromboembolia. 
 
Com a diminuição do calibre vascular, esse embolo vai obstruir a 
passagem de sangue. Normalmente ocorre em uma vênula, por 
exemplo. Por isso é comum problemas de embolia ocasionarem 
problemas no pulmão ou coração. 
Se for um trombo que estava na circulação arterial, não vai 
chegar sangue naquela região, gerando um infarto no tecido. 
 
Interrupção do suprimento arterial e da drenagem venosa - área 
de necrose isquêmica. 
• 99% dos infartos resultam da trombose ou da embolia. 
Fatores que influenciam na ocorrência do infarto: 
• tipo de suprimento vascular do órgão (se único ou duplo); 
• velocidade de ocorrência da oclusão; 
• vulnerabilidade particular do tecido à isquemia e à hipóxia; 
• conteúdo de oxigênio no sangue. 
 
Sépticos ou assépticos - conforme a presença de contaminação 
bacteriana. 
Brancos (ou isquêmicos) e vermelhos (ou hemorrágicos) - de 
acordo com sua coloração. 
Infartos vermelhos ou hemorrágicos - ocorrem nas oclusões 
venosas, em tecidos frouxos (como os pulmões) que permitem 
acúmulo de sangue na zona infartada, em tecidos com circulação 
dupla (como pulmões, fígado e intestino delgado) e em tecidos já 
congestos. 
Infartos brancos ou isquêmicos - surgem nas oclusões arteriais ou 
em órgãos sólidos, como coração, rins e baço, que acabam 
restringindo a quantidade de sangue na área. 
 
O choque é uma incapacidade do sistema circulatório de manter a 
pressão arterial nos níveis adequados para garantir a perfusão 
sanguínea em órgãos vitais. É um distúrbio hemodinâmico agudo e 
sistêmico. 
Esse ser que está em choque, está em um quadro hipotensivo. A 
pressão arterial dele vai diminuir em valores consideráveis e 
consequentemente fazer com que ele tenha uma menor perfusão 
sanguínea. 
Menos sangue nos tecidos vai levar a um quadro de hipóxia e daí 
para a frente chegar até a morte celular. 
 
Quando apresenta uma redução do volume sanguíneo circulante. 
E essa redução do volume sanguíneo pode ser: 
- Hemorragia intensa (perda de sangue). 
- Vômitos ou diarreias intensas (perda de fluídos). 
- Exsudação intensa: peritonite, queimaduras (perda de plasma) 
Tudo isso vai ocasionar na diminuição do volume sanguíneo e do 
débito cardíaco. 
Diminuindo o débito cardíaco, diminui a pressão, que diminui a 
perfusão tecidual, que leva a hipóxia etc. 
 
Resulta da falência do coração em bombear adequadamente o 
sangue. Redução AGUDA no débito cardíaco. 
Causas: 
• Infarto do miocárdio 
• Arritmias 
• Cardiomiopatia dilatada ou hipertrófica 
• Obstrução do fluxo (embolia pulmonar, estenose pulmonar ou 
aórtica) 
• Tamponamento cardíaco. 
 
 Causado pela má distribuição sanguínea. Vai ter uma diminuição da 
resistencia vascular periférica e consequentemente um acumulo 
de sangue nos tecidos periféricos. 
É necessário ter um retorno venoso para um débito cardíaco 
adequado, se o sangue ficar represado na periferia,não volta a a 
quantidade correta e consequentemente não sai a quantidade 
correta. 
Causas: 
Vasodilatação neural ou induzida por citocinas (traumas, estresse 
emocional, hipersensibilidade sistêmica a alérgenos ou endotoxemia). 
Vasodilatação sistêmica = ↑ área microvascular = estagnação do 
sangue = hipoperfusão 
 
É uma reação de hipersensibilidade do tipo 1 generalizada. 
Isso significa que há principalmente os mastócitos atuando – 
degranulação dos mastócitos. 
Dentro deles existe a histamina e a heparina, que são substâncias 
vasodilatadoras e broncoconstritoras. 
Ocorre a degranulação dos grânulos dentro dos mastócitos 
contendo a histamina e heparina, esses mastócitos liberam as 
substâncias no sistema circulatório. 
Essa pessoa vai ter a vasodilatação sistêmica, consequentemente 
o aumento da permeabilidade vascular, diminuição do retorno 
venoso cursando com hipotensão que cursa com hipoperfusão. 
Hipotensão 
 
Perfusão tecidual 
 
Hipóxia 
 
Metabolismo celular anaeróbico 
 
Degeneração e morte celular 
 
 
Embora o volume sanguíneo seja normal, o volume sanguíneo 
efetivo em circulação é diminuído. 
– 
Vasodilatação sistêmica 
 
↑Permeabilidade vascular 
 
Hipotensão 
 
Hipoperfusão 
 
 
 
A vasodilatação periférica é causada por componentes de 
bactérias ou fungos que induzem a liberação de quantidade 
excessiva de mediadores vasculares e inflamatórios; 
A causa mais comum do choque séptico é a endotoxina (LPS – 
componente da membrana celular de bactérias gram-negativas); 
Menos frequente, peptidoglicanos e ácidos lipoteicocos (gram-
positivas) iniciam o choque. 
 
 
 
Principais tipos: 
Constituinte celular normal que se acumula em excesso. Ex.: água, 
diferentes proteínas, lipídios e carboidratos; 
Substância anormal exógena. Ex.: acúmulo de partículas de carbono 
(antracose); 
Substância corada (pigmento), acumulada de maneira transitória ou 
permanente, inofensiva ou tóxica para as células. 
 
Nem todos os acúmulos intracelulares vão levar a uma alteração 
de coloração. 
 
Derivada do processo de peroxidação lipídica, ou seja, quando há a 
liberação de espécies reativas de oxigênio (radicais livres de O2). 
Apesar de não ser nociva à célula, a lipofuscina serve como 
alarme de lesão por radicais livres como durante o processo de 
envelhecimento, principalmente nas células permanentes (aquelas 
que não se dividem após o nascimento). 
Possui uma coloração acastanhada. 
 
 
Pigmento endógeno amarelo-ouro ou castanho dourado, derivado 
da deposição de ferro sob forma insolúvel a partir da degradação 
da hemoglobina. 
O ferro sofre uma reação de oxidação e vai gerar esse composto 
chamado de hemossiderina. 
Pode ser encontrado em áreas hemorrágicas em que os 
macrófagos repletos de hemossiderina são encontrados em 
grandes quantidades a partir da endocitose da hemoglobina 
derivada das hemácias extravasadas. 
O sangue que ficou ali em áreas hemorrágicas vai ser fagocitado 
por macrófagos. 
 
 
1) Destruição de hemácias velhas (> 120 dias de vida); 
- Liberação da hemoglobina (Hgb) no plasma e endocitose por 
macrófagos; 
- Degradação da porção heme da Hgb em biliverdina/bilirrubina e 
Fe++ 
- Exocitose da bilirrubina para o plasma e ligação à albumina 
plasmática (bilirrubina indireta ou não conjugada). 
2) No fígado, hepatócitos conjugam a bilirrubina, que sai seguindo o 
trajeto da bile na forma de bilirrubina conjugada ou direta. 
3) Parte da bilirrubina conjugada é reabsorvida no trajeto e vai 
para o sangue. A maior parte, porém, chega no intestino delgado e 
sofre ação bacteriana, transformando-se em urobilinogênio, logo 
convertido em estercobilina (cor marrom das fezes). 
 
– 
 
Acúmulos 
intracelulares 
 
 
4) Parte do urobilinogênio intestinal, é reabsorvido pela mucosa 
intestinal e vai para o sangue. 
- Bilirrubina conjugada e urobilinogênio circulantes são filtrados 
pelos rins e saem na urina. 
 
Quando esse composto não é eliminado, pode haver alterações de 
coloração, tanto de mucosas, quanto de fezes. 
 
A icterícia se dá quando esse composto fica acumulado nos vasos 
sanguíneos.

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