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POPS CONSOLIDADO

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP
 MANEJO DA AMAMENTAÇÃO 
SUMÁRIO 
PRODUÇÃO LACTEA – TIPOS DE LEITE
LIVRE DEMANDA 
TIPOS DE MAMA *
PEGA E POSIÇÃO
ORDENHA
REFLEXOS DE RN *
FISSURA MAMÁRIA *
INGURGITAMENTO
GAVAGEM
USO DE BICOS 
MITOS E VERDADES
	PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
	AMAMENTAÇÃO
	TEMA PARA ORIENTAÇÃO
	PRODUÇÃO E TIPOS DE LEITE MATERNO
	2. INDICAÇÃO (Para quem e quando aplicar)
	
Gestantes e ou puérperas sem contra indicações para amamentar.
	1. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO
Profissionais de saúde
	4. MATERIAL A SER UTILIZADO
	
Material didático de orientação sobre a produção do leite materno e sua composição.
	5. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
	
COMO OCORRE A PRODUÇÃO DE LEITE ?
 Durante a gravidez, as mamas já começam a ser preparadas para a amamentação, mas a produção de leite materno, geralmente, começa após o parto. No nascimento, há uma diminuição na liberação de estrogênio e progesterona, iniciando a liberação de prolactina, hormônio responsável pela produção do leite. A produção de colostro se estende até a apojadura (descida do leite), entre o terceiro e quinto dia após parto. A apojadura consiste no processo de preparação da mama para a produção de leite, no qual ocorre até cinco dias após o parto. Durante esse período, comumente as mamas encontram-se maiores e bem cheias, de maneira igual, e algumas vezes podem ficar quentes. É comum que haja um pequeno fluxo de leite, começando a descer em forma de gotas, o que é suficiente para o bebê ficar satisfeito. (LOPEZ e JUNIOR, 2017)
 A sucção do bebê é o estímulo fundamental para o mecanismo de produção e ejeção láctea, assim quanto mais ele mama, maior será a produção de leite.
COMO MANTER E AUMENTAR A PRODUÇÃO LÁCTEA? 
 A melhor forma de garantir a produção adequada de leite é praticar a livre demanda, uma vez que a produção ocorre conforme as necessidades do bebê. Quanto mais frequente e eficaz for a mamada, mais leite vai ser produzido. 
 Apenas uma pequena parcela de mulheres, de fato, possui dificuldades fisiológicas que provocam diminuição em sua produção, e tais dificuldades devem ser avaliadas individualmente, em busca da melhor solução.
 É possível elevar a produção láctea com medidas como aumento do contato pele a pele, ingestão hídrica adequada, ordenha regular para estímulo hormonal e, o mais importante, amamentação em livre demanda.
TIPOS DE LEITE
· Colostro: é o primeiro leite produzido pela mãe, logo após o parto, até o sexto dia. Constitui um fluido acumulado nas células alveolares durantes os últimos meses de gravidez, apresentando-se como um leite viscoso, de coloração amarelada. É produzido em pequenas quantidades, entre 30 a 50 ml no primeiro dia, volume suficiente para suprir as necessidades do recém-nascido. É rico em glóbulos brancos e anticorpos, especialmente IgA secretória (sIgA),contém uma porcentagem maior de proteínas, minerais e vitaminas lipossolúveis (A, E e K) e baixa concentração de lactose e gordura, o que faz dele a parte mais líquida do leite materno. A principal função do colostro é fornecer imunidade ao recém-nascido quando ele é exposto aos microrganismos presentes no meio-ambiente (WHO, 2008; ANVISA, 2008; URUAKPA, 2002).
A produção láctea progride alguns dias após o parto. No terceiro dia, o recém-nascido passa a ingerir, aproximadamente, entre 300 a 400mL e, no quinto dia, entre 500 a 800ml de leite.
· Leite de transição Entre o 6° e o 15° dia após o nascimento, nota-se um aumento no volume de leite e sua composição também é alterada, tornando-se mais rico em gorduras e nutrientes. É o chamado leite de transição.Sua produção ocorre no período intermediário entre o colostro e o leite maduro. Embora se considere como um “período de transição”, poucos nutrientes atingem o décimo quarto dia com seus valores definitivos. O processo de transição perdura, na verdade, por todo o primeiro mês de lactação, apesar de defiinição estabelecida de leite maduro como aquele produzido posteriormente ao décimo-quinto dia pós-parto (WHO, 2008; ANVISA, 2008; LAURINDO et al., 1992).
· Leite maduro: é o responsável por nutrir o bebê a partir do 15° dia em diante e contém todos os nutrientes essenciais ao seu desenvolvimento físico e cognitivo. A concentração dos nutrientes cai notavelmente no decorrer do primeiro mês de lactação e geralmente se estabiliza após esse período. Essa alteração reflete as mudanças nas necessidades do recém-nascido, que tem a taxa de crescimento reduzida com o passar do tempo e também melhora a capacidade de digerir e absorver os nutrientes (DONANGELO E TRUGO, 2003). Nessa fase a produção é de aproximadamente 700 a 900ml por dia, aumentando progressivamente, conforme as demandas do bebê. A cor e composição do leite, podem variar conforme a dieta da mãe e o momento da mamada, mas é importante salientar que, todo leite é benéfico, independentemente de seu aspecto. Pequenas variações também podem ocorrer, de acordo com as necessidades específicas do bebê.  
Composição do Leite ao longo da mamada
Foi estabelecida a ideia de que a composição do leite materno evoluía ao longo da mamada, originado o leite anterior e posterior. Assim, a constituição inicial (anterior) seria de água e anticorpos; a intermediária apresentaria níveis mais elevados de caseína e a final (posterior), rica em gordura e calorias. Conforme essa concepção, seria necessário um determinado tempo e esvaziamento das mamas para que o bebê obtivesse todos os macro e micronutrientes. De fato, a composição láctea é modificada durante as mamadas, mas o leite posterior não vem necessariamente depois do leite anterior, porque não depende apenas do esvaziamento ou da sucção da mama. O estado emocional da nutriz exerce impacto muito importante na liberação do leite posterior, ao contrário do que ocorre na liberação do leite anterior que depende da sucção que estimula a liberação de prolactina. Portanto, não é sequencial a chegada do leite posterior. O contato pele a pele, o olhar e a sucção são fortes estímulos para a liberação do leite. A lactante pode amamentar durante 1h e se tiver tensa, insegura, estressada o leite posterior não irá ser liberado, mas por outro lado, quando está tranquila, confiante, com o bebê junto ao seu corpo e com a pega adequada, verifica-se uma mamada eficiente que fornece a completude de nutrientes ao bebê.
	6. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCOS
	
· Hipogalactia- Baixa produção de leite definida como o atraso na produção copiosa do leite por mais de 72 horas pós-parto. Geralmente causada por dificuldades no manejo da amamentação; fatores psicológicos; cansaço; uso de bicos artificiais, fórmulas e protetores de mamilos. Ajustes destes fatores podem solucionar o problema na maioria das vezes, pois as razões fisiológicas configuram minoria dos casos.
· Hiperlactação- Produção excessiva de leite materno. É comum após a apojadura e a melhora costuma ser espontânea, pois a produção se adequa à demanda do bebê. Ajustes na pega, massagens e ordenha podem aliviar os sintomas. 
· Apojadura tardia- A produção de leite (lactogênese) pela mulher pode se iniciar a partir da 16ª semana após a concepção, caso o parto ocorra prematuramente. No caso de mães de bebês prematuros, o maior problema no início da estimulação láctea é o fato de que a glândula mamária obedece à lei da oferta e da procura: quanto maior a oferta do seio materno, maior o volume produzido. 
O fenômeno pode estar relacionado também com a possibilidade do não amadurecimento da placenta em partos através de cesárea , que podem provocar um desequilíbrio em hormônios fundamentais para a amamentação.
Estimular a confiança da mãe, orientar mamadas frequentes, ordenha do colostro, realizar relactação, quando necessário, e acompanhar a puérpera são medidas a garantir o estabelecimento da amamentação.
	7. RESULTADOS ESPERADOSEspera-se que fiquem esclarecidos os pontos fundamentais que abrangem a produção láctea, os tipos de leite e sua composição. Assim, é possível colaborar na promoção e manutenção da amamentação.
 
	8. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
	
GIUGLIANI, Elsa Regina Justo . Aleitamento Materno: Aspectos Gerais. 2013. Disponível em: http://www.ufrgs.br/pediatria/Repositorio/ppsca/bibliografia/aleitamento-materno/giugliani-aleitamento-materno-2013-aspectos-gerais-2013. Acesso em: 31 mar. 2021.
GOMES E CARVALHO, Cristiane F. e Marcus Renato de . AMAMENTAÇÃO -Bases científicas. 4. ed. Guanabara Koogan, 2017.
POZZI, Carla Mariane Costa. Análise metaloproteômica de cálcio, ferro e zinco em colostro, leite de transição e leite maduro humanos. 2013.
RODRIGUES, Allison Marcelo Anjolis; HARTWIG, Mayck Djúnior. As técnicas de tcc no controle da ansiedade em mulheres puerpério por cesariana. Psicol. Am. Lat.,  México ,  n. 28, p. 119-130, jun.  2017.   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-350X2017000100008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  23  abr.  2021
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto- Secretaria da Saúde. Protocolo e Diretrizes de Atendimento em Aleitamento Materno. Ribeirão Preto, 2020. Disponível em: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf/protocolo-aleita-materno.pdf. Acesso em: 31 mar. 2021.
PINHEIRO E COSTA, Emanuella e Vanessa Silva da. Crescendo e se alimentando com saúde. 2019. Disponível em: https://sites.usp.br/odontopediatriafo/crescendo-e-se-alimentando-com-saude/. Acesso em: 1 mai. 2021.
SILVA, Leila Maria Lopes . DETERMINANTES MATERNOS ASSOCIADOS À COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DO LEITE MATERNO . Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34708/2/leila_silva_iff_mest_2018.pdf. Acesso em: 31 mar. 2021.
Gaíva, M. A. M., & Medeiros, L. S. (2008). Lactação insuficiente: uma proposta de atuação do enfermeiro. Ciência, Cuidado E Saúde, 5(2), 255-262. https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v5i2.5089
	PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
	AMAMENTAÇÃO
	1. INTERCORRÊNCIA EM AMAMENTAÇÃO 
	
AMAMENTAÇÃO SOB LIVRE DEMANDA
	2. INDICAÇÃO (Para quem e quando aplicar)
	
Puérperas, gestantes e lactantes. 
	3. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR A ORIENTAÇÃO 
	
Acadêmicos e profissionais de saúde habilitados para amamentação. 
	4. MATERIAL A SER UTILIZADO
	
Orientação individual e coletiva.
	5. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
	A amamentação sob livre demanda, também chamada de alimentação guiada pelo bebê, refere-se ao tempo e à duração da mamada determinados pelas necessidades da criança. (COCA et al,2018). O oferta do aleitamento materno é regulada pelos sinais de fome do neonato(BRASIL, 2015), sendo contra indicado que a duração e o intervalo das mamadas ocorram com período pré-estabelecido, por exemplo a cada trinta minutos, pois indicam sucção insuficiente (FUJIMORI, 2010) 
Durante o aleitamento materno exclusivo o recém-nascido mama sem regularidade de horários, sob livre demanda, cerca de 8 a 12 vezes por dia (FERNANDES et al,2021)
	6. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCO
	
É fundamental que a criança consiga através da sucção, esvaziar adequadamente cada mama, dessa maneira, irá ingerir o leite posterior, que é mais calórico, promovendo a sua saciedade e, consequentemente, maior espaçamento entre as mamadas. 
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS: 
Observar sinais de que neonato está com fome do RN (SIQUEIRA;SANTOS ,2017): 
· aumenta os movimentos dos olhos fechados ou abertos; 
· abri a boca, estica a língua e vira a cabeça para procurar a mama; 
· Emite sons suaves de gemido;
· Chupa ou morde as mãos, dedos, coberta, lençol ou outro objeto que entrar em contato com a boca; 
· Sinal tardio de Fome: Chora alto, curvando-se e apresentar dificuldade para pegar a mama. 
 Observar sinais de desidratação no recém nascido (GOMES. 2009): 
· Perda ponderal, (além da primeira semana de vida, e incapacidade de atingir o peso do nascimento até o 10º dia de vida); 
· Frequência urinária e de evacuação diminuídas; (Menos de 4 a 6 fraldas/dia)
· Febre; 
· Icterícia ( pele amarelada); 
· Letargia( sonolência). 
	7. RESULTADOS ESPERADOS
A livre demanda deve ser encorajada, pois a prática de amamentar sem restrições de horário associa-se a ganho de peso adequado, melhor estabelecimento e maior duração do aleitamento materno. São benefícios dessa prática:, menos icterícia neonatal, menos choro, maior estímulo da mama e prevenção do ingurgitamento mamário (FUJIMORI, 2010 ; COCA, 2017)
	8. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
	
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf
CARTILHA de amamentação, Santa casa de misericórdia, São Paulo. Disponível em: https://www.santacasasp.org.br/portal/site/pub/12736/cartilha-de-amamentacao 
SIQUEIRA, Fernanda Paula Cerântola; SANTOS, Barbara Almeida. Livre demanda e sinais de fome do neonato: percepção de nutrizes e profissionais da saúde. Saúde e Pesquisa, v. 10, n. 2, p. 233-241, 2017.
FUJIMORI, Elizabeth et al. Aspectos relacionados ao estabelecimento e à manutenção do aleitamento materno exclusivo na perspectiva de mulheres atendidas em uma unidade básica de saúde. INterface-Comunicação, saúde, educação, v. 14, p. 315-327, 2010.
COCA, Kelly Pereira et al . CONJUNTO DE MEDIDAS PARA O INCENTIVO DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO INTRA-HOSPITALAR: EVIDÊNCIAS DE REVISÕES SISTEMÁTICAS. Rev. paul. pediatr., São Paulo , v. 36, n. 2, p. 214-220, 2018 . 
FERNANDES, Paula Barbosa et al. Guia da amamentação. Produções Técnicas, 2021.
GOMES, Sónia Melo et al. Desidratação hipernatrêmica associada ao aleitamento materno. 2009
	PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
	AMAMENTAÇÃO
	2. INTERCORRENCIA EM AMAMENTAÇÃO ou TEMA PARA ORIENTAÇÃO:
	
TIPOS DE MAMA
	2. INDICAÇÃO (Para quem e quando aplicar)
	· Para o atendimento integral da mulher durante o puerpério
· Aplicar durante a avaliação clinica das mamas; 
	3. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO
	· Enfermeiro(a);
· Médico(a); 
	4. MATERIAL A SER UTILIZADO
	· Luvas de procedimento;
· Máscara cirúrgica;
· Óculos de proteção;
· Avental ou camisola descartáveis; 
· Maca; 
· Lâmina para coleta de secreção papilar (caso seja necessário).
	5. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
	As mamas consistem em estruturas glandulares pares que derivam das glândulas sudoríparas modificadas e localizam-se na parede anterior e superior do tórax. 
O tamanho da mama não interfere na sua capacidade funcional, visto que relaciona-se com a quantidade de tecido mamário e de depósitos de gordura intra e inter lobular. 
Conceitos/tipos de mamilo:
O mamilo da mama consiste em proeminência com formato cilíndrico-cônico que se localiza normalmente na altura do quarto espaço intercostal. O mamilo pode ser classificado em:
· Plano - o mamilo plano situa-se no mesmo nível da aréola e é pouco elástico, o que faz com que a sucção e a pega sejam dificultadas.
· Invertido - no mamilo invertido tem-se a inversão total do mamilo, o que acaba fazendo com que ele desapareça, logo também é difícil a pega e a sucção. 
· Protuso ou normal - o mamilo protuso consiste no mamilo normal, elástico e de fácil pega e sucção, sendo ideal para a amamentação. Forma um ângulo quase reto, é saliente, bem delimitado e se protrai com facilidade.
· Semi-protuso - o mamilo semi-protuso consiste no mamilo um pouco menos protuso, mas que também é elástico e de fácil pega e sucção. 
a) Mamilo invertido; b) Mamilo protuso; c) Mamilo semi protuso.
A protrusão mamilar favorece a prática do aleitamento materno,enquanto os mamilos não protusos, planos e invertidos, estão relacionados com a dificuldade da pega e da sucção, sendo necessário o auxílio durante o processo de amamentação para evitar o desmame precoce. 
Flexibilidade areolar: A elasticidade areolar deve ser avaliada com base no teste de flexibilidade areolar, que consiste em levemente apertar a região da aréola, avaliando como está a sua elasticidade. Vale ressaltar que, quando a aréola e o mamilo encontram-se desidratados, é recomendado o uso do próprio leite materno para sua hidratação, auxiliando na cicatrização das lesões.
etapas :
1. Chamar a paciente, identificando-a;
2. Apresentar-se para a paciente e a receber de forma solícita no local onde será realizado o exame e explicar o procedimento;
3. Reunir o material a ser utilizado;
4. Fazer a higienização das mãos; 
5. Fazer a anamnese detalhada;
6. Conceder um avental ou camisola à paciente e encaminhá-la para um local que seja reservado e pedir para que ela retire a parte superior de sua roupa e vista a o avental ou camisola com a parte da abertura voltada para a frente. 
7. Pedir que a paciente se senta na maca; 
8. Realizar a inspeção estática das mamas. Pedir para a paciente se sentar na maca com os braços pendentes ao lado do corpo ou então levantados sobre a cabeca. Com isso, faz-se uma análise do tipo de mama da paciente: seios simétricos ou assimétricos, formato (sino, gota, redondos, 
9. Buscar possíveis alterações, lesões, retrações, abulamentos e edemas , atarvés da palpação das mamas. Se, com a palpação, a paciente queixar de dor, implica que está ocorrendo um acúmulo de leite, isto é, a oferta está sendo maior que a procura; assim, a recomendação é a retirada manual do leite até o desaparecimento da dor. 
10. Testar a flexibilidade da região areolar. Caso esta região esteja flexível oferecer a mama ao bebê. Caso a região areolar não esteja flexível, retirar o leite manualmente, até ela se tornar flexível; a seguir, oferecer a mama ao bebê. 
Orientar a realização do teste de flexibilidade areolar, antes de colocar o bebê para sugar. Caso a aréola esteja endurecida, realizar a ordenha manual até obter a flexibilidade
Após amamentar o bebê, fazer a auto palpação da mama, a fim de detectar precocemente pontos dolorosos, pois, ocorrendo acúmulo de leite, há aumento da pressão intra-alveolar, levando à dor
Fazer a auto palpação da mama: após a amamentação, no intuito de detectar de forma precoce pontos dolorosos, visto que, uma vez existindo o acúmulo de leite a pressão intra-alveolar aumenta desencadeando a dor. Caso o paciente se queixe de dor à palpação significa que está ocorrendo o acúmulo de leite, ou seja, a oferta está superando a demanda, logo, deve-se recomendar a retirada manual do leite até a dor desaparecer. 
a) Flexibilidade areolar; b) Palpação das mamas; c) Retirada manual do leite.
	 6. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSIVEIS RISCO
	
	7. RESULTADOS ESPERADOS
· Identificar o tipo de mama da paciente;
· Vizualizar possíveis alterações e anormalidades;
· Avaliar os sintomas descritos pela paciente; 
· Detectar ingurgitamento de forma precoce.
	8. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
	
· BRASIL. Ministério da saúde. Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. Protocolos da Atenção Básica,Saúde da Mulher. Brasília, 2016.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf 
· BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica nº 13. Controle dos Cânceres de Colo de Útero e da Mama. Brasília, 2013.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cab13.pdf
· BRASIL. Secretaria Municipal de Saúde. Programa de aleitamento materno. Manual de procedimentos: prevenção e tratamento das intercorrências mamárias na amamentação. Sistema Único de Saúde, 1998. 
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1333108193Intercorr%20amament.pdf
· VAUCHER, Ana Luisa Issler; DURMAN, Solânia. Amamentação: crenças e mitos. Revista Eletrônica de Enfermagem, v.07, n.02, p. 207 - 2014, 2005. 
https://revistas.ufg.br/fen/article/view/881/1054
	PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
	AMAMENTAÇÃO
	TEMA PARA ORIENTAÇÃO
	 
PEGA E POSIÇÃO ADEQUADAS PARA A AMAMENTAÇÃO.
 
	2. INDICAÇÃO 
	Mães em fase de aleitamento.
	3. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO
	 Profissionais da área da saúde e estudantes da área da saúde supervisionados.
	4. MATERIAL A SER UTILIZADO
	 Não se aplica.
	5. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
	 
Uma amamentação pautada na técnica correta, quanto ao posicionamento do binômio mãe-bebê e a sucção/pega do bebê, é efetiva para a boa retirada do leite pela criança, além de ser protetora aos mamilos da mãe. A execução correta é de extrema relevância, ainda, pois a posição inadequada da mãe e/ou bebê infere na pega, podendo culminar em “má-pega”, dificultando, portanto, o esvaziamento mamário devido à dinâmica de sucção e extração do leite dificultada. Isso acarreta a diminuição da produção do leite e, por fim, ganho de peso insuficiente do bebê, mesmo ficando por horas no peito.
Pode-se dizer, portanto, que para um bom aleitamento materno, mãe e bebê devem estar em posição confortável, sem haver obstáculos para que o bebê abocanhe tecido mamário suficiente (dedos em forma de tesoura são desaconselhados e devem ser substituídos pelas mãos em “C”), sugue, faça a deglutição do leite de forma eficiente e respire sem empecilhos.
Pontos chaves para boa pega:
· Aréola um pouco mais visível acima da boca do bebê;
· Boca bem aberta;
· Lábio inferior evertido (voltado para fora);
· Queixo tocando a mama;
· Bochechas arredondadas e não encovadas à sucção.
Sinais indicativos de técnica inadequada de amamentação:
· Bochechas do bebê encovadas à sucção;
· Ruídos da língua;
· Mama esticada ou deformada à mamada;
· Mamilos com estriações vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama;
· Dor durante a amamentação.
 
Pontos chaves para bom posicionamento:
· Rosto do lactente de frente para a mama, com nariz em oposição ao mamilo;
· Corpo do lactente próximo ao da mãe;
· Lactente com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);
· Lactente bem apoiado.
Dentre os posicionamentos possíveis há a barriga com barriga (mais tradicional), invertida (bebê embaixo do braço da mãe, muito comum para a amamentação de gêmeos), cavalinho (o bebê fica sentado na perna da mãe) e a posição deitada (desaconselhada para lactentes muito jovens, pelo risco de sufocamento).
Mais recentemente tem sido discutido o modelo laid-back breastfeeding, um jeito mais natural de amamentar, que consiste em adotar posições que facilitam o comportamento natural e instintivo na mãe e na criança, favorecendo a amamentação. Desse modo, a mãe se posiciona semideitada, relaxada, com ombros, cabeça e pescoço bem apoiados. O bebê, por sua vez, fica em cima da mãe, posicionado oblíqua ou longitudinalmente, permanecendo apoiado na mãe pela força da gravidade, enquanto as mãos da mãe ficam livres. As vantagens desse posicionamento incluem a maior utilização dos reflexos neonatais primitivos. Essa posição promove a autonomia do bebê. 
 
	6. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCO
	 
É importante atentar-se em relação ao posicionamento quanto ao rosto do bebê de frente para a mama, com nariz em oposição ao mamilo. Ademais, é imprescindível que o corpo do bebê esteja próximo ao da mãe, com cabeça e tronco alinhados, bem como a necessidade de estar bem apoiado, com uma posição confortável para o binômio mãe-bebê. 
Quanto à pega, é importante observar se o bebê abocanha a maior parte da aréola possível, com seu lábio inferior virado para fora e sua boca bem aberta, de forma que as bochechas fiquem arredondadas como se estivessem cheias, além do queixo tocando na mama. 
Tendo em vista os temas supracitados, as principais intercorrências que podem ser desenvolvidas devido à má pega e à posição inadequada incluem risco de sufocamento para o bebê e traumas mamilares que,em decorrência da dor, podem culminar em ingurgitamento e mastite. 
	7. RESULTADOS ESPERADOS
 A partir da execução correta das técnicas de amamentação o desfecho esperado é que o momento da amamentação seja prazeroso e indolor, bem como sem lesões nos seios, que haja estabelecimento do vínculo mãe-bebê e que tenha nutrição efetiva e econômica do lactente. Além disso, a pega e posição corretas possibilitarão a perpetuação do aleitamento materno e, com isso, efeito contraceptivo enquanto aleitamento materno exclusivo sobre livre demanda e, também, emagrecimento e involução uterina mais rápidos na lactante. Ademais, para o lactente, proporciona o melhor amadurecimento da cavidade bucal e, ainda, beneficia o crescimento e neurodesenvolvimento. 
 
	8. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
	1. Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria / [organizadores Dennis Alexander Rabelo Burns... [et al.]]. -- 4. ed. Seção 6 - capítulo 2 -- Barueri, SP: Manole, 2017. 
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 184 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica; n. 23).
3. 20. Ed. Nelson Tratado de Pediatria / Robert M. Kliegman ... [et al.]; [tradução Douglas Futuro, Mariana Villanova, Patricia Lydie Joséphine Voeux]. - 20. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. 
 
	
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
	AMAMENTAÇÃO
	1. TEMA PARA ORIENTAÇÃO:
	REFLEXOS DO RECÉM-NASCIDO (RN).
	2. INDICAÇÃO (Para quem e quando aplicar)
	Realizar no RN, do 1º até o 28º dia após o parto.
	3. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO
	Profissionais de saúde 
	4. MATERIAL A SER UTILIZADO
	Pode-se usar luvas de procedimentos, chupetas, mordedores (reflexos de busca, sucção) 
	5. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
	
Os reflexos orais do RN garantem sua alimentação nessa fase inicial do desenvolvimento e são os seguintes:
· busca ou procura (ativado mediante toque na bochecha e, principalmente, nos quatro pontos cardeais dos lábios), cuja função consiste em localizar o peito; 
· sucção (desencadeado pelo toque na ponta da língua e papila palatina), sendo sua função a retirada do leite; 
· deglutição (obtido mediante estímulo do leite na região posterior da língua, palato mole, faringe e epiglote).
 Há, ainda, os seguintes reflexos de proteção da deglutição: mordida (obtido mediante o toque na região interna das gengivas), vômito (desencadeado pelo estímulo na ponta da língua quando há negação total da deglutição) e tosse. (SANCHES, 2004) 
 
1. Reflexo de Busca ou Pontos Cardeais: Ao tocar qualquer região em torno da boca, o bebê vira o rosto para o lado estimulado. Esse reflexo ajuda o recém-nascido a encontrar o seio e a começar a amamentação.Presença – RN até os 3 meses
2. Reflexo de Sucção: Estimula-se os lábios do bebê com o dedo, chupeta ou mamadeira. Presença - RN até 2 meses. 
Imagem : Reflexo de Sucção.
	6. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCO
	O recém-nascido apresenta tônus flexor dos membros, hipotonia paravertebral e movimentos reflexos. É nesse período que ocorrem os reflexos primitivos que são movimentos automáticos e estereotipados a estímulos externos. 
A influência dos reflexos e reações no desenvolvimento colaboram na formação de substrato do controle motor normal; modulam a distribuição do tônus muscular nos membros e tronco; influenciam na postura, no equilíbrio e na harmonia dos movimentos; influenciam na maturação cerebral, interferindo nos processos de atenção, concentração e aprendizado.
Alguns sinais não esperados são: movimentação pequena e restrita; permanência de padrões motores arcaicos; ausência de interesse / interação com o meio. Quando ocorrem podem sugerir: síndromes congênitas, lesão do SNC, hipotonias, hemiparesias ou hipertonias.
(SANCHES.2004) 
	7. RESULTADOS ESPERADOS
1. Reflexo de Busca: abertura da boca e rotação da cabeça na direção do estímulo, muitas vezes seguido da sucção dos lábios ou língua.
2. Reflexo de Sucção: sucção do objeto estimulante.
	8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
	
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.Atenção à saúde do recém-nascido : guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_profissionais_v1.pdf>. Acesso em:20/03/2021.
Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Estadual de Campinas. Neurologia Infantil: Reflexos Primitivos. Disponível em: http://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-didatico/exame-neurologico/reflexos-primitivos . Acesso em: 20/03/2021.
FORTI-BELLANI, C.D.; CASTILHO-WERNERT, L.V. Fisioterapia em pediatria. Curitiba: Omnipax; 2011.
	PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
	AMAMENTAÇÃO
	1. INTERCORRÊNCIA EM AMAMENTAÇÃO 
	
FISSURA MAMÁRIA
	 1.1 CONCEITO
	 Fissuras mamilares são rupturas do tecido epitelial que recobre o mamilo, capazes de dificultar o processo de amamentação pois causam lesões (crostosas ou não), resultando em dores e desconfortos nas puérperas ao tentar amamentar seus RN, o que denominamos de Trauma mamilar. Tais rupturas podem ocorrer pela pega incorreta do bebê ao seio da mãe durante a amamentação. Esta é uma intercorrência comum durante o processo de amamentação e muitas vezes pode estar associada ao desmame precoce. (VIEIRA et al., 2011; VINHA, 2002., UFSC, 2017)
 TIPOS :
Fissura: solução de descontinuidade de aspecto linear, tipo fenda, com comprometimento da epiderme ou derme, de profundidade variável na área da junção mamilo- areolar. Causa mais comum pega incorreta. 
Escoriação: lesão com aspecto de esfoliação do mamilo (tipo raladura de joelho de criança), resultante do atrito da língua e gengiva na superfície do mamilo. Causa mais comum pega incorreta e língua posteriorizada. 
Erosão: lesão resultante do desgaste ou remoção de toda epiderme ou derme. Causa dor intensa. A movimentação do mamilo em atrito com a gengiva do RN provoca este trauma.
Dilaceração: lesão resultante da pressão excessiva e inadequada na região mamilo areolar. Apresenta aspecto “rasgado”, Causas mais comuns: pega incorreta e uso de bombas p/ tirar leite. 
Vesícula: é caracterizada pela presença de vesículas inteiras ou rompidas, devido a diminuição da circulação local, com consequente fragilidade capilar; com presença de exudato. Tem como sintoma, ardor durante toda a mamada. 
	 1.2 CAUSAS
	Na mãe:
· Mau posicionamento da criança;
· uso de cremes e óleos;
· Uso de sabonetes;
· Mamilos curtos, planos ou invertidos;
· Uso impróprio de bombas de extração de leite.
Na criança:
· Pega incorreta;
· Disfunção orotraqueal da criança;
· Frênulo lingual excessivamente curto;
· Sucção não nutritiva prolongada.
	2. INDICAÇÃO 
	· É indicado para mulheres que estão em período de amamentação, em que ocorreu um trauma/lesão cutânea na auréola ao redor da mama.
	3. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO
	· Pelas próprias mulheres no período de amamentação sofrem com a problemática, com o apoio de profissionais de saúde;
· Dentre os profissionais de saúde, temos: os médicos, como pediatras, ginecologistas, obstetras e médicos de família e comunidade; enfermeiros; odontologistas; e fonoaudiologistas.
	4. PREVENÇÃO
	· Identificar relatos de dor e sensação de desconforto ou dificuldade na amamentação, com presença ou não de sangramento e/ou edema aureolar;
· Oferecer a mama em livre demanda e antes que o bebê esteja com muita fome;
· Quando necessário retirar o bebê da mama, colocar o dedo mínimo em sua comissura labial até a língua para eliminar a pressão negativa;
· Eliminaro uso de produtos que retiram a proteção natural do mamilo (cremes, óleos, sabonete);
· Manter as mamilos secos, expondo-os ao ar livre ou à luz solar 
· amamentar com técnica correta;
· Evitar o uso de protetores (intermediários) de mamilo. 
	5. TRATAMENTO 
	MEDIDAS DE CONFORTO (visam minimizar o estímulo aos receptores da dor localizados na derme do mamilo e da aréola)
· Alternar diferentes posições de mamadas é uma dessas medidas, reduzindo a pressão nos pontos dolorosos ou tecidos danificados. 
· Oferecer a mama menos afetada inicialmente, assim o bebê já estará mais saciado quando for para a outra mama e haverá menor pressão negativa;
· Realizar ordenha manual para permitir que a aréola esteja maleável e o bebê consiga realizar a pega correta e, também, ocorra uma liberação facilitada do leite;
· Atentar à pega da mama;
· Não utilizar conchas ou intermediários;(É contra-indicado, pois favorece a drenagem espontânea de leite, o que torna o tecido mais vulnerável a macerações.)
· Uso de analgésicos e anti-inflamatórios para promover alívio da dor. Ibuprofeno, paracetamol e dipirona são seguros na lactação; 
· Em situações de aréolas infectadas, fazer terapia medicamentosa com antibióticos e antifúngicos.
· Não há estudos que comprovem a sua eficácia do uso de cremes, óleos e loções; 
 Considerando que a cicatrização de feridas é mais eficiente se as camadas internas da epiderme (expostas pela lesão) se mantiverem úmidas, não se recomenda tratamento de lesões mamilares com banho de luz, banho de sol e/ou secador de cabelo. Contudo, para prevenção das lesões, recomenda-se que os mamilos se mantenham secos, expondo-os ao ar livre e realizando trocas frequentes dos forros utilizados quando há vazamento de leite.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO visam minimizar o estímulo aos receptores da dor localizados na derme do mamilo e da aréola. 
· iniciar a mamada pela mama menos afetada;
· ordenhar um pouco de leite antes da mamada, o suficiente para desencadear o reflexo de ejeção de leite, evitando, dessa maneira, que a criança tenha que sugar muito forte no início da mamada para desencadear o reflexo;
· alternar diferentes posições de mamadas, reduzindo a pressão nos pontos dolorosos ou tecidos danificados; 
· usar rosquinha de pano e(alternativamente, pode-se utilizar um coador de plástico pequeno, sem o cabo) entre as mamadas, eliminando a fricção da área traumatizada com a roupa; 
 Aplicação do leite materno nos mamilos após as mamadas - apesar de não haver dados científicos que embasem essa conduta, alguns expertos a recomendam devido às propriedades antiinfecciosas do leite materno, o que diminuiria o risco de infecção secundária.
	7. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCO
	· Normalmente, são decorrentes por pega errada durante o ato de sucção na amamentação. Além disso, se relaciona com uso de chupetas e/ou mamadeiras, frênulo curto e higienização das mamas com sabonetes. 
· Ademais, é importante ter o cuidado com o desenvolvimento de infecções mamárias por contato com Staphylococcus aureus e Candidaalbicans.
	8. RESULTADOS ESPERADOS
· Retorno ao aleitamento materno exclusivo se bebê com menos de 06 meses;
· Ausência ou diminuição de dor na mãe;
· Ausência ou diminuição da dificuldade do ato de amamentar;
· Redução das taxas de desmame precoce; 
· Melhora da relação no binômio mãe-bebê;
	9. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
	GIUGLIANI, Elsa R. J. Problemas comuns na amamentação e seu manejo. Disponível em: <http://www.ibfan.org.br/documentos/outras/nov%202004%20giugliane.pdf>. Acesso em 26 de abril de 2021.
PINHO, Ana Luiza Neves de. Prevenção e tratamento das fissuras mamárias baseadas em evidências científicas: uma revisão integrativa da literatura. Disponível em: < https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3259.pdf>. Acesso em 26 de abril de 2021.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Acessórios que auxiliam no aleitamento materno. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/noticias/ni d/acessorios-que-auxiliam-no-aleitamento-materno/>. Acesso em 26 de abril de 2021.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Observatório da Saúde da Criança e do Adolescente. Fissura Mamária. Disponível em: <https://www.medicina.ufmg.br/observaped/fiss ura-mamaria/#:~:text=Fissura%20mam%C3%A1ria%20%C3%A9%20a%20les%C3%A3o,pega %20ao%20mamar%20%C3%A9%20inadequada.>. Acesso em 26 de abril de 2021.
UFSC, HU . POP de enfermagem .Cuidados de Enfermagem no Manejo dos Traumas Mamilares em Puérperas na Clínica Obstétrica, 2017. disponível em : http://www.hu.ufsc.br/pops/pop-externo/download?id=282 -
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/208386/DANIELA%20TCC%20FINAL-%2023.04%20CORR%20ROBERTA.pdf?sequence=3&isAllowed=y
https://www.scielo.br/j/jped/a/HNDcc4nCrrK4Cxmn9fkjQKc/?lang=pt 
	PROCEDIMENTO  OPERACIONAL PADRÃO
	AMAMENTAÇÃO
	1. INTERCORRÊNCIA EM AMAMENTAÇÃO :
	INGURGITAMENTO MAMÁRIO
	2. INDICAÇÃO (Para quem e quando aplicar)
	Pacientes no pós-parto inicial e pacientes que referem sintomas associadas ao ingurgitamento (dor, edema, vermelhidão, febre, etc)
	3. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO
	Enfermeiros, médicos (ginecologistas, obstetras e pediatras), fisioterapeutas e outros profissionais da saúde que participam dos cuidados da puérpera.
	4.  CONCEITO
	
Ingurgitamento mamário ou “leite empedrado” :  Consiste no aumento da produção de leite e na congestão vascular do tecido mamário, ocasionando o acúmulo de leite nas glândulas mamárias, como resultado, há compressão dos ductos lactíferos, o que dificulta ou impede a saída do leite dos alvéolos e, e  acarreta o aparecimento de sinais flogísticos (inchaço, vermelhidão e dor) e febre. (UNIRIO)
A puérpera com ingurgitamento mamário, em geral, refere  dor  ao amamentar.A dor é uma das causas que poderá levar à inibição do reflexo de ejeção de leite, ocasionando gradativa diminuição do mesmo e prejudica as interações iniciais do binômio mãe-filho, sendo uma causa frequente para o desmame precoce.  
Características: Mamas quentes, pesadas e endurecidas; Mamas cheias de leite, sangue e linfa em ductos e alvéolos (Alexandre & da Silva ,2021)
Período de Ocorrência:  Na apojadura; entre o terceiro e o quinto dia do puerpério;
 De forma tardia entre o nono e o décimo dia.
                                                                                         Fonte: Imagens Google
	5. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
	
São medidas eficazes na prevenção do ingurgitamento mamário:
• Início do aleitamento materno logo após o parto; 
• Amamentação em livre demanda; 
• Técnica de amamentação adequada, com ênfase na pega e posicionamento adequados;
• Abstenção do uso de suplementos pelo bebê (água, chás e outros tipos de leite).
     
  Passo-a-passo o atendimento:
1. Inspecionar as mamas após consentimento da paciente;
2. Realizar a higienização das mãos e calçar as luvas;
3. Fazer a palpação das mamas em busca de pontos dolorosos e endurecidos, com permissão da cliente, utilizando equipamentos de proteção individual;   
4. Observar se a pele está esticada e brilhante; 
5. Realizar Teste de Flexibilidade Areolar ( conforme POP x);
6. Verificar a presença de sinais de infecção (febre, secreção purulenta, rubor,calor, dor e edema)
7. Verificar se a pega está correta;
8. Fazer massagem delicada com movimentos circulares iniciando pela região areolar;
9. Realizar a ordenha manual  (conforme POP x )  até o alívio da dor. 
10. Sendo possível, após a massagem e ordenha prévia, colocar o bebê para mamar. 
	6. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCO
	  Recomendações importantes à puérpera :
- Orientação de pega e posição no momento da mamada (conforme POP x);
- Orientar amamentação em livre demanda( sem horários preestabelecidos)
- Ordenha manual de leite antes da mamada para avaliar a tensão nas mamas
- Usar sutiã para manutenção dos ductos na posição anatômica
- Amamentar o lactente em posição reclinada para reduzir o fluxo da mamada
-Amolecimento por pressão inversa (pressão positiva aplicada em torno do mamilo e areola movendo temporariamente o fluido intersticial mais pra dentro do peito, afastando-se da aréola, tornando-a mais macia e maleável)
   -Desaconselhar o uso de bomba extratora de leite do tipo elétrica, a fim de evitar a hiper estimulação; o que poderá provocar um aumento na produção de leite, agravando o desconforto.
- Uso de analgésicos em caso de dor extrema, a critério do médico,
Quanto ao uso de compressas :
- Não é indicado o uso de compressas mornas:
A aplicação de calor local diretamente nas mamas ingurgitadas promove vasodilatação, desta maneira gera um aumento da circulação e consequente aumento no volume de leite nas mamas, o que, fisiologicamente, levaria ao aumento de ingurgitamento (Sousa et al, 2011)
- Uso de compressas frias , indicado apenas nos casos de hipergalactia (Produção excessiva do leite materno ou reflexo de ejeção do leite exagerado/ “em jatos”): ‘Aplicar compressa fria, por poucos minutos (sugere-se no máximo 5 minutos), após as mamadas/ordenha.  A compressa fria é responsável pela redução da produção de leite, pois provoca uma vasoconstricção temporária ,efetiva para aliviar a dor. Deve ser aplicada com cautela, pois o uso exacerbado desse recurso pode interferir na produção do leite e causar queimaduras na pele das mamas; (TelessaúdeRS,2020; Sousa et al, 2011)
Possíveis Riscos:
- Evolução pra mastite infecciosa/inflamatória
- Déficit da produção de leite
	 7. RESULTADOS ESPERADOS
	Resolução progressiva do ingurgitamento, melhora da pega e estabelecimento de amamentação sob livre demanda, melhorando a qualidade da amamentação de forma geral.
	8. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
	SOUSA, Ligia de et al. Terapêutica não-farmacológica para alívio do ingurgitamento mamário durante a lactação: revisão integrativa da literatura. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 46, n. 2, p. 472-479, 2012.
Giugliani ERJ. Problemas comuns na lactação e seu manejo. J Pediatr (Rio J). 2004;80(5 Supl):S147-S154.
ZUGAIBE, Marcelo. Obstetrícia. 3. ed. São Paulo: Rossana Pulcineli Vieira Francisco, 2016
REZENDE FILHO, Jorge de. Obstetrícia. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017
WESTERFIELD, Katie L.; KOENIG, Kristen; OH, Robert. Breastfeeding: common questions and answers. American family physician, v. 98, n. 6, p. 368-373, 2018.
MASS, Sharon. Breast pain: engorgement, nipple pain and mastitis. Clinical obstetrics and gynecology, v. 47, n. 3, p. 676-682, 2004.
MANGESI, Lindeka; ZAKARIJA‐GRKOVIC, Irena. Treatments for breast engorgement during lactation. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 6, 2016.
PUSTOTINA, Olga. Management of mastitis and breast engorgement in breastfeeding women. The Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine, v. 29, n. 19, p. 3121-3125, 2016.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL . Telecondutas- Aletamento materno . TELECONDUTAS Nº 25 – ALEITAMENTO MATERNO Edição digital. Porto Alegre, 2020.
	PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
	AMAMENTAÇÃO
	3. INTERCORRÊNCIA EM AMAMENTAÇÃO ou TEMA PARA ORIENTAÇÃO:
	
ORDENHA
	2. INDICAÇÃO (Para quem e quando aplicar)
	A ordenha é um processo que pode ser realizado de forma manual ou com o apoio de equipamentos mecânicos (bombinhas) elétricos ou não. A ordenha é um processo que promove a estimulação do reflexo de ejeção lactífera por meios além do processo de amamentação local do bebê. Pode ser utilizada em diversos contextos, como: a estimulação da produção, melhora da mamada, armazenamento para ausências temporárias da nutriz e para a doação de leite humano.
	3. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO
	 Profissional da saúde , própria puérpera, acompanhante/ familiar após orientação 
	4. MATERIAL A SER UTILIZADO
Touca;máscara;
Luva de procedimento ; 
	5. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
	
	Primeiramente, é salutar que a lactante esteja relaxada, sem estresses, preocupações, culpas e outros fatores que podem bloquear as vias hormonais que promovem o reflexo de ejeção do leite, independente da técnica utilizada.
● Ordenha Manual
➢ Adote uma posição confortável, mantenha os ombros relaxados e um pouco inclinados para frente.
➢ Massageie as mamas com a ponta dos dedos, fazendo movimentos circulares no sentido da aréola (parte escura da mama) para o corpo.
➢ Coloque o polegar acima da linha onde acaba a aréola.
➢ Coloque os dedos indicador e médio abaixo da aréola.
➢ Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo.
➢ Aperte o polegar contra os outros dedos até sair o leite.
➢ Despreze os primeiros jatos de leite (0,5 a 1 ml).
➢ Mude a posição dos dedos, para esvaziar todas as partes da mama.
➢ Abra o frasco e coloque a tampa sobre a mesa, forrada com um pano limpo, com a abertura para cima.
➢ Colha o leite no frasco, colocando-o debaixo da aréola.
➢	Após terminar a coleta, feche bem o frasco.
● 	Ordenha com Bomba Manual
As bombas manuais têm um custo menor, são fáceis de encontrar e não necessitam de eletricidade. Porém não são recomendadas para utilização frequente. O tempo médio para a ordenha de cada mama é de 15 a 20 minutos. O que é necessário fazer na maior parte delas é colocar o funil sobre a mama de modo a que o mamilo fique adequadamente centrado no túnel, segurar o funil contra a mama com a ajuda do polegar e do indicador e suportar a mama com a palma da mão e depois basta iniciar o processo de extração de acordo com as instruções da bomba.
● 	Ordenha com Bomba Elétrica
Para mães que fazem a prática da ordenha com frequência é recomendado o uso das bombas elétricas. São bombas mais práticas, as sessões de extração são mais curtas e mais produtivas, por volta de 10-15 minutos em cada mama ou nas duas mamas simultaneamente, quando utilizada a bomba de ordenha elétrica dupla. A desvantagem é que são utensílios mais caros, porém atualmente, já existe em muitas regiões o serviço de aluguel.
● Como usar as Bombas:
➢ Lavar bem as mãos antes de começar a extrair o leite;
➢ Escolher um funil com o tamanho certo para o peito, que se deve ajustar bem ao mamilo, deixando espaço suficiente para que não roce contra a parede do funil e possa movimentar-se livremente para a frente e para trás;
➢ Extrair o vácuo máximo confortável, que é o vácuo mais forte que a mãe pode tolerar com uma sensação de conforto;
➢ Massagear o peito antes ou durante a extração, fazendo movimentos circulares à volta da aréola, para estimular a descida do fluxo de leite;
➢	Caso se opte por tirar o leite de uma mama de cada vez, deve-se alternar várias vezes entre ambas as mamas;
Observação: as bombas manuais e elétricas precisam de higienização adequada e podem gerar fissuras mamárias e dor quando inadequadamente utilizadas.
	
	6. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCO
	 
	● 	Higienização das Bombas
Recomendações segundo a Centers for Disease Control and Prevention (CDC).
Antes de usar:
➢ Lave bem suas mãos com água e sabão por 20 segundos.
➢ Junte todas as partes da bomba e verifique se todos os componentes estão limpos e livres de mofo. Se o tubo estiver mofado, descarte-o imediatamente.
➢	Se você usa uma bomba de forma compartilhada, limpe o aparelho com algodão embebido em álcool 70. A recomendação do CDC são lenços umedecidos desinfetantes para uso médico e hospitalar ou odontológico que existem em alguns países. Alguns fabricantes têm seus próprios lenços desinfetantes para limpeza. Atenção: não podem ser aqueles que limpam superfícies, que achamos no supermercado.
Depois do uso:
➢ Armazene o leite de forma segura, em recipientes apropriados e devidamente esterilizados com etiquetas contendo a data e o horário da extração, e coloque-os imediatamente na geladeira ou congelador.
➢ Limpe a área e o aparelho Desmonte e inspecione os itens da bomba tira-leite que entraram em contato com o leite materno.
➢ Enxágue as peças que entraram em contato com o leite para remover o resíduoque possa ter ficado. Lembre-se que a parte elétrica onde fica o motor não pode ser molhada, estamos falando daquelas partes que podem ser lavadas e entram em contato direto com o leite!
➢	Limpe as peças que entraram em contato com o leite.
 
● Armazenamento
A mãe deverá anotar nos potes de armazenamento já esterilizados, a data e horário da primeira coleta. É possível juntar leites ordenhados no mesmo frasco, lembrando sempre que terão validade do leite mais antigo.
Em relação à durabilidade, as normativas brasileiras, baseadas nas orientações dos Bancos de Leite Humano sugerem 12 horas na geladeira e até 15 dias, congelado.
 
● Descongelamento e Consumo
➢ Leite humano ordenhado congelado pode ser estocado por um período máximo de 15 dias (a partir da data da coleta), se for mantido em temperatura máxima de -3°C;
➢ Leite humano ordenhado e refrigerado para ser oferecido pela mãe ao seu bebê, pode ser estocado por um período de até 12 horas, se guardado em temperatura máxima de 5°C;
➢ Depois de descongelado, o leite humano deve ser mantido sob refrigeração, em temperatura máxima de 5°C, por até 12 horas;
➢	Para descongelar o leite, coloque o recipiente em banho-maria (com água potável) aquecendo um pouco, mas sem ferver. Ao desligar o fogo, a temperatura da água deve estar em torno dos 40°C, ou seja, deve ser possível tocar a água sem se queimar. O frasco deve então permanecer na água aquecida até descongelar completamente o leite.
 
● Predileção pela ordenha manual do que com bombas de ordenha, pois:
➢ Algumas mães sentem-se mais confortáveis e estimuladas a realizar o estímulo da compreensão na região mamária do que vivenciar a sensação do plástico e do ruído produzido pela bomba;
➢ A ordenha manual é mais suave e evita uma piora da sensação de dor em mamilos que apresentam alguma dor prévia;
➢	Há menos risco de infecção cruzada, porque a mãe não usa equipamentos que podem ser também manuseados por outras pessoas. 
	
	7. RESULTADOS ESPERADOS
A ordenha possui alguns consequências e fatores interessantes para a nutriz, para o bebê e para a sociedade, como:
➢	Auxiliar na alimentação de bebês que não conseguem ou estão com dificuldade no ato de mamar;
➢	Apoiar em tratamentos e melhorar sintomas e sinais de problemas mastológicos, como mastites, ingurgitamento e bloqueios de ductos;
➢	Permitir a doação de leite materno para o Banco de Leite Humano, que visam ofertar leite a pessoas impossibilitadas de amamentar seus bebês;
➢	Aumentar e facilitar o processo de lactação;
➢	Estimular e encorajar o bebê a realizar a mamada, através do gosto e do cheiro ao aplicar ou fazer uma ejeção prévia de leite antes da aproximação do bebê;
➢	Colaborar com o processo de amamentar, visto que a região da mama (aréola e mamilo) estão mais macios e suscetíveis para a pega do bebê;
➢ Permitir o processo de armazenamento e posterior alimentação do bebê de mães que retornam à atividade laboral ou que precisam se ausentar durante partes do dia;
	
	8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
	
	BRASIL. Ministério da Saúde. Cartilha para a mulher trabalhadora que amamenta. Brasília, 2015. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_mulher_trabalhadora_amamenta.pdf> Acesso em 23 de junho de 2021.
Iniciativa Hospital Amigo da Criança : revista, atualizada e ampliada para o cuidado integrado : módulo 3 : promovendo e incentivando a amamentação em um Hospital Amigo da Criança : curso de 20 horas para equipes de maternidade / Fundo das Nações Unidas para a Infância, Organização Mundial da Saúde. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/iniciativa_hospital_amigo_crianca_modulo3.pdf> Acesso em 23 de junho de 2021.
NAGAISHI, Vanessa Sayuri. Ordenha, armazenamento e utilização do leite materno. Disponível em: <http://www.fsp.usp.br/crnutri/wp-content/uploads/2015/08/Ordenha-armazenamento-e-utiliza%C3%A7%C3%A3o-do-leite-materno.pdf> Acesso em 23 de junho de 2021.
Projeto de Inclusão Social e Desenvolvimento Comunitário. Promoção da amamentação e alimentação complementar. Disponível em: <https://rblh.fiocruz.br/sites/rblh.fiocruz.br/files/cartilhasmam_0.pdf> Acesso em 23 de junho de 2021.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Como colher e estocar o leite materno. 2017. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/noticias/nid/como-colher-e-estocar-o-leite-materno/> Acesso em 23 de junho de 2021.
	
	PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
	AMAMENTAÇÃO
	4. INTERCORRÊNCIA EM AMAMENTAÇÃO ou TEMA PARA ORIENTAÇÃO:
	
GAVAGEM SIMPLES – NUTRIÇÃO ENTERAL
	2. INDICAÇÃO (Para quem e quando aplicar)
	 
Manejo nutricional do récem-nascido pré-termo de baixo peso internado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN): 
A gavagem é indicada para recém-nascidos pré-termo de baixo peso com Idade Gestacional (IG) inferior a 34 semanas com a finalidade de garantir suporte nutricional adequado. Este método é aplicado quando os pacientes não podem ser alimentados por via oral, mas o trato gastrointestinal é funcional, ou que ainda não coordenam a respiração/sucção e deglutição.
A gavagem simples é a de mais baixo risco, mais baixo custo e mais fisiológica, é a que mais se aproxima da forma “normal” de alimentação do recém-nascido.
	3. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO
	
Enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem. 
	4. MATERIAL A SER UTILIZADO
	· Seringa de 20 ml;
· Gaze limpa;
· Recipiente com a dieta prescrita – leite materno, quando houver;
· Sonda - de acordo com o peso do RN;
· Água destilada;
OBS.: Quando a mãe ainda não tem leite é necessário solicitar ao Banco de Leite Humano (BLH) mais próximo, leite humano com as características do RN – idade gestacional, tempo de vida. 
	5. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
	- Lavar as mãos; 
- Reunir o material e levá-lo próximo ao leito do paciente;
- Colocar o paciente, se possível, em contato pele a pele com a mãe (método canguru) ou elevar a cabeceira e colocar o RN em posição semi-fowler;
 - Observar a dieta conforme prescrita (volume, temperatura adequada);
 - Observar a data de coleta do leite humano, assim como sua temperatura de acordo com a dieta prescrita;
- Administrar a dieta por sonda gástrica;
- Clampear a sonda e conectar a seringa sem o êmbolo, a extremidade da mesma e preenchê-la com a dieta prescrita;
- Desclampear a sonda permitindo que o leite escoe por ação da gravidade (gavagem);
- Lavar a sonda com 1 ml de água destilada ao término da dieta, fechar a sonda;
- Posicionar RN em decúbito lateral direito ou prona.
	6. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSIVEIS RISCO
	· Entre 34 e 36 semanas, deve-se observar se o RN apresenta sucção- deglutição coordenadas, para então, ser liberada a alimentação por via oral. Nos RNPT com 36 semanas, normalmente, o seio materno já pode ser prescrito desdeas primeiras mamadas.
· A utilização da sonda orogátrica é preferível por preservar as vias aéreas superiores, pois o mecanismo de respiração do recém – nascido é eminentemente nasal.
· Medida da sonda orogástrica (ponta do nariz ao lóbulo da orelha até a distância média entre o final do processo xifóide e a cicatriz umbilical; ponta do nariz ao lóbulo da orelha até o final do processo xifóide);
· Seleção da sonda gástrica: o RN < 1kg nº 4 para dieta e nº 6 para drenagem o RN> 1kg nº 4 ou 6 para dieta e nº 8 para drenagem;
· Geralmente, inicia-se a dieta com 20 ml/kg/dia de 2/2 horas;
· As sondas colocadas por via oral, porém, apresentam maior possibilidade de deslocar-se do local inserido, devido ao movimento da boca e língua do bebê.
· Não mais se afere o resíduo gástrico – a avaliação da tolerância à dieta é clínica.
· Incremento da dieta pode ser até 35 ml/kg/dia (Cochrane 2011).
· Durante a alimentação por gavagem simples é sempre importante iniciar um programa de estimulação oral, que deve priorizar o contato precoce do bebê ao peito para facilitar a interaçãoe aprendizagem da amamentação entre mãe e filho.
	7. RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que o início da alimentação do RN com leite humano, da forma mais natural desejada, seja o mais precoce possível, assim que as condições clínicas o permitam. 
	8. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
	
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido : guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012. 4 v. : il. Disponível em:< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_profissionais_v4.pdf>. Acesso em: 13 de mar. 2021.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: Método Canguru/ Ministério da Saúde – 2. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2011. 204 p. Disponível em:< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/metodo_canguru_manual_tecnico_2ed.pdf>. Acesos em: 13 de mar. 2021.
Falcão MC. Suporte nutricional no recém-nascido doente ou prematuro. Rev Med (São Paulo) 2003 jan.- dez.;82(1-4):11-21. Disponível em:< https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/62476/65273>. Acesso em: 13 de mar. 2021.
NASCIMENTO, Juliana; SANTOS, Inês Maria Meneses dos; SILVA, Laura Johanson da. CUIDADOS COM RECÉM-NASCIDOS ALIMENTADOS POR SONDA GÁSTRICA: CONCEITOS E PRÁTICAS. Texto contexto - enferm.,  Florianópolis ,  v. 28,  e20170242,    2019 .  Disponível em:< https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-07072019000100504&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 13 de mar. 2021.
Maternidade Escola da UFRJ. Procedimento Operacional Padrão (POP). Alimentação do Recém-Nascido. Disponível em:< http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/enfermagem/alimentacao_do_-rn.pdf>. Acesso em: 13 de mar. 2021.
GIANINI, Nicole. Orientações práticas para a prescrição de leite humano em UTI Neonatal. Rede Global de Bancos de Leite Humano – Fiocruz. Disponível em:< https://rblh.fiocruz.br/sites/rblh.fiocruz.br/files/usuario/8/apresentacao_dra_nicole_oliveira_m._gianini.pdf>. Acesso em: 13 de mar. 2021
OLIVEIRA, Claudia. Nutrição do recém-nascido: procedimentos especiais. Ebserh. Disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Nutri%C3%A7%C3%A3o+do+rec%C3%A9m-nascido%2C+procedimentos+especiais.pdf/c0d5bb51-8cbb-4f8e-a7d4-285685a4e3ae> . Acesso em: 13 de mar. 2021.
AMAMENTAÇÃO em situações especiais. Rede Global de Bancos de Leite Humano – Fiocruz. Disponível em:< https://rblh.fiocruz.br/em-situacoes-especiais > . Acesso em: 13 de mar. 2021.
	PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
	AMAMENTAÇÃO
	5. INTERCORRENCIA EM AMAMENTAÇÃO ou TEMA PARA ORIENTAÇÃO:
	
USO DE BICOS ARTIFICIAIS NA AMAMENTAÇÂO
	2. INDICAÇÃO (Para quem e quando aplicar)
	
 Mães em fase de aleitamento.
	3. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO
	
Profissionais e estudantes da área de saúde podem realizar a orientação.
	4. MATERIAL A SER UTILIZADO
	Não se aplica.
	5. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
	
Os bicos artificiais, principalmente chupetas, são amplamente utilizados em crianças em nosso meio. Entretanto, especialmente no período de aleitamento materno exclusivo (AME), esse uso acaba tornando-se mais prejudicial do que benéfico para o lactente, uma vez que, além de alterar a forma de abocanhar o seio materno, consequentemente estimula o abandono da amamentação.
O uso de chupeta tem sido identificado como um fator associado à menor duração do aleitamento materno e do AME em estudos observacionais, com evidências consistentes de que o desmame precoce entre 1 e 24 meses é mais frequente em crianças usuárias de chupeta, quando comparadas com crianças que não possuem esse hábito.
A OMS desencoraja fortemente o uso de chupetas em crianças amamentadas, sendo essa recomendação parte de um dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, em que se baseia a Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Por outro lado, para a prevenção da síndrome da morte súbita do lactente (SMSL), a Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda, para as mulheres que desejam amamentar, que a chupeta seja introduzida após o aleitamento materno estar bem estabelecido, quando a criança estiver em torno de 3 a 4 semanas de vida.
Pelo menos três hipóteses, não excludentes entre si, poderiam explicar a relação entre uso de chupeta e menor duração da amamentação: a introdução da chupeta pode causar interrupção do aleitamento; a introdução da chupeta ocorre devido a problemas na amamentação; e o temperamento do bebê, interação mãe-bebê e perfil da mãe (e de suas famílias).
Revisão narrativa da literatura sobre a visão multidisciplinar (psicologia, fonoaudiologia, odontologia, pediatria, infectologia) do uso de chupeta concluiu que esse hábito apresenta mais efeitos deletérios do que benéficos, justificando a recomendação dos autores aos profissionais de saúde de oferecerem aos pais informações sobre os prós e contras o uso de chupeta.
Por essa razão, é fundamental reunir informações científicas sobre os efeitos negativos e positivos do uso de chupeta sobre os diferentes desfechos na saúde da criança e incorporá-las na elaboração de processos educativos que visem empoderar os pais para uma tomada de decisão informada e consciente.
É importante atentar também para a segurança do produto, caso seja de escolha dos pais utilizar. Para tal, há uma Portaria que visa estabelecer os critérios da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, a ser observada e cumprida em todo o Território Nacional.
	6. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSIVEIS RISCOS
	Pontos negativos: relação negativa com funções orais e amamentação (atrapalha na sucção, mastigação, deglutição, respiração, fala e linguagem oral), dentição, otite média aguda (na sucção da chupeta não existe o constante estímulo do músculo tensor do palato membranoso), segurança (imunológica, química, física), níveis de inteligência (hipótese: criança que utiliza a chupeta é menos solicitante por atenção e como consequência passa a ser menos estimulada por seus pais ou pessoas com quem ela convive) e vícios orais.
Pontos positivos: estimulação da sucção não-nutritiva (principalmente em RN pré-termo), redução da SMSL, manejo da dor e modulação do comportamento agitado.
	7. RESULTADOS ESPERADOS
Durante o acompanhamento longitudinal da criança, os profissionais de saúde devem se posicionar frente ao tema, fornecendo informações claras e embasadas cientificamente sobre os prós e contras do uso de chupeta em crianças amamentadas, para que os pais se sintam confortáveis e informados adequadamente para fazer suas próprias opções.
	8. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
	
CIENTÍFICO, Conselho; ELIAS, Carmen Lúcia Leal Ferreira. Uso de chupeta em crianças amamentadas: prós e contras.
PORTARIA, Nº. 2.051, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2001.
	PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
	AMAMENTAÇÃO
	TEMA PARA ORIENTAÇÃO:
	MITOS E VERDADES
	2. INDICAÇÃO (Para quem e quando aplicar)
	Atividade de educação em saúde
	3. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO
	
Enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem. 
	4. MATERIAL A SER UTILIZADO
	1. O leite materno pode ser congelado?
Verdade. O leite materno pode ser congelado por até 15 dias, sem a perda de suas características e qualidade nutricional. A mãe pode ordenhar o leite na sua casa – tomando os devidos cuidados para manter a qualidade –, deixá-lo na geladeira e dar ao bebê enquanto estiver fora de casa. Caso o leite não seja consumido, pode doá-lo para um BLH. Além disso, o mesmo processo pode ser feito em um Banco de Leite Humano, onde o leite será coletado congelado para então ser processado e distribuído às crianças.
2. A alimentação da mãe reflete no leite?
Verdade. O recomendado é que a mãe tenha uma alimentação saudávele equilibrada. Ela não deve ingerir bebida alcoólica, café em excesso e alimentos muito gordurosos, como o chocolate. No caso do café e do chocolate, a questão não é comer, mas a quantidade que se consome. Um café, pela manhã, faz parte do nosso hábito alimentar e isso não faz diferença ao bebê; porém, pode afetá-lo caso o consumo seja feito em maior quantidade.
3. Quando a mãe produz muito leite, a doação pode interferir na amamentação do filho?
Mito. Pelo contrário, quanto mais a mãe estimular o peito a produzir leite, mais ela o terá e não faltará para o bebê. O leite é produzido na hora em que o bebê está sugando, mas se a mãe demorar muito tempo para ordenhar, ela vai sentir a mama mais cheia. O leite para de ser produzido, quando não há estímulo, quando o bebê não mama.
4. Algumas mães produzem leite mais fraco.
Mito. Nenhum leite materno é fraco, nem de uma mulher desnutrida. A qualidade do leite da mulher desnutrida é tão boa quanto a de uma mulher nutrida. Há também a concepção de que o leite industrializado é mais forte porque o bebê dorme e engorda mais. O bebê acorda mais rápido quando toma o leite materno porque a sua digestão é mais rápida do que a do leite de vaca, mas isso não quer dizer que o leite materno é mais fraco. 
5. Se a mãe não estiver com muito leite, pode deixar outra mulher amamentar o seu filho.
Mito. Cada mãe tem que amamentar o seu bebê. O melhor leite para o filho é o da sua mãe. O leite carrega as características de quem amamenta. Assim a criança cria os anticorpos necessários para a sua saúde tomando o leite da mãe. Na amamentação cruzada há o risco de uma doença infecciosa ser transmitida pelo leite. A saída para a mãe que não consegue amamentar é procurar orientação no banco de leite humano.
6. As fórmulas atuais são quase como o leite materno.
Mito. Leite materno é singular. O colostro que sai na primeira mamada pode considerado a primeira vacina do bebê. A fórmula atual tem suas qualidades, mas é feita com leite de vaca, que não traz os benefícios do leite materno, como o aumento da imunidade.
7. Mamadeira e chupeta interferem no aleitamento.
Verdade. Mamadeira e chupeta interferem na amamentação pelo posicionamento da língua do bebê. A sucção do leite no peito requer um esforço maior do que a da mamadeira e da chupeta. Com isso, quando a mãe oferece o peito e os dois apetrechos, o bebê rapidamente descobre que a mamadeira é mais fácil do que o peito. Isso pode implicar na diminuição do estímulo da produção do leite e, consequentemente, a mãe pode não ter a quantidade necessária de leite para a nutrição do bebê.
8. Estresse e nervosismo podem atrapalhar a produção do leite.
Verdade. O estresse e o nervosismo podem diminuir a quantidade de leite. Em momentos como este, a mãe modifica o seu sistema endócrino-imunológico e, com isso, a quantidade de leite pode diminuir. O recomendado é que a mãe descanse sempre que possível. Em caso extremo, para dormir bem uma noite, ela pode deixar que outro responsável dê o leite materno ao bebê em um copinho. Algumas pessoas acreditam que o estresse pode empedrar o leite, mas não é verdade. Isso acontece quando a quantidade de leite é maior do que o bebê necessita ou consegue sugar e se não for ordenhado, o leite fica alojado na mama e acaba empedrando ou até originando uma mastite.
9. A compressa de água quente ajuda na situação do leite empedrado.
Mito. A indicação nesses casos é massagem e ordenha do leite. A compressa de água quente piora a situação, pois aumenta a quantidade de leite retido na mama. Consequentemente, a mãe terá mais leite empedrado.
10. O bebê pode ficar mal acostumado se não tiver horários para mamar.
Mito. A orientação do Ministério da Saúde é a amamentação sob livre demanda. Ou seja: o bebê deve mamar sempre que desejar.
11. Estar descansada ajuda na produção de leite.
Verdade. O estresse influencia na amamentação, assim como a ansiedade. Especialmente nos primeiros dias, a mãe precisa repousar entre a amamentação, pois o cansaço interfere na produção do leite. Ela deve ser feita em um local calmo. É muito importante que a mãe também possa contar com uma rede de apoio. Se possível, pessoas que a ajudem em diversas tarefas e tragam tranquilidade ao ambiente.
12. É normal que a amamentação crie rachaduras, mamilos doloridos são inevitáveis. 
Mito. Muitas mães sentem desconforto nos primeiros dias após o nascimento, quando estão aprendendo a amamentar. Mas, com o apoio certo com o posicionamento do bebê para a amamentação e garantindo que o bebê esteja conectado corretamente à mama, é possível evitar que os mamilos fiquem doloridos. Se uma mãe enfrenta desafios de amamentação como mamilos doloridos, o apoio de um consultor de lactação ou outro profissional capacitado pode ajudá-la a superar o problema.
13. Você deve lavar seus mamilos antes de amamentar. 
Não é necessário. Quando os bebês nascem, eles já estão muito familiarizados com os cheiros e sons da própria mãe. Os mamilos produzem uma substância que o bebê cheira e tem "boas bactérias" que ajudam a construir o sistema imunológico saudável dos bebês para a vida toda. 
14. Exercício irá afetar o sabor do seu leite. 
Não há provas de que isso afeta o sabor do seu leite. O exercício é saudável, também para as mães que amamentam. 
15. Você não poderá amamentar a menos que você o faça imediatamente. 
É mais fácil começar a amamentação se você começar na primeira hora após o nascimento porque os reflexos de um bebê são muito fortes naquele momento. Eles estão prontos para aprender a se alimentar no peito. Se você não amamentar o seu bebê logo após o nascimento, faça-o o mais rápido possível, de acordo com a sua situação. Se precisar de ajuda para colocar seu bebê no peito, peça ajuda de um consultor de lactação qualificado ou de outro profissional especializado. O contato frequente da pele com a pele e a colocação do bebê no seio ajudarão a amamentar.
16. Você nunca pode usar fórmula se quiser amamentar.
As mães podem decidir que precisam usar fórmulas em algumas ocasiões, e ao mesmo tempo continuar a amamentar. É importante buscar informações imparciais sobre fórmulas e outros produtos que substituam o leite materno. Para manter a produção de leite materno, continue oferecendo o peito ao bebê com a maior frequência possível. Pode ser útil para as mães consultar um especialista em amamentação ou profissional capacitado para ajudar com um plano que funcione melhor para que elas continuem amamentando.
17. Muitas mães não conseguem produzir leite suficiente.
Quase todas as mães produzem a quantidade certa de leite para seus bebês. A produção de leite materno é determinada por quão bem o bebê está conectado ao seio, a frequência do aleitamento materno e quão bem o bebê está retirando leite em cada mamada. A amamentação não é um trabalho de "uma mulher" e as mães precisam de apoio. Apoio como orientação contínua de amamentação de profissionais de saúde, ajuda em casa e manutenção da saúde comendo e bebendo bem.
18. Você não deve amamentar se estiver doente.
Dependendo do tipo de doença, as mães geralmente podem continuar amamentando quando estão enfermas. Você precisa ter certeza de obter o tratamento certo e descansar, comer e beber bem. Em muitos casos, os anticorpos que seu corpo faz para tratar sua doença ou doença transmitirão para seu bebê, construindo suas próprias defesas.
19. Você não pode tomar nenhum medicamento se estiver amamentando.
É importante informar seu médico que você está amamentando e ler as instruções com qualquer medicamento que você comprar diretamente no balcão. Pode ser necessário tomar medicamentos em um horário ou em uma dosagem específicos ou tomar uma formulação alternativa. Você também deve informar ao médico do bebê sobre qualquer medicamento que esteja tomando.
20. Os bebês que foram amamentados são apegados.
Todos os bebês são diferentes. Alguns são mais apegados e outros não, não importa como são alimentados. A amamentação fornece não apenas a melhor nutrição para bebês, mas também é importante para o cérebro emdesenvolvimento. Bebês amamentados são mantidos muito no colo e por isso, a amamentação tem demonstrado melhorar a ligação da criança com a mãe.
21. É difícil desmamar um bebê se você amamentar por mais de um ano.
Não há evidências de que seja mais difícil interromper a amamentação após um ano, mas há evidências de que amamentar até os dois anos é benéfico para mães e filhos. Todas as mães e bebês são diferentes e precisam determinar juntos por quanto tempo eles querem amamentar.
22. Se você voltar ao trabalho, terá que desmamar seu bebê.
Muitas mães continuam amamentando depois de voltarem ao trabalho. Primeiro, verifique as políticas em seu próprio local de trabalho. Se tiver o direito ao tempo e a um lugar para amamentar durante o horário de trabalho, pode ir para casa e amamentar, pedir a um membro da família ou amigo para trazer seu bebê ou retirar o seu leite e levá-lo para casa. Se não tiver a opção de amamentar durante o horário de trabalho, procure momentos durante o dia para retirar o seu leite e depois alimente seu bebê diretamente quando estiver em casa. Se você decidir dar ao seu bebê um substituto do leite materno no lugar de uma amamentação, ainda seria muito bom continuar amamentando enquanto você estiver com o bebê.
23. Preciso dar os dois peitos a cada mamada?
Mito. O tempo de cada mamada não deve ser fixado, pois o esvaziamento da mama pode variar conforme a fome do bebê, do intervalo entre uma mamada e outra, do volume de leite armazenado na mama, entre outros. O importante é que a mãe dê tempo suficiente para o bebê esvaziar adequadamente seu seio, caso esvazie uma mama por completo e a criança ainda deseje mamar, a mãe pode oferecer a outra mama. Na próxima mamada, recomenda-se que a mãe dê o seio que não foi oferecido na mamada anterior ou ofereça o que o bebê mamou por último.  caso tenha sido ofertado as duas mamas.
24. Quem fez redução mamária ou colocou silicone não poderá amamentar.
Mito. A cirurgia nos seios não impede a mulher de amamentar, desde que durante a cirurgia sejam preservadas as estruturas das mamas.
25. Seios muito pequenos não produzem leite na quantidade suficiente para o bebê.
Mito. O tamanho da mama não tem relação com a produção do leite. Tanto as mamas grandes quanto as pequenas possuem capacidade de produzir o mesmo volume de leite em um dia.
26. Amamentar durante uma segunda gestação pode prejudicar o desenvolvimento do bebê no útero.
Mito. É possível manter a amamentação em uma nova gravidez se for o desejo da mulher e se não houver intercorrências na gravidez. Já quando houver ameaça de parto prematuro é indicado interromper a amamentação. O hormônio que controla a ejeção do leite, a ocitocina, também estimula o útero a contrair. A estimulação do mamilo pode intensificar o trabalho de parto. Porém, esse hormônio sozinho não é capaz de iniciar o trabalho de parto. O útero está na fase de carregar o bebê, bem protegido contra um trabalho de parto precoce.
27. O leite do banco de leite pode não ser seguro.
Mito. A principal diferença entre o leite do Banco de Leite Humano para o leite doado diretamente por uma outra mãe é que no Banco de leite é tratado, pasteurizado e, por isso, não há possibilidade de transmissão de doenças.

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