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ANATOMIA RADIOGRÁFICA DA MAXILA 1. Ponto de incidência – ápice nasal: • Fossa Nasal: - Em radiografia periapical, é raro não enxergar: - Áreas radiolúcidas na região dos incisivos superiores, acima dos ápices radiculares, separadas por uma faixa radiopaca espessa (septo nasal). Dentro das fossas nasais, é possível observar estruturas menos radiolúcidas (conchas nasais inferiores). - Em desdentados, os níveis das fossas nasais podem variar por causa do ângulo vertical e pela reabsorção da crista. Em pacientes dentados, quanto maior o ângulo vertical, mais evidente as fossas nasais e os incisivos estarão encurtados. Como você descreve a fossa nasal? R: Corresponde à abertura piriforme bilateral. • Fossa Sub-Nasal ou Fossa Incisiva ou Fosseta Mitiforme: - Depressão óssea no ápice dos incisivos laterais, delimitada posteriormente pela eminência canina. • Conchas Nasais Inferiores: - É a única concha que é radiopaca. • Septo Nasal: - Divide as fossas nasais. O que forma o septo nasal? R: Lâmina perpendicular do osso etmoide, osso vômer e cartilagem. • Sombra do Nariz: - Delimitação radiopaca, aparece nas radiografias por causa do efeito de adição. Fica sobreposta às raízes dos incisivos superiores. Pode estar acompanhada do ápice nasal, que aparece mais radiopaca ainda (porém, em função da constituição cartilaginosa) e das aberturas das narinas, aparecendo como imagens radiolúcidas bilaterais. Se o nariz é tecido mole, como aparece na radiografia? R: Por causa da densidade e espessura do tecido, gera imagem por adição. • Espinha Nasal Anterior: - Projeção que sai da fossa nasal, na radiografia aparece na linha média, acima dos incisivos superiores centrais; é uma área radiopaca em forma de V. Entre a espinha nasal anterior, dentro da fossa nasal, nota-se dois canais, a abertura superior do canal incisivo, seguido pelo canal incisivo. A saída do canal se dá pelo forame incisivo, no palato. - Quanto maior o ângulo de incidência, maior a projeção da espinha nasal anterior. CNI CNI FN FN SPN SPN CNI CNI FN FN SPN FN SPN FN CNI CNI FN FN CNI CNI CNI CNI FN FN SPN N N AN N N FSN FSN • Abertura Nasal do Canal Incisivo: - São duas, ficam dispostas ao lado do septo nasal. - Início do canal incisivo. • Canal Incisivo: - Duas linhas radiolúcidas ovaladas, delimitadas por linhas radiopacas que consistem nas paredes laterais. • Forame incisivo: - Situado à altura do rebordo alveolar, entre as raízes dos incisivos centrais superiores ou acima dos ápices. Fica na união dos processos palatinos da maxila, o tamanho e o formato variam, em geral são áreas radiolúcidas ovais. - Saída do canal incisivo. • Sutura Intermaxilar: - Localizada entre os dois processos maxilares, linha radiolúcida na linha média, da crista alveolar entre os incisivos centrais até a espinha nasal anterior. 2. Ponto de Incidência – asa do nariz e linha da pupila: - A de pré-molar só aparece o seio maxilar, enquanto a de incisivo lateral e canino aparece a fossa nasal também. • Seio Maxilar: - Maior dos seios paranasais, é uma cavidade pneumática revestida por uma membrana; - Área radiolúcida de forma arredondada ou ovóide com contornos bem definidos, sendo delimitado por uma linha radiopaca. - O assoalho do seio maxilar fica próximo aos ápices radiculares do segundo pré e primeiro molar, podendo formar saliências chamadas de cúpulas alveolares. - Apresenta diversas superposições e extensões para rebordo alveolar, região anterior, túber da maxila, palato duro, osso zigomático e região orbitária, mas apenas as três primeiras podem ser visualizadas na periapical. • Cúpula Alveolar: - Linhas radiopacas (correspondem ao assoalho do seio maxilar) que contornam os ápices radiculares dos dentes em íntima associação ao seio, formando saliências. - A raiz não está dentro, só faz a projeção. - O seio maxilar acompanha o assoalho do dente. Por que recebe o nome de cúpula alveolar? R: Pois envolve a raiz do dente. FI CI ANCI ANCI CI FI FI FI FI SM • Assoalho do Seio Maxilar: - Limite inferior do seio maxilar, é uma linha radiopaca na região apical dos dentes superiores posteriores; a altura varia de acordo com alterações anatômicas e/ou variação do ângulo vertical. • Extensão Alveolar do Seio Maxilar: - Mais frequente quando há extração do primeiro molar, pois a área onde ocupava o dente passa a ser ocupada pelo seio. - Em desdentados, é o próprio rebordo alveolar. - Quando dá para ver a lâmina dura, significa que o dente não está próximo do seio. Qual a causa da extensão alveolar? R: Perda dentária. • Extensão do Seio Maxilar para o Túber: - Extensão do seio maxilar mais frequente, pode atingir todo o túber da maxila, o que aumenta a fragilidade e a possibilidade de fraturas na extração de terceiros molares. • Extensão Anterior do Seio Maxilar (Ea): - Observada na região de caninos, podendo se estender até incisivos. A intersecção das linhas opacas pelo assoalho da fossa nasal (sf) e a parede anterior do seio maxilar (as) formam o Y invertido de Ennis. - Quando o seio maxilar não ultrapassa o canino, não tem extensão anterior. Por que, normalmente, ocorrem as extensões do seio maxilar? R: Ocorrem em função de perda dentária, pois sobra espaço para ser ocupado, ou em atletas que utilizam muito a respiração. • Y invertido de Ennis: - Ponto de intersecção das linhas radiopacas na região de caninos superiores. Quais estruturas formam o Y? R: Parede látero basal da fossa nasal e parede anterior do seio maxilar. • Extensão Zigomática: - Mais visível em desdentados totais, área radiolúcida que invade parcialmente o processo zigomático da maxila. - Quando o paciente é dentado, a área é coberta pela imagem radiopaca dos dentes. FN FN SM SM Y Y Ea Ea sf sf as sf as SM SM SM SM • Extensão Palatina: - Área radiolúcida entre as corticais do processo palatino, pode se estender até a linha mediana. • Septos ou Tabiques do Seio Maxilar: - Linhas radiopacas que dividem o seio maxilar em lojas, porém, todas as cavidades se abrem no mesmo orifício, o meato médio da fossa nasal. • Cisto de Retenção Mucoso do Seio: - Alteração decorrente de obstrução das glândulas mucosas do seio maxilar, gerando retenção de muco e formando os cistos mucosos. - Imagem radiopaca, esférica, ovóide surgindo do assoalho do seio maxilar e com limite na cúpula alveolar; contrasta com a imagem radiolúcida do seio maxilar. 3. Ponto de Incidência – 1cm atrás da comissura palpebral externa: • Processo Zigomático da Maxila: - Quanto maior o ângulo vertical, mais o processo zigomático da maxila aparece inferiormente, o que pode atrapalhar a avaliação do ápice dental. Para evitar, adota-se a técnica de Le Master. - Área de condensação óssea, onde a maxila se articula com o osso zigomático e forma uma sombra radiopaca no formado de U ou V, frequentemente sobreposta ao 1º ou 2º molar superior. - Posteriormente, observa-se o osso zigomático. • Osso Zigomático: - Menos radiopaco que o processo zigomático. • Túber da Maxila: - Representa a parte mais posterior da maxila, o limite posterior do processo alveolar na região de 3º molar. - Osso medular normal com menor grau de radiopacidade, pois é mais esparso e os espaços medulares são maiores. • Processo Coronóide da Mandíbula: - Imagem radiopaca de contornos nítidos, com forma triangular e base inferior sobreposta ao túber da maxila, o que pode prejudicar a interpretação radiográfica do 3º molar. - Quando abrimos a boca, o côndilo desliza sobre a eminência articular e projeta o processo coronóide para frente e para baixo, interpondo-se entre os feixes de raio-x e projetando-sena região dos molares. - Para evitar a sobreposição, o paciente deve abrir menos a boca. SM SM SM Por que o processo coronóide da mandíbula aparece na radiografia de maxila? R: Por causa do ângulo de abertura da boca, que faz com que o côndilo deslize sobre a eminência articular, projetando o processo coronóide para frente e para baixo e aparece na região de molar. • Hâmulo Pterigóideo: - Localizado na asa interna da apófise pterigóide do osso esfenóide. - Apresenta-se como imagem radiopaca, em forma de gancho, posterior ao túber da maxila. • Canal Naso-Lacrimal: - Visível nas radiografias oclusais totais da maxila, pois apresenta a mesma angulação usada nestas. - Inicia-se na fossa do saco lacrimal e dirige-se para trás e para baixo, abrindo-se na parede lateral do meato nasal inferior. - É observado na região dos 1ºs molares como uma área radiolúcida e arredondada.
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