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Meios Adequados de Resolução
de Conflitos
Unidade 1 – Aportes introdutórios aos meios
adequados de resolução de conflitos
Autor: Guilherme Pavan Machado
Revisão técnica: Ana Carolina Quintela
Iniciar
Introdução
Seja bem-vindo à primeira Unidade da nossa disciplina sobre Meios Adequados de
Resolução de Con�itos. Nessa oportunidade, iremos aprofundar a nossa
compreensão sobre o con�ito e a importância de se pensar modos de resolução mais
bené�cos às partes.
Nosso objetivo é possibilitar o desenvolvimento de uma visão crítica sobre o con�ito
e reconhecer a necessidade de sua resolução adequada, conhecer os meios
adequados de resolução de con�itos vigentes e regulamentados no Brasil, além de
trazer um suporte teórico a essa disciplina.
No mundo jurídico brasileiro, especi�camente, há um crescimento constante no
número de con�itos humanos que surgem a partir das relações sociais. Essa
dinâmica implica, muitas vezes, em um chamamento do Judiciário para a resolução
da lide. Convoca-se, portanto, terceira pessoa estranha à relação entre as partes, o
juiz, para decidir a maneira como será solucionado o problema.
Esse modelo está saturado. O Poder Judiciário encontra-se abarrotado de processos,
o que gera uma lentidão na resolução dos processos, sendo essa demora da
prestação jurisdicional uma das principais queixas que sofre.
Nesse sentido, os meios adequados de resolução de con�itos surgem como
alternativa mais qualitativa para solução de problemas que, na maioria das vezes,
ultrapassa a esfera técnica-documental. Isso signi�ca que muitos processos judiciais
podem possibilitar uma resposta mais bené�ca para as partes se a solução do
problema não partir do juiz, mas sim delas próprias.
Essa disciplina tem como intuito, portanto, despertar no aluno o interesse para os
meios adequados de resolução de con�ito, além de fazer compreender a sua
importância para o cenário judicial brasileiro. Aproveite!
Bons Estudos!
1. Sistema integrado de meios
adequados de resolução de
conflitos
Nesse primeiro tópico analisaremos dois principais temas: um primeiro diz respeito
ao con�ito, no qual iremos desmisti�car o caráter negativo geralmente atribuído a
ele. Posteriormente, compreenderemos brevemente o cenário sobre o qual surgiram
os meios adequados de resolução de con�itos e sua inserção no contexto jurídico-
normativo brasileiro.
1.1 Desmistificando o conflito
O que move o Poder Judiciário brasileiro? O que faz com que tenhamos tramitando
milhões de processos em inúmeras varas do país, seja na Justiça Estadual, Federal ou
Especializada?
A resposta é o con�ito, a lide, um problema que surge a partir de uma relação social.
Esse é gatilho para começarmos a falar nos meios adequados de resolução de
con�itos.
Você já parou para pensar no que signi�ca Con�ito? Você já teve con�itos com
alguém? Com certeza, todos nós já tivemos con�itos, pois estamos cercados e
amarrados em rede por relações sociais.
Primeiramente, importante desmisti�carmos a visão negativa sobre o con�ito, ou
seja, ele não pode ser visto de maneira pejorativa. A forma como se busca resolvê-lo
é que vai delimitar se será traumático para a vida da pessoa (DORECKI, 2017, p. 18-
19).
O que é então o con�ito? O Con�ito, na visão de Dorecki (2017, p. 18-19), é a
discordância sobre determinado assunto. Seu início, portanto, parte de visões ou
entendimentos diferentes sobre determinado ponto analisado.
O que determina as proporções que o con�ito irá tomar são as próprias pessoas. Em
outras palavras, pode ser que da discordância política se resulte em agressões
verbais e físicas. Em contrapartida, podem existir con�itos que tragam como
resultado uma solução ou até mesmo crescimento, é o caso, por exemplo, da
discordância de sócios de uma empresa sobre determinada tática a ser adotada e,
após discussão e debate, resulte num bom caminho para a empresa seguir
(DORECKI, 2017, p. 18-20).
Desse modo, é importante que consigamos perceber que nem sempre o con�ito é
algo negativo ou resulta em algo ruim. Os con�itos são normais nas relações
humanas, o que determina se podemos caracterizá-lo como positivo ou negativo é o
modo como o tratamos.
Nesse ponto, podemos destacar uma importante missão dos meios adequados de
resolução de con�itos, pois um dos seus objetivos é fazer com que as pessoas
cheguem a uma solução que seja bené�ca para ambas, incentivando o diálogo,
tornando o con�ito algo não traumático.
Por meio dos mecanismos adequados de solução de con�itos, as relações de cidadania são
efetivamente alcançadas pois deslocam para as partes a negociação dos seus próprios
interesses, na medida em que buscam um entendimento, com autonomia e equilíbrio, não
imposta por um terceiro e possibilitando que con�itos se estendam, mesmo diante de uma
prestação jurisdicional ( PERPETUO et al, 2018, p. 3 ).
Em relação às espécies de con�ito, podemos elencar três principais: a) sociais; b)
econômicos e c) políticos. Os primeiros – sociais – derivam de uma causa social, tal
como: “[...] con�itos raciais, grupos extremistas que alegam questões religiosas ou,
ainda, con�itos motivados por um acontecimento esportivo ou outra atividade social”
(DORECKI, 2017, p. 20).
De outro lado, os con�itos econômicos estão relacionados a partir da concepção de
dinheiro das pessoas, condições sociais, desequilíbrio de classes sociais, divergências
trabalhistas e inúmeros outros motivos. O cerne desta espécie de con�ito é seu
caráter econômico.
Por �m, para encerrarmos esse tópico, os con�itos políticos nascem de divergências
de ordem política, a citar, por exemplo, opções partidárias, maculadas na dimensão
relacionada ao governo e às escolhas pessoais de defesa ou crítica nessa seara.
1.2 O surgimento dos meios adequados de
resolução de conflitos (MARC)
Os meios adequados de resolução de con�itos, na forma integrada como são
concebidos hoje, não é antiga. Na verdade, o Brasil já tinha previsão de alguns dos
meios concebidos de maneira isolada no ordenamento, mas não taxados sobre o
viés que são tragados hoje.
Um exemplo é que no Código de Processo Civil de 1973, já tínhamos a �gura da
conciliação, assim como na Lei dos Juizados Especiais (Lei 9.099/95). Contudo, essas
iniciativas pela conciliação �guravam muito dentro do processo judicial, mas
constituíam meio de resolver o con�ito do processo judicial por meio do livre ajuste
entre as partes.
A arbitragem, por exemplo, nasce com a lei 9307/96, ainda vigente, e dava opção
para as pessoas capazes de contratar árbitros para “[...]dirimir litígios relativos a
direitos patrimoniais disponíveis” (BRASIL, 1996).
Ainda assim, um dos impulsos que aceleraram o surgimento e a prática dos meios
adequados de resolução de con�itos foi o acúmulo desmedido de demandas ao
Poder Judiciário. Parte desse fenômeno deve-se à redemocratização do país e à
Constituição Federal de 1988, que deu o acesso ao Judiciário como exercício de
cidadania.
O que aconteceu, positivamente, foi uma busca maior pelos direitos da pessoas,
principalmente aqueles fundamentais. Entretanto, o aparato do Poder Judiciário
começou a sentir a in�nidade de demandas e o tempo de resposta aos pleitos dos
cidadãos passou a ser moroso.
OS MESC’s surgiram, portanto, como alternativas a um sistema judicante repleto de
di�culdades materiais, com a ausência de desenvolvimento tecnológico e instrumentais que
estivessem de acordo com o crescimento em outras esferas, e talvez como maior problemática
do Poder Judiciário em atender a uma elevada demanda de processos que este recebia, de
indivíduos ansiosos por respostas céleres e e�cazes ( GUILHERME, 2016, p. 9 ).
É nesse cenário, portanto, que os MARC são inseridos, com o objetivo precípuo de
possibilitar às pessoas que tenham respostas céleres, e�cazes e qualitativas para os
Você sabia?
Em razão da massiva judicialização e de alguns empecilhos na própria
gestão do Poder Judiciário, são inseridos Meios Adequados de Resolução de
Con�itos (MARC) como objetivo de dirimir e resolver, efetivamente, os
con�itos a partir da relação entre as partes e o tipo de impasse. 
problemas que levaram para apreciação jurisdicional. Hoje, os MARC extrapolam a
utilização na seara judicial, podendo ser aplicados extrajudicialmente, possibilitando
que o con�ito seja resolvido sem a interferência do magistrado.
Concluindo nosso primeiro tópico, portanto, conseguimos observar que os meios
adequados de resolução de con�itos, ou MARC, possuem muita importância no
contexto jurídico brasileiro, atuando, em um primeiro momento, como alternativa à
tradicional e sobrecarregada máquina judiciária; e como meio efetivamente mais
bené�co e célere para as pessoas resolverem seus con�itos.
Você sabia?
Em 2017, o Poder Judiciário �nalizou o ano com 80,1 milhões de processos
em tramitação. No mesmo ano foram ajuizadas mais 29,1 milhões de novas
ações! (CNJ, 2018, p. 73-74). 
2. Acesso à justiça e os meios
adequados de resolução de
conflitos
Passaremos a estudar o acesso à justiça no Brasil e a integração com os meios de
resolução de con�itos, além de nos apropriarmos dos conceitos e da
contextualização dos MARC’s: autotutela, autocomposição e heterocomposição em
âmbito judicial e extrajudicial.
2.1 Acesso à Justiça no Brasil
O que é acesso à Justiça? Esse é o nosso primeiro questionamento. Podemos a�rmar,
preliminarmente, que a ideia de Acesso à Justiça consiste na possibilidade de o
cidadão recorrer ao Judiciário para a garantia dos seus direitos. Isso signi�ca,
portanto, que não trata-se apenas da possibilidade de ajuizar demandas, mas
também de ter a devida resposta para seus pedidos.
O conceito de Acesso à Justiça é mutável conforme o desenvolvimento histórico,
a�nal o Direito é produto da história, além de ser algo complexo. Nesse sentido, não
se pode a�rmar que esse instituto tenha idêntica noção no século XIX e atualmente,
haja vista as mudanças de paradigma.
Na verdade, pode-se a�rmar que o Acesso à Justiça que vigorou por volta do século
XIX era eminentemente formal, ou seja, a garantia de que a pessoa conseguiria
pleitear seus direitos ou contestar uma ação perante o Judiciário garantia a
efetividade do seu Acesso à Justiça.
Atualmente, o Acesso à Justiça possui um viés material, que signi�ca que a
possibilidade de ajuizar ou contestar uma ação já não consolida esse instituto. Deve-
se ir além, buscando assegurar direitos garantidos pela Constituição, garantir um
andamento processual legal e justo e uma adequada prestação jurisdicional.
É com a Constituição Federal de 1988, considerada o carro condutor para o processo
de redemocratização do Brasil, que o acesso à Justiça ganha força, principalmente
por meio de disposição expressa na Carta Magna, especi�camente no seu art. 5º,
inciso XXXV. Esse dispositivo, inserido nos Direitos e Garantias Fundamentais, dispõe
Você quer ler?
Para saber mais sobre o contexto histórico em que surge o Acesso à justiça,
leia a obra CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Porto
Alegre: Fabris, 1988. 
que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”
(BRASIL, 1988).
Mauro Capeletti, um dos doutrinadores mais renomados sobre acesso à justiça, na
sua obra “Acesso à Justiça” (1988, p. 8), irá a�rmar que conceituar esse instituto é
muito difícil, contudo, duas são suas �nalidades básicas: “Primeiro, o sistema deve
ser igualmente acessível a todos; segundo, ele deve produzir resultados que sejam
individual e socialmente justos”.
Nesse sentido, podemos compreender que a noção de Acesso à Justiça prescinde o
mero ajuizamento da ação, tampouco uma resposta do Judiciário. É necessário que a
prestação jurisdicional esteja alinhada com o espírito da Constituição e que com ele
encontre correspondência, devendo respeitar e assegurar o direito das partes
envolvidas.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publica, anualmente, o ebook Justiça em
Números, prestando contas à comunidade sobre os principais números que dizem
respeito ao Judiciário brasileiro. No tópico Acesso à Justiça (CNJ, 2018, p. 78) são
contabilizados casos referentes à “demanda da população pelos serviços da justiça e
das concessões de assistência judiciária gratuita nos tribunais”.
Rapidamente, uma explicação sobre o que é a Assistência Judiciária Gratuita: consiste
em um direito que as pessoas que não possuem condições de pagar custas
processuais, emolumentos e sucumbência possuem para ajuizarem e dar
seguimento às suas demandas.
A Assistência Judiciária Gratuita, ou AJG, possui regramento especí�co no Código de
Processo Civil de 2015, de modo que a parte declara que não possui condições para
arcar com as despesas processuais. Há, ao redor desse instituto, uma construção
jurisprudencial sobre parâmetros para concessão do benefício, em relação
especi�camente à renda da pessoa que o pleiteia. A título exempli�cativo, alguns
tribunais consideram dois salários mínimos e outros cinco salários mínimos. O
magistrado pode pedir documentos para comprovar a situação de hipossu�ciência à
pessoa para condicionar o deferimento do benefício.
A ideia de Acesso à Justiça que o CNJ traz para seu relatório consiste no número de
ações que tiveram concedido a Assistência Judiciária Gratuita, onde pode se veri�car,
conforme a �gura disponibilizada abaixo, que a Justiça Estadual, está no topo do
ranking com maior número de processos que tramitam com AJG, seguida da Justiça
Federal e Justiça do Trabalho (CNJ, 2018, p. 81).
No ano-base de 2017, sob o qual se confeccionou o documento, contabilizou-se que
no Poder Judiciário tramitaram com concessão de AJG um total de 272.587 processos
(CNJ, 2018, p. 81).
Figura 1 - Fonte: CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Justiça em números 2018:ano-base 2017. Brasília:
CNJ, 2018, p. 81.
2.2 Conceito e contextualização dos
MARCʼs
Nesse tópico iremos abordar as estruturas clássicas de meios de resolução de
con�itos, tais como a autotutela, autocomposição e heterocomposição, e localizar a
Mediação, Conciliação, Negociação e Arbitragem em cada uma dessas estruturas.
Antes, o que podemos a�rmar é que o sistema jurídico brasileiro evoluiu
consideravelmente para organizar um aparato normativo para consolidação dos
meios alternativos de resolução de con�itos. Atualmente, temos como principais
parâmetros legais a Resolução 125/2010, que versa sobre a Política Pública de
tratamento adequado dos con�itos de interesses, o Código de Processo Civil de 2015,
a Lei 13.140/2015, que regulamenta a mediação, e a Lei 9.307/96, sobre Arbitragem.
Inicialmente, podemos considerar a Autotutela como um meio desproporcional para
resolução dos con�itos, no qual “[...] não havia interferência de terceiros e nem do
Estado, e era praticada com as próprias mãos” (PERPETUO et al, 2018, p. 8). Ou seja,
quem realmente resolvia o con�ito era o mais forte.
Atualmente a autotutela é considerada crime pelo artigo 345 do Código Penal
brasileiro, que a dispõe como “fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer
pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite” (BRASIL, 1940). Como meio
de autotutela vigente no Brasil hoje está o Direito Constitucional de Greve, conforme
aponta o art. 9º da Constituição Federal de 1988.
Nenhum dos meios adequados de resolução de con�itos que serão abordados –
mediação, conciliação, arbitragem e negociação – se enquadram nessa estrutura
clássica.
A Autocomposição, por sua vez, tem como seu principal destaque o consenso. Nessa
estrutura, podemos nos deparar com a negociação direta, onde não há a
interferência de terceiros nem do Estado, e a negociação indireta, com a presença de
terceiros neutros e imparciais como o Conciliador e Mediador. De qualquer forma, a
solução do con�ito é alçada a partir das próprias partes.
Essa modalidade é composta por três formas distintas, quais sejam: a) a desistência,
quando há renúncia da pretensão requerida; b) a submissão, quando se aceita a
solução para o con�ito proposta pelaparte contrária; e c) transação, quando há o
diálogo entre as partes a partir do cotejo de ambos os interesses para chegar a um
acordo comum.
Perpetuo et al (2018, p. 8) irá destacar que na autocomposição estão inseridas a
negociação, a mediação e a conciliação.
No Brasil, a autocomposição pode ser dividida em três modalidades, quais sejam, a
negociação: quando o acordo é �rmado entre as partes, sem que haja a intervenção de
terceiros, mediação: quando o acordo é �rmado na presença de um terceiro imparcial, que
ajudará na manutenção da ordem e do diálogo, e a conciliação: quando existe a presença de
um terceiro imparcial, interferindo com fatos e informações relevantes sobre o litígio,
buscando a melhor forma de solucionar o impasse.
Nesse sentido, como expressão da autocomposição, está a solução do con�ito entre
as partes, podendo se dar de maneira direta, sem intervenção de terceiros, e
indireta, através do auxílio de terceiros imparciais. De qualquer sorte, o objetivo é
galgar a solução do con�ito a partir da vontade das partes.
Um grande exemplo, que será abordado no momento adequado dessa disciplina,
são os Centros Judiciários de Solução de Con�itos e Cidadania (CEJUSC), onde se
prioriza a tentativa de conciliação nos mais diversos processos para resolução do
con�ito. Os CEJUSC estão presentes na Justiça Estadual, na Justiça Federal e até
mesmo na Justiça do Trabalho.
Ao contrário da autocomposição, a Heterocomposição é o meio de resolução de
con�ito no qual um terceiro intervém para resolver o con�ito entre as partes. As
formas mais clássicas são a Arbitragem e o Processo Judicial.
A Jurisdição é o ingresso de um pedido judicial a partir de um con�ito entre as partes,
momento no qual se provoca o Estado-Juiz, na �gura do magistrado, para resolução
da lide.
De outro lado, a Arbitragem, regulamentada pela Lei 9.307/96, é o meio de resolução
de con�ito extrajudicial, no qual as partes ajustam cláusula compromissória em
contrato para que eventual con�ito que poderá vir a surgir entre elas seja decidido
por um árbitro.
Art. 3º As partes interessadas podem submeter a solução de seus litígios ao juízo arbitral
mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o
compromisso arbitral. Art. 4º A cláusula compromissória é a convenção através da qual as
partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a
surgir, relativamente a tal contrato ( BRASIL, 1996 ).
Em resumo, a heterocomposição não prescinde a presença de um terceiro,
convocado pelas partes em litígio, para resolução do con�ito que se instaurou a
partir da relação entre elas.
A tabela abaixo lhe ajudará a compreender o que estudamos nesse tópico, pois
sintetiza as estruturas clássicas apresentadas e onde estão localizados os meios
adequados de resolução de con�itos.
Tabela 1 - Síntese das estruturas clássicas
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019
3. Teoria geral do conflito
Como vimos anteriormente, o con�ito deriva das próprias relações humanas, sendo
oriundo da divergência de interesses, opiniões, convicções entre as pessoas, devendo
ser encarado como algo normal em uma primeira análise.
Nos dias de hoje essa percepção negativa do con�ito cedeu lugar ao reconhecimento de sua
ambiguidade, ou seja: tanto pode o con�ito ser algo negativo como uma experiência positiva,
ou até mesmo (o que parece frequente), uma ocorrência capaz a um só tempo de ocasionar
perdas e de possibilitar ganhos. Assim, pode representar para os sujeitos nele envolvidos e
para a sociedade uma ocorrência dolorosa e desagregadora ou virtuosa e transformadora;
tudo a depender da aptidão para lidar com ele ( FREITAS JR, 2016, p. 326 ).
Desse modo, não é possível suprimir o con�ito da vida sociedade, ele é inerente às
relações humanas. Ademais, Freitas Jr. (2016, p. 327) ressalta que o con�ito “é
característico das sociedades abertas e democráticas. Para essas, as diferenças na
forma de ser, de crer, de pensar e de agir são não apenas toleradas como
enaltecidas”.
Ademais, fazendo uma análise comparativa entre uma visão tradicional e moderna
do con�ito, podemos perceber que sob um viés tradicionalista, o con�ito é
compreendido como um jogo de forças, de perde e ganha, associado à violência,
muitas vezes.
Agora, sob um viés moderno, o con�ito é compreendido como algo normal das
relações sociais, a partir da ideia de que as pessoas possuem interesses e
necessidades diversas e que possuem direito em manifestá-las. A opção de discordar
do outro é, hoje, uma atitude democrática.
Conforme falamos anteriormente, o manejo do con�ito é que irá determinar se será
compreendido como um processo construtivo ou destrutivo. Além disso, um desa�o
para as partes envolvidas em um con�ito torna-se descobrir o real motivo para a
divergência.
Na Teoria do Con�ito, um aspecto que merece atenção, até mesmo para os futuros
pro�ssionais que irão atuar nos meios adequados de resolução de con�ito, são as
espirais do con�ito.
As espirais do con�ito consistem na ideia de que para cada ação, há uma reação no
interior de uma relação social. Na verdade, parte de uma causa originária para o
con�ito, que gera uma reação da outra pessoa envolvida, e assim sucessivamente,
gerando um ciclo vicioso.
O problema dos espirais de con�ito está na di�culdade, quanto maior for esse
espiral, de identi�car a causa originária do atrito, uma vez que causas secundárias se
sobrepõem constantemente. E isso acontece não raras vezes, pois di�cilmente uma
divergência seguida de ações mais ásperas encerram em apenas um episódio.
O pro�ssional que atuar em mediações, por exemplo, irá se deparar com essa
realidade. Inúmeras vezes, o relato da pessoa que está na sessão de mediação é
super�cial, encobrindo uma série de outros sentimentos que estão relacionados com
a causa originária do con�ito entre as pessoas. E o mediador tem papel fundamental
nesse aspecto, pois, através da provocação do diálogo e das técnicas que serão
expostas na unidade cabível, conseguirá possibilitar a exposição do real motivo do
con�ito, abrindo uma possibilidade maior de resolução.
Compreender os espirais de con�ito signi�ca entender, portanto, que nem sempre o
con�ito resume-se a um episódio de divergência, mas a causa originária (ação) gera
inúmeras outras causas secundárias (reação e novas ações), que criam um ciclo.
Esse modelo, denominado de espirais de con�ito, sugere que com esse crescimento (ou
escalada) do con�ito, as suas causas originárias progressivamente tornam‑se secundárias a
partir do momento em que os envolvidos mostram‑se mais preocupados em responder a uma
ação que imediatamente antecedeu sua reação. Por exemplo, se em um dia de
congestionamento, determinado motorista sente‑se ofendido ao ser cortado por outro
motorista, sua resposta inicial consiste em pressionar intensamente a buzina do seu veículo. O
outro motorista responde também buzinando e com algum gesto descortês. O primeiro
motorista continua a buzinar e responde ao gesto com um ainda mais agressivo. O segundo,
por sua vez, abaixa a janela e insulta o primeiro. Este, gritando, responde que o outro
motorista deveria parar o carro e “agir como um homem”. Este, por sua vez, joga uma garrafa
de água no outro veículo. Ao pararem os carros em um semáforo, o motorista cujo veículo foi
atingido pela garrafa de água sai de seu carro e chuta a carroceria do outro automóvel.
Nota‑se que o con�ito desenvolveu‑se em uma espiral de agravamento progressivo das
condutas con�ituosas ( CNJ, 2015, p. 48 ).
O exemplo acima extraído do Manual de Mediação do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) demonstra um exemplo comum de possível espiral de con�ito a partir de uma
sucessão de ações e reações.
Outro aspecto que merece destaque na Teoria do Con�ito está em classi�car os
processos de resolução de con�itos, que podem ser de duas ordens: a) construtivos;
ou b) destrutivos. Iniciemos abordando essa segunda modalidade, os processos
destrutivos.Os processos destrutivos implicam em um enfraquecimento da relação social,
suscitando até mesmo a ampliação do con�ito entre as pessoas e a fragilidade dos
laços. Desse modo, “as partes quando em processos destrutivos de resolução de
disputas concluem tal relação processual com esmaecimento da relação social
preexistente à disputa e acentuação da animosidade decorrente da ine�ciente forma
de endereçar o con�ito” (CNJ, 2015, p. 49).
De outro lado, os processos construtivos de resolução de con�itos são aqueles que
fortalecem as relações sociais preexistentes, nos quais as pessoas conseguem
solucionar as divergências, possibilitando a empatia com o outro. O Manual de
Mediação do CNJ (2015, p. 49-50) elenca algumas características do processo
construtivo.
[...] processos construtivos caracterizam‑se: i) pela capacidade de estimular as partes a
desenvolverem soluções criativas que permitam a compatibilização dos interesses
aparentemente contrapostos; ii) pela capacidade de as partes ou do condutor do processo (e.g.
magistrado ou mediador) motivarem todos os envolvidos para que prospectivamente resolvam
as questões sem atribuição de culpa; iii) pelo desenvolvimento de condições que permitam a
reformulação das questões diante de eventuais impasses e v) pela disposição de as partes ou
do condutor do processo a abordar, além das questões juridicamente tuteladas, todas e
quaisquer questões que estejam in�uenciando a relação (social) das partes.
Nesse sentido, o mote dos processos construtivos é estimular uma tomada de
decisão e solução para o con�ito a partir das próprias partes, incentivando o diálogo
e a empatia com o outro, fazendo com que busquem uma solução conjunta para a
divergência que gerou o con�ito.
O nosso modelo de processo judicial, majoritariamente, não auxilia no
desenvolvimento de processos construtivos, uma vez que organização lógica
processual obscurece o despertar de questões mais emocionais.
As partes, quando buscam auxílio do Estado para solução de seus con�itos, frequentemente
têm o con�ito acentuado ante procedimentos que abstratamente se apresentam como
brilhantes modelos de lógica jurídica‑processual – contudo, no cotidiano, acabam por muitas
vezes se mostrar ine�cientes na medida em que enfraquecem os relacionamentos sociais
preexistentes entre as partes em con�ito ( CNJ, 2015, p. 51 ).
O que se pode concluir, em relação à Teoria do Con�ito estudada, é que deve ser
dada adequada atenção para o manejo do con�ito, com o objetivo de torná-lo um
processo construtivo, no qual exista um aprendizado positivo para as partes, além do
fortalecimento da relação social.
O papel do pro�ssional que atua com os meios adequados de resolução de con�itos
é compreender o con�ito como algo natural e estar preparado para incentivar um
diálogo que alcance a causa originária da divergência. Com isso, as possibilidades de
uma resolução construtiva são aumentadas e o benefício para as pessoas também.
4. Teoria da comunicação e a
comunicação não violenta
Após análise sobre a Teoria do Con�ito, passamos a abordar a Teoria da
Comunicação, com ênfase para a comunicação não violenta. Saber se comunicar é
uma etapa importante para que o con�ito se torne um processo construtivo e não
destrutivo.
Marshall Rosenberg é um dos expoentes quando se fala em Comunicação Não
Violenta (CNV), e a�rma que se trata de “uma abordagem especí�ca da comunicação -
falar e ouvir – que nos leva a nos entregarmos de coração, ligando-nos a nós mesmos
e aos outros de maneira tal que permite que nossa compaixão natural �oresça”
(ROSENBERG, 2006).
Nesse sentido, a Comunicação Não Violenta (CNV) busca rememorar os seres
humanos comunicantes da qualidade de humanos que são, e que o outro também
possui a mesma qualidade que nós, motivo pelo qual devemos agir com respeito,
responsabilidade e empatia.
A CNV nos ajuda a reformular a maneira pela qual nos expressamos e ouvimos os outros.
Nossas palavras, em vez de serem reações repetitivas e automáticas, tornam-se respostas
conscientes, �rmemente baseadas na consciência do que estamos percebendo, sentindo e
desejando. Somos levados a nos expressar com honestidade e clareza, ao mesmo tempo que
damos aos outros uma atenção respeitosa e empática. Em toda troca, acabamos escutando
nossas necessidades mais profundas e as dos outros. A CNV nos ensina a observarmos
cuidadosamente (e sermos capazes de identi�car) os comportamentos e as condições que
estão nos afetando. Aprendemos a identi�car e a articular claramente o que de fato desejamos
em determinada situação ( ROSENBERG, 2006 ).
A Comunicação Não Violenta (CNV), a partir dessa compreensão do seu objetivo, é
composta por quatro componentes, que são: 1. Observação; 2. Sentimento; 3.
Necessidades e 4. Pedido.
A grande conexão entre os componentes está em observar o que os outros estão
dizendo e como nos sentimos diante das falas, se tristes, alegres, chateados,
irritados, etc. Após, é necessário identi�car quais de nossas necessidades estão
ligadas aos nossos sentimentos.
Pode parecer um tanto difícil exercitar a CNV no nosso dia a dia, e podemos pensar,
num primeiro momento, que todas as pessoas que nos cercam e com quem nos
comunicamos também devam saber dessa técnica. Contudo, Marshall (2006)
assevera que “para usarmos a CNV, as pessoas com quem estamos nos comunicando
não precisam conhecê-la”. A questão é que nós devemos estar compromissados com
os princípios da CNV.
Outro importante aspecto da CNV é que ela é uma via de mão dupla, o que signi�ca
que devemos “expressar-se honestamente por meio dos quatro componentes”,
assim como “receber com empatia por meio dos quatro componentes” (ROSENBERG,
2006).
Você, aluno, pode estar se perguntando: eu utilizo a CNV apenas na mediação ou
conciliação? A resposta é não! A CNV tem espaço em todos os ambientes que
frequentamos, e pode ser utilizada na família, nos relacionamentos conjugais, em
escolas, até mesmo em negociações empresariais.
Em resumo, a CNV é um processo de vida, no qual a pessoa compromete-se em
comunicar-se e receber a comunicação conforme os quatro componentes – observar,
sentir, identi�car necessidades e pedidos.
A CNV nos ajuda a nos ligarmos uns nos outros e a nós mesmos, possibilitando que nossa
compaixão natural �oresça. Ela nos guia no processo de reformular a maneira pela qual nos
expressamos e escutamos os outros, mediante a concentração em quatro áreas: o que
observamos, o que sentimos, do que necessitamos, e o que pedimos para enriquecer nossa
vida. A CNV promove maior profundidade no escutar, fomenta o respeito e a empatia e
provoca o desejo mútuo de nos entregarmos de coração. Algumas pessoas usam a CNV para
responder compassivamente a si mesmas; outras, para estabelecer maior profundidade em
suas relações pessoais; e outras, ainda, para gerar relacionamentos e�cazes no trabalho ou na
política. No mundo inteiro, utiliza-se a CNV para mediar as disputas e con�itos em todos os
níveis ( ROSENBERG, 2006 ).
Uma utilização imprescindível da CNV, entretanto, está nas mediações, pois o
mediador deve incentivar um diálogo baseado no respeito mútuo, em escutar o
outro e ser escutado, e fazer com que as partes identi�quem os seus sentimentos e
os sentimentos do outro. O mediador, portanto, deve ser guiado pela Comunicação
Não Violenta.
Síntese
Em resumo, nessa unidade, visitamos quatro tópicos: 1. Sistema integrado de meios
adequados de resolução de con�itos; 2. Acesso à justiça e os meios adequados de
resolução de con�itos; 3. Teoria Geral do Con�ito; e 4. Teoria Geral da Comunicação e
comunicação não-violenta.
Desse modo, compreendemos:
A importância dos meios adequados de resolução de con�itos (MARC) para o
contexto jurídico brasileiro diante do sobrecarregamento do Judiciário;
A doutrina do Acesso à Justiça e o seu papel na redemocratização com a Constituição
Federal de 1988;
A Teoria Geral do Con�ito, que mostrou-nos que o con�ito deve ser encarado como
algo naturaldas relações humanas, mas não signi�ca que seja algo simples, podendo
gerar con�itos secundários, di�cultando no conhecimento da causa primeira que o
gerou;
A Teoria da Comunicação e a Comunicação Não-Violenta (CNJ), que nos mostraram
que, para além da técnica, é importante trabalhar com a parte mais sentimental do
ser humano, para que consiga comunicar-se a partir do respeito e empatia com o
outro.
Nessa unidade, portanto, conseguimos trazer alguns aportes introdutórios sobre os
meios adequados de resolução de con�itos que irão ser a base para o
desenvolvimento das demais unidades desta disciplina e para o aprendizado do
acadêmico de maneira global.
Até a próxima!
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