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Aplicações de Resíduos Plásticos em Compósitos na Construção Civil

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VII Congresso Brasileiro de Resíduos Sólidos 
Tema: Indústria 4.0 na gestão dos resíduos sólidos 
 
 
ANEXO I – MODELO PARA ENVIO DE TRABALHOS 
EIXO TEMÁTICO (assinalar X em apenas um): 
( ) Políticas públicas e legislação ambiental 
( ) Gestão integrada de resíduos sólidos 
( ) Educação para a sustentabilidade 
( ) Responsabilidade socioambiental 
(x) Tecnologias limpas e inovadoras 
( ) Poluição e degradação ambiental 
 
APLICAÇÕES DE RESÍDUOS PLÁSTICOS EM 
COMPÓSITOS NA CONTRUÇÃO CIVIL: UM REVIEW 
 
LIMA, Nathana Luiza Pinto 
Mestranda 
IFRN, PPgUSRN 
nathanaluiza@yahoo.com.br 
 
FELIPE, Raimundo Nonato Barbosa 
Doutor 
IFRN 
raimundo.felipe@ifrn.edu.br 
 
FELIPE, Renata Carla Tavares dos Santos 
Doutora 
IFRN, PPgUSRN 
renata.felipe@ifrn.edu.br 
 
 
 
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APLICAÇÕES DE RESÍDUOS PLÁSTICOS EM 
COMPÓSITOS NA CONTRUÇÃO CIVIL: REVIEW 
RESUMO 
A produção de materiais alternativos é um dos pilares para alcançar a construção 
sustentável e nesse panorama os compósitos surgem como uma importante ferramenta, 
já que seu desenvolvimento permite o ajuste dos tipos e proporções entre os 
componentes de modo a adequar as propriedades exigidas ao material. Diante da atual 
problemática da produção de resíduos plásticos e seus impactos à sociedade, há um 
empenho de buscar o emprego desses resíduos como substituto à matéria-prima 
natural para produção de compósitos aplicados na construção civil, de maneira a 
buscar uma solução sustentável. Nesse panorama, o objetivo desse trabalho é realizar 
uma revisão em pesquisas sobre a produção de materiais alternativos através da 
elaboração de compósitos com ênfase na utilização de resíduos plásticos, obtendo uma 
perspectiva do atual do estado da arte e oferendo um referencial bibliográfico as 
próximas pesquisas. 
PALAVRAS-CHAVE: Material de construção, Construção sustentável, Polímero 
1. INTRODUÇÃO 
A construção civil está presente nas sociedades desde os primórdios da humanidade de 
forma que seu desenvolvimento é essencial (LUANGCHAROENRAT et al., 2019). 
Esse setor influencia diretamente as atividades econômicas, geração de emprego e 
taxas de crescimento de uma população. A indústria da construção civil está 
diretamente relacionada a variações do Produto Interno Bruto (PIB), já que além de 
atuar na geração de empregos diretos, ela influencia outros setores industriais, que 
fornecem sua matéria-prima (VIEIRA; NOGUEIRA, 2018). 
 
No entanto, a construção civil também é considerada como uma atividade de grande 
impacto ao meio ambiente, seja pelo consumo desenfreado de recursos naturais, que 
são a base de grande parte dos materiais utilizados na construção civil tradicional, seja 
pela elevada quantidade de resíduos gerados durante sua atividade (BEZERRA et al., 
2017). O reconhecimento desses impactos alertou a indústria da construção a adotar 
medidas para sustentabilidade de seus serviços, e com esse objetivo foi criado em 
1994 o conceito de construção sustentável, definido como a criação de ambientes 
construídos com base na eficiência de recursos e princípios ecológicos 
(AMORNRUT; HALLINGER, 2020). 
 
A construção sustentável tem implicações em diversas abordagens, portanto, envolve 
uma ampla gama de áreas do conhecimento. Amornrut e Hallinger (2020) segmentam 
as atividades de pesquisas da atual construção sustentável em quatro escolas de 
pensamento: Gerenciamento Sustentável da Construção, Sustentabilidade Social na 
Gestão da Construção, Reciclagem e Redução de Resíduos para Construção 
Sustentável e Materiais Alternativos para Construção Sustentável, sendo esta última 
destacada por comtemplar o maior número de pesquisadores. 
 
 
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A busca constante por materiais que desempenhem de maneira satisfatória diversas 
funções, fez com que nos últimos anos a atenção de pesquisadores se voltasse à 
produção de compósitos (FELIPE; DOMINGOS; FELIPE, 2019). De acordo com a 
ASTM (2014) os compósitos são formados por dois ou mais materiais diferentes 
insolúveis em si, que quando combinados formam um produto com características que 
não são encontradas nos seus elementos isoladamente. Na construção civil os 
compósitos são fortemente utilizados, e mais recentemente estão sendo associados à 
utilização de resíduos com o intuito de promover a sustentabilidade na atividade da 
construção a partir da produção de materiais inovadores (GOLEWSKI, 2018). 
Recentes estudos têm mostrado o interesse de pesquisadores na utilização de 
compósitos a partir de resíduos plásticos, principalmente por considerarem um grande 
problema ambiental sendo formentado por sua alta produção, sendo associado ao 
carácter descartável de 50% de volume (PACHECO et al., 2019). Hoje se estima que 
são gerados anualmente 300 milhões de toneladas de resíduos plásticos 
(SINGH; SHARMA, 2016), cujas possibilidades de destinação são limitadas por sua 
baixa biodegradação, sendo seu uso como sub-produto em outros materiais a melhor 
solução ao seu gerenciamento (AWOYERA; ADESINA, 2020). 
A possibilidade da utilização de resíduos em compósitos da construção civil abre uma 
vasta linha de pesquisa relacionada à escola de produção de materiais alternativos, que 
se reproduzida deverá reduzir o consumo de agregados naturais, os impactos 
socioambientais causados pelos resíduos plásticos, bem como, os custos associados à 
produção de materiais de construção tradicionais (AWOYERA; ADESINA, 2020). 
O objetivo desse trabalho é obter informações sobre a produção de compósitos 
sustentáveis para aplicação na construção civil, focando no uso de resíduos plásticos 
reciclados, verificando suas formas de utilização, sua viabilidade e possíveis 
limitações de uso. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 Materiais Compósitos 
O recente crescimento e modernização da indústria demandou uma melhoria dos 
materiais quanto a sua rigidez, resistência, densidade, custo e sustentabilidade 
(RAJAK et al., 2019). Como resposta a essa necessidade, nas últimas três décadas os 
compósitos tem ganhado destaque entre os materiais com as mais diversas aplicações 
em setores industriais da econômia (LEVY NETO; PARDINI, 2006). Estudos 
apresentam os compósitos como um aprimoramento de muitos materiais 
convencionais devido à melhoria de diversas de suas propriedades (RAJAK et al., 
2019). 
A característica básica dos compósitos é a combinação à nivel macroscópico de no 
mínimo duas fases distintas nomeadas de matriz e reforço. (FELIPE; DOMINGOS; 
FELIPE, 2019). A matriz é a fase contínua do material que permite que os reforços 
transmitam esforços mecânicos entre si e trabalhem de forma integrada, elas podem 
ser classificadas segundo a sua natureza como do tipo cerâmica, metálica ou 
polimérica (LEVY NETO; PARDINI, 2006). 
 
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Os reforços constituem a fase dispersa dos compósitos, eles podem ser naturais, 
sintéticas ou metálicas, além disso podem se apresentar em forma de fibras ou 
partículas (DOMINGOS, 2017; FELIPE et al., 2019). 
As propriedades dos materiais compósitos são influenciadas por um grande número de 
variáveis, como tipo da matriz, disposição do reforço e a adensão entre eles, tornando 
muitas vezes complexo prever seu comportamento, porém, possibilitando o ajuste do 
do material as propriedades e composições necessárias. (SORMUNEN; KARKI, 
2019). Além disso, as suas propriedades mecânicassão também influenciadas pelo 
tipo de exposição a que estes materiais estarão quando em serviço, sendo estas a título 
de exemplo, umidade, temperatura, radiação ultravioleta, radiação solar (FELIPE et 
al., 2019; DOMINGOS et al.,2019). 
2.1.1 Aplicações de Compósitos na Construção Civil 
Os compósitos de matriz cerâmica são os mais utilizados em construções, como 
exemplo podem ser citados os concretos e argamassas usuais onde a matriz é 
normalmente formada por uma fase aglutinante composta de cimento Portland 
(CALLISTER JUNIOR, 2002). O material agregado ou de enchimento, também 
chamado de reforço, são fragmentos como pedra, cascalho, areia e fibras. (MAKUL, 
2020). De acordo com Zhang et al. (2020) o composto cimentício é o material de 
engenharia mais utilizado no mundo, prevendo que a longo prazo deverá continuar 
nesse patamar, já que países como Índia e China preveem a duplicação em seu 
consumo nas próximas décadas. 
Além dos compósitos de matriz cerâmica, a construção civil também utiliza 
compósitos de matriz polimérica, um exemplo são os paineis tipo MDF - medium 
density fiberboard, o qual é formado por fibra de madeira de média densidade 
aglutinada com resinas sintéticas como uréia-formaldeído e parafina (KREUTZ, 
2019). Eles são utilizados para fabricação de pisos, rodapés, portas e divisórias. 
Outra aplicação de compósitos poliméricos nas construções são os concretos e 
argamassas poliméricos, que ganham vasta aplicação devido as suas propriedades de 
alta resistência, boa resistência a agentes agressivos, bom comportamento à abrasão, 
endurecimento rápido e fácil preparação. Normalmente são obtidos pela mistura de 
resinas com agregados naturais e possíveis adições em fibras ou nano materiais. Suas 
principais aplicações são insfraestruturas subterrâneas e reparo de estruturas. (SOSOI 
et al., 2018; SANTOS et al., 2020). 
Além dos compósitos citados anteriormente, têm os de matriz metálica que são 
prioritariamente utilizadas no setor automobilístico ou naval, porém também utilizados 
em aplicações na construção civil, principalmente como material de reforço ou 
construção de pontes metálicas (SILVA; PAULA; ALVES, 2019). 
2.2 Resíduos plásticos na sociedade 
O termo plástico é de origem grega e significa “adequado à moldagem”, ele é o 
material mais utilizado entre os poliméricos (SILVA et al., 2019). O aumento do 
consumo de produtos plásticos ao longo dos anos vem produzindo um acentuado 
crescimento no volume de resíduo desse material (PACHECO et al., 2019). De acordo 
 
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com Verma et al. (2016), são produzidos anualmente 150 milhões de toneladas de 
material plástico, sendo estimado um crescimento de 5% ao ano, o que 
consequentemente, também acarreta o aumento na geração de seu resíduo. 
A indústria do plástico é vista como a grande vilã da sustentabilidade ambiental em 
razão de ser a principal abastecedora das demais indústrias (TAVARES et al., 2018). 
O plástico pode ser encontrado nas mais variadas formas desde embalagens de 
alimentos, bolsas de sangue e soro, embalagens para resíduos hospitalares, bem como 
em produtos dos setores tecnológicos, automobilísticos e eletroeletrônicos 
(CAVALCANTE et al., 2018). O computador, por exemplo, possui marjoritariamente 
componentes plásticos - plástico (40%), metais (37%), eletrônicos (5%), borracha 
(1%) e de outros materiais (17%) (AQUINO et al., 2017). 
Devido ao seu amplo uso, diversas pesquisas indicam a alta parcela desse resíduo em 
relação ao total gerado em municípios e instituições da região nordeste brasileira, 
como Paraíba, Pernanbuco e Maranhão (SOUSA et al., 2018; MARTINS FILHO et 
al., 2019; CORNÉLIO et al., 2018; PEDROSA et al., 2019). 
A grande problemática ocassionada pelos resíduos plásticos gira em torno de suas 
propriedades, visto que são que em sua grande maioria não biodegradáveis e portanto 
necessitam de mais de 100 anos para serem degradados pela natureza, impossibitando 
assim sua disposição em aterros (PACHECO et al., 2019; FARAJ et al., 2020). 
3. METODOLOGIA 
 
A proposta desse trabalho é obter através de uma pesquisa qualitativa, dados 
relevantes sobre o uso de resíduos em compósitos aplicados na indústria da construção 
civil, enfatizando nas formas de utilização de resíduos plásticos como componente de 
materiais compósitos verificando sua relevânia e limitações. 
 
Para a elaboração desde review foram utilizados dados de pesquisas publicadas entre 
os anos de 2016 e 2020 de autores nacionais e internacionais, selecionando os artigos 
da base de dados Science Direct, Scopus e bibliotecas virtuais. Inicialmente foram 
selecionados os artigos através da análise de títulos e resumo de resultados obtidos nas 
ferramentas de buscas das bases de dados. Após a seleção eles foram lidos e então 
realizada a estruturação dessa pesquisa. 
 
A estruturação desse review inclui o panorama apresentado na introdução com a 
contextualização sobre o uso e importância de pesquisas relacionadas à materiais 
sustentáveis. Posteriormente, na seção 2, foi realizada a fundamentação teórica 
discutindo os principais conceitos relacionados aos materiais compósitos e a 
problematização em torno do resíduo plástico na sociedade. A seção 4 apresentará os 
resultados obtidos na pesquisa, apresentando artigos que tratam do desenvolvimento 
de compósitos sustentáveis na construção civil, ressaltando os obtidos a partir de 
resíduos plásticos, e indicando dados sobre sua viabilidade técnica e limitação de uso. 
 
 
 
 
 
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 Compósitos alternativos para Construções Sustentáveis 
 
Nas últimas décadas as pesquisas relacionadas à criação de materiais de caráter 
sustentável teve grande avanço, criando então uma escola de pensamento nomeada 
por Amornrut e Hallinger (2020) como Materiais Alternativos para a Construção 
Sustentável. Essa linha de pensamento visa diminuir o volume de resíduos sólidos e 
também reduzir a crescente demanda por recursos naturais na indústria da construção 
(TANG et al., 2020). 
 
Foram realizadas pesquisas relacionadas à substituição de taxas de cimento por 
resíduos, sendo essa técnica um método promissor de reduzir o impacto ambiental da 
indústria do cimento (ISLAM, RAHMAN; KAZI, 2017). Entre as pesquisas se pode 
citar as que substuituem o cimento por: cinza de óleo de palma (KHANKHAJE, et al., 
2018), resíduos de pó de vidro (ISLAM; RAHMAN; KAZI, 2017), argila marinha 
(DU; PANG, 2018), resíduo de concreto aerado autoclavado (QIN; GAO, 2019; HE et 
al., 2020), pó de cerâmica (KANNAN et al., 2017) e conchas marinhas (TAYEH et 
al., 2019). Um entrave para essas produções são as limitadas taxas de substituição de 
cimento, normalmente inferior a 30%, devido à redução de resistência ocassionada 
pela introdução dos resíduos, que muitas vezes possui uma baixa reatividade 
ocasionada pelo processo de moagem não satisfatória. (HE et al., 2020; DU; PANG, 
2018). 
Outras pesquisas também utilizam resíduos sólidos para a substituição de taxas dos 
agregados naturais (areia e brita) em concretos e argamassas. Além de obter um 
destino apropriado a esses resíduos, a aquisição do agregado reciclado é mais fácil 
devido ao baixo custo e ampla disponibilidade em relação aos agregados naturais 
(KISHORE; GUPTA, 2020). Entre as substituições mais usuais têm os agregados 
naturais miúdos por diversos tipos de subprodutos industriais como areia de fundição 
(MARTINS et al., 2019), cinzas volantes (ZAWAWI et al., 2020), resíduos de 
mármore (KABEER; VYAS, 2018) e principalmente resíduos de construção e 
demolição (KIRTHIKA; SINGH, 2020; VIEIRA et al., 2016).Como substituição ao agregado miúdo (areia) ainda são utilizados resíduos naturais 
como a sucata da escavação de pedras de laterita (RAJAPRIYA; PONMALAR, 2020) 
e resíduo de cupim (FAPOHUNDA; DARAMOLA, 2019) ou diversos resíduos de 
atividade agrícola, como conchas marinhas — oriundas do cultivos de ostras 
(VARHEN; CARRILLO; RUIZ, 2017) e cinza do bagaço da cana de açucar 
(MORETTI et al., 2016). 
 
Parte dos pesquisadores veem nos resíduos oriundos de atividades industriais da 
construção e demolição uma possibilidade viável de substituição dos agregados 
naturais graúdos, tendo em visto a alta geração desse material, estimada em cerca de 
três bilhões de toneladas por ano (TAM; SOOMRO; EVANGELISTA, 2018; NOBRE 
et al., 2020; MUDULI; MUKHARJEE, 2020). É constatado que substituições de até 
40% de agregado natural pelo reciclado indica pouca mudança nas suas propriedades 
mecânicas, porém, substituições em maiores taxas podem reduzir bruscamente a 
resistência a compressão, além de afetar outras propriedades (KISHORE; GUPTA, 
 
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2020). Embora as pesquisas indiquem uma queda de desempenho de algumas 
propriedades do concreto, se estuda a possibilidade da associação desse resíduo com 
outros materiais como metacaulim e escória de modo a melhorar as propriedades do 
concreto reciclado (MAJHI; NAYAK; MUKHARJEE, 2018; MUDULI; 
MUKHARJEE, 2020). 
 
Além do uso de resíduos de construção e demolição em concretos, outros estudos 
indicam a utilização de outros materiais como casca de coco (KANOJIA; JAIN, 2017), 
casca do palmito – obtida através da produção do óleo de palma (FANIJO; 
BABAFEMI; AROWOJOLU, 2020) e resíduos de granito (SHARMA et al., 2017). 
 
4.2 Compósitos sustentáveis com resíduos plásticos 
 
Diante da preocupação quanto aos impactos gerados pelos resíduos plásticos, houve 
nas últimas décadas um esforço para reduzir os danos ocassionados por esse material, 
encontrando maneiras alternativas de reciclar esse resíduo (AWOYERA; ADESINA, 
2020). Nesse contexto, a pesquisa de reciclagem de resíduos plásticos para a produção 
de materiais de construção tem sido amplamente produzida, com o objetivo de, além 
de reduzir o volume de resíduos plásticos, reduzir a crescente demanda por recursos 
naturais na indústria da construção (GOMES et al., 2019). 
 
Para a utilização de resíduos como componente em materiais de construção eles 
devem atender a requisitos quanto a suas propriedades (AWOYERA; ADESINA, 
2020), sendo, portanto indispensável à análise criteriosa do material antes de sua 
utilização. Diante dessa necessidade, pesquisadores têm realizado estudos sobre a 
substituição de agregados naturais por resíduos plásticos em concretos. De acordo com 
Li, Ling e Mo (2020) para a confecção de agregados plásticos normalmente são 
utilizados resíduos de tereftalato de polietileno (PET) e o polipropileno virgem (PP). 
 
Outros autores utilizaram o agregado plástico como substituição do agregado miúdo 
natural. Mohammed (2017) utiliza as proporções de 5%, 10% e 15% de substituição 
de areia pelo agregado plástico oriundo de resíduo PET. Faraj, Sherwani e Daraei 
(2019) utiliza partículas de plástico de polipropileno reciclado nas taxas de 
substituição de 10% à 40%. Pooja et al. (2019) utiliza resíduos de diversos tipos de 
plásticos reciclados oriundos de sacolas plásticas de polietileno, embalagens de 
alimentos e garrafas de água em PET nas taxas de substituições entre 15 e 30%. Entre 
os estudos é possível verificar uma tendência de redução das propriedades mecânicas 
em função do incremento de resíduo plástico na composição do material, de forma que 
normalmente é indicada a taxa máxima de 30% de substituição. 
 
Existem pesquisas que propõe a substituição do agregado graúdo por agregado 
plástico. Nursyamsi e Zebua (2017) utilizando resíduos plásticos PET obtidos através 
da aglomeração, ocorrida pelo aquecimento e resfriamento do material, e trituração na 
graduação a ser utilizada de modo a substituir a brita natural. Mohammed, Mohammed 
e Mohammed (2019) realiza as taxas de substituição do agregado graúdo e miúdo – 
entre 5 e 85%, pelo resíduo de PVC, fazendo a comparação entre os resultado obtidos. 
Os valores de resistência a compressão e tração foram reduzidos em função do 
incremento de material plástico no traço, sendo essa tendência mais significativa nas 
 
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substituições do agregado graúdo que no miúdo (MOHAMMED; MOHAMMED; 
MOHAMMED, 2019). 
 
Embora seja comprovada a redução da resistência à compressão e tração nos concretos 
que utilizam agregados plásticos, pesquisas indicam que a utilização de materiais 
pozolânicos, como as cinzas volantes e a sílica ativa compensam a perda de resistência 
causada por essa adição (SADRMOMTAZI et al., 2016). Além disso, é verificada uma 
melhora em outras propriedades do concreto, como o aumento da ductibilidade do 
material e a diminuição de sua densidade (COLANGELO et al., 2016). 
 
Provavelmente devido ao aumento recente de consumo de materiais eletrônicos, foi 
verificada um aumento das pesquisas quanto à utilização de resíduos de plástico de 
materiais eletrônicos, os chamados “e-waste” ou lixo eletrônico, como matéria prima 
substituta de agregado naturais (NEEDHIDASAN; SAI, 2020; MANJUNATH, 2016). 
Shinu e Needhidasan (2020) utilizam resíduos de plástico de materiais eletrônicos nas 
taxas de 12%, 17% e 22% de substituição do agregado graúdo natural, já Needhidasan 
e Sai (2020) utilizam valores de 0% até 16%, obtendo através da mistura com cinzas 
volantes maiores valores de resistência a compressão em todos os traços 
confeccionados. 
 
Devido à exposição de muitas estruturas de concreto a cargas de impacto como painéis 
de paredes e decks de pontes, é necessário incrementar a capacidade do concreto a esse 
tipo de carga através da presença de fibras (MOHAMMADHOSSEINI; TAHIR; 
SAM, 2018). Mohammadhosseini, Tahir e Sam (2018) utilizaram fibras plásticas de 
polipropileno metalizado com 20 mm de comprimento nas taxas de 0 à 1,25%, já Al-
Hadithi, Noaman e Mosleh (2019) produziram composições de concreto cimentício a 
partir de fibras plásticas PET, contendo proporções volumétricas entre 0,25% e 2%. 
Os autores citados obtêm resultados divergentes quanto a resistência a compressão dos 
materiais obtidos, de modo a se verificar um aumento da resistência a compressão a 
partir do incremento de fibras PET e uma redução nesse mesmo comportamento com o 
incremento do fibras plásticas metalizadas, indicando assim a obtenção de 
comportamentos diferentes a partir de diferentes composição de fibras. 
 
Embora em menor número, existem pesquisas que tratam do uso de resíduos plásticos 
em argamassas, muitas utilizando o resíduo como substituto parcial do agregado 
miúdo. Hita et al. (2018) utilizou taxas de substituição entre 5% e 15% de areia natural 
por resíduo plástico de polipropileno reciclado. Coppola et al. (2018) usou taxas de 
substituição de 10% e 25% de resíduo plástico misto de poliolefina contendo 
polipropileno (PP) e polietileno (PE), oriundo do descarte de uma empresa local de 
fabricação de plásticos. Kaur e Pavia (2020) utilizaram taxas entre 5% e 20% de 
substituição utilizando os resíduos de policarbonato (PC), polioximetileno (POM), 
acrilonitrila butadieno estireno (ABS) e uma mistura dos anteriores e o PET. Os 
estudos indicam uma queda no comportamento mecânico das argamassas em função 
do incremento do resíduo plástico, principalmente em taxas de substituição superiores 
a 12-15%, onde essa queda de resistência é mais acentuada. Normalmente ela é 
atribuida a incompatibilidade química e física entre a fase polimérica e a matrizcimentícia, mas também às propriedades mecânicas mais baixas dos agregados 
plásticos em comparação aos agregados naturais (HITA et al., 2018; COPPOLA et al., 
2008; KAUR; PAVIA, 2020).Por outro lado, foi verificado um ganho quanto a 
 
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capacidade de absorver deformações do material, atrasando falhaa e transformando a 
falha frágil típica das argamassas de cimento em uma falha dúctil. 
 
Embora ocorra uma redução nos valores de resistência das argamassas produzidas com 
uso de plástico, existe uma acentuada redução de sua densidade o que favorece a 
utilização desse material como ferramenta de isolação térmica. Tittarelli et al. (2016) 
utilizou as taxas de substituição de 33%, 66% e 100% da areia natural pelo 
poliestireno expandido (EPS) reciclado e do EPS virgem em argamassas a fim de 
verificar a viabilidade técnica e econômica do material reciclado. Foi verificada a 
redução nas propriedades isolantes com o material reciclado, porém, aumentando a 
taxa de resíduo o autor verificou a eficiência na isolação térmica e uma ecônomia de 
25% no produto gerado. 
 
Além da substituição do agregado miúdo, Al-Tulaian, Al-Shannag e Al-Hozaimy 
(2016) investigaram o uso de fibras recicladas de PET na resistência à flexão, 
tenacidade à flexão e fissuração por retração plástica da argamassa. Sendo utilizado as 
taxas em volume de fibras de 0,5%, 1,0% e 1,5% nos comprimentos de 20mm e 
50mm, indicando que a houve um aumento na tenacidade à flexão e um aumento 
considerável na resistência à flexão das argamassas reforçadas com fibras em 
comparação à argamassa simples. 
 
5. CONCLUSÕES 
A partir da análise de pesquisas se conclui que os compósitos se tornam amplamente 
utilizados em virtude de sua capacidade de adequação as funções desejadas, visto a 
possibilidade da utilização de variados componentes. Diversas pesquisas na área de 
construção civil fazem uso de compósitos a fim de obter materais sustentáveis e que 
atendam as exigencias técnicas quanto a função a ser desempenhada. 
 
A comunidade científica desenvolve materiais compósitos com a associação de 
resíduos plásticos à aglomerantes cimentícios para a obtenção de concretos e 
argamassas. Normalmente as possibilidades de utilização em concretos giram em 
torno da substituição parcial do agregado miúdo e agregado graúdo, se obtendo 
melhores resultados com taxas máximas próximas à 30% de substituição. Os 
resultados de ensaios indicam uma redução em seu desepenho mecânico, porém, uma 
melhoria quanto a outras propriedades como redução da densidade e redução da 
fragilidade obtida na ruptura. Além disso, é estudada a associação de materiais 
pozolânicos com o objetivo de compensar a perda de resistência causada pela adição 
plástica. 
 
É verificado um menor número de pesquisas com a utilização de resíduos plásticos na 
composição de argamassas, se dando através da substituição parcial do agregado 
miúdo. Nelas a taxa máxima sugerida gira em torno de 12 à 15% de substituição, onde 
são obtidos melhores resultados. Geralmente os resultados indicam uma redução nas 
propriedades mecânicas, porém, uma melhoria no que se refere à deformação e 
redução da densidade. A inclusão de fibras plásticas em argamassas também foram 
verificadas como possibilidade que resultam num aumento da resistência à flexão do 
material. 
 
 
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