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Seguridade- Origem e Evolução legislativa

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Seguridade Social: Origem e evolução legislativa no Brasil 
Primeira norma brasileira a tratar sobre a seguridade social (no caso instituía os chamados 
“socorros públicos”: inciso XXXI do art. 179 da Constituição de 1824: 
 “Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos Brazileiros, que tem por 
base a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do 
Imperio, pela maneira seguinte. [...] XXXI. A Constituição tambem garante os socorros publicos.” 
Após, alguns decretos instituíram montepios (pensões devidas aos herdeiros do trabalhador) e 
aposentadorias para determinadas categorias de trabalhadores. São exemplos os decretos nº 
9.212/1889 e 221/1890. 
 Após, novamente a Constituição Federal tratou sobre a seguridade, mais especificamente sobre 
a aposentadoria. Neste caso, o art. 75 da Constituição de 1891: “A aposentadoria só poderá ser 
dada aos funcionários públicos em caso de invalidez no serviço da Nação.” 
Em 1923, a Lei Eloy Chaves (Decreto nº 4.682/23), que criou uma caixa de aposentadoria e 
pensões para os empregados das empresas de estrada de ferro em todo o território nacional. 
Protegia os trabalhadores desta categoria contra os riscos de doença, velhice, invalidez e morte 
(Art. 9º). 
A Constituição Federal de 1934 previu a forma tríplice de custeio: União, empregador e 
empregado contribuíram para a formação da previdência: 
“Art 121 - A lei promoverá o amparo da produção e estabelecerá as condições do trabalho, na 
cidade e nos campos, tendo em vista a proteção social do trabalhador e os interesses 
econômicos do País. § 1º - A legislação do trabalho observará os seguintes preceitos, além de 
outros que colimem melhorar as condições do trabalhador: 
h) assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, assegurando a esta descanso 
antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e instituição de previdência, 
mediante contribuição igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da 
invalidez, da maternidade e nos casos de acidentes de trabalho ou de morte;” 
A Constituição de 1937, por seu turno, fixou em seu art.137, “m” (tal art. foi suspenso pelo 
Decreto nº 10.358/1942): 
“Art. 137 - A legislação do trabalho observará, além de outros, os seguintes preceitos: m) a 
instituição de seguros de velhice, de invalidez, de vida e para os casos de acidentes do trabalho;” 
A Constituição de 1946 expôs pela primeira vez em Lei a expressão “previdência social”. Trouxe 
em seu art. 157: 
”Art 157 - A legislação do trabalho e a da previdência social obedecerão nos seguintes preceitos, 
além de outros que visem a melhoria da condição dos trabalhadores: 
XV - assistência aos desempregados; 
XVI - previdência, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado, em favor da 
maternidade e contra as conseqüências da doença, da velhice, da invalidez e da morte; 
XVII - obrigatoriedade da instituição do seguro pelo empregador contra os acidentes do trabalho.” 
 Em 1960, foi instituída a Lei nº 3.807, a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), que unificou 
a legislação previdenciária. Unificou benefícios previdenciários, fixou alíquotas de contribuição 
dos trabalhadores e aumentou a gama de riscos sociais cobertos. 
Em 1966, o Decreto-Lei nº 72 centralizou a organização previdenciária por meio do Instituto 
Nacional de Previdência Social. A Constituição Federal de 1967 fixou: 
“Art 158 - A Constituição assegura aos trabalhadores os seguintes direitos, além de outros que, 
nos termos da lei, visem à melhoria, de sua condição social: 
 XI - descanso remunerado da gestante, antes e depois do parto, sem prejuízo do emprego e do 
salário; 
XVI - previdência social, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado, para 
seguro-desemprego, proteção da maternidade e, nos casos de doença, velhice, invalidez e morte; 
XVII - obrigatoriedade da instituição do seguro pelo empregador contra os acidentes do trabalho.” 
Em 1960, foi instituída a Lei nº 3.807, a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), que unificou 
a legislação previdenciária. Unificou benefícios previdenciários, fixou alíquotas de contribuição 
dos trabalhadores e aumentou a gama de riscos sociais cobertos. 
Em 1966, o Decreto-Lei nº 72 centralizou a organização previdenciária por meio do Instituto 
Nacional de Previdência Social. 
A Constituição Federal de 1967 fixou: 
“Art 158 - A Constituição assegura aos trabalhadores os seguintes direitos, além de outros que, 
nos termos da lei, visem à melhoria, de sua condição social: 
XI - descanso remunerado da gestante, antes e depois do parto, sem prejuízo do emprego e do 
salário; 
XVI - previdência social, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado, para 
seguro-desemprego, proteção da maternidade e, nos casos de doença, velhice, invalidez e morte; 
XVII - seguro obrigatório pelo empregador contra acidentes do trabalho; 
 § 1º - Nenhuma prestação de serviço de caráter assistencial ou de benefício compreendido na 
previdência social será criada, majorada ou estendida, sem a correspondente fonte de custeio 
total. 
§ 2º - A parte da União no custeio dos encargos a que se refere o nº XVI deste artigo será 
atendida mediante dotação orçamentária, ou com o produto de contribuições de previdência 
arrecadadas, com caráter geral, na forma da lei.” Lei nº 6.439/77 – instituiu o SINPAS (Sistema 
Nacional de Previdência Social). 
Dividia-se em 07 órgãos: INPS (Instituto Nacional da Previdência Social); IAPAS (Instituto de 
Administração Financeira de Previdência e Assistência Social; INAMPS (Instituto Nacional de 
Assistência Médica da Assistência Social); DATAPREV (empresa de processamento de dados); 
LBA (Fundação Legião Brasileira de Assistência); CEME (Central de Medicamentos) e FUNABEM 
(Fundação Nacional de Assistência e Bem Estar do Menor). 
A Constituição Federal de 1988 destinou todo um capítulo para tratar da Seguridade Social 
(Capítulo II do Título VIII – art. 194 a 204). A Seguridade Social, de acordo com a fixação 
constitucional, passou a englobar a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde. A Lei nº 
8.080/90 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a 
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. 
A Lei nº 8.212/91 dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e 
dá outras providências. 
 A Lei nº 8.213/91 dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras 
providências A Lei nº 8.742/93 dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras 
providências. 
 As Emendas Constitucionais 20/98, 41/03, 42/03, 47/05 e 51/06 alteraram disposições 
constitucionais sobre a matéria. Todas referidas alterações já constam de nosso material de 
estudo. 
Por fim, com a emenda constitucional nº 103/19, foi feita a reforma da previdência, que alterou 
substancialmente o sistema previdenciário no Brasil. 
Atenção! Fato importante sobre a reforma previdenciária! Entenda que existe o princípio da 
supremacia da Constituição. A Constituição é a norma mais relevante do sistema legal brasileiro 
e, portanto, qualquer legislação que apresente termos conflitantes com seus termos não terá 
validade. No caso, a doutrina considera que a legislação anterior às mudanças constitucionais, 
como no caso da Emenda Constitucional nº 103/19, não foram recepcionadas pela ordem 
constitucional vigente. Em outras palavras, toda legislação que seja conflitante com a atual 
redação da Constituição Federal, não será válida.

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