Gasometria: Medição de Gases no Sangue

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Gasometria
 Gasometria: “Gaso” refere-se a gás e 
“metria” à medida. Neste caso a 
gasometria realiza a medição do gás no 
sangue. 
 O exame é colhido de uma artéria, 
geralmente radial, mas a depender do 
caso do paciente pode optar por outros 
(femoral, braquial....), cabe ao 
Médico/Enfermeiro avaliar o local 
apropriado. 
 Fornece informações que auxiliam o 
diagnóstico e tratamento de várias 
patologias. 
 Precisa de indicação médica, é 
privativo do enfermeiro (alguns médicos 
fazem). 
 
 
 
 
• Analisar o equilíbrio ácido básico 
• Analisar a oxigenação 
• Auxiliar em diagnóstico 
• Guiar intervenções terapêuticas 
 
• pH: Avalia para determinar se 
está presente uma acidose ou 
uma alcalose. 
• PO2: Exprime a eficácia das 
trocas de oxigênio entre os 
alvéolos e os capilares 
pulmonares, e depende 
diretamente da pressão parcial 
de oxigênio no alvéolo. 
• pCO2: A pressão parcial de CO2 do 
sangue arterial exprime a eficácia 
da ventilação alveolar. 
• HCO3: As alterações na 
concentração de bicarbonato no 
plasma podem desencadear 
desequilíbrios acidobásicos por 
distúrbios metabólicos. 
• BE: Bases excesso, sinaliza o 
excesso ou débito de bases 
dissolvidas no plasma sanguíneo. 
 
pH 7,35 – 7,45 
Paco2 35 – 45 mmHg 
Pao2 80 – 100 mmHg 
HcO¯³ 22 – 26 mEg/L 
BE -2 - +2 
SaO² ≥ 92% 
A Resolução Cofen n. ° 390/2011, estabelece 
que a realização da punção arterial, tanto 
para fins de gasometria como para 
monitorização de pressão arterial invasiva, 
é privativa do enfermeiro. 
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PH: < 7,35 = Acidose 
PH: > 7,45 = Alcalose 
Paco ²= indicador ventilatório 
Pa0² < 80 = Hipoxemia 
Pa0²: > 100 = Hipoxemia 
Hco¯³: = indicador metabólico 
BE: -2 = Excretando gases 
BE: +2 = Retendo gases 
Sa0² = ≤ 92% 
• Sempre que o PH estiver alto o 
Pac02 vai estar baixo e sempre 
que o PH estiver baixo o Pac02 vai 
estar alto. 
• O PH é sempre proporcional ao 
Hc03, ou seja, PacO2 alto, PH fica 
alto, se o PacO2 está baixo, PH 
também vai estar alto. 
Ex: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
pH= 7.27 
Pa02= 90 
Pac02= 50 
HcO3= 25 
BE= 0 
 
pH= 7.60 
Pa02= 97 
Pac02= 30 
Hco3= 23 
BE= +1 
 
 
pH= 7.20 
Pa02= 90 
Pac02= 45 
Hco3= 19 
BE= 0 
 
pH= 7.60 
Pa02= 97 
Pac02= 40 
Hco3= 33 
BE= +1 
 
 
Acidose 7,35 PH 7,45 alcalose 
Hipocapria 35 Pco² 45 Hipercapria 
Hipoxemia 80 Po² 100 hipoxemia 
 22 Hco¯³ 26 
Perda de 
gases 
-2 BE+ +2 Ganho de 
gases 
Pac02 PH 
Pac02 PH 
Hc03 PH 
Hc03 PH 
Pa02 80 - 100 Alteração 
Respiratória Pac02 35 - 45 
Hc03 22 - 26 Alteração 
Metabólica BE -1 - +2 
ACIDOSE NORMAL ALCALOSE 
7.35...pH...7.4
5 
35...Pco2...45 
22...HC03...26 
Respiratória 
Metabólica 
Acidose Respiratória 
Acidose Metabólica 
Alcalose Metabólica 
Alcalose Respiratória 
 pH = Hc03 se aumenta bicarbonato também 
aumenta pH, vice-versa 
 pH = C02 se diminuir o pH, aumenta o c02 e vice-
versa 
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pH= 7.40 
Pa02= 97 
Pac02= 50 
Hco3= 30 
BE= +1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex: 
 PH 
 
Acidose Alcalose 
 
 CO2 HCO3 CO2 HCO3 
35-45 22-26 35-45 22-26 
 
Ph= 7,40 
Pao2= 94 
PacO2= 50 
Hco3= 34 
BE= +1 
• Seringa heparinizada 
• algodão com álcool 70% 
• agulha (25x7, 25x8 ou 13x4,5) 
• curativo tipo esparadrapo 
• Cuba rim 
 
SERINGA HEPARINIZADA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Lavar as mãos; 
• Preparar etiqueta de identificação 
do material, contendo os seguintes 
dados do paciente: nome 
completo, registro, unidade, leito, 
data, horário da coleta; 
• Separar uma bandeja para o 
procedimento; 
• Fazer desinfecção da bandeja com 
gaze embebida em álcool 70%; 
• Higienizar as mãos com álcool 70%; 
• Separar o material para o 
procedimento, colocando-o na 
bandeja; 
• Colocar os EPIs; 
• Heparinizar a seringa aspirando 
aproximadamente 0,1ml de 
heparina, puxando o êmbolo para 
trás em posição vertical; logo após 
Acidose Respiratória 
Compensado (distúrbio) 
* Acidose respiratória compensada pelo 
aumento de bicabornato 
* Pegar os números coletados e 
subtrair com o maior número do padrão 
de referência 
 
Alcalose 
metabólica 
Compensado 
50 
-45 
5 8 
-26 
34 
Teve a Maior 
alteração 
Na ausência de seringa heparinizada, 
podemos improvisar. 
Seringa + Heparina = seringa heparinizada. 
 
 
Aspirando aproximada-
mente 0,1ml de hepari-
na, puxando o êmbolo 
para trás em posição 
vertical; logo após em-
purrar o embolo reti-
rando toda heparina. 
 muda conforme o 
fabricante 
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empurrar o embolo retirando toda 
heparina; 
• Seringa de gasometria, não 
precisa colocar heparina, já está 
pronta! 
• Identificar a seringa com a 
etiqueta do paciente, 
• Levar a bandeja até o leito do 
paciente; 
• Apresentar-se ao paciente e 
explicar o procedimento ao 
mesmo; 
• Orientar o paciente e/ou 
acompanhante quanto ao 
procedimento; 
• Posicionar o paciente em decúbito 
dorsal, expondo apenas a área de 
• punção, elevar o pulso com um 
pequeno travesseiro ou coxim e 
• pedir que estenda os dedos para 
baixo (isso dobra o pulso e coloca 
a 
• artéria radial mais perto da 
superfície); 
• Escolher o local da punção, 
sentindo o pulso periférico com o 
dedo 
• Paciente adultos realizar teste de 
Allen; 
• Higienizar as mãos com álcool 70% 
• Realizar a antissepsia local com 
álcool 70% com 3 fricções, a partir 
do ponto selecionado, com 
movimentos circulares de dentro 
para fora aguardando a secagem 
por 1 minuto; 
• Introduzir a agulha no plano 
subcutâneo com o bisel para cima, 
em 
 
 
• um ângulo de 45º; na direção do 
sentido da artéria (radial ou 
• braquial). Caso seja femoral 
utilizar ângulo de 90°; 
• Puxar delicadamente o êmbolo; 
• Certificar-se que puncionou a 
artéria, observando a 
característica do sangue; 
• Aspirar aproximadamente 0.5ml 
para neonatos e crianças e 1,0 ml 
de sangue para adultos; 
• Retirar a agulha comprimindo o 
local da punção com algodão ou 
gaze seca por aproximadamente 5 
minutos ou até total 
estancamento de sangue 
(hemostasia); 
 
 
 
 
 
 
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• Após retirar a seringa, pressione o 
local puncionado por 5 minutos. 
 
 
 
 
 
• Caso ocorra o surgimento de 
pequenas bolhas de ar, assegure-se 
de sua retirada segundo a política da 
sua instituição. 
 
• Feche a seringa com a tampa. 
• Homogeneíze no mínimo 5x, faça o 
movimento de rolar entre as mãos por 
no mínimo 5 segundos. 
 
• Antes da análise homogeneíze 
novamente a seringa por no mínimo 
10x e role entre as mãos por 10 
segundos. 
 
A amostra deve ser analisada até 15 
minutos ( para lactato, Ph, Na, K, Cl, pO2 
e pCO2), os analíticos em até 1 hora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Localizar a artéria Radial ou Ulnar, 
 
 
 
 
 
Artéria Ulnar 
Artéria Radial 
Caso esteja usando seringa de 3,0mL ative o 
dispositivo de segurança, caso contrário, 
descarte a agulha desrosqueando-a em 
descartador de perfuro cortante 
• Observar as recomendações do 
fabricante do gasômetro. 
• O Exame deverá ser realizado em até 15 
minutos após a coleta. Se não for 
possível, a amostra deverá ser 
armazenada em gelo (sem contato) por 
no máximo 30 minutos. 
@nessa.studynurse By: 
 
2- Comprimir simultaneamente as duas 
artérias (radial e ulnar), pedindo ao 
paciente que feche e abra várias 
vezes a mão; esta ficará esquemiada 
e pálida. 
 
 
 
 
 
3- seguida com a mão do paciente 
aberta, retira-se os dedos da artériaulnar. A coloração rósea deve voltar, 
indicando boa circulação colateral. 
 
 
 
 
 
INTERPRETAÇÃO 
Esse teste verifica a circulação arterial 
da mão por meio da analise de perfusão 
das artérias radial e ulnar. 
CLASSIFICAÇÃO 
• (-) <5 Segundos 
• (+/-) 6-9 Segundos 
• (+) >10 Segundos 
 
1- Satisfatório ou negativo: quando o 
tempo de retorno da coloração 
palmar ocorre até sete segundos, 
após a descompressão da artéria 
ulnar. 
2- Insatisfatória ou positivo: quando 
o tempo de retorno da coloração 
palmar for superior a sete 
segundos 
ONSERVAÇÃO 
 
Não puncionar a artéria radial no 
membro testado quando o teste de Allen 
apresentar resultado insatisfatório, 
porque aumentam os riscos de 
complicações isquêmicas. Repetir o teste 
no outro membro; se o teste for 
satisfatório, a artéria poderá ser 
puncionada.