Buscar

RESUMO - Estabelecimento empresarial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estabelecimento Empresarial
A atividade (empresa) é exercida por um
sujeito (o empresário), que geralmente viabiliza
o exercício da atividade por meio de um
complexo de bens, que denominaremos
estabelecimento empresarial – ele é o
instrumento da atividade empresarial.
É o complexo de bens reunidos para o
desenvolvimento da atividade empresarial e
possui um valor próprio, distinto do valor dos
bens que o compõem.
O estabelecimento não pode ser entendido
como o local onde se exerce a atividade
Estabelecimento não é sinônimo de
patrimônio. O patrimônio é composto de
todos os bens valorados economicamente e o
estabelecimento é composto, apenas, de bens
utilizados para o exercício da atividade. Os
débitos, por exemplo, fazem parte do
patrimônio, mas não do estabelecimento.
Assim sendo, o estabelecimento não se
confunde com a empresa, uma vez que esta,
conforme visto, corresponde a uma atividade.
Da mesma forma, o estabelecimento não se
confunde com o empresário, já que este é uma
pessoa física ou jurídica que explora essa
atividade empresarial e é o titular dos direitos
e obrigações dela decorrentes. Mas, embora
estabelecimento, empresa e empresário sejam
noções que não se confundem, são conceitos
que se inter-relacionam, podendo-se dizer,
pois, que o estabelecimento, como complexo
de bens usado pelo empresário no exercício
de sua atividade econômica, representa a
projeção patrimonial da empresa ou o
organismo técnico-econômico mediante o
qual o empresário atua.
A doutrina brasileira majoritária sempre
considerou o estabelecimento empresarial
uma universalidade de fato, uma vez que os
elementos que o compõem formam uma coisa
unitária exclusivamente em razão da
destinação que o empresário lhes dá, e não
em virtude de disposição legal.
Sendo o estabelecimento uma universalidade
de fato, ou seja, um complexo de bens
organizado pelo empresário, ele não
compreende os contratos, os créditos e as
dívidas.
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo
complexo de bens organizado, para exercício
da empresa, por empresário, ou por
sociedade empresária.
Esse complexo de bens não precisa,
necessariamente, pertencer ao empresário,
que pode eventualmente locar bens. O
essencial é que esse complexo de bens seja
organizado pelo empresário para o exercício
da empresa.
A organização do empresário para uma
finalidade comum é que vai dar ao complexo
de bens a natureza de um estabelecimento.
Portanto, o fundo de comércio ou
estabelecimento empresarial constitui uma
universalidade de fato, um conjunto de bens
que se mantêm unidos, destinados a um fim,
por vontade e determinação de seu
proprietário.
§ 2º Quando o local onde se exerce a
atividade empresarial for virtual, o endereço
informado para fins de registro poderá ser,
conforme o caso, o endereço do empresário
individual ou de um dos sócios da sociedade
empresária.
. PONTO .
O ponto é o local em que está situado o
estabelecimento e é para onde se dirige a
clientela.
§ 1º O estabelecimento não se confunde com
o local onde se exerce a atividade
empresarial, que poderá ser físico ou virtual.
§ 3º Quando o local onde se exerce a
atividade empresarial for físico, a fixação do
horário de funcionamento competirá ao
Município.
Possibilidade de renovação compulsória no
contrato de locação, desde que,
cumulativamente:
- Contrato escrito e por prazo determinado.
- Prazo mínimo de 05 anos do contrato.
- Exploração do mesmo ramo por 03 anos
ininterruptos.
- Respeito ao prazo de ajuizamento da
demanda - de 1 ano a 6 meses antes do fim do
contrato.
❣OBS: Exclusivo para locação de
estabelecimento comercial.
Exceção de retomada: fatos que levam a
improcedência da ação renovatória, mesmo
que atendidos todos os requisitos:
- O locatário apresenta proposta de
renovação do aluguel em valor abaixo do
valor real de locação. Neste caso, deve o
locador apresentar as condições de locação.
Se atendidas pelo locatário, a renovação
corre.
- Há proposta de locação por parte terceiro
de terceiro melhor que a do locatário. Neste
caso, deverá o locador apresentar por escrito
a proposta de terceiro, assinada por duas
testemunhas com a indicação do ramo a ser
exercido, que não poderá ser o mesmo do
locatário original. Neste caso, se o locatário
aceitar pagar o valor proposto pelo terceiro, a
renovação ocorrerá; se não aceitar, a
renovação não ocorrerá. Devendo o locador
indenizar o locatário pela perda do ponto.
- O locador necessita realizar reforma
substancial no imóvel locado por
determinação do Poder Público ou para
aumento do valor da propriedade.
- O locador necessita do imóvel para uso
próprio.
- O locador necessita do imóvel para
transferência de estabelecimento empresarial
existente há mais de 1 ano cuja a maioria do
capital social seja de sua titularidade ou de
seu cônjuge, ascendente ou descendente.
Nesta hipótese, o imóvel não poderá ser
destinado ao mesmo ramo do locatário, salvo
se a locação também envolvia o fundo de
comércio, com as instalações e pertences.
↪Fundo de comércio: se refere ao
conjunto de bens físicos, como máquinas e
instalações, e incorpóreos (clientela,
faturamento, entre outros) que foram
adquiridos pelo inquilino para o
estabelecimento.
Art. 52. O locador não estará obrigado a
renovar o contrato se:
I - por determinação do Poder Público,
tiver que realizar no imóvel obras que
importarem na sua radical transformação; ou
para fazer modificações de tal natureza que
aumente o valor do negócio ou da
propriedade;
II - o imóvel vier a ser utilizado por ele
próprio ou para transferência de fundo de
comércio existente há mais de um ano, sendo
detentor da maioria do capital o locador, seu
cônjuge, ascendente ou descendente.
§ 3º O locatário terá direito a indenização
para ressarcimento dos prejuízos e dos lucros
cessantes que tiver que arcar com mudança,
perda do lugar e desvalorização do fundo de
comércio, se a renovação não ocorrer em
razão de proposta de terceiro, em melhores
condições, ou se o locador, no prazo de três
meses da entrega do imóvel, não der o destino
alegado ou não iniciar as obras determinadas
pelo Poder Público ou que declarou pretender
realizar.
Art. 72. A contestação do locador, além da
defesa de direito que possa caber, ficará
adstrita, quanto à matéria de fato, ao
seguinte:
II - não atender, a proposta do locatário,
o valor locativo real do imóvel na época da
renovação, excluída a valorização trazida por
aquele ao ponto ou lugar;
III - ter proposta de terceiro para a
locação, em condições melhores;
. . . . . . ELEMENTOS. . . . . .
Estabelecimento empresarial é composto por
bens de duas categorias: corpóreos e
incorpóreos.
⬝Bens corpóreos: são aqueles que se
caracterizam por ocupar espaço no mundo
exterior, dentre eles podemos destacar:
mercadorias; instalações; máquinas e
utensílios; dinheiro; e veículos. Ainda que
citemos tais bens móveis, vale lembrar também
dos bens imóveis.
O local em que o empresário exerce suas
atividades – ponto de negócio – é apenas um
dos elementos que compõem o
estabelecimento empresarial.
⬝Bens incorpóreos: são as coisas imateriais,
que não ocupam espaço no mundo exterior,
são ideias, frutos da elaboração abstrata da
inteligência ou do conhecimento humano.
Existem na consciência coletiva. Nessa
categoria, estão os direitos que seu titular
integra no estabelecimento empresarial, tais
como patente de invenção; modelo de
utilidade; marcas; desenhos industriais; obras
literárias; ponto; e título do estabelecimento.
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser
objeto de alienação.
Parágrafo único. O adquirente de
estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se
o contrato o permitir, usar o nome do
alienante, precedido do seu próprio, com a
qualificação de sucessor.
O nome empresarial integra o
estabelecimento, mas não pode ser alienado,
pois é personalíssimo. No entanto, é possível
que o adquirente de estabelecimento
empresarial use o nome do alienante, desde
que previsto no contrato, precedido do seu
próprio, com a qualificação de sucessor.
. . . . . . . ATRIBUTOS. . . . . .
O valor do estabelecimentonão é dado
simplesmente pela soma dos valores
singulares dos elementos que o compõem,
mas também pela soma dos valores dos
elementos e do aviamento.
Aviamento: aptidão da empresa para Curso de
produzir lucros, decorrente da qualidade de
sua organização.
- Objetivo: quando a capacidade
decorrer da localização.
- Subjetivo: quando decorrer da atuação
do empresário e/ou de seus
administradores.
O aviamento, enquanto qualidade do
estabelecimento, é medido essencialmente
pela clientela do empresário, vale dizer, quanto
maior for o número de clientes, maior é o
aviamento.
A clientela é o “conjunto de pessoas que, de
fato, mantêm com a casa de comércio relações
contínuas para aquisição de bens ou serviços”.
Ela não se confunde com o aviamento, sendo
apenas um efeito deste.
A freguesia corresponde aos clientes em
concreto.
. . . . . . TRESPASSE. . . . . . .
Contrato de alienação do estabelecimento
empresarial.
Não se pode confundir o estabelecimento
empresarial com o patrimônio do empresário.
Este é todo o conjunto de bens, direitos,
ações, posse e tudo o mais que pertença a
uma pessoa física ou jurídica e seja suscetível
de apreciação econômica. Vê-se, pois, que
nem todos os bens que compõem o
patrimônio são, necessariamente,
componentes também do estabelecimento
empresarial, uma vez que, para tanto, será
imprescindível que o bem, seja ele material ou
imaterial, guarde um liame com o exercício da
atividade-fim do empresário.
O estabelecimento empresarial compõe o
patrimônio do empresário, razão pela qual
este tem livre disponibilidade sobre o
estabelecimento empresarial, ou seja, faz dele
o que melhor lhe aprouver. Por outro lado, uma
vez que integra o patrimônio do empresário, o
estabelecimento empresarial é a garantia dos
credores; e, nessa linha, a lei fixa determinadas
condições para que possa ser alienado.
No trespasse há uma alteração do titular do
estabelecimento. Mesmo nos casos de
alienação parcial, se é transferida a
funcionalidade do estabelecimento devem ser
aplicadas as regras inerentes ao trespasse.
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto
unitário de direitos e de negócios jurídicos,
translativos ou constitutivos, que sejam
compatíveis com a sua natureza.
Naturalmente a alienação do Estabelecimento,
que é um bem com valor patrimonial, está
sujeita a certas formalidades e restrições,
especialmente porque esse valor que
representa o Estabelecimento é também a
garantia dos credores.
A alienação do estabelecimento empresarial
poderá ser parcial e não precisará de
concordância dos credores, caso restem bens
suficientes para cumprir com as obrigações
contraídas.
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens
suficientes para solver o seu passivo, a
eficácia da alienação do estabelecimento
depende do pagamento de todos os credores,
ou do consentimento destes, de modo
expresso ou tácito, em trinta dias a partir de
sua notificação.
No caso de trespasse, situação em que são
transferidos todos os bens que constituem a
substância da empresa para outro titular, o
legislador fixa como condição a concordância
expressa ou tácita de todos os credores do
empresário ou o pagamento de todos os
credores.
No caso de notificação dos credores,
considera-se o aceite tácito acerca da
alienação se o credor não se manifestar
contrariamente no prazo de 30 dias do
recebimento da notificação. Se o alienante
assim não proceder, deixando de colher a
anuência dos credores ou de notificá-los,
poderá ter sua falência decretada.
Enunciado 233. A sistemática do contrato de
trespasse delineada pelo Código Civil nos arts.
1142 e ss., especialmente seus efeitos
obrigacionais, aplica-se somente quando o
conjunto de bens transferidos importar a
transmissão da funcionalidade do
estabelecimento empresarial.
Claro está que a transferência de alguns bens
do estabelecimento empresarial não
caracteriza o trespasse, mas implica a
transferência substancial da empresa, como o
título do estabelecimento, o endereço, seja por
transferência da propriedade ou por
transferência dos direitos decorrentes da
locação, e os bens que traduzem a alma da
empresa.
Quando do trespasse do estabelecimento
empresarial, o contrato de locação do
respectivo ponto não se transmite
automaticamente ao adquirente.
A sub-rogação do adquirente nos contratos
de exploração atinentes ao estabelecimento
adquirido, desde que não possuam caráter
pessoal, é a regra geral, incluindo o contrato
de locação.
A locação é contrato pessoal e a lei esclarece
que tais contratos não se transmitem
automaticamente, cabendo aqui análise de
grande importância, pois o trespasse pode se
tornar desinteressante ao adquirente que não
puder se fixar no endereço em que aquela
determinada empresa já fixou bases de
clientela e freguesia. Entenda-se como
contratos pessoais aqueles celebrados tendo
em vista a pessoa do contratante, o que lhes
retira aquela objetividade presa à atividade.
Assim se classificam o contrato de locação de
imóvel e o contrato de uso da marca.
Enunciado 393. A validade da alienação do
estabelecimento empresarial não depende de
forma específica, observado o regime dos
bens que a exijam.
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa,
o alienante do estabelecimento não pode
fazer concorrência ao adquirente, nos cinco
anos subseqüentes à transferência.
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a
alienação, o usufruto ou arrendamento do
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto
a terceiros depois de averbado à margem da
inscrição do empresário, ou da sociedade
empresária, no Registro Público de Empresas
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
Vê-se, pois, que é condição de eficácia perante
terceiros (não de validade) o registro do
contrato de trespasse na Junta Comercial e a
sua posterior publicação.
Eficácia do Trespasse: assinatura do contrato
para os contratantes e para terceiros é a
publicação no DOE.
A legislação falimentar (Lei 11.101/2005) prevê a
alienação irregular do estabelecimento
empresarial como ato de falência (art. 94,
inciso III, alínea “c”), isto é, o trespasse irregular
pode ensejar o pedido e a decretação da
quebra do empresário.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou
usufruto do estabelecimento, a proibição
prevista neste artigo persistirá durante o
prazo do contrato.
A ampliação do prazo de 05 anos de proibição
de concorrência pelo alienante ao adquirente
do estabelecimento, ainda que convencionada
no exercício da autonomia da vontade, pode
ser revista judicialmente, se abusiva.
SÚMULA N. 451-STJ. É legítima a penhora da
sede do estabelecimento comercial.
Art. 862. Quando a penhora recair em
estabelecimento comercial, industrial ou
agrícola, bem como em semoventes,
plantações ou edifícios em construção, o juiz
nomeará administrador-depositário,
determinando-lhe que apresente em 10 (dez)
dias o plano de administração.
. . . OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS. . . .
Os débitos regularmente contabilizados
responsabilizam solidária e temporariamente
alienante e adquirente.
O alienante se mantém responsável pelos
débitos anteriores à alienação, por 01 ano a
contar da publicação da transferência no
DOE; e, quanto aos débitos vincendos (a
vencer), por um ano a contar do vencimento
da obrigação.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento
responde pelo pagamento dos débitos
anteriores à transferência, desde que
regularmente contabilizados, continuando o
devedor primitivo solidariamente obrigado
pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos
créditos vencidos, da publicação, e, quanto
aos outros, da data do vencimento.
O adquirente do estabelecimento empresarial
responde pelas dívidas existentes – contraídas
pelo alienante –, desde que regularmente
contabilizadas, isto é, constantes da
escrituração regular do alienante, pois foram
essas as dívidas de que o adquirente teve
conhecimento quando da efetivação do
negócio. Embora o adquirente assuma essas
dívidas contabilizadas, o alienante fica
solidariamente responsável por elas durante o
prazo de um ano. Tal prazo, todavia, será
contado de maneiras distintas a dependerdo
vencimento da dívida em questão: tratando-se
de dívida já vencida, o prazo é contado a
partir da publicação do contrato de trespasse
(vide art. 1.144 do Código Civil); tratando-se, em
contrapartida, de dívida vincenda, o prazo é
contado do dia de seu vencimento.
Destaca-se que só se aplica às dívidas
negociais do empresário, decorrentes das
suas relações travadas em consequência do
exercício da empresa (por exemplo, dívidas
com fornecedores ou financiamentos
bancários). Em se tratando, todavia, de dívidas
tributárias ou de dívidas trabalhistas, não se
aplica o disposto no art. 1.146 do Código Civil.
A alienação de estabelecimento empresarial
feita em processo de falência ou de
recuperação judicial não acarreta, para o
adquirente do estabelecimento, nenhum ônus,
isto é, o adquirente não responderá pelas
dívidas anteriores do alienante, inclusive
dívidas tributárias e trabalhistas.
Art. 141. Na alienação conjunta ou separada
de ativos, inclusive da empresa ou de suas
filiais, promovida sob qualquer das
modalidades de que trata o art. 142:
II – o objeto da alienação estará livre de
qualquer ônus e não haverá sucessão do
arrematante nas obrigações do devedor,
inclusive as de natureza tributária, as
derivadas da legislação do trabalho e as
decorrentes de acidentes de trabalho.
A Lei 11.101/2005 – Lei de Recuperação de
Empresas – trouxe essa disposição normativa
com o intuito de tornar mais atrativa a
aquisição de estabelecimentos empresariais
de empresários ou sociedades empresárias
em processo de falência ou de recuperação
judicial, em homenagem ao princípio da
preservação da empresa.
. CLÁUSULA DE NÃO CONCORRÊNCIA .
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa,
o alienante do estabelecimento não pode
fazer concorrência ao adquirente, nos cinco
anos subseqüentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou
usufruto do estabelecimento, a proibição
prevista neste artigo persistirá durante o
prazo do contrato.
Mesmo na ausência de cláusula contratual
expressa, o alienante tem a obrigação
contratual implícita de não fazer concorrência
ao adquirente do estabelecimento
empresarial.
Nada impede, portanto, que as partes
estipulem, no contrato de trespasse, que o
alienante pode se restabelecer a qualquer
momento, ou ainda que se estipule um prazo
diverso do estatuído na norma em comento.
Enunciado 489. A ampliação do prazo de 5
anos de proibição de concorrência pelo
alienante ao adquirente do estabelecimento,
ainda que convencionada no exercício da
autonomia da vontade, pode ser revista
judicialmente, se abusiva.

Continue navegando