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livro 4 2ª serie

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Prévia do material em texto

ENSINO 
MÉDIO
2asérie MANUAL DOPROFESSOR
GeografiaO Sistema de Ensino pH apresenta um material capaz de 
auxiliar o aluno a enxergar os caminhos que ele poderá 
seguir, possibilitando que, ao fi nal do Ensino Médio, ele 
tenha desenvolvido um pensamento crítico para atuar 
como cidadão, enfrentar os desafi os da sociedade e 
obter excelentes resultados no Enem e nos demais 
vestibulares do Brasil.
4Caderno
296777
526257417
CAPAS_PH_GEO_PROF_C4-EM2.indd 2 13/06/17 12:42
Geografia
Manual do Professor
Aluísio de Araújo Costa Júnior
Cláudio Ribeiro Falcão 
Luiz Antônio Duarte
pH_EM2_C4_001a004_IN_GEO_MP.indd 1 6/13/17 1:18 PM
Uma publicação
Sistema de ensino pH : ensino médio : caderno 1 a 4 :
 humanas, 2ª série : professor. -- 1. ed. --
 São Paulo : SOMOS Sistemas de Ensino, 2017.
 Vários autores. 
 Conteúdo: Língua portuguesa I -- Redação -- 
História -- Geografia.
 1. Geografia (Ensino médio) 2. História (Ensino
médio) 3. Livros-texto (Ensino médio) 4. Português
(Ensino médio) 5. Português - Redação (Ensino médio)
I. Hormes, Raphael. II. Caldas, Marcelo. III. Vieira,
Igor. IV. Augusto Neto.
16-01961 CDD-373.19
Índices para catálogo sistemático:
1. Ensino integrado: Livros-texto: Ensino médio 373.19
2017
ISBN 978 85 468 1075-8 (PR)
Código da obra 526257417 
1ª edição
1ª impressão
Impressão e acabamento
Créditos das imagens de abertura: Ciências Humanas: T photography/
Shutterstock, Rubens Chaves/Pulsar Imagens, Klaus Vedfelt/Iconica/Getty 
Images, Alf Ribeiro/Shutterstock, Sandra Moraes/Shutterstock, R.Marcio Jose 
Bastos Silva/Shutterstock (História), Thiago Leite/Shutterstock (Geografia)
Direção de inovação e conteúdo: Guilherme Luz
Direção executiva de integração: Claudio Falcão
Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas
Coordenação pedagógica e gestão de projeto: Fabrício Cortezi de 
Abreu Moura
Gestão de projeto editorial: Camila Amaral Souza
Desenvolvimento pedagógico: Filipe Couto
Revisão pedagógica: Ribamar Monteiro
Gestão e coordenação de área: Alice Silvestre e Camila De Pieri 
Fernandes (Linguagens), Wagner Nicaretta e Brunna Paulussi (Ciências Humanas)
Edição: Cíntia Leitão, Juliana Mendonça Biscardi e Vivian Marques Viccino 
(Língua Portuguesa e Redação), Ana Vidotti e Carla Rafaela Monteiro (História), 
Andressa Serena de Oliveira, Elena Judensnaider, Karine M. dos S. Costa e 
Marina Nobre (Geografia)
Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga
Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Fabiana Manna, 
Adjane Queiroz e Daniela Carvalho
Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), 
Rosângela Muricy (coord.), Adriana Rinaldi, Ana Curci, Ana Paula C. Malfa, 
Brenda T. de Medeiros Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Cesar 
G. Sacramento, Danielle Modesto, Diego Carbone, Gabriela M. de Andrade, 
Larissa Vazquez, Lilian M. Kumai, Luciana B. de Azevedo, Luís Maurício Boa 
Nova, Marília Lima, Marina Saraiva, Maura Loria, Patricia Cordeiro, Patrícia 
Travanca, Paula T. de Jesus, Raquel A. Taveira, Ricardo Miyake, Sueli Bossi, 
Vanessa de Paula Santos, Vanessa Nunes S. Lucena
Edição de arte: Daniela Amaral (coord.), Catherine Saori Ishihara
Diagramação: Casa de Tipos, Karen Midori Fukunaga
Iconografia e licenciamento de texto: Sílvio Kligin (superv.), Cristina 
Akisino (coord.), Denise Durand Kremer (coord.), Claudia Bertolazzi, Claudia 
Cristina Balista, Daniel Cymbalista, Ellen Colombo Finta, Ellen Silvestre, 
Fernanda Regina Sales Gomes, Fernando Cambetas, Iron Mantovanello, 
Jad Silva, Karina Tengan, Roberta Freire Lacerda Santos, Roberto Silva e 
Sara Plaça (pesquisa iconográfica), Liliane Rodrigues, Luciana Castilho, Paula Claro 
e Thalita Corina da Silva (licenciamento de textos)
Tratamento de imagem: Cesar Wolf, Fernanda Crevin
Ilustrações: Casa de Tipos, Júlio Dian
Cartografia: Eric Fuzii, Alexandre Bueno
Capa: Gláucia Correa Koller
Foto de capa: Sanjatosi/Shutterstock
Projeto gráfico de miolo: Gláucia Correa Koller
 
Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A.
Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro
São Paulo – SP – CEP 04755-070
Tel.: 3273-6000
© SOMOS Sistemas de Ensino S.A.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
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Sumário 
geral
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
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FI
A
Transportes no Brasil
Regionalização 
brasileira: região 
Nordeste
Regionalização 
brasileira: região 
Concentrada
Regionalização 
brasileira: Amazônia
Regionalização 
brasileira: o 
Centro-Oeste
As relações 
internacionais do Brasil
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HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
Competência de área 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.
 H1 – Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
 H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
 H3 – Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.
 H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
 H5 – Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência de área 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações 
socioeconômicas e culturais de poder.
 H6 – Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
 H7 – Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
 H8 – Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem 
econômico-social.
 H9 – Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.
 H10 – Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade 
histórico-geográfica.
Competência de área 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as 
aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.
 H11 – Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
 H12 – Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
 H13 – Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
 H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica 
acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
 H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência de área 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no 
desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
 H16 – Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
 H17 – Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
 H18 – Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.
 H19 – Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
 H20 – Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência de área 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da 
democracia, favorecendo uma atuação conscientedo indivíduo na sociedade.
 H21 – Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
 H22 – Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
 H23 – Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
 H24 – Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
 H25 – Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência de área 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos 
históricos e geográficos.
 H26 – Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
 H27 – Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e(ou) geográficos.
 H28 – Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
 H29 – Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações 
humanas.
 H30 – Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
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Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• A implantação da cultura do rodoviarismo 
• As ferrovias brasileiras (histórico, degradação e 
retomada atual)
• As hidrovias (problemática)
• Os portos brasileiros (sucateamento, projetos 
recentes)
• H18 - Analisar diferentes processos de produção ou cir-
culação de riquezas e suas implicações socioespaciais.
• Compreender as causas da implantação do rodoviarismo 
no Brasil, contextualizando-as ao momento político de-
senvolvimentista dos anos 1950.
• Explicar os pontos positivos e negativos dos modais 
aplicados à realidade brasileira.
• Avaliar as condições estruturais dos sistemas de trans-
porte do Brasil.
• Compreender os benefícios da intermodalidade e de 
outras formas de integração do país.
Transportes no Brasil
INTRODUÇÃO
Más condições de rodovias elevam em 
média 30% o custo de escoamento de grãos
A má qualidade da pavimentação das rodovias brasileiras 
usadas no transporte de soja e milho aumenta, em média, em 
30,5% o custo operacional para o escoamento dos grãos. A ava-
liação está em pesquisa divulgada hoje [25 maio 2015] pela 
Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Segundo o 
estudo, no Norte e Nordeste, o problema é mais grave, com au-
mento médio de 48,3% no custo. No Sul e Sudeste, a qualidade 
das estradas implica alta média de 26% nos custos operacionais.
De acordo com a pesquisa, a malha rodoviária brasileira 
deixa a desejar em relação a concorrentes mundiais na ex-
portação de soja e milho. A CNT destacou que o Brasil tem 
1,7 milhão de quilômetros de rodovias, segundo o Sistema 
Nacional de Viação. Dessa extensão, 12,4%, ou 213 mil qui-
lômetros, estão pavimentados. Isso corresponde a 25 quilô-
metros de pavimentação para cada mil quilômetros quadra-
dos de território. “Esse índice é, em média, 18 vezes menor 
do que o norte-americano e 14 vezes menor que o chinês”, 
ressaltam os técnicos, no estudo.
Segundo o diagnóstico da entidade, as deficiências nas 
estradas causam alto consumo de combustível, desgaste ace-
lerado da frota de veículos e maior índice de acidentes. Isso 
onera os custos com a realização do transporte, o que pode 
afetar os valores do frete cobrado pelo serviço. Além dos pro-
blemas de infraestrutura, a CNT considera inadequada a dis-
tribuição modal de transporte.
“Os problemas logísticos estão associados à carência e à 
má qualidade da infraestrutura, a uma inadequada distribuição 
modal [entre as diversas opções para o transporte], à falta de 
incentivo para a inter ou multimodalidade e à concentração 
geográfica das estruturas disponíveis, que leva à saturação da 
capacidade de escoamento de algumas regiões”, avalia a pesqui-
sa. O estudo destaca que os modais ferroviário e hidroviário, al-
ternativos à rodovia, não recebem os investimentos necessários.
De acordo com a confederação, as ferrovias, por serem 
mais seguras, econômicas e menos poluentes do que as ro-
dovias seriam mais apropriadas ao perfil geográfico brasi-
leiro. Entretanto, é uma modalidade pouco utilizada e com 
oferta insuficiente. Já o transporte por hidrovias, em função 
do baixo custo da tonelada por unidade de distância e gran-
de capacidade de movimentação da carga, seria adequado 
ao traslado de produtos com baixo valor agregado, caso 
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de commodities (produtos básicos com cotação internacio-
nal) como a soja e o milho. “Entretanto, o modal apresenta 
baixa velocidade e, no caso brasileiro, reduzidas disponibi-
lidade e frequência”, ressalta a CNT.
Para a pesquisa Transporte e Desenvolvimento – Entraves 
Logísticos ao Escoamento de Soja e Milho foram entrevista-
dos os responsáveis por logística das maiores exportadoras de 
soja e milho do país. O trabalho baseia-se também em estudos 
anteriores da CNT, como o Plano de Transporte e Logística e 
a Pesquisa CNT de Rodovias, ambos de 2014.
BRANCO, Mariana. Más condições de rodovias elevam em média 30% 
o custo de escoamento de grãos. Agência Brasil. 25 maio 2015. Disponível 
em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2015-05/
cnt-qualidade-de-rodovias-eleva-em-mais-de-30-custo-
de-escoamento-de-graos>. Acesso em: 6 jan. 2017. 
A reportagem pode ser utilizada para iniciar o estu-
do deste módulo. Leia o texto com os alunos, se possível 
distribuindo cópias a eles ou mostrando na internet. Após 
a leitura do texto, os alunos poderão compreender a rela-
ção dos meios de transporte com a competividade do se-
tor produtor e, consequentemente, com a sua capacidade 
de geração de riqueza e emprego. 
O Brasil apresenta problemas na conservação da sua 
malha de transportes e também na utilização de modais 
em relação à distância e ao tipo de carga transportada. 
Tudo isso contribui para a elevação do Custo Brasil, indi-
cador econômico que mede quanto é difícil para os em-
presários produzir no país. 
Juntamente à apresentação do texto, uma boa manei-
ra de iniciar a aula é apresentar aos alunos a definição de 
Custo Brasil. Em seguida, peça a eles que conversem em 
grupos e selecionem fatores que poderiam tornar o indi-
cador elevado. Em outras palavras, questione os alunos 
sobre o que dificulta o empreendedorismo no país.
Algumas possibilidades bastante coerentes de respos-
ta são:
Um dos objetivos deste módulo é contribuir para que 
o aluno compreenda o impacto dos transportes na pro-
dutividade das empresas e na dinâmica da economia do 
Brasil.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Após a introdução proposta, ainda na primeira aula, os 
alunos deverão compreender que o Brasil é um país extre-
mamente dependente do transporte rodoviário. Embora 
nas últimas décadas tenha ocorrido uma melhor distri-
buição dos investimentos entre os modais de transporte, 
hoje, aproximadamente 60% das cargas são transportadas 
com caminhões. Também deverão entender que esse fato 
eleva o Custo Brasil, ou seja, dificulta investimentos no se-
tor produtivo do país.
Para evidenciar a enorme dependência do modal, o 
professor pode apresentar à turma jornais e revistas que 
mostrem greves recentes dos trabalhadores rodoviários. É 
possível notar facilmente que, em geral, essas greves não 
têm grande duração – o que mostra quanto a sociedade 
depende do setor. Temendo maiores consequências na 
economia, rapidamente governos e órgãos de represen-
tação da classe trabalhadora da categoria, como os sindi-
catos, chegam a um acordo. 
Exponha aos alunos as consequências mais imediatas 
de uma longa greve dos trabalhadores rodoviários, como 
o desabastecimento de produtos nos supermercados (mui-
tos dos quaiscompõem a cesta básica), demissões no co-
mércio, entre outras. Mostre que, embora existam vanta-
gens, como a flexibilidade (transporte porta a porta), esse 
é um modal que tende a ser extremamente caro para as 
longas distâncias e para o transporte de grandes volumes. 
No Brasil, existe um grande fluxo de caminhões que 
percorrem longas distâncias para fazer entregas de mer-
cadorias. A inadequação do meio de transporte faz com 
que o frete da viagem seja mais caro, e esse valor é re-
passado para o consumidor final do produto transpor-
tado. Com a utilização de um modal mais adequado, os 
fretes no Brasil ficariam mais baratos e consequentemen-
te os produtos seriam ofertados a preços mais baixos 
(abrangendo um maior mercado consumidor e trazen-
do maiores lucros para comerciantes e distribuidores), 
ou, mesmo que não houvesse reajuste no preço final do 
produto, empresas de comércio e distribuição também 
tenderiam a apresentar maiores lucros. Em qualquer si-
tuação, é provável haver uma maior geração de riqueza 
e maior distribuição, por conta da possibilidade de gera-
ção de novos empregos. 
Carga
tributária
elevada
Falta de
qualificação da
mão de obra
Burocratização
excessiva
Taxa de juros
elevada
CUSTO
BRASIL
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 ➜ Rodoviarismo
• Rodovias privatizadas
– Mais qualidade
– Mais opções
• Desenvolvimento imediatista
• Interesses da indústria automobilística
• Uso político/eleitoral (rodovias são construídas 
mais rapidamente)
• Opção inadequada
• Território muito extenso
 ➜ Ferrovias
• Divergentes
• Sucateadas
• Bitolas diferentes
• Interesses da indústria automobilística
 ➜ Potencial hidroviário subaproveitado
 ➜ Decadência dos portos
• Portos pequenos
• Pouca mecanização
 ➜ Caos aéreo
• Aumento do consumo
• Não acompanhamento da infraestrutura
• Privatizações
 SUGESTÃO DE QUADRO
Ao final da Aula 1, resolva com a turma a questão 1 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 3, 4 e 5. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utili-
zação das questões da seção Aprofundando o conheci-
mento.
 AULA 2
Na segunda aula apresente as características dos ou-
tros meios de transporte no Brasil. A relação com o Custo 
Brasil pode continuar sendo feita. Assim, a ineficiência da 
maioria dos nossos portos (baixa capacidade para realizar 
operações de carga e descarga) e aeroportos (atrasos e 
cancelamentos constantes de voos) é um fator que contri-
bui para a elevação do indicador. 
Sobre os sistemas ferroviário e hidroviário, estimule 
os alunos a falar sobre os fatores que fazem com que 
esses modais apresentem uma menor variação de cus-
to conforme o aumento da distância percorrida. Expli-
que a eles que geralmente essas duas modalidades de 
transporte têm custos iniciais e finais muito elevados 
em razão das operações de carga e descarga de na-
vios e trens. Conforme a distância aumenta, não há o 
acréscimo de muitas novas despesas. O inverso ocorre 
no sistema rodoviário: o custo de carga e descarga é 
relativamente pequeno e um grande valor é acrescido 
à medida que as distâncias são percorridas (seguro ele-
vado, pedágios, grande consumo de combustível, entre 
outros). 
Veja a imagem abaixo e, se possível, faça a sua repro-
dução na lousa. Ela pode ajudar a compreender a relação 
entre custo e distância dos meios de transporte.
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0 200 600 km
Distância
Caminhão
Comboio
Barco
Relação entre o custo e a 
distância dos meios de transporte 
no deslocamento de mercadorias
FONTE: Atlas DÕEntremont, 1997. 
Uma discussão importante pode ser feita ainda so-
bre os minerodutos (sistema de tubulações por onde se 
transportam minérios) existentes no Brasil e a enorme 
quantidade de água que demandam. Entre os anos de 
2014 e 2015, algumas regiões do Brasil vivenciaram uma 
forte estiagem que resultou numa crise de desabasteci-
mento em algumas cidades. Seria sustentável o investi-
mento nessa modalidade de transporte? Uma compara-
ção pode ser feita com os impactos ambientais gerados 
por outros meios de transporte. Por exemplo, no rodo-
viarismo é alta a quantidade de emissões de dióxido de 
carbono e gases poluentes para a atmosfera. Você pode 
fornecer dados do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ou 
do Relatório de Impacto Ambiental (Rima) referentes a 
alguma rodovia ou ferrovia para ajudar no debate. 
Ao final desta aula, resolva com a turma a questão 2 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 1 e 2. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utili-
zação das questões da seção Aprofundando o conheci-
mento.
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES
SUGESTÃO I
O passe livre é realidade em algumas cidades do mun-
do, inclusive no Brasil. Os alunos podem pesquisar, indivi-
dualmente ou em grupo, quais cidades brasileiras adotam 
a política e como ela foi implementada. Nesses casos, o 
serviço de transporte de passageiros em ônibus pertence 
ao Estado? Pertence a empresas privadas que são contra-
tadas pelo poder público para prestar o serviço gratuita-
mente? Mesmo nos casos de cidades que não adotaram o 
passe livre, as empresas de ônibus ganham algum incen-
tivo fiscal? 
Esses são alguns questionamentos que podem ser res-
pondidos na atividade. Os resultados podem ser apresen-
tados para a turma em sala de aula.
SUGESTÃO II
A redução da velocidade máxima permitida nas rodovias 
é uma tendência verificada no mundo inteiro. Aparente-
mente contraditória, essa é uma medida que visa diminuir 
os congestionamentos. Isso porque, para grande parte 
dos engenheiros de tráfego, a fluidez do trânsito, ou seja, 
a passagem da maior quantidade de veículos por unidade 
de tempo, nada tem a ver com elevadas velocidades máxi-
mas permitidas. Automóveis deslocando-se a velocidades 
menores melhoram a fluidez e a capacidade da rodovia, já 
que a distância entre os veículos é reduzida. Além disso, os 
estrangulamentos, as freadas inesperadas e os conflitos nos 
acessos tendem a diminuir. Tudo isso sem considerar as 
colisões, que diminuem numericamente e em nível de pe-
riculosidade. Um experimento utilizando grãos de arroz foi 
realizado pelo Departamento de Transportes de Washington 
para demonstrar isso e pode ser realizado em sala de aula. 
Veja o vídeo na seção Material de apoio ao professor.
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
LIVROS
MATOS, Carlos de. Redes, nodos e cidades: transformação 
da metrópole latino-americana. In: RIBEIRO, Luiz Cesar de 
Queiroz (Org.). Metrópoles: entre a coesão e a fragmenta-
ção, a cooperação e o conflito. São Paulo: Perseu Abramo; 
Rio de Janeiro: Fase, 2004. 
PHE – Plano Hidroviário Estratégico. Ministério dos Trans-
portes, Brasília, 2013.
PNIH – Plano Nacional de Integração Hidroviária. Ministé-
rio dos Transportes, Brasília, 2013.
PNLP – Plano Nacional de Logística Portuária. Secretaria 
dos Portos – Presidência da República, Brasília, 2012.
PNLT – Plano Nacional de Logística e Transportes. Ministé-
rio dos Transportes, Brasília, 2010.
VAINER, Carlos B. e outros. Cidades rebeldes: passe livre e 
as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Pau-
lo: Carta Maior/Boitempo, 2013.
VALENTE, Amir Mattar et al. Qualidade e produtividade 
nos transportes. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
VASCONCELOS, E. A. de. Transporte e meio ambiente: 
conceitos e informações para análise de impactos. São 
Paulo: Annablume, 2008.
SITES
Agência Nacional dos Transportes Terrestres. Disponível 
em: <www.antt.gov.br>. Acesso em: 8 mar. 2017.
Ministério dos Transportes. Disponível em: <www.
transportes.gov.br>.Acesso em: 8 mar. 2017.
Mobilidade urbana – com Nabil Bonduki. Disponível em: 
<http://diplomatique.org.br/mobilidade-urbana-com-
nabil-bonduki/>. Acesso em: 8 mar. 2017.
Se a cidade fosse nossa. Disponível em: <http://
seacidadefossenossa.com.br>. Acesso em: 8 mar. 2017.
U.S. Department of Transportation (Experiência sobre 
fluidez do trânsito). Disponível em: <www.transportation.
gov/>; <www.youtube.com/watch?v=8G7ViTTuwno>. 
Acesso em: 8 mar. 2017.
FILMES
A luta pelo transporte em São Paulo. Direção: Jean Man-
zon. Brasil, 1952. (10 min). 
Ir e vir. Direção: Carlos Sanches. Brasil, 2008. (56 min). 
O transporte dos cariocas. Direção: Jean Manzon. Brasil, 
1954. (10 min). 
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. c. Considerando que o enunciado pede a análise das 
conexões somente intrarregionais, ou seja, dentro 
da própria região, ao cruzar no gráfico as linhas 
Origens e Destinos, conclui-se que o Sudeste 
apresenta maior intensidade e o Centro-Oeste, o 
menor fluxo. 
2. e. Como mencionado corretamente na alternativa 
e, o Sistema de Integração Intermodal é o plane-
jamento estratégico do sistema de transportes, 
aproveitando a potencialidade de cada um dos 
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modais, otimizando a circulação e o escoamento 
da produção. Estão incorretas as alternativas: a, 
porque o conceito não se refere à competitividade 
das empresas; b, porque o conceito não se refe-
re ao sistema tributário; c, porque o sistema não 
concebe o investimento em um só modal, mas, ao 
contrário, na integração dos diferentes modais; d, 
porque o conceito não se refere ao sistema de ar-
recadação de impostos do governo em suas dife-
rentes esferas. 
3. a. Os portos são: I. Tubarão-Vitória (ES). II. Itaqui 
(MA). III. Santos, que escoa parte da produção de 
grãos do Centro-Oeste, embora não seja especia-
lizado nesse tipo de exportação. IV. São Sebastião 
(SP). V. Paranaguá (PR). VI. Estão em operação os 
complexos petroquímicos portuários em: Pecém 
(CE), Suape (PE) e Itaguaí (RJ).
5. d. O porto de Paranaguá, no Paraná, é um dos prin-
cipais portos brasileiros engajados no comércio 
de produtos agrícolas produzidos em São Paulo 
e Mato Grosso do Sul, além dos estados do Sul, 
como Santa Catarina e o próprio Paraná. Com a 
modernização e a industrialização brasileira dos 
últimos vinte anos, outros produtos passaram a fa-
zer parte da pauta exportadora e importadora do 
porto, como industrializados, líquidos, madeira e 
papel. A alternativa a é falsa: na região Sudeste, 
o escoamento de ferro e manganês é via Tubarão, 
no Espírito Santo; carvão, via Imbituba, em San-
ta Catarina; gás e petróleo, via São Sebastião, em 
São Paulo, e via Rio de Janeiro. A alternativa b é 
falsa, pois a barrilha é produzida no Sudeste, na 
região de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. A alterna-
tiva c é falsa; como exemplo de terminal graneleiro 
da Vale podemos destacar o porto de Tubarão, no 
Espírito Santo. A alternativa e é falsa, pois frango 
congelado, madeira, pisos cerâmicos, máquinas, 
papel e fumo são típicos dos portos catarinenses 
de Itajaí e São Francisco do Sul. 
 DESENVOLVENDO HABILIDADES
1. d. Como mencionado corretamente na alternativa 
d, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, ligando 
Bauru (SP) a Corumbá (MS), teve como objetivo a 
integração do território entre regiões com vazios 
demográficos e mais desenvolvidas, diferente-
mente das ferrovias, que se concentravam majo-
ritariamente ao redor da zona produtora de café. 
Estão incorretas as alternativas: a e c, porque não 
havia produção sistemática no interior do país; b, 
porque no século XIX a base econômica era o café; 
e, porque o objetivo não era o êxodo rural. 
2. c. Projetos de levantamento e pesquisa como o Ra-
dam-Brasil revelaram o enorme potencial mineral 
da região Norte do país. O Estado nacional como 
agente indutor do processo de desenvolvimen-
to promoveu a criação dos projetos regionais e 
atraiu investimentos de capital para sua realiza-
ção. É o caso da construção da Ferrovia dos Ca-
rajás: embora tenha sido implantada justamente 
com a finalidade apenas de escoar a produção 
mineral, com o tempo acabou se tornando uma 
ferrovia multimodal, mais bem articulada. A al-
ternativa a é falsa, porque, apesar do grande po-
tencial, a produção energética ainda é pequena 
e destinada, até o momento, ao consumo local. 
A alternativa b é falsa, já que a produção se dá 
em escala industrial. A alternativa d é falsa, por-
que a logística envolvida está na exportação de 
matérias -primas. A alternativa e é falsa, pois a pro-
dução é de recursos minerais metálicos. 
3. b. Uma das principais mudanças socioeconômicas 
decorrentes da expansão cafeeira em São Paulo 
foi a implantação e expansão da rede ferroviária. 
Esse processo permitiu uma penetração cada vez 
maior de população em direção ao interior, favo-
recendo a expansão da produção além do escoa-
mento através do porto de Santos. No entanto, a 
falta de visão estratégica de longo prazo de seus 
gestores na época fez com que as ferrovias tives-
sem problemas desde o início, com traçados irre-
gulares ou bitolas dos trens diferentes, que invia-
bilizavam qualquer tipo de integração. O mesmo 
aconteceu com as rodovias, mal construídas e sem 
infraestrutura em seu percurso, apontando para 
um modelo econômico preocupado apenas com 
as exportações e gerando ganhos apenas a uma 
minoria de proprietários rurais e banqueiros. A al-
ternativa a é falsa, pois os imigrantes, na época, 
viajavam por estradas. A alternativa c é falsa, pois 
os aportes de capital às ferrovias eram promovi-
dos pelos grandes cafeicultores, proprietários de 
terra. A alternativa d é falsa, porque para muitos 
fazendeiros a mão de obra estrangeira era impres-
cindível na produção. A alternativa e é falsa, já que 
as terras eram concentradas nas mãos de poucos 
grandes proprietários, denotando uma forte con-
centração fundiária. 
4. d. Atualmente qualquer grande obra civil está sujei-
ta a análises de impacto ambiental no momento 
de seu projeto, construção e manutenção. Após o 
projeto ser analisado, o relatório final ainda deve 
passar por audiência pública. Nessa fase os diver-
sos segmentos sociais envolvidos na obra apontam 
problemas e soluções para a aprovação final, mu-
danças ou até mesmo o arquivamento do projeto. 
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A alternativa a é falsa. As populações rurais não 
devem permanecer isoladas e sem acesso a diver-
sos melhoramentos universalizados, possíveis de 
chegar via integração por sistemas de transporte. 
A alternativa b é falsa. Os movimentos migratórios 
nos anos 1960-1980 gerados por problemas rela-
cionados às más condições de vida no campo fo-
ram excessivos e provocaram enormes problemas 
nas cidades. É importante a fixação econômica 
das populações rurais para que, com isso, tenham 
acesso a bens materiais que possam garantir uma 
vida digna. A alternativa c é falsa. É justamente nas 
áreas rurais onde se pratica a agricultura familiar 
que as melhorias nas condições de vida e de pro-
dução são imprescindíveis. A agricultura familiar 
abastece os centros urbanos com produtos que 
não podem ser obtidos nas lavouras comerciais de 
grandes latifúndios. A alternativa e é falsa. A aber-
tura e a pavimentação de estradas devem seguir 
parâmetros ambientais bem definidos e adequa-
dos. A recuperação de áreas degradadas é difícil 
ou, às vezes, impossível. 
6. b. A ferrovia Madeira-Mamoré (em Rondônia) tinha o 
objetivo de escoar a produção de borracha natural 
de seringueira no período do ciclo da borracha, 
no início do século XX. A borracha era um produ-
to importante para indústrias dos Estados Unidos 
e Europa, inclusive para o setor automobilístico. 
Entretanto, a construção da ferrovia fracassou em 
razão de problemas técnicos, desconhecimento 
do meio ambiente amazônico e doenças tropicais 
que atingiramos trabalhadores. 
8. a. A falta de um planejamento estratégico mais inci-
sivo e eficiente deixa o Brasil ainda sob forte ma-
triz de transporte calcada sobre o sistema rodoviá-
rio, que tem pior desempenho e maiores custos 
quando se trata de analisar a rede de transporte 
num país continental. A implantação de extensas 
redes de transporte depende de investimentos de 
longo prazo a partir de decisões suprapartidárias 
para que o país possa tirar o atraso em relação à 
demanda das redes ferroviária e hidroviária. A al-
ternativa b é falsa, já que a malha ferroviária rus-
sa está concentrada na porção ocidental de seu 
território. A alternativa c é falsa, pois cargas mais 
pesadas devem ser transportadas por ferrovia ou 
hidrovia. A alternativa d é falsa, já que as ferrovias 
causam menos impactos ambientais se compara-
das às rodovias. A alternativa e é falsa, pois as fer-
rovias possuem, em média, velocidade de tráfego 
menor que a das rodovias.
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
1. b. A implantação de infraestruturas de transporte 
como rodovias, hidrovias e ferrovias em direção 
ao Norte objetiva reduzir os custos nas exporta-
ções de produtos do agronegócio, como a soja. 
Como grande parte dos mercados consumidores 
estão no hemisfério Norte, a exemplo da União 
Europeia, o investimento em infraestrutura é fun-
damental para a competitividade dos produtos 
brasileiros. 
4. c. Como apontado corretamente na alternativa c, o 
corredor de exportação é um sistema integrado 
de transportes multi ou intermodal em áreas dota-
das de infraestrutura para armazenamento e pro-
cessamento, permitindo o rápido escoamento de 
produtos de grande volume para exportação. 
ANOTA‚ÍES
 
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20
Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• A região Concentrada (Sul 1 Sudeste)
• O processo de ocupação
• O desenvolvimento econômico das regiões
Sudeste e Su l
• H9 - Comparar o significado histórico-geográfico das 
organizações políticas e socioeconômicas em escala 
local, regional ou mundial.
• Caracterizar o processo de ocupação da região Con-
centrada.
• Reconhecer a primazia econômica do Sudeste brasileiro.
• Identificar tendências e processos geográficos recen-
tes nas grandes cidades do Sudeste.
Regionalização brasileira: 
região Concentrada
INTRODUÇÃO
Com base na regionalização elaborada pelos pro-
fessores Mílton Santos e Maria Laura Silveira, conhecida 
como “os quatro brasis”, introduzimos neste módulo o es-
tudo da geografia regional brasileira. 
Antes de começar a trabalhar os aspectos econômicos 
e socioespaciais da região Concentrada, que engloba o Su-
deste e o Sul do Brasil, é importante resgatar o conceito de 
região, estudado no Caderno 1. Se julgar necessário, é pos-
sível retomar com a turma as três propostas de regionaliza-
ção apresentadas também no Caderno 1: IBGE, Complexos 
Geoeconômicos e Quatro Brasis, destacando suas diferenças.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Propomos que as aulas sigam duas linhas mestras, que 
se aplicam tanto ao Sudeste quanto ao Sul. A primeira 
poderia abordar o histórico de ocupação dessas regiões. 
Assim, na primeira aula, sugerimos o desenvolvimento de 
atividades que permitam aos alunos conhecer mais sobre 
os processos de ocupação do Sudeste e do Sul. 
Durante muito tempo a região Sul esteve sob disputa en-
tre o Império português e o Império espanhol. A Coroa por-
tuguesa conseguiu o domínio sobre essas terras estimulando 
incialmente a vinda de imigrantes da ilha da Madeira e das ilhas 
dos Açores. No litoral de Santa Catarina, por exemplo, até hoje 
é possível notar a influência cultural dessa colonização iniciada 
no século XVIII. A culinária com muitos frutos do mar, o sotaque 
próprio e o folclore rico em alegorias são algumas características 
marcantes dessa influência. Por meio de fotografias ou vídeos, 
procure mostrar isso aos alunos. Veja alguns links para consultas 
na seção Material de apoio ao professor. 
No século XIX, o governo brasileiro estimulou a vin-
da de imigrantes italianos e alemães para a região, ten-
do em vista que um maior povoamento poderia garantir 
a soberania do país sobre as terras do Sul, uma vez que a 
região continuava sendo alvo de disputas. A influência cul-
tural dessas populações também pode ser percebida até 
os dias de hoje na região. É possível observar a influência 
arquitetônica alemã em muitas casas, o fato de a primei-
ra igreja de diversas cidades ser muitas vezes luterana, as 
festas típicas italianas e alemãs, os nomes das cidades, os 
sobrenomes das famílias, entre outras características.
A ocupação do Sudeste, por sua vez, está intimamen-
te ligada aos ciclos econômicos do açúcar, do ouro e do 
café – os dois últimos tiveram grande poder de atração po-
pulacional em razão das oportunidades de trabalho criadas. 
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Inclui-se nesse fluxo a chegada de grande contingente de 
escravizados e imigrantes europeus. A partir de 1930 a indus-
trialização concentrada no Sudeste confirmou a capacidade 
da região em atrair população.
Ao final da aula 1, resolva com a turma a questão 1 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 3, 4 e 5. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utili-
zação das questões propostas na seção Aprofundando o 
conhecimento.
 AULA 2
Para a segunda aula, a proposta é dar enfoque a as-
pectos da economia do Sul e do Sudeste do país. É im-
portante deixar claro que o setor terciário predomina em 
todas as regiões do país, não apenas nas duas que são ob-
jeto de estudo do módulo e que compõem a região Con-
centrada. Nas regiões Sul e Sudeste encontramos a maior 
quantidade de indústrias do Brasil, sobretudo no Sudeste. 
Além disso, é a região historicamente mais industrializada 
e também se destaca por possuir maior média salarial do 
setor no país. A partir dessa informação, é possível desen-
volver a noção de deseconomia de aglomeração. 
Ao contrário das economias de aglomeração, que se-
riam as vantagens para o setor produtivo encontradas em 
áreas de intensa aglomeração urbano-industrial, as des-
vantagens recebem o nome de deseconomias de aglome-
ração. É importante destacar que as grandes cidades do 
Sudeste, como São Paulo, apresentam tanto economias 
quanto deseconomias de aglomeração. O que acon-
tece é que, dependendo da especificidade do tipo de 
negócio, as desvantagens podem superar as vantagens,
e vice-versa. A presença de sindicatos fortes, mão de obra 
mais cara, elevado valor de terrenos, problemas urbanos 
como o sentimento de insegurança e os congestionamen-
tos são alguns exemplos de deseconomias de aglomera-
ção. Sobre o tema, sugerimos a leitura do texto que se 
encontra neste endereço eletrônico: <http://alunosonline.
uol.com.br/geografia/economias-aglomeracao.html>. 
Não restam dúvidas de que as deseconomias de aglo-
meração impactam tanto na produtividade dos negócios 
dessas grandes cidades – ao afastar investimentos – quan-
to na qualidade de vida dos seus habitantes, fazendo-as 
perder capacidade de atração populacional ou até mesmo 
repelir população. Contribuem, portanto, para o fenôme-
no da desmetropolização, ou seja, a diminuição do ritmo 
de crescimento da população metropolitana, fenômeno 
intensificado no Brasil a partir dos anos 1990. 
Atualmente, as cidades que mais crescem não são as 
grandes metrópoles, mas sim as pequenas e as médias ci-
dades. É importante destacar para os alunos que a desme-
tropolização não implica necessariamente a diminuição da 
população das metrópoles, ou seja, a involução urbana. 
A diminuição de suas taxas de crescimento já caracteriza o 
fenômeno, que vem acontecendo no Rio de Janeiro e em 
São Paulo, por exemplo. 
Os dados da tabela a seguir podemser fornecidos aos 
alunos (por meio de anotações na lousa ou distribuição de 
cópias) para reforçar o que foi dito. Segundo o IBGE, das 
onze maiores cidades brasileiras, apenas Manaus e Brasília 
cresceram acima da média nacional entre 2000 e 2010. Esse 
fato pode ser contextualizado em sala de aula com o atual 
momento histórico, ou seja, com a tendência de flexibili-
zação da economia e com o novo patamar de acumulação 
proporcionado pelo fenômeno da globalização.
Ao final da Aula 2, resolva com a turma a questão 2 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 1 e 2.
Brasil: população das maiores cidades (2000-2010)
Classifi cação/cidade População em 2000 Classifi cação/cidade População em 2010 Crescimento
1o São Paulo 10 434 252 1o São Paulo 10 659 386 2,15%
2o Rio de Janeiro 5 857 904 2o Rio de Janeiro 5 940 224 1,4%
3o Salvador 2 443 107 3o Salvador 2 480 790 1,54%
4o Brasília 2 051 146 6o Brasília 2 469 489  20,3%
5o Fortaleza 2 141 402 5o Fortaleza 2 315 116 8,11%
6o Belo Horizonte 2 238 526 4o Belo Horizonte 2 258 096 0,87%
7o Manaus 1 405 835 9o Manaus 1 718 584  22,24%
8o Curitiba 1 587 315 7o Curitiba 1 678 965 5,77%
9o Recife 1 422 905 8o Recife 1 472 202 3,46%
10o Porto Alegre 1 360 590 10o Porto Alegre 1 365 039 0,32%
11o Belém 1 280 614 11o Belém 1 351 618 5,54%
FONTE: UOL Notícias. Maiores cidades do Brasil crescem menos do que média nacional, aponta Censo, 4 nov. 2010. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/
cotidiano/ultimas-noticias/2010/11/04/maiores-cidades-do-brasil-crescem-menos-do-que-resto-do-pais-aponta-censo.htm>. Acesso em: 6 mar. 2017. 
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 I. REGIÃO CONCENTRADA
 ➜ Sul 1 Sudeste
• Região brasileira mais bem inserida na Terceira 
Revolução Industrial
• Maior quantidade de aparatos técnicos da Terceira 
Revolução Industrial
 II. OCUPAÇÃO
 a) Sul
 ➜ Ocupação diferenciada
• Imigrantes europeus (açorianos, italianos, ale-
mães, etc.)
• Influência cultural (arquitetura, festas, igreja lu-
terana, etc.)
• Controle das fronteiras
• Pequenas propriedades
 b) Sudeste
 ➜ Ciclo do açúcar (século XVI)
• Capitania de São Vicente (SP)
 ➜ Ciclo do ouro (século XVIII)
• Minas Gerais
 ➜ Ciclo do café
• Vale do Paraíba (RJ) → Oeste paulista
• A economia cafeeira contribui para a industriali-
zação da região (capitais, infraestrutura, merca-
do consumidor, mão de obra)
Obs.: Desmetropolização (intensificada a partir 
de 1990)
• Diminuição do ritmo de crescimento da popula-
ção das grandes cidades do Sudeste
• Maior taxa de crescimento da população das ci-
dades médias
 III. ECONOMIA
 a) Sudeste
 ➜ Região com o setor produtivo mais diversificado e 
desenvolvido 
• Destaque: setor terciário
• Grandes indústrias: CSN, Usiminas, automobilís-
ticas, etc.
• Tecnopolos: Campinas (informática), São José 
dos Campos (indústria aeroespacial)
• Petróleo e gás
 b) Sul
 ➜ Policultura alimentar 
 ➜ Agricultura comercial
 ➜ Pecuária extensiva
 ➜ Indústria diversificada (têxtil, alimentos, automobi-
lística, etc.)
 SUGESTÃO DE QUADRO
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Além dos aparatos técnicos da Terceira Revolução Indus-
trial, a região concentrada apresenta maior população, diver-
sidade industrial, maior produtividade agrícola (agricultura 
moderna), serviços bastante específicos, entre outros. 
Os alunos, individualmente ou em grupos, podem 
buscar mapas temáticos que representem a desigualdade 
macrorregional no Brasil. Posteriormente, os mapas po-
dem ser trocados em sala para que todos possam com-
partilhar os resultados de suas pesquisas. 
Uma possibilidade é que alguns mapas sejam esco-
lhidos pelos alunos a partir do livro Atlas do Brasil: dispa-
ridades e dinâmicas do território (veja a seção Material 
de apoio ao professor) e vetorizados (para utilização em 
maior escala) com o auxílio das aulas de informática/mul-
timídia da escola. A vetorização é uma técnica que consis-
te em transformar linhas e contornos de uma imagem em
representações numéricas, permitindo assim melhor quali-
dade gráfica e a possibilidade de criar facilmente edições 
(modificação em cores, tamanho, entre outras). Existem 
vários softwares gratuitos que permitem a vetorização, 
como o Inkscape ou o Skencil.
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
LIVROS E ARTIGOS
AB’SABER, Aziz N. Os domínios de natureza no Brasil: po-
tencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. 
GALINARI, R.; CROCCO, M. A.; LEMOS, M. B.; BASQUES, 
M. F. D. O efeito das economias de aglomeração sobre os 
salários industriais: uma aplicação ao caso brasileiro. Re-
vista de Economia Contemporânea, v. 11, n. 3, p. 391-420, 
set./dez. 2007.
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utilização das questões propostas na seção Aprofundando o conheci-
mento.
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GUIMARÃES, Paulo Ferraz et al. (Org.). Um olhar terri-
torial para o desenvolvimento: Sudeste. Rio de Janeiro: 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e So-
cial, 2014.
MONTORO, Guilherme Castanho Franco et al. Um olhar 
territorial para o desenvolvimento: Sul. Rio de Janeiro: 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, 
2014.
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. 
São Paulo: Brasiliense/Publifolha, 2000.
ROCHA, Aristotelina Pereira Barreto; OLIVEIRA, Márcia Sil-
va de. Geografia regional do Brasil. Natal: EDFRN, 2011. 
Disponível em: <www.sedis.ufrn.br/bibliotecadigital/
site/pdf/geografia/Geo_Reg_LIVRO_WEB.pdf>. Acesso em: 
6 mar. 2017. 
ROSS, Jurandyr L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: 
Edusp, 2003.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade 
no início do século XXI. São Paulo: Record, 2001. 
SILVA, João Márcio Palheta da; SILVEIRA, Márcio Rogério 
(Org.). Geografia econômica do Brasil: temas regionais. 
Presidente Prudente: FCT/Unesp, 2002.
SILVEIRA, Márcio Rogério. A importância econômica das 
estradas de ferro: Sul do Brasil. In: SILVA, João Márcio 
Palheta da; SILVEIRA, Márcio Rogério (Org.). Geografia 
econômica do Brasil: temas regionais. Presidente Pru-
dente: FCT/Unesp, 2002a. p. 117-135.
SUZIGAN, W.; FURTADO, J.; GARCIA, R.; SAMPAIO, S. E. K. 
Aglomerações industriais no estado de São Paulo. Revista 
de Economia Aplicada, v. 5, n. 14, p. 695-717, 2001.
THÉRY, Hervé; DE MELO, Neli. Atlas do Brasil: disparida-
des e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005. 
VIDEIRA, Sandra Lúcia; COSTA, Pierre Alves; FAJARDO, 
Sérgio. (Org.). Geografia econômica: (re)leituras contem-
porâneas. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2011.
SITES
Instituto de Preservação e Difusão da História do Café e 
da Imigração. Disponível em: <www.inci.org.br>. Acesso 
em: 17 abr. 2017.
Museu Etnográfico Casa dos Açores. Disponível em: 
<www.casadosacores.sc.gov.br>. Acesso em: 17 abr. 2017.
Secretaria da Cultura do Paraná. Disponível em: <www.
cultura.pr.gov.br>. Acesso em: 17 abr. 2017.
Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul. Disponível 
em: <www.cultura.rs.gov.br>. Acesso em: 17 abr. 2017.
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. a. A região Concentrada é integrada pelas regiões 
Sudeste e Sul do IBGE, sendo a que apresenta 
maior densidade técnica, científica e informacional 
no território brasileiro. Também é a região do país 
com a maior população e o mais alto poder de 
consumo, o que explica o maior aporte de investi-
mentos estrangeiros a partir da década de 1990. 
2. b. Como mencionado corretamente na alternativa b, 
a área em destaque corresponde à bacia sedimen-
tar do Paraná, província geológica desenvolvida 
ao longo das Eras Paleozoica e Mesozoica. Estão 
incorretas as alternativas: a, porque o nome dado 
ao planalto correspondente à bacia sedimentar do 
Paraná é o planalto Meridional;c, porque a Mata 
dos Pinhais ocupa uma área menor restrita à por-
ção centro-meridional da região Sul; d e e, porque 
a planície dos Pampas e o escudo sul-rio-granden-
se situam-se no extremo sul da região Sul. 
3. a. Como mencionado corretamente na alternativa a, 
o oeste de Santa Catarina e o sudoeste do Paraná 
registram a presença histórica e cultural do gaú-
cho. Estão incorretas as alternativas: b, porque a 
região Sul apresenta a menor superfície do país; 
c, porque Chile e Peru não são fronteiriços com a 
região Sul; d, porque a afirmação define o domínio 
territorial português e atualmente a fronteira do 
território; e, porque a região Sul foi área de grande 
atração de colonos europeus. 
4. b. Como mencionado corretamente na alternativa 
b, a partir da segunda metade do século XIX,
a produção cafeeira no Vale do Paraíba resulta 
na transformação do espaço econômico e so-
cial, cujos benefícios serão posteriormente usa-
dos para o embasamento da produção indus-
trial. Estão incorretas as alternativas: a, porque 
a industrialização foi um processo que se seguiu 
à cafeicultura; c, porque a mineração destacou-
-se no século XVIII no interior do território; d e 
e, porque não correspondem às atividades de 
destaque na região do século XIX. 
5. c. Os slides são da região Sudeste, a mais populosa, 
com maior PIB e mais industrializada do país. Nas 
últimas décadas, houve uma desconcentração in-
dustrial para regiões com mão de obra mais barata 
e que ofereceram incentivos fiscais, como a Nor-
deste e a Sul. Porém, a região concentra os setores 
de tecnologia mais avançada, a melhor infraestru-
tura de transportes e telecomunicações, além de 
apresentar o centro financeiro mais desenvolvido 
do país. 
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 DESENVOLVENDO HABILIDADES
2. a. Na Era Mesozoica, graças à deriva continental, 
ocorreu a fragmentação da Gondwana (continente 
que era formado por América do Sul, África, Aus-
trália, Antártida e Índia). Um dos eventos foi a se-
paração entre a América do Sul e a África em razão 
da divergência entre as placas tectônicas com gra-
dual formação do oceano Atlântico. Em decorrên-
cia desses eventos tectônicos, houve intensa ativi-
dade vulcânica na região da bacia sedimentar do 
Paraná, que ocupa partes das atuais regiões Cen-
tro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Com o tempo, 
o intemperismo e a pedogênese do basalto (rocha 
magmática/ígnea extrusiva/vulcânica) deram ori-
gem ao solo mais fértil existente no país, a terra 
roxa, também denominada nitossolo. 
3. a. No norte do Paraná, a existência de solos férteis, 
como o nitossolo (terra roxa), de coloração verme-
lha-escura e formado a partir do intemperismo e 
da pedogênese de rochas vulcânicas (basalto), fa-
voreceu a produção agrícola desde o período do 
ciclo do café (final do século XIX e início do século 
XX). Hoje a região também apresenta produção 
expressiva de soja e cana-de-açúcar. 
5. e. O domínio morfoclimático das pradarias apresenta 
planaltos com colinas (coxilhas), clima subtropical e 
vegetação de pradarias (campos ou bioma Pampa). 
Apresenta várias áreas na região sudoeste com areni-
zação, isto é, degradação do solo com formação de 
dunas decorrente de fatores naturais (solo arenoso, 
erosão pluvial e eólica) e antrópicos (desmatamento 
para a pecuária bovina e ovina, além da agricultura). 
7. c. A descrição refere-se ao Vale do Paraíba, área de 
maior adensamento populacional urbano e indus-
trial do país.
8. c. No início do século XIX, a plantation de café marchou 
aceleradamente para o Vale do Paraíba fluminense e 
paulista. A produção cresceu tanto que na década 
de 1820 o café era o terceiro produto exportado pelo 
país e na de 1830 já ocupava o primeiro lugar. 
 A rigor, esta questão poderia até ser anulada pela 
informação incorreta que consta na alternativa c: 
“capital e mercado externo”. Isso porque o capital 
que financiou a expansão da lavoura cafeeira, no 
início do século XIX, era exclusivamente nacional. 
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
1. a. A configuração espacial da área de influência de 
uma metrópole revela muito a respeito das ativi-
dades econômicas e dos vínculos socioespaciais 
que ela estabelece com as demais cidades da rede 
urbana que ela polariza. A área de influência ou 
polarizada por uma metrópole é função da inten-
sidade e da frequência com que os habitantes das 
áreas polarizadas recorrem às atividades terciárias 
da metrópole. No caso das metrópoles da região 
Sul do Brasil, uma característica dessa configuração 
destacada no mapa é a descontinuidade espacial 
das áreas de influência tanto de Curitiba quanto 
de Porto Alegre. Essa descontinuidade, associada 
ao conhecimento da diáspora migratória de para-
naenses e gaúchos acompanhando a expansão da 
fronteira agrícola nacional, permite relacionar a mi-
gração com a localização dos espaços de influên-
cia das duas metrópoles. Essa relação é perceptível 
pela localização de diversos fragmentos espaciais 
das áreas polarizadas pelas metrópoles meridionais 
em territórios de vários estados das regiões Centro-
-Oeste e Norte. Esses espaços tornaram-se os prin-
cipais destinos dos migrantes gaúchos e paranaen-
ses nas últimas décadas, principalmente em virtude 
da disponibilidade de terras baratas. 
3. a. O estado do Rio Grande do Sul destaca-se no agro-
negócio com importante produção de soja, trigo, 
milho, arroz, erva-mate, uva, vinho, tabaco, couro, 
lã, carne bovina, carne de aves e celulose. Parte da 
produção destina-se ao mercado interno, incluindo 
a indústria de alimentos e a de calçados. Parte sig-
nificativa também se destina à exportação. 
4. c. A Campanha Gaúcha corresponde ao domí-
nio morfoclimático das pradarias (bioma Pam-
pa, clima subtropical e planaltos com coxilhas). 
A região é caracterizada desde o período colonial 
pela pecuária bovina de corte para a produção de 
carne e couro. Hoje, a região também se destaca na 
pecuária ovina, agricultura (arroz, soja e uva vinícola), 
silvicultura de eucaliptos para a produção de celu-
lose e papel, bem como alguns núcleos industriais. 
ANOTA‚ÍES
 
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Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Caracterização física
• O processo de ocupação
• Desenvolvimento econômico
• H9 - Comparar o significado histórico-geográfico das 
organizações políticas e socioeconômicas em escala 
local, regional ou mundial. 
• H19 - Reconhecer as transformações técnicas e tec-
nológicas que determinam as várias formas de uso e 
apropriação dos espaços rural e urbano.
• Caracterizar o processo de ocupação da região 
Centro-Oeste.
• Identificar elementos que componham a paisagem na-
tural do Centro-Oeste.
Regionalização brasileira:
o Centro-Oeste
INTRODUÇÃO
Seguindo com o estudo da geografia regional do Brasil, 
este módulo propõe o estudo da macrorregião Centro-
-Oeste, priorizando uma análise histórico-geográfica e um 
balanço geral de áreas como trabalho, economia, indus-
trialização, transporte e planejamento urbano, contextua-
lizando a região para os alunos.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
 É fundamental que os alunos compreendam que a ex-
pansão da fronteira agrícola em direção ao Centro-Oeste 
foi um dos principais fatores que estimularam a ocupação 
da região. Os recursos cartográficos são essenciais para a 
boa compreensão do tema. Portanto, procure apresentar 
para a turma diferentes mapas, não apenas o mapa polí-
tico do Brasil. Pode ser interessante fornecer, por exem-
plo, mapas que mostrem o avanço do desmatamento em 
direção ao Centro-Oeste e Norte do país ao longo das 
décadas do século XX. 
Embora o primeiro grande projeto de colonização do 
Centro-Oeste date da década de 1940, foram processos 
desencadeados no Sul do país que ocasionaram a expan-
são da fronteira agrícola e, consequentemente, um maior 
povoamentoda região central. Se possível, aprofunde 
com os alunos a temática da Revolução Verde no Brasil, 
ocorrida em 1960, que estimulou a instalação de diversas 
empresas agrícolas do Sul do país no Centro-Oeste, como 
aquelas que visavam a produção de soja voltada para a ex-
portação. Essa modernização agrícola foi incentivada por 
linhas de crédito especiais criadas pelo regime militar, que 
encontrava na exportação agrícola um meio de obtenção 
de divisas para o pagamento de juros da dívida externa. 
A inserção do grande capital no campo fez com que 
este se tornasse um espaço cada vez mais voltado ao lucro, 
em detrimento da agricultura de subsistência. 
Mostre aos alunos que no mesmo período continuava a 
ocorrer no Sul um processo de minifundiarização, provoca-
do pela partilha das terras por herança – procure lembrar os 
alunos de que a ocupação do Sul foi baseada no estabele-
cimento de diversas pequenas propriedades. Isso significa 
dizer que pequenos lotes de terra foram repartidos entre 
múltiplos herdeiros após o falecimento dos seus antigos 
proprietários, muitos deles imigrantes. 
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Comente que os minifúndios surgidos da divisão das 
pequenas propriedades herdadas possuem, por definição, 
menos de um módulo rural, ou seja, um lote de terra com 
produção extremamente baixa, insuficiente para garantir 
a sobrevivência de uma família. Praticamente sem outra 
opção, os herdeiros venderam os minifúndios para as em-
presas agrícolas que pretendiam, ao adquirirem grande 
quantidade deles, produzir com lógica empresarial gêne-
ros voltados principalmente para exportação. Esse pro-
cesso ocasionou o aumento da concentração de terras na 
região Sul do país. Os sulistas, agora despossuídos de ter-
ras, migraram para as cidades ou passaram a adquirir lotes 
maiores de terra no Centro-Oeste. É possível que durante 
as explicações os alunos lancem questões como: 
• Por que a preferência da agricultura empresarial em 
cultivar soja inicialmente a partir do Sul?
• Como diversos sulistas puderam adquirir propriedades 
no Centro-Oeste maiores que os seus minifúndios? 
Além de o Sul do país ser uma região dotada de con-
siderável infraestrutura na época, ela apresenta condições 
climáticas mais adequadas para o cultivo de determina-
das culturas, como o da soja – originária de áreas de cli-
ma temperado. Diga aos alunos que a existência de terras 
menos valorizadas no Centro-Oeste facilitou a aquisição 
de terras pelos sulistas. 
Ao final da Aula 1, resolva com a turma a questão 1 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios propostos na seção 
Desenvolvendo habilidades, sobretudo as questões 3, 4 
e 5. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utili-
zação das questões propostas na seção Aprofundando o 
conhecimento.
 AULA 2
Nesta aula, dê continuidade à explicação sobre o 
avanço da fronteira agrícola para o Centro-Oeste, que 
contribuiu para a sua ocupação. A abertura de estradas na 
década de 1950 e nas décadas posteriores teve contribui-
ção fundamental para os processos mencionados. Além 
disso, em 1972 foi criada a Embrapa, que teve importante 
papel na década de 1970, fazendo a calagem dos solos 
do Cerrado – facilitando o desenvolvimento agrícola da 
região – e selecionando sementes, conseguindo adaptar a 
cultura da soja ao clima tropical do Centro-Oeste. 
Mencione que a construção de Brasília e o aumento 
da oferta de emprego nas obras de construção da nova 
capital federal atraíram para a região milhares de pessoas, 
sobretudo nordestinos. 
Mostre aos alunos o contraste entre a modernidade 
da paisagem de Brasília e a precariedade da infraestrutu-
ra das cidades-satélites que se formaram em seu entorno 
para abrigar os trabalhadores mais pobres que participa-
ram da construção da atual capital do país; para isso utili-
ze fotografias. O Instituto Moreira Salles disponibiliza um 
amplo acervo de fotografias da época, veja indicação na 
seção Material de apoio ao professor.
Procure caracterizar o Pantanal e o Cerrado. Com posse 
de alguns conhecimentos sobre a ocupação e a economia 
da região, é possível propor que os alunos reflitam sobre 
as principais atividades que contribuíram para a devasta-
ção dos biomas, como a agropecuária, a urbanização e a 
extração de madeira, entre outras. Ressalte que, embora a 
maior parte das queimadas que ocorrem na região sejam 
antrópicas, – realizadas pelo ser humano para a abertura de 
novas áreas agrícolas – algumas ocorrem espontaneamente 
e estão diretamente relacionadas ao clima e à vegetação 
do Cerrado. 
Caso julgue interessante, proponha um exercício de 
análise de fotografias do Cerrado e climogramas da re-
gião Centro-Oeste, solicitando aos alunos que apontem 
o período em que as queimadas naturais ocorrem com 
maior frequência. 
Indicamos a seguir um climograma que pode ser utili-
zado para esse trabalho de análise com a turma. 
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(m
m
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(°
C
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Precip Temp min Temp méd
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180
200
220
Temp méd
Cuiabá (MT)
FONTE: Disponível em: <https://confins.revues.org/8433#ftn2>. Acesso em: 7 mar. 2017.
É provável que os alunos indiquem o mês mais seco 
de cada climograma – julho, de acordo com a referência 
acima. No entanto, a resposta correta deve ser agosto ou 
setembro. Esclareça que, como o auge da estiagem ocorre 
em julho, no mês de agosto ou setembro há grande quan-
tidade de serapilheira depositada nos solos do Cerrado. 
Os arbustos do Cerrado liberam matéria orgânica no pe-
ríodo de estiagem como uma estratégia para compensar 
a menor disponibilidade de água. A serapilheira, somada 
ao ambiente ainda seco e às temperaturas diárias eleva-
das frequentemente registradas – que podem ser per-
cebidas no gráfico através de médias mensais maiores – 
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provocam constantes queimadas naturais nas áreas de 
proteção ambiental.
Ao final da Aula 2, resolva com a turma a questão 5 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos que 
os alunos trabalhem os exercícios propostos na seção De-
senvolvendo habilidades, sobretudo as questões 9 e 10. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utili-
zação das questões propostas na seção Aprofundando o 
conhecimento.
 SUGESTÃO DE QUADRO
 I. OCUPAÇÃO
 ➜ “Marcha para o Oeste” (anos 1940)
 ➜ Construção de Brasília (anos 1950)
• Abertura de rodovias
• Oportunidades de emprego
 ➜ Expansão da fronteira agrícola (a partir de 1960)
 ➜ Rápida concentração fundiária
Obs.: Calagem (anos 1970)
 – Técnica de correção da acidez dos solos 
do Cerrado (Embrapa)
 ➜ Novo estímulo para a ocupação 
 II. ECONOMIA
 ➜ Maior região produtora de gêneros agrícolas
• Destaque: soja
 ➜ Pecuária extensiva
 ➜ Formação de Complexos Agroindustriais
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Entre os anos 1940 e 1960 os irmãos Villas-Bôas ganha-
ram notoriedade por suas expedições no Centro-Oeste 
brasileiro. Foram pioneiros na busca pela chamada “paci-
ficação” dos Xavante (MT) e na idealização e implementa-
ção do Parque Indígena do Xingu. 
Concebido em 1952, o Parque do Xingu previa limites 
bem mais extensos que aqueles encontrados atualmente. 
As cabeceiras de vários dos principais rios da região foram 
excluídas do local. Do ponto de vista ambiental, qual se-
ria a importância de incluí-las? Hoje, quais são os riscos e 
ameaças que os indígenas que vivem no parque sofrem? 
Uma pesquisa individual ou em grupo pode ajudar os alu-
nos a responder a esses e outros questionamentos. Assis-
tir ao filme Xingu, de Cao Hamburger, pode ser um bom 
modo de os alunos coletarem informações e compreen-
derem melhor a história da criação do parque. 
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
LIVROS E ARTIGOSAB’SABER, Aziz N. Os domínios de natureza no Brasil: po-
tencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. 
FREDERICO, Samuel. Agricultura científica globalizada 
e fronteira agrícola moderna no Brasil.  Confins (on-line). 
N. 17, 2013. Disponível em: <http://confins.revues.org/8153>. 
Acesso em: 2 mar. 2017.
GUIMARÃES, Paulo Ferraz et al. (Org.). Um olhar territorial 
para o desenvolvimento: Centro-Oeste. Rio de Janeiro: 
BNDES, 2014.
MARICATO, Armely; FERRARI, Therezinha; HONORINA, 
Fátima. Indústria. Geografia do Brasil: região Sul. Rio de 
Janeiro: IBGE, 1977. v. 5, p. 405-452, 1977.
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâ-
neo. São Paulo: Brasiliense/Publifolha, 2000.
ROSS, Jurandyr L. S (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: 
Edusp, 2003.
SILVEIRA, Márcio Rogério. A importância econômica das 
estradas de ferro: Sul do Brasil. In: SILVA, João Márcio Pa-
lheta da; SILVEIRA, Márcio Rogério (Org.). Geografia Eco-
nômica do Brasil: temas regionais. Presidente Prudente: 
FCT/Ed. da Unesp, 2002. p. 117-135.
FILME
Xingu. Direção de Cao Hamburger. Produção: Fernando 
Meirelles. Brasil: O2 Filmes/Globo Filmes, 2011.
SITES
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível 
em: <http://mapas.ibge.gov.br/tematicos/amazonia-legal>. 
Acesso em: 7 mar. 2017.
Instituto Moreira Salles – Exposição As construções de Brasí-
lia. Disponível em: <www.ims.com.br/ims/visite/exposicoes/
as-construcoes-de-brasilia>. Acesso em: 3 abr. 2017.
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. c. A alternativa c está correta porque a afirmação do 
agricultor remete ao fato de que fatores climáticos, 
ao contrário dos edafológicos, não são passíveis 
de serem controlados com tecnologia, e, por isso, 
é necessário que os produtores agrícolas busquem 
áreas com condições climáticas mais favoráveis. As 
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alternativas incorretas são: a e d, porque o agricultor 
pode alterar a qualidade do solo; b e e, porque o 
agricultor não pode alterar as condições climáticas. 
2. e. Como mencionado corretamente na alternativa e, 
os elementos do texto como inundações periódi-
cas, clima tropical semiúmido e presença do Maciço 
de Urucum apontam para a planície do Pantanal. 
Estão incorretas as demais alternativas, porque não 
correspondem às características citadas no texto. 
3. b. Como mencionado corretamente na alternativa b, as 
nascentes da bacia do Araguaia, no estado de Goiás, 
encontram-se ameaçadas por causa da erosão, inten-
sificada pela agropecuária da região em solos areno-
sos. Estão incorretas as alternativas: a, porque os solos 
da região não são jovens; c, d e e, porque o processo 
responsável pela erosão não é a urbanização, a ocu-
pação de encostas ou a extração de rochas. 
4. e. Nos últimos anos aconteceram graves conflitos 
entre povos indígenas e fazendeiros pela posse 
da terra em estados como Bahia, Mato Grosso e 
Roraima. Porém, a maior incidência de conflitos, 
alguns com assassinatos de indígenas a mando de 
latifundiários ou em confrontos com a polícia de-
correntes de processos de reintegração de posse, 
ocorreram em Mato Grosso do Sul, atingindo prin-
cipalmente as etnias guarani caioá e terena. 
5. a. Como mencionado corretamente na alternativa a, 
o Pantanal se caracteriza por uma formação vege-
tal complexa de porte arbóreo, arbustivo e herbá-
ceo, representada por Cerrado, Floresta Tropical, 
Caatinga e Campos. Estão incorretas as alternativas: 
b, porque coníferas são características de clima 
frio; c, porque a alternativa descreve a Mata dos 
Cocais; d, porque o Pantanal é uma depressão 
cortada pelo rio Paraguai; e, porque a alternativa 
descreve a Mata Atlântica. 
 DESENVOLVENDO HABILIDADES
1. c. Como mencionado corretamente na alternativa c, 
a pecuária nas regiões Centro-Oeste e Norte do 
Brasil é produzida predominantemente segundo o 
modelo de criação extensiva, em grandes proprie-
dades, pasto natural e destinada ao corte. Estão 
incorretas as alternativas: a e b, porque o modelo 
utilizado não é o intensivo; d, porque o confinamen-
to do gado caracteriza o modelo intensivo e não 
há escassez de rebanhos; e, porque a produção da 
pecuária leiteira ocorre em áreas próximas ao mer-
cado consumidor e, portanto, na região Sudeste. 
2. b. A maior vocação agropecuária da região Centro-
-Oeste ficou mais acentuada com a solução do pro-
blema da acidez do solo pela técnica de calagem, 
o que deixou a região mais exposta à expansão da 
fronteira agrícola com crescente desmatamento 
das áreas de cerrado e com a inclusão do Pantanal 
como área de criação de gado. 
3. d. O perfil orientado de nordeste para sudoeste atra-
vessa respectivamente a parte amazônica de Mato 
Grosso, entrando pelo Cerrado e culminando com 
o Pantanal Mato-Grossense. 
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
1. c. As atividades econômicas predominantes (pecuá-
ria extensiva, produção de carvão vegetal, agricul-
tura comercial), a expansão da fronteira agrícola 
sobre a região e a área de 22% são características 
do Cerrado, mencionadas corretamente na alter-
nativa c. Estão incorretas as alternativas: a, pois na 
caatinga predomina a agricultura de subsistência 
e ela responde por 10% do país; b, pois no bioma 
original da Mata Atlântica ocorre a maior concen-
tração urbano-industrial do país e responde por 
13%; d, pois além do pantanal responder por ape-
nas 2% do território, na região se encontra o ex-
trativismo vegetal, a pesca e a pecuária; e, pois as 
pradarias ou campos correspondem a 2% do país 
e ocorre o predomínio da agropecuária. 
2. a. O estado de Goiás seguiu a tendência nacional 
a partir da década de 1970, ou seja, houve uma 
queda substancial na taxa de natalidade, o que 
reduziu a taxa de crescimento da população. As-
sim, a população absoluta continuou crescendo, 
mas em ritmo cada vez mais baixo. Fatores como 
urbanização, emancipação feminina e difusão de 
anticoncepcionais foram importantes para reduzir 
a natalidade e fecundidade. 
3. a. O Cerrado está entre os ecossistemas mais ricos 
e ameaçados no Brasil. Sua localização favoreceu 
a expansão da fronteira agropecuária a partir dos 
anos 1970. O processo deu-se, a princípio, de for-
ma desordenada e com pouca fiscalização. 
 A alternativa b é falsa, o Cerrado foi um dos úl-
timos ambientes naturais do Brasil a ser atingido 
pela expansão econômica e não é uma área de 
grande importância na produção cafeeira.
 A alternativa c é falsa, a falta de fiscalização apro-
priada é um dos principais problemas na preser-
vação do Cerrado. Além disso, os programas de 
preservação da Amazônia são de outra natureza.
 A alternativa d é falsa, o monitoramento é sobre a 
expansão agropecuária dos 50 municípios citados. 
 A alternativa e é falsa, a expansão de voçorocas 
resulta de ocupação desordenada do solo, e não 
de suas qualidades. 
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22
Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Caracterização física 
• O processo de ocupação
• Desenvolvimento econômico
• H9 - Comparar o significado histórico-geográfico das 
organizações políticas e socioeconômicas em escala 
local, regional ou mundial.
• Analisar as características físicas e econômicas das di-
ferentes sub-regiões nordestinas.
• Associar os problemas climáticos da região às dificul-
dades socioeconômicas existentes.
• Reconhecer os impactos ambientais e socioeconômi-
cos dos investimentos recentes na região. 
Regionalização brasileira: 
região Nordeste 
INTRODUÇÃO
Continuando o estudo sobre a geografia regional do 
Brasil, propomos que neste módulo seja apresentado aos 
alunos o novo padrão de crescimento que o Nordeste 
vem vivenciando: maiores taxas de crescimento do PIB 
regional, aumento do consumo, diminuição da miséria, 
aumento dos investimentos na saúde e na educação pú-
blicas, melhoriasna distribuição de renda entre a popula-
ção – um resultado da combinação entre o ótimo desem-
penho econômico da última década com a ampliação dos 
investimentos sociais. 
Embora os resultados positivos não sejam homogê-
neos em toda a região, atualmente é possível notar trans-
formações significativas até mesmo no Sertão, marcado 
historicamente por um quadro social mais vulnerável.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Propomos que na primeira aula seja feita uma investiga-
ção sobre as razões que contribuíram para que o Nordes-
te (juntamente com a região Norte) se configurasse como 
a região brasileira que apresenta os piores indicadores
econômicos e sociais no país. Veja alguns dados a seguir. 
Eles podem ser impressos e distribuídos aos alunos. 
Esperança de vida ao nascer (1999)
Brasil e grandes regiões
Média de idade de 
ambos os sexos
Brasil 68,4
Norte 68,2
Nordeste 65,5
Sudeste 69,4
Sul 70,8
Centro-Oeste 69,1
FONTE: IBGE. Indicadores sociais mínimos. Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/estatistica/
populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/tabela1.shtm>. Acesso em: 2 maio 2017. 
Taxa de urbanização (1996)
Brasil e grandes regiões
Média de idade de ambos 
os sexos
Brasil 78,4
Norte 62,4
Nordeste 65,2
Sudeste 89,3
Sul 77,2
Centro-Oeste 84,4
FONTE: IBGE. Indicadores sociais mínimos. Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/estatistica/
populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/tabela1.shtm>. Acesso em: 2 maio 2017.
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PIB per capita (2011)
Brasil e grandes regiões
PIB per capita 
(em mil dólares)
Brasil 11 800
Norte 7 610
Nordeste 5 687
Sudeste 15 534
Sul 13 360
Centro-Oeste 15 249
FONTE: CRESPO, Silvio Guedes. Piauí tem PIB africano, e Distrito Federal, europeu. Disponível 
em: <http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br/2013/12/16/piaui-tem-pib-per-capita-
africano-e-df-europeu-veja-mapa/>. Acesso em: 13 mar. 2017. 
É importante destacar que a região Nordeste se desen-
volve a partir de uma forte concentração fundiária e de uma 
economia extrovertida comandada por empresas coloniais 
portuguesas. No entanto, não podemos apenas nos pren-
der ao aspecto colonial, que muitas vezes é utilizado como 
justificativa simplista para os problemas dessa região. 
Fazendo um recorte mais recente, é fundamental 
demonstrar que a região sofreu por décadas com a ine-
ficiência das políticas de apoio estatal, carecendo de 
infraestrutura capaz de fomentar o setor produtivo, além 
de serviços públicos de qualidade que garantissem o seu 
desenvolvimento social. 
As poucas iniciativas a que assistimos ao longo do 
século XX, às quais cabiam reverter o precário quadro 
socioeconômico da região, mostraram-se ineficientes e 
muitas vezes apoderadas por setores da sociedade que as 
utilizaram para proveito próprio. Como exemplo é possível 
citar a própria Superintendência do Desenvolvimento do 
Nordeste (Sudene) e o Departamento Nacional de Obras 
Contra as Secas (DNOCS), instituições que historicamen-
te estiveram relacionadas a escândalos de corrupção e ao 
comando das oligarquias nordestinas. 
Nesse momento, é importante discutir a chamada 
indústria da seca do Sertão, demonstrando que recur-
sos destinados ao combate à seca são constantemente 
desviados para o favorecimento direto da oligarquia 
nordestina – são incontáveis os casos de obras feitas 
em grandes fazendas com verba pública – ou indireto, 
por meio da criação de uma situação de dependência 
da população mais pobre em relação às políticas assis-
tencialistas que muitas vezes criam verdadeiros currais 
eleitorais. 
Ao final desta aula, resolva com a turma a questão 1 da se-
ção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos que 
os alunos trabalhem os exercícios propostos na seção De-
senvolvendo habilidades, sobretudo as questões 3, 4 e 5. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a uti-
lização das questões propostas na seção Aprofundando 
o conhecimento.
 AULA 2
Na segunda aula é possível enfatizar as transforma-
ções recentes que o Nordeste vem apresentando, fenô-
meno que tem sido chamado de “milagre nordestino”. 
O estímulo crescente ao turismo na Zona da Mata – com 
destaque para a presença do capital internacional inves-
tido na rede hoteleira da sub-região –, as políticas esta-
duais de incentivos fiscais e a reestruturação recente do 
polo petroquímico de Camaçari, que agrega até mesmo 
indústrias automobilísticas como Ford, Continental AG e, 
mais recentemente, JAC Motors, sem dúvida têm contri-
buído para o crescimento da região a taxas superiores à 
da média brasileira. 
No Agreste o destaque é a presença do segundo 
maior polo têxtil do país, que se beneficia da tradicional 
agricultura do algodão da região e da mão de obra barata. 
No Sertão, o desenvolvimento de uma fruticultura ir-
rigada nas margens do rio São Francisco traz oportunida-
des de geração de renda e emprego para a população de 
cidades como Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). Vale a pena 
lembrar que geralmente a fruticultura exige cuidados ma-
nuais com sua colheita, o que tende a gerar empregos. 
O Meio-Norte, por sua vez, constitui-se como área 
de expansão da fronteira agrícola, recebendo investi-
mentos na agricultura da soja e da mamona – esta última 
tem ganhado espaço a partir da década de 2000 pelo 
estímulo do governo federal ao uso de biodiesel. Cabe 
destacar que a expansão dessas lavouras para o Meio-
-Norte tem contribuído para a devastação da chamada 
Mata dos Cocais, muito importante para o sustento de 
povos tradicionais da sub-região, como as quebradeiras 
de coco de babaçu.
Ao final desta aula, resolva com a turma a questão 2 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos que 
os alunos trabalhem os exercícios propostos na seção De-
senvolvendo habilidades, sobretudo as questões 1 e 2. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a uti-
lização das questões propostas na seção Aprofundando 
o conhecimento.
ANOTA‚ÍES
 
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 I. INTRODUÇÃO
 ➜ Histórico de perdas
• Extrativismo
• Capitanias hereditárias
• Ineficiência das políticas de apoio estatal
• Região com indicadores econômicos e sociais
Obs.: indústria da seca, transformações recentes 
 ➜ Milagre nordestino
• Destaque no crescimento econômico
 II. REGIONALIZAÇÃO
 ➜ Quatro sub-regiões: Zona da Mata, Agreste, Sertão 
e Meio-Norte
São Luís
Teresina
Fortaleza
Natal
Recife
Maceió
Aracaju
Salvador
João
Pessoa
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290
km
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OCEANO
ATLÂNTICO 
10º S
Meio-Norte
Sertão
Agreste
Zona da Mata
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Nordeste: 
as sub-regiões
FONTE: CALDINI, Vera; ÍSOLA, Leda. Atlas geográfico 
Saraiva. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 72. Adaptado. 
A) Zona da Mata
 ➜ Clima tropical úmido
 ➜ Vegetação original
• Mata Atlântica
 ➜ Forte apelo turístico
• Hotéis (ex.: Costa do Sauípe – BA)
• Eventos (ex.: Carnaval fora de época)
Obs.: benefícios 3 problemas do turismo
• Geração de renda e emprego
• Dependência excessiva
• Atração de investimentos
• Estímulo aos fluxos ilegais
• Melhoria da infraestrutura (ex.: obras de revitalização)
• Segregação socioespacial
A1) Zona da Mata açucareira (extensão litorânea do 
Rio Grande do Norte até o norte da Bahia)
 ➜ Produção de sal (condições ambientais favoráveis)
 ➜ Produção histórica de cana-de-açúcar
Obs.: problemas do cultivo da cana-de-açúcar
• Monoculturas
• Mão de obra temporária
• Queimadas
• Vinhoto
A2) Zona da Mata do Recôncavo Baiano (cidades do 
entorno da baía de Todos-os-Santos)
 ➜ Polo petroquímico de Camaçari
• Grande produção de petróleo
• Indústria automobilística (incentivos fiscais)
A3) Zona da Mata do sul da Bahia (Ilhéus)
 ➜ Produção tradicional de cacau
• Declínio a partir

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