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HOMEOPATIA Formas farmacêuticas homeopáticas de uso externo Prof. Ms. ANA CAROLINA SANTANA As formas farmacêuticas homeopáticas de uso externo podem ser reunidas em três grandes grupos: líquidas, sólidas e semissólidas. Elas correspondem à incorporação de insumos ativos em insumos inertes adequados linimentos; as preparações nasais, oftálmicas e otológicas; os apósitos me-dicinais; os pós medicinais (talcos medicinais); os supositórios retais e vaginais; os cremes; os géis; os géis-cremes; e as pomadas. tinturas-mães de uso externo, pseudo-hidrolatos, gliceróleos, xampus e sabonetes. O Graphites é indicado para as erupções que soltam um líquido aquoso e transparente, em qualquer parte do corpo. LINIMENTOS são formas farmacêuticas de uso externo, líquidas, que apresentam em sua composição insumos ativos dissolvidos em óleos, podendo ser incorpora-dos em soluções alcoólicas ou em loções, destinados a serem aplicados com fric-ções, ou seja, para serem esfregados na pele. LINIMENTOS 1. Preparar a potência solicitada, se for o caso. 2. Quando for mais de um insumo ativo, misturá-los em partes iguais e homogeneizar. 3. Incorporar o insumo ativo no insumo inerte (óleos, soluções alcoólicas ou bases emulsionáveis de baixa viscosidade) na proporção de 10% (v/v) ou (p/v), garantindo uma dispersão uniforme. 4. Proceder segundo a arte. LINIMENTOS Dispensação dos Linimentos Os linimentos devem ser dispensados acondicionados em frascos de vidro com tampa e batoque. A validade deve ser determinada caso a caso, conforme a legislação pertinente PREPARAÇÕES NASAIS são formas farmacêuticas de uso externo, líquidas ou se-missólidas, destinadas a serem aplicadas na mucosa nasal, que apresentam em sua composição insumos ativos veiculados em água purificada, soluções hidroal-coólicas ou hidroglicerinadas, solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) e bases para preparações semissólidas. PREPARAÇÕES NASAIS As preparações nasais devem ter pH e prazo de validade adequados ao seu uso. Assim, devem ser utilizados tam-pões e conservantes de acordo com o recomendado pela literatura especializada. PREPARAÇÕES NASAIS 1. Preparar a potência solicitada, se for o caso. 2. Quando for mais de um insumo ativo, misturá- los em partes iguais e homogeneizar. 3. Incorporar o insumo ativo no insumo inerte (água purificada, soluções hidroalcoólicas ou hidroglicerinadas, solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) e bases para preparações semissólidas) na proporção de 1 a 5% (v/v) ou (p/v). 4. Proceder segundo a arte. . PREPARAÇÕES NASAIS Dispensação das Preparações Nasais em frascos de vidro ou plástico, de pequena capacidade, munidos de conta-gotas, ou em frascos nebulizadores adquiridas da in-dústria farmacêutica homeopática, pois esses estabelecimentos apresentam in-fraestrutura e recursos para a manufatura de soluções estéreis PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS são formas farmacêuticas de uso externo, líquidas ou semissólidas, destinadas a serem aplicadas na mucosa ocular, que apresentam em sua composição insumos ativos veiculados em água purificada, solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v), deriavados de celulose e bases para preparações semissólidas. PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS As soluções of-tálmicas devem ser preparadas observando-se rigorosos padrões de qualidade; do contrário, poderão proporcionar sérios danos à saúde ocular. Além disso, para a esterilização das preparações oftálmicas homeopáticas não podem ser usados os métodos de calor úmido, calor seco, radiação ionizante e gás esterilizante. PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS 1. Preparar a potência solicitada, se for o caso. 2. Quando for mais de um insumo ativo, misturá-los em partes iguais e ho-mogeneizar. 3. Incorporar o insumo ativo no insumo inerte (água purificada, solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v), derivados de celulose e bases para prepara-ção semissólidas), na proporção de 0,5 a 1% (v/v) ou (p/v). 4. Proceder segundo a arte. PREPARAÇÕES OTOLÓGICAS são formas farmacêuticas de uso externo, líquidas ou semissólidas, destinadas a serem aplicadas na cavidade auricular, que apresentam em sua composição insumos ativos veiculados em água purificada, óleos, solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v), soluções alcoólicas ou hidroglicerinadas e bases para preparações semissólidas. PREPARAÇÕES OTOLÓGICAS 1. Preparar a potência solicitada, se for o caso. 2. Quando for mais de um insumo ativo, misturá-los em partes iguais e homogeneizar. 3. Incorporar o insumo ativo no insumo inerte (água purificada, óleos, solu-ção de cloreto de sódio a 0,9% (p/v), soluções alcoólicas ou hidrogliceri- nadas e bases para preparações semissólidas) na proporção de 10% (v/v) ou (p/v). PREPARAÇÕES OTOLÓGICAS Essas preparações deve-riam ser estéreis. Todavia, aceitam-se as preparações que apresentam uma con- taminação menor do que 100 microrganismos por mililitro. aconselhável obstruir a cavidade auricular com uma pequena porção de algodão hidrófilo após a aplicação das gotas. são formas farmacêuticas de uso externo, sólidas, que utilizam substratos adequados, como o algodão e a gaze hidrófilos e esterilizados, impregnados com formas farmacêuticas derivadas ou com TM diluída em vinte partes de água purificada APÓSITOS MEDICINAIS: 1. Preparar a potência solicitada ou utilizar a TM dissolvida em vinte partes de água purificada. Não utilizar tinturas-mães ou baixas potências com fármacos tóxicos ou que irritem a pele ou as mucosas. Sobre medicamentos tóxicos, consultar a Tabela 4, Capítulo 4. 2. Quando for mais de um insumo ativo, misturá-los em partes iguais e ho-mogeneizar. APÓSITOS MEDICINAIS: 3. Umedecer, por imersão, o algodão ou a gaze hidrófilos e esterilizados, em quantidade suficiente de insumo ativo ou de TM diluída, para promover total embebição. 4. Deixar escorrer o excesso. 5. Secar o produto em temperatura não superior a 50°C, até peso constante. 6. Enrolar com interposição de papel impermeável. 7. Acondicionar em potes de boca larga ou em sacos plásticos. 8. Rotular. APÓSITOS MEDICINAIS: Dispensação dos Apósitos Medicinais podem ser acondicionados em potes de boca larga ou em sacos plásticos, protegidos do calor, da umidade e da luz. Para seu uso, de-verão ser umedecidos com água purificada, filtrada ou fervida, e colocados, em seguida, no local afetado. APÓSITOS MEDICINAIS: PÓS MEDICINAIS também chamados de talcos medicinais, são formas farmacêu-ticas de uso externo, sólidas, resultantes da incorporação de insumo ativo ao insu- mo inerte (amidos, carbonatos, estearatos, óxidos, silicatos etc.), adequadamente pulverizado (tamis de malha 40) PÓS MEDICINAIS também chamados de talcos medicinais, são formas farmacêu-ticas de uso externo, sólidas, resultantes da incorporação de insumo ativo ao insu- mo inerte (amidos, carbonatos, estearatos, óxidos, silicatos etc.), adequadamente pulverizado (tamis de malha 40) PÓS MEDICINAIS Preparar a potência solicitada, em etanol a 77% (v/v) ou superior, ou uti- lizar a TM. Não usar tinturas-mães ou baixas potências com fármacos tó-xicos ou que irritem a pele ou as mucosas. Sobre medicamentos tóxicos, consultar a Tabela 4, Capítulo 4. PÓS MEDICINAIS 2. Quando for mais de um insumo ativo, misturá-los em partes iguais e ho- mogeneizar. 3. Impregnar o insumo inerte (amidos, carbonatos, estearatos, óxidos, silica-tos etc.) com o insumo ativo, na proporção de 10% (v/p). 4. Homogeneizar. 5. Secar em temperatura não superior a 50°C. 6. Tamisar em malha 0,420 (malha 40). 7. Acondicionar e rotular. PÓS MEDICINAIS ■ Com insumo ativo sólido: 1. Preparar a potência solicitada com a técnica da trituração, se for o caso. Não utilizar insumos ativos preparados com substâncias que irritem a pele ou as mucosas. Sobre medicamentos tóxicos, consultar a Tabela 4, Capítulo 4. 2. Quando for mais de um insumo ativo, misturá-los em partes iguais e ho- mogeneizar. PÓS MEDICINAIS ■ Com insumo ativo sólido: 3. Incorporar o insumo ativo ao insumoinerte (amidos, carbonatos, esteara-tos, óxidos, silicatos etc.) na proporção de 10% (p/p). 4. Homogeneizar. 5. Tamisar em malha 0,420 (malha 40). 6. Acondicionar e rotular. PÓS MEDICINAIS Dispensação dos Pós Medicinais devem ser acondicionados em recipientes adequados para serem espalhados, bem fechados, ao abrigo da umidade, do calor e da luz são formas farmacêuticas de uso externo, sólidas, obtidas por moldagem, resultantes da incorporação de insumo ativo ao insumo inerte (manteiga de cacau, polióis e outras bases para supositórios), com formato ade-quado para administração retal. Os supositórios retais devem ser envolvidos em papel-alumínio ou acondi-cionados em moldes de polietileno, poliestireno ou de outro material. Guardá--los, de preferência, sob refrigeração. SUPOSITÓRIOS RETAIS também conhecidos como óvulos vaginais, são formas farmacêuticas de uso externo, sólidas, obtidas por moldagem, resultantes da in- corporação de insumo ativo ao insumo inerte (gelatina glicerinada, manteiga de cacau, polióis e outras bases para supositórios), com formato adequado à admi-nistração vaginal. Os supositórios vaginais devem ser acondicionados em moldes de polietileno, poliestireno ou de outro material. Guardá- los, de preferência, sob refrigeração SUPOSITÓRIOS VAGINAIS CREMES são formas farmacêuticas de uso externo, semissólidas, de alta visco-sidade, resulantes da incorporação de insumos ativos em bases emulsionáveis ou autoemulsionáveis. Estas são compostas por uma fase oleosa, uma aquosa e um agente emulsivo. CREMES A farmácia homeopática deve manter um estoque de bases emulsionáveis ou autoemulsionáveis para servirem de insumos inertes na elaboração de cremes. Essas emulsões apresentam uma fase aquosa e outra oleosa, em que os insumos ativos hidrofílicos e lipofílicos, respectivamente, são incorporados. Antes de pre-parar os cremes, verificar a compatibilidade dos insumos ativos com as bases CREMES Os cremes devem ser acondicionados em recipientes adequados (potes, bis-nagas etc.), bem fechados, ao abrigo do calor e da luz GÉIS são formas farmacêuticas de uso externo, semissólidas, de aspecto ho-mogêneo, resultantes da incorporação de insumos ativos em bases gelatinosas compostas de partículas coloidais que não se sedimentam (dispersões coloidais), constituídas por uma fase sólida e outra líquida. GÉIS-CREMES também chamados cremes oil free, são formas farmacêuticas de uso externo, semissólidas, de aspecto homogêneo, resultantes da incorporação de insumos ativos em bases que apresentam características comuns aos géis e cremes, com alto teor de fase aquosa e baixo conteúdo oleoso, estabilizados por coloide hidrofílico POMADAS : são formas farmacêuticas de uso externo, semissólidas, resultantes da incorporação de insumos ativos em insumos inertes constituídos por apenas uma fase de caráter oleoso ou hidrofílico (substâncias graxas ou géis a base de alginatos, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos etc.). OUTRAS FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO EXTERNO Tintura-Mãe A tintura-mãe pode ser utilizada externamente. Para tanto, deve ser diluída imediatamente antes de seu uso em vinte partes de água purificada, fervida ou filtrada. A validade deve ser determinada caso a caso. Pseudo-Hidrolato Pseudo-hidrolato é uma mistura de 10% de TM, 5% de glicerina e quantida-de suficiente para 100 mL de solução hidroalcoólica a 10%. A validade deve ser determinada caso a caso. Gliceróleo Gliceróleo é uma mistura de 10% de TM, 45% de glicerina e 45% de água purificada. A validade deve ser determinada caso a caso. Xampus A base para xampus é composta de lauril éter sulfatos, amidas, anfóteros, água purificada, espessantes, corretivos de pH e outros adjuvantes. A TM é incorpo-rada em concentração de 2 a 5%. A validade deve ser determinada caso a caso. Sabonetes A base glicerinada para sabonetes sólidos ou líquidos é constituída de de-tergentes, estabilizantes de espuma, corretivos de pH, espessantes, ceras, água purificada etc. A TM é incorporada em concentração de 2 a 5%. A validade deve ser determinada caso a caso