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LIVRO DE ÉTICA 8 ANO

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SSE_ME_Etica_8A_001a002.indd 1 04/01/17 10:59
ISBN: 978-85-7797-738-3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e 
Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Impresso no Brasil
As palavras destacadas de amarelo ao longo do livro sofreram 
modificações com o novo Acordo Ortográfico.
Cidadania moral e ética
8o ano do Ensino Fundamental 
Armando Moraes
Maria Soledade da Costa
Editor
Lécio Cordeiro
Revisão de texto
Consultexto
Projeto gráfico, editoração 
eletrônica e ilustrações
Box Design Editorial
Capa
Gabriella Correia/Nathália Sacchelli/
Sophia karla
Foto: siribao/shutterstock.com
Outras ilustrações
JrCasas/Shutterstock.com
Direção de Arte
Elto Koltz 
Direitos reservados à
Distribuidora de Edições Pedagógicas Ltda.
Rua Joana Francisca de Azevedo, 142 – Mustardinha
Recife – Pernambuco – CEP: 50760-310
Fone: (81) 3205-3333 – Fax: (81) 3205-3306
CNPJ: 09.960.790/0001-21 – IE: 0016094-67
Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos 
direitos dos textos contidos neste livro. A Distribuidora de Edições 
Pedagógicas pede desculpas se houve alguma omissão e, em 
edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes.
Para fins didáticos, os textos contidos neste livro receberam, 
sempre que oportuno e sem prejudicar seu sentido original, 
uma nova pontuação.
SSE_ME_Etica_8A_001a002.indd 2 04/01/17 10:59
Apesar de, por vezes, serem tratadas como sinônimos, 
as palavras moral e a ética têm sentidos diferentes, e 
é de extrema importância que a consciência de cada 
um desses conceitos faça parte da formação dos estu-
dantes, desde o Ensino Fundamental. É por meio dessa 
compreensão que os alunos terão, talvez, o primeiro 
contato com a noção de responsabilidade social que 
cada cidadão possui por direito e dever.
Essa introdução às problemáticas sociais tem a função 
de trazer à percepção do aluno o seu papel de agen-
te social. Por isso, é muito importante que, para que 
essa consciência social seja plenamente desenvolvida, 
a discussão sobre a moral e a ética seja alimentada em 
sala de aula, sempre incentivando o aluno a colocar o 
seu ponto de vista como elemento fundamental para a 
construção do conhecimento. É preciso, também, que 
os debates se apoiem em situações reais, onde o estu-
dante deverá refletir sobre a sua prática social cotidiana. 
Assim, buscamos desenvolver a sua autonomia ética, 
seu potencial para avaliar as suas atitudes sob uma vi-
são consciente da moral.
Para que esse primeiro passo em direção à formação 
de um cidadão ativo e consciente seja dado, é impor-
tante que apresentemos um panorama histórico sobre a 
concepção moral de cada época e cultura, como marca 
das várias sociedades existentes. A evolução social é um 
fator determinante para aguçar a percepção dos alunos 
sobre a inconstância do conceito, trazendo, dessa for-
ma, a ideia de que podemos e devemos questioná-lo, 
com o intuito de estabelecer uma sociedade harmonio-
sa para todos os cidadãos.
Explicar que, em certas épocas, a existência da escra-
vidão sequer era discutida sob o viés da ética; o feminis-
mo não era uma causa válida, já que era perfeitamente 
natural haver desigualdade de gênero; e práticas de 
tortura eram consideradas um procedimento de corre-
ção, por exemplo, nos dá a dimensão do desafio que é 
a prática educacional dos conceitos de moral e ética. 
Esses assuntos precisam ser revistos e reavaliados cons-
tantemente, de modo a abarcar, refletir e posicionar-se 
a respeito dos valores contemporâneos.
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IIIManual do Educador – 8o ano
Introdução
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 3 05/01/17 23:44
Assim, em meio à fluidez de conceitos e visões, a obri-
gatoriedade da disciplina Cidadania Moral e Ética repre-
senta um grande salto pedagógico. Isso faz com que 
a escola e os professores deixem de trabalhar apenas 
indiretamente ou de maneira difusa as dimensões da 
moral e da ética e passem a articular o que tem sido 
chamado de valores universalmente desejáveis, ba-
seados na Declaração Universal dos Direitos Humanos 
e, mais especificamente, na Constituição da República 
Federativa do Brasil, promulgada em 1988.
A partir desses valores, você, professor, deve praticar 
suas ações pedagógicas no sentido de:
•	Compreender os fundamentos da ética e da mora-
lidade e como seus princípios e normas podem ser 
trabalhados no cotidiano das escolas e da comuni-
dade.
•	Compreender e introduzir no dia a dia das escolas o 
trabalho sistemático e intencional sobre valores de-
sejados por nossa sociedade.
Esses objetivos estão colocados no Programa Ética e 
Cidadania, módulo voltado para a formação dos pro-
fessores, planejado pelo Ministério da Educação. Para 
que essas ações sejam amplamente executadas, é ne-
cessário compreendermos melhor a expressão valores 
desejados.
Quando falamos dessas normas, estamos nos refe-
rindo ao núcleo moral de uma sociedade, isto é, aos 
valores escolhidos para mediar o convívio entre os in-
divíduos integrantes dessa sociedade. Assim, o ensino 
de Cidadania Moral e Ética não está inserido em uma 
perspectiva de relativismo moral ou liberdade absoluta 
para seguir valores individuais. Isso porque, para que a 
sociedade democrática possa funcionar, é fundamental 
que exista um consenso, um conjunto mínimo de valo-
res regentes. Alguns desses valores estão explicitados, 
como tópicos da Constituição, e devem ser tomados 
como referência em sala de aula.
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IV Cidadania Moral e Ética
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 4 05/01/17 23:44
A República Federativa do Brasil tem como funda-
mentos:
Art. 1o
I - A soberania. 
II – A cidadania.
III – A dignidade da pessoa humana. 
IV – Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
V – O pluralismo político.
No que se refere aos seus objetivos enquanto Repú-
blica Federativa, a Constituição enumera os seguintes 
propósitos:
Art. 3o
I – Construir uma sociedade livre, justa e solidária.
II – Garantir o desenvolvimento nacional.
III – Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e regionais.
IV – Promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação.
Quanto a alguns dos direitos individuais listados na 
Constituição, destacamos que:
Art. 5o
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual-
quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos es-
trangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito 
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à pro-
priedade [...].
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obri-
gações, nos termos desta Constituição.
II – Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa se não em virtude da lei.
III – Ninguém será submetido a tortura nem a trata-
mento desumano ou degradante.
IV – É livre a manifestação do pensamento, sendo ve-
dado o anonimato. 
VI – É inviolável a liberdade de consciência e de cren-
ça, sendo as segurado o livre exercício dos cultos reli-
giosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos lo-
cais de culto e a suas liturgias.
VIII – Ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alterna-
tiva, fixada em lei.
IX – É livre a expressão da atividade intelectual, artísti-
ca, científica e de comunicação, independentemente de 
censura ou licença.
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VManual do Educador – 8o ano
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 5 05/01/17 23:44
Esses valores nos dão uma ideia do núcleo moral pre-
sente em nossa sociedade, o que nos impede de viver 
em estado de anomia — ausência de valores que re-
gema sociedade, ficando a cargo de cada indivíduo o 
estabelecimento de suas condutas morais e éticas. Com 
a anomia, a democracia torna-se impraticável, dado a 
falta de organização e entendimento mínimo entre os 
integrantes da coletividade.
Podemos pensar que, em um regime democrático, 
que valoriza e incentiva preceitos como liberdade e 
diversidade, é contraditório que haja um conjunto de 
valores a ser seguido por todos. Acontece, porém, que 
alguns entendem que a expressão de liberdade é, na 
verdade, a afirmação da inferioridade (étnica, social, ra-
cial ou de gênero) de outro indivíduo, que, por sua vez, 
tem a liberdade subjugada. É por isso — para que todos 
os integrantes sociais possam usufruir da mesma liber-
dade e dos mesmos direitos sem pôr em risco o direito 
alheio — que um conjunto de valores se faz necessário. 
E é neste sentido que a matéria de Cidadania Moral e 
Ética torna-se fundamental: para apresentar e estabele-
cer fronteiras morais e éticas que garantam a convivên-
cia harmoniosa e o fortalecimento do nosso país.
Os itens que vimos anteriormente acerca dos valores 
que regem o Brasil pretendem, por sua vez, alinhar-se 
à Declaração Universal dos Direitos Humanos. Essa de-
claração foi proclamada em 1948 pela Organização das 
Nações Unidas (ONU) — organização internacional for-
mada por vários países com o objetivo de trabalhar pela 
paz e pelo desenvolvimento mundial. Vejamos:
“A Assembleia Geral proclama a presente Declaração 
Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum 
a ser atingido por todos os povos e todas as nações, 
com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da 
sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se 
esforce, através do ensino e da educação, por promo-
ver o respeito a esses direitos e essas liberdades e, pela 
adoção de medidas progressivas de caráter nacional e 
internacional, por assegurar o seu reconhecimento e 
a sua observância universais e efetivos, tanto entre os 
povos dos próprios Estados-Membros quanto entre os 
povos dos territórios sob sua jurisdição.
Semmick Photo/Shutterstock.com
VI Cidadania Moral e Ética
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 6 05/01/17 23:44
Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade 
e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem 
agir em relação umas às ou- tras com espírito de frater-
nidade.
Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos 
e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem 
distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, 
língua, religião, opinião política ou de outra nature-
za, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou 
qualquer outra condição.
Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segu-
rança pessoal.
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão. A 
escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em 
todas as suas formas.
Artigo V
Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento 
ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo VI
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, 
reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qual-
quer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito 
a igual proteção contra qualquer discriminação que vio-
le a presente Declaração e contra qualquer incitamento 
a tal discriminação.
Artigo VIII
Toda pessoa tem direito a receber dos tributos na-
cionais competentes remédio efetivo para os atos que 
violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhe-
cidos pela constituição ou pela lei.
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VIIManual do Educador – 8o ano
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 7 05/01/17 23:44
Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exi-
lado.
Artigo X
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma 
audiência justa e pública por parte de um tribunal in-
dependente e imparcial, para decidir de seus direitos e 
deveres ou do fundamento de qualquer acusação cri-
minal contra ela.
Artigo XI
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o di-
reito de ser presumida inocente até que a sua culpa-
bilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em 
julgamento público, no qual lhe tenham sido asse-
guradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou 
omissão que, no momento, não constituíam delito 
perante o direito nacional ou internacional. Tam-
pouco será imposta pena mais forte do que aquela 
que, no momento da prática, era aplicável ao ato 
delituoso.
Artigo XII
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida pri-
vada, na sua família, no seu lar ou na sua correspon-
dência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda 
pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interfe-
rências ou ataques.
Artigo XIII
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção 
e residência dentro das fronteiras de cada Estado.
2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, 
inclusive o próprio, e a este regressar.
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VIII Cidadania Moral e Ética
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 8 05/01/17 23:44
Artigo XIV
1. Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito 
de procurar e de gozar asilo em outros países.
2. Esse direito não pode ser invocado em caso de per-
seguição legitimamente motivada por crimes de di-
reito comum ou por atos contrários aos propósitos 
e princípios das Nações Unidas.
Artigo XV
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacio-
nalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artigo XVI
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qual-
quer restrição de raça, nacionalidade ou religião, 
têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma 
família. Gozam de iguais direitos em relação ao ca-
samento, sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e 
pleno consentimento dos nubentes.
Artigo XVII
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em 
sociedade com outros.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua pro-
priedade.
Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, 
consciência e religião; este direito inclui a liberdade de 
mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar 
essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo 
culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em 
público ou em particular.
Artigo XIX
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e ex-
pressão; este direito inclui a liberdade de, sem interfe-
rência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir 
informações e ideias por quaisquer meios e indepen-
dentemente de fronteiras.
Artigo XX
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e 
associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma 
associação.
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IX
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 9 05/01/17 23:44
Artigo XXI
1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no gover-
no de seu país, diretamente ou por intermédio de 
representantes livremente escolhidos.
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço 
público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do 
governo; esta vontade será expressa em eleições pe-
riódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto 
secreto ou processo equivalente que assegure a li-
berdade de voto.
Artigo XXII
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito 
à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, 
pela cooperação internacional e de acordo com a orga-
nização e recursos de cada Estado, dos direitos econô-
micos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade 
e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo XXIII
1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha 
de emprego, a condições justas e favoráveis de tra-
balho e à proteção contra o desemprego.
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a 
igual remuneração por igual trabalho.3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remu-
neração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim 
como à sua família, uma existência compatível com 
a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se 
necessário, outros meios de proteção social.
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e ne-
les ingressar para proteção de seus interesses.
Artigo XXIV
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a 
limitação razoável das horas de trabalho e férias perió-
dicas remuneradas.
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X Cidadania Moral e Ética
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 10 05/01/17 23:44
Artigo XXVI
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será 
gratuita, pelo menos nos graus elementares e fun-
damentais. A instrução elementar será obrigatória. 
A instrução técnico-profissional será acessível a to-
dos, bem como a instrução superior, esta baseada 
no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno de-
senvolvimento da personalidade humana e do for-
talecimento do respeito pelos direitos humanos e 
pelas liberdades fundamentais. A instrução promo-
verá a compreensão, a tolerância e a amizade en-
tre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e 
coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol 
da manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gê-
nero de instrução que será ministrada a seus filhos.
Artigo XXVII
Toda pessoa tem o direito de participar livremente da 
vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de par-
ticipar do processo científico e de seus benefícios.
Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses 
morais e materiais decorrentes de qualquer produção 
científica, literária ou artística da qual seja autor.
Artigo XXVIII
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e inter-
nacional em que os direitos e as liberdades estabele-
cidos na presente Declaração possam ser plenamente 
realizados.
Artigo XXV
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz 
de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, 
inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuida-
dos médicos e os serviços sociais indispensáveis, e 
direito à segurança em caso de desemprego, doen-
ça, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de per-
da dos meios de subsistência fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e 
assistência especiais. Todas as crianças nascidas den-
tro ou fora do matrimônio gozarão da mesma pro-
teção social.
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iraua/Shutterstock.com
XIManual do Educador – 8o ano
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 11 05/01/17 23:44
Artigo XXIX
1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, 
na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua per-
sonalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pes-
soa estará sujeita apenas às limitações determina-
das pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar 
o devido reconhecimento e respeito dos direitos e 
das liberdades de outrem e de satisfazer às justas 
exigências da moral, da ordem pública e do bem-
-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese 
alguma, ser exercidos contrariamente aos propósi-
tos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode 
ser interpretada como o reconhecimento a qualquer 
Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qual-
quer atividade ou praticar qualquer ato destinado à 
destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui 
estabelecidos.”
Recorremos, aqui, à Constituição e à Declaração de 
Direitos Humanos porque acreditamos que elas devem 
estar em nosso horizonte quando falamos da prática 
pedagógica. No entanto, reforçamos a ideia de que as 
considerações a respeito da ética e da moral não são 
modelos estanques a serem repassados para os estu-
dantes. Toda e qualquer norma ou regra representa uma 
resposta a um determinado tempo/período histórico. É 
por isso que nós, professores, devemos ter em mente 
que trabalhamos com princípios passíveis de mudança, 
e não com mandamentos. E, assim, devido ao caráter 
abstrato dos valores morais e éticos, nosso papel pe-
dagógico e formativo deve basear-se na intenção de 
colocar os alunos dentro desse processo de construção 
contínua de valores, de modo a torná-los seres eman-
cipados e autônomos para agirem criticamente perante 
os preceitos morais e éticos.
Rawpixel.com/Shutterstock.com
XII Cidadania Moral e Ética
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 12 05/01/17 23:44
Tendo em vista estabelecer padrões que ajudem a 
promover uma educação comprometida com a moral, 
a ética e a cidadania, os PCN propõem os seguintes tó-
picos a serem trabalhados no Ensino Fundamental:
Dignidade da pessoa humana: Implica respeito aos 
direitos humanos, repúdio à discriminação de qualquer 
tipo, acesso a condições de vida digna, respeito mútuo 
nas relações interpessoais, públicas e privadas.
Igualdade de direitos: Refere-se à necessidade de 
garantir a todos a mesma dignidade e possibilidade de 
exercício de cidadania. Para tanto, há que se considerar 
o princípio da equidade, isto é, que existem diferenças 
(étnicas, culturais, regionais, de gênero, etárias, religio-
sas, etc.) e desigualdades (socioeconômicas) que neces-
sitam ser levadas em conta para que a igualdade seja 
efetivamente alcançada.
Participação: Como princípio democrático, traz a no-
ção de cidadania ativa, isto é, da complementaridade 
entre a representação política tradicional e a participa-
ção popular no espaço público, compreendendo que 
não se trata de uma sociedade homogênea, e sim mar-
cada por diferenças.
Corresponsabilidade pela vida social: Implica par-
tilhar com os poderes públicos e diferentes grupos 
sociais, organizados ou não, a responsabilidade pelos 
destinos da vida coletiva. É, nesse sentido, responsabili-
dade de todos a construção e ampliação da democracia 
no Brasil.
Tyler Olson/Shutterstock.com
XIIIManual do Educador – 8o ano
O ensino baseado nos Parâmetros 
Curriculares Nacionais
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 13 05/01/17 23:44
O ambiente escolar, além dos outros papéis, repre-
senta um microcosmo da sociedade. O primeiro conta-
to com indivíduos que não fazem parte da nossa família 
e com os quais devemos estabelecer outro tipo de re-
lação se dá no colégio. Essa é a nossa primeira vivência 
social. Lá aprendemos que temos, invariavelmente, de-
veres e direitos que devem ser seguidos e respeitados 
por todos que compõem aquela realidade.
O papel da escola se estende para além da transmis-
são de conhecimento ou formação profissional.
Nesse local, a intenção primeira é a de ajudar a de-
senvolver as capacidades, a consciência, a compreen-
são de si mesmo, do outro e da sociedade. E é por 
meio dessa experiência cotidiana que nos adequamos 
às demandas sociais.
Essa consciência dos valores morais, no entanto, não 
deve ser imposta. É evidente que os estudantes devem 
saber diferenciar o certo e o errado, mas essa avaliação 
deve partir deles, de acordo com o conhecimento de 
suas responsabilidades, com a evolução do seu senso 
crítico e a sua capacidade de decisão. Os estudantes 
precisam assumir a sua prática, e não apenas seguir o 
estabelecido, sem nenhum exercício de reflexão.
A formação do ser humano precede a formação do tra-
balhador. A educação existe antes para que possamos 
discutir, estabelecer e ajustar as normas sociais. Dessa 
forma, o objetivo social da escola deve estar voltado para 
a formação de um cidadão consciente de suas ações e 
obrigações e ativo na construção permanente da socie-
dade. Por isso, a inclusão da matéria Cidadania Moral e 
Ética no currículo do Ensino Fundamental e Médio é es-
sencial para o desenvolvimento social dos estudantes.
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XIV Cidadania Moral e Ética
A importância do ensino de 
Cidadania Moral e Ética na escola
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Levandoem consideração que o volume de conhe-
cimento produzido pela humanidade não pode ser 
completamente explorado em sala de aula, mesmo que 
durante os doze anos previstos para a conclusão do En-
sino Fundamental e Médio, é fundamental que exista 
uma seleção de conteúdos que consideramos indispen-
sáveis para a formação de um indivíduo.
A inclusão do conteúdo de Cidadania Moral e Ética foi 
aprovada no Senado no ano de 2012. As considerações 
do MEC sobre os objetivos a serem atingidos, durante o 
Ensino Fundamental, são:
A compreensão do significado de justiça e a cons-
cientização da construção de uma sociedade igualitária, 
tendo em vista a necessidade de internalizar e assimilar 
esse conceito na prática, para que possamos formar su-
jeitos sociais ativos.
O respeito pelas diferenças — seja ela de credo, cor, 
gênero, etc.—, fundamental ao convívio em uma so-
ciedade democrática e pluralista; e a compreensão da 
diversidade como uma oportunidade de ampliação do 
conhecimento, promoção do desenvolvimento pessoal 
e social e enriquecimento dos processos de aprendi-
zagem.
A adoção de atitudes solidárias, de cooperação, e re-
púdio às injustiças e discriminações. A reflexão é apenas 
o primeiro passo para uma atitude ética. É preciso que, 
além dos debates e preocupações sociais, nós sejamos 
o reflexo do nosso discurso.
A compreensão da vida escolar como participação no 
espaço público, utilizando e aplicando os conhecimen-
tos adquiridos na construção de uma sociedade demo-
crática e solidária.
A valorização e o emprego do diálogo como forma de 
esclarecer os conflitos e tomar decisões coletivas. Por 
isso a importância da construção dos debates no de-
senvolvimento da capacidade argumentativa.
A construção de uma imagem positiva de si, o respei-
to próprio traduzido pela confiança em sua capacidade 
de escolher e realizar seu projeto de vida e pela legiti-
mação das normas morais que garantam, a todos, essa 
realização.
Para que possamos atingir as metas estabelecidas, é 
necessário que não só o professor de Cidadania Moral e 
Ética esteja comprometido, mas que todos os professo-
res tenham em mente a responsabilidade da educação e 
da conscientização social no processo de aprendizagem.
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XVManual do Educador – 8o ano
Objetivos fundamentais 
para o ensino de Ética
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 15 05/01/17 23:44
Em seu sentido tradicional, a cidadania expressa um 
conjunto de direitos e de deveres que permite aos ci-
dadãos a participação na vida política e na vida pública, 
podendo votar e serem votados, fazendo parte ativa-
mente na elaboração das leis e do exercício de funções 
públicas, por exemplo. Hoje, no entanto, o significado 
da cidadania possui contornos mais amplos, que ex-
trapolam o sentido de apenas atender às necessidades 
políticas e sociais, e assume como objetivo a busca por 
condições que garantam uma vida digna às pessoas.
Entender a cidadania a partir da redução do ser hu-
mano às suas relações sociais e políticas não é coeren-
te com a multidimensinalidade que nos caracteriza e 
com a complexidade das relações que cada um e to-
das as pessoas estabelecem com o mundo à sua volta. 
Deve-se buscar compreender a cidadania também sob 
outras perspectivas, por exemplo, considerando a im-
portância que o desenvolvimento de condições físicas, 
psíquicas, cognitivas, ideológicas, científicas e culturais 
exerce na conquista de uma vida digna e saudável para 
todas as pessoas.
Tal tarefa, complexa por natureza, pressupõe a edu-
cação de todos (crianças, jovens e adultos), a partir de 
princípios coerentes com esses objetivos, e com a inten-
ção explícita de promover a cidadania pautada na de-
mocracia, na justiça, na igualdade, na equidade e na par-
ticipação ativa de todos os membros da sociedade nas 
decisões sobre seus rumos. Dessa maneira, pensar em 
uma educação para a cidadania torna-se um elemento 
essencial para a construção da democracia social.
Entendemos que tal forma de educação deve visar, 
também, ao desenvolvimento de competências para li-
dar com: a diversidade e o conflito de ideias, as influên-
cias da cultura e os sentimentos e emoções presentes 
nas relações do sujeito consigo mesmo e com o mundo 
à sua volta.
Uma questão a ser apontada é que, atualmente, as 
crianças e os adolescentes vão à escola para aprender 
as Ciências, a Língua, a Matemática, a História, a Física, a 
Geografia, as Artes, e apenas isso. Não existe o objetivo 
explícito de formação ética e moral das futuras gerações. 
Entendemos que a escola, enquanto instituição pública 
criada pela sociedade para educar as futuras gerações, 
deve-se preocupar também com a construção da cida-
dania, nos moldes que atualmente a entendemos. Se 
os pressupostos atuais da cidadania têm como base 
a garantia de uma vida digna e a participação na vida 
política e pública para todos os seres humanos, e não 
apenas para uma pequena parcela da população, essa 
escola deve ser democrática, inclusiva e de qualidade, 
para todas as crianças e adolescentes. Para isso, deve 
promover, na teoria e na prática, as condições mínimas 
para que tais objetivos sejam alcançados na sociedade.
Mas como os valores são apropriados pelos sujei-
tos? Adotamos a premissa de que os valores não são 
nem ensinados, nem nascem com as pessoas. Eles são 
construídos na experiência significativa que as pessoas 
estabelecem com o mundo. Essa construção depende 
diretamente da ação do sujeito, dos valores implícitos 
nos conteúdos com que interage no dia a dia e da qua-
lidade das relações interpessoais estabelecidas entre o 
sujeito e a fonte dos valores.
Ulisses F. Araújo
Hogan_Im
aging/Shutterstock.com
XVI Cidadania Moral e Ética
A educação e a construção da cidadania
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 16 05/01/17 23:45
Na Filosofia, o campo que se ocupa da reflexão sobre 
a moralidade humana recebe a denominação de Ética. 
Estes dois termos, ética e moral, têm significados pró-
ximos e, em geral, referem-se ao conjunto de princípios 
ou padrões de conduta que regulam as relações dos 
seres humanos com o mundo em que vivem.
Uma educação ancorada em tais princípios deve con-
verter-se em um âmbito de reflexão individual e coletiva 
que permita elaborar racionalmente e autonomamente 
princípios gerais de valor, que ajudem a defrontar-se 
criticamente com realidades como a violência, a tortura 
ou a guerra. De forma específica, educação ética e mo-
ral deve ajudar na análise crítica da realidade cotidiana 
e das normas sociais e morais vigentes, de modo que 
contribua para idealizar formas mais justas e adequa-
das de convivência. Ainda na linha de compreensão do 
papel da educação para a formação ética dos seres hu-
manos, alguns teóricos entendem que a educação dos 
cidadãos deve levar em conta a dimensão comunitária 
das pessoas, seu projeto pessoal e também sua capaci-
dade de universalização, que deve ser exercida dialogi-
camente, pois, dessa maneira, elas poderão ajudar na 
construção do melhor mundo possível, demonstrando 
saber que são responsáveis pela realidade social.
De forma específica, lidar com a dimensão comuni-
tária, dialogar com a realidade cotidiana e as normas 
vigentes nos remete ao trabalho com a diversidade hu-
mana, à abordagem e ao desenvolvimento de ações 
que enfrentem as exclusões, os preconceitos e as discri-
minações advindos das distintas formas de deficiência 
e das diferenças sociais, econômicas, psíquicas, físicas, 
culturais, religiosas, raciais, ideológicas e de gênero. 
Conceber esse trabalho na própria comunidade onde 
está localizada a escola, no ambiente natural, social e 
cultural de seu entorno, é essencial para a construção 
da cidadania efetiva.
Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/
materiais/0000015509.pdf. Adaptado. Acessado em: 14/07/2014.
loreanto/Shutterstock.com
XVIIManual do Educador – 8o ano
Ética
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 17 05/01/17 23:45
Com o intuitode promover uma educação plena, a 
coleção leva para a sala de aula os temas mais impor-
tantes e próximos aos alunos, para que, por meio de 
textos, imagens, exercícios e debates, eles possam de-
senvolver solidamente a sua consciência social.
Os capítulos que compõem os livros abrigam uma 
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Conhecimentos prévios
•	Você conseguiria identificar 
alguma linguagem no seu 
dia a dia?
•	A linguagem que você 
usa com seus colegas é a 
mesma usada com a sua 
família? Por quê?
•	Você exerce a cidadania no 
dia a dia?
•	Você consegue manifestar 
a cidadania pela linguagem 
e pelo pensamento?
Linguagem, 
pensamento e 
cidadania
Estamos o tempo inteiro nos comunicando e mani-
festando o que pensamos e sentimos, seja por meio 
das palavras que dizemos, cantamos, escrevemos, seja 
através de nossos gestos, nossa feição ou até mesmo 
dos símbolos que criamos para exprimir alguma sen-
sação, como os emoticons usados nas redes sociais 
da Internet. Todas essas formas que criamos para ex-
travasar o que se passa em nossa mente se dão pela 
linguagem, e a linguagem que empregamos diz sobre 
quem somos, de onde viemos, o que achamos do mun-
do à nossa volta, etc. É sobre isso que estudaremos 
neste capítulo.
Vamos dialogar!
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CMeE_8A_2017_01a80.indb 6 28/12/16 20:03
Vamos dialogar!: Esta é a única seção 
que se apresenta, exclusivamente, no 
princípio de cada capítulo. Aqui, intro-
duzimos a temática por intermédio de 
imagens. A intenção é que os alunos 
construam suas falas a partir da memó-
ria visual que as fotografias, somadas 
ao tema, despertam neles. O resultado 
dessa abordagem ampla é a probabili-
dade de surgirem inúmeras e valiosas 
reflexões que ajudarão na construção 
de sentido dos assuntos abordados.
unidade temática, norteadora das discussões, que é 
subdividida em três seções que se intercalam para um 
melhor aprofundamento do tema. Essas seções têm 
funções específicas e buscam estruturar da maneira 
mais didática e agradável o conteúdo estudado. Veja-
mos, a seguir, quais elas:
XVIII Cidadania Moral e Ética
Estrutura da coleção
ME_CIDADANIA_E_ETICA_8ANO.indb 18 05/01/17 23:45
Para Refletir: Esta seção também se interpõe entre os 
textos responsáveis pelo desenvolvimento do conteú-
do e as questões, que auxiliam nesse progresso. Nesse 
espaço, selecionamos diversos escritos que abordam o 
assunto do capítulo sob um viés lúdico. São crônicas, 
reportagens, sinopses, indicações de filmes, etc. que 
aproximam, ainda mais, os jovens estudantes das re-
flexões propostas.
1. Você se considera um cidadão? Por quê? 
Resposta pessoal
2. Por que é importante cada um de nós aprendermos e praticarmos o conceito de cidadania? 
Porque cidadania é uma relação política entre um indivíduo e a sociedade, em virtude da 
qual o indivíduo é membro de pleno direito dessa comunidade e a ela deve lealdade 
permanente.
3. Segundo o texto, nossa identidade é composta por quais componentes? 
A noção de igualdade social em busca da dignidade para todos e as especificidades 
individuais.
4. Você acha que os componentes citados na questão anterior podem entrar em atrito? Explique. 
Resposta pessoal
5. Leia o trecho a seguir:
“[...] a sociedade deve organizar-se de modo a conseguir gerar em cada um de seus 
membros o sentimento de que pertence a ela [...]”
O trecho lido nos remete à ideia de pertencimento, ou seja, à crença subjetiva em uma ori-
gem comum que une os diferentes indivíduos. Os indivíduos pensam em si mesmos como 
membros de uma coletividade na qual símbolos expressam valores, medos e ideais. A partir 
disso, você se considera pertencente a algum grupo?
Resposta pessoal
Questão de ética?
Cidadania Moral e Ética I 8o ano 49
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Para refletir
Transportes alternativos do Brasil 
O já famoso Teleférico do Alemão é o primeiro 
transporte de massa por cabos do Brasil. Em funcio-
namento desde julho de 2011, as gôndolas já trans-
portaram mais de 3,5 milhões de pessoas. A viagem 
da primeira estação (Bonsucesso/Tim) à última (Pal-
meiras) dura 16 minutos. O Elevador Lacerda já faz 
parte da vida de Salvador e é um cartão-postal da 
cidade. Sua função é fazer a ligação entre as cidades 
alta e baixa da capital baiana. Mas, com o passar dos 
anos, esse gigante contemplador da Baía de Todos 
os Santos se tornou um dos pontos turísticos mais vi-
sitados. A média de pessoas que utilizam o transpor-
te chega a 900 mil por mês. A travessia ainda oferece 
aos turistas umas das vistas mais belas da capital.
A Bacia Amazônica, por natureza, já favorece o 
deslocamento pelas águas dos rios Solimões, Ama-
zonas, Negro, Madeira, entre outros. As viagens são 
feitas principalmente entre as cidades de Manaus 
(AM), Belém (PA), Santarém (PA), Macapá (AP) e 
Porto Velho (RO). 
Questões para reflexão?
1. Qual é a importância dos transportes alternativos citados para a população que faz 
uso deles? 
2. Na região em que você mora, existe algum tipo de transporte alternativo? Qual? 
Você faz uso dele? 
3. Que modelos de transporte você acha que poderiam ser implantados na sua 
cidade para melhorar a locomoção e preservar o meio ambiente?
Cidadania Moral e Ética I 8o ano80
CMeE_8A_2017_01a80.indb 80 28/12/16 20:04
Questão de ética: Esta seção aparece depois de cada 
tópico proposto no capítulo. Dessa forma, podemos 
nos aprofundar no conteúdo de maneira gradual e 
agradável, sem diferenciar a apreensão teórica e prá-
tica. As questões têm o propósito de colocar o aluno 
como protagonista, demandando reflexão para a expo-
sição do seu ponto de vista. É interessante, também, 
pedir que os alunos compartilhem suas respostas a fim 
de que toda a turma possa ser responsável, conjunta-
mente, pela conclusão desses tópicos.
XIXManual do Educador – 8o ano
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Sumário
Capítulo 1
Linguagem, pensamento e cidadania ......6
O que é linguagem? ..........................................................................8
Língua e sociedade ...........................................................................14
Capítulo 2
Viver dignamente .......................................................20
Progresso e desigualdade ...........................................................21
Os direitos humanos .........................................................................26
Os direitos do jovem .........................................................................31
Moradia, um direito .............................................................................37
O direito à saúde..................................................................................43
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Capítulo 3
Somos cidadãos do mundo ..............................46
O indivíduo e a sociedade ............................................................48
A ética e a corrupção .......................................................................51
Desenvolvimento sustentável ....................................................56
Cidadania e solidariedade ............................................................62
Capítulo 4
Cuidados no trânsito ...............................................66
Dicas de trânsito para os pedestres ....................................68
Atenção às leis do trânsito ..........................................................71
Álcool não combina com direção ...........................................76
Benefícios de andar de bicicleta ............................................78
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Ca
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tu
lo1 Linguagem, pensamentoe cidadania
6 Cidadania Moral e Ética
•	Compreender	o	conceito	de	
linguagem	e	as	manifestações	
cotidianas	dessa	importante	
ferramenta.
•	Entender	como	a	linguagem,	ou	
tudo	aquilo	que	expressamos,	
está	relacionada	ao	nosso	
pensamento	e	comoessa	relação	
pode	ser	bem	utilizada	se	
tivermos	o	objetivo	de	praticar	a	
cidadania.
•	Estudar	a	importância	da	
linguagem	para	a	comunicação	e	
a	expressão	da	sensibilidade.
•	Conhecer	algumas	teorias	da	
origem	da	linguagem.
•	Analisar	a	associação	entre	
língua	e	sociedade.
•	Discutir	como	a	expressão	
corporal	pode	se	revelar	
um	importante	veículo	de	
comunicação.
Objetivos 
Pedagógicos
Sugestão de leitura ////
Ética e educação
Autor:	Nilson	José	Machado
Ética	e	educação	são	temas	canden-
tes	que	 se	 entrelaçam	e	 se	 alimentam	
mutuamente.	No	cerne	de	ambos,	en-
contram-se	as	 ideias	de	conhecimento	
e	 valor.	 Esta	 obra	 procura	 apresentar	
um	mapeamento	de	questões	relativas	
a	tais	temas,	em	busca	de	uma	perspec-
tiva	crítica	ao	alcance	de	educadores	e	
de	 cidadãos	 em	 geral.	 Procura	 trazer	
como	focos	que	aglutinam	os	textos	os	
pares	 pessoalidade/cidadania	 e	 didá-
tica/epistemologia.	 Iguais	 como	 cida-
dãos,	 as	 pessoas	 são	 diferentes	 como	
pessoas	 e	 não	 buscam	 a	 escola	 para	
esquecer	 tais	 diferenças;	 metade	 dos	
microensaios	reunidos	tem	o	intuito	de	
examinar	 tal	 fato.	A	outra	metade	 tra-
ta	de	explicitar	como	o	modo	de	pen-
sar	 sobre	 o	 conhecimento	 influencia	
as	 ações	 educacionais,	 ou	 seja,	 como	
a	 epistemologia	 interfere	 diretamente	
na	didática.	Numa	época	marcada	pelo	
excesso	de	informações	e	análises,	esse	
título	buscou	optar	por	uma	forma	sin-
tética	de	apresentação	das	reflexões.
Anotações
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Conhecimentos prévios
•	Você conseguiria identificar 
alguma linguagem no seu 
dia a dia?
•	A linguagem que você 
usa com seus colegas é a 
mesma usada com a sua 
família? Por quê?
•	Você exerce a cidadania no 
dia a dia?
•	Você consegue manifestar 
a cidadania pela linguagem 
e pelo pensamento?
Linguagem, 
pensamento e 
cidadania
Estamos o tempo inteiro nos comunicando e mani-
festando o que pensamos e sentimos, seja por meio 
das palavras que dizemos, cantamos, escrevemos, seja 
através de nossos gestos, nossa feição ou até mesmo 
dos símbolos que criamos para exprimir alguma sen-
sação, como os emoticons usados nas redes sociais 
da Internet. Todas essas formas que criamos para ex-
travasar o que se passa em nossa mente se dão pela 
linguagem, e a linguagem que empregamos diz sobre 
quem somos, de onde viemos, o que achamos do mun-
do à nossa volta, etc. É sobre isso que estudaremos 
neste capítulo.
Vamos dialogar!
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Linguagem, pensamento
e cidadania
7Manual do Educador – 8o ano
Nesta	abertura	de	capítulo,	aproveite	
para	despertar	a	curiosidade	dos	alunos	
sobre	 o	 tema,	 instigando-os	 a	 refleti-
rem	 sobre	 as	 diversas	 manifestações	
da	 linguagem.	As	que	estão	 represen-
tadas	 nas	 imagens	 são	 apenas	 alguns	
exemplos	e	devem	servir	de	ponto	de	
partida	 para	 a	 reflexão	 sobre	 outras	
Sugestão de Abordagem
Anotações
modalidades.	 Converse	 com	 os	 alunos	
sobre	 isso,	 peça	 que	 eles	 digam	 outras	
formas	de	usar	a	linguagem	no	dia	a	dia.	
Mostre	que,	neste	momento,	na	 sala	de	
aula,	algumas	dessas	formas	estão	sendo	
utilizadas.
Durante	 essa	 discussão,	 existem	 inú-
meras	 possibilidades	 de	 facilitar	 a	 com-
preensão	do	aluno	sobre	esse	assunto	
de	forma	prática	e/ou	lúdica.	Podemos	
sugerir	algumas:
•	Pedir	 que	 o	 aluno	 descreva	—	 por	
meio	de	 texto	escrito	e	desenho	—	
o	 trajeto	 por	 ele	 realizado	 de	 sua	
casa	 até	 a	 escola.	 Nessa	 atividade,	
ele	deverá	lembrar	manifestações	da	
linguagem	 não	 verbal	 encontradas	
nesse	 percurso:	 em	 placas	 e	 sinais	
de	 trânsito,	 outdoors,	 fachadas	 de	
edifícios	 e	 estabelecimentos	 comer-
ciais,	etc.
•	O	 professor	 pode,	 ainda,	 levar	 para	
a	 sala	 diversas	 figuras	 (recortes	 de	
periódicos,	 fotografias	 ou	 simples	
desenhos)	 de	 exemplos	 de	 textos	
cotidianos	 não	 verbais.	 Enquanto	 os	
mostra,	pode	solicitar	que	os	alunos	
identifiquem	os	significados	de	cada	
símbolo	e	os	descrevam	fazendo	uso	
da	linguagem	verbal.
•	Outra	 sugestão	 é	 fazer	 um	 passeio	
pelas	dependências	da	escola	identi-
ficando,	por	meio	da	incitação	ao	ra-
ciocínio	dos	alunos,	os	casos	em	que	
a	linguagem	não	verbal	desempenha	
situações	práticas	de	comunicação.
•	Seria	 interessante,	 também,	 mostrar	
aos	alunos	que	a	arte,	muitas	vezes,	
apropria-se	da	linguagem	não	verbal.	
Um	 eficiente	 instrumento	 para	 essa	
demonstração	é	algum	livro	que	faça	
uso	exclusivamente	de	imagens	para	
narrar	 uma	 história	 (existem	 muitos	
desses	livros	entre	os	de	literatura	in-
fantojuvenil).
Questões para reflexão?
1. A partir do seu conhecimento de mundo, o que é linguagem?
2. O ato de comunicar é uma linguagem?
3. O ser humano conseguiria viver sem manifestar sua linguagem?
4. Atualmente, vivemos em um mundo repleto de tecnologia, então ela passa a 
colaborar para um novo tipo de manifestação linguística? 
Para começar, observe as seguintes imagens e discuta alguns pontos logo a seguir com 
seus colegas e seu professor, observando como cada uma delas representa um tipo de mani-
festação da linguagem.
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qu
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ar
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Cidadania Moral e Ética I 8o ano 7
CMeE_8A_2017_01a80.indb 7 28/12/16 20:03
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8 Cidadania Moral e Ética
Fundamentação
No	decorrer	da	história,	a	linguagem	
foi	e	ainda	é	fator	determinante	para	o	
desenvolvimento	do	 ser	humano,	pois	
nasceu	da	necessidade	de	sobrevivên-
cia	 que	 o	 ser	 humano	 incorporou	 a	
linguagem	como	elo	entre	os	seres	de	
igual	espécie.
Em	 meio	 às	 outras	 espécies,	 o	 ho-
mem	se	sobressaiu	apenas	por	alguns	
fatores	que	os	diferenciam	das	demais,	
dentre	eles	está,	sem	dúvida	nenhuma,	
a	linguagem,	fator	essencial	da	comuni-
cação.	Vygotsky	(1987,	p.	5)	argumenta	
que	“a	verdadeira	comunicação	huma-
na	pressupõe	uma	atitude	generalizan-
te,	que	constitui	um	estágio	avançado	
do	 desenvolvimento	 da	 palavra.	 As	
formas	mais	elevadas	da	comunicação	
humana	são	possíveis	porque	o	pensa-
mento	do	homem	reflete	uma	realida-
de	conceitualizada	[...]”.
– Linguagem e participação social
Os	Parâmetros Curriculares Nacio-
nais	fazem	uma	alusão	contundente	no	
sentido	de	não	podermos	ignorar	o	po-
der	da	linguagem.
O	Ministério	da	Educação	afirma	que:
[...]	o	domínio	da	língua	tem	estreita	
relação	 com	 a	 possibilidade	 plena	 de	
participação	 	 social,	 pois	 é	 por	 meio	
dela	 que	 o	 homem	 se	 comunica,	 tem	
acesso	a	informação,	expressa	e	defen-
de	 pontos	 de	 vista,	 partilha	 ou	 cons-
trói	 visões	 de	 mundo,	 produz	 conhe-
cimento.	 (BRASIL.	Secretaria	de	Ensino	
Fundamental.	 Parâmetros	 Curriculares	
Nacionais:	 língua	 portuguesa.	 Brasília.	
MEC/	SEF,	1997)
Assim,	um	projeto	educativo	compro-
metido	 com	a	democratização	 social	 e	
cultural	deve	atribuir	à	escola	a	 função	
e	a	responsabilidade	de	garantir	a	todos	
os	alunos	o	acesso	aos	saberes	linguísti-
cos	necessários	para	o	exercício	da	cida-
dania,	direito	inalienável	de	todos.
Considerando	 os	 diferentes	 níveis	
de	conhecimento	prévio,	cabe	à	esco-
la	promover	a	sua	ampliação	de	forma	
que,	progressivamente,	durante	os	oito	
anos	do	ensino	fundamental,	cada	alu-
no	seja	capaz	de	 interpretar	diferentes	
textos	e	em	vários	contextos	sociais.		
Disponível	em:	http://static.recantodasletras.com.br/
arquivos/2215344.doc.	Acesso	em	03/11/2016.
É	importante	criar	ambientes	favo-
ráveis	para	que	a	comunicação	ocorra	
fluentemente	 fazer	uso	dos	artifícios	
da	 Língua	 Portuguesa	 e	 da	 grande	
quantidade	 de	 textos	 que	 circulam	
em	nosso	meio.
Na	era	da	informação	e	da	tecnolo-
gia,	é	preciso	utilizar-se	também	dos	
Sugestão de Abordagem
O que é linguagem?A linguagem é um sistema de signos ou sinais usados para indicar coisas, para a comuni-
cação entre pessoas e para a expressão de ideias, valores e sentimentos.
Os elementos que formam a linguagem são chamados de signos, que indicam ou represen-
tam outros. Por exemplo, a fumaça é um signo ou sinal de fogo. Os signos linguísticos são as 
palavras. Uma mesma palavra pode exprimir sentidos ou significados diferentes, dependendo 
de quem a emprega, de quem a ouve ou lê e do contexto em que é usada.
É a linguagem que estabelece a comunicação entre os seres humanos. Por meio das pala-
vras, relacionamo-nos com os outros, dialogamos, argumentamos, relatamos, discutimos, ama-
mos e odiamos, ensinamos e aprendemos, etc.
A importância e a força da linguagem
Desde que o homem se apercebeu de sua sensibilidade e notou a presença desta em outros 
homens, nasceram a necessidade e o desejo de comunicar os sentimentos e pensamentos.
O filósofo grego Aristóteles, em sua obra Política, diz que o homem é o único “animal polí-
tico”, pois só ele é dotado de linguagem. Ao contrário dos outros animais, que exprimem dor e 
prazer por meio da voz (phoné), o homem possui a palavra (lógos) para exprimir seus valores, 
tornando possível a vida política e social. 
A linguagem é, assim, a forma propriamente humana da comunicação, da relação com o 
mundo e com os outros, da vida social e política, do pensamento e das artes.
Já Platão, no diálogo Fedro, dizia que a linguagem é um phármakon, palavra que possui três 
sentidos principais: remédio, veneno e cosmético. 
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Linguagem, pensamento
e cidadania
9Manual do Educador – 8o ano
Fundamentação
Fedro, de Platão
Em	 Fedro,	 há	 uma	 passagem	 em	
que	Platão	apresenta	o	mito	de	Theut,	
que	 narra	 a	 invenção	 da	 escrita	 por	
esse	 deus	 egípcio.	 Theut	 (ou	 Thot)	
apresenta	 sua	 invenção	 ao	 supremo	
deus	Amon	como	algo	que	auxiliaria	
a	memória	dos	homens	e	os	tornaria	
sábios.	 A	 resposta	 de	 Amon	 repre-
senta	a	posição	platônica:	ao	contrá-
rio,	diz	ele,	aquele	que	se	fiar	na	es-
crita	perderá	a	memória,	passando	a	
depender	de	um	signo	externo,	e	não	
de	 sua	 própria	 capacidade	 de	 lem-
brar,	e	não	se	tornará	mais	sábio,	mas	
receberá	informações	sem	a	instrução	
adequada,	parecendo	sábio	quando,	
na	 verdade,	 será	 bem	 ignorante.	 E,	
finalmente,	 Sócrates	 conclui,	 no	diá-
logo,	 que	 a	 palavra	 escrita	 parece	
conter	 o	 entendimento	 das	 coisas,	
porém,	quando	interrogada,	simples-
mente	nos	devolve	a	pergunta.	Além	
disso,	 uma	 vez	 que	 algo	 é	 escrito,	
passa	a	 circular	entre	aqueles	que	o	
entendem,	mas	também	entre	os	que	
não	 o	 entendem.	 Uma	 coisa	 escrita	
não	pode	distinguir	 entre	os	bons	e	
maus	leitores;	a	palavra	escrita	é,	as-
sim,	incapaz	de	se	defender	contra	o	
seu	mau	uso	e	necessita,	portanto,	de	
que	o	autor	venha	em	seu	socorro.	
Platão	opõe	aqui	a	linguagem	escri-
ta	à	linguagem	falada,	o	diálogo,	para	
ele	a	forma	por	excelência	de	realiza-
ção	 da	 filosofia	 enquanto	 discussão,	
debate,	por	meio	do	qual	se	pode	ar-
gumentar	e	contra-argumentar.
Em	A	 farmácia	de	Platão,	o	 filóso-
fo	 francês	 contemporâneo	 Jacques	
Derrida	comenta	esse	mito,	que	serve	
de	ponto	de	partida	para	sua	discus-
são	sobre	a	linguagem	e	sobre	a	ques-
tão	da	 leitura	de	 textos	 (no	 caso	de	
Platão),	levando	a	uma	releitura	e	ree-
laboração	de	 suas	questões.	Derrida	
explora	o	uso	da	palavra	pharmakon	
(“remédio”)	no	texto,	quando	Thot	diz	
que	 a	 palavra	 escrita	 é	 um	 remédio	
para	a	memória,	enquanto	Amon	(ou	
meios	tecnológicos	para	que	a	inclusão	
não	passe	de	uma	utopia.	Faz-se	neces-
sário	 também	 despertar	 no	 educando	
a	 faculdade	 de	 analisar	 criticamente	 	
textos	 que	 circulam	nos	meios	 de	 co-
municação	 de	 massa,	 incentivando-o	
à	 prática	 da	 leitura	 do	 subtexto,	 isto	
é,	 compreender	o	 texto	 e	 identificar	 a	
ideologia	 contida	 em	 seu	 posiciona-
mento,	ler	as	entrelinhas.
Também,	não	podemos	nos	esquecer	
que	 a	 escola	 precisa	 estar	 preparada	
para	o	exercício	da	cidadania	como	um	
ideal	 a	 ser	 seguido	 em	 todos	 os	mo-
mentos	de	sua	conduta.
Ou seja, Platão considera que a linguagem pode ser um medicamento, ou um remédio, para 
o conhecimento, pois, pelo diálogo e pela comunicação, conseguimos descobrir nossa ignorân-
cia e aprender com os outros.
Pode, porém, ser um veneno quando, pela sedução das palavras, nos faz aceitar uma ideia, 
fascinados com o que vimos ou lemos, sem que indaguemos se tais palavras são verdadeiras 
ou falsas. 
Por fim, a linguagem pode ser um cosmético, uma maquiagem ou máscara para dissimular ou 
ocultar a verdade sob as palavras. 
Podemos avaliar a força da linguagem tomando como exemplos os mitos e as religiões. A 
palavra grega mythos significa narrativa e, portanto, linguagem. A linguagem tem um poder 
encantatório. Note que, em quase todas as religiões, existem profetas e oráculos, isto é, pes-
soas escolhidas para transmitir mensagens divinas aos humanos.
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10 Cidadania Moral e Ética
Thamus)	 inverte	 a	 questão	 dizendo	
que	a	palavra	escrita	poderia	ser	um	
veneno	 (para	os	gregos,	pharmakon	
pode	 ser	 remédio	 ou	 veneno,	 no	
fundo	 dependendo	 essencialmente	
da	 dosagem)	 que	 faria	 com	 que	 os	
homens	se	fiassem	demais	na	escrita	
e	 perdessem	 o	 verdadeiro	 conheci-
mento.	
Sócrates	 conclui	 dizendo	 o	 que	 é	
necessário	 para	 um	 discurso	 verda-
deiro,	 na	medida	 em	 que	 isso	 seria	
possível:	
“Toda	 nossa	 discussão	 anterior	
mostrou	 que	 o	 discurso,	 seja	 o	 que	
pretende	 persuadir,	 seja	 o	 que	 pre-
tende	 ensinar,	 não	 pode	 ser	 cons-
truído	cientificamente,	na	medida	em	
que	 sua	 natureza	 permite	 um	 trata-
mento	científico,	a	menos	que	as	se-
guintes	 condições	 sejam	 satisfeitas.	
Em	primeiro	lugar,	deve-se	conhecer	
a	 verdade	 sobre	 o	 assunto	 de	 que	
trata	no	discurso	oral	ou	escrito,	deve	
ser	 capaz	de	defini-lo	genericamen-
te	e,	sendo	capaz	disso,	deve	dividi-
-lo	 nos	 vários	 tipos	 específicos	 até	
o	 limite	 da	 divisibilidade.	 Em	 segui-
da,	 deve-se	 analisar	 de	 acordo	 com	
os	mesmos	princípios	a	natureza	da	
alma	e	descobrir	que	tipo	de	discur-
so	é	adequado	a	cada	tipo	de	alma.	
Finalmente,	deve-se	organizar	o	dis-
curso	de	tal	maneira	que	os	discursos	
simples	sejam	dirigidos	às	almas	sim-
ples	e	os	discursos	mais	complexos	e	
abrangentes,	às	almas	mais	elevadas.”
MARCONDES,	Danilo.	Textos básicos de linguagem:	
de	Platão	a	Foucault.	Rio	de	Janeiro:	Jorge	Zahar,	
2009,	p.	20.
Anotações
Questões para reflexão?
1. Você se identificou com algum dos exemplos de movimentação corporal que indica 
uma emoção ou um pensamento? Qual? 
2. Você costuma prestar atenção no modo como as pessoas gesticulam ou movimen-
tam o corpo? Por quê? 
3. Que outros movimentos corporais refletem o que estamos pensando ou sentindo?
E, o que é melhor, ter consciência dos significados dos gestos é muito importante, 
principalmente porque, por ser natural e inconsciente, a linguagem corporal não mente e 
permite uma leitura mais precisa do seu interlocutor. Por exemplo: quando uma pessoa, ao 
pensar para responder a uma pergunta, olha para cima à direita, significa que ela vai omitir 
ou mentir sobre algo. Se olhar para cima à esquerda, ela está tentando lembrar de alguma 
coisa. Torcer o pé, apoiando-se na parte lateral da sola, e abaixar a cabeça pode revelar 
que você está com vergonha. Cruzar os braços ou as pernas é sinal de que você não está 
querendo conversa ou não concorda com a opinião de quem fala. Cruzar os dedos com 
as mãos juntas, curvar-se ou ainda dobrar as pernas é uma insinuação de que você está 
implorando por algo. Curvar o tórax colocando os ombros para baixo é uma posturaque 
revela timidez e insegurança. Agora, se você estufa o peito projetando o tórax para frente, 
passa a imagem de uma pessoa imponente e até arrogante. 
Ou seja, a maneira como você se expressa nunca é inocente. Ela revela muito da-
quilo que vai na sua cabeça e no seu coração.
Disponível em: http://www.rolfing-sp.com.br/noticias/2011-08-21-linguagem_corporal.php. Adaptado. Aces-
sado em 09/04/2014. 
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Cidadania Moral e Ética I 8o ano 19
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Linguagem, pensamento
e cidadania
11Manual do Educador – 8o ano
As	 questões	 relativas	 ao	 poema	
Traduzir-se,	de	Ferreira	Gullar,	devem	
servir	como	oportunidade	de	reflexão	
direcionada	ao	texto,	mas	sem	limitar	
as	 possibilidades	 de	 leitura.	Quando	
tratamos	de	um	poema,	geralmente,	
não	existe	um	único	sentido.	É	preciso	
ensinar	 o	 aluno	 a	 relacionar	 o	 texto	
poético	com	todo	o	conhecimento	de	
mundo	que	o	leitor	possui.	Uma	leitu-
ra	coletiva	do	poema	e	uma	pequena	
discussão	ajudariam	na	compreensão	
do	texto.
Sugestão de 
Abordagem
Anotações
Questão de ética?
1. Aprendemos que a linguagem surge da necessidade de expressar a comunicação do ho-
mem. Sendo assim, é possível a existência do ser humano sem linguagem? 
A linguagem é um modo de manifestação da existência. Sendo assim, toda vida pressupõe
a necessidade de uma manifestação da sua efetivação. O choro, a fome, a carência, a 
alegria, o aprendizado, enfim, tudo o que há no homem comunica-se com outrem e com o 
mundo. Não se pode pensar o ser humano isolado nem mesmo isolado em si mesmo. 
O homem é relação.
2. Leia o texto abaixo e responda: 
Traduzir-se 
Uma parte de mim 
é todo mundo;
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão;
outra parte, estranheza
e solidão.
Uma parte de mim 
pesa, pondera;
outra parte delira.
Uma parte de mim 
almoça e janta; 
outra parte
se espanta.
[...]
Uma parte de mim
é só vertigem;
outra parte, 
linguagem.
[...]
GULLAR, Ferreira. Os melhores poemas de Ferreira Gullar. São Paulo: Global, 1983. p.144.
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Cidadania Moral e Ética I 8o ano 11
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12 Cidadania Moral e Ética
a. Quais aspectos da vida em sociedade podem ser percebidos na poesia?
Eu (ego) e outro (alteridade); vida em sociedade e solidão. Hábitos e necessidades sociais, 
bem como a própria condição vital de desenvolver-se e, com isso, modificar-se e morrer também.
b. Procure no dicionário o significado da palavra vertigem e responda: na sexta estrofe, o que 
o poeta quis dizer ao apresentar a linguagem como parte do homem e oposta à vertigem?
Vertigem pode significar variações, tonturas, desvarios. No contexto, pode-se inferir 
vertigem como sentimento único e mórbido. Já a linguagem seria o oposto, podendo ser 
vivacidade, dinamismo, multiplicidade de expressões.
c. Assinale as afirmativas corretas em relação ao poema:
( X ) “Fundo sem fundo”, na primeira estrofe, pode se referir a um vazio existencial, à solidão.
( X ) Podemos entender a oposição feita na quarta estrofe como a do homem comum, que cum-
pre suas atividades do dia a dia, com o artista, que se pega pensando de modo mais sensível 
para as coisas. E o homem comum e o artista podem fazer parte da mesma pessoa.
( X ) O próprio poema é uma tradução ou tentativa de tradução das duas “partes” do homem. 
( ) O texto se chama Traduzir-se porque seu autor é italiano.
3. O pronome reflexivo do título se e o poema escrito em primeira pessoa levam o leitor a de-
preender qual é a proposta do autor?
A proposta do autor é interpretar a si mesmo. 
4. Procure no dicionário o significado da palavra traduzir e relacione seu significado com o 
poema de Gullar.
A palavra traduzir pode significar: manifestar, revelar, explicar, demonstrar, interpretar, etc., e
a relação com o poema não é traduzir qualquer coisa, trata-se de autoanálise, de uma 
descrição profunda de si mesmo. 
Cidadania Moral e Ética I 8o ano12
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Linguagem, pensamento
e cidadania
13Manual do Educador – 8o ano
Na	questão	6,	o	 importante	é	que	
o	 aluno	 saiba	 reconhecer,	 em	 sua	
própria	 vivência,	 a	 manifestação	 de	
seus	sentimentos.	Alguns	alunos	têm	
habilidade	 para	 desenhar,	 enquanto	
outros	se	dão	melhor	escrevendo.	O	
professor	precisa	estar	atento	ao	ob-
jetivo	da	atividade.
A	 questão	 7	 pode	 ser	 respondida	
pelos	alunos	no	caderno	ou	pode-se	
pedir	 que	eles	digam	em	voz	 alta	o	
que	 cada	 imagem	 representa.	 Peça	
para	 que	 eles	 justifiquem	 cada	 res-
posta	 com	 base	 nos	 elementos	 das	
imagens.	Esse	tipo	de	atividade	é	im-
portante	para	que	os	 alunos	desen-
volvam	a	capacidade	de	ler	textos	das	
mais	 variadas	 formas	 e,	 assim,	 tor-
nem-se	melhores	leitores	do	mundo.
Sugestão de 
Abordagem
Anotações
5. Observe a tirinha de Mafalda. A personagem relaciona o simbólico com a realidade física. De 
que forma ela faz isso? E qual é o sentido da crítica realizada?
Na tirinha, é como se o pensamento que nós recebemos e acumulamos pudesse ser medido 
fisicamente. Para Mafalda, a sociedade é autoritária ao determinar o que nós aprendemos.
6. Crie uma história em quadrinhos apresentando um acontecimento particular no qual você 
manifestou com ênfase seu sentimento (bom ou ruim).
Resposta pessoal
7. Analise as imagens abaixo e, a partir de sua percepção crítica, indique como os gestos e as 
feições das pessoas refletem pensamentos e sentimentos.
D
a 
es
qu
er
da
 p
ar
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re
ita
, d
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ci
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Cidadania Moral e Ética I 8o ano 13
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14 Cidadania Moral e Ética
Fundamentação
A língua é uma arma carregada
Sem	 dúvida,	 a	 falta	 de	 escola	 é	 um	
indicador	concreto	da	existência	de	de-
sigualdade	social.	O	papel	da	escola	é	
conscientizar	as	crianças,	os	jovens	e	os	
adultos	a	respeito	da	linguagem,	apre-
sentando	opções	 linguísticas	para	que	
elas	 cheguem	 a	 ser	 “bidialetais”,	 para	
usar	 as	 palavras	 de	 Evanildo	 Bechara	
(Ensino da Gramática:	Opressão?	Liber-
dade?	São	Paulo:	Ática,	1985).
[...]
O	 uso	 da	 linguagem	 é	 uma	 prática	
sociocultural	e	portadora	das	identida-
des	dos	diferentes	grupos	que	 a	 utili-
zam	na	 interação	 cotidiana.	 Seria	qui-
mérico	pensar	que	algum	dia	todos	os	
cidadãos	vão	falar	sem	variação	regio-
nal	ou	social.
[...]
A	 importância	 dada	 à	 língua	 escrita	
em	 detrimento	 da	 oral	 gera	 insegu-
rança,	 tensão	 e	 frustração	 em	 muitas	
pessoas.	Considerar	“erradas”	fórmulas	
como	“com	certeza”,	“pra	chuchu”,	“tipo	
15	horas”,	 “se	 liga”,	usadas	em	contex-
tos	descontraídos,	sugere	que	a	lingua-
Sugestão de leitura ////
Linguagem e ideologia
Autor:	José	Luiz	Fiorin
Existem	duas	maneiras	de	abordar	
o	 fenômeno	 linguístico	 —	 uma	 se	
preocupa	 somente	 em	 analisar	 in-
ternamente	 a	 linguagem,	 estudando	
os	 fatos	 linguísticos;	 outra	 despreza	
as	 particularidades	 da	 linguagem	 e	
busca	traçar	uma	ponte	entre	os	fatos	
linguísticos	 e	 a	 estrutura	 social.	 Este	
livro	defende	que	a	linguagem	pode,	
ao	 mesmo	 tempo,	 gozar	 de	 certa	
autonomia	em	 relação	às	 formações	
sociais	 e	 sofrer	 as	determinações	da	
ideologia.	O	autor	procura	apresentar	
que	níveis	e	dimensões	 são	autôno-
mos	e	determinados.
gem	 informal	 oral	 seja	 o	 “primo	 pobre”	
do	idioma	e	a	língua	escrita	formal	seja	o	
“verdadeiro”	português.
A	língua	falada	e	a	escrita	têm	gramáti-
cas	e	normas	distintas.	Quando	for	ques-tão	de	atividades	“públicas”,	apresentadas	
oralmente	com	base	num	texto	escrito,	a	
expectativa	é	que	os	oradores	se	expres-
sem	 no	 registro	 formal	 desprovido	 de	
marcas	 da	 oralidade	 espontânea.	 [...]	
Não	há	 uma	única	 norma,	mas	 várias,	
que	 dependem	do	 tipo	 de	 texto	 e	 da	
situação	social	em	que	o	usuário	se	en-
contra.
SCHMITZ,	John	Robert.	“A	língua	é	uma	arma	
carregada”.	In:	Revista Língua Portuguesa,	dezembro	de	
2011.	Adaptado.
Língua e sociedade
Há muito tempo, pesquisadores do mundo todo estudam as línguas e seu comportamento 
variável. Ao encontrar uma pessoa, determinado grupo ou até uma comunidade que fale di-
ferente, ocorre uma preocupação em compreender as razões que influenciam essa variação 
existente na fala espontânea. Isso possibilita uma linha divisória que separa a forma mais aceita 
na sociedade, preferida na escola e no âmbito profissional, da forma que foge às normas grama-
ticalizadas. O estudo das construções influenciadas por hábitos que perduram na sociedade, 
levando em conta não apenas aspectos linguísticos, mas também extralinguísticos, recebeu o 
nome de Sociolinguística. 
8. O professor dividirá a turma em pequenos grupos para realizar o seguinte experimento:
• Vocês criarão uma rede social com cartazes a serem afixados no mural da sala durante uma 
semana. Cada dia da semana, uma equipe se responsabilizará por preencher o cartaz com 
notícias de jornais, informações sobre a escola e a comunidade, trechos de livros e imagens. 
• Os outros alunos participarão inserindo códigos ou emoticons que indiquem sua reação diante 
do que está exposto. É bom que também haja espaço para pequenos comentários. 
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Cidadania Moral e Ética I 8o ano14
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Linguagem, pensamento
e cidadania
15Manual do Educador – 8o ano
Fundamentação
Existencialismo e corporeidade
Uma	corrente	filosófica	do	século	XX,	
o	 existencialismo,	 é	 a	 responsável	 por	
uma	 mudança	 radical	 na	 forma	 de	 a	
filosofia	 perceber	 a	 corporeidade.	 Ela	
tenta	ir	além	do	dualismo	que	marcou	
toda	a	história	da	filosofia	e	que	colo-
cava	o	corpo	apenas	como	um	veículo	
para	a	alma,	tentando	mostrar	que	um	só	
pode	existir	pelo	outro.	Isto	é,	não	dá	para	
falar	em	corpo	sem	falar	em	consciência	
(ou	alma,	espírito)	e	vice-versa.	Segundo	
o	 existencialismo,	 o	 único	meio	 que	 te-
mos	de	conhecer	o	corpo	é	vivenciá-lo.	É	
confundir-se	com	ele,	viver	dramas	e	pai-
xões,	captar	e	fluir	com	ele	em	sua	exis-
tência	que	se	levanta	diante	do	mundo.
Se	o	único	meio	de	estar	em	conta-
to	com	o	mundo	é	ser	do	mundo,	es-
tar	 no	mundo	 e	 viver	 o	mundo,	 dizer	
que	“vim	ao	mundo”	e	que	“tenho	um	
corpo”	é	a	mesma	coisa,	pois	meu	meio	
de	 relações	com	o	mundo	é	esse	cor-
po	que	existe.	Se	eu	 fosse	consciência	
pura,	 apenas	espírito,	 não	poderia	me	
relacionar	com	o	mundo	e	as	coisas:	va-
garia	feito	alma	penada.
[...]
O	 corpo	 não	 é,	 então,	 uma	 simples	
adição	 contingente	 à	 alma,	 mas,	 sim,	
uma	estrutura	permanente	de	nosso	ser	
e	condição	necessária	para	a	existência	
da	 consciência,	 como	 consciência	 de	
mundo.	Sem	corpo,	não	podemos	viver	
no	 mundo	 e	 não	 podemos	 ter	 cons-
ciência	 do	 mundo	 nem	 de	 nós	 mes-
mos.	O	corpo	não	deve	ser	visto	como	
uma	barreira	entre	nós	e	as	coisas,	ele	
apenas	manifesta	nossa	individualidade	
perante	elas	e	a	contingência	de	nossa	
relação	com	elas.
[...]	 Uma	 das	 formas	 de	 relação	 do	
homem	com	os	outros	e	com	o	mundo	
é	a	fala.	As	línguas	não	são	resultantes	
de	uma	 simples	 convenção	do	pensa-
mento,	mas	nascem	das	várias	maneiras	
de	o	homem,	como	corpo,	vivenciar	e	
celebrar	o	mundo.
Na	 verdade,	 o	 corpo,	 por	 meio	 da	
fala,	não	traduz	um	pensamento,	ele	é	
o	próprio	pensamento.
GALLO,	Sílvio	(coord.)	Ética e cidadania:	caminhos	da	
filosofia.	Campinas,	SP:	Papirus,	2003,	p.	63,	64.
Anotações
1. Você percebe diferenças entre o modo como você fala e o modo como outras pessoas fa-
lam? Cite algumas dessas diferenças.
Resposta pessoal 
2. A respeito do texto, classifique as afirmativas em verdadeiras (V) ou falsas (F). 
( V ) A Sociolinguística é o ramo que estuda a influência dos aspectos sociais nas manifesta-
ções da língua. 
( F ) A língua falada pelas pessoas no cotidiano é exatamente a mesma que aprendemos na 
gramática normativa.
( V ) O fenômeno da variação linguística é comum a todas as línguas. 
( V ) Condição social, idade, lugar e época são fatores que interferem na língua de um falante. 
Questão de ética?
As relações sociais, que reúnem e integram pessoas e grupos, nascem na vivência do cotidia-
no coletivo. A partir da singularidade das situações do dia a dia, configuram-se as interfaces que 
aproximam as práticas comunicativas e a formação social da realidade e que se instalam na subje-
tividade individual para aflorar na unificação do senso comum. Para relacionar a língua à socieda-
de, os teóricos especialistas na área afirmam que a estrutura social pode influenciar ou determinar 
a estrutura da língua ou seu comportamento, o que prova que os valores sociais costumam ter 
efeito sobre a língua. [...] Não é novidade que todas as línguas estão em processo constante de 
variação. Uma língua se modifica em uma época, em um lugar ou em um grupo social.
Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Escala.
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3. Leia, a seguir, dois excertos da obra literária Vidas secas, do escritor Graciliano Ramos. Eles 
se referem a Fabiano, personagem central do romance, que pertence a uma família de reti-
rantes sertanejos. Em seguida, responda às questões.
Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espi-
nhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a 
ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. 
[...] Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos 
brutos — exclamações, onomatopeias. Na verdade falava pouco. Admirava as palavras com-
pridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas 
eram inúteis e talvez perigosas. [...] 
Fabiano também não sabia falar. Às vezes largava nomes arrevesados, por embromação. Via 
perfeitamente que tudo era besteira. Não podia arrumar o que tinha no interior. Se pudesse... 
Ah! Se pudesse, atacaria os soldados amarelos que espancam as criaturas inofensivas. 
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. São Paulo: Martins, 1971.
a. Como era a linguagem de Fabiano?
“[...] cantada, monossilábica e gutural [...].” Fabiano falava pouco e, quando o fazia, não 
obtinha bons resultados, como se sua linguagem fosse incipiente.
b. O modo como uma pessoa fala pode indicar sua condição social e econômica. No caso 
de Fabiano, a linguagem por ele empregada poderia estar relacionada à realidade do 
personagem? Explique.
Sim, se pensarmos que Fabiano era miserável e sua incapacidade de se expressar com 
clareza contribuía para a permanência de sua condição marginal.
c. Segundo o narrador, Fabiano encontrava dificuldade em ordenar suas ideias e seus pen-
samentos, e isso ocorria por conta de sua linguagem pouco expressiva. Em que trecho 
percebemos isso?
“Não podia arrumar o que tinha no interior.”
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d. “[...] só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam 
a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele.” Que traço dapersonalidade de Fabiano e que crítica social estão presentes nesse trecho?
A relação de proximidade de Fabiano com os animais em oposição ao distanciamento com 
outras pessoas. Podemos atribuir a esse comentário uma crítica à extrema pobreza do 
sertanejo da década de 1930, época de publicação do livro.
4. Leia o que diz o linguista Marcos Bagno:
“Existe uma regra de ouro da Linguística que diz: ‘só existe língua se houver seres humanos 
que a falem’. Então, tratar da língua é tratar de um tema político, já que também é tratar de 
seres humanos.”
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. São Paulo: Parábola Editorial, 2008, p. 19. Adaptado.
Segundo o autor, que relação existe entre a língua que usamos e a cidadania?
Para Marcos Bagno, a língua não é algo que pode ser visto separadamente de seu usuário,
ou seja, o uso da língua tem implicações sociais e políticas.
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Fundamentação
A ciência que ignorou a importân-
cia da linguagem
Visando construir uma noção de pen-
samento mais adequada para ser mo-
bilizada no interior da escola, vamos 
recuperar alguns traços de uma das 
escolas da psicologia que se inscreveu 
entre aquelas que não davam a devida 
relevância ao papel da linguagem na 
manutenção da nossa organização so-
cial: o behaviorismo e as linhas que dele 
se originaram.
Quando nos referimos a essa cor-
rente do pensamento, provavelmen-
te o primeiro nome de autor que nos 
ocorre é o de Burrhus Frederic Skinner 
(1904–1990). [...] Skinner acreditava que 
[...] todos os comportamentos huma-
nos são moldados pela nossa expe-
riência de punição e recompensa, e 
não por instâncias mais “subjetivas”, 
tais como a moral, a força da vontade 
e assim por diante. Consequentemen-
te, Skinner costumava afirmar que o 
homem bom só faz o bem porque o 
bem é recompensado, e não porque, 
dados alguns traços de seu caráter, ele 
teria, ao menos, um relativo livre-arbí-
trio para agir deste ou daquele modo.
[...] O autor tentou explicar o aprendi-
zado e a linguagem verbais dentro do 
paradigma do condicionamento ope-
rante, isto é, de novo sem mobilizar a 
categoria do pensamento como uma 
instância elaborada que pode mediar, 
por meio da linguagem, as relações en-
tre o homem e o mundo.
Na educação, o behaviorismo deu 
origem a uma abordagem aplicada 
com o intuito de se obter um deter-
minado comportamento previamente 
escolhido. Para tal fim, costuma-se dar 
muita ênfase à utilização de condicio-
nantes e reforçadores arbitrários, como 
elogios, graus, notas, prêmios, reconhe-
cimento do mestre e dos colegas, etc. 
Para quem acredita nessa orientação 
teórica, que parte do princípio de uma 
aprendizagem mecânica, com repeti-
ções sistemáticas do tipo estímulo-res-
posta automáticas, o ensino consiste em 
um arranjo e um planejamento de con-
dições externas que levam os estudantes 
a aprenderem, sendo de responsabilida-
de do professor unicamente assegurar a 
aquisição do comportamento. [...]
Se entendermos que o pensamento 
humano está longe de se desenvolver de 
forma linear, compreendemos que, para 
sermos eficazes em nosso ato pedagó-
gico, não devemos pensar que nossos 
alunos são completamente previsíveis. 
Pelo contrário, será bastante saudável 
ter em mente a necessidade de “realizar 
um trabalho de detetive” para elucidar 
o modo pelo qual cada um aprende.
RIOLFI, Claudia Rosa. Linguagem e pensamento. Curitiba: 
Iesde Brasil S. A., 2009, p. 13–15, 26.
Para refletir
O corpo comunica 
Desde que nascemos, usamos o corpo para comunicar emoções, sentimentos, mesmo 
sem perceber. Ninguém precisa estudar a linguagem corporal para usá-la. Ela é inata e 
inconsciente. Usamos, naturalmente e o tempo todo, gestos simbólicos como ferramentas 
para nos comunicar sem precisar falar. [...] Todo mundo entende quando alguém balança 
a cabeça para dizer não ou fixa um olhar penetrante para mostrar interesse ou paquerar. 
A linguagem silenciosa da comunicação não verbal está arraigada em nosso dia a dia, 
mesmo que a gente, durante a maior parte do tempo, nem se dê conta disso. Mas por que, 
então, é preciso conhecê-la se já a utilizamos desde que nascemos? Conhecer como o 
corpo se comunica pode ser útil em muitas situações. Identificar o significado desses sím-
bolos não verbais esclarece a comunicação e facilita a vida na medida em que é possível 
entender melhor o que acontece em nossa volta. Principalmente nas grandes cidades, 
onde os estímulos e acontecimentos são muitos, reconhecer as mensagens corporais 
embutidas nas falas e nas atitudes das pessoas pode ajudar você a se localizar melhor e 
até a se defender. 
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Questões para reflexão?
1. Você se identificou com algum dos exemplos de movimentação corporal que indica 
uma emoção ou um pensamento? Qual? 
2. Você costuma prestar atenção no modo como as pessoas gesticulam ou movimen-
tam o corpo? Por quê? 
3. Que outros movimentos corporais refletem o que estamos pensando ou sentindo?
E, o que é melhor, ter consciência dos significados dos gestos é muito importante, 
principalmente porque, por ser natural e inconsciente, a linguagem corporal não mente e 
permite uma leitura mais precisa do seu interlocutor. Por exemplo: quando uma pessoa, ao 
pensar para responder a uma pergunta, olha para cima à direita, significa que ela vai omitir 
ou mentir sobre algo. Se olhar para cima à esquerda, ela está tentando lembrar de alguma 
coisa. Torcer o pé, apoiando-se na parte lateral da sola, e abaixar a cabeça pode revelar 
que você está com vergonha. Cruzar os braços ou as pernas é sinal de que você não está 
querendo conversa ou não concorda com a opinião de quem fala. Cruzar os dedos com 
as mãos juntas, curvar-se ou ainda dobrar as pernas é uma insinuação de que você está 
implorando por algo. Curvar o tórax colocando os ombros para baixo é uma postura que 
revela timidez e insegurança. Agora, se você estufa o peito projetando o tórax para frente, 
passa a imagem de uma pessoa imponente e até arrogante. 
Ou seja, a maneira como você se expressa nunca é inocente. Ela revela muito da-
quilo que vai na sua cabeça e no seu coração.
Disponível em: http://www.rolfing-sp.com.br/noticias/2011-08-21-linguagem_corporal.php. Adaptado. Aces-
sado em 09/04/2014. 
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lo2 Viver dignamente
20 Cidadania Moral e Ética
•	Classificar	as	situações	que	
vivemos	ou	presenciamos	em	
dignas	ou	indignas,	com	base	
nos	requisitos	de	cidadania	
estabelecidos	histórico-	
-socialmente.
•	Analisar	algumas	causas	da	
desigualdade	social,	bem	como	
sua	relação	antagônica	com	o	
progresso	econômico.
•	Entender	a	importância	dos	
direitos	humanos,	além	de	
discutir	sua	aplicação	e	as	formas	
de	denunciar	as	violações	deles	
cometidas.
•	Apontar	situações	práticas	em	
que	os	jovens	podem	promover	
a	aplicação	dos	direitos	humanos	
em	seus	diversos	contextos.
•	Avaliar	os	principais	aspectos	do	
cumprimento	do	direito	básico	à	
moradia.
•	Conhecer	as	medidas	de	garantia	
do	direito	à	saúde.
Objetivos 
Pedagógicos
Sugestão de leitura ////
Cidadania, um projeto em 
construção: minorias, justiças e 
direitos
Autora:	Lilia	M.	Schwarcz	(Org.)
Os	 textos	 aqui	 reunidos	 tratam	de	
alguns	dos	principais	temas	do	Brasil	
contemporâneo	 e	que	 estão	 ligados	
ao	 conceito	 moderno	 de	 cidadania;	
entre	eles,	o	combate	à	desigualdade,	
a	 segurança	pública,	 a	 luta	 contra	o	
racismo	e	o	reconhecimento	da	diver-

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