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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Referente ao processo Nº 11111111111 JOÃO, já devidamente nos autos epígrafe, vem por seu advogado, devidamente constituído pelo instrumento procuratório em anexo, com escritório profissional na Rua ____________ Nº ___, Cidade- UF, CEP:______, onde recebe informações, apresentar sua defesa na forma de o que faz com supedâneo no art. 335 a 343 do Código do Processo Civil e nos argumentos fáticos e jurídicos que a seguir, passa a aduzir. DOS FATOS O autor alega que no dia __, por volta das __horas, na Rua 001, na cidade do Rio de Janeiro, conduzia seu veiculo modelo___, de placa ___, quando veio a sofrer uma batida com o réu. Informa que o réu é responsável pelo acidente de seu carro, pelo fato do mesmo, estava dirigindo acima de velocidade permitida no local. E que autor tentou contato extrajudicial e não obteve êxito nas negociações e almeja a indenização por danos materiais. Ao contrario do que tenta fazer crer a autora, o verdadeiro desencadear dos fatos é completamente diverso da situação por ela apresentado. De inicio, cumpre mencionar que a contestante impugna todos os fatos em sede de inicial, os quais se contrapõem aos termos do presente contestação. Por esse motivo, a ação deve ser declarada improcedente. Senão vejamos. O réu por sua vez impugna que a responsabilidade da batida é da autora pelos fatos que estava embriagada e ultrapassou o sinal vermelho conforme boletim de ocorrência. PRELIMINARES DO MÉRITO Excelência como visto o autor não agiu com qualquer prudência e perícia na condução do seu veiculo e tenta imputar à parte ré a culpa por todo o corrido quando nem o próprio Boletim de Ocorrência afirma que a contestante foi culpada. Com o Regulamento do Código Nacional de Transito Brasileiro Lei Nº 9.503/1997, disponha que no art. 306 e segundos as Leis Nº 11.275/06, a nº 11.705/08 e a nº 12.760/12 (denominada de “nova lei seca”). Art.306 CTB. ‘’Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência: Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.’’ Ou seja, A alteração do CTB, pela Lei n. 12.760/12, teve como objetivo principal contrapor o posicionamento do Poder Judiciário, que vinha se consolidando no sentido da obrigatoriedade de mensuração da quantidade de álcool no organismo do condutor, tendo em vista que a redação anterior do artigo 306 exigia a quantidade mínima de seis decigramas de álcool por litro de sangue. Com o novo texto, passou a ser possível punir criminalmente os condutores que são flagrados sob visível influência de álcool, mas se recusam a se submeter aos testes de alcoolemia, sendo possível, segundo o seu § 2º, a configuração do crime até mesmo por meio de vídeo e prova testemunhal da condição do acusado. O Regulamento do Código Nacional de Transito Brasileiro Lei Nº 9.503/1997, disponha que no art. 208. Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória, exceto onde houver sinalização que permita a livre conversão à direita prevista no art. 44-A deste Código: (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência). Infração - gravíssima; Penalidade - multa. É certo, no entanto, que a presunção de culpa do motorista que colide contra veiculo ultrapassando sinal vermelho estando em estado de embriagues. Desta forma conforma exposto no art. 186 do Código Civil. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. E segundo art. 336 do Código de Processo Civil. Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. Por isto, vejamos a jurisprudência pátria acerca do assunto. EMENDA: APELAÇÃO CIVEL. ACIDENTE DE TRANSITO. BOLETIM DE OCORRENCIA MATERIAL. AUSENCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECIFICA. SEGURO. SEGURADO SOBRE EFEITO DE ALCOOL. RECURSO IMPROVIDO. (AP. CÍVEL Nº 1.0702.06.289963-9/001, Relator (a): Des. Estevão Lucchessi, Data de Julgamento: 31/05/2012 data de publicação 14/06/2012). Tem- se claramente a ilegitimidade da autora para a pretensão narrada na exordial, motivo pelo qual deve julgada entinta o presente demanda nos termos do artigo 48, inciso IV, do Código de Processo Civil. Verificar a audiência de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo. DOS DANOS MATERIAIS Na peça exordial, a autora pleiteou o pagamento de indenização no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) por danos materiais - danos emergentes relativos aos reparos feitos em seu automóvel. Pelo fato que autora relatou que gastou R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), equivalentes ao conserto de seu automóvel. João, por sua vez, também teve parte de seu carro destruído, gastando R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para o conserto. Art. 159, caput, do Código Civil Brasileiro estatui que todo "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano". A obrigação de reparar reclama dois pressupostos: um concreto; outro abstrato. O fator concreto se desdobra em três elementos: fato do homem, o dano e a relação de causa e efeito entre um e outro. O fator abstrato se materializa na culpa. DOS PEDIDOS Diante de todo o exposto, parte demandada requer que a V. EXª se digne a: I- Em face do exposto, CONTESTA todos os termos iniciais, requerendo que sejam julgados IMPROCEDENTES os pedidos do presente ação em sua totalidade. II- Por cautela, caso ocorra uma infeliz condenação, que este valor seja arbitrado em um montante justo de despesas devidamente comprovadas pela Autora. III- Que condene a Autora ao ônus da sucumbência fixando os honorários advocatícios sobre o valor da condenação pleiteada. IV- Seja o pedido de convenção julgado TOTALMENTE PROCEDENTE, a fim de condenar a autora ao pagamento do valor de R$ 1.000,00 (um mil reais). Protestar provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a oitiva de testemunha que serão oportunidades arroladas e do agente de transito responsável pela lavratura do Boletim de Ocorrência, sem prejuízo das demais provas que podem ser produzidas. Cidade/ UF, data. Advogado OAB/UF. ALUNA: Vittoria Leticia Ribeiro Rosa – Direito Unifacear Sitio Cercado.