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Contestação com Recovenção

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AO JUIZO DA ... DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BAURU – SP.
Ref. Protocolo nº xxxxxxxxxxxxx
Ação de Indenização por Danos Materiais c/c Lucros Cessantes
Autora: Caipira Hortaliças ME
Ré: Viação Meteoro Ltda
 VIAÇÃO METEORO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº xxxxxxxxxxx, com sede localizada na Rua xxx, Nº x, Bairro xxxxx, CEP xx.xxx-xxx, São Paulo-SP, via de sua bastante procuradora, Drª. xxxx, advogado(a) inscrita na OAB-GO sob o nº xx.xxx, com escritório profissional no (endereço), onde pretende receber as comunicações de estilo, vem com o máximo respeito e maior acatamento perante Vossa Excelência, apresentar 
CONTESTAÇÃO COM RECOVENÇÃO
aos termos da Ação de Indenização por Danos Materiais c/c Lucros Cessantes que lhe move CAIPIRA HORTALIÇAS ME, já qualificada nos presentes autos, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:
I – DA TEMPESTIVIDADE
O Código de Processo Civil no artigo 335 dispõe sobre o prazo para o oferecimento da contestação:
Art. 335.  O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. (grifamos)
 
Sendo assim, começa a contar o prazo para o oferecimento, a data de citação. Portanto, o protocolo da contestação na data de hoje é absolutamente tempestivo.
I I– PRELIMINARMENTE
2.1. DA INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA
A presente ação foi ajuizada, com o valor da causa no patamar de R$ 1.000,00 (mil reais). No entanto, o valor da causa deve ser modificado, tendo em vista que a autora não observou os ditames legais concernentes ao valor da presente ação, que deve ser corrigido para R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais).
Como aduz o artigo 292 inciso III do nosso código de processo civil em seu inciso III, vejamos:
Art. 292 III -Ante o exposto, os requeridos requerem, que vossa excelência se digne em receber a presente preliminar de incorreção do valor da causa em todos os seus termos, ouvindo-se o autor em 15 (quinze) dias e, ao final, acolhida e provida, determinar que se fixe o valor correto da causa.
2.2. DO DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO 
Nos termos dos artigos 104 e 287 do CPC/2015, é fundamental que o advogado, ao postular em juízo, apresente instrumento de mandato. Vejamos:
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os endereços do advogado, eletrônico e não eletrônico.
A exordial não veio instruída com a procuração outorgando poderes ao patrono da Empresa autora. Assim, conclui-se defeito de representação, devendo a parte autora corrigir tal vício, em 15 dias, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito.
III – DOS FATOS
A parte autora, alega que no dia 11 de fevereiro de 2017, o proprietário da empresa autora conduzia seu veículo, pela Rodovia BR 345, em seu km 447, quando perdeu a aderência na pista. A parte autora afirma que, naquele dia, a pista estava coberta por uma camada de óleo, chovia bastante e havia uma forte neblina. 
Em decorrência de tais fatores, o seu veículo supostamente derrapou e permaneceu parado na pista. Alega ainda, que embora tenha perdido o controle, o veículo permaneceu em sua mão direcional, sem invadir a pista contrária. Afirma que enquanto o preposto da autora tentava mover o seu veículo para o acostamento, surpreendeu-se com a invasão do veículo de propriedade da ré, Viação Meteoro, Ltda., que trafegava na mão contrária. 
Declara que o preposto da ré teria perdido o controle do veículo, invadido a contramão direcional e colidido com o Veículo da Autora. Com o choque, o veículo da autora foi projetado a cerca de 10 (dez) metros da pista e bateu em um barranco. 
Ocorre excelência, que essa não é a realidade dos fatos. Sucede que a versão da autora é totalmente contrária ao que de fato aconteceu, e aos fatos confirmados pelas provas. Conforme o relatório feito pela Seguradora e relatos do motorista da empresa Ré, ele vinha trafegando normalmente pela via, quando, de repente, se surpreendeu com o veículo da empresa autora. O referido veículo perdeu o controle na curva, e vinha em sua direção totalmente fora de controle. Em razão disso, o motorista optou por fazer uma manobra brusca, virando o veículo para a esquerda, como forma de se desvencilhar de uma colisão. 
IV- DO MÉRITO
4.1. DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE
Vejamos o que versa o código de processo civil em seu artigo 125:
 Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. (grifamos)
Ante o exposto, o réu denuncia ao processo a SEGURADORA TRAFEGAR S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ xx.xxxx.xx/xxx.xx, tendo em vista que a cópia da apólice de seguro (em anexo) firmada entre a empresa Ré e a seguradora, comprova que a mesma cobre danos contra terceiros. Sendo assim, totalmente cabível a denunciação a lide.
4.2. DO DESCABIMENTO DO DEVER DE INDENIZAR
No relatório apresentado, através da posição dos veículos e de relatos de passageiros, indica uma versão totalmente diferente para o acidente. 
Foi apurado, através da análise do tacógrafo do veículo, que o mesmo trafegava em velocidade compatível com a via de trânsito. Portanto não há que se falar que o motorista do ônibus agiu em desacordo com o Código de Trânsito, pelo contrário, o motorista estava tomando todos os cuidados possíveis como versa o Art. 28 do CTB. Senão, vejamos:
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Portanto, levando em consideração que não houve ato ilícito praticado pelo motorista, não há que se falar em indenização. Ademais, como alegado pela própria autora, a pista onde ocorreu o acidente estava coberta de óleo, além de estar chovendo e neblinando, assim a responsabilidade de dirigir com atenção e cuidado não cabia apenas para um dos condutores, mas para TODOS.
4.3. DA RECONVENÇÃO 
Vejamos o que versa o Código de Processo Civil em seu artigo 343 com relação a reconvenção:
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
De acordo com o caso concreto e as provas trazidas aos autos, concluímos que a culpa do acidente é exclusivamente da parte autora, visto que esta agiu em desacordo com o Código de Trânsito Brasileiro. Vejamos: 
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Visto que o proprietário da Empresa autora não conduzia o veículo com os devidos cuidados e observando as normas de trânsito, pode-se concluir que a conduta foi ilícita, gerando assim, o dever de indenizar. Vejamos o elencado os artigos 186 e 927, do Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Por esta razão, deverá a parteautora arcar com o prejuízo referente ao valor do conserto do ônibus. A quantia que deverá ser paga, será de R$22.000,00 (vinte e dois mil reais), conforme os orçamentos em anexo, sendo este o de menor valor, seguindo o entendimento da jurisprudência dominante.
Neste sentido, vejamos alguns entendimentos jurisprudenciais:
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE TRÂNSITO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DANOS MORAIS E MATERIAIS. RECONVENÇÃO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO E DE PROCEDÊNCIA DA RECONVENÇÃO. MANUTENÇÃO. \tO acervo fático-documental evidencia a ocorrência do dano, o nexo de causalidade e a ação ou omissão voluntária, a negligência e a imprudência da autora condutora do automóvel, que atingiu a traseira da motocicleta da ré-reconvinte, elementos configuradores do ato ilícito (art. 186, do Código Civil) e do dever da autora de reparar o dano à ré-reconvinte (art. 927, caput, do Código Civil). \tImprovido o recurso, impende majorar os honorários advocatícios de sucumbência fixados na sentença, nos termos do art. 85, § 11, do CPC, suspensa a exigibilidade à autora-apelante, por ser beneficiária da gratuidade da justiça concedida na origem.\tRECURSO IMPROVIDO.\tM/AC 3.737 ? S 18.12.2019 ? P 274 (TJ-RS - AC: 70081931164 RS, Relator: Aymoré Roque Pottes de Mello, Data de Julgamento: 18/12/2019, Décima Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: 20/01/2020) (grifamos)
_________________________________________________
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE TRÂNSITO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. RECONVENÇÃO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO E DE PARCIAL PROCEDÊNCIA DA RECONVENÇÃO. MANUTENÇÃO. \tNo caso, o acervo fático-documental produzido evidencia a ocorrência do dano, o nexo de causalidade e a ação voluntária imprudente do autor-reconvindo, que atingiu a traseira do veículo dos réus-reconvintes, elementos configuradores do ato ilícito (art. 186 do Código Civil) e do dever de reparar os danos causados (art. 927, caput, do Código Civil). \tImprovido o recurso, impende majorar os honorários advocatícios de sucumbência fixados na sentença, nos termos do art. 85, § 11, do CPC, suspensa a exigibilidade ao autor-apelante, por ser beneficiário da gratuidade da justiça concedida na origem.\tRECURSO IMPROVIDO.\tM/AC 3.859 ? S 27.05.2020 ? P 245 (TJ-RS - AC: 70082262338 RS, Relator: Aymoré Roque Pottes de Mello, Data de Julgamento: 29/05/2020, Décima Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: 15/09/2020) (grifamos)
V – DOS PEDIDOS
EX POSITIS, com fulcro nos fatos acima articulados e na legislação supracitada, requer-se:
a) Seja acolhida a preliminar de incorreção do valor da causa, ouvindo-se o autor no prazo de 15 (quinze) dias e determinar que adeque o valor da causa;
b) Seja acolhida a preliminar do defeito de representação, para que o autor traga aos autos procuração outorgando poderes a seu patrono, sob pena de indeferimento da petição inicial;
c) A denunciação da lide ao SEGURADORA TRAFEGAR S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ xx.xxxx.xx/xxx.xx, integrando a lide como litisconsorte passivo;
d) Que seja a ação JULGADA TOTALMENTE IMPROCEDENTE, condenando a autora no pagamento das custas processuais e de honorários advocatícios;
e) Que seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE a reconvenção proposta pela ré, condenando a demandante ao pagamento do valor de R$22.000,00 (vinte e dois mil reais), a título de indenização pelos danos causados;
f) Na hipótese do acolhimento dos pedidos contidos na exordial, que seja considerada a culpa concorrente, havendo a compensação dos danos materiais;
g) Por fim, a condenação do autor ao pagamento das custas, despesas processuais nos termos da Lei e honorários sucumbenciais;
 Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente prova documental anexada e oitiva das testemunhas arroladas abaixo.
Dá-se a presente, o valor de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), para efeitos meramente legais.
Termos em que, pede deferimento.
(Local), (Data)
_________________________
OAB/____Nº________.
ROL DE TESTEMUNHAS
1) Lauro Carlos Santos, brasileiro, portador do RG nº xxxxx, inscrito no CPF sob o Nº xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado na Rua x, Nº x, CEP xx.xxx-xxx, xxxx-XX.
2) Maria Moreira, portadora do RG nº xxxxx, inscrita no CPF sob o Nº xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliada na Rua x, Nº x, CEP xx.xxx-xxx, xxxx-XX.
 
 
AO JUIZO DA ... 
DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BAURU 
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SP
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CONTESTA
Ç
ÃO COM RECO
VENÇÃO
 
 
 
 
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AO JUIZO DA ... DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BAURU – SP.
 
 
CONTESTAÇÃO COM RECOVENÇÃO 
 
 
 
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