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Toxicologia ambiental e ocupacional - ATD1

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TOXICOLOGIA 
OCUPACIONAL E 
AMBIENTAL 
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL : Trata as 
relações dos seres humanos, com as 
substancias químicas relacionadas ao trabalho. 
• Ligada a medicina do trabalho 
• Valores Limites limiares (VLL): ppm ou 
mg/m3. (não precisa saber para prova) 
Ppm = parte por milhão (gases) 
Mg/m3 = para substancias diluídas 
TOXICOLOGIA AMBIENTAL : Trata do 
impacto potencialmente deletério de 
substâncias químicas (poluentes ambientais), 
sobre os organismos vivos. 
TOXICIDADE : É a capacidade inerente 
(relacionado com a substancia química) e 
potencial do agente tóxico de provocar efeitos 
nocivos no ser humano. - Promoção de injúrias 
às estruturas biológicas, através de interações 
físico – químicas (proteínas de membrana, 
proteínas de receptores). 
 
RISCO : É a probabilidade que a substância tem 
de produzir dano sob determinadas condições. 
Exemplo: CO2 de um anêmico. Tem um 
potencial deletérico muito maior de um 
indivíduo não anêmico, pois a capacidade de 
competição com o ferro, é suficiente para 
deslocar a curva de O2 para a esquerda, 
levando a hipóxia. Um não anêmico, não tem os 
mesmos sintomas. 
→ Um efeito adverso a saúde diz respeito ao 
nível de exposição e da suscetibilidade individual 
para aquela molécula 
PERIGO (HAZARD): potencial de um composto 
provocar dano e é dessa forma associado, 
virtualmente com alguma molécula. 
• Mais relacionado a toxicidade 
VIAS DE EXPOSIÇÃO: 
✓ Inalatória – importância na toxicologia 
ocupacional 
✓ Transdérmica - importância na 
toxicologia ocupacional 
✓ Ingestão oral – mais relacionada com a 
toxicologia ambiental (contaminantes do 
solo e da água) 
DURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO: 
✓ Exposição aguda (até 24h) 
✓ Exposição crônica (> 24h) 
o Não está relacionada a um 
grande dano 
✓ Exposição a longo prazo de baixo nível 
(Toxicidade Tardia) 
o Principal exposição 
o Exemplo: frentista de posto de 
gasolina - indivíduo vai trabalhar e 
é exposto a esse agente em 
doses pequenas, porém por 
muitos anos 
CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS 
✓ Degradação 
o Hoje é muito importante os 
produtos biodegradáveis para as 
questões ambientais 
o A busca por essas substâncias é 
muito importante 
economicamente para o 
mercado 
✓ Mobilidade 
o Hipossolúvel – contaminação de 
lençol freático 
o Lipossolúvel – contaminação de 
seres vivos; absorção em 
membranas é muito maior 
✓ Bioacumulação 
o Exposição pequena, porém, a 
longo prazo 
o Mercúrio -> é usado até hoje no 
garimpo do ouro 
▪ Não usa mais em 
termômetro, é proibido 
por conta de acidentes 
✓ Bioamplificação 
o Peixe que se contamina pelo 
mercúrio, é comido pelo peixe 
maior; o homem come esse 
peixe maior -> carga de 
mercúrio é muito grande 
o Aumento da intoxicação quando 
compara os produtores e 
consumidores 
POLUENTES DO AR 
MONÓXIDO DE CARBONO (CO) -> 
importante poluente do ar 
✓ Gás incolor 
✓ Insípido 
✓ Inodoro 
✓ Subproduto da combustão incompleta 
de combustíveis fósseis 
✓ Concentração média na atmosfera 0,1 
ppm 
✓ Produz 50% de carboxihemoglobina 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
➢ Combina-se de modo reversível com os 
sítios de ligação de oxigênio da 
hemoglobina. 
➢ Afinidade 220x maior que a do oxigênio 
-> deixa de perfundir com o O2 -> 
hipóxia 
o Quando a gente pensa no CO2, a 
ligação é de 8/9x maior que o 
O2 
➢ Formação da carboxiemoglobina. 
➢ É muito comum a intoxicação em 
países frios, na garagem- a pessoa liga o 
carro na garagem toda fechada até 
aquecer e se intoxica pelo CO. 
o Fica sonolento 
o Adormece 
o Vai a óbito 
EFEITOS CLÍNICOS: 
Hipóxia: leva ao comprometimento psicomotor; 
Cefaléia e sensação de aperto na área 
temporal; Confusão e perda da acuidade visual; 
Taquicardia e taquipneia (mecanismos 
compensatórios, para eliminar o CO); sincope 
coma (quando não consegue compensar); 
convulsões, choque e insuficiência respiratória. 
TRATAMENTO: 
• Remover o indivíduo do local de 
exposição 
• Oxigênio – para tentar deslocar 
• Ar ambiente a 1 atm → 320 min para 
deslocar o CO 
o 320 minutos em hipóxia – dano 
cerebral irreversível ou morte 
• Oxigênio a 100% → reduz para 80 min 
o tempo de deslocamento 
• Tratamento com oxigênio hiperbárico e 
controverso – ambiente em que a 
pressão atm é maior. Comprime O2 
100% nesse ambiente, para deslocar mais 
rápido 
o Não se mostrou tão efeito 
DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2) 
✓ Gás incolor 
✓ Irritante 
✓ Produzido pela queima de combustíveis 
fósseis 
✓ Muito mais tóxico que o CO 
MECANISMO DE AÇÃO E EFEITOS 
CLÍNICOS 
→ Se combina com a água do ar e forma 
ácido sulfúrico: é responsável pela chuva ácida 
– toxicologia ambiental 
→ Irritante sobre pele, mucosas e olhos. 
→ Constrição brônquica quando inalado. 
→ Exposições de 5-10 ppm provocam 
broncoespamo grave. 
TRATAMENTO 
• Não é específico para o SO2 
• Tratamento da irritação do trato 
respiratório – trata os sintomas 
ÓXIDO DE NITROGÊNIO (NO2) 
✓ Gás irritante 
✓ Acastanhado 
✓ Algumas vezes associados a incêndios 
de florestas 
MECANISMO DE AÇÃO 
→ Profundo irritante pulmonar: capacidade de 
provocar edema pulmonar 
→ As células do tipo I alveolares são as mais 
afetadas na exposição aguda. 
o exposição a 50 ppm por 1 hora pode 
provocar lesões e edema pulmonar; 
o exposição a 100 ppm pode levar a 
morte. 
EFEITOS CLÍNICOS E TRATAMENTO 
✓ Irritação dos olhos e nariz, 
✓ Tosse 
✓ Produção de escarro mucóide ou 
espumoso. 
✓ Pode-se verificar o aparecimento de 
edema pulmonar dentro de 1-2 horas. 
Trata com: Oxigênio, controle da irritação 
pulmonar e edema pulmonar; broncodilatadores, 
sedativos e antibióticos (ATB profilático pelo 
aumento da secreção mucoide – possível 
contaminação secundária) 
OZÔNIO (O3) 
✓ Gás irritante 
✓ Azulado 
✓ Encontrado na natureza nas camadas 
mais altas 
✓ Encontrado em torno de equipamentos 
elétricos de alta voltagem e purificadores 
de água 
✓ Usado em piscinas – para evitar a 
utilização do cloro 
✓ Oxidante encontrado no ar urbano 
poluído 
EFEITOS CLÍNICOS E TRATAMENTO 
✓ Irritante da mucosa 
✓ irritação das vias respiratórias 
Tratar com: Oxigênio, controle da irritação 
pulmonar e edema pulmonar; broncodilatadores, 
sedativos e antibióticos 
SOLVENTES 
HIDROCARBONETOS ALIFÁTICOS 
HALOGENADOS 
✓ Desengordurantes e produtos de 
limpeza; 
✓ Tetracloreto de carbono, clorofórmio, 
tetracloroetileno. 
MECANISMO DE AÇÃO E EFEITOS 
CLÍNICOS 
- Experimentalmente provocam depressão do 
SNC, lesão hepática e renal 
- O clorofórmio foi amplamente utilizado como - 
anestésico. 
- Ainda não foram determinados os efeitos 
potenciais da exposição a longo prazo de 
baixos níveis em seres humanos. 
TRATAMENTO 
• Não existe tratamento específico para a 
intoxicação aguda 
• O tratamento depende do sistema 
orgânico afetado (renal, hepático ou 
SNC – pela ação depressora) 
HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 
BENZENO -> Amplamente utilizado como 
solvente 
✓ Agudamente provoca depressão do 
SNC 
✓ Exposição a 7.500 ppm por 30 min 
pode ser fatal. 
EFEITOS CLÍNICOS 
Sintomas a exposição aguda: 
✓ Cefaléia, perda do apetite e fadiga 
Sintomas a exposição crônica: 
✓ Anemia aplásica 
✓ Leucopenia 
✓ Trombocitopenia 
→ Dados epidemiológicos indicam incidência 
aumentada de leucemias em trabalhadores. 
TOLUENO -> Depressor do SNC; não possui 
propriedades mielotóxicas 
o A exposição de 800 ppm pode resultar 
em fadiga intensa e ataxia. 
o Uma exposição a 10.000 ppm pode 
provocar rápida perda da consciência 
INSETICIDAS -> toxicologia ocupacional 
(trabalhadores rurais) e ambiental (contaminação 
do solo e da água) 
- A maior parte dos inseticidas são proibidos no 
mundo todo 
Efeitos 
✓ Inativação do canal de sódio das 
membranas excitáveis (bloqueia 
potencial de ação em membrana de 
neurônio) 
✓ Estimulação do SNC: tremores, 
convulsão. 
Tratamento:sintomático 
INSETICIDAS ORGANOFOSFORADOS : 
exemplo: USBP 
→ Bem absorvidos pela pele, trato respiratório 
e TGI. 
→ Extremamente lipossolúveis – penetram 
facilmente na membrana 
→ Age fosforilando o sítio de ação da 
colinesterase (degrada acetilcolina na fenda 
sináptica) 
→ Alguns dos agentes possui atividade 
colinérgica direta – estimula o SNA 
parassimpático 
→ Alterações neurocomportamentais e 
cognitivas 
Não existe tratamento específico para os 
efeitos neurotóxicos 
TOXICOLOGIA DO METAIS 
PESADOS 
CHUMBO 
FARMACOCINÉTICA : 
✓ Absorção lenta e uniforme 
✓ Vias respiratória e gastrointestinal 
✓ Pouco absorvido pela pele (orgânico) 
o Inorgânico é bem absorvido 
✓ Após a absorção liga-se aos eritrócitos e 
se difundem pelos tecidos moles: medula 
óssea, fígado, rim, músculos e gônadas 
✓ Atravessa a barreira placentária. 
✓ Eliminação renal principal. 
FARMACODINÂMICA : 
✓ Inibe a atividade enzimática 
✓ Interfere na ação de cátions essenciais 
✓ Altera a estrutura das membranas 
celulares e de receptores 
Ação sobre os sistemas: 
SNC -> efeitos neuro-comportamentais; 
Irritabilidade; Perda da libido; Comprometimento 
da coordenação visual – motora; neuropatia 
periférica 
Sangue -> Anemia microcítica e hipocrômica; 
Aumento na fragilidade osmótica do eritrócito; 
Presença de pontilhado basófilo no sangue 
periférico. 
Rins -> Fibrose intersticial renal e 
nefrosclerose; Artrite gotos; Elevação na 
pressão arterial 
Órgãos Reprodutores -> toxina para a função 
reprodutora; em homens produz oligospermia 
severa; em mulheres grávidas pequenas 
quantidades de chumbo podem interferir no 
desenvolvimento neurológico do feto. 
Trato gastrintestinal -> perda do apetite; Dor 
abdominal intensa; Constipação e raramente 
diarréia . 
Sistema cardiovascular -> Hipertensão 
PRINCIPAIS FORMAS DE INTOXICAÇÃO POR 
CHUMBO INORGÂNICO 
AGUDA: 
• Inalação industrial de Óxido de Chumbo, 
• Crianças: ingestão de tinta 
• Início abrupto dos sintomas requer dias 
ou semanas 
• Diagnóstico difícil podendo ser 
confundido com: apendicite, ulcera, 
pancreatite, ou meningite 
• Manifestação subaguda muitas vezes é 
confundida com doença viral do tipo 
gripal. 
CRÔNICA: 
• Apresenta achados multissistêmicos: 
Anorexia, fadiga, mal estar, cefaléia; 
Queixas neurológicas, dificuldade de 
concentração, irritabilidade. 
• O diagnóstico é feito pela determinação 
de Pb no sangue. 
• Nos EUA, a presença de níveis 
superiores a 10 g/dL recomenda-se 
investigação criteriosa. 
Tratamento: 
➢ Interrupção imediata da exposição 
➢ A encefalopatia é uma emergência 
médica 
➢ Suporte intensivo com anticonvulsivantes 
➢ Edema cerebral: corticosteróides e 
Manitol (ação diurética quando 
administrado EV; VO é laxante) 
➢ Evitar hiperidratação 
➢ Terapia de quelação: se ligao ao 
chumbo e facilita sua eliminação 
PRINCIPAIS FORMAS DE INTOXICAÇÃO POR 
CHUMBO ORGÂNICO 
• Causado por chumbo tetraetil e 
tetrametil. 
• Pb orgânico é volátil e lipossolúvel 
• Absorção pela pele, TGI e trato 
respiratório 
• Produto do metabolismo hepático é 
responsável pelo envenenamento agudo 
• O envenenamento crônico e raro. 
Tratamento: 
➢ Descontaminação da pele 
➢ Evitar qualquer exposição adicional 
➢ Uso apropriado de anticonvulsivantes 
➢ Terapia de quelação empírica na 
presença de concentração elevada de 
Pb circulante. 
ARSÊNICO 
✓ Elemento natural 
✓ Algumas regiões do mundo o lençol 
freático pode conter altos níveis de 
arsênico 
✓ Os arseniacais orgânicos foram os 
primeiros antibióticos utilizados 
✓ Produtos industriais farmacêuticos 
FARMACOCINÉTICA : 
✓ Bem absorvido pela respiratória e trato 
gastrintestinal 
✓ A absorção percutânea é limitada 
✓ A maior parte do arsênico absorvido 
sofre metilação hepática 
✓ Seus metabólitos e o arsênico residual 
sofre eliminação renal 
FARMACODINÂMICA : 
✓ Exerce seu efeito tóxico ao inibir as 
reações enzimáticas em diversos 
sistemas 
✓ O gás arsina tem forte efeito hemolítico 
✓ Também interrompe a respiração 
celular em outros tecidos. 
PRINCIPAIS FORMAS DE INTOXICAÇÃO POR 
ARSÊNICO 
ENVENENAMENTO AGUDO 
Cardiovasculares -> choque e arritmias 
SNC -> Encefalopatia e neuropatia periférica e 
coma. 
Trato gastrintestinal: gastrenterite 
Tratamento: 
➢ Descontaminação intestinal 
➢ Cuidados de suporte intensivos 
➢ Quelação imediata com dimercaprol (3-5 
mg/Kg) a cada 4-6 horas. 
ENVENENAMENTO CRÔNICO 
o Sintomas constitucionais: fadiga, perda de 
peso, anemia 
o Queixas gastrintestinais 
o Neuropatia periférica sensório-motora. 
o Alterações cutâneas: hiperpigmentação 
em gotas de chuva, hiperqueratose 
acometendo as palmas das mãos e 
plantas dos pés 
o Doença vascular periférica e hipertensão 
o Os níveis urinários de arsênico total 
deve se normalizar ( ≤ 50g/24h) 
dentro de algumas semanas após a 
interrupção da exposição. 
ENVENENAMENTO POR GÁS ARSINA 
o Profundos efeitos hemolíticos 
o De 2 a 24 horas após inalação 
o Cefaléia, dispnéia, nauseas, vomitos dores 
abdominais, icterícia e hemoglobinúria 
o Insuficiência renal oligúrica. 
Tratamento: 
➢ Cuidados de suporte intensivos 
➢ Transfusões sanguíneas 
➢ Diurese alcalina forçada (alcaliniza a urina 
e favorece as substancias ácidas) e 
hemodiálise 
➢ Os agentes quelantes não tem ação 
MERCÚRIO 
✓ Único metal líquido em condições 
normais. 
✓ Obtido predominantemente na forma de 
HgS 
✓ Grande utilização industrial 
✓ Produção de tinta e pigmentos, amalgma 
dentário e refinação do ouro 
✓ Bioacumulação em sistemas biológicos. 
FARMACOCINÉTICA : 
✓ O mercúrio elementar é muito volátil e 
pode ser absorvido pelos pulmões 
✓ Pouco absorvido pelo TGI intacto 
✓ Absorção percutânea de todos os tipos 
de mercuriais é limitada 
✓ distribuição rápida 
✓ maior concentração nos rins 
✓ O Hg inorgânico é excretado 
principalmente pela urina dentro de 
poucos dias 
✓ Retenção no cérebro e rins por vários 
anos 
✓ Ligam-se a radicais sulfidrilas em tecidos 
queratinizados 
FARMACODINÂMICA : 
✓ O Hg interage com grupos sulfidrila in 
vivo. Inibindo as enzimas e alterando as 
membranas celulares. 
PRINCIPAIS FORMAS DE INTOXICAÇÃO POR 
MERCÚRIO - AGUDA: 
✓ Inalação aguda de vapores de Hg 
✓ Pneumonite química e edema pulmonar 
não cardiogênico 
✓ Gengivoestomatite 
✓ Seqüelas neurológicas 
✓ Gastroenterite hemorrágica 
✓ Necrose tubular e insuficiência renal 
PRINCIPAIS FORMAS DE INTOXICAÇÃO POR 
MERCÚRIO CRÔNICA: 
✓ Inalação de vapores de Hg 
✓ Tríade: tremor, disturbio 
neuropsiquiátrico, Gengivoestomatite 
✓ Intoxicação por metilmercúrio – 
mercúrio orgânico – pode ter 
repercussão no SNC 
Tratamento 
- Exposição aguda: Tratamento suporte 
intensivo; Quelação aguda com dimercaprol 
- Exposição crônica: Succimer, D-penicilamina e 
DMPS aumentam a excreção urinária. 
CASO CLÍNICO 
Paciente JC, 53 anos, com história recorrente 
de casos de depressão, foi encontrado 
desacordado por familiares. Ao seu lado foi 
encontrado um frasco contendo o inseticida 
organofosforado provavelmente “Chumbinho”. 
Levado ao PS mais próximo onde foi 
prontamente atendido. Apresentava um quadro 
de hipotensão 80 x 40 mmHG, Bradicárdico, 
apresentando silaorreía e sudorese intensa, 
inconsciência e com baixa saturação de O2 
aparentemente por um quadro de 
broncoconstrição. Após exame clinico, foi 
administrada uma alta dose de atropina por via 
EV. Diminuindo os efeitos da intoxicação. 
1- Pergunta-se: Qual o mecanismo de ação do 
agente intoxicante. 
- É um inseticida que age fosforilando o sítio de 
ação da colinesterase, enzima responsável pela 
degradação da acetilcolina na fenda sináptica. 
Ao inibir a acetilcolinesterase sobra mais 
acetilcolina na fenda sináptica, ocasionando uma 
ação estimulante colinérgica, ou seja, estimula 
ação do SNA parassimpático levando alterações 
comportamentaise cognitivas. 
2 - Correlacione os sinais e sintomas 
apresentados com o agente intoxicante 
Absorção do organofosforado é feita pela pele, 
trato respiratório e TGI. Causando alterações 
neurocomportamentais e cognitivas, levando 
um efeito intenso (hiperestimulação colinérgica 
– desse neurotransmissor nas membranas pós 
sinápticas). Assim sendo os sintomas são 
decorrentes de uma hiperestimulação 
parassimpática. Isso explica os sintomas como 
sialorreia, hipotensão, bradicardia, sudorese 
intensa e baixa saturação de O2. 
3 - Explique o mecanismo de ação da atropina 
neste caso. 
Atropina é indicado para o bloqueio temporário 
de efeitos muscarínicos graves ou 
potencialmente letais, nesse caso, intoxicação 
por organofosforados. 
Pertence a um grupo de fármacos 
anticolinérgicos - se opõem aos efeitos da 
acetilcolina, principal mediador químico do 
sistema nervoso parassimpático.

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