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MECÂNICA DOS FLUIDOS II Engenharia Mecânica • Escoamento compressível • Número de Mach • Escoamento em bocais Fernando Osório fernando.osorio@ifsc.edu.br Escoamento Compressível • Pré-Requisitos • Variação de massa específica associada à variação de energia cinética • Termodinâmica de Gases • Equação de energia • Entalpia e temperatura de estagnação • Escoamento subsónico, crítico e supersónico. Escoamento Compressível Escoamento quase incompressível determinado por um pequeno número de Mach Número de Mach, M som do velocidade fluido do velocidade == a V M Funções de compressibilidade • Aumento do número de variáveis (e equações): Esc. incompressível Esc. compressível V e p Equação da continuidade Equação de Bernoulli (ou de quantidade de movimento) V, p, e T Equação da continuidade Equação de Energia Equação da quantidade de movimento Equação de estado (G.P.): RTp = ◼ Novos parâmetros: a – Velocidade do som M – Número de Mach (M = V/a) Número de Mach, M • som do velocidade fluido do velocidade == a V M ( ) M p V = = ( ) M p V = = ◼ ( ) 2 22 Lp LV = elálásti forço inércia de forçoForça de inércia Força elástica ◼ ( ) 3 32 Lp LV = elálásti energia cinética energiaEnergia cinética Energia elástica ◼ aRT p s == para um gás perfeito Revisão de Termodinâmica • Algumas definições: • Equação de estado: define as propriedades do fluido a partir de duas delas (p.ex. pressão e temperatura). ❑ Processo: conjunto de estados intermédios entre o inicial e o final. ❑ Processo reversível: permite o regresso ao estado inicial sem interferência do exterior. ❑ Processo irreversível: caso contrário (efeitos do atrito ou de trocas de calor). ◼ Leis da Termodinâmica: ❑ 1ª Lei: correspondência entre calor e trabalho como formas de energia. ❑ 2ª Lei: limita a direcção da evolução dos processos naturais 1ª Lei da Termodinâmica (para sistemas abertos/volumes de controle) • Equação de energia para escoamentos unidimensionais: QWmgy V hmgy V hd V u t veio ent k ksaída i iVC += ++− +++ + 222 222 ◼ Equação de energia para regime estacionário, sem troca de energia ao meio, secções de entrada e saída únicas, desprezando energia potencial (gases), por unidade de massa: q V h V h = +− + 1 2 2 2 22 2ª Lei da Termodinâmica • Num processo real a entropia s varia de modo a que; T dq ds ( ) ( )irrevrev dsdsds += s e q expressos por unidade de massa T dq ◼ Num processo adiabático (dq = 0) a entropia aumenta, exceto se o processo for reversível (sem atrito), caso em que s = cte – processo isentrópico. Adiabático + reversível (sem atrito) isentrópico, ds = 0 2 2 0 V hh += qhh =− 1020 ◼ Entalpia de estagnação adiabática: ◼ Equação de energia: q V h V h = +− + 1 2 2 2 22 ◼ Num escoamento adiabático (q = 0): . 2 2 0 cte V hh =+= Entalpia de estagnação adiabática: a entalpia dum ponto levado ao repouso numa desaceleração adiabática Entalpia de estagnação adiabática ◼ Temperatura de estagnação adiabática: Temperatura de estagnação adiabática pc V TT 2 2 0 += qhh =− 1020 . 2 2 0 cte V hh =+= ◼ Para um gás perfeito: dTcdh p= ◼ Num escoamento adiabático: Temperatura de estagnação adiabática: a temperatura dum ponto levado ao repouso numa desaceleração adiabática ◼ Equação da energia: pc q TT =− 1020 . 2 2 0 cte c V TT p =+= Gases perfeitos • Equação de estado: comRTp = MR R= R – constante do gás, M – molécula-grama do gás (massa em gramas de uma mole do gás), R – constante universal dos gases perfeitos (8,314 JK-1mole-1) 𝑘 𝑜𝑢 𝛾 razão de calores específicos do gás (para os gases comuns, k decresce lentamente com a temperatura e fica entre 1,0 e 1,7. As variações de k tem apenas um pequeno efeito sobre os cálculos de escoamento compressível e o ar, k < 1,40, é o fluido dominante de interesse Gases perfeitos dTcdh dTcdu p v = = vp vp ccR cc −= = ◼ Evoluções isentrópicas: 1 1 2 1 1 2 1 2 − − = = p p T T varia entre 1 e 1,4 (gases diatómicos) em função da complexidade da molécula do gás; vapor de água =1,33. 1− = R cp • Efeito de compressibilidade associado a variações intensas de energia cinética: 2 2V p −= Equação de Bernoulli: 2V pelevados elevados = (T,p) significativos Efeitos de compressibilidade Importância do termo p 2 1 a = a = velocidade do som no fluido (efeitos mais intensos nos fluidos de menor a) Compressibilidade Condições críticas (M=1) • Para M=1 ( ) − += 2 1 10 TT ( ) − += 20 2 1 1 MTT ( ) 1 0 2 1 − + = T T = + = a RT V 1 0 T* é a temperatura crítica V* é a velocidade crítica: a* é a velocidade do som crítica Temperatura de estagnação em função do número de Mach - M • Temperatura de estagnação, T0: pc V TT 2 2 0 += += Tc V TT p2 1 2 0 ( ) − += RT V TT 2 0 2 1 1 2a ( ) − += 20 2 1 1 MTT 1− = R cp p0=84 kPa V p1=70 kPa T1=-50 C Nota: os pontos 1 e 0 estão muito próximos e estariam à mesma pressão e temperatura se o ponto 0 não fosse de estagnação devido à presença do Pitot. Exemplo • Um tubo de Pitot mede uma pressão total de p0=14 kPa acima da pressão estática local de p1=70 kPa. Sabendo que a temperatura local é T1=-50 C determine a velocidade do escoamento, V. pc q TT =− 1020 Equação da energia: . 2 2 0 cte c V TT p =+= 1 0 pc V TT 2 2 1 10 += ( )11 2 TTcV op −= Evolução isentrópica: 1 11 − = p p T T oo K 9,2340 =TK 223502731 =−=T m/s 1541 =VResultados: 0=q ? Equações úteis em escoamento compressível • Equação da energia: pc q TT =− 1020 ◼ Equação da continuidade: ◼ Equação de estado: ◼ Equação do número de Mach: pc dq dT =0 .cteAV = 0=++ V dV A dAd RTp = 0=−− T dTd p dp a V M = 0=−+ V dV a da M dM Equações a utilizar em escoamento compressível ( )( ) AVdV d dxV fdAAdpppdApA =−++−+ 2 2 ◼ Equação da quantidade de movimento: ( ) 12 xxx VVmF −= 0 2 2 =−+ d dx A M f RT VdV p dp V V+dV A, p, A+dA p+dp +d (escoamento sem mudança de direcção) RTp 1 = p pForça longitudinal exercida pela pressão na parede lateral Escoamento com transferência de calor numa conduta de secção constante • Equação da energia: pc dq dT =0 dq V p, V+dV p+dp +d pc VdV dTdT +=0 ◼ Definição de temperatura de estagnação: T+dT T0+dT0 M+dM Escoamento com transferência de calor numa conduta de secção constante ◼ Equação da continuidade: 0=++ V dV A dAd ◼ Equação de estado: 0=−− T dTd p dp ◼ Eq. número de Mach: 0=−+ V dV a da M dM 0 2 2 =−+ d dx A M f RT VdV p dp ◼ Eq. da quant. movimento: (desprezando o atrito) Escoamento com transferência de calor numa conduta de secção constante ◼ 6 incógnitas (dV, dp, dT, d, dM, dT0) e 6 equações Solução: ( ) pc dq M V dV T dT =−= 20 1 Aquecimento: acelera o escoamento de subsónico até sónico (no máximo) (Aquecimentos superiores são acompanhados por redução do caudal, mantendo escoamento sónico à saída) ou desacelera o escoamento de supersónico até sónico (no máximo) (Aquecimentos superiores são acompanhados por um aumento do caudal, mantendo escoamento sónico à saída) Escoamento com transferência de calor numa conduta de secção constante • Qual o máximo aquecimento compatível com o caudal indicado (isto é, para Ms = 1)? ( ) 2 22 es esp VV TTcQ − +−= q M=0,3 T=250 K saída 121436 −= smkg A m ss RTV = ssV A m = sss RTp =maxQ 1=sM Qual a equação que falta?𝐴𝑟 𝑘 ; 𝛾 = 1,4; 𝑅 = 287 𝑚2/(𝑠2 ∗ 𝐾) Escoamento com transferência de calor numa conduta de secção constante • Qual o máximo aquecimento compatível com o caudal indicado (isto é, para Ms = 1)? smRTMV eee 95== q M=0,3 T=250 K saída 121436 −= smkg A m 315 mkg V Am e e == PaTRp eee 1083628== ( )eses VV A m pp −−= ( )22 eesse VVp −−= sRT ( )2eesses VRTpp −−= sp Escoamento com transferência de calor numa conduta de secção constante Pa Vp p eees 507918 1 2 = + + = 39,2 mkg RT p s s s == sm Am V s s 495== M=0,3 T=250 K saída 121436 −= smkg A m s ssss AV m RTRTp == s s RT A m p = KTs 610= ( ) KgKJ VV TTcq esesp 4,479 2 22 = − +−= ( )sss RTVM == 1 ( )2eesses VRTpp −−= sp Velocidade do som A chamada velocidade do som é a taxa de propagação de um pulso de pressão de intensidade infinitesimal através de um fluido em repouso. É uma propriedade termodinâmica do fluido. A velocidade C da onda desloca-se em relação ao fluido com C - ∆𝑉 sem variação de 𝑝, 𝜌 𝑒 𝑇. Desprezando o atrito interno podemos considerar a quantidade de movimento unidirecional e determinar a variação da pressão de onda: Velocidade do som Velocidade do som com Velocidade do som com Velocidade do som Velocidade do som Para ondas sonoras de intensidade evanescente, temos então um processo adiabático infinitesimal ou isentrópico. A expressão correta para a velocidade do som é: Evanescente: Que se pode desvanecer (desaparecer); cuja existência é efêmera ou fugaz. • Bibliografia • Secções 9.1 a 9.4, R.H. Sabersky, A.J. Acosta, E.G. Hauptmann, E.M. Gates, Fluid Flow, 4ª edição, Prentice Hall, 1999. • Secções 9.1 a 9.4, F.M. White, Fluid Mechanics, 3ª edição, McGraw-Hill, 1994. • WHITE, Frank M. Mecânica dos Fluidos. Grupo A, 2018. 9788580556070. • ANP6 – entrega em 21/02/2022 – via SIGAA
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