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4 Coari-Am 2019 JHEFFE SOUSA VIANA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PÚBLICA ACIDENTE AÉREO COM ALTO RISCO DE CONTAMINAÇÃO 5 Coari-Am 2019 ACIDENTE AÉREO COM ALTO RISCO DE CONTAMINAÇÃO Trabalho apresentado à disciplina de Seminário de Projeto Integrado I do curso de Tecnologia em Segurança Pública – UNOPAR Professor (es): Hugo Campitelli; Zuan Esteves; Indiara Beltrame Branche; Camila Zoe Corre; Luana da Costa Leão; Jaqueline dos Santos Ferrarezi; Luísa Maria Sarábia Cavenaghi. JHEFFE SOUSA VIANA 6 Sumário 1 FUNDAMENTOS DE INVESTIGAÇÃO E CRIMINALÍSTICA .............................. 7 2 ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCO ............................................................. 9 3 PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTRO. .............................................................. 12 4 DIREITO E LEGISLAÇÃO ......................................................................................... 14 5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SEGURANÇA. ............................................... 15 REFERÊNCIA ........................................................................................................................ 17 7 1 FUNDAMENTOS DE INVESTIGAÇÃO E CRIMINALÍSTICA O acidente aéreo corrido no Rio de Janeiro mostra a importância de um profissional de segurança pública, que chegou no local do acidente antes dos outros profissionais de segurança (como; polícia militar e corpo de bombeiros). Por um profissional capacitado as ações serão feitas para que outras pessoas não se machuquem e fara a preservação do local do acidente para que assim as investigações e o recolhimento de provas não sejam alterados. E para que tudo seja realizado o primeiro passo é identificar o local do crime, posto que é neste local que será possível encontrar evidencias que ajudará a solucionar o ocorrido, sanar perguntas que surgem ao longo da investigação, encontrar culpados e testemunhas para que assim a justiça seja aplicada (ONOFRE e SOUZA , 2018). Portanto Rabello (1996) define local de crime como: [...] a porção do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no qual é constatado o fato, se entenda de modo a abranger todos os lugares em que, aparente necessária ou presumidamente, hajam sido praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou posteriores à consumação do delito, e com este diretamente relacionado (RABELLO, 1996, p. 17)”. E segundo o Código de Processo Penal (CPP) é importante se conhecer o local do crime para que assim se determine a competência do caso, sendo utilizada a teoria do resultado, que tange sobre a competência de estabelecer o foro onde o crime foi executado (TOURINHO FILHO, 1989). Entendeu o legislador que o Juiz competente para processar e julgar uma causa criminal é o do lugar onde a infração se consumou (locus delicti commissi). Este é o foro comum, para as infrações penais em geral. É a regra em matéria de competência penal. É o lugar onde se consumou a infração que firma a competência para o processo julgamento da causa (TOURINHO FILHO,1989, p.79). O artigo 158 do Código de Processo Penal (CPP) preleciona “Quando a infração deixar vestígios será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado”. Fernandes (2015) afirmar que o local de crime é onde se encontra vestígios e subsídios para o corpo de delito. 8 Os vestígios constituem-se, pois, em qualquer marca, objeto ou sinal sensível que possa ter relação com o fato investigado. A existência do vestígio pressupõe a existência de um agente provocador (que o causou ou contribuiu para tanto) e de um suporte adequado para a sua ocorrência (local em que o vestígio se materializou). (MALLMITH, 2007, p.05) Já no artigo 169 do CPP tratar da importância de se manter o local intacto é sem alterações. Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. Com todo o embasamento teórico que se tem sobre a importância da preservação do local do crime, é importante a figura dos agentes de segurança para tomar as medidas a fim de proteger as evidencias, sendo assim ao chegar no local do acidente aéreo uma ação imediata seria: Fazer o isolamento da área, pois segundo a Organização das Nações Unidas – ONU (2010) este processo é primordial para garantir que a investigação futura não tenho erros por motivo de a área ter sido violada. Com essas medidas tomadas os vestígios de possíveis provas estariam presentes e inalterados, com isso quando o seguimento da perícia criminal chegasse ao local essas provas poderiam ser recolhidas e no processo de investigação os verdadeiros culpados seriam submetidos a justiça. 9 2 ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCO O local dos desastres trata-se de ambiente delicados, onde qual quer que seja a alteração dos atos de matérias, trará um enorme prejuízo, será estudada em conjuntos é precisará utilizar ferramentas que auxiliem na identificação dos risco, sendo preciso que haja o compartilhamentos de informações entres todos para garantir a proteção social. Vale ressaltar que os acidentes aéreos são decorrentes de uma combinação de vários fatores, que precisão ser estudados para saber as causas do acidente, sendo assim alguns pontos de riscos deste acidente são: Explosão do barração; Mal tempo podendo ocasionar demorar no resgate; Condições geográficas – Pois o barrão é localizado em uma; área industrial. Falha de informação; Falha na proteção do local; Demorar no procedimento de resgate; As possíveis falhas de risco devem ser compreendida por todos, além de ser identificados e informados as possíveis ferramentas que auxiliar nas informações para o diagnostico da situação da segurança, dentre tais ferramentas se destacam; O diagrama de Ishikawa Matriz de DOFA SWOT Sendo o diagrama de Ishikawa uma das ferramentais mais eficazes para a análise e o gerenciamento de risco, pois esse método conseguir reunir várias áreas para atuarem em conjunto (ALMEIDA, et al., 2017). O diagrama de causa e efeito, também conhecido por espinha de peixe ou Ishikawa, é utilizado para facilitar a visualização entre os fatores que causam o problema e seu efeito. Um diagrama de causa e efeitos bem detalhados tomará forma de uma espinha de peixe (ALMEIDA, et al.,2017, p.: 53). 10 Imagem 1 – Diagrama de Ishikawa Fonte: Autor. No ano de 2009, ouvi uma tragédia com uma aeronave de pequeno porte que saiu da cidade de Coari com destino a Manaus, a aeronave caiu nas a proximidade de Manacapuru, as causas ainda não foram registradas, havia 28 passageiros, sendo que avião suportava apenas 20 passageiros incluindo tripulação. Segundo o comando da Aeronáutica, a aeronave caiu a cerca de uma hora depois de decolar, por volta das dezesseis horas do dia 7 de fevereiro de 2009, a margens do rio negro, ribeirinhos presenciaram a queda, os mesmos participaram da operação de resgaste. O avião que decolou de Coari com destino a Manaus, teve dois sobreviventes que contaram á polícia local que ouviram que os motores da aeronave parou de funcionar que perderam altitude que bateram em alguma coisa, que caíramde bico na água. Como eles estavam no fundo da aeronave conseguiram sair, alguns contaram que viram as pessoas se batendo desesperadas querendo sair mais não conseguiram, 26 vítimas incluindo o piloto morreram afogados, o corpo de bombeiro e polícia e os ribeirinhos participaram no resgates que durou a quase 18 horas na retirada das vítimas. Como a aeronave era de aerotaxi, foi alugada pelas vítimas que eram membros da mesma família que estariam indo a uma festa de aniversário surpresa, os reconhecimentos dos caldáveis facilitou aos peritos na identificação das supostas vítimas, foram montadas equipes via fluvial para transportar para cidade de Manacapuru para realização de perícia e na 11 preparação de documentos de óbitos. Os familiares foram indenizados pela empresa responsável Manaus Aerotaxi. 12 3 PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTRO. Como após a queda a aeronave apresentou fogo em uma das asas, gerando assim um sinistro, e considerando que esse incêndio envolve líquidos inflamáveis e matérias químicos que tem no barracão, o uso do extintor classe ABC é indicado a ser utilizado para controlar as chamas. Pois segundo Almeida (2017) este tipo de extintor de pó classe ABC é o mais moderno que tem disponível no mercado, pois seu conteúdo é capaz de combater principais incêndios envolvendo matérias líquidos inflamáveis, matérias sólidos e equipamento energizados. Porém como as chamas se alastraram os extintores de classe ABC não foram suficientes, todavia é importante salientar se algumas medidas de proteção dos materiais de combustão que tinha no local esse sinistro poderia ser controlado. No quadro 1 está exposto algumas medidas passivas e ativas que poderiam ter sido implementadas pelos proprietários do local para quer os produtos infamáveis não tivesse contado com o fogo. Quadro 1 – Meios ativos e passivos para impedir a propagação do sinistro Fonte: Autor Nas medidas passivas, seria importante para esta situação, que os produtos inflamáveis estivessem armazenados em local possuísse revestimento estrutural, compartilhamento e acabamento com proteção, na NBR nº 14.432 é exposto a importância das edificações para ajudar a controlar as chama (ALMEIDA, 2017). Como no local havia extintores porém devido o fogo se alastrar eles não foram suficientes, é importante sempre a implementação de outras medidas associadas, pois se a edificações impedissem a propagação das chamas, os extintores poderiam ter sido mais MEDIDAS PASSIVAS MEDIDAS ATIVAS Revestimento Estrutural Extintores Compartimento Chuveiros automáticos Acabamento com proteção Detecção de incêndio Sistema de extinção automático 13 eficazes. Todavia é importante também se ter os chuveiros automáticos (sprinklers) que já ajudariam ao combate do sinistro (ALMEIDA, 2017). 14 4 DIREITO E LEGISLAÇÃO O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece as normas de proteção e defesa do consumidor, sendo de ordem pública e interesse social, garantido pelo arts. 5º inciso XXXII, e 170º inciso V da Constituição Federal Brasileira vigente. No CDC o art. 6 dispõem sobre “a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos”. Este direito trata sobre a pessoa física que é o consumidor, servindo para proteger o mesmo em face de riscos e perigos não destinados e anormais, podendo ser decorrente do uso de algum produto ou serviço (RIOS, 2001). No caso da situação problema, com a queda do avião todos os passageiros são consumidores, pois todos compraram o serviço aéreo, Sendo assim o artigo 6º do CDC também esclarece à prevenção e reparação de danos sofridos pelo consumidor, sendo um direito indenizatório e viabilizado pelo Estado. Nesta situação a empresa prestadora do serviço tem o dever de indenizar tanto os sobreviventes quantos os familiares das vítimas fatais (BAÍA,2018). Em relação aos trabalhadores que estavam no barracão apesar deles não possuírem contratos de trabalho com a empresa, é importante salientar que o empregador estava descomprimido as normas da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), uma vez que os trabalhadores que estavam no barracão tinham um vínculo empregatório com a fábrica, pois eles estavam no local prestando serviço. Sendo assim é reconhecido esse vínculo e as autoridades administrativas podem reconhecer e exigir os direitos trabalhistas para esses empregados (BAÍA, 2018), 15 5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SEGURANÇA. A identificação das vítimas em acidentes aéreos são complexos e precisar de tempo e espaço nos procedimentos de reconhecimentos das vítimas, os Institutos Médicos-Legais compete neste casos, nas identificação e nas causas da morte. A confirmação da identificação das vítimas e decisiva para os índice das investigações, para a família, para a o estado e para os registros públicos. A adequada identificação faz se necessários para a emissão de declarações de óbitos para fins legais nas possíveis causas de indenização aos familiares pela perda e danos morais. O trabalhos dos especialistas responsáveis ficam muitas das vezes dificultoso na identificação dos caldáveis em meios aos destroços , os procedimentos realizados estão entre a coleta de dados em lista de possíveis passageiros, métodos científicos como análise de impressões digitais, exames odontológicos, estudo antropométrico, exames radiológicos e perfil genéticos, para realização dos trabalho precisar de um local grande e seguro que possam ter privacidades, tento uma equipe de apoio técnicos deverá ser solicitada para atender as demandas de vitimas para a possível identificação, deverá incluir: Médico legista ou antropologista forense. Odonto-legista. Fotógrafos. Auxiliares de perícias. Patologista. Toxicologista. Equipes de Psicólogos. Equipes de assistente sociais. Equipe de apoio Logístico. Compete a equipe envolvida as medidas de segurança para o necrotério, restringindo acesso de pessoas não autorizadas, mantendo sigilo absoluto das investigações e mantendo a integridade dos cardáveis. Em relação aos sistemas de informações dentro da aeronave podem ser citados as seguintes ações: 16 Gravação das comunicações entre os órgãos de controle de tráfego aéreo e suas transcrições; Gravações das conversas dentro da cabine; Dados de notificações relacionados ao voo; Gravações das comunicações entre a aeronave e os órgãos de controle aéreos; Dados dos sistemas automáticos (computadores e navegações). A caixa preta também é um dispositivo que contém todas as informações e conversas entre os tripulantes da aeronave, nela contém os dados como velocidades, aceleração, altitude e ajuste de potencias. A caixa é de cor laranja com altura de 13cm, 22cm de largura e 40cm de comprimento, ela aguenta uma pressão de 1.100◦c. mesmo com a destruição é possível recuperar as informações contidas, tem como grande importância na investigação para descobrir as causas e os possíveis responsáveis pelo acidente. No que diz respeito à competência para sua realização da investigação, esta recai sobre o país em que tenha acontecido o acidente. Por conseguinte, se isso ocorre com aeronave estrangeira em voo sobre o território brasileiro, ter-se-á por órgão competente o CENIPA. Assim mesmo, é plenamente possível a colaboração de entidades estrangeiras interessados, como o fabricante, autoridades do país da empresa aérea, dentre outros (CENIPA,2016). Verificando-se a ocorrência desta tragédia, após o resgate de sobreviventes (quando houver), deve-se isolar o local e preservar intactos os destroços da aeronave. Por sua vez, o CENIPA designará a Comissão de Investigação, formada por técnicos devidamente capacitados para lidar adequadamente com os destroçose proceder à apuração dos fatores contribuintes (CENIPA, 2016). 17 REFERÊNCIA ALMEIDA, Marcos Rangel de; MENESES, Ítalo Guilherme; MONTEIRO, Carlos Gomes; LEÃO, Edno Martins da Silva. Análise e gerenciamento de risco. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. ALMEIDA, Marcos Rangel de. Prevenção e combate ao sinistro – Londrina: editora e Distribuidora Educacional S.A. 2017. BAÍA, Júlio César de Paula. NOGUEIRA, Thaiane Guimarães. Direito e legislação. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. 192 p. BRASIL. Código de Processo Penal. Lei 3.689 de 3 de outubro de 1941. CENIPA – CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS. Comissão de investigação. Disponível em: http://www.cenipa.aer.mil.br/cenipa/index.php/component/content/article/artigos-cenipa/113- comissao-de-investigacao-de-acidente-aeronautico. Acessado em: 01 out. 2019. FERNANDES, Érika Tamires Ferreira. Importância da perícia no local do crime na investigação criminal. Disponível em:https://erikatamires.jusbrasil.com.br/artigos/153307203/importancia-da-pericia-no-local-docrime- na-investigacao-criminal. Acesso em: 10. Out. 2019. MALLMITH, Décio. Corpo de delito, vestígio, evidência e indício. Rio Grande do Sul. 7 de maio de 2007. Disponível em:http://peritocriminal.net/mambo/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=136"id=136. Acesso em: 10. Out. 2019. ONOFRE, Jackson Sabino; SOUZA, Henrique Batista de Castro. A preservação do local do crime: a união com a perícia para auxiliar na investigação criminal. Art. Pós-Graduação. Goiás, 2018. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Conscientização sobre o local de crime e as evidências materiais em especial para pessoal não-forense. Laboratório e Seção Científica. Nova York, Abril de 2010. RABELLO, Eraldo. Curso de Criminalística. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1996. RIOS, Josué de Oliveira. Código de defesa do consumidor: comentado. São Paulo: Globo, 2001. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo penal. v.2. São Paulo: Saraiva, 1989. http://www.cenipa.aer.mil.br/cenipa/index.php/component/content/article/artigos-cenipa/113-comissao-de-investigacao-de-acidente-aeronautico http://www.cenipa.aer.mil.br/cenipa/index.php/component/content/article/artigos-cenipa/113-comissao-de-investigacao-de-acidente-aeronautico