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GUSTAVO MORENO T19 ELETROCARDIOGRAMA NORMAL: 1. Sistema Elétrico do Coração · Função de bomba · Dependente da despolarização ordenada das células musculares cardíaca · A ativação elétrica ordenada do coração se dá pela propagação, em sequência, de potenciais de ação despolarizantes pela estrutura anatômica · O batimento cardíaco tem início no nodo sino-atrial (SA), com o potencial gerado de maneira espontânea. · Esse potencial dissemina por todo o miocárdio atrial direito e chega ao miocárdio atrial esquerdo, assim, levando à contração do miocárdio atrial · Após, essa onda converge para uma única conexão elétrica entre o miocárdio atrial e ventricular → nodo atrioventricular (AV) · Após o nodo AV, a onda de ativação vai ao feixe de HIS, passa pelos ramos até chegar nas fibras de Purkinje, que são arborizações do feixe de His no miocárdio ventricular · A despolarização é distribuída a todo o miocárdio dos ventrículos direito e esquerdo, determinando a contração ventricular. · Portanto existem 3 grupos de células marcapasso: . Nó sinusal: FC 60 a 100 Bpm . Nó AV: FC 50 Bpm . Sistema His-Purkinje: 35 Bpm 0. Forma do Eletrocardiograma: · Onda P: despolarização atrial - nó sinusal, onda + · Intervalo P-R: intervalo de tempo, início da onda P (despolarização atrial) até o início do complexo QRS (despolarização ventricular) - nó atrioventricular · Complexo QRS - despolarização dos ventrículos - tronco do feixe de His [lado esquerdo], sístole elétrica . Onda Q: 1 deflexão negativa da despolarização ventricular . Onda R: onda positiva da despolarização ventricular . Onda S: 1 deflexão negativa após a onda R . Sístole elétrica / mecânica · Segmento S-T: final do complexo QRS (ponto J) até o inicio da onda T - despolarização e repolarização ventricular · Onda U: Segue a onda T originada pelos potenciais tardios do início da diástole - repolarização tardia · Intervalo Q-T: início do complexo QRS até o final da onda T · Complexo QRS: . Toda deflexão positiva é chamada onda R . Se a primeira deflexão é negativa, é chamada de onda Q . Qualquer deflexão negativa após a onda R é denominada onda S. 0. Papel do Registro: · Dividido por quadradinhos · Plano cartesiano 0. Derivações eletrocardiográficas: · 12 lugares diferentes → Plano Frontal e Horizontal · Plano Frontal / Vertical . Mede o ddp entre os Braços e as pernas . DI, DII, DIII → bipolares - do negativo para o positivo . aVR, aVL, aVF → 1 polo apenas . aVR - átrio direito · Plano Horizontal / Precordiais: (V1 - V6) . Tórax . V1: 4 EI À borda esternal direita (ventrículo direito); (-) mais longe da resultante . V2: 4 EI à borda esternal esquerda . V3: entre V2 e V4 . V4: 5 EI à linha médio-clavicular . V5: linha axilar anterior - parede lateral . V6: Linha axilar média - parede lateral . Obs V5/V6 → (+) mais próximo do resultante · Derivações captam eletricidades das paredes, dependendo da direção, indica uma parede distinta do coração 0. O Complexo QRS nas Derivações Periféricas: · Plano Frontal!! · Se a despolarização esta se movendo na direção da derivação: QRS positivo · Se está se afastando da derivação: QRS negativo · Se está se propagando em ângulo reto com a derivação: QRS isodifásico · Plano Frontal · aVR → é ao contrário - tudo é negativo (é normal para o aVR - apenas) · DIII → algumas vezes pode ter uma onda “P” negativa · aVL → -30 · aVF → +90 0. O Complexo QRS nas Derivações Precordiais: · Plano Horizontal · V1 QRS predominantemente negativo · V6 QRS predominantemente positivo · Onda R cresce de V1 a V6 · Onda S diminui de V1 a V6 0. Laudando um Eletrocardiograma · São 9 Passos: 1. Ritmo: onda P positiva em DI, DII, DIII → sinusal ou não 2. Frequência Cardíaca: 60-100 Bpm - calcular 3. Eixo: -30 A +90 4. Onda P: duração e amplitude de até 2,5 quadradinhos - calcular a onda P 5. Intervalo PR: 3 a 5 quadradinhos (0,12 a 0,20s) 6. QRS: duração de até 2,5 quadradinhos (0,10s) - tamanho 7. Segmento ST: isoelétrico 8. Intervalo QT: até 400 ms 9. Onda T - positiva e assimétrica (repolarização) Passo 1: RITMO: · Sinusal ou não Sinusal · Onda P positiva em DI, DII e aVF → Sinusal!! · Os outros são não Sinusal Passo 2: FREQUÊNCIA CARDÍACA: · Pega as paredes · Regra dos 1500: . Divisão numeral de 1500 pelo o número de quadrados Menores do papel de registro · Exp → 1500 / 20 (quadrados) = 75 . 75 é a frequência cardíaca Passo 3: EIXO: · Plano Frontal apenas!! · O eixo está em ângulo reto (90) às derivações nas quais as ondas R e S são do mesmo tamanho ( QRS isodifásico ) · O eixo aponta para a derivação onde a onda R é maior que a onda S ( QRS positivo) · O eixo se afasta da derivação onde a onda S é maior que a onda R ( QRS negativo) · Então: subtrair 90 da derivação em que o QRS está isodifásico em direção ao QRS mais positivo. 6 5 4 3 2 Normal 1 Desvio para a esquerda Desvio para a direita Indeterminado · Saber desenhar · Plano frontal → Resultante elétrica . (- 30) → (+90) = normal · Partindo do Isoelétrico: mais positivo -> para onde eu vou · Direção → isoelétrico para o lado mais positivo*** · Isoelétrico → mesma quantidade de quadradinho para cima e para baixo Passo 4: ONDA “P”: · Despolarização atrial · Olha em DII e V1 · Relação onda P/ complexo QRS; · Comprimento: até 2,5 quadrados pequenos · Amplitude: idem · Ritmo sinusal: + em DI , DII e aVF; · Importância: Sobrecargas atriais · 2 Quadrados · Problema: . Altura - problema no átrio direito . Extensão - problema no lado esquerdo Passo 5: INTERVALO PR: · Início da onda P até o início da primeira onda do QRS · Normal: 0,12 a 0,20 seg. ( 3 a 5 quadrados pequenos ) - normal · Tempo de condução do estímulo do nó sinoatrial até o nó atrioventricular e feixe de His - Início do QRS · Importância: Bloqueios atrioventricular - acima de 3 a 5 quadradinhos Passo 6: COMPLEXO QRS: · Olhar nas 12 derivações - medir a duração do QRS · Estreito ou largo (problema) · Tempo que o estímulo leva para se propagar através dos ventrículos; · Duração: 0,12seg. (3 quadrados pequenos); · Onda R cresce de V1 a V6; · Onda S decresce de V1 a V6; · Importância: Bloqueios de ramos (quando for largo) e sobrecargas ventriculares Passo 7: SEGMENTO ST · Despolarização e repolarização ventricular - “descanso” · Entre o complexo QRS e a onda T · Começa no ponto J · “Isoelétrico” - Mesma linha de base de “PR” · Anormalidades: infradesnivelamento e supradesnivelamento. Passo 8: ONDA “T”** · Assimétrico e positiva na maioria das derivações · Negativa em aVR e V1 → aVR / V1 - onda T (-) é normal, o resto tem que estar positivo · Anormalidades: isquemia (invertido o T), infarto, hipertrofia ventricular, bloqueio de ramo, digital distúrbios eletrolíticos Passo 9: INTERVALO QT · 11 quadradinho · Início do QRS até o final da onda T · Homens = 0,425 s · Mulheres = 0,440 s · Sindrome do QT longo: congênito ou adquirido · Obs → cloroquina alarga o intervalo QT
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