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REBECA KRUSE 8° MA ECG normal APLICAÇÕES DO ELETRO: Isquemia miocárdica e infarto Sobrecargas de pressão e volume – atriais e ventriculares Arritmias de excitação e condução Efeito de medicamentos e alterações eletrolíticas (ex.: digitálicos, potássio) Funcionamento de marca-passos mecânicos Avaliação para atividades físicas PROPRIEDADES FUNCIONAIS: Automatismo (Cronotropismo): capacidade de o coração gerar seus próprios estímulos elétricos, independentemente de influências extrínsecas ao órgão Condutibilidade (Dromotropismo): condução do processo de ativação elétrica por todo o miocárdio Excitabilidade (Batmotropismo): é a capacidade que tem o miocárdio de reagir quando estimulado Contratilidade (Inotropismo): é a propriedade que tem o coração de se contrair ativamente como um todo; Distensibilidade (Lusitropismo): capacidade de relaxamento global que tem o coração SISTEMA DE CONDUÇÃO: 3 tipos principais de músculo cardíaco: atrial, ventricular e especializadas fibras musculares excitatórias e condutoras. O estímulo elétrico vai ser conduzido dos átrios para os ventrículos célula a célula, isso gera diferença de potenciais com a formação vetores resultantes. A soma dos vetores gera um vetor resultante que pode representar a direção, força e sentido da despolarização. As derivações vão fazer o registro dessa diferença de potencial cardíaca. Isso acontece através da colocação de eletrodos em determinados pontos do corpo. O estímulo nasce no nó sinusal, percorre os feixes internodais até chegar no nó AtrioVentricular (no nó AV existe um intervalo de 0,04s para átrios e ventrículos não se contraírem ao mesmo tempo). Depois do nó AV - o estímulo segue para o feixe de His (E e D) e depois para as fibras de purkinje No eletrocardiograma (ECG), as derivações são o registro da diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Nas derivações bipolares são a diferença entre dois eletrodos, e nas derivações unipolares a diferença entre um ponto virtual – referência- e um eletrodo. POTENCIAL DE AÇÃO: Mais alto automatismo → mais rápida a frequência Mais baixo automatismo → mais lenta a frequência Sódio entrando, célula mais positiva, com ajuda do cálcio também entrando e deixando a célula mais positiva dentro, mantendo o potencial de ação (despolarizando), na saída do potássio a célula volta a ficar negativa (repolarização) e a célula volta ao período de repouso, gerando energia (ATP dependente) REBECA KRUSE 8° MA → Vetor se afastando: onda negativa → Vetor se aproximando: onda positiva DERIVAÇÕES: Registro da diferença do potencial elétrico entre dois pontos. Nas derivações bipolares são a diferença entre dois eletrodos, e nas derivações monopolares a diferença entre um ponto virtual – referência – e um eletrodo. DERIVAÇÕES DO PLANO FRONTAL: Derivações bipolares: DI: +BE -BD DII: +PE -BD DIII: +PE -BE Derivações unipolares: aVr: BD aVI: BE aVf: PE DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL: Precordiais V1: 4° espaço intercostal na linha para esternal direita V2: 4° espaço intercostal na linha para esternal esquerda V3: entre V2 e V4 V4: 5° espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda V5: 5° espaço intercostal na linha axilar anterior V6: 5° espaço intercostal na linha axilar média SISTEMA HEXAXIAL: Rosa dos ventos A onda P no ECG representa a despolarização dos átrios e que segue de cima para baixo, da direita para a esquerda. Então nas derivações como D1, já que está indo na direção da derivação, aparece como uma onda positiva. A despolarização do septo interventricular, como está indo da esquerda para a direita e de cima para baixo, gera uma onda negativa no eletro. A onda Q. A despolarização das paredes dos ventrículos D e E, tem como resultante um vetor que está apontando para baixo e esquerda. Nesse caso a onda R. A parte final da despolarização dos ventrículos, terá o Vetor resultante para cima e direita. Onda S. A onda T representa a repolarização dos ventrículos DERIVAÇÕES: Não devem ser analisadas separadamente, se não em todo o conjunto do eletrocardiograma, pois cada derivação é uma visão diferente da mesma estimulação elétrica. DERIVAÇÕES ESPECIAIS: V3R, V4R, V5R, V6R, V7, V8, V9 REBECA KRUSE 8° MA CALIBRAGEM: 1 quadradão = 5 quadradinhos Calibração padronizada 1mV=10mm Velocidade do papel: 25mm/s Menor unidade de área 1mm vertical/ 0,04s horizontal Vertical (amplitude) 1 quadradão = 5mm Horizontal (tempo) 5 quadradinhos = 1 quadradão 0,2s INTERPRETAÇÃO DO ECG: REDEFINA Ritmo, eixo elétrico, derivação, elementos padronizados (velocidade e amplitude), frequência, intervalo PR e QT, nome do paciente, amplitude e morfologia das ondas Identificação: idade, sexo, peso, estatura, dados clínicos Ritmo: regular ou irregular Frequência cardíaca Eixo elétrico: vetor resultante Onda P Intervalo PR Complexo QRS Segmento ST/ ponto J Onda T Intervalo QT, onda U IDENTIFICAÇÃO: Informações do paciente: idade, sexo, peso, estatura, dados clínicos Identificar derivações Observar a qualidade do traçado: ausência de interferência elétrica e ausência de tremor muscular Identificar a onda P, complexo QRS e onda T RITMO: Regular ou irregular? Regular: entre as ondas R (QRS) tem a mesma distância Irregular: distância entre o QRS tem distâncias diferentes Sinusal ou não sinusal? Ritmo sinusal: no mínimo 3 1. Relação A/V (uma onda P para uma atividade QRS) 1:1 2. Onda P positiva em DI, DII e aVf (eixo 0 à +75) 3. Uma onda P precedendo cada QRS 4. Ondas P com a mesma morfologia FREQUÊNCIA CARDÍACA: Para ritmos regulares: FC= 300/quadradões ou 1500/quadradinhos Para ritmos irregulares ou bradicardíacos: Conta os QRS em 30 quadrados grandes: DII longo (6s) e multiplica por 10, se registro tipo foto Conta os QRS em 50 quadrados grandes: DII longo (10s) e multiplica por 6, se registro tipo paisagem EIXO ELÉTRICO: Eixo ventricular normal e seus desvios: Procurar no plano frontal ou periférico as duas derivações onde a inscrição do QRS seja maior Entre -30° e 90°: o eixo é normal Entre -30° e -90°: desvio do eixo para esquerda REBECA KRUSE 8° MA Entre 90° e 180°: desvio para direita Entre -90° e -180°: desvio extremo do eixo Procurar os dois maiores QRS (DI, DII, DIII, avR, avL, avF) e a resultante será no meio ou mais aproximado do maior QRS Onda P: despolarização atrial eixo 0° a + 75° Complexo QRS: despolarização ventricular eixo de -30 a +90° Onda T: repolarização ventricular eixo de -10° a +90° ECG: ONDA P: Morfologia: Arredondada monofásica Se ponteaguda: taquicardias, crianças (amplitude normal) V1 em 50% é difásica, plus-minus Duração (DII): até 0,11s (adultos) 2,5 quadradinhos Amplitude: até 0,25 mv (2,5 quadradinhos) Eixo: entre 0 e 75° (média +50) Onda P sempre deve ser sempre positiva em DI INTERVALO PR: Início da onda P até o início do QRS Stop do Nó AV Varia de acordo com a idade e a frequência cardíaca ↓0,12s (adultos): síndrome de wolff Parkinson White e estímulo não é sinusal ↑0,20 bloqueio AV COMPLEXO QRS: Morfologia variável: Ativação ventricular é representada por 3 vetores O coração pode apresentar rotação sobre os seus eixos Amplitude variável O vetor médio no plano frontal está ao redor de +60° Varia de -30° a +90° Duração de até 0,11s (2,5 quadradinhos) Maior duração: bloqueio de ramo E ou D (despolarização lenta) Nas derivações precordiais a onda R tende a aumentar a amplitude e a onda S desaparece = eletro tende a ser normal SEGMENTO ST: Importância: diagnostico de infarto Final do QRS(ponto J) até o começo da onda T Acima ou abaixo do segmento PR: supra ou infra de ST Deve estar no mesmo nível do intervalo PR Supradesnivelamento: lesão miocárdica (fase inicial do IAM) e pericardite aguda REBECA KRUSE 8° MA Infradesnivelamento: lesão miocárdica (fase inicial do IAM) e ação digitálica ONDA T: Repolarização ventricular É uma onda única, assimétrica Ramo ascendente mais lento que o descendente Ápice arredondado Seu vetor normalmente acompanha o vetor 2e A isquemia miocárdica modifica a onda T A onda T positiva apiculada: isquemia sub- endocárdica, hipercalemia Onda T negativa e apiculada: isquemia sub- epicárdica, padrão strain (SVE) Amplitude e duração não são medidas INTERVALO QT: Início do QRS até o final da onda T Períodos refratários relativo e absoluto Pode estar alterado em distúrbios eletrolíticos e por medicamentos (antiarrítmicos – ex.: amiodarona) QT longo = período refratário longo – pode desenvolver arritmias – congênito Intervalo QT é patológico se for maior do que 440ms em homens e 460ms em mulheres Fórmula de Bazett: QT corrigido ONDA U: Geralmente não se observa Não tem sinais de ser patológica Não pode ser maior do que a onda T Observada melhor nas derivações V2 e V3, pode atingir até 2mm Origem: repolarização tardias das fibras de purkinje, repolarização demorada dos músculos papilares e potenciais residuais tardios do septo ECG NA PRÁTICA: Ritmo regular, sinusal, FC: 70bpm, eixo DI e avL (-10) Ritmo regular, não sinusal (não tem onda P precedendo o QRS em DI) e baixa FC REBECA KRUSE 8° MA Ritmo regular, sinusal e taquicárdico Desvio para direita Irregular
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