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AD1 História e Turismo

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A Pré-história brasileira e o turismo: um rico potencial ainda desconhecido
O Brasil é o país que possui a maior quantidade de inscrições rupestres do mundo. 
Aqui foram catalogadas cerca de 20 espécies de dinossauros, entre eles alguns dos mais antigos do mundo.
Irei citar dois sítios arqueológicos mais antigos que registram a presença do homem pré-histórico no território que hoje é conhecido como Brasil. Ambos foram transformados em Parques Nacionais com grande importância turística, ambiental e cultura. São eles o Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no Piauí, e o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais. Além de paisagens extraordinárias de natureza que os parques oferecem, ainda há os registros de pinturas rupestres, artefatos e ossadas do nosso ancestral homo sapiens, o que demonstra que existia vida na região a milhares de anos atrás. 
Pessoalmente não conheço nenhum sítio arqueológico. Confesso que optei por este tema justamente por isso, falta de conhecimento em um assunto tão interessante e pouco explorado pelo turismo. 
Pelas reportagens lidas e que aqui irei citá-las para melhor compressão desta dissertação, vejo uma grande dificuldade em explorar o turismo nessas áreas. Infelizmente, como citado em uma reportagem, terá um cidadão que irá escrever juntamente com as pinturas rupestres, fulano de tal, do local tal esteve aqui. Esquecendo esse fulano de tal, que aquelas gravuras nas paredes remetem um tempo muito antigo e que representam a forma de vida daquele povo. O que comiam, o que caçavam, se cultivavam e até mesmo a forma de procriação entres eles. Para fazer destes parques um espaço turístico com ampla visitação teríamos que apresentar um vídeo explicando da importância do local e maior ainda a importância de preserva-lo. Talvez por isso os maiores visitantes destes parques são estrangeiros. Acredito eu que isso se deve pela evolução humana, já que o homo sapiens chegou na Europa 10 mil anos de aqui se apresentar. 
Mais indignado fiquei ao ler reportagens e mais reportagens sobre o tráfico de fósseis pelos moradores da região da Chapada do Araripe no sertão do Cariri. Entendo que são áreas de extrema pobreza e que esses moradores enxergaram um meio de renda neste crime. Porém, deveria haver um trabalho social com essas comunidades que circundam os parques. Conscientizando-os sobre a preservação e que visitação de turistas podem render mais dinheiro que venda dos fósseis.Com isso, a visitação ao parque irá perpetuar por gerações e gerações, já que os fósseis já não serão mais vendidos. Além disso, as comunidades poderiam apresentar comidas típicas, costumes, artesanatos... 
Tudo isso simplesmente por ajudar na preservação de um bem inestimável.
Há um estudo sobre a implantação de um projeto que se refere justamente ao citado acima. Será um geoparque, batizado de “Parque dos Pterossauros” (homenagem a uma espécie de dinossauro que habitou a região há cerca de 100 milhões de anos).
Acredito que este seja o caminho, e que haja um trabalho de marketing turístico trazendo informações sobre esse precioso bem até então desconhecidas pela maior parte da população brasileira e me incluo nessa maioria. O Brasil não é só praia, cachoeiras e paisagens. Temos história e bem antiga diga-se de passagem.
Enfim, foi graças a este trabalho que absorvi um pouco mais desse mundo até então desconhecido e irei me aprofundar ainda mais.
Fontes:
Reportagem do Jornal Estadão:
https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,redes-de-trafico-de-fosseis-alimentam-colecoes-no-exterior-e-prejudicam-ciencia-brasileira-entenda,70003485705
Reportagem do Jornal G1:
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/08/18/pf-entrega-a-museu-237-fosseis-contrabandeados-da-chapada-do-araripe-no-ceara.ghtml
Link para o vídeo sobre o Parque da Capivara, retirado do capítulo 209 do livro História e Turismo:
https://www.youtube.com/watch?v=S9PXGdf1JLc

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