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Questões discursivas 1. A empresa Gama Ltda. auferiu receitas ao longo do exercício de 1999, tendo,conforme determina a legislação tributária aplicável, declarado às autoridades fiscais os valores devidos a título de PIS e de COFINS. Ocorre que, embora declarados, os respectivos valores não foram recolhidos em favor da União Federal, porquanto a referida empresa passava por sérias dificuldades financeiras. A Procuradoria da Fazenda Nacional, no regular exercício de suas prerrogativas, inscreveu os citados débitos de PIS e COFINS em Dívida Ativa da União Federal em 01/01/2004. Em 05/07/2005 foi ajuizada execução fiscal para cobrança da dívida, tendo a empresa sido citada em 06/07/05. Neste contexto, indagase se foi respeitado o prazo prescricional para a cobrança (ajuizamento da ação de execução fiscal) em tela. Justifique a sua resposta indicando a base legal aplicável. 2. Contribuinte recebeu, via correio, com aviso de recebimento, em 15/01/2007, citação de execução fiscal ajuizada pelo Município de Joana do Norte, cobrando IPTU devido sobre o imóvel de propriedade do contribuinte, relativo ao ano de 1993. No extrato da certidão de dívida ativa consta a menção à notificação administrativa efetivamente recebida pelo próprio, que apôs o seu ciente, em 15/06/1998. O juiz de primeira instância ordenou por despacho datado de 05/11/2006 a citação de devedor. Como advogado contratado para defender o contribuinte que matéria de direito alegaria? 3. Em 20.5.1993, a fiscalização do ICMS do RJ lavrou auto de infração e notificou a Cia. Açucareira Ltda. para recolhimento de tributo devido e não pago. O notificado impugnou, sem sucesso, o auto de infração e, depois, recorreu administrativamente para o Conselho de Contribuintes. Em 20.7.1999, adveio a decisão definitiva, confirmando o ato da autoridade tributária. O Estado ajuizou execução fiscal relativa ao crédito, na qual o devedor foi citado, em 20.7.2000. Há possibilidade de alegar prescrição? Fundamente. 4. Uma empresa foi autuada em 10.1.1995 por insuficiência no recolhimento do ICMS relativo a operação realizada em 12.7.1990, decorrente da utilização de alíquota inferior à devida. Foram interpostos a impugnação e os recursos administrativos cabíveis. Depois da decisão final do Conselho de Contribuintes, contrária à empresa e a ela notificada em 18.11.1997, o processo administrativo ficou paralisado até dezembro de 2003, não tendo sido o crédito inscrito em dívida ativa nem ajuizado. Esclareça quais os termos inicial e final dos prazos de decadência e prescrição aplicáveis à hipótese, indicando os dispositivos legais respectivos. 5. Em processo de execução fiscal para a cobrança de R$ 1.000,00, não foi localizado o executado, nem encontrados bens sobre os quais pudesse recair a penhora, razão pela qual o juiz competente suspendeu o curso da execução e, posteriormente, determinou o arquivamento dos autos. Da decisão que ordenou o arquivamento decorreu prazo prescricional. Nessa situação hipotética, poderá o juiz reconhecer a prescrição intercorrente e decretála de imediato? Justifique sua resposta. 6. O contribuinte Pedro, morador em São Paulo, sofreu autuação em 15 de julho de 1995, de parte da Fazenda do Estado, pelo não pagamento do IPVA, por fato gerador ocorrido em 1o de janeiro de 1989. Pela falta do pagamento do IPVA, foi cobrado o valor originário de R$ 3.700,00 (três mil e setecentos reais) mais a multa de 20% (vinte por cento) com lastro na Lei n. o 4.589, de 12/08/93, vigente à época da apuração da infração. Na data do fato gerador, estava vigendo a Lei n.o 6.538, que fixava o valor originário do IPVA em R$ 1.750,00 (um mil, setecentos e cinquenta reais) e multa de 30% (trinta por cento) sobre o valor do imposto não quitado. No tocante à ocorrência ou não da decadência, qual seria o seu parecer e sua justificativa? 7. Em 1993, Tício construiu uma edícula em terreno de sua propriedade e deliberadamente deixou de efetuar a averbação da construção à margem da respectiva matrícula. Tampouco requereu à Prefeitura Municipal licença para construção, nem a informou a respeito depois que a obra estava pronta. Em fevereiro de 2000, o Município, descobrindo a existência da construção, realizou o lançamento suplementar do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU dos exercícios de 1994 a 1999, equivalente ao diferencial correspondente à construção clandestina. Tício indagalhe se esse lançamento suplementar é lícito, no tocante à ocorrência ou não da decadência. Qual seria o seu parecer e sua justificativa? 8. A empresa X ingressou com mandado de segurança para questionar a exigência de um determinado tributo e obteve medida liminar, desobrigandoa do recolhimento do tributo em questão. Posteriormente, a empresa X foi fiscalizada, e o agente fiscal lavrou auto de infração referente ao não recolhimento do referido tributo, embora a empresa X estivesse desobrigada de seu pagamento por força da mencionada liminar. O diretor jurídico da empresa indagalhe se esse procedimento do agente fiscal é lícito, no tocante à ocorrência ou não da decadência. Qual seria o seu parecer e sua justificativa? 9. (Fundação Carlos Chagas Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, em agosto de 2009): “Em abril de 2008, foi realizada fiscalização em empresa atacadista, na qual constatouse, em sua escrita fiscal, em relação ao ICMS devido no período de setembro de 2002 a novembro de 2003, que não teria havido o correspondente pagamento antecipado por parte do contribuinte e, em relação ao ICMS devido no período de dezembro de 2003 a março de 2005, teria havido pagamento antecipado a menor. Em virtude de tais fatos, foi lavrado Auto de Infração e Imposição de Multa com cobrança das diferenças de ICMS devido, mais multa e juros de mora. A regular notificação do Auto de Infração deuse em abril de 2008. Nesse caso, houve decadência em relação aos débitos do período de setembro de 2002 a novembro de 2002, mas não houve decadência em relação aos débitos do período de janeiro de 2003 a novembro de 2003.” Certo ou errado? Justifique. 10. (FGV Projetos Fiscal de Rendas do Estado do Rio de Janeiro, em082009): “Um determinado contribuinte praticou o fato gerador de um tributo de competência da União, sujeito a lançamento por homologação, tendo pagado e declarado ao fisco, no mês de março de 1984, valor inferior ao efetivamente devido. Em procedimento de fiscalização, o auditor fiscal de tributos constatou o recolhimento efetuado a menor e lavrou auto de infração constituindo o crédito tributário cabível, tendo notificado o contribuinte em junho de 1989. Inconformado com o lançamento, o contribuinte promoveu impugnação administrativa em julho de 1989, tendo seu pleito sido definitivamente julgado, em grau de recurso, em agosto de 1996, assinalado ao contribuinte o prazo de 30 dias para pagamento espontâneo do crédito tributário. Inscrito o crédito em dívida ativa em maio de 1999, o ajuizamento da ação ocorreu em novembro de 2002, tendo sido o contribuinte citado no mês subsequente. A respeito dessa situação: Ocorreu decadência? Ocorreu prescrição? Nenhuma delas? Justifique.” 11. A Fiscalização Estadual do Rio de Janeiro, em data de 23.09.2002, notificou regularmente a empresa Cabral Distribuidora de Produtos Alimentícios Ltda., da lavratura de Auto de Infração e Imposição de Multa (AIIM) contra a contribuinte, por ter apurado a venda de mercadorias em 14.04.1997, sem emissão de nota fiscal, o que implicou a falta de recolhimento do tributo devido. Em face da falta de pagamento do referido débito, o mesmo foi devidamente inscrito na Dívida Ativa em 12.11.2007, e a Execução Fiscal foi protocolizada em 18.12.2007, sendo desta mesma data o despacho do Juiz que deferiu a inicial. Citada da execução e penhorados os bens da contribuinte, há 10 (dez) dias, a empresa Cabral Distribuidora de Produtos Alimentícios Ltda. contratouo (a) para defender seus interesses. No tocante à ocorrência ou não da decadência, qual seria o seu parecer e sua justificativa? 12. Em 10 de maio de 1989, a RCT Brasil Ltda. vendeu material esportivo, acobertando a operação mediante nota fiscal falsa, e não recolheu o ICMS devido. À época, a alíquota do imposto era de 18%. Em 15 de dezembro de 1994, a empresa foi autuada em função daquela irregularidade. Inconformada com o fato de que os fiscais não intimaram o representante legal da contagem dos estoques da empresa e não concederam o prazo legal de 72 horas para a apresentação dos documentos fiscais e contábeis, a RCT Brasil Ltda. ajuizou uma ação anulatória de débito fiscal, cuja decisão transitou em julgado no dia 15 de maio de 1999, tendo o Juízo decidido pelo cancelamento da autuação em razão dos mencionados vícios formais. Em 10 de janeiro de 2000, a alíquota do ICMS foi alterada por Lei Estadual, passando a ser de 15%. Em 20 de janeiro de 2002, a empresa recebeu nova autuação pela mesma irregularidade cometida em 1989. No tocante à ocorrência ou não da decadência, qual seria o seu parecer e sua justificativa?
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