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Apostila - Texaco 2

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Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação 
Fundamentos de Lubrificação 
O objetivo desta apostila é ressaltar a importância dos lubrificantes para o bom desempenho dos veículos e 
máquinas, assim como apresentar as novas especificações dos lubrificantes, visando sua correta aplicação, 
contribuindo para o aumento da vida útil das peças que o utilizam. Além disso, oferecer uma melhor 
familiarização para os profissionais envolvidos com a área de manutenção em relação aos aspectos básicos da 
lubrificação das máquinas e equipamentos utilizados nos diversos segmentos automotivos e industriais, 
permitindo uma compreensão melhor das funções importantes dos atuais lubrificantes. 
Introdução 
Este material foi elaborado pelo Departamento de Tecnologia da Texaco Brasil LTDA. e não pode ser 
reproduzido, integralmente ou parcialmente, sem autorização prévia do mesmo. 
Emissão: Junho de 2005 1 
Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação 
1 PETRÓLEO 5 
1.1 Origem do petróleo 5 
1.2 Composição química do petróleo 5 
2 ÓLEOS BÁSICOS 6 
2.1 Descrição 6 
2.2 Processo de produção de óleos básicos 6 
2.3 Propriedades dos grupos de básicos 7 
2.4Dúvida frequente sobre básicos: Os óleos básicos do grupo I são sintéticos? 8 
3 ADITIVOS 9 
3.1 Anticorrosivos 9 
3.2 Antidesgaste 9 
3.3 Antiespumante 9 
3.4 Antioxidantes 9 
3.5 Detergentes 9 
3.6 Dispersantes 9 
3.7 Extrema Pressão 9 
3.7.1 Four Ball 10 
3.7.2 Timken 1 
3.8 Melhoradores do Índice de Viscosidade 12 
3.9 Rebaixadores do Ponto de Fluidez 12 
3.10 Modificadores de atrito 12 
3.1 Outros aditivos 12 
4 ÓLEOS LUBRIFICANTES 13 
4.1 Produção de lubrificantes 13 
4.2 Propriedades dos óleos lubrificantes 13 
4.2.1 Viscosidade 1 3 
4.2.2 Índice de Viscosidade (IV) 14 
4.2.3 Ponto de fluidez 14 
4.2.4 Ponto de fulgor 15 
4.2.5 Cor 15 
4.2.6 Densidade 16 
4.2.7 Outras propriedades 16 
5 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE VISCOSIDADE 17 
5.1Sistema de Classificação de Viscosidade SAE J300 para Óleos de Motor 17 
5.2Sistema de Classificação de Viscosidade SAE J306 para Óleos de Transmissão Manual e Diferencial 19 
Fundamentos de Lubrificação Índice 
Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação 
5.3Sistema de Classificação de Viscosidade ISO para Óleos Industriais 20 
5.4Sistema de Classificação de Viscosidade AGMA para Óleos Industriais 20 
5.5 Outras classificações de viscosidade 21 
6 CLASSIFICAÇÕES DE DESEMPENHO 2 
6.1 Classificações americanas 2 
6.1.1Classificação API para óleos de motores a gasolina 2 
6.1.2Classificação ILSAC para óleos de motores a gasolina 23 
6.1.3Classificação API para óleos de motores a diesel 24 
6.1.4 Programa de certificação da API 25 
6.2 Classificações Europeias 26 
6.2.1Classificação ACEA para óleos de motores a gasolina e diesel leve 26 
6.2.2Classificação ACEA para óleos de motores a diesel pesado 27 
6.3 Classificações de fabricantes automotivos 30 
6.3.1 Ford 30 
6.3.2 Mercedes 30 
6.3.3 Volkswagen 31 
6.3.4 Volvo 31 
6.4Classificações para Motores 2 tempos refrigerados a ar 32 
6.5Classificações para Motores 2 tempos refrigerados a água 32 
6.6Classificação API para óleos de transmissões manuais e eixos 3 
6.7 Classificações de óleos de transmissões automáticas 34 
6.7.1 Dexron (GM) 34 
6.7.2 Allison 34 
6.7.3 Caterpillar 35 
6.7.4 ZF 35 
6.7.5 Classificações de fluidos para freios 36 
6.8 Classificação AGMA 37 
6.9 Especificações DIN para óleos industriais 38 
6.10 Classificações de fabricantes industriais 42 
7 GRAXAS LUBRIFICANTES 4 
7.1 Definição 4 
7.2 Aplicação de Graxa 4 
7.3 Fabricação 4 
7.4 Tipos de Graxas 45 
7.4.1 Tabela de compatibilidade de graxas 47 
7.5 Propriedades 48 
7.5.1 Consistência 48 
7.5.2 Ponto de gota 50 
7.5.3 Bombeabilidade 50 
7.6 Classificação para graxas 52 
7.6.1 Sistema de classificação de graxas da NLGI 52 
7.6.2 Especificações DIN para graxas 53 
Fundamentos de Lubrificação 3 
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8 MÓDULO AUTOMOTIVO 5 
8.1 Motores a gasolina, álcool e Gás Natural 5 
8.2 Motores diesel 56 
8.3 Transmissões Manuais 58 
8.4 Transmissões Automáticas 58 
8.5 Diferenciais Convencionais 59 
8.6 Diferenciais Autoblocantes 60 
8.7 Direções Hidráulicas 60 
8.8 Sistemas de Freio 61 
8.9 Sistema de Arrefecimento 63 
8.9.1 Aplicação 63 
8.9.2Tipos de inibidores / Vantagens do inibidor do tipo carboxilato 63 
8.10 Graxas Automotivas 64 
8.10.1 Cubos de roda 64 
8.10.2 Suspensão 64 
8.10.3 Quinta Roda 64 
9 MÓDULO INDUSTRIAL 65 
9.1 Compressores 65 
9.2 Compressores de ar 65 
9.3 Compressores de refrigeração 6 
9.4 Compressores para Gases Industriais 6 
9.5 Redutores 6 
9.5.1 Tipos de lubrificantes para redutores 67 
9.6 Sistema Hidráulico 68 
9.6.1 Tipos de lubrificantes para sistemas hidráulicos 68 
9.7 Graxas Industriais 69 
10 GLOSSÁRIO 70 
Fundamentos de Lubrificação 4 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
1 Petróleo 
1.1 Origem do petróleo 
Pela teoria orgânica, o petróleo, tal como é encontrado hoje na natureza, resultou da matéria orgânica 
depositada em conjunto com partículas rochosas durante a formação das rochas sedimentares milhões de anos 
atrás. 
1.2 Composição química do petróleo 
O petróleo é constituído quase inteiramente por carbono e hidrogênio em várias combinações químicas 
(hidrocarbonetos). Dependendo dos tipos de hidrocarbonetos predominantes em sua composição, o petróleo 
pode ser classificado em base parafínica e base naftênica. No caso de não haver predominância de um tipo de 
composto sobre o outro, o petróleo é classificado como base mista. 
Certas características físico-químicas do petróleo, como fluidez, cor e odor, podem variar em função de sua 
composição e do local extraído. 
A figura abaixo classifica os derivados de petróleo, de acordo com o número de carbonos. 
Número de hidrocarbonetos 1 
C20 - C40 Diesel 
C22 - C48 Óleos básicos minerais 
C40 + Combustíveis pesados 
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Fundamentos de Lubrificação 
2Óleos básicos 
Nas refinarias, o petróleo é processado e uma grande quantidade de subprodutos é obtida. Algumas das 
refinarias possuem unidades especiais para tratamento e processamento destes subprodutos que depois de 
tratados serão denominados “óleos básicos”. 
Os óleos básicos são a matéria-prima principal para a produção dos diversos tipos de lubrificantes. Os básicos 
obtidos do petróleo são classificados conforme abaixo: 
Figura 2.1 
2.2 Processo de produção de óleos básicos 
O tratamento dos básicos está em constante evolução, com o objetivo de melhorar suas propriedades e 
diferenciar os mesmos comercialmente. 
Na figura 3, uma visão simplificada de como os diferentes grupos de básicos são obtidos e quais são processos 
que afetam diretamente as suas propriedades físico-químicas finais. 
Ligação 
CH3 CH3 
CH3 
CH3 CH3CH3 
CH3 
Tipo 
Óleos Básicos Aromáticos 
Algumas Aplicações 
Óleos de motor, óleos hidráulicos e óleos de engrenagens. 
Extensores e emolientes na indústria de borracha. 
Óleos Básicos Nafténicos 
Óleos para transformadores, compressores de refrigeração e compressores de ar. 
Óleos Básicos Parafínicos 
Figura 2.2 
2.3 Propriedades dos grupos de básicos 
Para permitir que os diferentes grupos de básicos possam ser comparáveis comercialmente e substituíveis no 
processo de produção de lubrificantes, os óleos básicos foram classificados em grupos que levam em 
consideração as propriedades abaixo: 
•Teor de enxofre 
Estas propriedades serão vistas mais adiante nesta apostila e também estão detalhadas no glossário. 
Algumas das especificações mais modernas de óleos de motor e de transmissão têm limites tão severos que o 
uso de básicos de maior qualidadepassa a ser obrigatório. Os básicos de melhor qualidade também possuem 
melhores características de Ponto de fluidez, Resistência à oxidação e Volatilidade. 
GLP Nafta 
Gasolina Querosene Diesel 
Combustíveis Pesados 
Petróleo 
Gás Natural 
Lubrificante Destilado e Gás-Óleo 
Torre de Destilação a Vácuo 
Reação Fischer - Tropsch Hidroprocessamento Óleo Básico GTL 
Craqueamento da Nafta Eteno Síntese Deceno Polimerização 
Grupo IV Sintéticos (PAO) 
Hidrocraquamento de Alta Temperatura 
Hidrocraquamento de Baixa Temperatura 
Extração por SolventeDesparafinação por SolventeExtração por Solvente Hidrotratamento 
Desparafinação 
Catalítica Hidroacabamento Grupo I 
Óleo Mineral não Convencional 
Desparafinação Catalítica 
Grupo I 
Óleo Mineral não Convencional 
Grupo I 
Óleo Mineral Convencional 
= Processos = Produtos 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
Figura 2.3 
Segundo o parecer da Corte de Apelação Americana de 1999 (National Appeals Division - NAD), os óleos dos 
grupos I podem ser chamados de sintéticos. Isto é válido para todo o mundo, exceto Alemanha. 
A Chevron, por exemplo, faz uso do termo “formulado com ISOSYN” para diversos produtos fabricados nos EUA 
com básicos do grupo I, como indicação de uso de básico de melhor qualidade. 
2.4 Dúvida freqüente sobre básicos: os óleos básicos do grupo I são sintéticos? Poli-interna-olefinas (PIOs) 
Grupo 
Enxofre, Saturados, % I.V. % pesovolume 
Todas polialfaolefinas (PAOs) Todos os básicos não incluídos nos grupos de I a IV (Nafténicos e sintéticos não 
PAOs) 
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Fundamentos de Lubrificação 
3 Aditivos 
Os aditivos são compostos químicos que melhoram ou atribuem propriedades aos óleos básicos que serão 
usados na fabricação de lubrificantes e graxas. Esses aditivos químicos têm diferentes funções e normalmente 
pertencem a uma das categorias descritas abaixo. 
Estes aditivos protegem as superfícies metálicas lubrificadas do ataque químico pela água ou outros 
contaminantes. 3.1 Anticorrosivos 
Estes aditivos formam um filme protetor nas superfícies metálicas, evitando o rompimento da película 
lubrificante, quando o óleo é submetido a cargas elevadas. A formação deste filme ocorre a temperaturas 
pontuais de até 300°C. 
3.2 Antidesgaste 
Têm a propriedade de fazer com que esta espuma formada na circulação normal do óleo se desfaça o mais 
rápido possível. 
3.3 Antiespumantes 
Têm a propriedade de aumentar a resistência à oxidação do óleo. Retardam a reação com o oxigênio presente 
no ar, evitando a formação de ácidos e borras e, conseqüentemente, prolongando a vida útil do óleo. Evitando a 
oxidação, minimizam o aumento da viscosidade e o espessamento do óleo. 
3.4 Antioxidantes 
Têm a propriedade de manter limpas as partes do motor. Também têm basicidade para neutralizar os ácidos 
formados durante a combustão. 
3.5 Detergentes 
Têm a propriedade de impedir a formação de depósitos de produtos de combustão (fuligem) e oxidação (borra) 
nas superfícies metálicas de um motor, mantendo estes produtos indesejáveis em suspensão de modo que 
sejam facilmente retidos nos filtros ou removidos quando da troca do óleo. 
3.6 Dispersantes 
Estes aditivos reagem com o metal das superfícies sob pressão superficial muito elevada, formando um 
composto químico que reduz o atrito entre as peças. Minimizam o contato direto entre as partes, evitando o 
rompimento da película lubrificante, quando o óleo é submetido a cargas elevadas. Esta reação se dá a 
temperaturas pontuais elevadas (cerca de 500°C). Estes aditivos são comumente utilizados em lubrificantes de 
engrenagens automotivas e industriais e também em graxas. 
3.7 Extrema Pressão 
Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação 
Fundamentos de Lubrificação 
Existem dois ensaios principais para avaliar a capacidade de um óleo lubrificante de suportar cargas elevadas 
em serviço. A capacidade EP de um óleo depende quase que integralmente dos aditivos de Extrema Pressão 
adicionados ao produto. 
O método Four Ball ASTM D-2783 é um ensaio que avalia as propriedades de extrema pressão do lubrificante, 
utilizando uma esfera de aço que gira na parte superior a 1760 rpm sobre 3 outras esferas que estão imóveis em 
uma cuba de teste recoberta com o óleo. Os testes são feitos aumentando a carga até ocorrer a soldagem. 
Figura 3.1 a 
O método Four Ball ASTM D-4172 é um ensaio que avalia as propriedades antidesgastes do lubrificante, 
semelhante ao ASTM D-2783, porém, neste caso, após o ensaio, mede-se o diâmetro das escariações sofridas 
pelas esferas, em m. 
o teste é concluído quando ocorre a solda 
Figura 3.1 b 
Ae sferad e cima gira a 1.800 RPM 
Forçad aC arga 
Ae sferad e cima gira a 1.800 RPM 
Amostra do Lubrificante 
Forçad aC arga 
Amostra do Lubrificante 
Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação 
Fundamentos de Lubrificação os diâmetros das marcas de desgastes são medidos horizontalmente e 
verticalmente 
Figura 3.1 c 
Este teste para óleos lubrificantes é feito sob o método ASTM D-2782. É um ensaio que avalia as propriedades 
de extrema pressão do lubrificante. 
Um anel de aço gira contra um bloco de aço. São colocados pesos (libras), fazendo com que o anel exerça 
pressão sobre o bloco que está imóvel. Ao final, avalia-se o bloco, ou seja, se a aditivação presente no óleo não 
se rompeu, danificando o bloco. 
Para graxas os ensaios são ligeiramente diferentes e são, portanto, definidos por outros métodos: •O método 
Four Ball ASTM D-2596 avalia as propriedades de extrema pressão da graxa até ocorrer a soldagem. 
•O método Four Ball ASTM D-26 avalia as propriedades de antidesgaste da graxa, medindo o diâmetro das 
escariações. 
Figura 3.2 
O detalhe mostra como o copo de teste fricciona de encontro ao bloco de teste 
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Fundamentos de Lubrificação 
3.8 Melhoradores do Índice de Viscosidade 
Para graxas o ensaio é ligeiramente diferente e, portanto, definido por outro método: 
•O método Timken ASTM D-2509 avalia as propriedades de extrema pressão da graxa, observando os danos 
causados no bloco de teste. 
Têm a função de reduzir a tendência dos óleos lubrificantes variarem a sua viscosidade com a variação da 
temperatura. 
3.9 Rebaixadores do Ponto de Fluidez 
Melhoram a fluidez dos óleos quando submetidos a baixas temperaturas, evitando a formação de cristais que 
restringem o fluxo dos mesmos. 
Os aditivos modificadores de atrito reduzem a energia necessária para deslizar partes móveis entre si, formando 
uma película que se rompe com o movimento, mas que se recompõe automaticamente. São empregados em 
óleos de motores (para aumento de eficiência), em sistemas de freio úmido, direções hidráulicas e diferenciais 
autoblocantes (para diminuição de ruídos), em transmissões automáticas (para melhorar o acionamento das 
embreagens e engrenagens) e também em graxas para Juntas Homocinéticas (para o aumento de eficiência). 
Podem ser substâncias orgânicas (teflon), inorgânicas (grafite, bissulfeto de molibdênio) ou organometálicas (a 
base de molibdênio ou boro). 
Além destes tipos de aditivos, existem vários outros de uso corrente como corantes, agentes de adesividade, etc. 
Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação 
Fundamentos de Lubrificação 
4 Óleos lubrificantes 
Os óleos lubrificantes apresentam certas características próprias que lhes são conferidas pela sua composição 
química (resultante do petróleo bruto), pelo tipo de refino, pelos tratamentos adicionais realizados e pelos 
aditivos utilizados. 
Abaixo esquema simplificado da produção de óleos lubrificantes: 
4.1 Produção de lubrificantes 
= Componentes 
Misturador em Linhaou 
Tacho de Mistura Óleo Lubrificante 
= Processo = Produto 
Óleo Básico 1 
Óleo Básico 2 Aditivos 
Figura 4.1 
A viscosidade é a resistência ao movimento (fluxo) que um fluido apresenta a uma determinada temperatura. 
O método de medição mais empregado atualmente é o de viscosidade cinemática. Neste método, é medido o 
tempo que um volume de líquido gasta para fluir (sob ação da gravidade) entre dois pontos de um tubo de vidro 
capilar calibrado. A unidade de viscosidade cinemática é expressa em centistokes (cSt) ou em mm2/s, conforme 
o sistema métrico internacional. 
4.2 Propriedades dos óleos lubrificantes 4.2.1 Viscosidade 
 
Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação 
Fundamentos de Lubrificação 
Figura 4.2 
Tubo de Viscosidade Cinemática 
Sucção do fluido até a marca do início 
Marca do início Marca do fim 
Seção capilar 
Segundos 
Outros métodos de cálculo de viscosidade cinemática ainda muito citados em manuais e literatura técnica em 
geral são SSU (Saybolt Segundo Universal) e Engler. 
A viscosidade é uma das propriedades mais importantes a serem consideradas na seleção de um lubrificante, 
pois este deve ser suficientemente viscoso para manter uma película protetora entre as peças em movimento 
relativo, e também não ser tão viscoso que ofereça resistência excessiva ao movimento entre as peças. 
É um número empírico que expressa a taxa de variação da viscosidade com a variação da temperatura. Quanto 
mais alto o IV de um óleo lubrificante, menor é a variação de sua viscosidade ao se variar a temperatura. De um 
modo geral, os óleos parafínicos possuem um IV maior que os óleos naftênicos. (Veja mais detalhes no 
glossário) 
4.2.2 Índice de Viscosidade (IV) 
É a menor temperatura em que um óleo flui livremente, sob condições preestabelecidas de ensaio. Esta 
característica é bastante variável, e depende de diversos fatores como: origem do óleo cru, tipo de óleo e 
processo de fabricação. (Veja mais detalhes no glossário) 
4.2.3 Ponto de fluidez 
 
Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação 
Fundamentos de Lubrificação 
É a menor temperatura na qual um óleo desprende vapores que, em presença do ar, provocam um lampejo ao 
aproximar-se de uma pequena chama da superfície do óleo. Este ensaio permite estabelecer a máxima 
temperatura de utilização de um produto, evitando riscos de incêndio e/ou explosão. 
4.2.4 Ponto de fulgor 
Dentre vários métodos empregados para a determinação de cor, o mais usual é o ASTM - 1500. Neste método, 
uma amostra líquida é colocada no recipiente de teste e, utilizando uma fonte de luz, esta amostra é comparada 
com discos de vidro colorido, que variam em valor de 0,5 a 8,0. Quando não é encontrada uma equivalência 
exata e a cor da amostra fica entre duas cores padrão, relata-se a mais alta. Assim, um óleo que tenha a cor 
entre 2,5 e 3,0 será reportado L3,0. 
A cor dos óleos não tem relação direta com as características lubrificantes e nem com a viscosidade, um óleo 
mais claro não é necessariamente menos viscoso. 
Qual a importância da cor em um lubrificante? 
1)Identificação de vazamentos. Por esta razão muitas vezes são adicionados corantes nos óleos para facilitar a 
identificação dos mesmos. 
2)Atrativo comercial. Óleos mais claros ou coloridos artificialmente podem dar uma idéia de produtos de maior 
qualidade. 
3)Facilitar a visualização das peças (nos casos de produtos para usinagem). 4)Não interferir na cor do produto 
final quando o óleo fizer parte da composição do mesmo. 
A tabela a seguir é apenas uma referência de cores para uso didático, não pode ser utilizada como padrão de 
cores. 
4.2.5 Cor 
Figura 4.3 
Color Conversion Table (ASTM D 1500) 
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Fundamentos de Lubrificação 
É a relação entre o peso do volume do óleo medido a uma determinada temperatura e o peso de igual volume de 
água destilada. Também é conhecida como massa específica. 
A maior parte dos produtos líquidos de petróleo são manipulados e vendidos por volume, porém, em alguns 
casos, é necessário conhecer o peso do produto. Conhecendo-se a densidade, é possível converter volume para 
peso e vice-versa. 
4.2.6 Densidade 
Além das propriedades detalhadas acima, existem outras como: •Ponto de anilina 
• Volatilidade 
•Ponto de inflamação 
•Ponto de congelamento 
4.2.7 Outras propriedades 
 
 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
5 Sistemas de classificação de viscosidade 
Existem várias classificações de viscosidade para óleos lubrificantes. Para escolher o óleo adequado, o usuário 
deve levar em consideração a viscosidade correta do óleo para cada aplicação. 
A SAE desenvolveu a Classificação de Viscosidade para Óleos de Motor SAE J300, que tem sido modificada 
com o passar dos anos e estabelece 1 diferentes graus de viscosidade do óleo de motor, conforme tabela 
abaixo. 
5.1 Sistema de Classificação de Viscosidade SAE J300 para Óleos de Motor 
Classificação de viscosidade para óleos de motor 
Figura 5.1 
Viscosidade máximab (cP) Viscosidade máximac (cP) 
Viscosidaded 
Viscosidades a Altas TemperaturasViscosidades a Baixas Temperaturas 
Grau de 
Viscosidade SAE 
SAE J300 Janeiro 2001a e)Viscosidade após cisalhamento de 10s, e temperatura de 150ºC utilizando o 
Viscosímetro simulador de rolamento selado - Método ASTM D 4683. 
f)Para óleos SAE 0W40, 5W40 e 10W40. g)Para óleos SAE 15W40, 20W40, 25W40 e 40. 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
O desenvolvimento dos aditivos melhoradores de índice de viscosidade possibilitou a fabricação dos óleos de 
múltipla graduação. Esses óleos também chamados de multiviscosos ou multigraus, como o SAE 5W-30 e SAE 
15W-40, são largamente usados porque são fluidos o bastante em baixas temperaturas, para permitir uma 
partida mais fácil do motor, e suficientemente espessos a altas temperaturas, para terem um desempenho 
satisfatório. No gráfico a seguir, podemos observar o comportamento da viscosidade de um óleo multigrau 
comparado com óleos monograus. 
Gráfico comparativo entre óleos monograus e multigraus 
Temperatura (ºC) 
Viscosidade 
Cinemática 
(cS t) 
SAE15W40 
Figura 5.2 
Com a ajuda do gráfico, torna-se simples concluir porque um motor trabalha melhor com um óleo multigrau do 
que com um monograu. 
•A viscosidade em baixa temperatura (por exemplo, 5W ou 10W) indica a rapidez com que um motor fará a 
partida no inverno e a facilidade com que o óleo fluirá para lubrificar as peças críticas do motor em baixa 
temperatura. Quanto mais baixo for o número, mais facilmente o motor poderá fazer a partida no tempo frio. 
•A viscosidade em alta temperatura (por exemplo, 30 ou 40) proporciona a formação de película adequada para 
uma boa lubrificação em temperaturas operacionais (motor quente). 
Nossa orientação, quanto ao grau de viscosidade do óleo, é seguir as recomendações dos fabricantes de 
veículos para a viscosidade do óleo de cárter mais apropriada para o projeto do seu veículo. 
 
Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação 
Fundamentos de Lubrificação 
A SAE também desenvolveu uma Classificação de Viscosidade para Óleos de Diferencial e de Transmissão 
Manual SAE J306, que tem sido modificada com o passar dos anos. Hoje estabelece nove diferentes graus de 
viscosidade do óleo de diferencial. 
Existe uma proposta para que sejam acrescidos mais dois graus de viscosidades (SAE 110 e 190) e também 
alterados os limites das viscosidades SAE 90 e SAE 140 para representar melhor a diferença entre os produtos 
que estão no mercado. 
5.2Sistema de Classificação de Viscosidade SAE J306 para Óleos de Transmissão Manual e Diferencial 
Mínimo Máximo Mínimo Máximo 
ViscosidadeCinemática a 1000C, cSt (ou mm2/s) 
Viscosidade 
Grau de 
Viscosidade SAE 
Temperatura Máxima para Viscosidade de 150.0 mPa.sec, 0C 
Grau de 
Viscosidade SAE 
Reimpresso com a permissão da SAE J306 © 2004 Society of Automotive Engineers, Inc. 
Classificação de viscosidade para óleos de caixas de mudanças e diferenciais: 
Figura 5.3 
Este sistema tem função análoga ao sistema para óleos de motor. Aqui também o sufixo “W” indica graus de 
viscosidade destinados a uso em baixas temperaturas ambiente (locais de clima muito frio). 
A medida de viscosidade para baixa temperatura de engrenagens é feita através do ensaio de viscosidade 
dinâmica Brookfield porque representa melhor as propriedades de fluidez dos óleos de engrenagens (do que 
ensaios de ponto de fluidez, por exemplo). 
Estudos comprovam a excelente correlação entre a temperatura em que ocorre a lubrificação de um eixo 
automotivo na partida em baixa temperatura e falhas por lubrificação inadequada em óleos acima 150.0 cP. 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
O sistema de classificação ISO é mais simples e leva em consideração apenas a viscosidade do produto à 400C. 
5.3 Sistema de Classificação de Viscosidade ISO para Óleos Industriais 
Grau de 
Viscosidade ISO 
Ponto Médio da 
Viscosidade, cSt à 400C 
Unidades Equivalentes em SUSMínimoMáximo 
Limites da Viscosidade Cinemática, cSt à 400C 
Figura 5.4 
O sistema de classificação AGMA classifica os lubrificantes para engrenagens abertas ou fechadas, levando em 
consideração não só a viscosidade dos óleos, mas também a aditivação dos produtos. A AGMA classifica os 
óleos como: 
•EP (Antidesgaste / Extrema Pressão) 
•CP (Óleos compostos - com 3 a 10% de gordura mineral ou sintética - freqüentemente empregados em 
engrenagens do tipo coroa / sem-fim) 
5.4 Sistema de Classificação de Viscosidade AGMA para Óleos Industriais 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
A classificação AGMA estabelece também diversos limites. Dentre eles: •Viscosidade máxima de 150.0 cP (a 5 
graus abaixo da temperatura de partida do equipamento) 
•Valores máximos de formação de espuma 
É importante ressaltar que na classificação atual (emitida em 2002) houve uma mudança significativa nas 
viscosidades dos números AGMA 10, 1 e 12 para poderem alinhar com os graus de viscosidade ISO. Para 
equipamentos antigos, deve-se conferir a viscosidade adequada especificada pelo fabricante (não se deve ater 
apenas ao número AGMA quando da recomendação de lubrificantes). 
Mínimo Máximo 
Limites de Viscosidade2 
Cinemática a 400C (cSt) Viscosidade2 
Média a 400C(cSt) 
ISO Número AGMA 
1) Revisão da ANSI/AGMA 9005-D94. 
2) A unidade usual para a viscosidade cinemática é o centistoke (cSt), que é equivalente a m/s 
Extraído da ANSI/AGMA 9005-02, lubrificação de engrenagens industriais, com a permissão da emitente, a 
American Gear Manufacturers Association, 500 Montgomery Street, Suite 350, Alexandria, Virginia, USA, ZIP 
Code 22314 
ANSI / AGMA 9005-E021 
Figura 5.5 
Existem outras classificações de viscosidade específicas para máquinas operatrizes (como as normas ASLE). 
Entre em contato, se necessário. 
5.5 Outras classificações de viscosidade 
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Fundamentos de Lubrificação 
6 Classificações de desempenho 
Os fabricantes de equipamentos e a indústria petrolífera vêm desenvolvendo várias maneiras de classificar e 
descrever os lubrificantes, tentando atender as evoluções dos equipamentos, as condições operacionais, 
qualidade e tipos de combustíveis empregados e, mais recentemente, legislações ambientais (atuais e futuras), 
principalmente relativas a emissões. 
Na área automotiva, as classificações são: •por tipo de ciclo de motor: Otto (gasolina, álcool, gás natural ) e 
diesel 
•por tipo de veículo: leve (automóveis, pick-ups e utilitários) e pesados (caminhões, ônibus e equipamentos 
pesados) 
•por revoluções de funcionamento: 2 tempos e 4 tempos 
•por área geográfica : americanas, européias e asiáticas 
A letra “S” seguida de outra letra (por exemplo, SL) refere-se a óleo adequado para motores a gasolina. Segundo 
a API, “S” é uma categoria para serviço de uso pessoal (service). Por coincidência, “S” pode representar “spark 
ignition” (ignição por centelha), que é a forma da combustão nos motores a gasolina. A segunda letra é atribuída 
alfabeticamente na ordem de desenvolvimento. 
6.1 Classificações americanas 6.1.1 Classificação API para óleos de motores a gasolina 
Figura 6.1 
Especificações vigentes Especificações obsoletas Comercialização proibida pela ANP 
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Fundamentos de Lubrificação 
Figura 6.2 
Oxidação Depósitos 
Ferrugem 
CorrosãoDesgaste Depósito no Pistão 
Estabilidade ao Cisalhamento 
Figura 6.3 GF-4/SM GF-3/SL GF-2/SJ 
Controle de Depósito nos Pistões 
Consumo de óleo (Volatilidade) e proteção dos sistemas de emissões (limites p/P e S) 
Economia de combustível (inicial e retenção) 
Desgaste do comando de válvulas 
Espessamento do óleo e controle de depósitos de alta temperatura 
Controle de borra de baixa temperatura 
A API criou também um sistema de certificação de fácil visualização (apenas os produtos que atendem a última 
especificação podem receber o símbolo conhecido como “Starburst” nas suas embalagens). Os óleos têm 
correlação direta com os óleos da classificação API, mas atendem a testes de performance mais severos, entre 
eles o de economia de combustível. As classificações são na seqüência histórica GF-1(SH), GF-2(SJ), GF-3(SL), 
GF-4(SM) . 
A ILSAC (International Lubricant Standardization and Approval Committee) compreende os fabricantes 
americanos (AAMA) e japoneses (JAMA). 
6.1.2 Classificação ILSAC para óleos de motores a gasolina 
Abaixo um comparativo entre as classificações mais recentes: 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
A letra “C” seguida de outra letra (por exemplo CF) refere-se a óleo adequado para motores diesel. Segundo a 
API, “C” é uma categoria para uso comercial (commercial). Por coincidência, a letra “C” representa “Compression 
Ignition” (ignição por compressão), que é a forma de ignição dos motores diesel. A segunda letra também é 
atribuída alfabeticamente na ordem de desenvolvimento. 
Como pode ser visto no gráfico, há uma subdivisão na categoria API para motores a diesel para atender os 
segmentos de motores diesel de dois tempos (principalmente ferroviários), motores diesel grandes (com foco nos 
motores marítimos que consomem combustíveis de alto teor de enxofre) e motores “rodoviários” (onde estão 
incluídas as especificações mais modernas para motores de caminhões e ônibus). 
Especificações vigentes Especificações obsoletas Comercialização proibida pela ANP 
Quatro tempos 
Multigrau 
Recirculação de gases de escape (EGR) e controle de desgaste CH-4 
1998 Quatro tempos 
Multigrau 
Melhor comportamento em presença de fuligem elevada CG-4 
Quatro tempos 
Multigrau Enxofre < 0,05% 
Quatro tempos 
Multigrau 
Injeção direta CE 
Quatro tempos Multigrau 
Dois tempos Monograu 
Quatro tempos 
Monograu Enxofre > 0,5% 
Dois tempos Monograu 
Figura 6.4 
 
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Fundamentos de Lubrificação Abaixo um comparativo entre as classificações mais recentes: 
API CI-4 API CH-4 API CG-4 API CF-4 API CF 
Depósito nos Pistões CorrosãoEstabilidade ao Cisalhamento 
Espessamento por FuligemAeração do Óleo 
Desgaste no Comando de VálvulaOxidação 
Bombeabilidade do Óleo Usado Desgaste nos anéis e Camisas 
Consumo de LubrificanteEntupimento do Filtro de Óleo Borra 
Figura 6.5 
Este programadefine, certifica e monitora o desempenho do óleo de motor que os fabricantes de veículos e 
motores consideram necessário para a vida e o desempenho satisfatórios do equipamento. O sistema inclui um 
processo de auditoria anual para verificar se os produtos licenciados no mercado cumprem os termos do acordo 
de licenciamento da API. 
6.1.4 Programa de certificação da API 
Figura 6.6 xxW-y SAE 15W-40 
PI SERVICE CI-4/ 
CI-4 PLUS 
API Certification Mark 
“Starburst” API Service Symbol“Donut” API Service Symbol “Donut” with CI-4 PLUS 
(1) Starburst: produtos com este símbolo atendem a especificação ILSAC vigente. (2) Nível de Desempenho: “S” 
para motores a gasolina e “C” para motores a diesel. (3) Classificação de Viscosidade SAE. (4) Energy 
Conserving: produto que auxilia na redução do consumo de combustível. (5) Exemplo de um produto que atende 
a especificação CI-4 Plus. 
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Fundamentos de Lubrificação 
6.2 Classificações Européias 
6.2.1 Classificação ACEA para óleos de motores a gasolina e diesel leve 
Em 2004 a ACEA unificou as duas classificações que historicamente eram distintas: A classificação ACEA A”X” 
para motores a gasolina e a classificação ACEA B”X” para motores a diesel de veículos leves. Isto faz bastante 
sentido na Europa porque praticamente todos os veículos estão disponíveis nas duas motorizações. 
Em 2004 foi criada uma classificação específica para os veículos equipados com catalizadores especiais para 
redução de poluentes. Estes óleos ACEA C”X” têm um nível de desempenho equivalente a um ACEA A5/B5, 
mas com limites químicos bastante mais restritivos. 
A2-96 A2-96 B2-98 
Carros de passageiros e pick-ups 
Motores a gasolina 
Carros de passageiros e pick-ups Motores a diesel 
2004 Carros de passageiros e pick-ups Motores a gasolina e a diesel 
Baixa emissão 
A1-98 
A1-96 A2-96 G4 
A3-98 
A3-96 
B1-98B1-96 B2-98B2-96 B3-98 B3-96 
PD2 B4-98 PD1 
C3-04 C2-04 
C1-04A3/B3-04A1-02 A1/B1-04 A3-02 A5-02 B1-02 A3/B4-04 
B3-98 
A5/B5-04 
B4-02 B5-02 
Especificações vigentes Especificações obsoletas Especificações obsoletas com limites mais severos 
Figura 6.7 
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Fundamentos de Lubrificação 
Carros de passageiros e pick-ups Motores a diesel e gasolina 
Maior Intervalo de Troca 
Economia de Combus tív el 
A1/B1-04 A5/B5-04 
A3/B3-04 A3/B4-04 
Figura 6.8 
6.2.2 Classificação ACEA para óleos de motores a diesel pesado 
Em 2004 foi criada uma classificação específica para os veículos equipados com catalizadores especiais para 
redução de poluentes. Estes óleos ACEA E6 têm um nível de desempenho equivalente a um ACEA E7, mas 
limites químicos bastante mais restritivos. 
 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
Figura 6.9 
1990CCMC Especificações vigentes 
Especificações obsoletas Especificações obsoletas com limites mais severos 
Baixa emissão 
Veículos pesados Motores a diesel 
E4-9 
ISSUE 3 E7-04 
E6-04 
E2-96 ISSUE 5 
E5-02 
E5-9E4-9 E4-98 
E3-96D5 
E2-96E1-96 D4 
E4-9 
ISSUE 2E3-96 ISSUE 4E2-96 ISSUE 4 
E2-96 
ISSUE 3 E3-96 ISSUE 3 
E1-96 
ISSUE 2 E2-96 ISSUE 2 E3-96 ISSUE 2 
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Fundamentos de Lubrificação 
Veículos pesados Motores a diesel 
Maior Intervalo de Troca 
Se veridade do Ser viço 
E2 E4 
E6 E7 
E6 – Baixa emissão 
E4 - Injeção direta 
Depósito no Pistão CorrosãoConsumo de Óleo 
Polimento da Camisa Espassamento p/ Fuligem 
Desgaste do Comando de VálvulasBorra Desgaste de Anéis e Pistões 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
6.3 Classificação de fabricantes automotivos 6.3.1 Ford 
Resistência à oxidação (Seq IIIE) é mais severa do que a 913A4 vezes 
Resistência à oxidação (Seq IIIE) é 2 mais severa do que em ACEA A1-96 vezes 
Requisito mínimo ACEA A1/B1 mais ILSAC GF-2 
1995WSS-M2C153-F Requisito mínimo ILSAC GF-1 (licenciado) 
*classificação obsoleta 
MERCEDES BENZ Motores Diesel Pesado 
6.3.2 Mercedes 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
CaracterísticasGasolina, Álcool e GNVDiesel Leve Motores turbo 503.1 506.1 
*classificações obsoletas 
VOLKSWAGEN 6.3.3 Volkswagen 
6.3.4 Volvo 
VDS VDS-2 
VDS-3 
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Fundamentos de Lubrificação 6.4 Classificações para Motores 2 tempos refrigerados a ar 
*classificações obsoletas 
Classificação Motores 2 Tempos (refrigerados a ar) 
Figura 6.16 6.5 Classificações para Motores 2 tempos refrigerados a água 
 
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Fundamentos de Lubrificação 6.6 Classificação API para óleos de transmissões manuais e eixos 
Designação Aplicação 
Lubrificantes para transmissões manuais. São óleos lubrificantes de base mineral sem aditivos de extrema 
pressão e modificadores de atrito. Podem eventualmente ter aditivação antioxidante, anti-espumante e 
depressora de ponto de fluidez para melhorar suas características de serviço. 
Status 
Vigentes 
Lubrificantes para transmissões manuais e alguns diferenciais convencionais operando em serviço leve ou 
moderado. São óleos lubrificantes de base mineral ou sintética comaditivos de extrema pressão. API GL-4 
Lubrificantes para diferenciais convencionais operando em serviço severo. São óleos lubrificantes de base 
mineral ou sintética com aditivos de extrema pressão específicos para lubrificação de engrenagens hipóides. Em 
diferenciais não convencionais, de tração positiva ou de deslizamento limitado, aditivos modificadores de fricção 
são definidos pelos fabricantes de diferenciais ou eixos. 
API GL-5 
Lubrificantes para transmissões manuais não sincronizadas utilizadas em caminhões e ônibus, principalmente 
nos Estados Unidos. São óleos lubrificantes de base mineral ou sintética estáveis termicamente (ou seja, com 
maior resistência a oxidação) e com maior capacidade de proteção contra o desgaste e menor degradação dos 
selos de vedação. Estas características dos óleos MT-1 são complementares às categorias API GL-1, GL-4 e 
GL-5. 
API MT-1 
Lubrificantes destinados para diferenciais com engrenagens “sem-fim”, não atendidas pela API GL-1. 
Obsoletas 
API GL-2 
Lubrificantes destinados para transmissões manuais e diferenciais com engrenagens cônicashelicoidais, sob 
condições de serviço moderadamente severo. API GL-3 
Lubrificantes indicados para engrenagens projetadas com um pinhão de haste longa. Tais configurações 
típicamente requerem proteção contra o excesso de contato metal-metal, o que é obtido com o uso de um óleo 
API GL-5. Uma substituição dos pinhões de haste longa mais simples e a obsolescência do equipamento de 
prova original e procedimentos API GL-6, tem sido reduzido grandemente o uso comercial dos lubrificantes para 
engrenagens API GL-6. 
API GL-6 
 
 
 
 
 
2003 Dexron IIIH 
1998 Dexron IIIG 
1993 Dexron IIIF 
Tipo A Sufíxo A1950 
Tipo A 
2005 DexronVI 
C2 C1 
 
 
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Figura 6.2 
TO-4 TO-2 
Apenas um exemplo das diversas especificações ZF. 
Figura 6.23 
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Fundamentos de Lubrificação 
Os fluidos de freio DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1 são produtos químicos (normalmente misturas de ésteres de glicol 
ou poliglicois) e por isso não podem ser misturados com produtos minerais ou a base de silicone. 
Os fluidos DOT 5.0 normalmente são a base de silicone, podem ser utilizados em diversos sistemas de freios 
(são compatíveis com os vedadores de borracha), mas nunca devemser misturados com os fluidos de freio DOT 
3, DOT 4 e DOT 5.1. 
Os fluidos de freio tipo LHM são de base mineral e são específicos para algumas aplicações, como sistemas 
hidráulicos centrais de veículos Citröen, e não devem ser utilizados em sistemas que requeiram as 
especificações DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1. 
Há também no mercado produtos DOT 3+ e DOT 4+ que são produtos intermediários com maior ponto de 
ebulição, mas com os demais limites ou características das especificações DOT 3 e DOT 4, respectivamente. 
6.7.5 Classificações de fluidos para freios 
DOT4+ DOT4 
DOT3+ DOT3 
Figura 6.24 
 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
6.8 Classificação AGMA 
Os graus de desempenho (R&O, Comp, EP, S) já citados no item 5.4 correspondem a testes de performance 
que incluem ensaios de resistência à oxidação, resistência ao desgaste, formação de espuma, dentre outros. 
Viscosidade a 40C, m /s 
Viscosidade a 100C, m /s 
Índice de viscosidade, min 
Viscos. dinâmica @ partida a frio, mPa.s, máx. 
Ponto de fulgor, C, min. 
Resistência ao envelhecimento @ 121ºC – Max. % de aumento da viscosidade cinemática @ 100ºC 
Teor de água, ppm, máx 
Espuma, Tendência/ Estabilidade 
Limpeza 
Separação da água 
- % H O no óleo após 
5h, máx 
- % H O no óleo após centrifugação, ml, máx. 
- total de H O livre coletada durante todo o teste, começando com 
90 ml H O, ml, min. 
Prevenção a ferrugem, Parte B 
Corrosão em lâmina de cobre, 3 h @ 100C max. 
Desgaste por abrasão, método visual FZG, A/8,3/90, min. 
Notas: 1)O fornecedor do lubrificante reporta valores de acordo com os testes do método para efeito informativo. 
2)Índices de viscosidades menores que os valores mínimos listados são aceitáveis se estiverem de acordo os 
usuários e os fabricantes dos equipamentos. 
3)A temperatura de partida é especificada pelo usuário final. Deve ser reportada a viscosidade na temperatura 
avaliada ou a temperatura em que o óleo atinge 150.0 mPa.s. 
4)Quantidade de água no óleo embalado. Maiores valores são aceitáveis talvez melhores para alguns óleos 
totalmente sintéticos, como poliglicois, misturas sintéticas ou misturas de fluidos sintéticos com minerais. Valores 
são aceitáveis se estiverem de acordo os usuários e os fabricantes dos equipamentos. 
5)Valores máximos apresentados são para óleos minerais. Valores são aceitáveis se estiverem de acordo os 
usuários e os fabricantes dos equipamentos. 
2592/D92 
-/D2983 -/D2893 
6247/D892 -/- visual 
(Procedimento B) 
Reportar Reportar8590 
Seq. I 50/0 Seq. I 50/0 Seq. I 50/0 
Deve ser livre de contaminantes suspensos no momento que for disponibilizado para uso. 
Passa 1b 
Propriedade Método de testeISO/ASTM Requerimentos 
Figura 6.25 
ANSI/AGMA 9005-E02 Performance mínima requerida para óleos de extrema pressão (EP) 
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Fundamentos de Lubrificação 
6.9 Especificações DIN para óleos industriais 
DIN 51 502 Essa especificação classifica os óleos por aplicação através de um conjunto de letras. Essa 
especificação define apenas as aplicações dos produtos. Ela não define o nível de performance dos lubrificantes. 
Os limites físico-químicos são definidos para cada aplicação em especificações a parte detalhadas nesse 
capítulo. Por exemplo, a especificação DIN 51502 define que óleos HL, HLP e HVLP são para sistemas 
hidráulicos e a especificação 51 542 define os ensaios que os óleos precisam passar para serem classificados 
como Part 1 HL, Part 2 HLP e Part 3 HVLP. 
Lubrificantes Especiais e Industriais Consiste de três partes: aplicação principal, aditivos especiais (tabela 2) e 
grau de viscosidade ISO. 
Os códigos alfabéticos iniciais, indicando a aplicação principal para óleos minerais ou fluidos sintéticos, são 
definidos na lista abaixo: 
ANÓleos minerais para aplicações acima de 500C BAÓleos betuminosos, 16 a 36 cSt. a 1000C (DIN 51 501) 
BBÓleos betuminosos, 49 a 114 cSt. a 1000C (DIN 51 501) BCÓleos betuminosos, 225 a 500 cSt. a 1000C (DIN 
51 501) CSistemas circulatórios, óleos minerais (DIN 51 517 Part 1) CLSistemas circulatórios, óleos R&O (DIN 
51 517 Part 2) CLPSistemas circulatórios, óleos EP (DIN 51 517 Part 3) CGGuias de barramentos D 
Ferramentas Pneumáticas EEster Orgânico FÓleos para filtros de ar FK Fluidos “Perflourinated” FS Óleos 
Desmoldantes G(Ver Graxas) HC Hidrocarbonetos Sintéticos HD(Ver Automotivo) HYP(Ver Automotivo) 
HFAEFluido Hidráulico resistente ao fogo, emulsão de óleo em água (DIN 24 320) HFASFluido Hidráulico 
resistente ao fogo, base água HFBFluido Hidráulico resistente ao fogo, água em óleo HFCFluido Hidráulico 
resistente ao fogo, polímero aquoso HFDRFluido Hidráulico resistente ao fogo anidro HFDSFluido Hidráulico 
resistente ao fogo anidro 
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Fundamentos de Lubrificação 
HFDTFluido Hidráulico resistente ao fogo anidro HFDUFluido Hidráulico resistente ao fogo anidro HLÓleos 
Hidráulicos, R&O (DIN 51 524 Part 1) HLPÓleos Hidráulicos, Antidesgaste (DIN 51 524 Part 2) HVLPÓleos 
Hidráulicos, Antidesgaste e alto IV (DIN 51 524 Part 3) JÁÓleo Isolante IBÓleo Isolante K(Para todos “K”, exceto 
“KA” e “KC”, ver Graxas) KAÓleos para refrigeração, refrigerante amônia (DIN 51 503) KCÓleos para 
refrigeração, hidrocarbonetos halogenados (DIN 51 503) LÓleos para tratamento térmico M(Ver Graxas) O(Ver 
Graxas) PG Fluidos poliglicois PHÁcidos fosfóricos Ésteres QÓleos para transferência de calor (DIN 51 522) 
RÓleos protetivos S Coolants SIÓleos siliconados TDÓleos para turbinas (DIN 51 515 Part 1) 
VBÓleos para compressor, sem aditivos, máx. 1400C temperatura de descarga (DIN 51 506) 
VBLÓleos para compressor, com aditivos, máx. 1400C temperatura de descarga (DIN 51 506) 
VCÓleos para Compressor, sem aditivos, máx. 1600C temperatura de descarga para sistema com reservatório 
ou tubulação (DIN 51 506) 
VCLÓleos para Compressor, com aditivos, máx. 1600C temperatura de descarga para sistema com reservatório 
ou tubulação. (DIN 51 506) 
VDLÓleos para Compressor, com aditivos, máx 2200C temperatura de descarga (DIN 51 506) 
WÓleos para Mancais Siderúrgicos ZAÓleos para Cilindros a Vapor (DIN 51 510) ZBÓleos para Cilindros a 
Vapor (DIN 51 510) ZDÓleos para Cilindros a Vapor (DIN 51 510) XOutros Fluidos Sintéticos 
Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação 
Fundamentos de Lubrificação 
Os códigos mostrados a seguir indicam aditivos especiais empregados. Note que, em algumas das categorias 
acima, o “aditivo especial” já é incluído, por exemplo: CLP = óleo de circulação ou “L” e “P”, abaixo. 
DAditivos Detergentes (exemplo: em óleos hidráulicos HLPD) EEmulsificantes em Água (exemplo: SE fluidos 
refrigerantes miscíveis em água) FAditivos Sólidos (exemplo: grafite, disulfeto de molibdênio) LInibidores de 
Ferrugem e Oxidação PAditivos Antifricção e Antidesgaste MÓleos refrigerantes minerais miscíveis em água 
(exemplo: SEM) SÓleos refrigerantes sintéticos miscíveis em água (exemplo: SES) VLubrificantes diluídos com 
solventes 
Figura 6.26 
DIN 51 501 Esta especificação descreve óleos minerais puros para aplicação por perda ou uso em temperaturas 
de operação de até 500C. Os óleos são classificados em faixas de viscosidades de 5 a 680 cSt a 400C. Os óleos 
que atendem esta especificação são classificados DIN 51 501L e DIN 51 501NA. 
DIN 51 503 Esta especificação descreve requerimentos de óleos de refrigeração usados em compressores de 
refrigeração que utilizem amônia ou hidrocarbonetos halogenados (R12, R22 ou R14) como refrigerante. Os 
óleos que atendem a especificação DIN 51 503KA possuem faixas de viscosidades de 15 a 68 cSt a 400C e são 
utilizados em compressores de amônia. Os óleos que atendem a especificação DIN 51 503KC possuem faixas 
de viscosidades de 2 a 100 cSt a 400Ce são utilizados em compressores de hidrocarbonetos halogenados. 
DIN 51 506 Esta especificação descreve óleos minerais com aditivos inibidores de oxidação para uso em 
compressores recíprocos. Os óleos são classificados em cinco faixas de viscosidades e por faixa de temperatura 
de descarga. DIN 51 506VB e DIN 51 506VBL - para temperatura máxima de compressão de até 1400C. DIN 51 
506VC e DIN 51 506VCL - para temperatura máxima de compressão de 160 a 2200C e sistemas com 
reservatório. DIN 51 506VD-L - para temperatura máxima de compressão de até 2200C. 
DIN 51 515 Part 1 Esta especificação descreve óleos para lubrificação de turbinas a vapor, turbinas a gás, 
máquinas elétricas e em máquinas acopladas a turbinas a vapor tais como geradores, compressores e bombas. 
Os óleos que atendem a especificação DIN 51 515TD possuem faixas de viscosidades de 32 a 100 cSt a 400C. 
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Fundamentos de Lubrificação 
DIN 51 517 Part 1 Esta especificação descreve as exigências mínimas de óleos minerais sem aditivos e estáveis 
a oxidação para lubrificação de rolamentos e engrenagens. Os óleos que atendem a especificação DIN 51 517 
Part 1C possuem faixas de viscosidades de 7 a 680 cSt a 400C. 
DIN 51 517 Part 2 Esta especificação descreve as exigências mínimas de óleos que contenham aditivos para 
melhorar a proteção a corrosão e aumentar a resistência à oxidação, utilizados em rolamentos e engrenagens. 
Os óleos que atendem a especificação DIN 51 517 Part 2 CL possuem faixas de viscosidades de 5 a 460 cSt a 
400C. 
DIN 51 517 Part 3 Esta especificação descreve óleos que contenham aditivos de extrema pressão (EP) para 
lubrificação de engrenagens. Os óleos que atendem a especificação DIN 51 517 Part 3 CLP possuem faixas de 
viscosidades de 46 a 680 cSt a 400C. Os óleos desta especificação devem passar no estágio 12 em um ensaio 
de performance de engrenagens conhecido como FZG, denominado DIN 51 354 Part 2. 
DIN 51 522 Esta especificação descreve os requerimentos, testes e procedimentos para óleos minerais novos de 
base hidrocarboneto de transferência de calor. Esses óleos recebem a denominação DIN 51 522Q. 
DIN 51 524 Part 1 Esta especificação descreve óleos hidráulicos que podem suportar o stress altamente térmico 
e conter os ingredientes que melhoram a proteção e a resistência à oxidação. Os óleos descritos por este padrão 
têm uma escala da viscosidade de 10 a 100 cSt a 40°C e são denominados DIN 51 524 Part 1 HL. 
DIN 51 524 Part 2 Esta especificação descreve óleos hidráulicos que se encontram com todas as exigências da 
DIN 51 524 Part 1, além de conter aditivos para se encontrar com um nível elevado do desempenho anti-wear 
em testes específicos. Os óleos descritos por este padrão têm uma escala da viscosidade de 10 a 100 cSt a 
40°C e são denominados DIN 51 524 Part 2 HLP. 
DIN 51 593 Esta especificação determina a estabilidade de óleos para compressores de refrigeração. Os 
refrigerantes tais como hidrocarbonetos e o dióxido de enxofre halogenado reagem com o óleo e este conduz à 
formação de produtos ácidos da reação. A resistência refrigerante de um óleo é o tempo que decorre sob as 
condições de teste antes da formação dos primeiros produtos da reação dados a forma do refrigerante. Este 
teste é conhecido também como Philips Test. 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
DIN 51354 Part 2 (FZG Test) Esta especificação avalia a capacidade dos óleos usados para lubrificação de 
engrenagem. O teste FZG de engrenagem é realizado com o funcionamento especial das rodas da engrenagem 
no lubrificante em uma velocidade constante por um período predeterminado em um sistema de lubrificação 
submersa. São controladas a temperatura inicial do óleo e a carga aplicada aos dentes da engrenagem. Durante 
cada estágio de carga, os flancos dos dentes da engrenagem são inspecionados e os danos são comparados 
com as avaliações padrão. 
Abaixo tabela comparativa entre as especificações dos principais fabricantes de bombas hidráulicas e as 
especificações DIN 51524 Parte 2. 
Denison Vickers Cincinnati Milacron DIN 
(a) O teste em bomba V105C10 também é válido para aprovação. (b) Uma evidência de performance satisfatória 
é requerida, mas não há um teste especificado. 
Figura 6.27 
Palavras marcadas em cinza têm sua descrição no glossário no final da publicação 
Fundamentos de Lubrificação 
7 Graxas lubrificantes 
Uma graxa lubrificante pode ser definida como um material sólido a semi-sólido, constituindo de um agente 
espessante (sabão metálico) disperso num lubrificante líquido (óleo). O lubrificante líquido, que em geral compõe 
70 a 95% em peso da graxa acabada, proporciona a lubrificação propriamente dita, enquanto o espessante 
oferece uma consistência semelhante ao gel para manter o lubrificante líquido no lugar. Muitas vezes, 
acrescenta-se aditivos para intensificar certas propriedades a graxa. Devido a sua consistência semelhante ao 
gel, prefere-se as graxas em lugar dos óleos em aplicações onde ocorreria um vazamento de óleo, onde a ação 
de vedação natural da graxa é necessária ou onde é requerida a espessura extra da película da graxa. 
Em geral, quase todas as graxas amolecem em serviço, porém recuperam sua consistência original quando 
deixadas em repouso. 
7.1 Definição 
A graxa é fabricada formando-se o sabão em presença do óleo. São três os processos para fabricar graxa: 
•Processo de Tacho – por tradição, a fabricação de graxas tem sido feita na forma de um processo de bateladas 
realizado em grandes tachos. As capacidades destes tachos variam de 4500 kg a 22600 kg. 
•Processo Contactor – este processo é muito parecido com o de tacho, com a vantagem de reduzir 
enormemente o tempo de fabricação das graxas. 
•Processo Contínuo – este processo nasceu em meados dos anos 60, é compacto e versátil, oferecendo 
vantagens sobre o processo de bateladas, como sua homogeneidade e estabilidade ao cisalhamento. É patente 
da Texaco. 
7.2 Aplicação de Graxa 
Onde usar a graxa? •Onde o óleo não pode ser contido ou vaza com facilidade; 
•Onde existem dificuldades e condições inseguras para realizar a relubrificação; 
•Onde o lubrificante deve ter também a função de vedar; 
•Onde o projeto da máquina especifica a utilização de graxa; 
•Onde o tempo de relubrificação for reduzido; 
•Onde se quer reduzir a freqüência de lubrificação; 
•Onde existem equipamentos com lubrificação intermitente; 
•Onde é importante a redução de ruídos; 
•Onde existem condições extremas de altas temperaturas, altas pressões, cargas de choque e baixas 
velocidades com cargas elevadas. 
7.3 Fabricação 
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Fundamentos de Lubrificação 
= Componentes = Processo 
= Produto 
Ácido Graxo Óleo Básico 
Álcali 
Aditivos 
Óleo Básico 
GraxaSaponificação (Unidade Contínua de Graxa ou Tacho) Sabão Metálico 
As graxas são diferenciadas quanto à natureza do espessante. Existe uma grande variedade de espessantes, 
dentre os quais, destacam-se sabões metálicos, argilas tratadas, polímeros de uréia e outros, sendo que cerca 
de 90% dos casos os espessantes empregados são sabões metálicos. 
Quanto à natureza do sabão metálico, as graxas classificam-se da seguinte forma: 
•Graxas à base de sabão de Cálcio – bastante aderentes, são indicadas para uso em peças que trabalham em 
contato com água. Não são indicadas para utilização em temperaturas superiores a 800C. 
•Graxas à base de sabão de Sódio – recomendadas para mancais planos e rolamentos que trabalham a altas 
velocidades e temperaturas elevadas (até 1200C) e, ocasionalmente, em engrenagens. É desaconselhável o seu 
uso em presença de umidade, pois o sabão é solúvel em água. 
•Graxas à base de sabão de Alumínio – são indicadas para uso onde o principal requisito seja a característicade 
aderência da graxa, proporcionando boa proteção contra a ferrugem e resistência à lavagem por água. Não 
resiste a temperaturas elevadas. 
•Graxas à base de sabão de Lítio – são bastante aderentes e relativamente insolúveis em água, substituindo, em 
aplicações convencionais, muito bem as graxas de Cálcio e Sódio, sendo, portanto, de aplicações múltiplas. 
Possuem grande estabilidade mecânica e alto ponto de gota, sendo de fácil aplicação por meio de pistolas e 
sistemas centralizados de lubrificação. 
•Graxas à base de sabão Complexo – sabão complexo é aquele, em que a fibra do sabão é formada pela 
cocristalização de um sabão normal (Cálcio, Sódio, Alumínio ou Lítio) e um agente complexo, como: ácido 
acético, lático, etc. Esse tipo de graxa apresenta como característica principal um elevado ponto de gota. 
7.4 Tipos de Graxas 
 
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Fundamentos de Lubrificação 
•Graxas espessadas sem sabão – são as que utilizam espessantes químicos inorgânicos ou orgânicos dispersos 
no óleo. Esses tipos de espessantes não são feitos com álcali metálico como os usados nas graxas espessadas 
com sabão. Exemplos: poliuréia e argila orgânica. São utilizadas visando o aproveitamento de suas 
características especiais como descrito adiante. 
As observações feitas acima servem apenas como primeira orientação do usuário. Outras características da 
graxa, como sua consistência e seus aditivos, são de extrema importância na seleção do tipo de graxa a ser 
usado. 
Graxas à base de sabão metálico simples 
EspessanteTemperatura MáximaResistência à ÁguaAplicações Típicas de Uso Prolongado 
Cálcio800CAlta Resistência (repele)Mancais sujeitos a umidade 
Sódio 1200C Fraca (emulsiona) Equipamentos Industriais antigos com lubrificação freqüente 
Alumínio800CBoa ResistênciaMancais de baixa rotação, aplicações com umidade. Uso decrescente 
Lítio 1400C Boa Resistência Aplicações automotivas e industriais 
Figura 7.2 a 
Graxas à base de sabão metálico complexo 
EspessanteTemperatura MáximaResistência à ÁguaAplicações Típicas de Uso Prolongado submetidos a altas 
temperaturas 
Alumínio 1750C Boa Resistência Mancais planos, de esferas e rolos de siderúrgicas 
Lítio 1750C Boa Resistência Mancais automotivos e industriais submetidos a altas temperaturas 
Figura 7.2 b 
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Fundamentos de Lubrificação Graxas sem sabão metálico 
Figura 7.2 c 
EspessanteTemperatura MáximaResistência à ÁguaAplicações Típicas de Uso Prolongado 
Mancais industriais (rolos), juntas homocinéticas automotivas, ventiladores e motores elétricos de 
autodesempenho 
Mancais sujeitos a altas temperaturas com relubrificação freqüente. 
Mancais de roletes em siderúrgicas 
Devemos observar que a mistura de graxas de diferentes bases pode acarretar a perda de sua estabilidade, com 
a conseqüente separação do espessante e do óleo. 
Complexo de Alumínio Complexo de Boro 
Cálcio Complexo de Cálcio 
Argila 
Lítio Complexo de Lítio 
Sódio Poliuréia 
Com ple xo de Alumínio 
Com ple xo de Boro 
Cálcio Com ple xo de Cálcio 
Argila Lítio Com ple xo de Lítio 
Poliuréia Sódio 
Condição limite (amostra deve ser analisada) 
Incompatível 
Compatível 
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Fundamentos de Lubrificação 
As principais propriedades de uma graxa a serem consideradas são: 7.5 Propriedades 
É a resistência oferecida por uma graxa à sua penetração. É determinada pelo método que consiste em medir a 
penetração (em décimos de milímetros) exercida por um cone sobre uma amostra de graxa, sob ação de carga 
padronizada durante 5 segundos e à temperatura de 250C. O aparelho utilizado nesta medição é chamado 
penetrômetro. 
Figura 7.4 a 
Com base nos resultados obtidos no penetrômetro, o National Lubricating Grease Institute (NLGI) criou um 
sistema de classificação para as graxas definidos de consistência trabalhada em 60 ciclos que variam de 0 
(muito macia) a 6 (muito dura). 
Figura 7.4 b a superfície é o nível posição do cone antes da penetração 
Cone padrão

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