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1 2 ANO ENSINO MÉDIO FORMACAO DA MONARQUIA

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1º 2º ANO ENSINO MÉDIO
PROF LUIS CARLOS
O processo de formação das Monarquias Nacionais
O processo de formação das Monarquias Nacionais atribuiu novas feições à Europa.
O processo de formação das monarquias nacionais européias remonta uma série de mudanças que se iniciaram durante a Baixa Idade Média. De fato, o processo de consolidação das monarquias foi um dos mais evidentes sinais das transformações que assinalavam a crise do sistema feudal e a construção do sistema capitalista, legitimado pela nascente classe burguesa. No entanto, mesmo a surgir nesse contexto de mudança, as monarquias não simbolizavam necessariamente a crise do poder nobiliárquico.
Nesse sentido, a constituição das monarquias pode ser compreendida enquanto um processo que conseguiu atender simultaneamente os interesses dos nobres e dos burgueses. Por um lado, a formação das monarquias conseguiu conter as diversas revoltas camponesas que marcaram os finais da Idade Média com a reafirmação da propriedade feudal. Por outro, essas mesmas monarquias implantaram um processo de padronização fiscal e monetário que atendia a demanda econômica da classe burguesa.
Por isso, podemos notar que o Estado Monárquico buscava preservar algumas tradições medievais e criar novos mecanismos de organização política. Nesse novo contexto, o poder local dos senhores feudais foi suprimido em favor da autoridade real. No entanto, os nobres ainda preservaram alguns importantes privilégios, principalmente no que se refere à isenção no pagamento de impostos. Somente os burgueses e a classe campesina estavam sujeitas às cobranças de taxa.
Grande parte dos impostos arrecadados era utilizada para organizar os exércitos responsáveis pela contensão dos conflitos internos e a defesa dos interesses políticos da nação contra os demais estados estrangeiros. Nesse sentido, percebemos que a Europa moderna foi marcada por intensos conflitos aonde o controle por territórios instalou sucessivos episódios de guerra. A partir dessa nova demanda, exércitos permanentes foram formados sem a intervenção personalista da classe nobiliárquica.
No campo econômico as atividades comerciais tinham papel fundamental no enriquecimento e consolidação da autoridade real. Por isso, diversos reis ficaram preocupados em adotar medidas que protegessem a economia contra a entrada de produtos estrangeiros (protecionismo) e conquistar áreas de exploração colonial, principalmente, no continente americano. Dessa forma, podemos ver que o Estado Absolutista teve grande papel no desenvolvimento da economia mercantil.
O rei, sendo a expressão máxima desse tipo de governo, contou não só com auxílio dos grupos sociais burgueses e nobiliárquicos. Tendo a Europa preservado uma forte religiosidade, foi de fundamental importância que a Igreja reafirmasse a consolidação dessa nova autoridade por meio de justificativas ligadas à vigente fé cristã. Nesse sentido, o rei era muitas vezes representado e idealizado como um representante dos anseios divinos para com a Nação.
Sendo esse um processo histórico que permeou toda a Europa Ocidental, a ascensão das autoridades monárquicas foi claramente observada entre os séculos XII e XV. Entre os principais representantes dessa nova experiência política podemos destacar a formação das monarquias em Portugal, na Espanha, na Inglaterra e na França. O auge desse tipo de governo foi vivido entre os séculos XVI e XVII, mas logo foi desestabilizado pelas críticas e revoluções liberais iniciadas no século seguinte.
 MONARQUIA
Monarquia é a forma de governo mais antiga que existe atualmente e, nela, o poder pode ser exercido pelo monarca, que é conhecido por nomes como rei/rainha, imperador/imperatriz etc. Ao longo deste texto, veremos o tipo de monarquia na qual o monarca não exerce o poder de fato. Nesse caso, o monarca ocupa a função de chefe de Estado, e, quando o monarca exerce esse poder, ele ocupa a função de chefe de governo.
O poder dos monarcas, em geral, é vitalício e passado hereditariamente. Sendo assim, na maior parte das monarquias, o monarca ocupa o trono durante toda a sua vida e só transmite seu poder caso abdicar do trono ou caso venha a falecer. No caso da transmissão hereditária, significa que o trono é passado de pai/mãe para filho/filha.
Existem no mundo, hoje, 44 países que adotam a monarquia como forma de governo. As monarquias que existem são de diferentes tipos, como veremos a seguir. A outra forma de governo popular no mundo atualmente é a república e, nela, o presidente ocupa as funções de chefe de Estado e de governo.
Ao longo da história humana, existiram grandes monarquias com grandes e importantes reis. Uma das grandes monarquias da Antiguidade que podemos destacar são o Egito Antigo, governado pelos faraós, e Roma Antiga, que teve sua fase monárquica entre 753 a.C. e 509 a.C.
Na Idade Média, existiam monarquias por toda a Europa e, em outras partes do mundo, também existiram importantes monarquias como a dinastia Qing que governou a China, entre os séculos XVII e XX, por exemplo.
Entre as monarquias existentes no mundo, atualmente, uma das grandes personalidades, sem dúvida, é a Rainha Elizabeth II, que é a chefe de Estado da Inglaterra e de uma série de outros estados da Commonwealth, a comunidade de nações que foram colonizadas pelos ingleses no passado (existem duas exceções apenas que são Moçambique e Ruanda).
Tipos de monarquias
Os dois tipos de monarquia que existem na atualidade são: a monarquia constitucional e a monarquia absoluta. Vejamos uma rápida definição de ambas.
→ Monarquia constitucional
É o tipo de monarquia mais comum que existe atualmente e sua principal característica está no fato de os poderes do monarca serem limitados. A existência do poder do rei acontece por conta das determinações da Constituição de cada país e por conta da separação de poderes, teoria política muito comum ma atualidade.
A maioria das monarquias constitucionais que existem atualmente adotam o parlamentarismo como sistema de governo, e isso faz com que elas sejam conhecidas como monarquias constitucionais parlamentaristas.
Nas monarquias do tipo supramencionado, a função de chefe de governo é realizada pelo primeiro-ministro. Ele é eleito pelos membros do Parlamento, que foram escolhidos por meio de eleição popular. Assim, se o primeiro-ministro é o chefe de governo, o monarca é o chefe de Estado e, portanto, é uma figura decorativa que não possui poderes políticos de fato.
Entre as monarquias constitucionais, podem ser mencionadas:
1. Reino Unido
2. Bélgica
3. Noruega
4. Luxemburgo
5. Austrália
→ Monarquia absolutista
Já a monarquia absoluta é caracterizada pela extensão ilimitada dos poderes do monarca sobre o país que governa. Assim, o monarca nesse tipo de monarquia assume a função de chefe de Estado e chefe de governo. Nessa forma de monarquia, os poderes do monarca estão acima de toda e qualquer instituição política e, assim, concentra a extensão dos três poderes: executivo, legislativo e judiciário.
Esse tipo de monarquia foi muito comum na Europa Ocidental e teve seu auge de poder entre os séculos XIV e XVII. Países como França e Reino Unido tiveram importantes reis absolutistas, sendo o mais famoso deles o rei Luís XIV, que governou a França durante mais de setenta anos.
A monarquia absoluta passou por algumas reformas ao longo do século XVIII, levando ao conhecido despotismo esclarecido, e foram superadas como forma de governo com as revoluções burguesas que aconteceram na Europa e transformaram os países europeus em monarquias constitucionais e repúblicas.
As monarquias absolutas que existem atualmente são:
1. Eswatini (antiga Suazilândia)
2. Vaticano
3. Catar
4. Arábia Saudita
5. Omã
6. Brunei
7. Emirados Árabes Unidos
Características da monarquia
A estrutura e o funcionamento de cada uma das monarquias que existem no mundo são variados, e seus funcionamentos dependem dos interesses e da forma como cada país a construiu. De toda forma, destacaremos algumas características que podem relacionar-se com as monarquias.
·O nome do monarca pode variar de país para país, e podem assumir diferentes nomes como rei/rainha, imperador/imperatriz, grão-duque/grã-duquesa etc.
· A sucessão do poder, na maior parte das monarquias, é hereditária, ou seja, passa de pai/mãe para filho/filha.
· Existe também a forma de sucessão eletiva, na qual o monarca é eleito para assumir o cargo durante um prazo de tempo. Um Estado que possui uma monarquia com sucessão eletiva é a Malásia, onde o monarca é eleito para um mandato de cinco anos.
· As monarquias, em geral, estão vinculadas a uma dinastia, isto é, uma família que tem na sua linhagem o direito de herdar o trono.
Monarquia no Brasil
Desde 1889, o Brasil é uma república presidencialista, mas, entre 1822 e 1889, o Brasil foi uma monarquia, sendo governado por dois imperadores. A monarquia brasileira foi adotada como forma de governo logo após a independência declarada por d. Pedro I, às margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822.
A nossa monarquia, portanto, estendeu-se durante 77 anos e esse período foi dividido em três fases:
· Primeiro Reinado (1822-1831): o imperador do Brasil foi d. Pedro I que foi coroado imperador em 1822 e abdicou do trono em 1831.
· Período Regencial (1831-1840): hiato entre os dois imperadores, e o Brasil foi governo por diferentes regentes ao longo de nove anos.
· Segundo Reinado (1840-1889): d. Pedro II assumiu após o Golpe da Maioridade e foi imperador do Brasil durante quase meio século.
Durante esse período, o funcionamento do país era regido por meio da Constituição de 1824, outorgada pelo imperador no dia 25 de março de 1824. Com essa constituição, o imperador tinha poderes plenos para governar o país e esse poder era representado por um quarto poder (Poder Moderador) que permitia o imperador interferir nos outros três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

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