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TCC II -Thays Oliveira dos Santos - Revitalização Urbana na Cidade de Itauçu Através da Acupuntura Urbana

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ALVES FARIA – UNIALFA 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
THAYS OLIVEIRA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVITALIZAÇÃO URBANA NA CIDADE DE ITAUÇU ATRAVÉS DA 
ACUPUNTURA URBANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA, GOIÁS 
2021 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ALVES FARIA – UNIALFA 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
THAYS OLIVEIRA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
REVITALIZAÇÃO URBANA NA CIDADE DE ITAUÇU ATRAVÉS DA 
ACUPUNTURA URBANA 
 
Trabalho de Conclusão apresentado ao 
Curso de Arquitetura e Urbanismo do 
Centro Universitário Alves Faria para 
obtenção de nota. 
Professor orientador: Guilherme de Sena 
Esteves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA, GOIÁS 
2021
 
 
 
 
Thays Oliveira dos Santos 
 
 
REVITALIZAÇÃO URBANA NA CIDADE DE ITAUÇU ATRAVÉS DA 
ACUPUNTURA URBANA 
 
Trabalho final apresentado à banca 
examinadora do Curso de Arquitetura e 
Urbanismo do Centro Universitário Alves 
Faria - UNIALFA, sob orientação professor 
orientador: Guilherme de Sena Esteves 
Goiânia _____ de _____________ de 2021. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_______________________________________________________ 
Prof.: Guilherme de Sena Esteves 
Orientador 
 
_______________________________________________________ 
 
Avaliador 
GOIÂNIA, GOIÁS 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
Agradeço a Deus por me conduzir e me fortalecer em todos os momentos. 
Agradeço aos meus avós Clarita Maria e Newton Oliveira, e minha mãe, Mônica 
Oliveira, por serem meus grandes exemplos de força e fé, e apoiarem meus sonhos. 
Agradeço toda minha família por me apoiar e incentivar meus estudos. 
Ao meu namorado, Daniel, pelo apoio, compreensão e incentivo. 
A Carla Rubia e Ismael Martins por me auxiliarem no levantamento de dados para 
desenvolvimento deste projeto. 
Aos amigos de faculdade, em especial Yasmin Bárbara por compartilhar 
conhecimento. 
Agradeço aos professores em especial meu orientador Guilherme Esteves, 
professora Flávia Cirqueira, e ao professor Vinícius Antonelli de Souza por 
auxiliarem no desenvolvimento deste trabalho. 
E em homenagem ao arquiteto e urbanista Jaime Lerner, que apresenta o conceito 
de acupuntura urbana utilizado no desenvolvimento deste trabalho. 
 
 
 
 
RESUMO 
O município de Itauçu, localizado na região central do estado de Goiás a 70 km de 
Goiânia, se originou a partir da passagem de tropeiros que abriram caminho ligando 
a capitania de Goiás a região sul no século XIX. Atualmente o município apresenta 
problemáticas causadas pela inexistência de legislações municipais que direcionem 
as construções, o crescimento urbano e a falta de planejamento urbano da cidade. A 
partir dessa análise é possível identificar a necessidade de um projeto de revitalização 
para a cidade. Trata-se de um trabalho de conclusão de curso elaborado utilizando 
como instrumento de revitalização os princípios do pensamento da Acupuntura 
Urbana que consiste em melhorias pontuais em bairros e cidades, podendo ser físicas 
ou sociais de modo que essas ações implicam em transformações em seu entorno, 
podendo gerar modificações sociais, culturais, naturais e até no desenvolvimento 
econômico e urbano. Tem-se por objetivo geral elaborar um projeto de revitalização 
urbana a partir dos princípios da acupuntura urbana, para a cidade de Itauçu, visando 
otimizar o funcionamento da cidade e formas de proporcionar espaços de lazer 
seguros e atrativos e, melhorias na infraestrutura básica como iluminação pública e 
mobiliários para uso da população da cidade tendo como ponto de partida os estudos 
e análises feitas da cidade de Itauçu. A metodologia para a elaboração deste trabalho 
consiste em uma revisão bibliográfica para formulação de uma base de dados e 
conceitos, posteriormente, um levantamento de estudos de casos e, após, a 
elaboração de um projeto de revitalização urbana. 
Palavras-chave: Itauçu; Revitalização Urbana; Acupuntura Urbana. 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
The city of Itauçu, situated at the central region of the estate of Goiás, seventy 
kilometers of distance of the capital Goiânia, originated itself through the animal troop’s 
conductors passing that created a route from the South region of Brazil to the estate 
of Goiás in the XIX century. In the present time, the city has problematics caused by 
the absence of city laws that regulate the buildings, the urban growth and the lack of 
urban planning. Throughout this analysis, it is possible to identify that the city needs 
an urban revitalization. This is a completion of course work, elaborated with the 
principles of the urban acupuncture thought as instrument, it is consists on punctual 
improvements in neighbors and cities that can be socials or physical and they imply on 
changing the culture, the nature, the society and even the urban and economic 
development. The main objective is to elaborate an urban revitalization project to the 
city of Itauçu based on the urban acupuncture principles, aiming to improve the city’s 
functioning, its infrastructure, and creating safe and attractive leisure spaces. The 
methods consist in a literature review to formulate a database and concepts, after, a 
survey of case studies and then the construction of an urban revitalization project. 
Keywords: Itauçu; Urban Revitalization; Urban Acupuncture. 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 19 
1.1 Justificativa ........................................................................................................ 20 
1.2 Objetivos ............................................................................................................ 21 
1.2.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 21 
1.2.2 Objetivos Específicos ............................................................................. 21 
1.3 Hipótese ............................................................................................................. 22 
1.4 Metodologia ....................................................................................................... 22 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 24 
2.1 Jaime Lerner, Acupuntura Urbana ................................................................... 24 
2.2 Revitalização Urbana ........................................................................................ 24 
2.3 A importância das áreas de lazer para as cidades ......................................... 25 
2.4 Dados sobre o município .................................................................................. 25 
3 ESTUDOS DE CASO ............................................................................................. 26 
3.1 Medellín .............................................................................................................. 26 
3.1.1 Contexto Histórico .................................................................................. 26 
3.1.2 Planejamento e Transformação ............................................................. 27 
3.1.3 Mobilidade ............................................................................................... 30 
3.1.3.1 Transporte Público ............................................................................... 30 
3.1.3.2 Metrocable ............................................................................................ 31 
3.1.3.3 Metroplus .............................................................................................. 31 
3.1.3.4 Metrô ..................................................................................................... 32 
3.1.3.5 Tranvía ..................................................................................................32 
3.1.3.6 Ônibus ................................................................................................... 33 
3.1.3.7 Encicla ................................................................................................... 33 
3.1.4 Parques .................................................................................................... 34 
 
 
 
 
3.1.5 Habitação ................................................................................................. 35 
3.1.6 Biblioteca ................................................................................................. 36 
3.1.8 Escadas .................................................................................................... 37 
3.1.9 Referências adotadas ............................................................................. 38 
3.2 Parque Superkilen ............................................................................................. 38 
3.2.1 O Projeto .................................................................................................. 39 
3.2.2 Transformações ...................................................................................... 41 
3.2.3 Referências adotadas ............................................................................. 42 
3.3 Reurbanização do Vale do Anhangabaú ......................................................... 42 
3.3.1 Estudos .................................................................................................... 42 
3.3.2 Projeto ...................................................................................................... 44 
3.3.3 Visões divergentes sobre o projeto ....................................................... 45 
3.3.4 Referências adotadas ............................................................................. 47 
3.4 Pocket Parks ...................................................................................................... 47 
3.4.1 Pocket Park em Xinhua Road ................................................................. 47 
3.4.2 Referências .............................................................................................. 49 
4 ESTUDO DE LUGAR ............................................................................................. 50 
4.1 Localização ........................................................................................................ 50 
4.2 Histórico ............................................................................................................. 50 
4.3 Aspectos Físicos e Ambientais ........................................................................ 52 
4.4 Uso do Solo ....................................................................................................... 54 
4.5 Gabarito de Altura ............................................................................................. 55 
4.6 Infraestrutura ..................................................................................................... 56 
4.7 Equipamentos Públicos .................................................................................... 59 
4.8 Sistema Viário .................................................................................................... 64 
4.9 Arborização ........................................................................................................ 65 
 
 
 
 
5 CONCEITO E PARTIDO ........................................................................................ 68 
5.1 Conceito ............................................................................................................. 68 
5.2 Partido ................................................................................................................ 69 
6 PROPOSTAS DE POJETO ................................................................................... 70 
6.1 Casa da ponte .................................................................................................... 71 
6.1.1 Pré-dimensionamento ............................................................................. 73 
6.1.2 Quadro síntese ........................................................................................ 75 
6.1.3 Organograma e Fluxograma .................................................................. 76 
6.1.4 Setorização .............................................................................................. 77 
6.1.5 Pré-projeto ............................................................................................... 79 
6.2 Antiga Feira Coberta ......................................................................................... 81 
6.2.1 Pré-dimensionamento ............................................................................. 82 
6.2.2 Quadro síntese ........................................................................................ 85 
6.2.3 Organograma e Fluxograma .................................................................. 86 
6.2.4 Setorização .............................................................................................. 87 
6.2.5 Pré-projeto ............................................................................................... 88 
6.3 Feira .................................................................................................................... 90 
6.3.1 Pré-dimensionamento ............................................................................. 91 
6.3.2 Quadro síntese ........................................................................................ 93 
6.3.4 Setorização .............................................................................................. 95 
6.3.5 Pré-Projeto ............................................................................................... 95 
6.4 Praça dos Ciganos ............................................................................................ 97 
6.4.1 Pré-dimensionamento ............................................................................. 98 
6.4.2 Quadro síntese ...................................................................................... 100 
6.4.3 Organograma e Fluxograma ................................................................ 101 
6.4.4 Setorização ............................................................................................ 102 
 
 
 
 
6.4.5 Pré-Projeto ............................................................................................. 103 
6.5 Praça Matriz ..................................................................................................... 104 
6.5.1 Organograma e Fluxograma ................................................................ 105 
6.5.2 Setorização ............................................................................................ 106 
6.6 Praça Pedra Grande ........................................................................................ 107 
6.6.1 Pré-dimensionamento ........................................................................... 108 
6.6.2 Quadro síntese ...................................................................................... 110 
6.6.3 Organograma e Fluxograma ................................................................ 111 
6.6.4 Organograma e Fluxograma ................................................................ 111 
6.6.5 Pré-projeto ............................................................................................. 113 
7 CONSIDERAÇÕES PROJETUAIS ...................................................................... 115 
7.1 Pontos escolhidos .......................................................................................... 115 
7.1.1 Casa da ponte ........................................................................................ 115 
7.1.1 Feira Coberta .........................................................................................117 
7.2 Projeto Urbano ................................................................................................ 118 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 119 
APÊNDICE .............................................................................................................. 124 
I Pesquisa............................................................................................................... 124 
II Memorial de Cálculo .......................................................................................... 135 
 
 
 
 
 
 
Lista de Figuras 
Figura 1 - Medellín .................................................................................................... 26 
Figura 2 - Taxa de homicídios em Medellín .............................................................. 27 
Figura 3 - Expectativa de vida em Medellín .............................................................. 27 
Figura 4 - Zonas dos Projetos Urbanos integrais ..................................................... 29 
Figura 5 - Plano Mestre do PUI-nor .......................................................................... 29 
Figura 6 - Linhas de transporte Público .................................................................... 30 
Figura 7 – Metrocable ............................................................................................... 31 
Figura 8 - Metroplus ................................................................................................. 31 
Figura 9 - Metrô de Medellín..................................................................................... 32 
Figura 10 - Tranvía de Medellín ................................................................................ 32 
Figura 11 - Ônibus Elétrico ....................................................................................... 33 
Figura 12 - Estação Encicla ...................................................................................... 33 
Figura 13 - Parque de Los Pies Decalzos ................................................................ 34 
Figura 14 - Projeto Parque Rio Medellín .................................................................. 34 
Figura 15 - Orquideodrama ...................................................................................... 35 
Figura 16 - Projeto Orquideodrama .......................................................................... 35 
Figura 17 - Ponte El Mirador e conjuntos habitacionais ........................................... 35 
Figura 18 - Biblioteca de Belen ................................................................................. 36 
Figura 19 - Biblioteca San Javier .............................................................................. 36 
Figura 20 - Biblioteca de La Ladera .......................................................................... 37 
Figura 21 - Biblioteca de La Quintana ...................................................................... 37 
Figura 22 - Biblioteca Espanha ................................................................................. 37 
Figura 23 - Escada Rolante de Medellín .................................................................. 38 
Figura 24 - Localização Parque Superkilen .............................................................. 39 
Figura 25 -Zoneamento Parque Superkilen .............................................................. 39 
Figura 26 - Área Vermelha ....................................................................................... 40 
Figura 27 - Área Preta .............................................................................................. 40 
Figura 28 - Área Verde ............................................................................................. 40 
Figura 29 - Fonte marroquina ................................................................................... 41 
Figura 30 - Área de box tailandês ............................................................................. 41 
 
 
 
 
Figura 31 – Mobiliário playground ............................................................................ 41 
Figura 32 - Escorregador Playground ....................................................................... 41 
Figura 33 - Localização Vale do Anhangabaú .......................................................... 42 
Figura 34 – Programa para o Vale do Anhangabaú ................................................. 43 
Figura 35 – Caminhos e espelhos d’água ................................................................ 44 
Figura 36 – Espelhos d’água desativados ................................................................ 44 
Figura 37- Faixas de usos ........................................................................................ 45 
Figura 38 – Proposta de mobiliário urbano ............................................................... 45 
Figura 39 – Proposta geral ....................................................................................... 45 
Figura 40 – Antes e Depois do Valle do Anhangabaú .............................................. 46 
Figura 41 - Localização Pocket Park - Xinhua Road ................................................ 48 
Figura 42 - Área antes da implantação do projeto .................................................... 48 
Figura 43 - Vista superior do terreno ........................................................................ 48 
Figura 44 - Espelhos ................................................................................................ 49 
Figura 45 - Painéis culturais ..................................................................................... 49 
Figura 46 - Vegetação .............................................................................................. 49 
Figura 47 - Localização da cidade de Itauçu-GO ..................................................... 50 
Figura 48 - Vista do Município de Itauçu-GO em sua formação ............................... 51 
Figura 49 - Município de Itauçu- GO em sua formação ............................................ 51 
Figura 50 - Tradicional Folia de Reis ........................................................................ 52 
Figura 51 - Congada ................................................................................................. 52 
Figura 52 - Rede hidrográfica do Alto do Meia Ponte ............................................... 52 
Figura 53 - Municípios abastecidos pelo Meia Ponte ............................................... 52 
Figura 54 -Topografia da cidade de Itauçu-GO ........................................................ 53 
Figura 55 - Limite dos loteamentos a sudoeste ........................................................ 53 
Figura 56 - Insolação sobre a cidade de Itauçu-GO ................................................. 53 
Figura 57 - Uso do Solo ............................................................................................ 54 
Figura 58 - GO-070 Galpões subutilizados .............................................................. 55 
Figura 59 - GO-070 Lanchonete e vendas ............................................................... 55 
Figura 60 - Uso misto com 2 pavimentos ................................................................. 55 
Figura 61 - Uso misto térreo ..................................................................................... 55 
Figura 62 - Gabarito de Altura .................................................................................. 56 
 
 
 
 
Figura 63 - Mapa de Infraestrutura ........................................................................... 57 
Figura 64 - Iluminação Pública ................................................................................. 57 
Figura 65 - Iluminação Pública .................................................................................57 
Figura 66 - Abastecimento de água .......................................................................... 58 
Figura 67 - Abastecimento de água .......................................................................... 58 
Figura 68 - Rede de esgoto ...................................................................................... 58 
Figura 69 - Abastecimento de Energia Elétrica ........................................................ 58 
Figura 70 - Abastecimento de Energia Elétrica ........................................................ 58 
Figura 71 - Rua 8 Setor Ary Demóstenes ................................................................. 59 
Figura 72 - Rua 4 Setor Ary Demóstenes ................................................................. 59 
Figura 73 - Rua 4 Setor Cruzeiro do Sul .................................................................. 59 
Figura 74 - Mapa Equipamentos públicos ................................................................ 60 
Figura 75 - Escola municipal Visão do Futuro .......................................................... 61 
Figura 76 - Colégio estadual da polícia militar .......................................................... 61 
Figura 77 - Avaliação do Sistema de Educação ....................................................... 61 
Figura 78 - Fachada Hospital Municipal ................................................................... 61 
Figura 79 -Fachada UBS João da Ambulância......................................................... 61 
Figura 80 - Avaliação do sistema de saúde .............................................................. 61 
Figura 81 – Clube Municipal ..................................................................................... 62 
Figura 82 - Casa da Ponte........................................................................................ 62 
Figura 83 - Espaços de Lazer ................................................................................... 62 
Figura 84 - Avaliação dos Espaços de lazer............................................................. 63 
Figura 85 - Lazer para jovens e crianças ................................................................. 63 
Figura 86 - Lazer para Adultos e Idosos ................................................................... 63 
Figura 87 - Avaliação da Segurança pública ............................................................ 64 
Figura 88 - Prefeitura Municipal de Itauçu-GO ......................................................... 64 
Figura 89 - Sistema viário ......................................................................................... 65 
Figura 90 - Arborização ............................................................................................ 66 
Figura 91 - Árvores ................................................................................................... 66 
Figura 92 - Praça dos Ciganos ................................................................................. 67 
Figura 93 - Praça dos Ciganos ................................................................................. 67 
Figura 94 - Praça Matriz ........................................................................................... 67 
 
 
 
 
Figura 95 - Praça da Paineira ................................................................................... 67 
Figura 96 - Praça da Paineira ................................................................................... 67 
Figura 97 – Pré-proposta de revitalização ................................................................ 70 
Figura 98 - Casa da Ponte........................................................................................ 71 
Figura 99 - Terreno casa da ponte ........................................................................... 72 
Figura 100 - Planta atual casa da ponte ................................................................... 72 
Figura 101 - Proposta de layout ............................................................................... 74 
Figura 102 - Sala Multiuso ........................................................................................ 74 
Figura 103 - Cafeteria ............................................................................................... 74 
Figura 104 - Depósito ............................................................................................... 74 
Figura 105 - Varanda ................................................................................................ 74 
Figura 106 - Banheiro Feminino ............................................................................... 75 
Figura 107 - Banheiro masculino .............................................................................. 75 
Figura 108 - Banheiro PNE....................................................................................... 75 
Figura 109 - Organograma Casa da Ponte .............................................................. 76 
Figura 110 - Fluxograma Casa da Ponte .................................................................. 77 
Figura 111 - Setorização Casa da Ponte .................................................................. 78 
Figura 112 - Planta Baixa Casa da Ponte ................................................................ 79 
Figura 113 - Corte casa da Ponte ............................................................................. 79 
Figura 114 - Volumetria casa da ponte com ampliação ............................................ 80 
Figura 115 - Volumetria Casa da Ponte ................................................................... 80 
Figura 116 - Volumetria Casa da ponte .................................................................... 80 
Figura 117 - Feira coberta terreno ............................................................................ 81 
Figura 118 - Feira coberta ........................................................................................ 81 
Figura 119 - Estrutura e cobertura ............................................................................ 81 
Figura 120 - Pista de Skate ...................................................................................... 83 
Figura 121 - Playground ........................................................................................... 83 
Figura 122 – Quiosque ............................................................................................. 84 
Figura 123 - Banheiro feminino ................................................................................ 84 
Figura 124 - Banheiro Masculino .............................................................................. 84 
Figura 125 - Banheiro PNE....................................................................................... 84 
Figura 126 – Proposta Banco ................................................................................... 84 
 
 
 
 
Figura 127 - Proposta lixeira ..................................................................................... 84 
Figura 128 - Organograma Feira Coberta ................................................................ 86 
Figura 129 - Fluxograma Feira Coberta ................................................................... 86 
Figura 130 - Setorização Feira coberta .................................................................... 87 
Figura 131 - Planta Baixa Feira Coberta .................................................................. 88 
Figura 132 - Corte Feira Coberta .............................................................................. 88 
Figura 133 - Volumetria Feira Coberta ..................................................................... 89 
Figura 134 Volumetria Feira coberta ........................................................................ 89 
Figura 135 - Volumetria Feira Coberta .....................................................................89 
Figura 136 - Volumetria Feira Coberta ..................................................................... 89 
Figura 137 - Volumetria Feira Coberta ..................................................................... 89 
Figura 138 - Volumetria Feira Coberta ..................................................................... 89 
Figura 139 - Praça Ilete Bueno ................................................................................. 90 
Figura 140 - Praça Ilete Bueno ................................................................................. 90 
Figura 141 - Feira ..................................................................................................... 90 
Figura 142 - Blocos de intervenção .......................................................................... 91 
Figura 143 - Palco e área de mesas ......................................................................... 92 
Figura 144 - Playground ........................................................................................... 92 
Figura 145 - Banca ................................................................................................... 92 
Figura 146 - Banheiro feminino ................................................................................ 92 
Figura 147 - Banheiro masculino .............................................................................. 92 
Figura 148 - Banheiro PNE....................................................................................... 92 
Figura 149 - Organograma Feira .............................................................................. 94 
Figura 150 - Fluxograma Feira ................................................................................. 94 
Figura 151 - Setorização Feira ................................................................................. 95 
Figura 152 - Feira e bloco 01 e 02 ............................................................................ 95 
Figura 153 - Planta baixa bloco 03 ........................................................................... 96 
Figura 154 - Planta baixa bloco 02 ........................................................................... 96 
Figura 155 – Corte Feira .......................................................................................... 96 
Figura 156 - Planta atual Praça dos Ciganos ........................................................... 97 
Figura 157 - Praça dos Ciganos ............................................................................... 97 
Figura 158 - Praça dos Ciganos ............................................................................... 97 
 
 
 
 
Figura 159 – Playground .......................................................................................... 98 
Figura 160 - Academia ............................................................................................. 98 
Figura 161 - Quiosque e praça de alimentação ........................................................ 99 
Figura 162 - Proposta bancos hexagonais ............................................................... 99 
Figura 163 - Perspectiva bancos hexagonais ........................................................... 99 
Figura 164 - Organograma Praça dos Ciganos ...................................................... 101 
Figura 165 - Fluxograma Praça dos Ciganos ......................................................... 101 
Figura 166 - Setorização Praça dos Ciganos ......................................................... 102 
Figura 167 - Planta baixa praça dos ciganos.......................................................... 103 
Figura 168 - Corte Praça dos Ciganos ................................................................... 103 
Figura 169 - Planta atual Praça Matriz ................................................................... 104 
Figura 170 - Organograma Praça Matriz ................................................................ 105 
Figura 171 - Fluxograma Praça Matriz ................................................................... 105 
Figura 172 - Setorização Praça Matriz ................................................................... 106 
Figura 173 - Corte Praça Matriz ............................................................................. 106 
Figura 174 - Praça pedra grande ............................................................................ 107 
Figura 175 - Praça Pedra Grande existente ........................................................... 107 
Figura 176 - Terreno vazio ..................................................................................... 107 
Figura 177 - Mini Quadra Poliesportiva .................................................................. 108 
Figura 178 - Academia ........................................................................................... 108 
Figura 179 - Playground ......................................................................................... 109 
Figura 180 - Quiosque e praça de alimentação ...................................................... 109 
Figura 181 - Banheiro Feminino ............................................................................. 109 
Figura 182 - Banheiro Masculino ............................................................................ 109 
Figura 183 - Banheiro PNE..................................................................................... 109 
Figura 184 – Organograma Praça Pedra Grande ................................................... 111 
Figura 185 - Fluxograma Praça Pedra Grande ....................................................... 111 
Figura 186 - Setorização Praça Pedra Grande....................................................... 112 
Figura 187 - Planta baixa Praça Pedra Grande ...................................................... 113 
Figura 188 - Corte Praça Pedra Grande ................................................................. 114 
Figura 189 - Fachada frontal casa da ponte ........................................................... 116 
Figura 190 - fachada frontal ampliação e Casa ...................................................... 116 
 
 
 
 
Figura 191 - Fachada frontal cafeteria .................................................................... 116 
Figura 192 - Jardim posterior .................................................................................. 116 
Figura 193 - Perspectiva Feira Coberta .................................................................. 117 
Figura 194 - Facha Feira Coberta .......................................................................... 117 
Figura 195 - Perspectiva interna ............................................................................. 118 
Figura 196 - Praça de alimentação ......................................................................... 118 
Figura 197 - Gráfico pilar de concreto .................................................................... 136 
Figura 198 - Gráfico laje nervurada ........................................................................ 137 
Figura 199 - Gráfico pilar metálico .......................................................................... 137 
Figura 200 - Gráfico viga de aço ............................................................................ 138 
 
 
 
 
 
 
Lista de Tabelas 
Tabela 1 - Programa de necessidades Casa da ponte ............................................. 73 
Tabela 2 - Quadro Síntese Casa Da Ponte .............................................................. 75 
Tabela 3 - Programa de necessidades feira coberta ................................................ 82 
Tabela 4 - Quadro Síntese Antiga Feira Coberta ...................................................... 85 
Tabela 5 - Programa de Necessidades Feira............................................................ 91 
Tabela 6 - Quadro Síntese Feira ...............................................................................93 
Tabela 7 - Programa de Necessidades Praça dos Ciganos ..................................... 98 
Tabela 8 - Quadro Síntese Praça dos Ciganos....................................................... 100 
Tabela 9 - Programa de Necessidades Praça Matriz .............................................. 104 
Tabela 10 - Programa de Necessidades Praça Pedra Grande ............................... 108 
Tabela 11 - Quadro Síntese Praça Pedra Grande .................................................. 110 
 
19 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O município de Itauçu, localizado na região central do estado de Goiás a 70km 
de Goiânia, se originou a partir da passagem de tropeiros que abriram caminho ligando 
a capitania de Goiás a região sul no século XIX. Por se tratar de uma região de terras 
produtivas e abastecidas por cursos hídricos como as nascentes do rio Meia Ponte, 
tornou-se parada obrigatória para os tropeiros. Mais tarde com as construções que se 
estabeleceram o povoado recebeu o nome de Cruzeiro do Sul, sendo integrado ao 
município de Itaberaí. Apenas em 1948 durante a política de interiorização do governo 
Vargas o então povoado elevou-se a categoria de município recebendo o nome de 
Itauçu. Segundo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o último 
censo realizado foi em 2010 onde a cidade tinha uma população de 8.575 pessoas., 
sendo a principal fonte econômica de renda a agropecuária (BRASIL, 2020). 
Em seu desenvolvimento o município nunca contou com um projeto urbano ou 
da malha urbana, sendo que o mesmo dispõe apenas de um Código de Posturas lei 
001/2008 elaborado em 2008 como lei municipal. Sem possuir um Código de Obras e 
Edificações e um Plano Diretor Municipal que oriente as construções e o 
desenvolvimento urbano da cidade, respectivamente, esse contexto leva a falta de 
fiscalização tanto de obras como de expansão da área urbana do município. Dadas 
tais características, é notável a partir da observação da cidade, construções 
irregulares que ocupam parte da calçada, vias inadequadas entre outros problemas 
de infraestrutura básica. Outra problemática enfrentada é a carência de espaços de 
lazer e cultura atrativos para uso da população. 
Nota-se então a necessidade de um projeto de revitalização para a cidade de 
Itauçu-GO. Este processo de Revitalização Urbana, baseia-se na recuperação de 
áreas degradadas ou subutilizadas conhecidas como vazios urbanos, afim de 
reestabelecer, aprimorar ou promover novos usos para essas áreas. A inexistência de 
um conjunto de leis municipais bem como um plano de desenvolvimento para a cidade 
esse processo poderia influenciar diretamente na construção civil, meios de 
transporte, cultura e até mesmo no meio natural. 
Dentre os instrumentos para se colocar em prática um projeto de revitalização 
urbana pode ser citado a Acupuntura Urbana, termo originado da acupuntura 
tradicional, que se trata de uma técnica medicinal chinesa para tratar doenças e aliviar 
tensões do corpo através da aplicação de agulhas bem finas em pontos específicos 
20 
 
 
do corpo. No mesmo sentido, a Acupuntura Urbana parte do princípio da realização 
de melhorias pontuais em bairros ou cidades inteiras podendo ser pequenas 
intervenções para a revitalização de espaços degradados, subutilizados e não 
utilizados com a finalidade de promover novos usos voltados para o esporte, lazer e 
ações culturais da própria população (LERNER, 2011). 
 
1.1 Justificativa 
O município de Itauçu-GO assim como muitos outros municípios brasileiros foi 
formado de maneira espontânea, sem qualquer planejamento urbano inicial. A longo 
prazo o município se desenvolveu de forma desordenada, e ainda hoje a cidade não 
conta com leis municipais que regulamentem seu desenvolvimento e suas 
construções, tornando inviável a fiscalização e controle. Possuindo apenas o Código 
de Posturas nº 001/2008 que trata de forma mais abrangente sobre temas diversos, 
como limpeza urbana, coleta de lixo, instalação e limpeza de fossas a afastamentos 
laterais das edificações, licença para comércio ambulante e veiculação de 
propagandas. 
Diante desse cenário em que a cidade se desenvolveu surgiram problemas 
como construções irregulares ocupando parte do espaço público, vias muito estreitas 
mesmo as que dão acesso a novos loteamentos, infraestrutura deficitária como: 
pavimentação das ruas, iluminação pública e saneamento básico, carência em relação 
a espaços de lazer e cultura atrativos para uso da população. A partir desses pontos 
é possível identificar a necessidade de um projeto de revitalização para a cidade, 
buscando oferecer áreas de lazer e cultura bem como otimizar áreas existentes além 
de propor melhorias em relação a infraestrutura básica. 
A revitalização urbana consiste em um processo que pode promover projetos e 
ações em vários âmbitos sejam eles físicos, espaciais e sociais. (Moura et al, 2006). 
Para a realização desse processo existem vários instrumentos como a Acupuntura 
Urbana que consiste em melhorias pontuais em bairros ou cidades inteiras, podendo 
ir além de projetos arquitetônicos e espaços construídos, como também atingindo a 
cultura, o meio natural e a população. A cidade de Itauçu possui problemas como os 
já citados anteriormente, localizados em vários pontos, mas principalmente nas 
extremidades do território urbano, onde é possível identificar maiores problemas de 
infraestrutura básica e poucas áreas de lazer e cultura. 
21 
 
 
Visto tais problemáticas, torna-se necessário destacar a importância dos 
espaços de lazer e cultura, bem como da infraestrutura básica para as cidades e as 
pessoas. Os espaços de lazer essencialmente os espaços públicos possibilitam a 
interação entre as pessoas, prática de exercícios e proporciona ao lugar mais 
movimento, tornando-o mais seguro. Além de ser um direito assegurado no artigo 6º 
da Constituição Federal de 1988: 
“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição.” (BRASIL, 1988) 
 
Entretanto para que os espaços de lazer possam ser utilizados de forma segura 
e acessível é importante que seu entorno possua infraestrutura básica suficiente como 
iluminação e fácil acesso permitindo que a população possa usufruir de tais espaços 
com segurança e facilidade. 
 
1.2 Objetivos 
Os objetivos gerais e específicos identificam abordagens presentes ao longo 
do trabalho para esclarecimento do tema. 
1.2.1 Objetivo Geral 
Elaborar um projeto de revitalização urbana a partir dos princípios da 
acupuntura urbana, para a cidade de Itauçu no estado de Goiás, visando otimizar o 
funcionamento da cidade e formas de proporcionar espaços de lazer seguros e 
atrativos, melhorias na infraestrutura básica, utilizando conhecimentos adquiridos com 
as análises do estudo de lugar e dos estudos de caso. 
1.2.2 Objetivos Específicos 
• Analisar possíveis problemas gerados no meio urbano em decorrência da 
inexistência de legislações que regulem o território urbano; 
• Utilizar legislações do município de Goiânia, do estado de Goiás e da 
Federação para direcionar o projeto; 
• Realizar estudos de caso que abordem revitalização urbana e acupuntura 
urbana; 
22 
 
 
• Identificar áreas com maior déficit de infraestrutura básica e de áreas de lazer 
e cultura na cidade; 
• Definir as áreas que terão necessidade das intervenções através do estudo de 
campo; 
• Elaborar o programa de necessidades; 
• Desenvolver um estudo, partido arquitetônico para as intervenções no tecido 
urbano; 
• Elaborar de um conceito para o projeto de intervenção urbana que atenda às 
necessidades da população da cidade de Ituaçu-GO de maneira técnica fazendo 
com que a cidade fique mais fluida e mais atraente para o uso da população.1.3 Hipótese 
O desenvolvimento de um projeto de Revitalização através da Acupuntura 
Urbana possibilita melhorias pontuais ao longo de todo o tecido urbano da cidade. 
Essas melhorias podem proporcionar mudanças em todo o espaço urbano, na 
população, na cultura e como as pessoas enxergam e valorizam os espaços da 
cidade. 
A partir dessas ações, a longo prazo mudanças poderão ser notadas, como a 
utilização do espaço público, a qualidade de vida em relação a lazer cultura, a 
circulação de pessoas pelos espaços públicos da cidade. 
 
1.4 Metodologia 
Com o intuito de elaborar um projeto e atingir os objetivos estabelecidos, foram 
utilizados levantamentos bibliográficos que tratem do tema, Revitalização Urbana 
Através da Acupuntura Urbana. Além disso, legislações federais, estaduais e 
municipais do próprio município de Ituaçu como, também, de outros municípios foram 
utilizadas afim de estabelecer parâmetros necessários organizacionais para o 
desenvolvimento do projeto. 
Estudos do lugar incluindo levantamento de campo e pesquisa por meio de 
imagens satélite disponíveis na plataforma Google, foram realizados com o intuito de 
estabelecer parâmetros, identificar problemas e potencialidades possibilitando indicar 
23 
 
 
as áreas onde são necessárias propostas de intervenções e demonstrar desejos e 
necessidades da população. 
Os estudos de caso foram abordados como fonte de conhecimento para 
possibilitar a elaboração do projeto de revitalização urbana. Sendo eles os seguintes: 
O primeiro estudo de caso sobre Medellín, cidade situada na Colômbia, a qual 
tornou se referência enquanto cidade revitalizada, conseguindo a partir de um longo 
processo de revitalização e requalificação mudar completamente sua imagem de uma 
cidade comandada pelas máfias para uma cidade reconhecida e premiada devido 
suas significativas transformações que vão além do espaço físico, mas modificou 
também a forma que a população enxerga a cidade e a segurança que é transmitida 
para eles. 
O segundo estudo de caso é o Parque Superkilen, localizado na Dinamarca, o 
projeto localizado em uma região menos favorecida busca aumentar o movimento do 
bairro, estimular a economia e fazer com que a população se interesse pelo espaço 
público. Com um limite reduzido de gastos essa obra mostra como é possível gerar 
modificações consideráveis no espaço urbano com custos reduzidos e a partir de um 
local mudar a dinâmica do entorno. 
O terceiro estudo trata da Reurbanização da região do Vale do Anhangabaú, 
em São Paulo. O projeto busca aproximar o local da escala humana, tornando-o mais 
seguro e atrativo ao público, melhorando os acessos, a disponibilidade de serviços 
fazendo com que toda a região se transforme. 
 
24 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 Jaime Lerner, Acupuntura Urbana 
Jaime Lerner, arquiteto e urbanista, político, nascido em 17 de dezembro de 
1937, na cidade Curitiba, Paraná, onde mais tarde foi prefeito três vezes e duas vezes 
governador em seu estado. Em seu livro “Acupuntura Urbana” de 2011 o autor 
apresenta experiências em várias cidades no Brasil e no mundo onde o mesmo pode 
observar exemplos da acupuntura urbana, relatando que a mesma pode acontecer 
não somente através de uma construção física, mas também por meio de ações 
populares, da cultura, da iniciativa do poder público e da comunidade mas, 
principalmente, o efeito que essa ação traz para a cidade como um todo, porque a 
acupuntura urbana consiste nessas ações pontuais que acabam por se disseminar 
por todo bairro ou cidade, pois não influenciam apenas o espaço físico, mas como a 
sociedade vê e trata seu espaço e sua cultura (LERNER, 2011). 
 
2.2 Revitalização Urbana 
Moura et al, (2006), apresenta importantes conceitos sobre revitalização 
urbana, requalificação, renovação e reabilitação. A revitalização urbana é conceituada 
como um tema amplo que pode englobar ações urbanas, sociais, territoriais, de 
mobilidade, qualidade de vida, a qual expõe pontos negativos e pontos potenciais 
urbanos, apresenta geralmente um direcionamento central sendo esse a sociedade e 
suas necessidades, é traçado ainda um objetivo e/ou estratégias direcionadas a 
determinado sentido. O conceito apresentado foi escolhido por se adequar a proposta 
que pretende-se desenvolver neste trabalho. 
O artigo apresenta ainda o conceito de termos como Renovação urbana, que 
tem como referência a ideia de demolição e substituição com mudanças nas 
atividades, seria, portanto, uma transformação em larga escala que atinge a forma, 
funcionalidade e a esfera social. O termo Reabilitação, que se resume em recuperar 
áreas urbanas, readaptar a novas circunstâncias e usos dando destaque ao 
residencial. 
 
25 
 
 
2.3 A importância das áreas de lazer para as cidades 
De acordo com Santos e Manolescu, (2008), os espaços de lazer são de 
suma importância para sociedade desde a revolução industrial. Com a chegada de 
tecnologia para a produção em larga escala nas industrias, a implementação de 
direitos dos trabalhadores, redução da carga horaria, direito a férias, passaram a ter 
maior tempo livre para usufruir, a partir disso nota-se a importância dos espaços de 
lazer, em especial os espaços públicos. Atualmente com os grandes shoppings e 
condomínios fechados os espaços de lazer ficaram mais restritos, já que esse lazer 
oferecido nem sempre é acessível a todos, já o espaço público como praças e 
parques, são lugares acessíveis a toda a população, sem restrição de classe ou 
cultura, entretanto alguns desses locais já não tão frequentados acabaram sendo 
descuidados e já não oferecem tanta segurança para que a população se sinta 
estimulada a usufruir dessas áreas. 
Gehl, (2014), aborda como a escala humana foi negligenciada nos últimos 
anos no desenvolvimento das cidades e como o automóvel foi priorizado. O autor 
apresenta pontos importantes para o planejamento urbano como a distribuição de 
áreas de emprego, serviços e lazer, buscando diminuir a distância entre elas, 
permitindo assim um menor tempo de deslocamento bem como projetar espaços 
convidativos e seguros para estimular maior permanência e uso dos espaços públicos. 
Principalmente priorizar as pessoas, a escala humana, aumentando as áreas de 
circulação de pedestres e ciclistas, integrando os espaços e possibilitando maior 
qualidade de vida em relação a deslocamento, acesso a serviços e lazer. 
 
2.4 Dados sobre o município 
Os dados sobre o município foram buscados no site do IBGE, que fornece 
informações sobre a história do município, índice populacional, economia, renda, 
educação, saúde e espaço. Além dele, o livro “Se liga no futuro” produzido em 2004 
pelo governo municipal, pelos pesquisadores Prof. Eduardo José Reinato e Prof. 
Sérgio Paula Moreya, apresenta dados históricos e culturais sobre o município de 
Itauçu. 
 
26 
 
 
3 ESTUDOS DE CASO 
 O estudo de caso é um método utilizado afim de obter conhecimento e 
referencias projetuais a respeito de determinado tema auxiliando no desenvolvimento 
do projeto. 
 
3.1 Medellín 
 Medellín a segunda maior cidade da Colômbia, está localizada no Vale do Rio 
Aburrá (ou Medellin) e cercada por cordilheiras (Figura 1). A cidade possui uma área 
total de 380,64km² sendo 110,22 km² área urbana e 270,42 km² área rural. Com uma 
população estimada de 3.909.676 habitantes. 
Figura 1 - Medellín 
 
Fonte: DANE, 2018 com intervenção de Thays Oliveira 2021 
 
3.1.1 Contexto Histórico 
 A cidade de Medellín registrou seus primeiros bairros em 1840, a partir de 1910 
já haviam registros de lotes ilegais. Durante 1930 notava-se grande crescimento da 
população urbana, junto com o crescimento urbano e a industrialização crescia 
também o índice de violência em um cenário onde o poder público não conseguia 
atendes as demandas da população. Surgiam então bairros irregulares a partir das 
construções da populaçãovinda do campo para cidade e os que deixavam suas 
regiões devido à violência e outros fatores, (MAZO, 2017). 
27 
 
 
 Na década de 1990 a cidade de Medellín chegou a ficar conhecida como a 
Cidade mais Violenta do Mundo devido a taxa média anual de homicídios de que 
chegou a 380 por 100. 000 habitantes ao ano. 
 A cidade chegou a esses dados devido a narcotraficantes, guerrilheiros, grupos 
paramilitares e delinquentes que impuseram suas próprias leis levando terror e pânico 
a população. Quem se opunha a esse cenário tornava-se alvo desses grupos que, as 
vítimas eram sequestradas, estupradas e assassinadas por encomenda. 
 Após mais de uma década de violência, em 1992, o governo colombiano 
solicitou ajuda aos Estados Unidos afim de combater a criminalidade no país. A partir 
disso, forças armadas foram treinadas para combater os paramilitares, através dessa 
força tarefa contra o tráfico e os cartéis, traficantes, familiares e associados foram 
executados. 
 Um dos nomes mais marcantes nesse cenário foi o do chefe do Cartel de 
Medellín, Pablo Escobar, conhecido pela extrema violência, por enfrentar o estado e 
assassinar figuras públicas do meio político importantes na cidade, além de levar 
milhares de jovens a um caminho de violência que arruinaram muitas vidas e famílias. 
Em 2 de dezembro de 1993, em Medellín, Pablo Escobar foi morto por forças policiais. 
 Após a morte de Pablo Escobar um conjunto de ações de combate ao tráfico e 
ações voltadas para melhoria da qualidade de vida da população gerou grandes 
mudanças na cidade, como a queda do índice de mortalidade e aumento na 
expectativa de vida (Figura 2 e Figura 3), (MAZO, 2017). 
Figura 2 - Taxa de homicídios em Medellín 
 
Figura 3 - Expectativa de vida em Medellín 
 
Fonte: Revista Exame, 2017 
 
3.1.2 Planejamento e Transformação 
Com as ações de combate à criminalidade também surgiram programas sociais 
e estratégias afim de transformar a cidade. Inicialmente o PRIMED - Programa Integral 
28 
 
 
de Melhoramentos de Bairros Subnormais de Medellín que surgiu através do Governo 
Nacional do Conselho Presidencial para Medellín (1990-1997), e com apoio do 
governo alemão foram iniciadas estratégias de urbanismo social. 
No início do primeiro mandato presidencial de Álvaro Uribe Vélez (2002-2006) 
as ações do exército e da polícia foram intensificas, realizadas campanhas de 
desarmamento o que gerou grande impacto inclusive na população civil. A partir 
dessas ações foram iniciados projetos de reintegração social. 
O papel das universidades em especial de Arquitetura e Urbanismo foi 
fundamental para muitas mudanças ocorridas, já que os acadêmicos pesquisavam e 
desenvolviam projetos para bairro e comunas. Onde o então acadêmico Sergio 
Fajardo (orientador da Oficina de Projetos do Norte, da UPB - Universidade Pontifica 
Bolivariana) atuava, o mesmo veio a ser prefeito de Medellín entre 2004 e 2007. Nesse 
período a Empresa de Desenvolvimento Urbano (EDU) foi redefinida, tornando-se um 
escritório de projetos e execução de obras, que liderou a implementação e 
desenvolvimento dos Projetos Urbanos Integrais (PUI). Em 2008 Alonso Salazar 
sucede a Fajardo na prefeitura, dando continuidade aos projetos elaborados. 
Entre os principais pontos do PUI pode ser citado a participação popular, foi de 
suma importância ouvir a população até mesmo porque um dos principais objetivos 
se tratava da retomada da confiança popular no poder público. O PUI buscava também 
melhorar a qualidade de vida e a mobilidade urbana interligando as comunidades a 
área central. Para que isso fosse possível foram realizados estudos buscando 
identificar os pontos mais precários em relação a infraestrutura básica, serviços, lazer 
e demais necessidades. O projeto foi inspirado em cidades como Barcelona e Rio de 
Janeiro, com o programa Favela-Bairro, trataria de uma ação conjunta entre poder 
público municipal, estadual e federal, como também de empresas e universidades. 
Os PUIs foram elaborados para cinco zonas periféricas de acordo com os 
estudos levantados priorizando as mais desfavorecidas de infraestrutura como mostra 
a (Figura 4) e priorizadas de interligação da cidade. Em 2004 foi concluída a primeira 
obra, um teleférico ligando o metrô às favelas Andalucía, Popular e Santo Domingo 
(Linha K), logo após foi inaugurado o primeiro Centro de Desenvolvimento Empresarial 
Zonal, na favela Popular (MAZO, 2017). 
29 
 
 
Figura 4 - Zonas dos Projetos Urbanos integrais 
 
Fonte: MORAIS, 2018 
 
 Através das estratégias adotadas pela Empresa de Desenvolvimento Urbano 
como a participação popular e estudos técnicos realizados foi desenvolvido o Plano 
Mestre (Figura 5). Foram identificados também entre as zonas estabelecidas a de maior 
urgência de intervenção, devido aos altos índices de violência e pobreza o primeiro 
implantado foi o PUI Nordeste. 
Figura 5 - Plano Mestre do PUI-nor 
 
Fonte: MORAIS, 2018 
30 
 
 
3.1.3 Mobilidade 
 Dentre os projetos elaborados os de mobilidade tiveram grande foco já que se 
pretendia interligar a cidade como um todo. É possível identificar que houve uma 
grande preocupação nesse quesito através da atual disponibilidade de transportes. 
 
3.1.3.1 Transporte Público 
 O projeto foi elaborado de forma integrada a duas linhas de metrô, essa 
interligação entre outros meios de transporte como o Metrocable permite acesso 
facilitado a toda a cidade através dos transportes coletivos. A partir da (Figura 6) é 
possível identificar as linhas de metrô e suas conexões. 
Figura 6 - Linhas de transporte Público 
 
Fonte: Metrô de Medellín, 2021 
 
31 
 
 
3.1.3.2 Metrocable 
O Metrocable trata-se de um teleférico que interliga as regiões mais altas e periféricas 
ao Metrô (Figura 7), existindo 5 linhas desse meio de transporte na cidade, sendo elas 
(J,K,L,M,H), somando 11,87 km de cabos. O Metrocable faz ligação com 2 linhas de 
metrô, 1 linha de Tranvía, 2 linhas de Metroplús e vários ônibus integrados. 
Figura 7 – Metrocable 
 
Fonte: MAZO, 2017 
3.1.3.3 Metroplus 
 O Metroplus é um conjunto triplo de ônibus porque tem rodas, bonde porque vai 
em trilhas específicas e metrô porque tem suas próprias pontes e túneis, essas 
características fazem com que seja mais rápido, abrangente e de menor custo (Figura 8). 
O sistema conta com duas linhas, com 27 estações ao longo de 9,2 Km conectadas a 
cinco linhas de Metrocable, uma linha de Tranvía e duas linhas de metrô. 
Figura 8 - Metroplus 
 
Fonte: MAZO, 2017 
 
32 
 
 
3.1.3.4 Metrô 
 O Metrô de Medellín é o transporte de massas que possui maior capacidade, 
desde 1970 esse transporte é operado (Figura 9). Atualmente conta com apenas duas 
linhas, mas que liga a cidade de Norte a sul e de centro a Oeste. Com as conexões 
que possui com os outros meios de transporte consegue interligar todas as regiões. 
Figura 9 - Metrô de Medellín 
 
Fonte: Metrô de Medellín, 2021 
 
3.1.3.5 Tranvía 
 Trata-se de um bonde no centro de Medellín (Figura 10) inaugurado em 2016 
que se estende da estação San Antonio até a estação Oriente, conta com apenas 1 
linha com 4,2 Km 7 paradas e duas estações, faz conexão com o metrocable e 1 linha 
de metroplus. Segundo a administração do Metrô e da Tranvía estipula-se que antes 
da pandemia eram transportadas diariamente cerca de 76.000 passageiros através 
da Tranvía. 
Figura 10 - Tranvía de Medellín 
 
Fonte: Metrô de Medellín, 2021 
 
33 
 
 
3.1.3.6 Ônibus 
 O Buses é o sistema de ônibus de Medellín, o sistema é composto por ônibus 
de diferentes empresas. De acordo com o site Metroplús de Medellín, em 2019 a frota 
já contava com 64 ônibus 100% elétricos (Figura 11). 
 Figura 11 - Ônibus Elétrico 
 
Fonte: Metroplus 2019 
 
3.1.3.7 Encicla 
 A Encicla é uma rede de bicicletas públicas de uso compartilhado inaugurado 
em 2011. De acordo com o site, EnciclaSistema de Bicicletas Públicas, o cadastro é 
realizado através de um site. Atualmente a cidade conta com 90 estações, 100.893 
usuários inscritos e 1680 bicicletas (Figura 12). 
Figura 12 - Estação Encicla 
 
Fonte: Encicla, 2019. 
 
34 
 
 
3.1.4 Parques 
 De acordo com o portal Ambiente Brasil os parques urbanos possuem grande 
importância para as cidades, além de melhorar a qualidade de vida urbana, atua em 
benefício dos animais, do lazer e do turismo. 
 A cidade de Medellín conta com diversos parques, entre eles podemos destacar 
o Parque de Los Pies Descalzos localizado no centro de Medellín, que como o próprio 
nome diz é um lugar que convida a seus visitantes a ficarem descalço e aproveitar 
para relaxar e caminhar pelos bosques, fontes e áreas livres (Figura 13). 
 No ano de 2014 a prefeitura de Medellín divulgou o resultado do concurso 
público realizado para eleger o melhor projeto do Parque do Rio. O objetivo era 
revitalizar o rio, criar conexões, espaços para população interagir com a natureza, 
além de valorizar a fauna e a flora da região (Figura 14). Além disso o projeto busca 
através de materiais porosos como tecidos e chapas perfuradas estreitar a relação 
entre o que é construído e o natural. 
Figura 13 - Parque de Los Pies Decalzos 
 
Fonte: Volto logo, 2020 
 
Figura 14 - Projeto Parque Rio Medellín 
 
Fonte: Cabezas, 2014 
 O Orquideodrama (Figura 15 e Figura 16) trata-se de um espaço criado para 
possibilitar o contato das pessoas com a natureza. Elaborado para desde suas 
estruturas se assemelhar-se a troncos de arvores e sua cobertura a flores. Além disso 
é realizado através da cobertura coleta de águas da chuva, dentre os materiais 
utilizados madeira de reflorestamento (HELM, 2011). 
35 
 
 
Figura 15 - Orquideodrama 
 
Fonte: Concursosdeprojeto.org 
 
Figura 16 - Projeto Orquideodrama 
Fonte: Concursosdeprojeto.org
3.1.5 Habitação 
 A partir dos estudos realizados pela EDU foram identificadas problemáticas em 
relação a habitação como construções em áreas de risco, habitações precárias e 
irregulares. Para solucionar esse problema foram desenvolvidos projetos de 
adequação das áreas urbanas como a da ponte El Mirador (Figura 17) para uso de 
pedestres, realizada a demolição de edificações, iniciadas obras para recuperação 
ambiental, construção de obras complementares, construção de unidades 
habitacionais, melhoramento de habitações e construção de redes. 
 O melhoramento habitacional foi realizado em parceria da EDU com as famílias, 
onde os técnicos avaliavam a condição da habitação e junto a família era discutido 
quais intervenções seriam feitas, a família auxiliava na mão de obra e recebia 
qualificação em construção civil. 
Figura 17 - Ponte El Mirador e conjuntos habitacionais 
 
Fonte: MORAIS, 2017 
36 
 
 
3.1.6 Biblioteca 
 Foram incluídas cinco novas bibliotecas no projeto, com o objetivo de serem 
um espaço de convívio social, encontros, contando com livros para todas as faixas 
etárias, salas com internet, auditórios, espaços para leitura, salas de exposições, 
áreas de lazer, playgrounds e centros para desenvolvimentos de negócios. As 
bibliotecas serão localizadas nos bairros Belén, La Ladera, San Javier, Santo 
Domingo e La Quintana. 
 Em Belén, a biblioteca irá abranger 15 bairros, tendo um lote de 13.846m2 e 
uma área total construída de 2.000m2 (Figura 18). San Javier, por sua vez, irá se ligar 
à estação de metrô do bairro, contando com um terreno de 15.500m2 e área 
construída de 4.000m2 (Figura 19). 
 O bairro de La Ladera contará com um espaço de 10.384m2 e área construída 
de 4.000m2, abrangendo 14 setores ao total (Figura 20). Por outro lado, o setor La 
Quintana recebeu um complexo (Figura 21) complementar o parque de La Quebrada 
e ter acesso direto à estação Metroplús, contando assim com 12.700m2 para 
construção e área construída de 2805m2. 
 Por último, a biblioteca Espanha (Figura 22) no bairro de San Domingo deve 
atender 12 bairros e ter conexão com a estação Santo Domingo Metrocable, tendo 
uma área construída de 2.960m2 e área de terreno de 15.942m2. 
 
Figura 18 - Biblioteca de Belen 
 
Fonte: Alcadía de Medellin, 2004-2007 
 
 
 
Figura 19 - Biblioteca San Javier 
Fonte: Alcadía de Medellin, 2004-2007 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
Figura 20 - Biblioteca de La Ladera 
Fonte: Alcadía de Medellin, 2004-2007 
 
Figura 21 - Biblioteca de La Quintana 
Fonte: Alcadía de Medellin, 2004-2007 
Figura 22 - Biblioteca Espanha 
 
Fonte: Alcadía de Medellin, 2004-2007
 
3.1.7 Escolas 
 O projeto destina uma atenção especial a educação, foi investido 160 milhões 
de pesos sendo metade para construção de novas escolas, sendo elas: Instituição 
Educativa Llanaditas; Instituição Educativa Héctor Abad Gómez; Instituição Educativa 
Santo Domingo; Instituição Educativa Francisco Miranda; Instituição Educativa Plaza 
de Férias; Instituição Educativa San Javier; Instituição Educativa La Independencia; 
Instituição Educativa Benedicta Zur Nieden; Instituição Educativa Horacio Muñoz 
Suescún; Instituição Educativa San Antonio de Prado. 
 
3.1.8 Escadas 
 Afim de facilitar a mobilidade dos moradores foram instaladas escadas rolantes 
(Figura 23) nas comunidades, substituindo os mais de 350 degraus que os moradores 
precisavam percorrer diariamente, nesse projeto foram investidos 10 biliões de pesos. 
A obra foi desenvolvida pela EDU e é administrada pela Terminales de Transporte de 
Medellín que disponibiliza 15 gerentes que auxiliam na utilização correta dos 
38 
 
 
equipamentos. Nas extremidades das escadas existem dois edifícios que comportam 
atividades voltadas para comunidade como ações comunitárias, institucionais, 
administrativas e técnicas, todas coordenadas pela empresa que opera as escadas. 
Figura 23 - Escada Rolante de Medellín 
 
Fonte: Alcadía de Medellin, 2004-2007 
 
3.1.9 Referências adotadas 
 Algumas das propostas apresentadas serão utilizadas como referência para o 
desenvolvimento do projeto de Revitalização da Cidade de Itauçu-GO. As melhorias 
pontuais distribuídas em vários pontos da cidade conforme a necessidade, o que pode 
ser classificado como Acupuntura Urbana, a participação da população na tomada de 
decisões e ações, além da melhoria dos espaços de lazer e até mesmo a criação de 
novos espaços para benefício da população. 
 
3.2 Parque Superkilen 
 O Parque Superkilen está localizado no bairro Noberro, na cidade de 
Copenhague capital da Dinamarca (Figura 24). Com uma extensão de 800 m e 
32.980,58 m² de comprimento o parque foi projetado pelos escritórios de arquitetura 
Bjarke Ingels Group, Superflex, Topotek 1, no ano de 2012. 
 
 
39 
 
 
 
Figura 24 - Localização Parque Superkilen 
 
Fonte: Google Earth, 2020. ARCHDAILY, 2012 com intervenção de Thays Oliveira, 2021 
 
3.2.1 O Projeto 
 O bairro Noberro trata-se de uma região com grande diversidade étnica e 
social. Havia uma necessidade de espaços de lazer que movimentassem a região, o 
ponto de partida para o projeto foi justamente essa diversidade. A área foi dividida em 
três partes separadas por cores vermelho, preto e verde (Figura 25). 
 Figura 25 -Zoneamento Parque Superkilen 
 
Fonte: BIG, 2012 
 Um ponto importante presente no projeto foi o uso de mobiliários de diferentes 
partes do mundo, isso foi pensado para que a comunidade pudesse se sentir acolhida 
tendo presente algo característico de seu país no parque. 
 A zona vermelha (Figura 26) é limitada por duas ruas e cercada por prédios nas 
laterais, essa área comporta diversos mobiliários voltados para o lazer e a diversão, é 
uma área plana com algumas arvores vermelhas espalhadas. Esse espaço conta com 
área de ginastica, box tailandês, playground, sistema de som da Jamaica, bancos do 
brasil, área para bicicletas e para estacionamento. 
 A zona preta (Figura 27) conta com uma pintura preta no piso com linhasbrancas continuas no piso que desviam do mobiliário urbano com a fonte marroquina, 
40 
 
 
cadeiras de bar brasileiras, mesas para piquenique búlgara, churrasqueiras 
argentinas, bancos belgas ao redor das cerejeiras. Durante a semana as mesas 
permanentes recebem jogadores de gamão, xadrez entre outros. Ao Norte há um 
morro que permite a visualização da praça, estimula as crianças a brincarem. 
 A área verde (Figura 28) foi uma solicitação da população por espaços verdes, 
essa área possui várias colinas uma paisagem verde convidativa as crianças que 
brincam nesses desníveis, as famílias a usarem as mesas de piquenique armênio, 
churrasqueiras sul-africanas, uma arena esportiva para basquete e futebol, um 
pavilhão de dança de linha do Texas, mesas de pingue pongue espanholas. Os 
desníveis trabalhados além de proporcionarem um espaço interativo impedem a 
ocupação irregular do espaço. 
 
Figura 26 - Área Vermelha 
 
Fonte: BIG, 2012 
 
Figura 27 - Área Preta 
 
Fonte: BIG, 2012 
 
Figura 28 - Área Verde 
 
Fonte: BIG, 2012 
41 
 
 
3.2.2 Transformações 
 Como já citado no tópico anterior, o mobiliário urbano teve um papel 
fundamental no desenvolvimento do projeto. Cada peça escolhida para compor o 
projeto é relevante, seja por representar uma cultura, como a fonte marroquina (Figura 
29), tornando o espaço mais acolhedor aos usuários do parque de outras etnias, por 
estimular a pratica de exercícios e o uso do espaço como o boxe tailandês (Figura 30) 
ou como um elemento artístico. 
 A escolha do mobiliário foi determinante para o resultado final, a implantação 
desses equipamentos fez com que o espaço se tornasse mais atrativo, isso gerou uma 
transformação em toda a região que recebeu mais movimento, estimulando o 
comercio e o lazer (Figura 31 e Figura 32). Essa transformação pode ser vista como 
Acupuntura Urbana já que trata de uma obra pontual que gerou grande transformação 
principalmente em como a população percebe o espaço público. 
 De acordo com o site Hometeka, (2012), o projeto teve um custo total de onze 
milhões de dólares e recebeu prêmios como do Instituto dos Arquitetos Americanos 
(AIA) em 2013, o Prêmio de Honra do Instituto, como forma de reconhecimento pela 
excelência do projeto. 
Figura 29 - Fonte marroquina 
 
Fonte: BIG, 2012 
Figura 30 - Área de box tailandês 
Fonte: BIG, 2012 
Figura 31 – Mobiliário playground 
 
Fonte: BIG, 2012 
Figura 32 - Escorregador Playground 
 
Fonte: BIG, 2012 
42 
 
 
3.2.3 Referências adotadas 
 A partir da análise sobre o estudo de caso apresentado foram determinados 
pontos que servirão de referência no projeto desenvolvimento de revitalização urbana 
na cidade de Itauçu-GO, sendo eles: Atenção aos interesses da população; 
Intervenção no espaço público voltado ao lazer; Escolha de mobiliário urbano voltado 
que desperte o interesse da população em usufruir dos espaços disponíveis. 
 
 3.3 Reurbanização do Vale do Anhangabaú 
 O Vale do Anhangabaú, está localizado no centro da cidade de São Paulo - SP 
entre os Viadutos do Chá e Santa Efigênia (Figura 33). Trata-se de um espaço público 
que recebe eventos populares culturais e políticos, é um ponto que separa o centro 
velho e o centro novo. 
 A área é rodeada de edifícios, incluindo o Teatro Municipal de São Paulo nas 
proximidades. Com uma topografia consideravelmente plana o terreno conta com 
77.471,92 m². A região recebe um grande fluxo de pessoas diariamente, geralmente 
de passagem pelo local. 
Figura 33 - Localização Vale do Anhangabaú 
Fonte: Fonte: Google Earth, 2021 com intervenção de Thays Oliveira, 2021 
 
3.3.1 Estudos 
 Em 2007 a administração pública da cidade de São Paulo convidou o arquiteto 
e urbanista Jan Gehl para estar à frente de um projeto sobre o futuro do Anhangabaú. 
De acordo com a Prefeitura de São Paulo o Workshop II: Construção de um Programa 
para o Vale do Anhangabaú de agosto de 2013, foi conduzido em 5 etapas, sendo 
elas, Aquecimento, Cotidiano, Espaço, Edifícios e Programa. 
43 
 
 
O aquecimento consistiu na imaginação, foi solicitado aos participantes que 
imaginassem como seria o Vale em 2020, os mesmos escolheram fotos e escreveram 
como estariam usufruindo do espaço no futuro. 
Na segunda etapa, Cotidiano, foi realizada uma leitura do Anhangabaú, através 
de visita em campo foi identificado que o principal uso era apenas passagem de 
pedestre 65 pessoas por minuto. 
Sobre o Espaço, através de entrevistas as pessoas falaram sobre o que 
sentiam falta e como e por quanto tempo as pessoas permaneciam na área, nessa 
fase foi solicitado pela população árvores, bancos, mais iluminação, espaços para 
atividades e mais segurança. 
Em relação aos Edifícios foi realizado um estudo sobre suas fachadas e 
classificadas em A (atrativas aos pedestres e conservadas), B (atrativas, mas não 
conservada), C (parcialmente atrativas), D (não são atrativas e sem uso), E (não são 
atrativas, sem uso e em péssimo estado de conservação). A classificação geral ficou 
entre B, C, D e E, isso devido à pouca utilização do térreo. 
Por fim foi realizado a última etapa, onde os resultados foram analisados e a partir 
deles desenvolvido um programa para o Vale do Anhangabaú como é possível 
identificar a seguir (Figura 34). 
Figura 34 – Programa para o Vale do Anhangabaú 
 
Fonte: Gestão Aberta SP, 2013 
44 
 
 
3.3.2 Projeto 
 O projeto de Requalificação Vale do Anhangabaú, Centro – São Paulo – SP foi 
desenvolvido pelo escritório Biselli Katchborian Arquitetos associados, no ano de 
2014, com uma área total de 77.471,92 m². O intuito do projeto é transformar a região, 
atrair a população tornando o espaço mais movimentado e interativo através da 
implantação de arvores e espelhos de d’água. 
 Foram consideradas questões levantadas no estudo anterior como a pouca 
interatividade das fachadas, a falta de mobiliário urbano, a importância de árvores, 
iluminação, espaços interativos e água para compor o espaço. Para isso foi elaborada 
uma proposta que abrange todo o espaço que foi aberto para atender de pequenos a 
grandes eventos, com espelhos d’água flexíveis e jatos de água, iluminação, novas 
áreas arborizadas, quiosques e mobiliário urbano. Na (Figura 35) é possível identificar 
os caminhos e os espelhos d’água, a (Figura 36) mostra os espelhos d’água 
desativados e a utilização por pedestres. 
Figura 35 – Caminhos e espelhos d’água 
 
Fonte: Gestão Aberta SP, 2019 
 
Figura 36 – Espelhos d’água desativados 
 
Fonte: Gestão Aberta SP, 2019 
 O projeto foi dividido em faixas, esplanada, quiosques, rua e fachadas ativas 
(Figura 37), além disso foram apresentadas propostas para o mobiliário urbano como 
indica a (Figura 38), o projeto apresenta três tipos de postes para iluminação pública, 
de 18 metros de altura delimitando a explanada central, de 15 metros junto as arvores, 
de 10 metros próximos aos bancos e quiosques. Na (Figura 39) é possível identificar 
as faixas vegetativas que foram idealizadas para o projeto. 
45 
 
 
Figura 37- Faixas de usos 
 
Fonte: Fonte: Gestão Aberta SP, 2019 
 
 
Figura 38 – Proposta de mobiliário urbano 
 
Fonte: BISELLI KATCHBORIAN, 2015 
 
Figura 39 – Proposta geral 
 
Fonte: BISELLI KATCHBORIAN, 2015 
 
3.3.3 Visões divergentes sobre o projeto 
 O projeto e as estratégias adotadas sofreram muitas críticas tanto da população 
quanto de profissionais como arquitetos e urbanistas. O portal de notícias R7 São 
Paulo publicou no dia 23 de julho de 2019 uma reportagem onde apresentava críticas 
da população e comerciantes do entorno as obras e o grande impacto gerado. Ainda 
na reportagem o então presidente da Associação Preserva SP, Jorge Eduardo, 
levanta observações sobre o local ser de grande importância histórica para a cidade 
e passar por uma transformação total, além disso ele destaca que o uso de água da 
forma que foi proposto não é adequado

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