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linguagem e argumentação juridica

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AULA 3 PG 1 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
AULA 3 PG 2 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
Este material é parte integrante da disciplina “Linguagem e Argumentação Jurídica” 
oferecido  pela  UNINOVE.  O  acesso  às  atividades,  as  leituras  interativas,  os 
exercícios, chats, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser 
feitos diretamente no ambiente de aprendizagem on­line.
AULA 3 PG 3 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
Sumário 
AULA 03 • QUALIDADE DA LINGUAGEM......................................................................................4 
Correção gramatical ....................................................................................................................5 
Coerência....................................................................................................................................5 
Clareza........................................................................................................................................6 
Precisão ......................................................................................................................................7 
BIBLIOGRAFIA ...............................................................................................................................8
AULA 3 PG 4 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
AULA 03 • QUALIDADE DA LINGUAGEM 
Já vimos, em outro momento, que a linguagem é o meio de transmitir por palavras escritas 
ou faladas uma unidade de pensamento, isto é, uma mensagem, que tanto será mais facilmente 
compreendida  quanto mais  claro e preciso  for  o  pensamento.  Assim,  linguagem e  pensamento 
estão numa relação direta e necessária. 
Vimos, nas aulas anteriores, que a eficácia da comunicação depende do contexto em que 
ela é produzida e do perfil daquele a quem a mensagem é endereçada. Por isso, preocupado com 
a operacionalização do direito, Miguel Reale afirma que uma das mais importantes características 
do Código Civil,  em vigor desde 2002, é a apropriação de uma  linguagem clara que possa ser 
compreendida mais facilmente pelo homem comum. 
Contudo,  não  basta,  clareza  e  precisão.  Outras  qualidades  ainda  são  exigidas  da 
linguagem,  especialmente  a  jurídica,  tais  como  correção  gramatical  e  coerência.  Assim,  são 
qualidades  que  devem  estar  presentes  no  ato  de  comunicação  jurídica:  correção  gramática, 
coerência, clareza e precisão. 
Nesta aula, veremos quais são as qualidades necessárias para que a linguagem, de um 
modo  geral  e  em  especial  a  linguagem  jurídica,  seja  eficaz,  isto  é,  produza  o  efeito 
necessário  e  desejado  por  quem  deseja  transmitir  uma  mensagem,  com  correção 
gramatical, coerência, clareza e precisão. Além dessas qualidades, é preciso, também, 
considerar, na hora de escrever, não só as técnicas básicas de redação, mas também, 
o destinatário da mensagem. 
Acesse a plataforma e ouça o áudio sobre esse assunto. Se preferir você pode 
baixá­lo para ouvir onde desejar.
AULA 3 PG 5 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
Correção gramatical 
A correção gramatical exige domínio  das  regras da  língua padrão,  isto é,  das  regras de 
gramática.  É  preciso  saber  manejar  as  regras  de:  a)  acentuação;  b)  crase;  c)  emprego  de 
pronome  pessoal  oblíquo,  pronomes  de  tratamento,  pronomes  demonstrativos  e  pronomes 
relativos; d) regência verbo­nominal; e) concordância, seja verbal seja nominal e f) pontuação. 
Não  basta,  contudo,  que  o  texto,  isto  é,  a  unidade  de  pensamento  enunciada  esteja 
gramaticalmente correta. É preciso, ainda, que ele se apresente claro, preciso e coerente, pois é 
de pouca ou nenhuma serventia um texto em perfeitas condições gramaticais, sem que possa ser 
compreendido em razão das deficiências na estruturação da frase e na concatenação das idéias a 
serem transmitidas. 
Coerência 
A coerência de um  texto diz  respeito à organização das  idéias e das  relações  lógicas e 
cronológicas  que  entre  elas  se  estabelece.  Um  texto  é  coerente  quando,  da  idéia  principal, 
decorrem outras idéias numa sucessão natural do ponto de vista lógico e cronológico. A ausência 
de coerência leva à falta de clareza e, portanto, leva a um texto obscuro e de difícil compreensão. 
A técnica para se obter a coerência é estabelecer qual a idéia principal, isto é, o tema em 
torno do qual o texto haverá de ser construído, o que pode ser obtido com a colocação do tema 
logo no início do parágrafo. 
Para a obtenção da coerência é preciso que a idéia principal fique explícita no parágrafo, 
isto é, clara, sendo recomendável que a idéia principal seja declarada desde o início do parágrafo 
para que,  a partir  dela,  as  chamadas  idéias  secundárias  se  desdobrem  numa  relação  lógica  e 
cronológica. 
Um parágrafo será ainda coerente quando são evitados detalhes que nada acrescentam à 
idéia  principal  são  mera  repetição  ou  dela.  Um  parágrafo  prolixo,  ou  seja,  com  detalhes  em 
Parágrafo é uma unidade de texto composto por frase e orações em que se desenvolve 
uma mensagem, que se compõe de uma idéia principal, de que decorrem as chamadas 
idéias  secundárias.  Idéias  simples  podem  estar  estampadas  num  único  parágrafo  ao 
passo que idéias mais complexas se desenvolvem ou podem se desenvolver em mais 
de um parágrafo.
AULA 3 PG 6 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
abundância, dificultam a sua compreensão e comprometem a sua clareza a tal ponto de o quem o 
lê não poder saber exatamente do que se  trata. Um parágrafo só deve conter  informações que 
possam ajudar a compreender a idéia principal. 
Se, eventualmente, uma  idéia for por demais complexa, porque envolve muitos aspectos 
ou  se  forem  duas  ou  mais  idéias  que  precisam  ser  apresentadas,  porque  são  consideradas 
relevantes,  o  melhor  a  fazer  é  distribuí­las  em  outros  parágrafos  e  não  num  mesmo  período, 
dentro do mesmo parágrafo. 
Na  linguagem  jurídica,  o  desenvolvimento  de  uma  mesma  idéia  em  muitos  parágrafos 
subseqüentes demonstra falta de organização e de planejamento. 
A coerência textual é tão importante na linguagem jurídica que, por exemplo, o Código de 
Processo Civil, no artigo 295, parágrafo único, determina que uma petição inicial é inepta, isto é, 
não é hábil a instaurar o processo, quando o pedido formulado pelo autor não for uma decorrência 
lógica do que foi dito na causa de pedir. Em outras palavras, é preciso que o pedido seja coerente 
com os fatos descritos. 
E não é só. O Código Civil, por sua vez, exige coerência do texto na linguagem contratual, 
sobretudo  na  aposição  dos  elementos  acidentais  do  negócio  jurídico,  ao  tratar  das  condições 
perplexas, determinando a nulidade da condição quando ela for perplexa. 
Clareza 
Essa  qualidade  do  texto  resulta  da  correção  gramatical  e  da  coerência.  Pode  ser 
conseguida,  também,  com a  observância  de  algumas  regras  fundamentais  tais  como  o uso de 
frases curtas,  isso porque frases  longas e prolixas, carregadas de adjetivos comprometem essa 
qualidade. 
A ordem direta dos elementos da frase (sujeito, verbo, objeto e complemento) é condição 
necessária para que se obtenha clareza, por isso evite a ordem indireta, tão usada na linguagem 
jurídica  e  tome  cuidado  com  a  pontuação.  A  ausência  de  clareza  leva  ao  problema  da 
ambigüidade ou da obscuridade. 
Período  é  conjunto  de  orações,  que  pode  ser  simples  ou  composto  ou  complexo. 
Oração é uma unidade de pensamento completo. Frase é um enunciado comunicativo. 
Assim, um parágrafo é composto por períodos, que se compõe de orações e de frases.
AULA 3 PG 7 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
A clareza dos textos é uma qualidade tão importante na linguagem jurídica, que o Código 
de  Processo  Civil,  ao  tratar  dos  recursos  como  medidas  judiciais  de  impugnaçãoàs  decisões 
judiciais,  apresenta  um  recurso  denominado  Embargos  de  Declaração  que  tem  por  objetivo 
sanar as contradições, omissões e obscuridades dos textos contidos nas decisões judiciais. 
A maneira como se  redige um  texto  jurídico deve ser cuidadosamente pensada, não em 
razão  de  uma  necessidade  formal,  relacionada  ao  uso  da  língua  padrão,  isto  é,  consoante  à 
gramática ou segundo técnicas de redação, mas por uma imperiosa necessidade de comunicação 
e, portanto, de ordem prática. 
Precisão 
A  finalidade da  comunicação é a  transmissão da mensagem e  seu principal  veículo  é a 
palavra, escrita ou falada, por isso, a palavra requer um cuidado muito grande, sobretudo quanto 
a  sua  escolha,  a  sua  significação  e  colocação  dentro  de  uma  composição  textual.  O  uso 
adequado  do  vocabulário  próprio  do  direito,  o  chamado  vocabulário  jurídico,  que  consiste  num 
repertório muito particular de expressões  com significados próprios,  sejam aqueles estampados 
na própria lei ou em um bom dicionário jurídico é o recurso que permite a obtenção da clareza e 
da precisão. 
O uso de palavras fáceis simplifica o entendimento e contribui para a clareza do texto, por 
isso neologismos e preciosismos devem ser evitados,  pois,  além de comprometer a  clareza do 
texto, podem prejudicar o significado da mensagem a ser transmitida.
AULA 3 PG 8 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
BIBLIOGRAFIA 
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 13 a ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 
1986. p. 253­287

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