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Direito_Penal_I

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Direito Penal: É uma ciência que contempla o dever ser, mediante a imposição de uma sanção penal. Integra o direito público pois comente o Estado pode legislar sobre. 
Criminalização primária: Ato de legislar sobre, tipificar como crime.
Criminalização secundária: Ação punitiva exercida sobre pessoas concretas.
Funções do direito penal:
Proteçao aos bens jurídicos: interesses mais relevantes (interessse de coletividade).
Instrumento de controle social: controle e preservação da paz pública.
Garantia: Escudo aos cidadãos, só há punição se houver fato.
Função ético-social: valores éticos fundamentais da sociedade. (fiscais, meio ambiente, etc). Desempenha uma função “educativa”.
Função Simbólica: Deve ser afastada, cria a sensação de instabilidade.
Função Motivadora: Não violar as normas.
Redução da violência estatal: reduzir ao mínimo a própria violência estatal.
Função Promocional do Direito Penal: Instrumento de transformação social. Dinamizar a ordem social.
Direito Penal Fundamental ou Direito Penal primário:
Cp+ leis especiais. Código é a matriz.
DP objetivo: Leis já produzidas e não revogadas.
DP subjetivo: Direito de punir, ius puniendi, exclusivo do Estado, nasce no momento em que é violado o conteúdo da lei penal incriminadora. 
DP material: substantivo, por ele se entende a totalidade de leis penais em vigor. É o DP propriamente dito.
DP formal: adjetivo, é o grupo de leis processuais penais em vigor. É o direto processual penal.
FONTES DO DIREITO PENAL:
Materiais, substanciais ou de produção: União, cf art 22 I. e paragráfo único.
Formais, cognitivas ou de conhecimento: Imediata e mediata
Imediata: lei concretizada
Mediata ou secundária: cf, jurisprudência, doutrina, tratados e conveções internacionais, sobre direitos humanos, costumes, princípios gerais do direito, e atos adm.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO:
São valroes fundamentais que inspiram a criação e a manutenção do sistema jurídico. Intuito de limtar o poder estatal mediante a imposição de garantas aos cidadãos.
Princípios em espécie: 
Reserva legal ou da estrita legalidade:
Art 5 XXXIX CF; 1 do CP. CLÁUSULA PÉTREA. 
Exclusividade da lei para criação de delitos ( e contravenções penais) e cominação de penas, dimensão democrática, não há crime em lei que o defina, nem pena sem cominação legal. É vedada a edição de mp sobre matéria relativa a direito penal cf art 62 parag 1 I alínea (somente benéficas ao agente stf). (Carta de João sem Terra).
Fundamento jurídico: taxatividade, certezaou determinação. 
Fundamento político: proteção ao ser humano, direitos fundamentais de 1° geração.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE:
Deve estar definido em lei prévia ao fato cuja punição se pretende. Retroatividade somente em benefício do réu.
É proibido a aplicação em vacatio, somente aplicado depois da sua entrada em vigor.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICANCIA OU DA CRIMINALIDADE DE BAGATELA:
Os juízes ou tribunais não devem se ocupar de assuntos irrelevantes. Diminuir a intervenção, ex: roubo de alfinete em caixa com mais de mil alfinetes.
Requisitos: Minima ofensividade da conduta, ausência de periculosidade social da ação, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento, e inexpressividade da lesão jurídica.
Req sub: Condições pessoais do agente: reincidente, criminoso habitual e militar.
STF: insignificância genérica, aceita-se a insignificância como bagatela, masé usado na dosimetria da pena.
Criminoso habitual não se aplica a insignificância.
Militares é totalmente reprovada a conduta, por isso, não se aplica a insignificância.
Condições da vítima: ex: bike sem valor econômico subtraída de um pai que usa como meio de locomoção para trabalho. Valor sentimental e bem público também não se aplicam.
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALZAÇÃO DA PENA:
Somente quem cometeu o crime pode pagar por ele, somente poderá ser aplicado o que está tipificado em lei e deve-se respeitar o limite mínimo e máximo para aplicação de uma pena.
PRINCÍPIO DA ALTERIDADE:
Ninguém pode ser punido por causar mal apenas a si própro, impossibilidade de autolesão.
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA:
Existencia do fato típico, todos devem esperar de todos comportamentos responsáveis e em consonância com o OJ.
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL:
Ausência de tipicidade material, não confronta o sentimento de justiça social, mesmo que tipificado em lei, ex: trotes acadêmicos moderados e da circuncisão dos judeus.
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA:
A lei só deverá tipificar ou criminalizar um fato que se constitui indispensável para a proteção de determinados bem ou interesse. Destinatários principais: Legislador e o intérprete do direito.
PRINCÍPIO DA: fragmentariedade ou caráter fragmentário do direito penal:
Nem todos os ilícitos configuram infrações penais. Nem todo ilícito no direito é ilícito penal e vice-versa.
Direito penal é a ultima esfera para a proteção dos bens jurídicos, por isso o direito penal atenta-se aos valores fundamentais para a manutenção e o progresso do ser humano e da sociedade, ou seja, os bens jurídicos mais importantes.
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE:
Direito penal é a ultima ratio, ou seja, a ultima opção.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE:
Também conhecido como princípio da razoabilidade ou da convivência das liberdades públicas, é uma barreira ao legislador pois impõe limites.
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE:
Decorre da dignidade da pessoa humana.
PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE OU DA LESIVIDADE:
Não há infração penal se não houver lesividade ao bem jurídico.
PRINCÍPIO DA EXCLUSIIVA PROTEÇÃO DO BEM JURÍDICO:
Direito penal destina-se a tutela de bens jurídicos.
PRINCÍPIO DA IMPUTAÇÃO PESSOAL:
Não se pode punir agente que atue sem culpabilidade.
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PELO FATO:
Tipos penais devem definir fatos, somente se admite direito penal do fato e não do autor, pois não se pode punir por questões pessoais.
PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE OU DA INTRANSCEDÊNCIA:
Ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por terceira pessoa.
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PENAL SUBJETIVA:
Nenhum resultado penalmente relevante pode ser atribuído a quem não o tenha produzido por dolo ou culpa. Art 19 cp.
PRINCÍPIO DO NE BIS IN IDEM:
Proíbe dupla punição. Reincidencia é agravante genérico.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA:
Igualdade as partes, iguais igualmente e desiguais desigualmente.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL:
Avanço histórico desde os primórdios com a lei baseada no divino, passando pelo império romano, revolução francesa (abolição da pena de morte), no Brasil, não seguiu a tendência pois entre 1600 e 1891 ainda havia a pena de morte, trabalhos forçado e etc. Em 1891 foi somado a cf leis retalhos sobre o tema, em 1940 houve o código penal e em 1984 houveram as modificações e humanização das penas trazendo de volta os dias multa.
ESCOLAS CLASSICAS:
NEOKANTISMO: Dever ser, graduar o injusto conforme a gravidade da lesão produzida.
GARANTISMO PENAL: Modelo Limite, estrita legalidade, princípios.
FUNCIONALISMO PENAL: TIPICIDADE, ILICITUDE E CULPABILIDADE.
LEI PENAL
É a fonte formal imediata, preceito primário= conduta preceito segundario= sanção.
Proibição indireta= matar alguém vai preso e não “não matar”.
Incriminadoras: Criam e cominam penas
Não incriminadoras: Não criam e nem cominam penas, são elas:
Permissivas: causas de exclusão de ilicitude.
Exculpantes:não culpabilidade ou a imputabilidade do agente.
Interpretativas: conteúdo de outras leis penais.
De aplicação, finais ou complementares: delimitam o campo de validade das leis incriminadoras. Art 2 e 5 do cp.
Diretivas: art 1 cp, princípios.
Integrativas ou de extensão: complementam a tipicidade no nexo causal nos crimes omissivos impróprios.
Completas ou perfeitas: apresentam todos os elementos da conduta criminosa. 157 cp.
Incompletas ou imperfeitas: leis penais em branco.
CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL:
Exclusividade: só a lei cria delitos e penas.
Imperatividade: descumprimento acarreta sanção.
Generalidade: todas as pessoas.
Impessoalidade: fato futuros para qualquer um que venha praticá-los.
Anterioridade: leis só podem ser aplicadas se estiverem emvigor, lei só retroage em benefício do réu.
LEI PENAL EM BRANCO:
São leis que existem mas são incompletas.
‘’ ‘’ homogênea: mesma lugar de solução ex: cp no cp.
‘’ ‘’ heterógena: diferentes lugares do oj. Ex: civil, trabalhista.
‘’ ‘’ em branco ou ao avesso: conceito primário é completo, mas o secundário necessita de complemento. Ação sem sanção.
‘’ ‘’ ‘’ de fundo constitucional: complemento primário está na cf.
‘’ ‘’ ‘’ ao quadrado: complemento também depende de complemento.
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL:
Interpretar é explicar, exclarecer, buscando obedecer a vontade da lei.
Gramatical: literal.
Lógica ou teleológica: finalidade de desvendar a vontade manifestada em lei.
Quanto ao resultado:
Declaratória, ou estrita: perfeita sintonia entre a vontade da lei e o texto.
Extensiva: molda-se o texto a sua efetiva vontade.
Restritiva: diminuição do alcance da lei.
Progressiva:, adapta ou evolutiva: amoldar a lei á realidade atual, evita a reforma legislativa.
Analógica:art 212 par 2 I.
A lei pode ter lacunas o oj não.
LEI PENAL NO TEMPO:
Revogação é a retirada da vigência de uma lei, no direito penal elas são autorevogaveis (temporárias e excepcionais).
Tácita: incompatível.
Expressa: quando a lei diz.
Global: lei que passa a ser desnecessária por já ser tratada em nova lei.
DIREITO PENAL E INTERTEMPORAL E O CONFLTO DE LEIS PENAIS NO TEMPO:
Lei penal só retroage em beneficio ao réu.
Novatio legis incriminadora: lei que tipifica como infrações penais comportamentos que até então eram considerados irrelevantes. Não retroage.
Lex Gravior lei penal torna-se mais grave é que possui o tratamento mais rigoroso. Não retroage.
Abolitio criminis exclui do dp e lei posterior benéfica favorece a qualquer modo.
CONFLITO APARENTE DE LEIS PENAIS:
Leis de mesma hierarquia e originárias da mesma fonte de produção, e também mesmo tempo em vigor ao tempo da prática da infração penal.
Diferença com concurso de crimes que é a situação mediante a ação de mais de uma conduta, o agente pratica duas ou mais, idênticos ou não. Art 69 ao 72 cp.
Soluções:
Especialidade são leis que tratam assunto específico, ex é o infanticídio. A lei especial trata o assunto com mais profundidade, explanando mais o assunto.
Subsidiariedade lei primária prevalece sobre a secundária.
Consunção o fato mais amplo e grave consome, absorve o menos amplo e grave. Hipóteses: crime complexo, progressivo, progressão criminosa e atos impuníveis.
Crime complexo é conhecido como crime composto, fusão de dois ou mais crimes.
Crime progressivo é quando o agente desde o início desejava alcançar o resultado mais grave, mediante reiteração de atos, crescente violações ao bem jurídico. Cadeia de atos que desde inicio foram planejados e seguidos para obtenção de resultado mais grave.
Progressão criminosa agente continua com os atos ilícitos onde não satisfeito continua a prosseguir com seus atos até chegar em um resultado mais grave, como por exemplo o homicídio.
Fatos impuníveis são classificados em simultâneos, mesmo momento do crime, posteriores e ulteriores, a sua pratica só ocorre pela finalidade da obtenção do sucesso da ação principal.
Alteratividade duas ou mais disposições legais se repetem diante do mesmo fato.
Território é o espaço onde o Estado exerce soberania.
O princípio da territorialidade é utilizado, já o da extraterritoriariedade somente é aderido no ramo do direito internacional, quando o Brasil passa a ser assinante do tratado e o incorpora em seu ordenamento jurídico por meio dos legislados. Além disso, há na CF as definições de território (rios, lagos, aeronaves, etc). 
A lei penal é aplicada a todos, com a personalidade ativa, não importando a nacionalidade.
O prncipio do domicilio escreve que o agente deve ser condenado conforme território onde resde.
TEMPO DE CRIME:
Teoria da atividade: considera-se crime praticado no momento da conduta, pouco importa o resultado.
Teoria do resultado, onde o crime pouco importa a conduta, somente importa a consumação.
Teoria mista onde ambas as anteriores são consideradas.
LUGAR DO CRIME:
Teoria da atividade ou da ação: onde é praticada a conduta, ação ou omissão.
Teoria do resultado ou do evento: queria ou se produziu o evento desejado, pouco importando o local da conduta.
Teoria mista: ambas as anteriores.
CRIMES CONEXOS: RELACIONADOS ENTRE SI, não se aplica a teoria mista.
Crimes plurilocais, abragem mais de uma localidade e a teoria mista também não abrange.
TEORIA GERAL DO CRIME:
Critério material de crime: toda ação ou omissão humana que prejudique os bens jurídicos tutelados pela esfera penal.
Critério legal: crime é fornecido pelo legislador, ou seja, o que está escrito que é crime é crime. Quando o preceito secundário cominar pena de reclusão ou denteção. Contravenção penal não é inclusa.
Diferença entre crime e contravenção penal:
Crime ou delito: pena de reclusão ou de dentenção, isolada, alternativa ou cumulativamente com a pena de multa.
Contravenção Penal: Pena de prisão simples ou multa, isolada, alternativa ou cumulativamente.
Critério analítico (formal ou dogmático): estrutura do crime, FATO TÍPICO, ILÍCITO, CULPOSO E PUNÍVEL.
Punibilidade não é elemento do crime, por isso essa corrente quadripartidária deve ser afastada, punibilidade é consequência do crime.
Para o sistema finalista o crime é igual ao fato típico e ilícito praticado por agente culpável, logo crime= fato típico e ilícito.
Fato típico: conduta, resultado naturalístico, relação de causalidade e tipicidade.
Ilicitude: o que é ilícito, ou seja, legislado no cp.
Culpabilidade: Imputabilidade, Dolo ou culpa (com consiencia da ilicitude) e exigibilidade de conduta diversa.
O cp br adota fato típico, ilícito e culpável.
Sujeito ativo no crime: quem o realiza.
Sujeito passivo: vítima ou ofendido.
Objeto do crime:
Jurídico: bem protegido.
Material: pessoa que suporta a conduta criminosa, ex ser humano que teve a vida ceifada.
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES:
Crimes comuns podem ser realizados por qualquer pessoa, eles são gerais.
Crimes especiais são os que exigem um tipo penal, uma situação fática ou jurídica diferenciada por parte do sujeito ativo. Admitem coautoria ou participação.
Crimes simples e complexos: 
Simples: ex furto.
Complexo: união de dois ou mais tipos penais, ex roubo (ameaça+furto).
Crimes matérias, formais e de mera conduta:
Materiais ou causais: interior conduta ou resultado naturalístico, homicídio, conduta é matar alguém, o resultado naturalístico é o falecimento da vítima.
Crimes formais, de consumação antecipada ou de resultado cortado: resultado naturalísco é desnecessário para a consumação. Ex extorsão e sequestro.
Crimes de mera conduta ou de simples atividade: ex ato obsceno, conduta não contém resultado.
Crimes instantâneos, permanentes, de efeitos permanentes e a prazo.
Crimes instantâneos ou de estado: consumação se verifica em um momento determinado, sem continuidade no tempo. Caso do furto.
Crimes permanentes: consumação se prolonga com o tempo por vontade do agente. 
Necessariamente permanentes: é impresescindível a manutenção da situação contrária ao dto por tempo juridicamente relevante, sequestro.
Eventualmente permanentes: prolongam-se pela vontade do agente, furto de energia elétrica.
Crimes instantâneos de efeito permante, ex bigamia.
Crimes a prazo: consumação exige fluência de determinado período, ex lesão corporal.
Crimes unissubjetivos, plurissubjetivos e eventualmente coletivos:
Crimes de subjetividade passiva única e de dupla subjetividade:
Crimes de dano e de perigo: homicídio, já os de perigo são os que afetam de mera exposição o bem jurídico.
Crimes unissubsistentes e plurissubsistentes: ato que produz consumação, plur se exteriorizam por meio de dois ou mais atos.
Crimes comissivos, omissivos e de conduta mista: comissivos: praticados mediante conduta positiva tal como o roubo. Omissivos: cometidos por meio de conduta negativa, não fazer.
CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS OU PUROS: A OMISSÃO ESTÁ CONTIDA NO TIPO PENAL, DESCRIÇÃO DA CNDTA, A CNDUTA É NEGATIVA.
Crimes de forma livre e de formavinculada: vinculada: praticados por indicação penal.
Crimes mono-ofensivos e pluriodensivos: pluri: atingem mais de um bem jurídico.
Crimes principais e acessórios; 
Crimes transeuntes e não transeuntes:transeuntes: não deixam vestígios.
Crimes À distancia, plurilocais e em transito: a distancia países diversos.
Crimes independentes e conexos: conexos: interligados entre si.
Crimes condicionados e incondicionados: ameaça, ação civil pública. Homicídio.
Crimes naturais (violam a ética e a moral universal), plásticos e vazio (previstos em lei que não violam a ética e a moral universal).
Crimes de mínimo (não tem pena privativa de liberdade), de menor (max 2 anos ou multa), de médio (1 ano), de elevado(min 1 max 2) e de máximo potencial ofensivo cf (hediondos, tortura,etc).
Outras classificações:
Crime de ímpeto: decorrência de emocional
Crime exaurido: já consumado insiste nem continuar a agressão ao bem jurídico.
Crime de circulação: pratcado com veiculo automotor.
Crime de atentado ou de empreendimento: a lei n pune de forma identca ao consumado.
Crime de opinião ou de palavra: excesso abusivo de manifestação de palavra.
Crime de multitudinário: praticado por multidão ou tumulto.
Crime vago: trafico de drogas, sujeito passivo coletividade.
Crime internacional: tratado internacional, brasil evita punir.
Crime de mera suspeita, sem ação ou de mera posição: punido em relação a suspeita.
Crime inominado: ofende regra ética ou cultural do dto penal.
Crime habitual: estilo de vida do condutor.
Crime profissional: cometido com finalidade lucrativa.
Quase crime: crime impossível, inexiste crime.
Crime subsidiário: Fato não constitui crime mais grave, dano, “soldado reserva”.
Crime hediondo: Rol do art 1 da lei 8072/1990, na forma consumada ou tentada.
Crime de expressão: Existencia de um processo intelectivo interno do autor, ex falso testemunho.
Crime de intenção ou de tendência interna transcendente: O agente quer e persegue um resultado que não necessita ser alcançado para a consumação, como se dá na extorsão mediante sequestro.
Crime de tendência ou de atitude pessoal: Tendencia afetiva delimita a ação típica podendo ou não ocorrer em razão da atitude pessoas e interna do agente.
Crime mutilado de dois atos ou tipos imperfeitos de dois atos: é aquele em que o sujeito pratica um delito, com a finalidade de obter um benefício posterior. Ex: falsidade documental para estelionato.
Crime de ação violenta: crime cometido mediante emprego de violência contra a pessoa ou grave-ameaça.
Crime de ação astuciosa: praticado por meio de fraude.
Crime falho: tentativa perfeita ou acabada que não se consuma por circunstâncias alheias.
Crime putativo, imaginário ou erroneamente suposto: agente acredita ter realmente praticado um crime quando na verdade cometeu infração penal.
Crime remetido: reportação a outro crime, ex uso de documento falso.
Crime de responsabilidade: poder legislativo.
Crime obstáculo: atos preparatórios tipificados como crime autônomo pelo legislador. Associação criminosa ex.
Crime progressivo: o agente deve obrigatoriamente violar outra lei penal.
Progressão criminosa: crime menos grave consumado pós consumo o agente decide praticar uma mais grave.
Crime de IMPRESSÃO: estelionato, sequestro, faculdades emocionais.
Crimes militares: tipificados no código penal militar.
Crimes falimentares: lei de falência.
Crimes funcionais ou delicta in officio: praticados por servidores público.
Crimes parcelares: mesma espécie e continuidade agressiva.
Crimes de hermenêutica: ocorrem pelos interpretadores do direito.
Crimes de rua (pessoas em situação econômica desfavorável, miseráveis, andarilhos), colarinho branco (elevada condição econômica) e do colarinho azul (executivos de grandes empresas).
Crimes liilputiano: contravenções penais. (crime anão, vagabundo).
Crimes de catálogo: interceptação telefônica.
Crimes de acumulação de crimes de dano cumulativo: pequenas condutas que únicas não são danosas, mas que repetidas se tornam danosas.
Crimes de olvido: delitos de esquecimento.
Crimes aberrantes: erro acidental.
Crime achado: encontrado fortuitamente de provas de processo.
FATO TÍPICO:
É o fato humano que se enquadra perfeitamente nos descritos pelo tipo penal.
CONDUTA. Comportamento humano voluntário que produz modificações no mundo exterior. Vontade é a causa conduta e a conduta é a causa do resultado.
RESULTADO NATURALÍSTICO.
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE.
TIPICIDADE.
TEORIA FINALISTA:
Homem como ser livre responsável por seus atos. Conduta é o comportamento humano, consciente e voluntário, dirigido a um fim, finalidade como um agente.
	FATO TÍPICO
	ILICITUDE
	CULPABILIDADE
	Conduta (dolo ou culpa) -
	
	Imputabilidade
	Resultado naturalístico
	
	Potencial consciência da ilicitude
	Relação de causalidade
	
	Exigibilidade de conduta diversa
	Tipicidade
	
	
TEORIA SOCIAL
Leva em consideração a lacuna entre o mundo jurídico e o mundo social, levando em consideração as condições sociais do agente.
TEORIA JURÍDICO PENAL
Coloca em desaque
O comportamento humano ação e omissão.
A vontade, exclusiva do ser humano.
O pode de outro-modo (agir de outro modo), que permite ao homem o domínio da vontade.
O aspecto causal-teleológico do comportamento 
 Lesão ou perigo ao bem jurídico.
TEORIA DA AÇÃO SIGNIFICATIVA
Ação como conduta relevante penalmente (punível). Não há um conceito geral de ação. Ação sustente que os fatos humanos somente podem ser compreendidos por meio das normas, as normas preexistentes.
 Apontamentos gerais sobre conduta:
O Brasil adota a teoria finalista. CONDUTA É A AÇÃO OU OMISSÃO HUMANA CONSIENTE E VOLUNTÁRIA, DIRIGIDA A UM FIM CONSISTENTE EM PRODUZIR UM RESULTADO TIPIFICADO EM LEI COMO CRIME OU CONTRAVENÇÃO PENAL.
FORMAS DE CONDUTA:
AÇÃO: FAZER
OMISSÃO: NÃO FAZER.
TEORAS ACERCA DA OMISSÃO:
Omissão é não fazer o que a lei determinava que se fizesse. Foi essa teoria acolhida pelo cp.
EXCLUSÃO DE CONDUTA:
Caso fortuito ou força maior: acontecimentos imprevisíveis e inevitáveis.
Atos ou movimentos reflexos: reação motora consequente de uma excitação dos sentidos, moivmento corpóreo se dá por motivo fisiológico. Ausente de vontade está ausente também de conduta. Atos habituais e mecânicos (excluem-se emoções e paixões).
Coação física irresistível: ocorre quando o coagido não tem liberdade para agir.
Forma viciada de escolha também se aplica aqui.
Sonambulismo e hipnose: Também não há conduta por falta de vontade por estado de inconsciência.
RESULTADO:
É A CONSEQUENCIA PROVOCADA PELA CONDUTA DO AGENTE.
Espécies: Jurídico: agressão ao bem jurídico.
Naturalístico: modificação do mundo exterior provocada pela conduta do agente.
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE E NEXO CAUSAL:
Nexo causal: ligação entre conduta e resultado.
O código penal adota a teoria da equivalência dos antecedentes, art 13 do cp.
Concausas: concorrência de causas.
RELEVANCIA DA OMISSÃO: 
Art 12 paragrafo 2. Observada somente em crimes omissivos impróprios espúrios ou comissivos por omissão., ou seja, aquele que o código penal descreve como ação, mas a inércia do agente que podia ou devia agir para impedir o resultado naturalístico conduz a sua produção. 
RELEVANCIA PENAL DA OMISSÃO NOS CRIMES IMPRÓPRIOS: Inação do agene+ poder de agir+ dever jurídico de agir.
	Crimes omissivos próprios
	Crimes omissivos impróprios
	O tipo descreve como omissão
	O tipo descreve como ação
	São crimes de mera conduta
	São crimes materais.
	Não admitem tentativa
	Admitem tentativa
	São sempre dolosos
	Podem ser culposos ou dolosos
O cp adota a teoria normativa, omissão é nada e do nada surge nada. O critério legal é que a lei deve arrolar em quais situações espera-se a ação.
Hipóteses em que deve de agir
Tenha por obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, ou seja legal o dever de agir. Pais com filhos. 
De forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado. Tem a ação e o dever de impedir, ex: natação professor quanto nadador profissional tem o dever de agir e pode em relação a um terceiro com se afogando.
Com seu comportamento anterior, criouo risco da ocorrência do resulado. Comportamento anterior criou uma situação de perigo. Tem o dever de agir para impedir o resultado lesivo ao bem jurídico. Marinheiro lançado ao mar tem o dever de salvar, caso não faça é homicídio.
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE: 
	1 TEORIA DA EQUIVALENCIA DOS ANTECEDENTES
	2 IMPUTAÇÃO OBJETIVA
	3 DOLO OU CULPA (CAUSALIDADE PSÍQUICA)
TIPICIDADE:
Tipos incriminadores ou legais: São os penais propriamente ditos, consiste na definição legal da conduta criminosa.
Permissivos ou justificadores: contém a descrição legal da conduta permitida, isto é, situações em que a lei considera lícito o cometimento de um fato típico.
Funções: 
Garantia (previsões constitucionais, garantias individuais), Fundamentadora (direito de punir), Indiciária da ilicitude (ônus da prova), Diferenciadora do erro ( caso não conheça todas as circunstancias o agente e salvo de dolo) e seletiva (selecionar condutas que deverão ser proibidas).
CRIME DOLOSO:
Integra a conduta e o fato típico. Cuida-se do elemento psicológico implícito e inerente a todo crime doloso.
TEORIAS DO DOLO:
Representação: Dolo exige apenas a previsão do resultado. Lado intelectual, bastando o resultado tenha sido antevisto pelo sujeito. 
Vontade: Vontade de produzir o resultado.
Assentimento: Consentimento ou anuência, complementa a teoria da vontade. Há dolo quando o agente quer o resultado e realiza a conduta assumido o risco de produzi-lo.
Teoria adota pelo cp: 18 inc I cp;
ELEMENTOS DO DOLO: 
ELEMENTOS COGNITIVOS OU INTECTUAL.
DOLO NATURAL E DOLO NORMATIVO:
Dolo livre da consiencia da ilicitude é chamada de dolo natural, incolor ou valorado.
Dolo normativo esta ligado ao sistema penal clássico, ao passo que o dolo natural se vincula ao sistema finalista.
ELEMENTOS DO DOLO: CONSIENCIA + VONTADE + CONSIENCIA DA ILICITUDE= DOLO NORMATIVO 
CONSCIENCIA + VONTADE= DOLO NATURAL.
Espécies de dolo:
Dolo direto (voltado ao resultado) e indireto (não tem vontade dirigida a um resultado determinado).
Dolo alternativo destina-se a um ou outro resultado.
Dolo eventual (não quer o resultado previsto mas assume o risco de produzi-lo).
Dolus bônus e dolus malus pode aumentar ou diminuir a pena, é mais usada no direito civil.
Dolo de propósito (reflexão do agente ainda que pequena, crimes premeditados) e dolo de ímpeto (ou repentino) (crime motivado pela paixão violenta).
Dolo genérico (conduta típica sem finalidade específica) e dolo específico (vontade+ finalidade especial).
Dolo presumido: dispensa-se comprovação no caso concreto. Não pode ser admitido no dp moderno que não aceita a responsabilidade penal objetiva.
Dolo de dano (agente quer e assume o risco em lesionar um bem jurídico penalmente tutelado) e dolo de perigo (agente quer e assume o risco de expor a perigo ou lesão um bem jurídico penalmente tutelado).
No dolo direto de 1º grau a conduta é orientada para atingir um ou vários resultados, previamente delimitados e pretendidos. Aqui, o agente sabe o que quer fazer, contra qual bem jurídico quer atingir e qual resultado delituoso ele pretende alcançar. Note que no dolo direto de 1º grau, o agente orienta seus atos executórios objetivando desde o primeiro momento alcançar um ou vários resultados que lhe foram previamente pretendido. Exemplo: ''A'' quer matar ''B'', para tanto, atira contra sua cabeça.
Já no dolo direto de 2º grau (ou dolo de consequência necessária), o agente delituoso sabe, tem consciência de que para atingir um resultado previamente pretendido, ele acabará e precisará a atingir outros resultados delimitados, mas que não lhe era pretendido previamente. Observe que o dolo direto de 2º grau não tem existência autônoma, ele é sempre uma consequência do dolo direto de 1º grau. Em que pese ele não possuir o animus inicial de gerar tais efeitos, ele acaba aceitando a produção destas consequências necessárias como forma de atingir o objetivo previamente pretendido a título de dolo de 1º grau. Exemplo: ''A'' quer matar ''B'', que é motorista de ônibus. Para isso, corta os cabos de freio do veículo em que ''B'' viajará, deixando-os na iminência de se romperem. O dolo, quanto a ''B'', é direto de primeiro grau, e quanto aos demais passageiros que morrerão no acidente, é direto de segundo grau.
Dolo geral, por erro sucessivo ou dolus generalis: O dolo geral ou erro sucessivo ocorre quando o agente, supondo já ter alcançado um resultado por ele visado, pratica nova ação que efetivamente o provoca. Ou seja, depois do primeiro ato, o agente imagina já ter atingido o resultado desejado, que, no entanto, somente ocorre com a prática dos demais atos. Exemplo: A atira em B e imagina que este morreu; A joga B no mar, e apenas quando este é jogado no mar é que efetivamente morre, afogado. O resultado pretendido aconteceu, porém com nexo de causalidade diverso (afogamento).
Dolo antecedente, dolo eventual, dolo atual e dolo subsequente: O DOLO ANTECEDENTE (INICIAL OU PREORDENADO) – É o aquele existente desde o início da execução do crime. É suficiente para fixar a responsabilidade penal do agente. Com efeito, não é necessário que o dolo subsista durante o integral desenvolvimento dos atos executórios.
Há quem não concorde com essa espécie de dolo. Guilherme Nucci afirma que tal elemento subjetivo é inadequado para a teoria do crime. Segundo Nucci, “O autor deve agir, sempre, com dolo atual, isto é, concomitante à conduta desenvolve-se a sua intenção de realização do tipo penal” Código Penal Comentado).
 
Por sua vez, DOLO ATUAL (CONCOMITANTE) – é aquele em que persiste a vontade do agente durante todo o desenvolvimento da execução (da conduta).
 
Por fim, DOLO SUBSEQUENTE (SUCESSIVO) – é o que se verifica quando o agente, depois de iniciar uma ação com boa-fé, passa a agir de forma ilícita e, pratica um crime, ou ainda quando conhece posteriormente a ilicitude de sua conduta, e, ainda assim, não procura evitar suas consequências.
CRIME CULPOSO:
Elemento normativo da conduta.
Por negligencia, imprudência ou imperícia o agente realiza voluntariamente uma conduta que produz resultado naturalístico não previsto nem querido mas objetivamente previsível e excepcionamtente previsto e querido que podia com a devida atenção ter evitado.
Elementos do crime culposo: 
Conduta voluntária (perigosa, por ele aceita e desejada)
 Violação do objeto de cuidado
IMPRUDENCIA: Forma positiva da culpa, o agente não respeita a lei de transito e dirige em alta velocidade, assume a condição de acontecer algo errado como um acidente.
NEGLIGENCIA: Inação, omissão em relação a conduta que deveria praticar.
IMPERÍCIA: Só pode ocorrer na profissão ou ofício. A falha é do agente e configura-se culpa.
Resultado naturalístico involuntário: modificação do mundo exterior pela conduta do agente.
Nexo causal: relação da causa e efeito entre a conduta voluntária perigosa e o resultado involuntário.
Tipicidade: elemento do fato típico em todos os crimes. Precisa-se estar presente para a configuração de crime culposo.
Previsibilidade objetiva: Um homem médio, padrão chegaria aos mesmos resultados praticados pelo agente? Essa é a previsibilidade, o perfil do agente é analisado na culpabilidade.
Finalizando, denomina-se ato ilícito aquele, praticado por omissão voluntária, negligência ou imprudência, resultando em violação de direito ou em prejuízo de outrem.
Por negligência se deixa de tomar os cuidados necessário à causação de um dano. Age por imprudência ao abandonar as cautelas normais que devia observar. Atua por imperícia quando descumpre as regras a serem observadas na disciplina de qualquer arte de ofício.
ESPÉCIES DE CULPA:
CULPA INCONSCIENTE: o agente não prevê o resultado, que era objetiva e subjetivamente previsível.
Qual a diferença entre dolo eventual e culpa consciente?
No dolo eventual o agente quer o resultado e aceita a possibilidade de produzi-lo. Na culpa consciente, por sua vez, o agente quer o resultado, mas acredita sinceramente que não irá acontecer. 
Apenas à título de complementação, vale salientar mais uma modalidade de culpa, qual seja, a CULPAIMPRÓPRIA, que é o crime praticado é doloso (consciência e vontade), mas por motivo de política criminal, é punido a título de culpa.
A culpa imprópria se destaca no caso das descriminantes putativas. Neste caso o agente por interpretar erroneamente a realidade (erro de tipo), comete um crime achando estar acobertado pelas causas excludentes de ilicitude ou antijuridiciade (legitima defesa, estado de necessidade, exercício regular de um direito, estrito cumprimento de dever legal). OBS: Há causas supralegais de exclusão da ilicitude.
O erro de tipo pode ser essencial ou acidental. Erro de tipo essencial: Recai sobre as elementares do tipo. Ex: Matar alguém, ai a pessoa mata alguém achando que era um animal. Escusável: É um erro que se pode perdoar, logo exclui dolo e culpa. Inescusável: É o erro que não se pode desculpar, dessa forma, reponde a título de culpa se previsto em lei - Aqui se encontra a culpa imprópria. Veja que o agente quis o resultado, apesar de não saber que estava praticando um crime, ele praticou a conduta dirigida a uma finalidade, mas não queria, e nem sabia que estava praticando um ilícito. Erro de tipo acidental: Recai sobre os elementos secundários. Ex: Quero matar A, mas mato B. Continua sendo crime.
Culpa mediata ou indireta: quando o agente age e a vitima sofre outra lesão que não foi causada pelo agente, mas a lesão foi em decorrência do ato do agente, ex morte na pista pós fugir de um carro por estar sofrendo abuso sexual.
Culpa presumida: Foi abolida do cp.
GRAUS DE CULPA: Não admitida no dp Br.
COMPENSAÇÃO DE CULPAS: Não se admite no direito penal, somente é aplicado no direito privado.
CONCORRENCIA DE CULPAS: Duas ou mais pessoas contribuem culposamente para a produção de um resultado naturalístico.
CARÁTER EXCEPCIONAL DO CRIME CULPOSO: A modalidade de um crime culposo deve ser prevista em lei, expressamente declarada.
EXCLUSÃO DE CULPA:
Caso fortuito ou força maior: acontecimentos imprevistos, imprevisiveis e inevitáveis.
Erro profissional: culpa é da ciência que não está apta a determinadas situações e não o agente.
Risco tolerado: Médico que opera paciente que pode morrer, etc.
CRIME PRETERDOLOSO: Resultado mais grave do que se desejava. Há dolo antecedente e culpa consequente.art 129 parag 3º. Elemento subjetivo-normativo do tipo penal. É qualificado pelo resultado e gravidade
ERRO DE TIPO: Engloba os elementos normativos, subjetivos e objetivos. Art 20 cp.
Erro de tipo é a falsa percepção da realidade acerca dos elementos constitutivos do tipo penal.
Espécies:
Escusável, nevitável, invencível ou desculpável: não deriva da culpa do agente.
Inescusável, evitável, vencível ou indesculpável: provém da culpa do agente, poderia evita-lo.
Efeitos:
Escusável ou inescusável exclui o dolo. O fato de excluir o dolo não exclui necessariamente a falta de punição, como por exemplo a injúria a um funcionário privado que não se enquadra no desacato.
Descriminantes putativas:
Art 20, par 1 cp.
Descriminante é a causa que exclui o crime, retirando o caráter ilícito do fato típico praticado por alguém. Essa palavra é sinônimo de causa de exclusão da ilicitude. Putativa vem de parecer, aparentar.
Erro relativo aos pressupostos de fato de uma causa de exclusão da ilicitude: agressão injusta, falta de legitima defesa.
Erro relativo à existência de uma causa de exclusão da ilicitude: Existência de descriminante, o oj não acolhe a demanda.
Erro relativo aos limites de uma causa de exclusão de ilicitude: Excesso desproporcional (matar todos).
Erro determinado por terceiro: o ato é provocado por um terceiro que se não houvesse a influencia desse terceiro não ocorreria.
Erro de tipo acidental:
Erro sobre a pessoa ou error in persona: Não aplicada pois o crime cometido contra a pessoa mesmo sendo a pessoa errada aplica-se a punição.
Erro sobre objeto: Aplica-se o código, mas caso o objeto seja irrelevante ou de baixo valor (bagaleta).
Erro sobre as qualificadoras: O erro é “verdadeiro” por se tratar de o objeto pelo agente ser considerado falso, mas ser o verdadeiro.
Erro sobre o nexo causal ou aberratio causae: O agente responde pelo delito consumado, mesmo que o resultado tenha ocorrido devido a razão de um outro acontecimento.
Erro na execução ou aberratio ictus: art 73 cp. (desatre do agente atinge 3).
Espécies de erro na execução: art 73 e incisos seguintes.
Resultado diverso do pretendido, aberratio delicti ou aberratio crimes: 74 cp. Resultado diverso do pretendido. 
INTER CRIMIS: classificado em duas fases: a interna e a externa.
A fase interna consiste na cogitação. Por outro lado, a fase externa se subdivide em preparação, execução e consumação. Impende destacar que o exaurimento não integra o “iter criminis”.
Na fase de cogitação está a ideia de cometer o delito. Considerando que não há ofensa a algum bem jurídico tutelado, não há crime, sendo, portanto, impunível. Nesse diapasão, ninguém é punido por meros pensamentos (cogitação), por mais repulsivos que possam ser, se não há uma exteriorização desse pensamento.
Aliás, “ocurre algunas veces que la idea es repelida definitivamente, o por lo menos en principio; pero al aparecer nuevamente y ya con una fuerza más arrolladora, da lugar al segundo estado, que es el llamado de la deliberación” (MEJÍA, 1966).
Portanto, na fase interna, o surgimento da ideia pode ou não ser seguido de uma deliberação quanto à prática do crime. Caso o desejo de praticar a conduta criminosa seja mantido e manifestado por ações ou omissões, tem início a fase externa.
Na fase externa, a preparação corresponde aos atos preparatórios indispensáveis à prática do crime (exemplo: comprar uma arma para cometer um homicídio).
Como regra, os atos preparatórios, por si só, também não são puníveis. Contudo, se o ato preparatório constitui crime autônomo, há responsabilização criminal. Além do exemplo anterior (porte de arma para praticar um homicídio), também há hipóteses de punição por ato preparatório na Lei Antiterrorismo.
Em seguida, há a fase de execução (atos executórios), momento em que se inicia, de fato, a ofensa ao bem jurídico tutelado.
Nesse momento, o crime poderá ser consumado (art. 14, I, do Código Penal) ou tentado (art. 14, II, do CP). Aliás, a própria tentativa tem um caminho, de modo que a fração de diminuição dependerá da proximidade em relação à consumação.
Portanto, o “iter criminis” percorrido é fundamental para definir a fração que deve ser aplicada em relação ao crime tentado, pois, quanto mais perto da consumação, menor será a fração de diminuição pela tentativa, que varia de um a dois terços (art. 14, parágrafo único, do Código Penal).
Por último, há a fase de consumação, na qual estão reunidos todos os elementos do tipo penal. Em suma, pode-se dizer que o “iter criminis” está completo.
Quanto ao exaurimento, mesmo que este não integre o “iter criminis”, pode ter relevância para a dosimetria da pena, sobretudo quanto às consequências do crime (art. 59 do Código Penal).
O exaurimento ocorre quando, posteriormente à consumação, pratica-se uma nova lesão ao mesmo bem jurídico ou a um bem jurídico diverso, o que será um resultado impunível (pois mero exaurimento do respectivo crime) ou poderá constituir um novo crime ou uma qualificadora, se houver previsão legal.
TENTATIVA: TEORIAS SOBRE A PUNIBILIDADE DA TENTATIVA: 
Várias teorias buscaram alcançar explicação convincente acerta da punibilidade da tentativa.  Dentre elas se destacam as teorias subjetiva e objetiva, malgrado outras menos votadas tenham procurado, ora combinando elementos daquelas, ora com pequenas variações, focar com outras lentes o mesmo objeto de estudo. Dentre estas, faremos abordagem rápida acerca da teoria da impressão e da teoria sintomática.
2.1 – Teoria Subjetiva: (voluntarista)
Conforme anotam Zaffaroni e Pierangelli[5], “esta teoria possui grande número de adeptos na Alemanha, particularmente após a reforma penal de 1939 que tornou facultativa a atenuação da pena”. A teoria foi pensada primeiramente por TITTMANN, porém seu grande elaborador foi VON BURI que a introduziue fez prevalecer na Jurisprudência do Tribunal Supremo da Alemanha.[6]
Para os adeptos da teoria subjetiva, a essência da tentativa repousa na vontade do agente. Desde que esta vontade seja externada através de atos concretos orientados a realização da conduta típica o agente merece ser punido.
Basicamente a teoria se sustenta em duplo fundamento: a) valorar igualmente todos as circunstâncias que integram o curso causal e b) considerar a vontade criminosa como um fenômeno contra o qual a lei penal é destinada.  O que se deseja punir, através da punição da tentativa, segundo observa a teoria, é a vontade criminosa.
Por esta teoria incrimina-se a tentativa inidônea, vez que o importante é a vontade, o desejo criminoso do agente de produzir o resultado. Por outro lado, conduz a equiparação entre o crime tentado e o consumado, visto que a vontade que serviu de impulso à conduta é a mesma, embora a consumação não tenha ocorrido por circunstâncias alheias.
2.2 – Teoria Objetiva:
Atribui-se a Feuerbach, em 1804, a primazia de sustentar esta teoria. A seguir teria sido difundida por MITERMAIER e CARMIGNANI, tendo logrado efetivo desenvolvimento na doutrina italiana através da obra de Carrara, o grande expoente da Escola Clássica.
Exposta no escopo de refutar de forma decisiva a doutrina subjetiva, à época de grande aceitação na Alemanha, fundam-se seus postulados que a tentativa é uma fração do crime ou o começo de sua execução, de sorte que sua punição resta condicionada a que os atos praticados gerem perigo a um bem juridicamente tutelado.
Como o próprio nome denuncia, na concepção desta doutrina predomina o elemento objetivo para caracterização da tentativa, de maneira que a punibilidade tem como fundamento o perigo ao qual é exposto o bem jurídico, e sua repressão tem cabimento quando iniciada a execução do crime.
Nesse sentido, a razão de ser da punibilidade da tentativa reside em que, conforme Aníbal Bruno, “materialmente, com ela se põe em perigo um bem jurídico tutelado pela lei penal e, formalmente, nela se inicia a execução do tipo”.[7]
Assim sendo, como na tentativa a lesão ou perigo de dano não ocorreu ou, se ocorreu, é menor que na hipótese da consumação, consequentemente a reprovabilidade da conduta também deve ser proporcional ao ato efetivamente praticado, impondo-se a redução obrigatória da pena.
O Código Penal brasileiro adota a teoria objetiva, à medida que contempla pena reduzida para a tentativa e estabelece esta redução como de aplicabilidade obrigatória pelo magistrado, consoante plasmado no parágrafo único do art. 14 da Lei Penal.
Nesse passo, pode-se afirmar com Lúcia Helena Magalhães e Marcelo Gasque Furtado[8] que as características da teoria objetiva são: a atipicidade da tentativa inidônea, por não traduzir perigo ao bem jurídico tutelado e a aplicação obrigatória pelo magistrado de pena reduzida.
Afora essas duas teorias, outras menos difundidas procuraram combinar elementos de uma e outra visando fornecer fundamentos para punibilidade da tentativa. São elas: teoria da impressão e a teoria sintomática.
2.3  -  Teoria da Impressão: 
Tem esta teoria como base a impressão, o alarme que o fato injurídico provoca na comunidade, independente de fundamento objetivo.  A tentativa gera uma ruptura na estabilidade social, produzindo uma sensação de insegurança.  Como disse ROMAGNOSI “ A tentativa causa um dano injusto ao perturbar  o gozo da segurança que dela tem direito de desfrutar a sociedade e seus membros.  Portanto, será justo irrogar uma pena à tentativa, considerando-a tão-só como causadora do temor que infunde injustamente”[9].
2.4 - Teoria Sintomática: 
Adotada por alguns seguidores da Escola Positiva, dentre eles Enrico Ferri, como variante da teoria subjetiva.  Segundo seus seguidores, a conduta não terá qualquer relevância, desde que não produza um resultado injurídico, se a vontade que lhe anima não carrega em si um valor sintomático, ou seja, não demonstra uma personalidade perigosa ou temível.
Sustentam que a punibilidade da tentativa deve guardar certa proporção com o maior ou menor grau de periculosidade do agente, revelada através dos seus atos.  Desse modo, a pena deve ser aplicada quando, no seu agir, demonstre o autor temibilidade.
3. – CONCEITO:
O Código Penal brasileiro não contempla o conceito de tentativa.  Define, porém, o que se entende por crime tentado asseverando, no art. 14,  inciso II:
“  Diz-se o crime:
---
II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente”.
Igual técnica legislativa fora experimentada pelo Código Imperial de 1830 e pelo Código Penal de 1890.  Todavia, pode-se afirmar que na legislação atual, como na pretérita, restou claro, conforme veremos oportunamente, a opção pela teoria objetiva no que pertine a punibilidade da tentativa, haja vista que nossa legislação sempre se preocupou, por influência do direito francês, em fazer consignar em seus textos a exigência de realização pelo agente de atos exteriores e princípio de execução para caracterização do crime tentado.
4. – NATUREZA JURÍDICA: 
Indaga-se, em sede de doutrina, sobre a natureza jurídica da tentativa. Seria ela crime autônomo? Seria realização incompleta do modelo típico?
Não obstante respeite aqueles que enxergam-na como crime autônomo, penso que a tentativa se afigura como sendo a realização incompleta da figura típica.  Isso porque não se vislumbra na tentativa existência autônoma. Ela resulta da conjugação de normas. Uma que define o crime tentado e outra(s) que contempla(m) o modelo de comportamento, levado a efeito pelo agente, que é definido na lei como típico. Por essa razão, diz-se que a norma positivada no art. 14, II, do Código Penal tem natureza extensiva.
5. – ELEMENTOS DA TENTATIVA: 
Decompondo-se a figura desenhada no art. 14, II, do Código Penal, encontraremos os elementos da tentativa que são: a) início da execução; b) interrupção por circunstâncias alheias à vontade do agente; c) dolo.
6. – ESPÉCIES DE TENTATIVA:
Partindo-se do pressuposto que a vontade do agente pode ser interrompida no curso do processo causal ou mesmo não sofrer qualquer interrupção neste, de modo que o mesmo se complete, embora o resultado desejado não seja produzido, temos que há duas espécies de tentativa: a) tentativa imperfeita ou tentativa propriamente dita; b) tentativa perfeita ou crime falho.
Ocorre tentativa imperfeita ou tentativa propriamente dita, quando, iniciada a execução, há um fracionamento no processo causal por circunstâncias alheias à vontade do agente. Nessa hipótese, o agente é interrompido no seu atuar, de sorte que não exaure sua “potencialidade lesiva”, não conseguindo levar adiante seu projeto criminoso. 
De outra banda, pode ocorrer que o agente realize todos os atos executórios, porém o resultado planejado não se concretiza. É a hipótese da tentativa perfeita ou crime falho. Aqui, o agente praticou todos os atos que estavam ao seu alcance, acreditando mesmo que o resultado estava concretizado, no entanto, o mesmo não se realizou por circunstâncias alheias à sua vontade. A execução se conclui, mas o resultado não se consuma.
A distinção é bastante relevante para efeito do estudo dos Institutos da desistência voluntária (só admitido na tentativa imperfeita) e do arrependimento eficaz (admitido na tentativa perfeita).
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ: Ao passo que o arrependimento eficaz se dá quando a agente desejando retroceder na atividade delituosa percorrida desenvolve conduta, após terminada a execução criminosa. É a chamada ponte de ouro, pela qual o agente não responde por tentativa, mas apenas pelos atos já praticados. Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR: Arrependimento posterior é uma causa geral de diminuição de pena que ocorre após a consumação do delito, quando, nos crimes cometidos sem violênciaou grave ameaça, o agente repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia.
Arrependimento posterior Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
CRIME IMPOSSÍVEL: 
Jamais ocorrerá a consumação, é impossível. Enquadra-se na tentativa, o agente não consegue a consumação. Inexiste situação de perigo ao bem jurídico. É a causa de exclusão de tipicidade, pois o fato praticado pelo agente não se enquadra em nenhum tipo penal.
Teorias sobre o crime impossível:
TEORIAS SOBRE O CRIME IMPOSSÍVEL:
Para melhor compreensão desse instituto, analiza-se, “o meio de execução utilizado pelo agente à prática do crime objeto material sobre o qual recai a conduta criminosa”.
 HIPÓTESES DE CRIME IMPOSSÍVEL:
1ª Situação: Ineficácia absoluta do “MEIO” (Art. 17 do CP): “INEFICÁCIA DE MEIO” (execução); O meio utilizado à prática do crime, jamais o levaria à consumação, por ser ABSOLUTAMENTE INIDÔNEO e/ou INEFICAZ.
EX.1: Arma defeituosa, desmuniciada e/ou com munição de festim, à prática do homicídio;
EX.2: Colocar pó de giz na comida de outrem, acreditando ser arsênico (veneno);
2ª Situação: Impropriedade absoluta do “OBJETO” (Art. 17 do CP): O objeto material sobre o qual recai a conduta criminosa é TOTALMENTE IMPRÓPRIO. 
EX.1: O batedor de carteira furta uma pessoa, que estava completamente sem dinheiro (valores), no momento da prática criminosa. Neste caso, significa que o objeto material sobre o qual recai a conduta, que é o patrimônio da vítima, torna-se impróprio para a consumação do crime de furto. Eis, que, jamais poderia ocorrer;
EX.2: Atirar com uma arma de fogo, em uma pessoa que já estava morta no momento do fato.
3ª Situação: Crime putativo por obra do agente provocador (Súmula 145 do STF).
EX: Flagrante preparado, flagrante provocado, crime de ensaio, delito de laboratório, crime de experiência (são todos sinônimos). Em regra é feito pelo agente policial, pois, também pode ser feito pelo particular.↗ SE OBJETO FOR “RELATIVAMENTE INCAPAZ” E/OU “RELATIVAMENTE IMPRÓPRIO”, ESTAREMOS DIANTE DE UMA “TENTATIVA PUNÍVEL”, E NÃO DE UM “CRIME IMPOSSÍVEL”.
█ HÁ 3 (TRÊS) TEORIAS QUE EXPLICAM O CRIME IMPOSSÍVEL:
1. TEORIA SUBJETIVA:
Preocupa-se com a “INTENÇÃO” do agente, independente da ineficácia/inidoneidade absoluta ou relativa do meio e/ou ineficácia absoluta ou relativa do objeto à prática criminosa. Ou seja, se o sujeito ativo quis praticar o crime, pouco importa se ele iria chegar ao resultado pretendido. Analisa-se o dolo, SEMPRE HAVERÁ TENTATIVA!
2. TEORIA SINTOMÁTICA: 
Preocupa-se com a “PERICULOSIDADE” do agente. É necessário adotar as medidas de seguranças, se comprovada no caso concreto. Independente da ineficácia/inidoneidade absoluta ou relativa do meio e/ou ineficácia absoluta ou relativa do objeto à prática criminosa. Se o sujeito ativo demonstrou periculosidade, é caso de medida de segurança e não hipótese de crime impossível.
3. TEORIA OBJETIVA: 
3. A) TEORIA OBJETIVA PURA: Haverá sempre crime impossível, seja pela inidoneidade absoluta ou relativa;
3. B) TEORIA OBJETIVA TEMPERADA ou INTERMEDIÁRIA: Haverá sempre crime impossível, na hipótese de inidoneidade “ABSOLUTA” (ineficácia e/ou impropriedade). 
Teoria adotada no sistema jurídico brasileiro.
EX.1: Se o agente estiver utilizando uma arma de fogo desmuniciada, jamais conseguirá consumar o crime de homicídio (Art. 121 CP), pela INEFICÁCIA “ABSOLUTA” DO MEIO UTILIZADO à consumação. É hipótese de crime impossível;
EX.2: Se o agente estiver utilizando uma arma de fogo desmuniciada, para praticar um crime de roubo/assalto (Art. 157 CP); observe que é um meio relativamente ineficaz, haverá no mínimo “a tentativa”.
Resumindo:
*Se for caso de ineficácia e/ou impropriedade ABSOLUTA = CRIME IMPOSSÍVEL;
* Se for caso de ineficácia e/ou impropriedade RELATIVA = TENTATIVA.
ILICITUDE: 
Ilícito penal é o crime ou delito. Ou seja, é o descumprimento de um dever jurídico imposto por normas de direito público, sujeitando o agente a uma pena. Delito é um fator de desequilíbrio social, que justifica a repressão como meio de restabelecimento da ordem.  
Na ilicitude penal, a antijuridicidade é a contradição entre uma conduta e o ordenamento jurídico. O fato típico, até prova em contrário, é um fato que, ajustando-se a um tipo penal, é antijurídico. 
Existe também, na ilicitude penal, a exclusão da antijuridicidade, pois o direito prevê causas que excluem a antijuridicidade do fato típico. 
Segundo o art. 23 do CP, não há crime quando o agente pratica o fato em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular do direito.
art. 23, I, não há, nessa hipótese, crime; há um excludente da antijuridicidade.
ESTADO DE NECESSIDADE: 
Trata-se de causa de exclusão da ilicitude da conduta de quem, não tendo o dever legal de enfrentar uma situação de perigo atual, a qual não provocou por sua vontade, sacrifica um bem jurídico ameaçado  por esse perigo para salvar outro, próprio ou alheio, cuja perda não era razoável exigir.
É sempre causa de exclusão da ilicitude, pois nosso Código Penal adotou a teoria unitária.
LEGÍTIMA DEFESA: 
Legítima defesa é a causa de exclusão da ilicitude que consiste em repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, usando moderadamente dos meios necessários. Quando falamos em agressão, é a conduta humana que ataca um bem jurídico. Só os seres humanos, portanto, praticam agressões. Ataque de animal não configura agressão, logo, não autoriza a legítima defesa. S a pessoa se defender do animal, estará em estado de necessidade.
Diferença entre:
No estado de necessidade há conflito entre titulares de interesses jurídicos lícitos e nesta uma agressão a um bem tutelado. Aquele se exerce contra qualquer causa de terceiros, caso fortuito, etc. Mas só há legítima defesa contra a conduta do homem.
No estado de necessidade há ação e na legítima defesa, reação. Naquele o bem jurídico é exposto a perigo, nesta é exposto a uma agressão. Só há legítima defesa quando se atua contra o agressor; há estado de necessidade na ação contra terceiro inocente.
No estado de necessidade a ação é praticada ainda contra agressão justa, como no estado de necessidade recíproco; na legítima defesa a agressão deve ser injusta.
ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVVER LEGAL: Estrito cumprimento de dever legal, trata-se de causa de exclusão da ilicitude que consiste na realização de um fato típico, por força do desempenho de uma obrigação imposta por lei.
Ela dirige-se aos funcionários ou agentes públicos, que agem por ordem da lei. Não ficando excluído, o particular que exerce função pública, como perito, mesário da Justiça Eleitoral, etc. Quem cumpre regularmente um dever não pode, ao mesmo tempo, praticar ilícito penal, uma vez que a lei não contém contradições.
Não se admite estrito cumprimento do dever legal nos crimes culposos. A lei não obriga a imprudência, negligência ou imperícia. Entretanto poder-se-á falar em estado de necessidade na hipótese de motorista de uma ambulância que dirige velozmente e causa lesão a bem jurídico alheio.
• No exercício regular de direito, não há crime também quando ocorre o fato de acordo com o art. 23, III do CP. Trata-se de causa de exclusão da ilicitude que consiste no exercício de uma prerrogativa conferida pelo ordenamento jurídico caracterizado como fato jurídico. Por exemplo, uma intervenção médica cirúrgica, constitui exercício regular de direito. Mas, é preciso do consentimento do paciente ou de seu representante legal. Sendo ausente, poderá caracterizar-se estado de necessidade em favor de terceiro. A excludente é prevista expressamente para que se evite qualquer dúvida quanto à sua aplicação, definindo-se na lei os termos exatos de sua caracterização.
Além das normas permissivas da parte geral, todavia, existem algumas na parte especial, como por exemplo, a possibilidadede o médico praticar aborto se não há outro meio de salvar a vida da gestante ou se a gravidez resulta de estupro conforme o art. 128 do CP. O autor, para pratica fato típico que não seja antijurídico, deve agir no conhecimento da situação de fato justificante e com fundamento em uma autorização que lhe é conferida através disso, ou seja, querer atuar juridicamente.
No que concerne à responsabilidade criminal, decorrente da prática de ilícito penal, a teoria objetiva não é aplicável. A responsabilidade criminal admite somente a teoria subjetiva, em virtude da relação de causalidade, prevista no art. 13 do CP, segundo o qual o resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu a causa. Logo, ninguém mais, além do agente, poderá ser imputado.
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO: 
Quem tem direito dele não pode abusar, pois se houver abuso pode até mesmo ocorrer crime.
Distinção entre estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito:
	Distinções
	Estrito cumprimento Legal
	Exercício do direito
	Natureza
	Compulsóris: O agente está obrig a cumprir o mandamento legal
	Facultativa: o oj autoriza o agente a agir, mas ele pertence a opção entre exercer ou não o direito assegurado
	Origem
	O DEVER DE AGIR TEM ORIGEM NA LEI, DIRETA OU INDIRETAMENTE
	O direito cujo exercício se autoriza pode advir da lei, de regulamentos e, para alguns, inclusive costumes.
 A responsabilidade pelo crime em lesão no esporte ocorre de forma culposa ou dolosa.
EXCESSO: 
O agente em qualquer hipótese desde artigo responderá por excesso oloso ou culposo. Art 23 cp.
Excesso é a desnecessária intensificação de um fato típico inicialmente amparado por uma causa de justificação.
Uso da “força” ou “direito” muito maior do que a necessária.
Doloso, ou consciente, excesso voluntário e proposital.
Culposo ou inconsciente : é o excesso resultante de imprudência, negligencia ou imperícia.
Acidental ou fortuito, se origina de caso fortuito ou força maior, eventos imprevisíveis e inevitáveis.
Exculpante é o excesso que ocorre da profunda alteração de animo do agente, isso é, o medo ou susto provocado pela situação em que se encontra.
Excesso intensivo ou próprio é o que se verifica quando ainda não estão resentes os pressupostos das causas de exclusão de ilicitude.
EXCESSO EXTENSIVO OU IMPRÓPRIO é aquele em que não estão mais presentes os pressupostos das causas de exclusão da ilicitude: não mais existe a agressão ilícita, encerrou-se situação de perigo, o dever legal foi cumprido e o direito foi regularmente exercido.
CULPABILIDADE:
Culpabilidade é o juízo de censura o juízo de reprovabilidade que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de imposição de pena.
O agente é punido pelo fato que cometeu e não por quem ele é..
A culpabilidade é o que distingue uma homem que sabe o que é correto e entende e o o homem com doença mental incompleta ou retardada.
A teoria normativa ou psicológia-normativa: imputabilidade, dolo ou culpa e exigibilidade de conduta adversa, a imputabilidade deixa de ser pressuposto para funcionar como elemento.
A teoria adotada pelo código penal é a teoria limitada, que a culpabilidade é composta pelos elementos que integram a teoria normativa pura:
IMPUTABILIDADE, POTENCIAL CONSIENCIA DA ILICITUDE E EXIGIBILIDADE DE CONDUTA ADVERSA.
As descriminantes putativas são divididas entre DE FATO e ERRO DE TIPO.
	
	Psicológica
	Imputabilidade+ Dolo (normativo) ou culpa
	
	
	
	
	Normativa ou psicológica-nomativa
	Imputabilidade+ Dolo (normativo) ou culpa + exigibilidade da conduta adversa
	
	
	
	Teoria sobre culpabilidade
	 Normativa pura, extrema ou estrita
	Imputabilidade+ Potencial consciência da ilicitude + exigibilidade de conduta adversa
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Limitada (adotada pelo cp)
	Possui os mesmos elementos da teoria anterior, diferenciando-se somente em relação ao tratamento das descriminantes putativas.
 Coculpabilidade: Culpa atribuída ao estado ou a sociedade.
IMPUTABILIDADE PENAL: Art. 26 - Inimputáveis. Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
POTENCIAL CONSCIENCIA DA ILICIUDE: Potencial consciência de ilicitude é capacidade que o indivíduo tem obter informações e dados que possam levá-lo a consciência que determinada ação ou omissão é ilícita ou lícita. Não se confunde ausência de consciência de ilicitude com ausência de potencial de consciência de ilicitude. Ausência de consciência da ilicitude, ou seja, o desconhecimento da ilicitude é uma circunstância atenuante da pena. É o caso de um trabalhador rural de baixa instrução e sem acesso aos meios de informação que retira um pedaço de uma planta para uso despretensioso, sendo tal ato definido como crime ambiental. Pelas circunstâncias expostas o agente não conhecia a ilicitude, mas poderia conhecê-la.
Ausência de potencial consciência da ilicitude dá ensejo ao erro de proibição (invencível/Invitável) que exclui culpabilidade (caso raríssimo). É o caso de um índio não integrado e totalmente isolado da sociedade que prática ilícito penal, mas que na cultura local trata-se hábito comum sem qualquer tipo de censura ou repúdio. Nesta circunstância pode-se afirmar que o agente não tinha conhecimento da ilicitude e sequer teria condição de chegar a este conhecimento.
Erro de proibição ou Erro de Direito é o que incide sobre a ilicitude de um comportamento. O agente supõe, por erro, ser lícita a sua conduta quando na verdade é ilícita. Quanto à responsabilização penal no erro de proibição,o autor que incidiu no erro de proibição, poder-se-á haver duas possibilidades: caso o erro seja inevitável, o autor fica isento da pena; já se o erro incidir sobre fato evitável, a pena poderá ser diminuída de 1/6 a 1/3 (art.21, caput, CP). O erro evitável ocorre quando o agente “atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência”. (art. 21, § único, CP).
Erro de Tipo
Não se confunde Erro de Proibição com Erro de Tipo. O Erro de tipo recai sobre circunstância que constitui elemento essencial do tipo. É a falsa percepção da realidade sobre um elemento do crime. É o caso do agente que subtrai uma caneta do colega de curso crendo fortemente que é sua por ser idêntica. Neste caso o agente tem uma percepção equivocada da realidade.
No erro tipo o agente responde somente na modalidade culposa (se houver), uma vez que não há dolo, logo se excluí a conduta e a tipicidade nos crimes dolosos.
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA: A culpabilidade pressupõe que o agente, ao praticar a ação, se encontrava em circunstâncias que lhe permitissem conduzir-se de modo diferente, ou seja, respeitar o imperativo da norma penal. Se estiver envolvido por outros fatores, de modo a ter outro comportamento, inexistirá reprovabilidade. A censurabilidade decorre de, podendo conformar-se ao preceito, o indivíduo prefere exercer atividade vedada juridicamente. Costuma-se dizer que o Direito Penal não é feito para santos nem heróis, mas para homens comuns. Se estes se vêem envolvidos em contextos que não lhes autorizem conduta diferente, não obstante a tipicidade e a antijuridicidade, inexistirá a infração penal. Trata-se de corolário da concepção normativa da culpabilidade.
CONCURSO DE PESSOAS: O concurso de pessoas é o cometimento da infração penal por mais de uma pessoa. Tal cooperação da prática da conduta delitiva pode se dar por meio da coautoria, participação, concurso de delinquentes ou de agentes, entre outras formas. Existem ainda três teorias sobre o concurso de pessoas, vejamos:
a) teoria unitária: quando mais de um agente concorre para a prática da infração penal, mas cada um praticando conduta diversa do outro, obtendo, porém, um só resultado. Neste caso,haverá somente um delito. Assim, todos os agentes incorrem no mesmo tipo penal. Tal teoria é adotada pelo Código Penal.
b) teoria pluralista: quando houver mais de um agente, praticando cada um conduta diversa dos demais, ainda que obtendo apenas um resultado, cada qual responderá por um delito. Esta teoria foi adotada pelo Código Penal ao tratar do aborto, pois quando praticado pela gestante, esta incorrerá na pena do art. 124, se praticado por outrem, aplicar-se-á a pena do art. 126. O mesmo procedimento ocorre na corrupção ativa e passiva.
c) teoria dualista: segundo tal teoria, quando houver mais de um agente, com diversidades de conduta, provocando-se um resultado, deve-se separar os coautores e partícipes, sendo que cada "grupo" responderá por um delito.
Coautoria e participação
Há dois posicionamentos dentro da teoria objetiva:
a) teoria formal: de acordo com a teoria formal, autor é o agente que pratica a figura típica descrita no tipo penal, e partícipe é aquele que comete ações não contidas no tipo, respondendo apenas pelo auxílio que prestou (entendimento majoritário). Ex: agente que furta os bens de uma pessoa, incorre nas penas do art. 155 do CP, enquanto aquele que o aguarda com o carro para ajudá-lo a fugir, responderá apenas pela colaboração.
b) teoria normativa: aqui o autor é o agente que, além de praticar a figura típica, comanda a ação dos demais ("autor executor" e "autor intelectual"). Já o partícipe é aquele colabora para a prática da conduta delitiva, mas sem realizar a figura típica descrita, e sem ter controle das ações dos demais. Assim, aquele que planeja o delito e aquele que o executa são coautores.
Crime plurissubjetivo
O crime plurissubjetivo é aquele que exige a presença de mais de uma pessoa, como acontece no crime de associação criminosa, rixa, entre outros. Assim, nestes crimes não há o que se falar em participação, já que a pluralidade de agentes garantem o tipo penal, sendo todos autores. Em contrapartida, nos crimes unissubjetivos, quando houver mais de um agente, aplicar-se-á a regra do art. 29 do CP, já citado, devendo-se analisar a conduta de cada qual para aplicação da pena.
O crime plurissubjetivo não se confunde com o delito de participação necessária, pois neste último o autor pratica vários crimes, porém o tipo penal exige a colaboração do sujeito passivo, que não será punido. Exemplo: corrupção de menores, favorecimento à prostituição etc.
Requisitos do concurso pessoas
a) presença de dois ou mais agentes;
b) nexo de causalidade material entre as condutas realizadas e o resultado obtido;
c) não há necessidade de ajuste prévio entre os agentes, mas deve haver vontade de obtenção do resultado (vínculo de natureza psicológica). Ou seja, mesmo que os agentes não se conheçam pode haver o concurso de pessoas se existente a vontade de obtenção do mesmo resultado. Tal hipótese admite ainda a autoria sucessiva. Ex: empregada deixa a porta da casa aberta, permitindo que o ladrão subtraia os bens do imóvel. Enquanto isso, uma outra pessoa, ao ver os fatos, resolve dele aderir retirando também as coisas da casa;
d) reconhecimento da prática do mesmo delito para todos os agentes;
e) existência de atipicidade e antijuridicidade, já que se o fato não é punível para um dos coautores, também não será para os demais.
Autoria mediata e colateral
A autoria mediata ocorre quando o agente usa de pessoa não culpável, ou que atua sem dolo ou culpa para realizar o delito. São situações que ensejam a autoria mediata: valer-se de inimputável, coação moral irresistível, obediência hierárquica, erro de tipo escusável ou de proibição, provocados por terceiro. Um agente penalmente inimputável e o outro putavel. 
Já a autoria colateral ocorre quando dois agentes têm a intenção de obter o mesmo resultado, porém um desconhece a vontade do outro, sendo que o objetivo poderá ser atingido pela ação de somente um deles ou pela ação de ambos. Exemplo: Jorge e Antônio pretendem matar Carlos, e para tanto se escondem próximo à sua residência, sem que um saiba da presença do outro, e atiram na vítima. Assim, Jorge e Antônio responderão por homicídio em autoria colateral já que um não tinha conhecimento da ação do outro (não há vínculo psicológico). Salienta-se que, se apenas o tiro desferido por Jorge atingir Carlos, ele responderá por homicídio consumado, ao passo que Antônio responderá por homicídio tentado. Se não for possível verificar qual tiro matou Carlos, Jorge e Antônio responderão por tentativa de homicídio. Porém, se Jorge desfere tiro em Carlos e o mata, e só depois é que Antônio atira na vítima, haverá crime impossível para ele. Neste caso, se não for possível identificar qual tiro matou Carlos, ambos os agentes serão absolvidos por crime impossível (autoria incerta).
Participação por omissão e conveniência, e coautoria em crime omissivo
A participação por omissão ocorre quando a pessoa tinha o dever de evitar o resultado e não o fez.
 A autoria em crime omissivo ocorre, por exemplo, quando duas pessoas deparam-se com alguém ferido e ambas não procuram ajuda. Nesta hipótese, responderão por coautoria em omissão de socorro. Porém, há também entendimento que não há possibilidade de coautoria nestes crimes, e sim autoria colateral, pois existem condutas individuais, sendo o dever de agir infracionável.
Participação e cumplicidade
a) cúmplice é aquele que auxilia no cometimento de crime sem ter tal conhecimento. Exemplo: dar carona a bandido sem saber que este está fugindo;
b) cúmplice é aquele que colabora materialmente com a prática de infração penal;
c) cúmplice é aquele que colabora dolosamente para prática de conduta delituosa, mesmo que o autor não tenha consciência deste favorecimento.
Como não há entendimento majoritário, decidiu-se que quem auxilia na prática de um crime é cúmplice, seja coautor ou partícipe. 
Incomunicabilidade de circunstâncias
Não se comunicam entre coautores e partícipes as circunstâncias consideradas individualmente no concurso de agentes. Prevê o art. 30 do CP que, "não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime". Considera-se circunstância de caráter pessoal aquela situação particular que envolve o agente, mas não é inerente à sua pessoa. Exemplo: confissão espontânea, que atenua a pena e não se transfere aos demais coautores. A condição de caráter pessoal consiste em qualidade da pessoa, tais como menoridade e reincidência, condições estas que também não se transferem aos demais agentes do delito.
Casos de impunibilidade
Determina o art. 31 do CP que, "o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado". Entretanto, tais condutas - ajuste (acordo), instigação (estímulo), auxílio (assistência) e determinação (decisão) - serão puníveis quando houver disposição expressa neste sentido, como é o caso do art. 288 do CP - "associarem-se 03 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes (...)". Assim, serão puníveis tais atos quando houver início da execução do delito, pois do contrário serão consideradas condutas atípicas, já que não houve perigo a nenhum bem protegido pelo oj.
TEORIA GERAL DA PENA (PARTE II)
PENA: ASPECTOS GERIAS: No Direito Penal Brasileiro, a pena tem um caráter punitivo e preventivo. Sua condição punitiva tem equilíbrio no dever de possibilitar a franca reabilitação do agente condenado.
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE: A pena privativa de liberdade é meio de punição e ressocialização do transgressor, de modo que toda pessoa – imputável - que praticar um crime se sujeitará a uma determinada pena pelo período previsto no tipo penal respectivos.
Vale dizer, que a pena sempre será temporária, não podendo ultrapassar 30 anos.
Uma vez imposta a pena privativa de liberdade (reclusão ou detenção), deverá o juiz fixar o regime inicial para cumprimento desta, tendo por critério principal o quanto de pena aplicada ao condenado.
APLICAÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE:Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
O regime fechado consiste na permanência na penitenciária por tempo integral, tendo a faculdade de poder trabalhar internamente durante o dia e repousar à noite.
O regime semiaberto, para o legislador, consiste na possibilidade de o preso ser transferido da penitenciária para uma colônia penal agrícola ou industrial, durante o dia, retornando à penitenciária à noite.
Hoje, na prática, o preso tem uma prisão própria para tal regime e são-lhe oferecidas vagas de emprego da iniciativa privada, de modo que o preso sai durante o dia para trabalhar e retorna à penitenciária à noite.
O regime aberto, para o legislador, reside na hipótese em que o condenado teria autonomia durante o dia e passaria a noite e feriados em uma casa de albergado (local específico, no qual lhe seria oferecido cursos e palestras).
No entanto, na prática, o preso tem, geralmente, autonomia plena: fica em liberdade, computando-se o cumprimento de sua pena, observada, todavia, a possibilidade de fixação de proibição de alguns comportamentos.
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS: A pena restritiva de direitos é sanção penal imposta em substituição à pena privativa de liberdade consistente na supressão ou diminuição de um ou mais direitos do condenado. Trata-se de espécie de pena alternativa.
São penas restritivas de direitos: a prestação pecuniária, a perda de bens e valores, a prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, a interdição temporária de direitos e a limitação de fim de semana, conforme preceitua o artigo 43 do Código Penal.
As penas restritivas de direito têm por características:
a) Autonomia - não podem ser cumuladas com as penas privativas de liberdade; não são meramente acessórias.
b) Substitutividade - primeiramente o juiz fixa a pena privativa de liberdade, e depois, na mesma sentença, substitui pela pena restritiva de direitos.
Observações :
1. Na lei de drogas (Lei 11.343/06), a pena restritiva de direito é autônoma, mas não é substitutiva. Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
2. No artigo 78, do CDC (Lei 8.078/90), a pena restritiva de direitos pode ser cumulada com a pena privativa de liberdade. Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa, podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, observado o disposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal: I - a interdição temporária de direitos; II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou audiência, às expensas do condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação; III - a prestação de serviços à comunidade.
PENA DE MULTA: A pena de multa é uma espécie de sanção penal, que possui natureza patrimonial e que, na grande maioria das vezes, é cominada no preceito secundário da norma penal (pena cominada) de forma isolada ou cumulada com a pena de prisão (pena corporal).
A Constituição Federal prevê no art. 5º, inciso XLVI, “c”,  que a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos.
Tal pena consiste no pagamento de determinado valor em dinheiro em favor do Fundo Penitenciário Nacional, fundo esse que foi instituído pela Lei Complementar nº 79/1994 para os fins de custear o sistema de cumprimento de pena no país.
A fixação da pena de multa pode ocorrer como sanção principal, alternativa ou cumulativa com a pena corporal (prisão), podendo, também, ser aplicada como substituição à pena de prisão.
Segundo o disposto do art. 49 do Código Penal, a tarifação do quantum obedecerá o critério do dia-multa.Vejamos o disposto no Código Penal:
Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.
§1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário.
§2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária.
Com a leitura do disposto do art. 49 do Código Penal, conclui-se que o magistrado deve passar por duas etapas para se chegar ao quantum devido a título de pena de multa: a) primeiramente se fixa o número de dias-multa e b) depois arbitra-se o valor do dia-multa.
fixação do número de dias-multa não poderá ser inferior a 10 (dez) e nem superior a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. Já, quando do arbitramento do valor do dia-multa, o magistrado deve compreendê-lo entre os limites de 1/30 (um trigésimo) e 5 (cinco) vezes o valor do maior salário-mínimo vigente no tempo do fato. Nesse momento o juiz também deverá observar a situação econômica do condenado.
O juiz poderá aumentar até o triplo do valor total aferido se verificar que tal é ineficaz para a repressão e prevenção do delito diante da situação econômica do réu, face o disposto do art. 60, §1º, do Código Penal.
2) PAGAMENTO DA MULTA
O pagamento voluntário poder se feito pelo condenado no prazo de 10 (dez) dias contados do trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Esse prazo começa a fluir, a bem do devido processo legal, a partir da intimação (notificação) do apenado para realizar tal ato.
O magistrado poderá, de acordo com as circunstâncias, a requerimento do condenado, permitir que o pagamento seja realizado em parcelas mensais, iguais e sucessivas, ouvindo o Ministério Público previamente à decisão.
A cobrança dessa pena poderá ser realizada por meio do desconto em folha de pagamento caso o condenado esteja em liberdade e exercendo trabalho devidamente registrado, desde que o valor não atinja os recursos indispensáveis ao sustento do devedor e de seus familiares, segundo os ditames do princípio da menor onerosidade e o da preservação do patrimônio mínimo como corolário da dignidade da pessoa humana.
Essa situação poderá ocorrer: a) quando a pena de multa foi aplicada isoladamente; b) quando aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; c) quando o condenado à pena privativa de liberdade obtiver o direito de suspensão condicional da pena; d) quando o condenado já cumpriu integralmente a pena privativa de liberdade aplicada; e) quando o condenado for beneficiado com o livramento condicional.
Vejamos o que giza o Código Penal:
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais.
§1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando: a) aplicada isoladamente; b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; c) concedida a suspensão condicional da pena.
§2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao

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