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Doenças Pulmonares Fúngicas

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Nayara Brandão – 7º semestre – MEDICINA UNIME 
 
 
Doenças pulmonares oportunistas 
Fungos 
Quais as características? 
• São quimio-heterotróficos; 
• Necessitam de componente orgânico como fontes de energia e 
carbono para gerar energia; 
• São aeróbios ou anaeróbios facultativos; 
• Apenas 200 espécies de fungos são patogênicas. 
• Geralmente a infecção acontece em pacientes sob internação e 
imunossuprimidos 
Qual a diferença entre fungo e bactéria? 
Fungos Bactérias 
Eucariontes – núcleo bem definido Procariontes – sem núcleo 
Esteróis presentes Esteróis ausentes, exceto do 
Mycoplasma 
Glicanas, mananas, quitina (sem 
peptideoglicano) 
Peptideoglicano 
Esporos reprodutivos sexuais e 
assexuais 
Endosporos (não para reprodução); 
alguns esporos assexuais 
reprodutivos 
Limitado heterotrófico; 
Aeróbico; 
Anaeróbico facultativo 
Heterotrófico; 
Autototrófico; 
Fotoautotrófico; 
Aeróbico; 
Anaeróbico facultativo; 
Anaeróbico. 
Por que chamamos de micose? 
• Essa conclusão foi uma perspectiva pensada em âmbito da patologia, em 
razão disso, toda infecção causada por fungos pode ser chamada de 
micose 
• Normalmente a micose tem um curso crônico, devido ao crescimento 
lento do antígeno; 
Podemos classificar as micoses conforme o segmento corporal acometido 
e o modo de entrada? 
→ Micoses sistêmicas: são infecções profundas; normalmente 
transmitidos por inalação de esporos, com foco pulmonar inicial. 
Geralmente não são doenças contagiosas. Não se restringem a tecidos 
específicos e não são contagiosas. 
→ Micoses por patógenos oportunistas: geralmente acomete pacientes 
debilitados ou traumatizados, em uso de ATB de amplo espectro, 
imunossuprimidos e doenças pulmonares prévias. 
Quais os agentes associados a micose sistêmica e suas características 
clínicas? 
• Histoplasmose (histoplasma capsulatum): 
→ Doença sistêmica; 
→ Está na fezes especialmente de animais e morcegos – principalmente 
diferencial da outro que é mais em aves – CONÍDIOS. 
→ Podem ser inalados ao manusear solos contaminados, grãos ou 
excrementos de morcegos e aves; 
→ Sintomas: costumam ser pouco definidos no início, o que dificulta o 
diagnostico precoce. E apesar das infecções respiratórias serem as 
apresentações mais comuns, pode haver disseminação do fungo por 
vias linfáticas e hematogênicas. Raramente (0,1% dos casos) pode 
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existir progressão para a forma grave, caracterizada por quadro 
clínico pronunciado e diminuição da eficácia ventilatória. 
→ Diagnóstico: exame clínico + teste sorológico + ondas de DNA + 
radiografia de tórax + isolamento de patógeno (principalmente) 
(invasivo, porque tira pedaço do pulmão pra ver se tem o patógeno); 
→ Tratamento: antifúngico (itraconazol VO + anfotericina B IV); 
• Coccidiodomicose (Coccidioides immitis): 
→ São fungos DIMÓRFICOS. 
→ Micose caracterizada por apresentar-se em aéreas geográficas secas; 
→ Apresenta-se com quadro agudo ou crônico, seja com infecção leva 
ou PAC (pneumonia adquirida na comunidade); 
→ Principal fator de risco: exposição á poeira de locais contaminados; 
→ Infecção benigna e autolimitada; 
→ Os sintomas são proporcionais a carga fúngicas. Podem ser eles: febre 
alta, tosse seca e dor torácica, que podem ou não ser acompanhados 
por sintomas gerais inespecíficos ou de hipersensibilidade (ex: 
eritema nodoso ou artralgia) 
→ Diagnóstico: identificação dos esporos em fluidos ou tecidos 
(ESFÉRULOS). 
→ Tratamento: cetoconazol, itraconazol ou anfotericina B 
Quais os agentes associados a micose oportunista e suas características 
clínicas? 
• Pneumonia fúngica (Pneumocystis jirovercii): 
→ É mais comum em pacientes com HIV, mas pode acontecer em 
pacientes saudáveis e pacientes suprimidos por câncer. 
→ É um patógeno que pode ser encontrado em pulmões saudáveis, 
porém em pacientes imunossuprimidos existe uma maior 
probabilidade de desenvolvimento de quadros sintomáticos, como 
febre e tosse seca. 
→ Diagnóstico: Análise de amostras de escarro com cistos do fungo + 
exames de imagens podem ser usados, especialmente para determinar 
a extensão do comprometimento. 
→ Tratamento: sulfametoxazol + trimetoprima 
• Aspergilose (Aspergillus sp): 
→ Predominante em VEGTAÇÃO em decomposição. 
→ Infecção predominante em indivíduos imunossuprimidos ou naqueles 
massivamente expostos a esporos, presentes em matéria vegetal em 
decomposição; 
→ Quadro clínico: múltiplas apresentações clinicas, porém os sintomas 
mais comuns são febre alta, tosse com expectoração 
mucossanguinolenta, dispneia e dor torácica. 
→ Diagnóstico: clínico + laboratorial, com achado do fungo em 
secreções ou tecidos (visualização direta) ou pela análise sorológica 
→ Tratamento: itraconazol, fluconazol, voriconazol, posaconazol, 
caspofungina, nistatina e anfotericina B – preferencial NISTATINA 
E ANFOTERICINA B. 
• Criptococose (Cryptococcus sp.): FEZES DE POMBO!!! 
→ É uma infecção de elevada mortalidade; 
→ Causada por fungos amplamente distribuídos no ambiente urbano, 
onde se replicam fezes de pombo 
→ A transmissão se dá pela inalação desses materiais; 
→ Quando se multiplica dentro do organismo, percebemos que afeta 
especialmente o sistema nervoso, de forma a levar a meningite. 
→ Diagnóstico: clinico + “tinta-da-china” (laboratorial e especifico) 
(capaz de identificar estruturas do fungo em uma lâmina com 
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nanquim) + radiografia de tórax (permite visualizar lesões 
pulmonares típicas – lesão única circunscrita em pulmão esquerdo) 
→ Tratamento: Flucitosina + Anfotericina B 
 
Obs: além desses agentes, também pode existir infecção por cândida e 
doenças fúngicas decorrente de produção de toxinas.

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