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Inspeção pos mortem

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Inspeção pos-mortem de bovinos 
 
Exame realizado rotineiramente nos animais abatidos 
através da observação e apreciação de seus caracteres 
externos, abertura dos gânglios linfáticos 
correspondentes, além de cortes sobre parênquima dos 
órgãos, quando necessário. 
Tem como objetivo identificar lesões e doenças para 
garantir um produto de qualidade, considerando a saúde 
publica sobre qualquer outro interesse 
A inspeção post-mortem de rotina deve obedecer a 
seguinte seriação 
1. Observação dos caracteres sensoriais e físicos 
do sangue por ocasião da sangria e durante o 
exame de todos os órgãos 
2. Exame da cabeça, músculos mastigadores, 
língua, glândulas salivares e gânglios linfático 
correspondentes 
3. Exame da cavidade abdominal, órgãos e 
gânglios linfáticos correspondentes, exame da 
cavidade torácica, órgãos e gânglios linfáticos 
correspondentes 
4. Exame geral da carcaça, serosas e gânglios 
linfáticos cavitários, infra-musculares, superficiais 
e profundos acessíveis, além da avaliação das 
condições de nutrição e engorda do animal 
 
Fluxograma do abate 
Chegada dos bovinos 
Currais (seleção, observação e matança) 
Pedilúvio, banho coletivo e individual 
Box insensibilização 
Área vomito 
Sangria 
Retirada dos chifres 
Início da esfola (manual ou mecânica) 
Numeração das carcaças 
Oclusão reto 
Serragem do esterno 
Oclusão do esôfago 
Evisceração 
Serragem da coluna vertebral 
Lavagem das cabeças 
Exame cabeça e língua 
Exame traqueia e pulmões 
Exame coração 
Exame fígado e vesícula biliar 
Exame linfonodos pré-escapulares 
Toalete das carcaças 
Carimbagem 
Exames DIF 
Sistema de identificação 
Marcação sistemática: para identificação dos lotes, 
cabeça/carcaça de cada rês, com a finalidade de 
garantir segurança, o envio ao DIF da cabeça 
correspondente a carcaça 
Marcação dos lotes: 
Identificação do lote feita na primeira meia 
carcaça da primeira rês, chapa metálica 
numerado tipo 5 presa paleta esquerda 
Indicação dos animais do lote feita duas 
metades (pleura e peito), lápis tinta ou etiqueta 
papel (número do animal, lote e data) 
Marcação cabeça-carcaça: feita a lápis tinta por 
numeração seguida e crescente, serie de 1 a 99 no ato 
da desarticulação cabeça côndilo occipital e na carcaça 
nas fases articulares ambos os carpos 
Identificação por uso de chapas metálicas 
Tipo 5: Chapa de 
identificação ou 
separação de lote 
Numerada, aplicada na 
paleta esquerda da 1ª 
meia carcaça da rês 
inicial de cada lote 
Tipo 4: Chapa de 
identificação de carcaça 
de rês de matança 
especial (conserva) 
Numerada, substitui na 
sala de matança, com 
igual número a da 
inspeção ante-mortem é 
pendurada na região 
mediana da face externa 
esquerda da carcaça 
Tipo 3: Chapa de 
identificação da carca de 
animais com lesões de 
febre aftosa 
Para ser pendurada na 
paleta esquerda na linha 
de carimbagem de 
carcaças 
Tipo 2: Chapa indicadora 
de causa de apreensão 
De cor vermelha e sem 
número são distribuídas 
em quantidades 
suficientes em todas as 
linhas de inspeção 
exceto na linha de 
exames de cascos 
Tipo 1: Chapa 
identificadora de vísceras 
– carcaças 
Em 4 series numeradas 
de 1 a 30 para 
distribuição 
separadamente nas linhas 
de vísceras 
1 jogo de 4 chapas é usado nas seguintes localizações – 
chapinhas tipo 01: 
1. Fixada no intestino a altura do pâncreas, linha D 
2. Presa na seção da veia porta, linha E 
3. Fixa-se no pulmão esquerdo, linha F 
@paulacharbel.
4. Identificação a carcaça (primeira meia carcaça) 
Paleta – lesão cabeça e/ou língua 
Peito- vísceras torácicas 
Parede abdominal: vísceras abdominais 
Casos cisticercose apenas duas chapinhas tipo 
01 são usadas/animal, pois apenas carcaça e 
coração enviados para a DIF 
 
Linhas de inspeção 
Etapas do exame: 
Fase preparatória 
Técnica de exame 
Julgamento 
LINHA A – exames das 
patas 
Fase preparatória: esfola 
(opcional) – 
desarticulação mocotós, 
membros anteriores e 
posteriores – articulações 
carpometacarpinas e 
traso-metatarsianas. 
Lavagem sob chuveiro. 
Exame: espaços peri-
ungueais e inter-digitais – 
lesões febre aftosa 
Julgamento: graxaria e 
carcaça correspondente 
identificada não 
exportação 
Exame visual das patas 
Superfícies periungeias 
Espaços interdigitais 
Assegurar a identificação 
As patas com lesões 
vesiculares e 
pododermatites vao para 
a graxaria e a carcaça 
para o DIF 
Somente para 
exportação 
 
LINHA B – exame da 
cabeça e língua 
Importante para o 
diagnostico de 
cisticercose e adenites 
tuberculosas 
Fase preparatória: 
serragem de chifres, 
esfola, liberação do 
esôfago, separação da 
traqueia pela região da 
laringe, desarticulação da 
cabeça na altura da 
articulação atlato-occipital 
– liberação da língua – 
pressa no freio lingual. 
Numeração das faces 
osseas (atlas e occipital) e 
lavagem no lavador 
apropriado (jato de água 
sob pressão) 
Exames: cabeça – 
examinar visualmente 
todas as partes, cavidade 
bucal, orifícios e os seios 
frontais; incisar 
longitudinalmente 
masseteres e 
pterigoides, e nos nodos 
parotianos 
Língua – 
examinar 
visualmente e 
fazer palpação; 
incisar linfonodos 
sub-maxilares, 
retrofaríngeos e 
sublinguais e 
extirpar tonsilas 
palatinas 
Julgamento: lesão 
identificada, colocação da 
chapinha cor vermelha, a 
peca e todos demais 
pertencentes 
identificadas com o 
mesmo número – 
através de series de 
chapinhas metálicas 
sequencialmente 
numeradas 
LINHA C: cronologia 
dentária 
Linha facultativa – 
revelação da idade dos 
animais abatidos 
LINHA D: exame trato 
gastrointestinal, baço, 
pâncreas, bexiga e útero 
Fase preparatória: 
realizado na mesa fixa ou 
volante 
Exames: visualizar e 
palpar os órgãos 
Esôfago – após 
exame externo 
é revertido 
Baço e 
pâncreas: se 
necessário 
pratica-se 
incisões cadeia 
linfonodos incisar 
gástricas e 
mesentéricos 
LINHA E: exame do 
fígado e vesícula biliar 
Fase preparatória: após a 
evisceração abdominal; 
deve ser lavado no 
chuveiro com água 
morna 
Exame: visualização e 
palpação de toda a 
superfície. Incisar 
linfonodo hepático, canais 
hepáticos superficiais 
(fascíolas) e biliar (estimar 
fluxo ou estase bile e 
aparência) 
LINHA F: exame 
coração, pulmões e 
traqueia 
Fase preparatória: 
evisceração torácica, 
deposição conjunto na 
mesa de exame e 
lavagem sob chuveiro 
Exame: visualização e 
palpação 
Coração: abre-se 
saco pericárdico, 
o expõe e incisa 
o ventrículo 
esquerdo 
margeando sulco 
inter-ventricular 
e o ventrículo 
direito (detecção 
de cisticercos) 
Traqueia e 
pulmões: 
abertura de toda 
extensão da 
traqueia até 
bifurcação dos 
brônquios. 
Apalpar ambos 
os lobos do 
pulmão e incisar 
linfonodos apicais, 
traco-brônquico, 
esofágico e 
mediatinais 
LINHA G: exame dos rins Fase preparatória: presos 
a carcaça para manter 
identidade 
correspondente ao 
animal/local 
Exame: visualização, 
palpação e incisão do 
linfonodo renal a 
suprarrenal 
LINHA H: lados externos 
e interno da parte caudal 
da carcaça e nodos 
linfáticos 
correspondentes 
Exames: observação 
atenta de todas as 
superfícies ósseas e 
musculares expostas. 
Linfonodos pré-crural, 
inguinais superficiais, 
ilíacos e isquiáticos; 
poplíteos 
LINHA I: exame dos lados 
internos e externos da 
parte cranial da carca e 
dos linfonodos pré-
escapulares e pré-
peitorais 
Verificar o estado da 
pleura parietal e do 
diafragma 
Pesquisar anormalidades 
nas articulações 
Examinar o ligamento 
cervical 
Exames: verificar 
ocorrência de aderência 
entre a as pleuras 
visceral e parietal – 
comum afecções 
pulmonares 
LINHA J: carimbagem de 
meias carcaças 
Fase preparatória: 
inspeção completa e 
julgamento da carcaça – 
previa ao toalete, 
pesagem e banho morno 
sob pressão 
Carimbar as meias carcas 
liberadas para o consumo 
no coxão, lombo, paleta 
e ponta de agulha, com 
tinta atóxica carimbo 
modelo 1 RIISPOA 
Carcaça para salga: assinaladas com um corte 
transversal no musculo da faceposterior ao antebraço, 
anterior a perna e file mignon forma X, carimbo modelo 
11 RIISPOA 
Carcaça para conserva: corte profundo nas grandes 
massas musculares (coxão duro, patinho, coxão mole, 
lombo, pilé mignon), forma C modelo 10 RIISPOA 
 
Principais lesões encontradas nas 
linhas de inspeção 
LINHA A Sequelas de aftosa 
Pododermatite 
LINHA B Cisticercose 
Actinomicose 
Miosites 
Glossites 
Linfoadenites 
LINHA D Gastrites e enterites 
Esofagostomose 
Cisticercose 
Tuberculose 
Contaminações 
LINHA E Hepatites 
Tuberculose 
Cirrose 
Hidatidose 
Degeneração turva e 
gordurosa 
Fasciolose 
Teleangiectasia 
LINHA F Miocardites, pericardites 
e endocardites 
Enfisema 
Hidatidose 
Cisticercose 
Tuberculose 
Atelectasia 
Atrofia/hipertrofias 
Hemorragias 
Infarto 
Congestão/bronquites 
Aspiração do sangue e 
conteúdo ruminal 
Pneumonia 
Actinobacilose 
LINHA G Nefrites 
Cistos urinários 
Isquemia 
Infarto 
Pielonefrites 
Congestão 
Pigmentos 
Urolitos 
Uronefrose 
 
Decisão sanitária e critérios no exame post-mortem 
Aprovação para o consumo: 
Quando não existir qualquer indício de estado 
anormal significativo 
Quando as operações de abate foram 
efetuadas de acordo com as normas de higiene 
Reprovação para consumo 
Quando a inspeção constatar perigo para o 
manipulador, para os consumidos e para outros 
animais 
Quando o teor em resíduos ultrapassar o 
recomendado pela legislação 
Quando houver alterações organolépticas 
Quando as condições determinadas para 
aproveitamento condicional não forma 
cumpridas 
Aproveitamento condicional 
Se a esterilização ou fusão pelo calor 
Se tratada pelo frio 
Salga 
Rebeneficiamento 
Se o estabelecimento possuir instalações que 
permitam o aproveitamento indicado 
Aproveitamento ou rejeição parcial 
remoção da porção afetada e aproveitamento 
da carcaça in natura 
As carcaças, partes e órgãos condenado ficam sob 
custodia da IF e são conduzidos a graxaria, em carros 
especiais, acompanhados por funcionários da IF 
 
Critério e lesões supurativas 
Abcessos e lesões supurativas 
Lesão múltiplas generalizada: rejeição total 
Parte da carcaça contaminada com pús: 
rejeição parcial 
Abcesso localizado e circunscrito: rejeição 
parcial 
Abcessos em órgãos: rejeição parcial 
Adenites: rejeição parcial 
Anasarca: rejeição total se generalizado 
Actinomicose e actinobacilose 
Carcaça e órgãos com lesões generalizadas: 
rejeição total 
Lesão localizada/circunscrita: rejeição parcial 
Lesão localizada na cabeça e língua: rejeição 
parcial 
Brucelose 
Carcaças com lesões extensas: rejeição total 
Lesão localizada: aproveitamento condicional 
Caquexia: rejeição total 
Carnes repugnantes: rejeição total 
Broncopneumonia verminótica 
Órgão: condenação 
Coloração anormal: 
Icterícia: rejeição total 
Adipoxantose: liberação para consumo in natura 
Rejeição total: 
Carbúnculo sintomático 
Piroplasmoses 
Septicemia 
Anaplasmose 
Hemoglobinúria bacilar dos bovinos 
Catarro maligno epzoótico 
Pioemia 
Septicemia hemorrágica 
Contaminação por fezes 
Carcaças ou parte das carcaças que entrem 
em contato com fezes: rejeição total 
Carcaças ou parte de carcaças ou órgãos que 
se contaminem com o piso: rejeição total 
(desde que não seja possível uma limpeza 
completa) 
Cisticercose: 
Infestação intensa (mais de um cisto em uma 
área equivalente a palma da mão: rejeição total 
Infestação discreta: aproveitamento condicional 
Um cisto calcificado: rejeição parcial 
Vários cistos calcificados: aproveitamento 
condicional 
Infestação intensa de cisticercos calcificados: 
rejeição total 
Cirrose hepática: condenação do órgão 
Contusão: 
Generalizada: condenação 
Localizada: aproveitamento condicional depois 
de removidas as partes atingidas 
Distomatose (fasciolose): 
Órgão: condenação 
Carcaca: condenação (quando houver caquexia 
consecutiva) 
Equinococose (hidatidose) 
Órgão: condenação 
Fígado com calcificada e bem circunscrita: 
aproveitamento condicional após remoção e 
condenação das partes atingidas 
Carcaça: condenação se houver caquexia 
Tuberculose: 
Casos de rejeição total: 
Lesões caseosas em órgãos torácicos 
e abdominais 
Lesão miliar generalizada 
Lesão calcificada generalizada 
Lesões nos músculos, ossos e 
articulações 
Casos de aproveitamento condicional: 
Lesão caseosa localizada 
Lesão calcificada em um linfonodo 
cervical e em um órgão de uma 
cavidade 
Lesão calcificada em um linfonodo de u 
órgão da cavidade abdominal e em um 
órgão torácico 
Casos de rejeição parcial: 
Lesão calcificada de um linfonodo 
Evisceração retardada: 
Entre 45 e 60mins: liberação para consumo 
Entre 60 e 90mins: aproveitamento condicional 
90mins: rejeição total 
Mastite: 
Órgão: condenação 
Nefrite: 
Órgão: condenação 
Uronefrose: 
Órgão: condenação 
Cistos urinários: 
Órgão: condenação 
Isquemia: 
Órgão: condenação 
Congestão e outras lesões renais: 
Órgão: condenação 
Neoplasias: 
Órgão: condenação 
Carcaça: condenação 
Se o tumor no órgão tiver repercussão sobre 
o estado geral do animal, a carcaça é 
condenada