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DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO Em regra, nos casos decididos pelos juízos de primeiro grau, vigora o Princípio da Dualidade da Jurisdição; Quer dizer que as causas decididas pelos juízes são passíveis de reexame e novo julgamento pelos Tribunais de segundo grau, mediante a interposição de Apelação. Existe também um “outro tipo” de duplo grau de jurisdição necessária, que é a Remessa Necessária. Art. 496 CPC: Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS Os Tribunais de segundo grau de jurisdição, exercem sua competência em três situações: 1. Em grau de recurso; 2. Em reexame no duplo grau de jurisdição necessário (remessa necessária); 3. Em processos de competência originária. O STF decide em matéria recursal tanto a título ordinário quanto extraordinário; Art. 102 CF: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: II - julgar, em recurso ordinário: a) o habeas corpus , o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; b) o crime político; III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Recurso ordinário: São os recursos de Agravo e de Apelação; nos Por Clarissa Cavalcante │@clarissacavalcantee Tribunais Processos Direito processual civil iii São interpostos pela parte vencida em decisão de juiz de primeiro grau; Pode ser no primeiro ou no segundo grau, acontece quando o apelo se endereça aos tribunais superiores, em razão da parte vencida estar inconformada com a decisão. Para quê? Para obter reexame da matéria decidida em seu prejuízo; EXCEÇÃO 1: Dos Tribunais Superiores o STF: Quando? Ocorrer denegação de mandado de segurança, habeas data e mandado de injunção Art. 102, II - julgar, em recurso ordinário: a) O HABEAS CORPUS, O MANDADO DE SEGURANÇA, O HABEAS DATA E O MANDADO DE INJUNÇÃO decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; EXCEÇÃO 2: Dos TRF’S, Tribunais dos Estados, DF e territórios o STJ. Quando? Ocorrer denegação de MANDADOS DE SEGURANÇA. Art. 105, II; b)OS MANDADOS DE SEGURANÇA decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; Recurso extraordinário: É o recurso interposto contra decisão dos Tribunais para o STF; Dos Tribunais o STF Para quê? APENAS E TÃO SOMENTE PARA A APRECIAÇÃO DA TESE DE DIREITO FEDERAL APLICADA NO JULGAMENTO DO ÓRGÃO JUDICIÁRIO LOCAL. Tanto é cabível contra os acórdãos proferidos em grau de recurso como nos de processos de competência originária; Serve APENAS para SITUAÇÕES ESPECÍFICAS PREVISTAS NA CF; Para questões relacionadas à legislação federal CONSTITUCIONAL; Sua finalidade é essencialmente política: Manter o respeito à CF; Preservar a unidade das leis federais. Art. 102 CF: III - julgar, mediante RECURSO EXTRAORDINÁRIO, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Recurso especial: É interposto ao STJ; Para questões relacionadas à legislação federal INFRACONSTITUCIONAL; Tanto é cabível contra os acórdãos proferidos em grau de recurso como nos de processos de competência originária Art. 105 CF Enquanto viger o regime de pagamento de precatórios previsto no art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, é facultada aos credores de precatórios, próprios ou de terceiros, a compensação com débitos de natureza tributária ou de outra natureza que até 25 de março de 2015 tenham sido inscritos na dívida ativa dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, observados os requisitos definidos em lei própria do ente federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016) Parágrafo único. Não se aplica às compensações referidas no caput deste artigo qualquer tipo de vinculação, como as transferências a outros entes e as destinadas à educação, à saúde e a outras finalidades. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016) § 1º Não se aplica às compensações referidas no caput deste artigo qualquer tipo de vinculação, como as transferências a outros entes e as destinadas à educação, à saúde e a outras finalidades. (Numerado do parágrafo único pela Emenda constitucional nº 99, de 2017) § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios regulamentarão nas respectivas leis o disposto no caput deste artigo em até cento e vinte dias a partir de 1º de janeiro de 2018. (Incluído pela Emenda constitucional nº 99, de 2017) § 3º Decorrido o prazo estabelecido no § 2º deste artigo sem a regulamentação nele prevista, ficam os credores de precatórios autorizados a exercer a faculdade a que se refere o caput deste artigo. PROCESSOS DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TRIBUNAIS Em regra, para os PROCESSOS DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIAS DOS TRIBUNAIS, NÃO VIGORA O PRINCÍPIO DA DUALIDADE DE JURISDIÇÃO; São julgados em UMA ÚNICA INSTÂNCIA Surgem em situações especiais: Quando há interposição de RECURSO EXTRAORDINÁRIO para o STF; Ou quando há interposição de RECURSO ESPECIAL para o STJ
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