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PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

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PRINCÍPIOS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2022 
 
 
 
 
 
Sumário 
O QUE E QUAIS SÃO? ...................................................................................................................... 3 
1 PRINCÍPIO DA ENTIDADE ............................................................................................................. 3 
1.1 Problemas comuns ao Princípio da Entidade ....................................................................... 4 
1.2 Como evitar problemas ............................................................................................................. 5 
1.3 Penalidades ................................................................................................................................ 5 
2 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE .................................................................................................. 6 
2.1 Princípio da Continuidade na prática ...................................................................................... 6 
3 PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE ................................................................................................. 7 
3.1 Importância do Princípio da Oportunidade ............................................................................ 7 
3.2 Relação entre os Princípios Contábeis .................................................................................. 8 
3.3 Como aplicar o Princípio da Oportunidade ............................................................................ 8 
4 PRINCÍPIO DO REGISTRO ............................................................................................................ 9 
5 PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA .................................................................................................. 11 
5.1 Princípio da Competência e a Receita. ................................................................................ 12 
5.2 As variações patrimoniais no Princípio de Competência .................................................. 13 
6 PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ....................................................................................................... 13 
6.1 Limites à aplicação do princípio ............................................................................................ 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS 
 
O QUE E QUAIS SÃO? 
Os princípios são: o da entidade, o da continuidade, o da oportunidade, o 
do registro pelo valor original, o da competência e o da prudência. Os princípios 
da Contabilidade consistem nas teorias e normas gerais que delimitam a 
aplicação das Ciências Contábeis, no que diz respeito ao entendimento 
predominante dos seus conhecimentos nos universos científico e profissional. 
Este conjunto de normas ajudam a realizar a mensuração correta das riquezas 
patrimoniais de um indivíduo ou de uma empresa. É através dele que a 
contabilidade é regrada. Os princípios são tidos como fundamentais nos estudos 
da Contabilidade e para que os princípios possam vigorar na conformidade, eles 
devem possuir três características simultâneas: 
• A utilidade, a partir da geração de informações significativas e valiosas 
para os usuários das demonstrações contábeis; 
• A objetividade, que significa que as aplicações não sofrem influência 
por inclinações pessoais ou prejuízo dos que a fornecem; 
• A praticabilidade, quando eles podem ser adotados sem complexidade 
ou custos indevidos. 
 
1 PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação 
de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
lucrativos. 
Como podemos observar, o estudo do patrimônio da entidade deve se 
limitar ao patrimônio dela, pouco importando os eventos ocorridos no patrimônio 
4 
 
de seus sócios. Pode parecer obvio a necessidade da separação dos 
patrimônios da empresa e de seus sócios, até porque em alguns países a 
separação de patrimônio não chega sequer a ser elevado ao nível de Princípio 
Contábil, pois é algo tão simples e fundamental que já está sendo dado como 
uma espécie de hipótese básica sem que necessite ser explicitada como um 
princípio. Esse princípio vale mesmo que a empresa tenha um único sócio ou 
proprietário. 
Contudo, o Princípio da Entidade é mais complexo do que possa parecer. 
Atualmente, onde as empresas não conseguem mais sobreviver sem um sistema 
de informação que lhe assegurem dados para as mais diversas finalidades, como 
gerenciais e externas, a contabilidade vem ganhando status de “soberana”, pois, 
em decorrência disso, sua importância está fugindo aos “muros” das empresas, 
ganhando força também sob os pontos de vista econômico, jurídico e social. 
Sob o ponto de vista econômico, a entidade é uma massa patrimonial, 
cuja evolução (qualitativa e quantitativa) precisa ser acompanhada. 
Juridicamente, determina a lei que os patrimônios nas entidades são 
inconfundíveis. Já sob a óptica social, a entidade não pode ser avaliada apenas 
pela utilidade gerada para si mesma, mas também pela sua contribuição à 
sociedade como um todo. 
1.1 Problemas comuns ao Princípio da Entidade 
 Hoje em dia é muito comum que micro e pequenos empresários não 
coloquem em prática o Princípio da Entidade, misturando as contas pessoais e 
empresariais, visto que eles mesmos administram suas Empresas. Na maioria 
das vezes eles desconhecem a importância da aplicação do princípio. E, diante 
disso, a assessoria contábil precisa ficar bem atenta, tanto para orientar quanto 
para fiscalizar e cobrar, dos seus clientes, o cumprimento desse princípio, 
evitando maiores problemas. 
 
Esse quadro é bem comum em negócios de família. Inclusive pode este 
ser um dos motivos que leva esse ramo de empresas a falência. Segundo o 
IBGE, existem no Brasil cerca de 8 milhões de empresas, das quais 90% são 
familiares, sendo que muitas destas não atingem a longevidade desejada. 
https://www.facilite.co/os-6-principios-da-contabilidade/
https://www.facilite.co/os-6-principios-da-contabilidade/
5 
 
 
1.2 Como evitar problemas 
1. As contas bancárias da empresa somente devem ser utilizadas 
para pagamentos de contas da empresa, em benefício da mesma; 
2. A razão social e CNPJ devem ser usados apenas para aquisições 
da empresa; 
3. As despesas do(s) proprietário(s) devem ser pagas com seu(s) 
próprio(s) recursos, e devem ser limitadas à retirada que eles efetuam da 
empresa; 
4. A tomada de decisões deve levar em conta a continuidade da 
empresa, e nunca deve ter influência pessoal do(s) sócio(s); 
5. Os ativos da empresa devem atender as necessidades da 
empresa, e não de seu(s) proprietário(s); 
6. O pró-labore do sócio deverá ser formalizado de acordo com a 
realidade, e caso o sócio retire dinheiro a mais da empresa, deverá reembolsá-
la. 
 
Esse princípio pode parecer banal e óbvio, visto que em alguns países a 
separação do patrimônio da empresa dos sócios é tratada como algo básico, 
simples e fundamental. Porém em nosso país, essa regra é tratada como um 
princípio, visto que a não aprendemos desde cedo como administrar um negócio, 
motivo pelo qual muitos empresários fecham as portas de suas empresas no 
primeiro ano de atividade. 
Algumas mudanças básicas de hábitos apresentadas podem melhorar 
positivamente o progresso das organizações, e torná-las cada vez mais sólidas 
e bem administradas. 
 
1.3 Penalidades 
Com relação às penalidades civis, a inobservância do Princípio da 
Entidade, em muitos casos, vem acarretar a confusão do patrimônio da entidade 
https://www.contabeis.com.br/tributario/cnpj/
6 
 
com a dos seus sócios, o que poderá ocasionar a desconsideração da 
personalidadejurídica. Caso isso ocorra, o judiciário pode decidir, a 
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da entidade. 
Assim, as dívidas dessas sociedades poderão atingir inclusive o patrimônio dos 
sócios, haja vista que não será possível distingui-los. 
 
2 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
O conceito básico desse princípio diz que sempre que um negócio é 
aberto a vida útil dele é indeterminada e pensado em longo prazo. A isso se 
chama continuidade e ela impacta diretamente nas questões de compromissos 
financeiros de uma Empresa. Por exemplo, em caso de uma provável falência, 
os pagamentos devidos não podem ser negligenciados. 
As empresas são organismos estruturados e dinâmicos, com muitos 
processos. Como exemplo, produção, gestão de pessoas, transações 
financeiras, enfim, uma entidade em movimento. Lamentavelmente as pequenas 
empresas negligenciam e até mesmo, desrespeitam esse princípio e por conta 
disso, muitas quebram em função de prejuízos, dívidas e desorganização 
financeira e contábil. 
No que ser refere ao patrimônio, a necessidade da separação do pessoal 
ao empresarial deve ser bem clara pensando, inclusive, numa possibilidade de 
descontinuidade. 
Aliás, a clareza das informações contábeis é extremamente importante, 
pois deve retratar fielmente a situação da empresa, justamente para o caso de 
acontecer a descontinuidade, seja por falência ou encerramento por opção. 
2.1 Princípio da Continuidade na prática 
 O princípio da continuidade determina que, na quantificação dos 
elementos do patrimônio considera-se a situação de: 
a. Continuidade da entidade: considerar que a entidade vá continuar 
indefinidamente 
7 
 
b. Interrupção da continuidade: a exceção é considerar a quebra da 
continuidade da entidade. A partir dessa premissa, a doutrina conclui que, no 
caso de quebra de continuidade, o valor de ativos (bens/direitos – recursos) e o 
valor e o prazo de exigibilidade de passivos (obrigações) pode ser alterado. 
 
3 PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, 
determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da 
Oportunidade: 
I – Desde que devidamente estimável, o registro das variações 
patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável 
certeza de sua ocorrência; 
II – O registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, 
contemplando os aspectos físicos e monetários; 
III – O registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações 
ocorridas no patrimônio da Entidade em um período de tempo determinado, base 
necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.” 
3.1 Importância do Princípio da Oportunidade 
As demonstrações contábeis são necessárias para gerar informações 
claras e objetivas, sempre que necessário, aos interessados nos negócios da 
empresa, como por exemplo, investidores e futuros investidores, a própria 
administração da empresa, além de qualquer interessado em avaliar a situação 
patrimonial da empresa, sempre que for necessário. 
Podemos citar como exemplo o Balanço Patrimonial. Ele é uma 
verdadeira fotografia da empresa. Tanto no que se refere aos seus bens e 
direitos, quanto às obrigações fiscais, trabalhistas, com fornecedores e entre 
outras. 
8 
 
Neste sentido, a fotografia é um registro íntegro e instantâneo de 
determinada situação, visto que não é possível registrar a partir da “foto”, algo 
que aconteceu no passado, muito menos o que acontecerá futuramente. 
No Balanço, a necessidade de representação bem exata ocorre de 
maneira semelhante. Mas é possível que, por erros no reconhecimento, um fato 
contábil que ocorreu no mês um seja reconhecido apenas no mês dois. Isso nos 
mostra que os princípios contábeis impactam um no outro, portanto existe a 
necessidade de todos serem cumpridos corretamente. 
3.2 Relação entre os Princípios Contábeis 
O Princípio da Oportunidade, algumas vezes, é confundido com o da 
Competência. Isso ocorre porque ambos tratam de critérios para 
reconhecimento do efeito de acontecimentos no patrimônio. Contudo eles 
apresentem conteúdos manifestamente diversos. 
Na oportunidade, o objetivo está na apreensão, de forma completa, de 
todos os fatos ocorridos, relevantes para o patrimônio, não importando se esses 
fatos aumentam, reduzem ou simplesmente alteram a configuração do 
patrimônio sem modificação de seu tamanho. E já no princípio da competência, 
tem-se por objetivo a registrar o momento em que os fatos ocorridos aumentam 
ou reduzem o patrimônio. Observe bem que o Princípio da Oportunidade é 
aplicável a um conjunto amplo de fatos enquanto o Princípio da Competência 
tem seu âmbito de aplicação restrito a um subconjunto de fatos. 
Vale evidenciar que o princípio da oportunidade também se refere ao 
registro de maneira íntegra e tempestiva das variações patrimoniais ocorridas 
dentro da empresa. 
3.3 Como aplicar o Princípio da Oportunidade 
Com os dados contábeis bem estruturados e organizados, a empresa 
pode ter uma visão ampla e ao mesmo tempo, detalhada, de tudo que está 
acontecendo, ou seja, quais são as obrigações, se há algum passivo a ser 
descoberto ou se a empresa está com boa saúde financeira. E de posse dessa 
visão ampla, dois aspectos merecem destaque: 
9 
 
Primeiro aspecto é o do planejamento fiscal. A partir do momento em que 
se conhecem detalhadamente as informações contábeis e financeiras da 
empresa, é possível se organizar e não pagar impostos desnecessários. 
Segundo aspecto é referente à sobrevivência da empresa, uma vez que 
ter um bom acompanhamento de lucros e prejuízos, auxilia na melhor tomada 
de decisões. Por exemplo, uma empresa que tenha acumulado prejuízos 
repetidos períodos e não têm nenhuma perspectiva de melhoria, deve tomar 
decisões para recuperação judicial ou decretar falência. Ou ainda, se os lucros 
são crescentes, tomar decisões no que ser refere a investimentos ou expansão. 
Em suma, o princípio da oportunidade dá embasamento para tomadas de 
decisões mais corretas e diminui as chances de a empresa lidar com problemas 
em decorrência de informações erradas. 
 
4 PRINCÍPIO DO REGISTRO 
O Princípio do Registro pelo Valor Original regula os componentes do 
patrimônio, determinando que sejam registrados pelos valores originais das 
transações com o mundo exterior, conforme o valor presente na moeda do país, 
que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, 
inclusive quando configurarem acidentes ou decomposições no interior da 
entidade. 
O cumprimento rigoroso desse princípio é do mais alto interesse da 
sociedade como um todo por ser o resultado da unificação do sistema ou de 
avaliação, fato essencial na comparabilidade dos dados, relatos e 
demonstrações contábeis e, consequentemente, na qualidade da informação 
gerada, impossibilitando critérios alternativos de avaliação. 
A expressão do valor dos componentes patrimoniais em moeda nacional 
decorre da necessidade de homogeneização quantitativa do registro do 
patrimônio e das suas mutações, a fim de obter a necessária comparabilidade e 
possibilitar agrupamentos de valores. Portanto, quaisquer transações em moeda 
estrangeira devem ser transformadas em moeda nacional no momento do seu 
registro. 
10 
 
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores 
originais das transações, expressos em moeda nacional. 
 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadasem graus 
distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
 I – Custo histórico 
• Os ativos: são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em 
caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são 
entregues para adquiri-los na data da aquisição. 
• Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram 
recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores 
em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o 
passivo no curso normal das operações; e 
 II – Variação do custo histórico 
 Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e 
passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: 
 a.) Custo corrente: 
• Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de 
caixa. 
• Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na 
data ou no período das demonstrações contábeis; 
 b) valor realizável: 
• Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, 
os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. 
• Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de 
caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as 
correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
 c) Valor presente: 
11 
 
• Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro 
de entrada líquida de caixa. 
• Os passivos são mantidos pelo valor presente. 
 d) Valor justo: 
• É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, 
entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem 
favorecimentos; e 
 e) Atualização monetária: 
• Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem 
ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão 
formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
2º São resultantes da adoção da atualização monetária: 
 I – A moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não 
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
 II – Para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das 
transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda 
nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos 
componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e 
 III – A atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão 
somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a 
aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do 
poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. 
 
5 PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
Esse princípio determina que as receitas e despesas devam ser incluídas 
na apuração do resultado do período a que se referem, simultaneamente quando 
se correlacionarem, independentemente do recebimento ou do pagamento. 
É de fundamental importância compreender a diferença entre o regime de 
competência e o regime de caixa. 
12 
 
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
Para exemplificar e ficar mais claro, suponhamos que a empresa fez uma 
venda em janeiro, mas só recebeu o pagamento em fevereiro, segundo esse 
princípio o lançamento contábil deve ser registrado no mês de janeiro, o da 
venda e não no mês do recebimento. 
5.1 Princípio da Competência e a Receita. 
 Segundo esse princípio existe regra para conceituar o item Receita 
Realizada dentro dos lançamentos contábeis: 
1. No momento em que há a transferência do bem ou serviço para 
terceiros, ou seja, a venda ou a prestação de serviços, efetuando estes o 
pagamento ou assumindo o compromisso firme de fazê-lo no futuro (exemplo: 
venda a prazo); 
2. Quando ocorrer a extinção de uma exigibilidade sem o 
desaparecimento concomitante de um bem ou direito (exemplo: perdão de 
dívidas ou de juros devidos); 
3. Pelo aumento natural dos bens ou direito (exemplo: juros de 
aplicações financeiras); 
4. No recebimento efetivo de doações e subvenções. 
De acordo esse princípio, também existe regra para conceituar o item 
despesa realizada dentro dos lançamentos contábeis: 
1. Quando ocorrer o consumo de um bem ou direito (exemplo: 
desgaste de máquinas); 
2. Também quando acontecer o surgimento de uma obrigação 
(exigibilidade) sem o correspondente aumento dos bens ou direitos (exemplo: 
contingências trabalhistas); 
3. E por fim, quando deixar de existir o correspondente valor do bem 
ou direito pela sua transferência de propriedade para um terceiro (exemplo: a 
baixa de mercadorias do estoque quando da efetivação da venda). 
13 
 
5.2 As variações patrimoniais no Princípio de Competência 
A compreensão do Princípio da Competência está diretamente ligada ao 
entendimento das variações patrimoniais e sua natureza. Nestas variações 
encontramos duas grandes classes: 
1) As que somente modificam a qualidade ou a natureza dos componentes 
patrimoniais, sem repercutirem no montante do Patrimônio Líquido; São 
chamadas de qualitativas ou permutativas. 
2) E a das que o modificam também o patrimônio líquido. E são também 
chamadas de quantitativas ou modificativas. 
O Princípio da Competência não está relacionado com recebimentos ou 
pagamentos (regime de caixa), mas com o reconhecimento das receitas geradas 
e das despesas incorridas no período. 
 
6 PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
O que esse princípio determina é a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
Em outras palavras, por esse princípio, o patrimônio deve ser apresentado 
de forma mais modesta e em contrapartida as despesas de forma mais 
acentuada. 
O Princípio da Prudência está definido no art. 10 da Resolução CFC n° 
750, de 1993, abaixo reproduzido com a redação atual: 
§ 1º – O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que 
resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente 
aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
§ 2º – Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da PRUDÊNCIA 
somente se aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento 
indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/respcaocfc1282_2010.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/respcaocfc1282_2010.htm
14 
 
§ 3º – A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, 
para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas 
estimativas que envolvem incertezas de grau variável. 
A Prudência, ou Conservadorismo, adota uma postura, em situações onde 
existam duas alternativas igualmente prováveis, que resulte no menor 
Patrimônio Líquido, seja através de um maior valor ao Passivo ou de um menor 
valor ao Ativo. 
A Resolução CFC nº 750/93 mostrou avanços em relação a sua 
antecessora e serviram para oficializar os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade de uma maneira mais simples e sem discussões acerca de 
classificações entre Postulados, Princípios e Convenções. 
6.1 Limites à aplicação do princípio 
A aplicação do Princípio da Prudência não pode ser excessiva, com 
situações classificáveis como manipulações do resultado, para criação de 
reservas ocultas. Pelo contrário, deve constituir garantia de inexistência de 
valores artificiais, de interesse de determinadas pessoas, especialmente 
administradores e controladores, aspecto muito importante nas Entidades 
integrantes do mercado de capitais. 
É sempre importante destacar que todo registro contábilnecessita ter um 
alto grau de confiabilidade, capaz de oferecer segurança a todos os 
interessados, seja no aspecto gerencial, fiscal ou de análise de investimentos. 
Nesse sentido, é imprescindível que a contabilidade represente a 
realidade. No entanto, caso o princípio da prudência seja ignorado, abre-se uma 
margem perigosa para sobrevalorização do ativo e subvalorização de passivos. 
Como consequência lógica, o patrimônio líquido e todas as informações 
contábeis sofrerão distorções, impactando imediatamente a empresa e a 
confiabilidade das informações contábeis. 
Por exemplo, quando tratamos de um ativo imobilizado, se for 
considerado o maior valor dentre duas alternativas, haverá sobrevalorização 
quanto ao imobilizado. Se por um lado isso parece ser bom para a empresa, pois 
incrementa o seu ativo, em contrapartida provoca consequências negativas, 
como pagar mais impostos referente a um imóvel, por exemplo. 
15 
 
Evidente que o princípio da prudência não tem a intenção de fraudar o 
fisco, visando pagar menos impostos, o que seria sonegação fiscal e não 
planejamento tributário. Entretanto, o seu objetivo é uma representação 
fidedigna da situação da empresa, com vistas a evitar distorções nas 
informações contábeis e, por conta disso, a empresa passe por dificuldades 
financeiras por má gestão patrimonial e registro contábil. 
Em resumo, em linhas gerais todos os princípios contábeis possuem a 
finalidade de que as informações contábeis sejam reconhecidas da maneira 
mais fiel possível. No caso da prudência, quando pensamos em bens e 
obrigações, é melhor pecar por conta de cautela, do que pagar por conta de 
exageros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
FONTES: https://www.facilite.co/o-que-e-o-principio-da-continuidade/ 
https://www.facilite.co/o-que-e-o-principio-da-entidade/ https://www.facilite.co/o-que-e-o-
principio-do-valor-original/ https://www.jornalcontabil.com.br/entenda-o-que-e-principio-da-
competencia/ https://www.facilite.co/o-que-e-o-principio-da-prudencia/ 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.facilite.co/o-que-e-o-principio-da-continuidade/
https://www.facilite.co/o-que-e-o-principio-da-entidade/
https://www.facilite.co/o-que-e-o-principio-do-valor-original/
https://www.facilite.co/o-que-e-o-principio-do-valor-original/
https://www.jornalcontabil.com.br/entenda-o-que-e-principio-da-competencia/
https://www.jornalcontabil.com.br/entenda-o-que-e-principio-da-competencia/
https://www.facilite.co/o-que-e-o-principio-da-prudencia/

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